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Classicismo

1527 - 1580

ENEM
e VESTIBULARES

Teoria e Exercícios
@profhenriquelandim
Henrique Landim
Classicismo
no ENEM

CLASSICISMO (1527-1580)
Iniciado por volta de 1527 com a chegada de Sá de Miranda a Portugal, após uma longa
estadia na Itália, este movimento marca a introdução das formas e dos ideais do Renascimento
na literatura portuguesa. Sá de Miranda trouxe consigo novas formas poéticas, como o soneto, a
ode, a écloga e a canção, todas com uma forte influência italiana, especialmente de autores como
Petrarca.
O Classicismo caracteriza-se pela busca do equilíbrio, da harmonia e da perfeição formal,
bem como pelo humanismo e pelo retorno aos ideais da Antiguidade Clássica greco-romana.
A literatura deste período valoriza a razão, a medida, a proporção e a imitação dos clássicos,
servindo-se da mitologia greco-romana como uma fonte importante de inspiração e referência.
Os valores greco-romanos que permeiam o Classicismo são fundamentais para entender a
essência desse período, marcado por uma profunda admiração e imitação das culturas da Anti-
guidade Clássica. Aqui estão alguns dos valores e ideais mais significativos:
a) Humanismo: Este é talvez o valor central do Classicismo, enfatizando a dignidade, o
potencial e a importância do ser humano individual. Inspirado pelos textos filosóficos e
literários da Grécia e de Roma, o humanismo clássico celebra as capacidades racionais
do homem, sua liberdade, criatividade e poder de autoaperfeiçoamento.
b) Racionalismo: A confiança na razão
como a melhor guia para a compre-
ensão do mundo deriva dos filósofos
gregos, especialmente de Sócrates,
Platão e Aristóteles. O Classicismo re-
flete essa crença na ordem, na clareza,
na proporção e na harmonia, tanto na
arte quanto no pensamento.
c) Equilíbrio e harmonia: Inspirados
pela arquitetura e pela escultura gre-
co-romanas, os clássicos buscavam
uma perfeita proporção e equilíbrio
em suas obras, uma simetria que refle-
tisse a ordem do universo. Isso se ma-
nifesta na poesia através de estruturas
formais rígidas, como o soneto, e na
prosa, por meio de uma organização
lógica e clara das ideias.
d) Imitação dos antigos: A imitatio (imitação) dos autores clássicos não era vista como
uma simples cópia, mas como uma forma de assimilar e superar os modelos antigos. A
literatura clássica fornecia exemplos de excelência em virtude, ética e estética, que os
escritores do Classicismo aspiravam emular e atualizar.

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e) Valorização da Antiguidade Clássica: O Classicismo reavivou o interesse pelos mitos,


pela história e pela cultura da Grécia e de Roma Antiga. As obras literárias frequen-
temente incorporavam temas, personagens e referências mitológicas como forma de
conectar o presente ao glorioso passado clássico.
f) Ideal de beleza: Inspirados pela estética greco-romana, os artistas clássicos buscavam o
ideal de beleza, que se manifestava na busca por proporções ideais, simetria e na repre-
sentação idealizada da realidade. Essa busca se refletia não só na arte e arquitetura, mas
também na literatura, através da busca pela palavra precisa e pelo ritmo harmonioso.
g) Moralidade e ética: Influenciados pelos filósofos morais da Antiguidade, como Sócra-
tes, Platão e os estoicos, os clássicos viam a literatura e a arte como meios para explorar
questões éticas e para promover a virtude.
h) Universalismo: A crença de que certas verdades e valores são universais e eternos, apli-
cáveis a todas as épocas e culturas. Isso está em contraste com o particularismo medie-
val, que era mais focado no local e no temporal.
A medida nova e a medida velha são termos utilizados na poesia portuguesa para descrever
diferentes estilos métricos que predominaram em épocas distintas:
• Medida Velha: Refere-se aos padrões métricos utilizados na poesia medieval e corres-
ponde às redondilhas maiores (7 sp) e menores (5 sp).
• Medida Nova: Refere-se aos padrões métricos introduzidos durante o Renascimento
português, especialmente pelo poeta Sá de Miranda e outros poetas renascentistas. Essa
métrica corresponde aos versos decassílabos.

LUÍS DE CAMÕES
Sem dúvida, o expoente máximo do Clas-
sicismo português, especialmente com a publi-
cação de Os Lusíadas em 1572, obra que cele-
bra os feitos dos navegadores portugueses e, em
particular, a viagem de Vasco da Gama à Índia.
Camões conseguiu equilibrar a inovação com a
tradição, a aventura com a reflexão filosófica, o
nacionalismo com a universalidade, e o huma-
nismo com a crítica social, tudo numa lingua-
gem poética de extraordinária beleza e riqueza.

