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CONTABILIDADE COMERCIAL

Contabilidade Comercial

A Contabilidade Comercial é um instrumento que fornece o máximo de informações contábeis vitais


para a tomada de decisões da empresa, através desta contabilidade é possível mensurar o
patrimônio comercial, ou seja, o conjunto dos bens, direitos e obrigações do comerciante. O Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) e o Novo Código Comercial (NCC) obrigam as empresas a
apresentarem suas demostrações contábeis através da Contabilidade Comercial.

Para as empresas optantes pelo Simples Nacional ou Lucro Presumido existe a possibilidade de
registrarem suas operações fisco/contábeis no livro caixa ou contabilidade comercial. Porém, a
legislação do imposto de renda aceita o Livro Caixa com as limitações que são impostas a quem
desejar fazê-lo.

Há de se destacar que as sociedades empresariais devem seguir um sistema de contabilidade que


inclua o Balanço Patrimonial, por imposição do Artigo 1.179 do Código Civil. A propósito, os artigos
1.180 e 1.181 do mesmo Código preveem a obrigatoriedade da autenticação do Livro Diário no órgão
competente com a escrituração contábil evidenciada na legislação vigente.

Elenco os principais motivos que evidenciam os benefícios aos empresários que têm seus registros
através da contabilidade regular:

• Obter a informação real da performance de sua empresa em determinado período e, com isso,
facilitar a tomada de decisões, quer com relação aos custos e despesas, como também com
indicadores econômicos e/ou financeiros;

• Maior facilidade na obtenção de empréstimos com instituições financeiras, inclusive o BNDES para
financiar projetos e investimentos inerentes à atividade da empresa;

• Participação em licitações;

• Possibilidade de requerer Recuperação Judicial e obter os benefícios da falência, que são


franqueadas apenas às empresas que tenham contabilidade regular. Aliás, a Lei 11.101/2005 prevê
punições pela inexecução ou falhas na escrituração contábil;

• Maior possibilidade na distribuição de lucros, dado que ela se dará não pelas regras do RIR para
aquelas que tenham Livro Caixa e sim pelo real resultado obtido pela sociedade;

• Produzir provas judiciais através de perícias contábeis, notadamente na Justiça do Trabalho, onde
impera o princípio da inversão do ônus da prova.

Diante do exposto, temos orientado todos os clientes a manter a contabilidade comercial nos moldes
previsto na legislação vigente e em observância aos Princípios Gerais de Contabilidade, não só pelos
benefícios acima, mas também pela completa observância das normas da profissão.

Entendemos que cabe a nós contribuir e motivar os profissionais de nossa área, bem como
empresários e a sociedade com um todo, a refletir e entender questão de total importância.

Geralmente a contabilidade é vista com certo dessabor na vida de pequenos empresários, isto porque
muitos se sentem controlados o tempo todo ou acham que contabilidade é uma chatice que só serve
obrigar a guardar vários livros, enviar toda a documentação de tudo que comprou, vendeu, pagou e
recebeu periodicamente ao seu contador e ainda ter que lhe prestar esclarecimentos quando surgirem
duvida.

A contabilidade é uma ciência que tem obrigação de controlar a evolução do patrimônio de uma
empresa, através dela é possível calcular e registrar todas as operações comerciais e financeiras
realizadas em certo período, produzindo relatórios que são usados para fornecer aos seus usuários
(internos e externos) informações úteis e relevantes para analise da situação econômica e patrimonial
da empresa.

Não é possível pensar em tomada de decisão sem levar em conta os dados e informações gerados
pela contabilidade. Todas as empresas são obrigadas a possuir seu sistema contábil, conforme institui
o código civil na Lei 10.406/2002.

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Operações Com Mercadorias

Mercadoria representa o objeto comercializado pelas empresas. A natureza comercial de cada


empresa deve estar relacionada no estatuto social, respeitando a sua atividade fim. Normalmente
estas mercadorias representam o estoque para a revenda e são denominadas de “bens de venda”.

A lei 6.404/76 estabelece que o estoque de mercadoria deva ser avaliado pelo custo de aquisição ou
pelo valor de mercado, dos dois o menor valor. Quando o valor de mercado é menor que o custo de
aquisição, a empresa, prudentemente, deverá registrar uma provisão para ajuste do estoque ao valor
de mercado; esta conta é redutora do ativo circulante estoque.

Segundo as normas contábeis existem dois métodos que podem ser adotados pelas empresas para o
registro das operações envolvendo mercadorias. São os seguintes:

Conta Mista: consiste na adoção de uma só conta, que exerce a função de uma conta patrimonial, por
que a conta registra o valor do estoque inicial e estoque final, figurando no balanço patrimonial como
as demais contas do ativo. Cria-se a conta mercadorias que ao mesmo tempo exercerá a função de
conta de resultado, pois nela também são registradas as compras, devolução de compras, vendas,
devolução de vendas, etc. Permitindo assim apurar-se por meio dela o resultado bruto ou o resultado
com mercadorias no exercício.

Estoque Inicial

Representa o saldo da conta Mercadorias em estoque no encerramento do exercício anterior que é o


mesmo do início do exercício atual. No início do exercício é reconhecida contabilmente a transferência
do estoque inicial para a conta mercadorias:

D – Mercadorias

C – Estoque Inicial

Compras De Mercadorias

Representa as entradas de mercadoria no estoque, pelo seu valor líquido. Todas as compras serão
lançadas a débito da conta Mercadorias, pois estão aumentando o seu saldo tendo como
contrapartida lançamentos a crédito da forma de pagamento que pode ser: “Caixa, Banco, ou Contas
a Pagar, etc”

D – Mercadorias

C – Caixa / Banco / Contas a Pagar / fornecedor

Estoque Final

Representa o valor final no estoque da empresa no encerramento do período social, é levantado o


valor por meio de um inventário físico da existência dos bens que se encontram em estoque e o valor
será lançado a débito da conta patrimonial Estoque Final, e em contrapartida a crédito da conta
Mercadorias.

