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2.1.1 Movimentação contabilística
Utilizaremos a conta 2.2 Mercadorias para a exposição do processo, sendo que, ele é válido para
todo tipo de inventário. Neste sistema, as compras são registadas em 2.1 compras, debitando-se
inicialmente em contrapartida de 4.2 Fornecedores, 1.1 Caixa ou Bancos, conforme a compra seja
a prazo, pagamento em numerário ou por cheque.
A conta 2.1 compras será anulada com a entrada de mercadorias em armazém em contrapartida da
conta 2.2 Mercadorias.
O resultado Bruto das vendas (RBV) é igual as vendas líquidas (VL) menos o custo dos inventários
vendidos ou consumidos (CIVC)
Conforme o PGC teremos:
Vendas líquidas = Saldo da conta 7.1 vendas de mercadorias; e
Custos das vendas = Saldo ds 6.1 Custo do inventario
Donde: RBV= VL- CI
RBV = Saldo das vendas de mercadorias - Saldo da 6.1 CI
1 2 1
3
2 4 4
4.1 Clientes 7.1 Vendas
5 5
2
Em que:
1. Compras a crédito;
2. Transferência de compras para a conta mercadorias (registo da entrada no armazém);
3. Existências iniciais;
4. Registo da saída das mercadorias no armazém para venda ao preço do custo, e
5. Vendas a crédito.
2.1.2 Sistema de inventario intermitente ou período
Neste caso, o valor dos stocks em armazém e dos resultados apurados, só é determinável através
de inventariações directas dos valores em armazém, efectuadas periodicamente. Enquanto que pelo
sistema de inventario permanente se acompanha todo o movimento de stocks, pelo intermitente,
tal não acontece tendo que se recorrer a uma contagem física para o conhecimento do movimento.
Neste sistema, a determinação do resultado bruto das vendas é igual ao sistema de inventario
permanente: RBV = VL-CIVC.
Apenas o valor das VL podemos apurar directamente na conta 7.1 Vendas de mercadorias. Mas o
valor da 6.1 Custo Inventário, será obtido pela seguinte formula:
CIVC= Existências iniciais + Compras –Existências finais
Esta fórmula em termos contabilísticos corresponde a:
2.1 Compras 6.1 CIVC
1 3
2.2 Mercadorias
3
Em que 1-Compras a crédito; 2- vendas a crédito;3- transferência das existencias;4- transferência
das compras; e 5- transferência das existências finais.
2.2 Critério de valometria
A valorização de existências, como processo de determinação dos preços de entrada e de saída,
assume um relevo tanto mais especial quanto maior for o volume de stocks da empresa.
Sobre a s entradas, os inventários devem ser valorizados ao preço de custo, consistindo em todos
encargos (preço de factura, fretes, seguros, etc) deduzidos dos descontos comerciais obtidos, em
que se incorreu ate se efectivar a posse definitiva dos bens. Isto é:
Preço do custo= Preço da factura +Despesas de compra –descontos comerciais obtidos
Criterios de valometria das saídas
1. Critérios com base nos custos são mais amplamente divulgados, pelo que será sobre esses
que irá se basear o estudo da valorização das saídas das existências.
1.1 Históricos
Os custos Históricos correspondem a custos passados, ou seja, aos que foram
suportados na aquisição de existências. São eles:
• Custos específicos - os produtos são avaliados pelo seu preço real ou efectivo, ou seja, por
todos encargos de compra que sejam directamente imputáveis. É de difícil aplicação nas
empresas onde se movimentam grandes quantidades de stocks, mas é aconselhável a sua
aplicação nas empresas que vendem artigos de grande valor, tais como ourivesarias,
automóveis e mais.
• Custo cronológico Directo FIFO - as existências vendidas ou consumidas sao valorizadas
pelos preços mais antigos sendo, consequentemente as existências em armazém
valorizadas aos preços mais recentes. A aplicação deste critério implica que em períodos
inflacionistas, as empresas tendem a apurar margens elevadas, pois os custos das empresas
tendem a apurar margens elevadas, pois o custo dos inventários vendidos é em função de
custos antigos, enquanto que as vendas são registadas a preços recentes (inflacionados).
• Custo cronológico inverso ou LIFO valorizam-se os inventários em armazém pelo preço
mais antigo, sendo as saídas movimentadas, e, consequência, pelos preços mais recentes.
A aplicação deste método origina, em períodos inflacionistas, o aparecimento de lucros
mais baixos, dado o custo mais elevado das vendas, havendo, no entanto, o inconveniente
de subavaliação dos stocks em armazém.
• Custo Médio Ponderado – o preço unitário dos inventários é determinado pela média
ponderada do preço de compra e do valor do stock em armazém. Tal média pode efetuar-
se após a compra ou após todas as entradas durante um certo período.
O critério do custo médio situa-se numa posição intermédia do LIFO e do FIFO elimina as
vantagens e inconvenientes destes últimos.
• Preço de mercado ou NIFO - os inventários são valorizados pelo preço que a empresa teria
de suportar se substituísse as suas existências, nas condições em que se encontravam as
actuais.
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• Custos apriorísticos- os custos são determinados a priori, ou seja, correspondem a custos
provisionais ou previsíveis num futuro próximo. Este critério é mais utilizado na
contabilidade de custos e orçamental. Subdividem-se em:
a) Custo Padrão quando os custos são determinados em função das condições ideais de
aproveitamento e de funcionamento de todos os factores produtivos;
b) Custos orçamentados- determinados na base de quadros discriminativos da actividade
a desenvolver no futuro, ponderados todos os factores que afectam ou poderão vir a
afectuar.
O PGC consagra os seguintes critérios de valorimetria: Custo médio ponderado, Custo padrão,
FIFO, LIFO e Custo específico.
O PGC NIRF consagra os seguintes critérios de valorimetria:
Para itens que são imutáveis, devem ser determinados pelo uso da fórmula do Custo médio
ponderado ou FIFO (first-in, first out).
Custo padrão ou de retalho podem ser utilizados como técnicas de mensuração do custo dos
inventários, desde que os resultados se aproximem do custo.
Para itens de inventário que são intermutáveis, e dos bens e serviços produzidos e segregados para
projectos específicos o custo deve ser determinado com base na identificação específica dos seus
custos individuais.
O tratamento contabilístico dos inventários é estabelecido pela NCRF9 inventários. Esta norma
orienta a determinar o custo dos inventários e posterior reconhecimento como um gasto, incluindo
qualquer redução para o seu valor realizável líquido, bem como as fórmulas de custeio que são
usadas para atribuir custos aos inventários.
Princípio fundamental
Os inventários devem ser mensurados pelo custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o mais
baixo.
Exemplo:
5
• CA˃VRL = 5 ˃ 4,5 =0,5 ajustamento
• VRL˃CA = 5,5 ˃ 4,5 =1,00 Reversão
NB:
• Quando o custo aquisição é superior ao VRL faz-se um ajustamento.
• CA é inferior ao VRL não se faz nada
• VRL é superior ao CA não se faz nada
• VRL é inferior ao CA faz-se ajustamento