Além da poesia lírica e épica, o Classicismo


também se manifestou na prosa, com a produ-
ção de crônicas, tratados e cartas, que refletem
o espírito crítico e a abertura intelectual dessa
época.

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Este período também coincide com o auge dos descobrimentos portugueses, o que am-
pliou o horizonte cultural e intelectual da sociedade portuguesa, expondo-a a novas realida-
des e conhecimentos.

A ÉPICA CAMONIANA
A poesia épica de Luís de Camões, especialmente sua obra mais famosa Os Lusíadas, é
caracterizada por uma série de elementos distintivos que a tornam uma das mais importantes
da literatura mundial. Aqui estão algumas características fundamentais da poesia épica de
Camões:

a) Tema Heroico: Os Lusíadas é uma epopeia que narra as viagens dos navegadores por-
tugueses liderados por Vasco da Gama às Índias. O tema central é a busca por glória,
honra e expansão do império português, que reflete os ideais de heroísmo e exploração
marítima característicos do período das grandes descobertas.

b) Grandiosidade e Sublimidade: A poesia de Camões é marcada por uma linguagem


grandiosa e elevada, repleta de imagens vívidas e descrições majestosas. Ele usa metá-
foras poderosas, simbolismo mitológico e alusões clássicas para criar uma atmosfera
épica e solene.

c) Universalidade e Relevância Permanente: Embora Os Lusíadas seja uma obra que ce-
lebra as conquistas específicas de Portugal, ela também aborda temas universais, como
a busca pelo desconhecido, o conflito entre o homem e os deuses, e as vicissitudes da
condição humana. Essa universalidade dá à obra uma relevância duradoura que trans-
cende as fronteiras geográficas e temporais.

d) Nacionalismo e Identidade: Embora seja uma obra de alcance universal, Os Lusía-


das também desempenhou um papel fundamental na formação da identidade nacional
portuguesa, ajudando a solidificar a narrativa épica da nação e a glorificar suas conquis-
tas históricas.

e) Complexidade Narrativa: A epopeia de Camões é tecida com múltiplos estratos narra-


tivos, incluindo elementos históricos, mitológicos e alegóricos. Ele emprega uma estru-
tura narrativa complexa, alternando entre narração direta, diálogo entre personagens e
intervenções do narrador, criando assim uma obra rica e multifacetada.

No geral, a poesia épica de Camões é um testemunho da sua genialidade poética e da sua


capacidade de capturar a grandiosidade e a profundidade da experiência humana em uma
narrativa épica de proporções monumentais. Sua obra continua a ser estudada, admirada e
celebrada como um dos maiores feitos da literatura portuguesa e mundial.

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OS LUSÍADAS
A epopeia começa com uma invocação às musas e à intervenção do próprio épico, Camões,
pedindo inspiração divina para contar a história dos portugueses. A ação principal inicia-se
com a reunião dos deuses do Olimpo, que discutem a possibilidade de os portugueses serem
capazes de superar os desafios que enfrentarão durante suas viagens marítimas.
A narrativa então se concentra na jornada de Vasco
da Gama, que parte de Portugal em busca de uma rota
marítima para as Índias, enfrentando diversos obstácu-
los e perigos ao longo do caminho. Durante a viagem,
Vasco da Gama e sua tripulação enfrentam tempestades,
monstros marinhos e até mesmo a oposição dos próprios
deuses.
Ao longo da epopeia, Camões também faz diversas
digressões, inserindo episódios históricos, mitológicos e
alegóricos que enriquecem a narrativa e refletem sobre
temas universais como a glória, o destino, a virtude e o
amor.
O ponto alto da epopeia ocorre quando Vasco da
Gama finalmente chega à Índia, após ultrapassar todos
os desafios, e é recebido pelo rei local. Ele relata suas des-
cobertas, celebrando a grandeza e a coragem dos portu-
gueses.
Os Lusíadas
A epopeia termina com um olhar profético sobre o futuro de Portugal, destacando seu papel
na expansão marítima e sua relevância histórica. Camões encerra a obra com uma mensagem de
esperança e louvor à nação portuguesa.
Os Lusíadas é uma obra monumental que combina história, mitologia, política e poesia em
uma narrativa épica de grandeza universal. É um testemunho da genialidade de Camões e con-
tinua a ser uma fonte de inspiração e orgulho para o povo português até os dias de hoje. Abaixo
inserimos a primeira estrofe do livro Os lusíadas:

As armas e os barões assinalados,


Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
(Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões)

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Essa estrofe inicial de Os Lusíadas apresenta vários elementos importantes que estabelecem
o tom e o tema da epopeia. A estrofe começa invocando as “armas” e os “barões assinalados”,
indicando que a narrativa épica irá abordar as proezas guerreiras e os feitos heroicos dos nave-
gadores portugueses. Essa invocação é uma marca típica da poesia épica, destinada a chamar a
atenção do leitor para os eventos grandiosos que serão narrados.
A menção à “ocidental praia Lusitana” refere-se a Portugal, o país de origem dos protago-
nistas da epopeia. Este é o primeiro indício de que a história celebrará os feitos dos portugueses
durante a Era dos Descobrimentos.
O verso “Por mares nunca de antes navegados” destaca a ousadia e a coragem dos nave-
gadores portugueses, que se aventuraram em mares desconhecidos em busca de novas rotas
comerciais e terras desconhecidas.
A referência à Taprobana (hoje conhecida como Sri Lanka) destaca as conquistas geográfi-
cas e territoriais dos portugueses, que expandiram os limites do conhecimento humano e esta-
beleceram novos territórios além do mundo conhecido.
A estrofe menciona os “perigos e guerras esfor-
çados”, sugerindo que os navegadores portugueses
enfrentaram uma série de desafios e obstáculos du-
rante suas viagens. Isso ressalta a tenacidade e a de-
terminação dos heróis em superar as adversidades.
A estrofe conclui com a ideia de que os portu-
gueses “edificaram Novo Reino”, referindo-se à fun-
dação de colônias e assentamentos em terras dis-
tantes. Essa conquista é vista como um triunfo da
civilização e uma expansão do domínio português.
A história de Luís de Camões preferindo
salvar Os Lusíadas em vez de Dinamene, sua ama-
da, é um relato lendário que faz parte da tradição
em torno da vida do poeta. No entanto, é importan-
te destacar que essa história é mais uma lenda do
que um fato comprovado.
Segundo a lenda, Camões teria naufragado em uma tempestade durante sua viagem de Goa
para Portugal. Enquanto lutava para sobreviver, ele teria sido confrontado com a difícil escolha
de salvar sua obra-prima, Os Lusíadas, ou salvar Dinamene, sua amada. Diz-se que ele escolheu
salvar o manuscrito de Os Lusíadas, mantendo-o seguro dentro de uma bolsa de couro que ele
prendeu ao seu próprio corpo.
No entanto, não há evidências históricas concretas para apoiar essa história. Muitos consi-
deram essa narrativa como uma expressão simbólica do compromisso de Camões com sua obra
e com a literatura como um todo, destacando a importância que ele atribuía à sua contribuição
para a cultura portuguesa.

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É possível que essa lenda tenha surgido como uma maneira de glorificar a dedicação de
Camões à sua arte, retratando-o como um poeta apaixonado e comprometido com seu trabalho.
Independentemente da veracidade dessa história específica, o legado de Camões como um dos
maiores poetas da língua portuguesa permanece inegável, e Os Lusíadas continua a ser uma das
obras mais importantes da literatura mundial.

A LÍRICA CAMONIANA
Luís de Camões, como poeta renascentista, explorou uma variedade de eixos temáticos
em sua poesia lírica, incorporando elementos do maneirismo, neoplatonismo, conceito de
“Desconcerto do Mundo”, influências dantescas e o tema da morte da amada. Aqui está uma
análise desses eixos temáticos:
a) Neoplatonismo: O neoplatonismo é uma corrente filosófica que se baseia nas ideias
de Platão, especialmente a concepção de um mundo de ideias perfeitas e a busca pela
ascensão espiritual. Camões incorpora elementos neoplatônicos em sua poesia lírica,
explorando temas como a dualidade entre o mundo sensível e o mundo das ideias, a
busca pelo amor divino e a transcendência espiritual.
b) Maneirismo: O maneirismo é um estilo artístico e literário que se desenvolveu duran-
te o Renascimento tardio, caracterizado pelo uso elaborado de metáforas, simbolismo
complexo, e uma preocupação com a forma e a estilização. Camões frequentemente
emprega recursos maneiristas em sua poesia lírica, como a ambiguidade, o jogo de pa-
lavras, a alusão e a inversão sintática, criando assim uma linguagem poética rica e mul-
tifacetada.
c) Desconcerto do Mundo: O conceito de “Desconcerto do Mundo” refere-se à ideia de
que o mundo é um lugar caótico e instável, onde os valores tradicionais estão em de-
clínio e o mal prevalece sobre o bem. Camões expressa essa visão em muitos de seus
poemas líricos, refletindo sobre a transitoriedade da vida, a corrupção da sociedade e a
fragilidade da condição humana diante das forças do destino.
d) Influências Dantescas: Dante Alighieri, autor de A Divina Comédia, foi uma influên-
cia significativa na obra de Camões. Ele incorpora elementos dantescos em sua poesia
lírica, como a estruturação simbólica do universo, a jornada espiritual do eu lírico e a
exploração dos temas do amor e da redenção.
e) Morte da Amada: O tema da morte da amada é recorrente na poesia lírica de Camões,
refletindo sua própria experiência pessoal de perda e sofrimento. Ele lamenta a morte
de sua amada em vários poemas, expressando sua dor e angústia diante da separação e
da inevitabilidade da morte.