D – Estoque Final

C – Mercadorias

Venda de Mercadorias

Representa a saída de mercadoria do estoque lançada a crédito da conta Mercadorias Mista, tendo
como contrapartida lançamentos a débito da forma da venda, a vista ou a prazo, podendo ser as
contas Caixa, Bancos, Contas a Receber, clientes etc.

D – Caixa / Bancos / Contas a Receber

C – Mercadorias

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Exemplo prático:

Uma empresa possuía um estoque inicial de $ 100, e efetuou $ 400 de compras de mercadorias a
prazo, teve vendas a vista de $ 700, restando ao final do período social um estoque de $ 300.

Pelo método da conta mista, somente pela conta “mercadoria” poderemos apurar o Resultado com
mercadoria ao final do período.

1 – transferir o saldo do estoque inicial para a conta mercadorias:

Mercadorias

“a” Estoque inicial 100,

2 – registrar a entrada das mercadorias compradas a prazo:

Mercadoria

“a” fornecedores 400,

3 – registrar a venda a vista de mercadoria por $ 700:

Caixa

“a” Mercadoria 700,

4 – registrar o registro do inventário final do estoque:

Estoque final

“a” Mercadoria 300,

MERCADORIAS

DÉBITO CRÉDITO

100, (1) 700, (3)

400, (2) 300, (4)

500,00 lucro

Neste exemplo teremos um estoque final de $300, no balanço patrimonial e um resultado como
mercadorias ou um lucro bruto de $500, credor, ou seja, a empresa teve um lucro com as vendas de
$500.

As operações que reduzem as vendas como, por exemplo, devoluções de venda, descontos
incondicionais concedidos, entrarão na conta mercadoria com saldo devedor, diminuindo o valor da
caixa; enquanto que as operações que reduzem as compras entrarão com saldo credor tendo como
contrapartida a conta “fornecedor”.

Conta Desdobrada: consiste em desdobrar a conta de mercadoria em tantas contas forem


necessárias, para a contabilização isolada de cada tipo de fato que envolva as operações com
mercadorias.

Exemplo prático:

Uma empresa possuía um estoque inicial de $ 100, e efetuou $ 400 de compras de mercadorias a
prazo, teve vendas a vista de $ 700, restando ao final do período social um estoque de $ 300.

Registro da compra a prazo:

D – Compra de mercadorias 400,

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C – Contas a pagar 400,

2) Registro da venda a vista:

D – Caixa 700

C – Receita de Vendas com mercadoria 700

3) Cálculo do CMV:

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

CMV = 100 + 400 – 300

CMV = 200

4) Atualização do estoque:

D – CMV 200,

C – Estoque 200,

5) Apuração do Resultado Com Mercadorias

5.1 – Transferência da receita com vendas para o RCM

D – Receitas com vendas 700,

C – RCM 700,

5.2 – Transferência do CMV para o Resultado

D – RCM 200,

C – CMV 200,

RESULTADO COM MERCADORIAS

DÉBITO CRÉDITO

200, (5.2) 700 (5.1)

500,00 lucro

Observações:

Quando a empresa calcular o CMV, deve ser feito o registro contábil do fato da seguinte forma:

Transferência do estoque inicial para o CMV:

D – CMV 100,

C – Estoque inicial 100,

Transferência das compras para o CMV:

D – CMV 400,

C – Compras 400,

Registro do estoque final inventariado para o CMV:

D – Estoque final 300,

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C – CMV 300,

(O estoque final é inventariado por meio de contagem física ou apurado mediante fichas de controle).

Inventário

O inventário é a ferramenta que a empresa possui para atualizar o valor do seu estoque em uma
determinada data e verificar a existência física de um bem; pode ser efetuado de duas maneiras:

Inventário Periódico – Ocorre quando a empresa efetua uma venda sem um controle do estoque
permanente e, portanto, sem registrar o Custo das Mercadorias Vendidas no momento da venda.
Quando é necessário apurar o Resultado obtido com a venda das Mercadorias (RCM), é feito um
levantamento físico para avaliação do estoque de mercadorias existente naquela data; e pela
diferença entre o total das mercadorias (que a empresa possuía e que comprou no período) e esse
estoque final obtemos o custo das mercadorias vendidas (CMV) nesse período.

Com esse sistema a empresa passa a elaborar o inventário físico somente no final de um período,
normalmente um ano, com o término do exercício social. O valor encontrado será representado no
Balanço Patrimonial, na conta estoque de mercadorias. O CMV é calculado pela seguinte fórmula:

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

Exemplo:

“Uma empresa possuía em 01/01/2004, estoque inicial no valor de R$ 300.000, Durante o ano,
realizou compras que totalizaram de R$ 1.000.000. O estoque final em 31/12/04 foi avaliado em R$
200.000. As vendas foram de R$ 1.200.000”.

