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Simbolismo
Movimento literário do fim do século XIX, o
simbolismo propunha um retorno poético
ao transcendente e às questões
metafísicas abandonadas pela objetividade
realista.
Resumo sobre o
simbolismo
Foi um movimento literário do final
do século XIX, de origem francesa.
Buscava, por meio da palavra, a
conexão entre o mundo material e
espiritual.
Tinha temáticas transcendentes e
metafísicas.
Sinestesia, vocabulário etéreo,
antíteses e paradoxos, uso de
pausas, aliterações e musicalidade
rítmica são características dessas
composições.
Principais autores europeus:
Baudelaire, Mallarmé, Verlaine,
Rimbaud.
Principais autores brasileiros: Cruz
e Sousa, Alphonsus de
Guimaraens, Augusto dos Anjos
(este último tido como “pós-
simbolista” ou “pré-moderno”).
Contexto histórico
A literatura simbolista foi uma reação
às correntes cientificistas e positivistas
do último quartel do século XIX. A
Europa vivenciava a ebulição da Segunda
Revolução Industrial, que trazia consigo,
além do capitalismo financeiro, as
ideologias do empirismo e do
determinismo. Trata-se de uma
concepção técnico analítica do mundo,
em que a realidade é apreendida apenas
pela quantificação e análise de dados,
em prol do desenvolvimento da técnica.
Os simbolistas questionaram as
conclusões racionalistas e mecânicas
em voga na época, pois elas não davam
espaço à existência do sujeito, servindo
apenas como combustível para a
ascensão da burguesia industrial.
Buscavam algo além do materialismo
e além do empirismo: um sentido de
universalidade, que seria recuperado por
meio da linguagem poética. Buscavam,
ao contrário da impessoalidade
numérica e tecnológica, os valores
transcendentais — o Bom, o Verdadeiro,
o Belo.
Características do
simbolismo
Uso de pausas, reticências, espaços
em branco e rupturas sintáticas
para representar o silêncio
metafísico;
Sinestesia: construção de versos
que descrevem sons, aromas e
cores, pois os cinco sentidos são
instrumentos de captação dos
símbolos ao redor;
Temáticas voltadas à interioridade
humana, ao êxtase do espírito;
Vocabulário etéreo e remissões ao
Nada e ao Absoluto;
Presença comum de antíteses e
oposições, graças às tentativas de
encarnar o que é divino e
espiritualizar o que é terreno: o
poema é a forma de conciliação
entre os planos material e
espiritual;
Entendimento da poesia como uma
visão da existência;
Presença da religiosidade, não
somente cristã como também
oriental, compondo a busca
simbolista da transcendência;
Descrições crepusculares,
presença simultânea de luz e
sombra;
Imagens sombrias, lúgubres,
decadentes;
Afrouxamento do rigor métrico
parnasiano, dando espaço para
metrificações irregulares e versos
livres;
Conceito musical do poema.
O poema “Correspondências”, de
Charles Baudelaire, tem no seu próprio
título a ideia central do simbolismo: a
linguagem simbolista pretende
estabelecer uma correspondência
entre o plano material e o plano
transcendental, entre o divino e o
profano.
Correspondências
Imortal atitude
Simbolismo na Europa
É na França da última metade do século
XIX que surge o simbolismo,
caracterizado por ser uma escola de
“poetas malditos” e “decadentes”,
boêmios, frequentadores da noite
parisiense e não raro apresentando
comportamentos escandalosos.
Harmonia da tarde
Tristeza de verão
O sol, na areia, aquece, ó brava
adormecida,
O ouro da tua coma em banho
langoroso,
Queimando o seu incenso em tua face
aguerrida,
E mistura aos teus prantos um filtro
amoroso.
Canção de outono
Estes lamentos
Dos violões lentos
Do outono
Enchem minha alma
De uma onda calma
De sono.
E soluçando,
Pálido, quando
Soa a hora,
Recordo todos
Os dias doidos
De outrora.
E vou à toa
No ar mau que voa.
Que importa?
Vou pela vida,
Folha caída
E morta.
A eternidade
De novo me invade.
Quem? — A Eternidade.
É o mar que se vai
Como o sol que cai.
Alma sentinela,
Ensina-me o jogo
Da noite que gela
E do dia em fogo.
De outra nenhuma,
Brasas de cetim,
O Dever se esfuma
Sem dizer: enfim.
Lá não há esperança
E não há futuro.
Ciência e paciência,
Suplício seguro.
De novo me invade.
Quem? – A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.
Simbolismo no Brasil
O movimento simbolista brasileiro
incorporou, grosso modo, os
procedimentos composicionais do
simbolismo francês. No entanto, as
cenas noturnas de boemia e o epíteto de
malditos são substituídos por uma
literatura de tons mais religiosos e
litúrgicos.
Carnal e místico
Ismália
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
(Alphonsus de Guimaraens)
Augusto de Carvalho
Rodrigues dos Anjos (1884-
1914)
Psicologia de um vencido
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à
ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Exercícios resolvidos
sobre o simbolismo
1) (Enem)
2) (PUC-Campinas)
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.........................................................................
a) Romantismo - sinestesia
b) Simbolismo - aliterações e
assonâncias
c) Romantismo - musicalidade
d) Parnasianismo - metáforas e
metonímias
Resolução comentada
Vídeoaulas
Vídeo 1
Lista de exercícios
Exercício 1
(ENEM – 2010)
Exercício 2
(Mackenzie)
a) Romantismo – sinestesia
b) Simbolismo – aliterações e
assonâncias
c) Romantismo – musicalidade
d) Parnasianismo – metáforas e
metonímias
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