Esses eixos temáticos contribuem para a riqueza e a complexidade da poesia lírica de


Camões, revelando sua sensibilidade poética, sua profunda introspecção e sua busca por sig-
nificado e beleza em um mundo muitas vezes desordenado e efêmero.

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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
01| Leia o fragmento a seguir e faça o que se pede:

As armas e os barões assinalados,


Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
(Os lusíadas, de Luís Vaz de Camões)

Considerando o contexto histórico e as características do trecho de Os Lusía-


das, identifique o principal objetivo dos navegadores portugueses retratados
por Luís de Camões:

a) Ampliação do comércio internacional: Os navegadores portugueses buscam


abrir novas rotas comerciais e estabelecer relações comerciais lucrativas
com regiões distantes além da Taprobana, visando expandir a influência
econômica de Portugal.

b) Busca por riquezas e tesouros: A principal motivação dos navegadores por-


tugueses é encontrar terras ricas em recursos naturais e tesouros, buscan-
do enriquecimento pessoal e acumulação de riquezas para a coroa portu-
guesa.

c) Propagação da fé e evangelização: Os navegadores portugueses são impul-


sionados por um fervor missionário, buscando difundir a fé cristã e con-
verter povos pagãos encontrados em suas jornadas, cumprindo assim um
papel evangelizador em nome da Igreja Católica.

d) Expansão territorial e colonização: O objetivo dos navegadores portugue-


ses é estabelecer colônias e fortificações além-mar, ampliando os domínios
territoriais de Portugal e consolidando seu poder sobre novos territórios
descobertos.

e) Busca por conhecimento e exploração científica: Os navegadores portugue-


ses são movidos pelo desejo de ampliar o conhecimento geográfico e cientí-
fico, explorando novas regiões e catalogando espécies naturais encontradas
em suas expedições.

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02| A visão antropocêntrica, que coloca o ser humano como centro das preocupa-
ções e interesses, é uma característica marcante em Os Lusíadas, de Luís de
Camões. Com base nesse contexto, analise a seguinte afirmação:

A visão antropocêntrica presente em Os Lusíadas reflete-se na valorização das


conquistas humanas, representadas pelas façanhas dos navegadores portu-
gueses, que enfrentam perigos e desafios em busca de glória, reconhecimento
e expansão do império português.

Com relação à visão antropocêntrica em Os Lusíadas, assinale a alternativa


coerente com o texto acima:

a) A valorização das conquistas humanas no poema está relacionada princi-


palmente à busca por conhecimento científico e exploração geográfica.
b) A obra enaltece o poder divino e a intervenção dos deuses como fatores de-
terminantes nas conquistas dos navegadores portugueses.
c) A visão antropocêntrica é expressa na ênfase dada aos elementos naturais
e ao ambiente marítimo, que são retratados como divindades poderosas.
d) A valorização das façanhas humanas reflete-se na glorificação das realiza-
ções dos navegadores portugueses, que são retratados como heróis auda-
ciosos e corajosos.
e) A visão antropocêntrica é caracterizada pela humildade dos navegadores
portugueses diante das forças da natureza e da intervenção divina nos
acontecimentos.

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03| Procure ler o texto a seguir e faça o que se pede:

O dia em que eu nasci, morra e pereça,


não o queira jamais o tempo dar,
não torne mais ao mundo e, se tornar,
eclipse nesse passo o Sol padeça.

A luz lhe falte, o Sol se lhe escureça,


mostre o mundo sinais de se acabar,
nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
a mãe ao próprio filho não conheça.

As pessoas pasmadas, de ignorantes,


as lágrimas no rosto, a cor perdida,
cuidem que o mundo já se destruiu.