CMV = EI + C – EF

CMV = 300.000 + 1.000.000 – 200.000

CMV = R$ 1.100.000

RCM = Vendas – CMV

RCM = 1.200.000 – 1.100.000

RCM = R$ 100.000

RCM = resultado com mercadorias

CVM = custo da mercadoria vendida

Inventário Permanente – Ocorre quando a empresa controla de forma contínua o estoque de


mercadorias, dando-lhe baixa, em cada venda, pelo custo dessas Mercadorias Vendidas (CMV). Esse
controle é efetuado sobre as mercadorias vendidas (CMV) e sobre as mercadorias que não foram
vendidas (estoque final). Pela Soma dos Custos de todas as Vendas, teremos o Custo das
Mercadorias Vendidas (CMV) total do período.

Ao utilizar esse sistema de controle de estoque, a empresa passa a controlar permanentemente o seu
estoque de mercadorias, fazendo uma nova avaliação a cada operação que modifique o saldo de uma
conta; existe um acompanhamento contínuo dos bens em estoque.

Este método de controle de estoque é conhecido como método das fichas, pois cada bem deverá ter
uma ficha e esta será atualizada após cada transação, apresentando tempestivamente a evolução da
conta.

No método de inventário permanente são efetuados dois lançamentos no momento da venda, um para
reconhecer a receita e outro para baixar o estoque, conforme se segue:

Lançamento para reconhecer a receita – venda a vista

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D – Caixa (BP)

C – Vendas de Mercadorias (DRE)

Lançamento para atualizar o estoque

D – Custo da Mercadoria Vendida (DRE)

C – Estoque de Mercadoria (BP)

Resultado Com Mercadorias

O resultado da negociação com as mercadorias, pode ser apurado na DRE, onde é chamado
resultado bruto com mercadorias é encontrado pela equação:

RCM = Vendas líquidas – Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)

O resultado com mercadorias somente considera as receitas e as despesas, custos e deduções


relacionadas com a mercadoria negociada pela empresa; no seu cálculo não entram as demais
receitas ou despesas operacionais ou não.

Vendas Líquidas:

Venda líquida representa o resultado das vendas brutas menos as deduções sobre as vendas.
Entende-se por dedução os impostos incidentes sobre as vendas, as vendas canceladas, os
descontos incondicionais concedidos e as devoluções de vendas. A venda líquida é calculada pela
seguinte equação:

Vendas líquidas =

Vendas brutas

(-) devolução de vendas

(-) vendas canceladas

(-) Icms sobre vendas

(-) Pis/Cofins sobre venda

(-) descontos comerciais concedidos

(-) descontos incondicionais concedidos

(-) abatimentos sobre vendas

Exemplo:

Uma empresa vendeu R$ 200.000,00 em mercadorias a vista, com incidência de Icms de R$


20.000,00, PIS de R$ 10.000,00. Devido a um defeito na mercadoria a empresa deu um abatimento de
R$ 30.000,00 no momento da venda. Calcule o valor da Receita Líquida de Vendas.

Receita bruta = 200.000

(-) Icms sobre vendas = (20.000)

(-) Pis sobre faturamento = (10.000)

(-) Abatimento concedido = (30.000)

= Receita Líquida de Venda = 140.000

b) Custo da mercadoria Vendida:

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Representa quanto custou para a empresa a mercadoria que foi vendida no período. É importante
ressaltar que para o cálculo do CMV não é necessário saber o preço de venda.

Na prática a empresa analisa quanto tinha de mercadoria no estoque, soma a este saldo quanto
comprou no período e retira quanto ainda tem no estoque, o saldo final representa o total do custo de
mercadoria vendida.

O CMV é uma despesa e na apuração do resultado será deduzido da receita líquida de vendas. É
calculado pela seguinte fórmula:

CMV = ESTOQUE INICIAL + COMPRAS LÍQUIDAS – ESTOQUE FINAL

c) Compras líquidas:

A empresa para praticar os seus atos comerciais deve primeiramente comprar as mercadorias objeto
da negociação. Esta compra pode ser a vista tendo como contrapartida um saque no disponível ou a
prazo criando assim uma obrigação.

O valor líquido das compras deverá ser calculado a partir das compras brutas adicionando as
despesas que geralmente constam da nota fiscal, (frete, seguro e impostos não recuperáveis) e
diminuindo os impostos recuperáveis, os descontos obtidos, as devoluções de compras as compras
canceladas.

Para calcular o valor das compras líquidas deve-se aplicar a seguinte equação:

Compras líquidas = compras brutas

(+) frete sobre compras

(+) seguro sobre compras

(+) carga e descarga de mercadorias compradas

(-) descontos e abatimentos obtidos na compra

(-) desconto comercial obtido

(-) devolução de compras

(-) compras canceladas

(-) impostos recuperáveis (Icms sobre compras)

O valor apurado como compra líquida entrará no cálculo do CMV – Custo das Mercadorias Vendidas.

d) Terminologia aplicada às operações com mercadorias:

Descontos Comerciais Obtidos

São descontos obtidos junto ao fornecedor no ato da negociação das compras, representam uma
receita para a empresa, e estará incluído na nota fiscal, também conhecido como desconto
incondicional obtido.

Descontos Comerciais Concedidos

São os descontos que a empresa dá ao seu cliente, serão incluídos na nota fiscal e representam uma
dedução da receita bruta. Também e chamado de desconto incondicional concedido.

Devoluções de Compras

Mercadoria que a empresa comprou e posteriormente devolveu por algum motivo específico ao seu
fornecedor, normalmente será necessário efetuar um lançamento cancelando a compra.

Devoluções de Vendas

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Esta conta representa a parcela das vendas efetuadas pela empresa que o cliente devolveu por algum
motivo. Será apresentada na DRE como dedução da receita bruta.

