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Ana Luiza Freitas Palandi

3°A - IFSP

Capitães de Areia

Num contexto marcado por um cenário político-social extremamente conflitante,


durante a década de 30, a realidade convergia-se em acirrados confrontos entre ideologias
capitalistas e socialista, momento de Ditadura, forte censura no país e até mesmo a 2° Guerra
Mundial. Num momento como este, é claro, que os autores da época se engajaram em expor
opiniões de maneira artística. O autor brasileiro Jorge Amado destacou-se na difusão de seus
ideais políticos por meio de suas obras, as quais demarcavam a realidade físico-social
brasileira.
A exemplo disso, a obra Capitães da Areia permeia marcas do romantismo e
neorrealismo, possui aspectos literários de defesa de ideologias do autor - com objetivo de
crítica ao sistema capitalista, denunciando as consequências e desigualdades sociais, bem
como a representação de grupos marginalizados na sociedade, no livro, representados pelas
crianças.
Com o decorrer dos capítulos os autor vai desmistificando a visão preconceituosa da
sociedade com os grupos marginalizados, demonstrando a realidade, a causa das crianças se
encontrarem naquela situação e os motivos que as levaram a realizar os roubos - já que foram
abandonadas e precisavam encontrar meios para sobreviver. Sem dúvidas, a última parte do
livro me chamou mais atenção pois os personagens ja haviam sido fortemente trabalhados e
desenvolvido sentimentos de empatia com estes, mas, ao final, é retratado o destino de cada
um, os quais não tiveram em sua maioria um final feliz. Capturados, ou mortos por doença,
ao fim, o autor representa o destino de despedida da realidade cruel das crianças.

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