Ó gente temerosa, não te espantes,


que este dia deitou ao mundo a vida
mais desgraçada que jamais se viu!
(Luís Vaz de Camões)

Considerando o contexto e os elementos do poema, é correto afirmar que o eu


lírico:

a) Expressa desespero diante de um futuro incerto, marcado por sinais de


desgraça e sofrimento.
b) Celebra a chegada de um novo membro à família, desejando-lhe felicidades
e prosperidade.
c) Evidencia a expectativa positiva em relação ao nascimento, acreditando que
trará alegria e renovação.
d) Reflete sobre a passageira natureza da vida, reconhecendo a inevitabilidade
do tempo e do destino.
e) Critica a ignorância e a falta de compreensão das pessoas diante dos even-
tos extraordinários e inexplicáveis.

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04| Considerando a complexidade do soneto apresentado na questão anterior,


analise as seguintes proposições:

I. O eu lírico expressa um desejo paradoxal de que seu próprio nascimento


seja um evento catastrófico, sugerindo uma profunda insatisfação com a
condição humana e o destino.
II. A linguagem e as imagens utilizadas no poema revelam uma profunda in-
fluência do pensamento existencialista, refletindo a angústia e o desespero
diante da existência.
III. O poema apresenta uma alusão ao mito do nascimento de Édipo, sugerindo
uma predestinação trágica e inevitável em relação ao destino humano.
IV. A estrutura métrica e rítmica do soneto segue uma forma tradicional, de-
monstrando domínio técnico do eu lírico sobre as convenções poéticas clás-
sicas.

Considerando as proposições acima, assinale a alternativa correta:

a) Apenas as proposições I e III estão corretas.


b) Apenas as proposições II e IV estão corretas.
c) Apenas as proposições I, III e IV estão corretas.
d) Apenas as proposições II, III e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão corretas.

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05| Analise o poema a seguir:


Transforma se o amador na coisa amada,
por virtude do muito imaginar;
não tenho, logo, mais que desejar,
pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada,


que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
pois consigo tal alma está liada.

Mas esta linda e pura semideia,


que, como um acidente em seu sujeito,
assim com a alma minha se conforma,

está no pensamento como ideia:


o vivo e puro amor de que sou feito,
como a matéria simples busca a forma
(Luís Vaz de Camões)

Considerando o soneto apresentado, analise as seguintes afirmações:

I. O eu lírico expressa um sentimento de plenitude e satisfação ao perceber-se


transformado na pessoa amada por meio da imaginação, sugerindo uma
realização completa através do amor.
II. O poema enfatiza a ideia de que o amor verdadeiro transcende as barreiras
físicas e materiais, manifestando-se principalmente no plano espiritual e
emocional.
III. A metáfora do “amor transformador” presente no soneto remete à tradição
neoplatônica, que associa o amor à busca pela perfeição e pela união com o
divino.
IV. O uso de figuras de linguagem, como a metáfora e a antítese, contribui para
criar uma atmosfera de ambiguidade e profundidade emocional no poema.

Considerando as afirmações acima, assinale a alternativa CORRETA:

a) Apenas as afirmações I e II estão corretas.


b) Apenas as afirmações II e III estão corretas.
c) Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmações estão corretas.

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06| A análise do soneto utilizado na questão anterior deixa claro que o eu lírico:

a) Expressa um desejo inalcançável de transformar-se na pessoa amada, su-


gerindo uma obsessão pelo ideal de perfeição amorosa.
b) Evidencia uma compreensão profunda do amor, destacando a capacidade
da imaginação de criar uma sensação de plenitude e realização.
c) Reflete uma visão cética e pessimista do amor, sugerindo que a transforma-
ção na pessoa amada é apenas uma ilusão passageira.
d) Critica a idealização do amor romântico, argumentando que a verdadeira
felicidade reside na aceitação da própria identidade e na autonomia emocio-
nal.
e) Demonstra uma tendência narcisista ao valorizar a transformação do eu
lírico na pessoa amada como forma de satisfazer desejos egoístas e hedo-
nistas.

07| Leia cuidadosamente o texto a seguir para fazer o que se pede:


Como quando do mar tempestuoso
o marinheiro, lasso e trabalhado,
d’um naufrágio cruel já salvo a nado,
só ouvir falar nele o faz medroso;

e jura que em que veja bonançoso


o violento mar, e sossegado
não entre nele mais, mas vai, forçado
pelo muito interesse cobiçoso;

Assi, Senhora, eu, que da tormenta,


de vossa vista fujo, por salvar me,
jurando de não mais em outra ver me;

minh’alma que de vós nunca se ausenta,


dá me por preço ver vos, faz tornar me
donde fugi tão perto de perder me.
(Luís Vaz de Camões)

O poema sugere que o eu lírico:

a) Vive uma intensa e apaixonada história de amor, comparada à experiência


de um marinheiro em meio a um naufrágio, que enfrenta perigos para reen-
contrar sua amada.
b) Experimenta um sentimento de medo e insegurança diante do amor, bus-
cando evitar o envolvimento emocional por receio das consequências nega-
tivas.