Gastos com Transportes e Seguro na Compra

Representa os fretes, seguros, e outros custos adicionais que são incorporados ao custo das
mercadorias adquiridas, no ato das compras, e que são de responsabilidade do comprador, o frete e o
seguro na venda serão considerados uma despesa operacional.

Gastos com Fretes e Seguros na Venda

Representam uma despesa operacional para a empresa, não estão relacionados com a receita líquida
de venda, pois são benefícios que a empresa vendedora concede aos seus clientes.

Impostos e Taxas Sobre Vendas

Os impostos que incidem sobre as vendas têm uma conotação de representarem uma despesa para
empresa, pois os valores estão incluídos na receita bruta, entretanto a empresa deverá repassar ao
poder público. São apresentados na DRE como dedução da receita bruta, a sua contrapartida é uma
obrigação no Passivo.

Impostos e Taxas Sobre Compras

Os impostos que incidem sobre as compras em regra são ICMS, PIS, Cofins, IPI, e quando não
cumulativos são recuperáveis, se tornando um direito, pois a empresa compradora poderá abater o
valor pago na compra do valor que será recolhido aos cofres público no momento da venda.

Quando o imposto não é recuperável ele é um custo para a empresa, pois estará compondo o valor da
mercadoria comprada. Não existindo neste caso o direito de recuperar o imposto.

Impostos que Afetam as Mercadorias

Além dos fatos administrativos como frete, seguro etc. que alteram os valores das mercadorias
existem ainda os impostos e as contribuições que incidem sobre as mesmas.

Os impostos mais comuns são: ICMS, IPI, ISS, PIS sobre faturamento e COFINS.

ICMS - Imposto sobre Operações Relativas a Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de


Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

É um imposto de esfera estadual, considerado imposto por dentro, pois seu valor já esta embutido no
preço de compra ou venda e é um imposto não cumulativo, isto é, o imposto incidente de uma
operação (Compra) será compensado do imposto incidente da operação subseqüente (venda).

O ICMS incide sobre a circulação de mercadorias e determinados serviços, como o de transporte,


energia e telecomunicações. Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar
87/1996 (a chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99 e
102/2000.

Na compra o ICMS representa um direito da empresa (ativo) e na venda uma obrigação (passivo)
junto ao governo. Deverá ser calculado mensalmente e recolhida a diferença nos primeiros dias do
mês subseqüente. Ao final do exercício social serão contabilizado todos os recolhimentos e fechado
saldo da conta.

O ICMS é calculado mediante a aplicação de um percentual sobre o valor da mercadoria ou do


serviço, podendo variar de acordo com a mercadoria e o Estado. A legislação fiscal determina que o
ICMS deva ser contabilizado separadamente do valor da mercadoria, normalmente com as contas:
ICMS a recolher, ICMS a recuperar, ICMS sobre vendas e ICMS sobre compras.

Exemplo:

Uma empresa comprou R$ 100.000,00 em mercadorias com ICMS de R$ 20.000,00. Posteriormente


vendeu toda mercadoria comprada por R$ 250.000,00 com ICMS de R$ 50.000,00.

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registro da compra

D – estoque = 80.000

D – ICMS a recuperar = 20.000

C – Banco = 100.000

b) registro da venda

D – caixa = 250.000

D – CMV = 80.000

D – ICMS sobre vendas = 50.000

C – ICMS a recolher = 50.000

C – estoque = 80.000

C – vendas de mercadorias = 250.000

De acordo com o exemplo esta empresa teve como despesa com o ICMS na operação um valor de R$
50.000,00, contudo como havia pagado R$ 20.000,00 no 0momento da compra somente deverá
recolher aos cofres públicos a diferença de R$ 30.000,00. Este direito é caracterizado pela não
cumulatividade do imposto.

ICMS –

Imposto por dentro;

Recuperável ou não cumulativo;

Na compra gera um direito – Icms a recuperar;

Na venda gera uma dedução de receita e uma obrigação – Icms sobre vendas e Icms a recolher;

Tributo de incidência estadual.

IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados

É um imposto de competência Federal exigido das empresas industriais. O seu valor não está
embutido no valor de venda, devendo ser incluído no valor final da nota fiscal da operação,
aumentando o valor a pagar pelo comprador, assim como o ICMS é um imposto não cumulativo para
as indústrias, isto é, o imposto incidente de uma operação (Compra) será compensado com o valor do
imposto incidente da operação subseqüente (venda).

Nas operações de compra de mercadoria por parte das empresas comerciais, em geral o IPI é um
imposto cumulativo, ou seja, quando uma empresa compra uma mercadoria para revendê-la o IPI será
considerado um custo não sendo recuperável no momento da venda. O IPI é considerado um imposto
por fora, ele não está incluído no valor nominal da operação, entretanto estará apresentado na nota
fiscal da negociação.

Exemplo:

Uma empresa comercial adquire R$ 200.000,00 em mercadorias de uma indústria, com IPI incluso na
nota fiscal de RS 20.000,00. A mercadoria foi vendida por R$ 400.000,00

registro da compra

D – estoque = 220.000

C – banco = 220.000

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Obs: neste caso o IPI é por fora do valor da mercadoria e não é recuperável, sendo tratado como
custo da mercadoria comprada.

b) registro da venda

D – caixa = 400.000

D – CMV = 220.000

C – estoque = 220.000

C – venda de mercadoria = 400.000

IPI –

Imposto por fora;

Geralmente é não recuperável ou cumulativo;

Na compra é um custo, quando não recuperável;

Se recuperável, na compra gera um direito IPI a recuperar;

Na venda é uma dedução do faturamento que gera uma obrigação – IPI sobre faturamento e IPI a
recolher;

Tributo de incidência federal.

ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.

É um imposto de competência Municipal, cobrado sobre prestadores de serviços, pode ter sua
alíquota diferenciada de um Município para outro. Representa uma dedução do preço total da Receita
de Serviços Prestados.

Esse imposto é específico das empresas prestadoras de serviços; entretanto, algumas empresas
comerciais, além de vender mercadorias, também pode prestar algum tipo de serviço pagando ISS
sobre a receita desse serviço.

A alíquota e a base de cálculo do Imposto sobre Serviços podem ser diferentes em cada cidade do
país, pois dependem da legislação municipal. Entretanto a Emenda Constitucional 37/2002 determina
a aplicação da alíquota mínima do ISS em de 2% (dois por cento), e a Lei Complementar
116/2003 estabelece a alíquota máxima de incidência do ISS foi em 5%, ou seja, a alíquota mínima é
de 2% e a máxima é de 5%.

O ISS será apresentado na DRE como dedução das receitas brutas e terá como contrapartida uma
obrigação no passivo circulante.

Exemplo:

Uma empresa prestou um serviço e recebeu a vista R$ 70.000,00 com incidência de ISS de 5%.

D – caixa = 70.000

D – Imposto Sobre Serviço = 3.500

C – ISS a recolher = 3.500

C – Venda de serviço = 70.000

PIS/COFINS sobre faturamento - Plano de Integração Social / Contribuição para Financiamento da


Seguridade Social

A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins é o faturamento mensal, que


corresponde à receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica,

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sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as
receitas.

Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham
integrado, os valores:

Das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);

Das vendas canceladas;

Dos descontos incondicionais concedidos;

Do IPI;

Do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos
serviços na condição de substituto tributário;

Das reversões de provisões;

Das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem ingresso de novas
receitas;

Dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;

Dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham
sido computados como receita;

Das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente.

Segundo a legislação especifica o PIS/COFINS pode ter um regime de incidência cumulativa (não
recuperável) ou não cumulativa (recuperável), com alíquotas diferenciadas de acordo com o regime
adotado.

As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, no regime de incidência cumulativa, ou


seja, não recuperável são, respectivamente, de sessenta e cinco centésimos por cento (0,65%) e de
três por cento (3%).

As alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, com a incidência não-cumulativa, ou seja,


recuperável, são, respectivamente, de um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento (1,65%) e
de sete inteiros e seis décimos por cento (7,6%).

A apuração e o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins serão efetuados


mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. O pagamento
deverá ser efetuado até o último dia útil do 2º (segundo) decêndio subseqüente ao mês de ocorrência
dos fatos geradores.

No registro da apuração do PIS/COFINS sobre faturamento as contas serão apresentadas na DRE


como dedução das receitas e terão como contrapartida uma obrigação no passivo circulante.

Exemplo:

Uma empresa faturou no mês R$ 5.000.000,00 e terá que recolher como PIS/COFINS 3,65%.

D – Pis/Cofins sobre faturamento = 182.500

C – Pis/Cofins a recolher = 182.500

PIS/COFINS –

Podem ser recuperáveis ou não;

Se recuperáveis na compra geram um direito – Pis/Cofins a recuperar;

Se não recuperáveis serão considerados custo na compra;

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Na venda são deduções das receitas e geram uma obrigação – Pis/cofins sobre vendas e Pis/Cofins a
recolher;

Tributos de incidência federal.

Classificação das Contas que Representam Tributos:

Icms sobre compras = direito – ativo circulante

Icms a recuperar = direito – ativo circulante

Icms sobre vendas = dedução das receitas – DRE

Icms a recolher = obrigação – passivo circulante

Pis/Cofins sobre compras = em regra é um direito – ativo circulante

Pis/cofins a recuperar = é um direito – ativo circulante

Pis/Cofins sobre vendas = dedução das receitas – DRE

Pis/Cofins a recolher = obrigação – passivo circulante

IPI sobre compras = em regra é um custo – CMV

IPI a recuperar = é um direito – ativo circulante

IPI sobre faturamento = dedução do faturamento bruto – DRE

IPI a recolher = obrigação – passivo circulante

ISS sobre compras de serviços = custo – despesas

ISS sobre vendas de serviço = dedução das receitas – DRE

ISS a recolher = obrigação – passivo circulante

Icms conta corrente = pode ser tanto do ativo como do passivo, neste caso deve-se atentar para o
saldo final da conta:

- Icms conta corrente saldo credor = passivo circulante

- Icms conta corrente saldo devedor = ativo circulante

Critérios de Avaliação do Estoque

Uma empresa pode adquirir os mesmos tipos de mercadorias em datas diferentes, pagando por elas
preços variados. Assim, para determinar o custo dessas mercadorias estocadas e das mercadorias
que foram vendidas, precisamos adotar algum critério. Os critérios mais conhecidos para avaliação de
estoque são: Preço Específico, PEPS, UEPS e Preço Médio Ponderado.

Na avaliação do estoque (quanto a empresa tem financeiramente no estoque), não é necessário levar
em consideração o preço de venda, e sim somente quanto é que custaram as mercadorias vendidas

Tipos de avaliação do estoque:

Preço Específico – Este critério é utilizado quando é possível fazer a determinação do preço
específico de cada unidade em estoque pelo seu valor de compra, e neste caso pode-se dar baixa em
cada venda pelo valor de custo da unidade, com isto, o valor do estoque final será a soma de todos os
custos específicos de cada unidade ainda existente.