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c) Reflete sobre a natureza volúvel e instável do amor, utilizando metáforas


relacionadas ao mar e ao naufrágio para expressar a complexidade dos sen-
timentos humanos.
d) Encontra na figura do marinheiro e no naufrágio uma representação simbó-
lica do próprio processo de entrega ao amor, enfrentando desafios e perigos
em busca da felicidade.
e) Revela uma visão pessimista e cética em relação ao amor, considerando-o
uma experiência perigosa e potencialmente destrutiva, da qual é preferível
manter distância.

08| Qual das seguintes afirmativas melhor representa a comparação entre a está-
tua de David, de Michelangelo, e o livro Os Lusíadas, de Luís de Camões?

a) Ambos são exemplos do Renascimento italiano, destacando-se pela repre-


sentação artística de temas heroicos e mitológicos.
b) Assim como a estátua de David é uma expressão da grandiosidade e da
beleza física do homem, Os Lusíadas apresenta um épico que exalta as con-
quistas e os feitos heróicos dos navegadores portugueses.
c) Tanto a estátua de David quanto Os Lusíadas são exemplos do Classicismo,
caracterizados pelo retorno aos valores e à estética da Antiguidade Clássica.
d) Enquanto a estátua de David representa a luta do povo italiano pela inde-
pendência e liberdade, Os Lusíadas retrata as aventuras dos navegadores
portugueses na expansão marítima.
e) Tanto a estátua de David quanto Os Lusíadas são obras que refletem a in-
fluência do Barroco, destacando-se pela representação dramática e exube-
rante de suas temáticas.

09| Qual é o significado da famosa frase “Ser ou não ser, eis a questão”, proferida
pelo personagem Hamlet, de William Shakespeare?

a) Expressa a indecisão do protagonista em relação a questões existenciais,


como a vida e a morte, e sua luta interna entre agir ou permanecer passivo
diante das adversidades.
b) Reflete a busca do personagem por uma identidade própria e a sua inquie-
tação em relação ao seu papel na sociedade e ao seu destino.
c) Simboliza o conflito entre a vontade de viver e o desejo de morrer, eviden-
ciando a angústia e o desespero enfrentados pelo protagonista diante das
adversidades da vida.
d) Representa a dúvida do personagem sobre a validade das convenções sociais
e morais, questionando a verdade e a autenticidade das ações humanas.
e) Sugere a reflexão do protagonista sobre a dualidade da natureza humana,
a sua capacidade de escolha entre o bem e o mal, e o impacto de suas deci-
sões sobre si mesmo e sobre os outros.

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10| Procure ler com atenção o soneto a seguir:


Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;


é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;


é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor


nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
(Luís Vaz de Camões)

Considerando o poema apresentado, que reflete características do Classicismo,


assinale a alternativa que melhor representa uma dessas características:

a) O poema expressa a visão renascentista do amor como uma força irresis-


tível e contraditória, que pode causar tanto alegria quanto sofrimento aos
amantes.
b) A obra enfatiza a valorização do amor cortês e idealizado, típico da poesia
trovadoresca, destacando a submissão do eu lírico aos caprichos de sua
amada.
c) O eu lírico demonstra uma visão pessimista do amor, característica do Bar-
roco, revelando o sofrimento causado pela impossibilidade de alcançar a
felicidade amorosa.
d) O poema retrata o amor como uma força divina e transcendental, cujo po-
der de influência sobre os corações humanos é inquestionável e superior à
vontade individual.
e) A obra apresenta uma abordagem realista do amor, refletindo as preocu-
pações cotidianas e os desafios enfrentados pelos amantes na sociedade
renascentista.

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11| Considerando as características do Classicismo presentes no poema da ques-


tão anterior, qual das seguintes análises está correta?

a) O poema reflete a concepção idealizada e platônica do amor, com o eu lírico


apresentando-se como um servidor submisso e leal aos caprichos de sua
amada, mesmo quando sofrendo por seu amor.
b) A obra destaca a valorização do individualismo e da subjetividade, com o
eu lírico expressando suas emoções de forma exagerada e dramática, típica
das manifestações artísticas do Barroco.
c) O poema apresenta uma visão otimista e idealizada do amor, refletindo a
confiança do eu lírico na capacidade do amor de superar todas as adversi-
dades e conflitos.
d) A obra reflete a influência do Humanismo, destacando a racionalidade e o
equilíbrio emocional do eu lírico diante das vicissitudes do amor, buscando
compreender e aceitar suas contradições.
e) O poema retrata o amor como uma força transcendental e divina, cuja influ-
ência sobre os corações humanos é inquestionável, refletindo a concepção
renascentista do amor como uma experiência sagrada e redentora.

12| Qual é o significado do episódio do “Velho do Restelo” em Os Lusíadas, de Luís


de Camões?

a) Representa a voz crítica e pessimista que questiona os motivos e consequ-


ências das viagens dos navegadores portugueses, evidenciando as incerte-
zas e perigos enfrentados durante as Grandes Navegações.
b) Simboliza a figura do profeta ou vidente que alerta sobre os perigos e con-
sequências das ações dos navegadores, prenunciando os desastres e tragé-
dias que ocorrerão durante suas viagens.
c) Reflete a visão idealizada e glorificada dos navegadores portugueses sobre
suas próprias jornadas, destacando os feitos heroicos e as conquistas al-
cançadas durante as navegações.
d) Representa a figura do marinheiro experiente e sábio que orienta e aconse-
lha os navegadores em suas jornadas, compartilhando seu conhecimento
sobre as rotas marítimas e os perigos dos mares desconhecidos.
e) Simboliza a voz da razão e do ceticismo diante das aventuras dos navegado-
res portugueses, enfatizando as incertezas e dificuldades enfrentadas pelos
marinheiros durante suas expedições.

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Henrique Landim
Classicismo
no ENEM

13| Qual é o principal simbolismo associado ao episódio do “Gigante Adamastor”


em Os Lusíadas, de Luís de Camões?

a) Representa a figura lendária do gigante Adamastor, que personifica os de-


safios naturais e as adversidades enfrentadas pelos navegadores portugue-
ses durante suas viagens marítimas.
b) Simboliza o encontro dos navegadores portugueses com as divindades gre-
co-romanas, destacando a influência da mitologia clássica sobre as explo-
rações e descobertas dos portugueses.
c) Reflete a vitória dos navegadores portugueses sobre os obstáculos e perigos
dos mares desconhecidos, evidenciando a coragem e determinação dos ma-
rinheiros em suas jornadas.
d) Representa a luta épica entre os portugueses e as forças da natureza, per-
sonificadas pelo gigante Adamastor, ressaltando a conquista dos mares e
terras desconhecidas pelos navegadores.
e) Simboliza a resistência dos povos nativos às invasões e colonizações eu-
ropeias, destacando os conflitos e as tragédias resultantes dos encontros
entre culturas diferentes.

14| Qual é o principal efeito literário alcançado pelo episódio do “Gigante Adamas-
tor” em Os Lusíadas, de Luís de Camões?

a) Alegoria
b) Metonímia
c) Símile
d) Hipérbole
e) Prosopopeia

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Henrique Landim
Classicismo
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15| Analise o soneto a seguir e faça o que se pede:


Sete anos de pastor Jacó servia
Labão, pai de Raquel serrana bela,
mas não servia ao pai, servia a ela,
que a ela só por prêmio pretendia.

Os dias na esperança de um só dia


passava, contentando-se com vê-la:
porém o pai usando de cautela,
em lugar de Raquel lhe deu a Lia.

Vendo o triste pastor que com enganos


lhe fora assim negada a sua pastora,
como se a não tivera merecida,

começou a servir outros sete anos,


dizendo: Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida.
(Luís Vaz de Camões)

Qual é o principal sentimento expresso pelo poeta no poema apresentado?

a) Resignação diante das adversidades amorosas.


b) Frustração por não obter o amor desejado.
c) Desespero diante da traição e da decepção.
d) Satisfação com a recompensa recebida.
e) Esperança de que o amor desejado seja alcançado futuramente.

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Classicismo
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GABARITOS E RESOLUÇÕES
01| Alternativa correta: D. O principal objetivo dos navegadores portugueses retra-
tados por Luís de Camões em Os Lusíadas é estabelecer colônias e fortificações
além-mar, expandindo os domínios territoriais de Portugal e consolidando seu
poder sobre novos territórios descobertos.

02| Alternativa correta: D. A visão antropocêntrica em Os Lusíadas” destaca-se


pela exaltação das conquistas e proezas dos navegadores portugueses, que são
apresentados como protagonistas corajosos e determinados em suas jornadas
de exploração e expansão marítima.