Tal tipo de apropriação de custo, entretanto, somente é possível em alguns casos, onde a quantidade,
ou o valor, ou a própria característica da mercadoria o permite (comércio de carros usados, imóveis).

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Na maioria das vezes não é possível ou economicamente conveniente a identificação do custo


específico de cada unidade, principalmente no caso onde existe uma movimenta grande no estoque.

Por exemplo:

Uma empresa compra 4 imóveis para revender, sendo o custo unitário, de acordo com a data da
compra, o seguinte:

Apto 1 – R$ 300.000

Apto 2 – R$ 500.000

Apto 3 – R$ 180.000

Apto 4 – R$ 600.000

Neste caso a empresa não pode trabalhar com um valor médio e nem estipular um valor de entrada,
ela deve computar o custo pelo valor específico de cada imóvel.

Caso a empresa venda o apartamento 2 por R$ 700.000,00, ela irá apurar um lucro bruto de R$
200.000,00. Se vender o apartamento 1 por R$ 280.000,00 irá apurar um resultado bruto negativo de
R$ 20.000,00. O preço específico é o valor pago pela mercadoria.

Ao apurar a DRE após as vendas, a empresa apresentaria, sem incidência de tributos, o seguinte
resultado com mercadorias:

Receita bruta de vendas = 980.000

(-) Custo da mercadoria vendida = 800.000

(=) Resultado com mercadorias = lucro bruto = 180.000

b) PEPS – Com base nesse critério, a empresa baixa do seu estoque custo da mercadoria vendida da
seguinte maneira: a primeira mercadoria que entra é a primeira que sai. Assim, à medida que
ocorrerem as vendas, a empresa vai dando baixa no estoque a partir das primeiras compras, o que
equivaleria ao raciocínio de que vendemos primeiro as primeiras unidades compradas. Em Inglês é
conhecido com FIFO.

c) UEPS – A Última mercadoria a entrar é a primeira a sair, este método não é aceito pela Receita
Federal. O uso deste método apresenta um resultado operacional menor, pois o custo da mercadoria
sempre será o valor pago pela última compra, que tende, em período inflacionário, ser maior que o
valor das primeiras compras; também é conhecido como FIFO.

d) Média ponderada móvel ou Custo Médio – Chama-se Ponderada Móvel, pois o valor médio de
cada unidade em estoque altera-se pela compra de outras unidades por um preço diferente. Assim,
ele será calculado dividindo-se o custo total do estoque pelas unidades existentes. É aceito pela
Receita federal em casos específicos de fabricação nas indústrias, normalmente para uma linha de
produção que não ultrapasse o exercício social.

Exemplo de controle de estoque: Uma empresa apresentouas seguintes movimentações na conta


estoque de mercadoria, em determinado mês:

Dia 5: compra de 10 unidades por R$ 25,00 cada;

Dia 10: venda de 4 unidades pelo preço de R$ 35,00 cada;

Dia 15: venda de mais 5 unidades por R$ 40,00 cada;

Dia 20: compra de 5 unidades por R$30,00 cada unidade;

Dia 25: venda de 10 unidades por R$ 40,00 cada.

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A seguir será exemplificado como é feito o controle do estoque, nas fichas permanentes da empresa,
pelos três métodos de controle.

Utilizando o Custo Médio:

Data transação Compras vendas Saldos

Qde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

Saldo inicial 10 20,00 200,00

5 Compra 10 25,00 250,00 20 22,50 450,00

10 Venda 4 22,5 90 16 22,50 360,00

15 Venda 5 22,5 112,5 11 22,50 247,50

20 Compra 5 30 150 16 24,80 397,50

25 Venda 10 24,8 248 6 24,80 149,50

15 400,00 19 450,50 6 149,50

CMV = R$ 450,50 (90,00 + 112,50 + 248,00) Não entra o preço de venda.

Utilizando a fórmula do CVM =

CMV = EI + CO – EF = 200,00 + 400,00 – 149,50 = R$ 450,50

Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00

4 x 35,00 = 140,00 5 x 40,00 = 200,00 10 x 40,00 = 400,00

RCM = Vendas – CMV = 740,00 – 450,50 = R$ 289,50

EF= R$ 149,50

Utilizando o método PEPS:

Data Transação Compra Venda Saldo

Qde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

Saldo inicial 10 20,00 200,00

5 Compra 10 25,00 250,00 10 25,00 250,00

20 - 450,00

10 Venda 4 20,00 80,00 6 20,00 120,00

10 25,00 250,00

16 - 370,00

15 Venda 5 20,00 100,00 1 20,00 20,00

10 25,00 250,00

11 - 270,00

20 Compra 5 30,00 150,00 1 20,00 20,00

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10 25,00 250,00

5 30,00 150,00

16 - 420,00

25 Venda 1 20,00 20,00 1 25,00 25,00

9 25,00 225,00 5 30,00 150,00

10 - 245,00 6 - 175,00

15 400,00 19 425,00 6 175,00

CMV = R$ 425,00 (80,00 + 100,00 + 245,00)

Utilizando a fórmula do CMV =

CMV = EI + Compra – Estoque final = 200,00 + 400,00 – 175,00 = R$ 425,00

Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00

4 x 35,00 = 140,00 5 x 40,00 = 200,00 10 x 40,00 = 400,00

RCM = Vendas Líquidas – CMV = 740,00 – 425,00 = R$ 315,00

EF= R$ 175,00

Utilizando o método UEPS:

Data Transação Compra Venda Saldo

Qde Unit Total Qde Unit Total Qde Unit Total

Saldo inicial 10 20,00 200,00

5 Compra 10 25,00 250,00 10 25,00 250,00

20 - 450,00

10 Venda 4 25,00 100,00 10 20,00 200,00

6 25,00 150,00

16 - 350,00

15 Venda 5 25,00 125,00 10 20,00 200,00

1 25,00 25,00

11 - 225,00

20 Compra 5 30,00 150,00 10 20,00 200,00

1 25,00 25,00

5 30,00 150,00

16 - 420,00

25 Venda 5 30,00 150,00 6 20,00 120,00

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1 25,00 25,00 - -

4 20,00 80,00 - - -

10 - 255,00 6 - 120,00

15 400,00 19 480,00 6 120,00

CMV = R$ 480,00 (150,00 + 125,00 + 255,00)

Utilizando a fórmula do CMV =

CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final = 200,00 + 400,00 – 120,00 = R$ 480

Vendas líquidas: 140,00 + 200,00 + 400,00 = R$ 740,00

4 x 35,00 = 140,00 5 x 40,00 = 200,00 10 x 40,00 = 400,00

RCM= Vendas líquidas - CMV = 740,00 – 480,00 = R$ 260,00

EF= R$ 120,00

Quadro comparativo dos métodos

MÉTODO ESTOQUE ESTOQUE CUSTO MERCADORIA RESULTADO COM


FINAL VENDIDA MERCADORIAS
UTILIZADO INICIAL

CUSTO 200,00 149,50 450,50 289,50


MÉDIO

UEPS 200,00 120,00 480,00 260,00

PEPS 200,00 175,00 425,00 315,00

Informações :

O método aceito pela Receita Federal é o PEPS; este modelo é o que apresenta o maior resultado,
quanto maior o resultado mais a Receita Federal arrecada.

O método de custo médio, em período inflacionário, sempre será um valor intermediário entre os
demais métodos.

Quando for calculado o valor do CMV, não interessa o preço de venda e sim o preço de compra (custo
de aquisição).

Os métodos somente apresentam resultados diferentes em períodos inflacionários ou deflacionários,


pois a base do cálculo é preço de compra do produto.

Tomando como base um período inflacionário podemos verificar que no método PEPS o lucro bruto é
maior, o CMV é menor e o Estoque final é maior, em relação ao método UEPS.

Provisão Para Devedores Duvidosos

A PDD é uma provisão de valores contra a inadimplência entre clientes, sendo realizada antes do
início de cada exercício para que a empresa fique protegida quanto às perdas financeiras decorrentes
de vendas não recebidas naquele período. É um esforço que demanda a participação do setor de
vendas e de cobrança, pois o cálculo depende de estimativas de pagamentos, sendo necessária a
presença dos colaboradores que estão em contato direto com os clientes e podem projetar
possibilidades de quitação dos valores.

PECLD (Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa)

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Quando o Brasil adotou as normas internacionais de contabilidade, por meio das leis 11.638/2007 e
11.941/2009, a PDD passou por uma mudança relevante em sua ótica contábil e passou a ser
chamada de PECLD (Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa). Antes, a PDD era
uma conta do passivo, ou seja, uma obrigação de sua empresa. Agora, considerada como PECLD,
passou a ser uma conta retificadora no ativo, uma espécie de ajuste da sua conta de Clientes.

Se as convenções internacionais forem obedecidas rigorosamente, o CPC 38 nos dirá que os valores
a serem reconhecidos como PECLD devem ser efetivamente incorridos. Contudo, a prática no Brasil
ainda abrange o critério das perdas esperadas, herança dos tempos de PDD.

O Que É Uma Provisão?

As provisões são lançamentos de valores como se fossem despesas, sem ainda ser. A intensão de
uma provisão é registrar os custos ou despesas que provavelmente ocorrerão. Trata-se de valores
que, embora ainda não tenham se caracterizado como despesas incorridas, sua contabilização pode
ser feita como expectativa de se concretizarem no futuro.

Alguns Tipos De Provisão

Provisão para perdas prováveis na realização de investimentos;

Provisão para ajuste do custo dos bens do Ativo ao valor de mercado;

Provisão para gratificações a empregados;

Provisão para férias e encargos;

Provisão para 13º salário e encargos;

Provisão para contingências;

Provisão para Imposto de Renda etc.

Provisão Para Devedores Duvidosos

A Provisão para Devedores Duvidosos é a mais comum das provisões. Muito importante para as
empresas devido a inevitável inadimplência de parte de seus clientes, a Provisão para Devedores
Duvidosos contabilmente deve ser realmente refletida pelas perdas esperadas.

Quais São As PDD Dedutíveis Do IRPJ E CSLL?

Para efeito de apuração do lucro real, poderão ser registrados como perda os seguintes créditos:

I. com declaração de insolvência do devedor, em sentença emanada do Poder Judiciário;

II. sem garantia, de valor:

a) até R$ 5.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados
os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

b) acima de R$ 5.000,00 até 30.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano,


independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, porém mantida a
cobrança administrativa;

c) superior a R$ 30.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os


procedimentos judiciais para o seu recebimento;

III. com garantia (proveniente de vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária em garantia
ou de operações com outras garantias reais, tais como o penhor de bens móveis e a hipoteca de
bens), vencidos há mais de dois anos, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais
para o seu recebimento ou o arresto das garantias;

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IV. contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica declarada concordatária, relativamente à
parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar.