03| Alternativa correta: A. O eu lírico revela uma profunda angústia e desespero


em relação ao próprio nascimento, expressando o desejo de que seu dia de
nascimento seja tão desastroso a ponto de causar pavor e sofrimento a todos
ao seu redor.

04| Alternativa correta: C. Apenas as proposições I, III e IV estão corretas.

I. Correta. O eu lírico expressa um desejo paradoxal de que seu próprio nas-


cimento seja um evento catastrófico, como sugerido pelos versos “O dia em
que eu nasci, morra e pereça”.
II. Incorreta. Embora o poema possa refletir certa angústia existencial, não há
evidências explícitas de uma influência existencialista na linguagem ou nas
imagens utilizadas.
III. Correta. Há uma possível alusão ao mito de Édipo, sugerindo uma predes-
tinação trágica em relação ao destino humano, como indicado pelos versos
“a mãe ao próprio filho não conheça”.
IV. Correta. A estrutura métrica e rítmica do soneto segue uma forma tradicio-
nal, evidenciando domínio técnico do eu lírico sobre as convenções poéticas
clássicas.
05| Alternativa correta: C.

I. Correta. O eu lírico expressa uma sensação de plenitude ao perceber-se


transformado na pessoa amada por meio da imaginação, sugerindo uma
realização completa no amor.
II. Incorreta. O poema não enfatiza especificamente que o amor transcende
as barreiras físicas e materiais, mas sim que se realiza principalmente no
plano espiritual e emocional.
III. Correta. A metáfora do “amor transformador” está em consonância com a
tradição neoplatônica, que associa o amor à busca pela união com o divino
e pela perfeição.
IV. Correta. O uso de figuras de linguagem contribui para criar uma atmosfera
de ambiguidade e profundidade emocional no poema, como a metáfora da
transformação do eu lírico na pessoa amada.

@profhenriquelandim
Henrique Landim
Classicismo
no ENEM

06| Alternativa correta: B. O eu lírico expressa uma compreensão profunda do


amor ao perceber-se transformado na pessoa amada por meio da imaginação,
sugerindo uma sensação de plenitude e realização no amor. A imaginação é
retratada como uma força poderosa capaz de tornar realidade um ideal de per-
feição amorosa.

07| Alternativa correta: B. O poema sugere que o eu lírico prefere evitar o amor por
medo das consequências emocionais, mantendo-se distante da pessoa amada.
A experiência do amor é comparada à sensação de medo e perigo vivenciada
por um marinheiro após sobreviver a um naufrágio.

08| A alternativa correta: B. Assim como a estátua de David é uma expressão da


grandiosidade e da beleza física do homem, Os Lusíadas apresenta um épico
que exalta as conquistas e os feitos heroicos dos navegadores portugueses. A
comparação destaca a ideia de exaltação da figura humana e das conquistas
épicas presentes tanto na estátua quanto no livro.

09| A alternativa correta: A. A frase “Ser ou não ser, eis a questão” é uma das mais
conhecidas da literatura universal e sintetiza a reflexão de Hamlet sobre a de-
cisão de enfrentar os desafios da vida ou sucumbir diante das dificuldades.

10| Alternativa correta: A. O Classicismo valoriza a racionalidade e a harmonia,


mas também reconhece as complexidades e contradições do amor humano,
como retratado no poema.

11| Alternativa correta: D. O Classicismo valoriza a razão e a harmonia, e o eu líri-


co do poema demonstra uma abordagem racional e equilibrada em relação ao
amor, reconhecendo suas complexidades sem se deixar dominar por elas.

12| Alternativa correta: A. “O Velho do Restelo” expressa dúvidas e preocupações


sobre os propósitos das expedições portuguesas, alertando para os perigos e
consequências das viagens marítimas.

13| Alternativa correta: A. O episódio do “Gigante Adamastor” é uma metáfora das


dificuldades e perigos enfrentados pelos navegadores portugueses, personifica-
das na figura mitológica do gigante.

14| Alternativa correta: D. O episódio do “Gigante Adamastor” utiliza a hipérbole


para enfatizar as adversidades enfrentadas pelos navegadores portugueses,
exagerando as características do gigante para representar os desafios naturais
e as dificuldades das viagens marítimas.

15| Alternativa correta: B. O poema retrata a decepção e o desgosto do pastor Jacó


ao descobrir que foi enganado pelo pai de Raquel, recebendo como esposa a
irmã dela, Lia, em vez da amada. Essa frustração é evidente na narrativa do
poema, refletindo a tristeza do pastor diante da situação inesperada.

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Henrique Landim

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