Folha De Pagamento

Folha de pagamento é o nome dado a uma lista mensal, semanal ou diária da remuneração paga aos
trabalhadores de uma instituição, também conhecido como holerite. Toda empresa no Brasil tem a
obrigação legal de prepará-la, contendo: o nome dos funcionários, a indicação do cargo; a divisão dos
funcionários por categoria de contribuição à previdência: segurado empregado, trabalhador avulso
ou contribuinte individual; o nome das funcionárias em gozo de salário-maternidade; as partes
integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos legais; e o número de quotas
de salário-família de cada empregado segurado ou trabalhador avulso.

Trata-se de um conjunto de procedimentos trabalhistas efetuado pela empresa para fazer o


pagamento ao empregado.

Importância Da Folha De Pagamento

Em uma empresa, folha de pagamento é a soma de todos os registros financeiros:


vencimentos, salários, bônus e descontos.

Em contabilidade, folha de pagamento refere-se ao montante pago aos empregados para serviços
prestados durante um determinado período de tempo.

O processo para execução da folha de pagamento é de suma importância para o departamento


pessoal, em razão da riqueza técnica que existe para transformar todas as informações do
empregado e da empresa num produto final que é a folha de pagamento.

A folha de pagamento, por sua vez, tem função operacional, contábil e fiscal, devendo ser constituída
com base em todas as ocorrências mensais do empregado. É a descrição dos fatos que envolveram
a relação de trabalho, de maneira simples e transparente, transformado em valores numéricos,
através de códigos, quantidade, referências, percentagens e valores, em resultados que formarão a
folha de pagamento.

A folha de pagamento desempenha um papel importante em uma empresa por várias razões.

De um ponto de vista contábil, a folha de pagamento é crucial, porque os salários e encargos sociais
afetam consideravelmente o lucro da empresa e é regulamentado na legislação de cada país, ou
melhor, segue uma normatização, implicando direitos e deveres.

Do ponto de vista da ética, a folha de pagamento é um serviço crucial ao negócio da empresa, pois
afeta diretamente a sua produção, ou seja, empregados felizes obtêm rendimento maior, produção
maior. Como os empregados são sensíveis a erros e irregularidades da folha de pagamento, a moral
dos funcionários exige que a folha de pagamento seja paga no tempo certo acordado e que seja uma
folha de pagamento confiável, precisa e justa. A principal missão do departamento de pessoal é
garantir que todos os trabalhadores sejam pagos de forma precisa e oportuna, com a correta
retenção de encargos e descontos e que estes encargos sejam recolhidos dentro do prazo estipulado
pela legislação.

Pagamento Em Cheque

O pagamento em cheque é tradicionalmente um documento em papel emitido por uma entidade


patronal para pagar um funcionário pelos serviços prestados.

Nos últimos tempos, o salário físico tem sido cada vez mais substituído pelo
depósito eletrônico diretamente nas contas bancárias.

Holerite

Um holerite é um documento que o empregado recebe de que a operação de depósito direto foi
concluída.

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Neste são elencados detalhadamente todos os vencimentos e descontos como: plano


de aposentadoria, contribuições previdenciárias, seguros, ou contribuições de caridade retirada do
montante bruto para chegar ao valor líquido da remuneração.

O recibo de pagamento de cada empregado é a parcela individual que contribuirá com a formação da
folha de pagamento.

Será ele constituído de vencimentos, descontos, demonstração da base de cálculo de todas


as contribuições, alem do valor líquido, a ser recebido pelo trabalhador.

Operações Comerciais E Bancárias

Os contratos bancários são contratos que necessariamente uma das partes é a instituição
financeira, ou seja, exerce uma função econômica sendo relacionado ao exercício na atividade
bancária. Os contratos bancários podem por sua vez figurar com a aplicação de recursos
financeiros próprios, de terceiros ou por meio de intermediação. Assim os contratos bancários são
unicamente usados por instituições bancárias autorizadas pelo governo como rege a Lei nº 4.595,
de 31.12.1964, em seu art. 17º.

“Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas
jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta,
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou
estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros.

Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições
financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma
permanente ou eventual”

As instituições bancárias podem ser conceituadas em suas atividades pela doutrina entre típica e
atípicas, são atípicas as operações em que o banco presta serviços assessórios aos clientes , como
locar cofres ou dar custódia de valores. Já as operações típicas, são divididas em passivas, onde o
banco assume posição de devedor da obrigação principal e ativas quando o banco assume a
posição de credor principal.

Para que estejamos atentos a diferença nos serviços das instituições, pode se dizer que quando
uma pessoa se dirige a um banco e abre uma conta, as partes celebram um contrato de depósito
bancário, podendo adquirir os serviços como o cheque especial, crédito, pagamento em débitos
automáticos. Assim criando novos contratos com características próprias que pedem forma jurídica
especifica.

Diferenciando os contratos bancários das operações bancárias, afim de dar luz a natureza de cada
um, as operações bancárias têm uma maior abrangência do que o contrato, pois não só tem sua
atividade registrada em contrato, as operações bancárias dinamizam os atos financeiros
desburocratizando o movimento bancário, pois a demora e os custos para celebrar um contrato
novo a qualquer saque ou emissão de cheques tornariam a relação bancária inviável tanto para o
cliente quanto para o banco. Já o contrato celebra apenas o acordo de vontades entre a instituição
financeira e o cliente.

Assim, conclui-se que os contratos bancários são de suma importância para que haja uma ligação
entre a instituição e o cliente, mas não é de necessidade celebrar um contrato novo a cada
movimentação feita pelo cliente ou pelo banco, a autorização dada do cliente ao banco para a
movimentação econômica não pode ser burocratizada, ela tem que ser rápida para que a instituição
possa prestar seus serviços de forma astuta.

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