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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

Referente às Aulas: 01, 02, 03 e 04 texto, uma informação declarada, explícita. Dessa forma, a
resposta pode ser claramente vista e entendida nas duas
últimas linhas do comando “como jogar”. O(A) estudante que
01. (D01). Leia o texto abaixo e responda. optou erroneamente pelas demais alternativas demonstrou
não ter a habilidade de identificar uma informação
POR QUE O XIXI MUDA DE COR? perfeitamente clara em um texto, prejudicando assim a sua
interpretação.
Ele pode mudar de cor por causa de pigmentos contidos
em alguns alimentos e remédios que ingerimos ou em 03 (D03). Leia o texto a seguir.
decorrência de alguma doença. Em condiçõ es normais, a
coloraçã o do xixi varia de um amarelo clarinho, quase POEMA DE SETE FACES
transparente, até o amarelo-escuro. Esse tom amarelado
vem de três pigmentos sanguíneos — o urocromo, a Quando nasci, um anjo torto
bilirrubina e a creatinina —, que sã o filtrados pelos rins desses que vivem na sombra
enquanto a urina é produzida. Quanto mais á gua ingerimos, disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
mais diluímos esses pigmentos e, consequentemente, mais
claro fica o xixi. "Por isso, urina clara é quase sempre sinal As casas espiam os homens
de que estamos bem hidratados", diz Clá udio Luders, que correm atrá s de mulheres.
nefrologista do Hospital das Clínicas, em Sã o Paulo. A tarde talvez fosse azul,
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-o-xixi-muda-de-cor. Acesso em 23/09/2013. nã o houvesse tantos desejos.
De acordo com o texto, a urina clara quase sempre sinaliza
que estamos O bonde passa cheio de pernas:
(A) desidratados. pernas brancas pretas amarelas.
(B) filtrados. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coraçã o.
(C) hidratados. Porém meus olhos
(D) infectados nã o perguntam nada.
(E) pigmentados.
O homem atrá s do bigode
Gabarito: Alternativa “C”. Nesta questão está sendo avaliada é sério, simples e forte.
a capacidade do(a) estudante de chegar à resposta correta a Quase nã o conversa.
partir da retomada do texto, localizando, dentre outras Tem poucos, raros amigos
informações, aquela que foi solicitada. Dessa forma, ao reler o o homem atrá s dos ó culos e do bigode,
texto, o(a) estudante poderia encontrar a resposta correta,
explicitamente, no texto. Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu nã o era Deus
02. (D01). Observe o texto. se sabias que eu era fraco.

ESTOURA 20 Mundo mundo vasto mundo,


se eu me chamasse Raimundo
Objetivo: Chegar com somas ao nú mero 20 ou mais seria uma rima, nã o seria uma soluçã o.
pró ximo dele. Participantes: 2 a 4 participantes. Mundo mundo vasto mundo,
Material necessário: Dado, tabuleiro e canetinha. mais vasto é meu coraçã o.
Como jogar: Decidam quem vai começar. O primeiro
participante joga o dado, anota o nú mero que cair no quadro Eu nã o devia te dizer
de cima do tabuleiro. Os outros participantes também jogam mas essa lua
o dado e fazem a anotaçã o. Na pró xima rodada, ao jogar o mas esse conhaque
dado, o participante soma o nú mero com o anterior e coloca botam a gente comovido como o diabo.
o resultado no quadrinho de baixo. Se o jogador perceber ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 1ª ed. — Sã o Paulo: Companhia das Letras, 2013.

que a soma dá um nú mero pró ximo de 20 pode parar e avisa Nesse texto, o verso “As casas espiam os homens” quer
dizendo “Parei”, se outro jogador quiser continuar jogando o dizer que:
dado pode continuar. Quem chegar primeiro em 20 ou ficar (A) Câ meras de residências monitoram quem passa na rua.
mais pró ximo ganha o jogo. Quem ultrapassar perde. (B) Pessoas observam o comportamento humano.
Disponível em: <http://www.escolasanti.com.br/content.php?Categ=4&contentID=503>. (C) Câ meras das residências vigiam o bairro.
Acesso em: 26 mar. 2014.
(D) Vizinhos espionam pessoas suspeitas.
De acordo com esse texto, ganha o jogo quem (E) Esposas olham seus maridos.
(A) anotar o nú mero que sair no dado.
(B) chegar primeiro no 20. Gabarito: Alternativa “B”. Na segunda estrofe, o eu-lírico usa
(C) colocar o resultado no quadrinho. uma metonímia: as casas são o lugar de onde as pessoas
(D) ultrapassar o nú mero 20. observam o movimento das ruas, o comportamento humano e
(E) quem jogar o dado primeiro. seus desejos. Indague os estudantes sobre o sentido do verso “O
bonde passa cheio de pernas”. Fale sobre linguagem literária,
Gabarito: Alternativa “B”. A estratégia necessária para que sentido conotativo e revise algumas figuras de linguagem. A
o(a) estudante responda a esta questão é a mais simples de análise completa do poema também é muito interessante neste
todo o processo de leitura: encontrar, na materialidade do momento. Debatam o intimismo e o cunho autobiográfico

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desta obra de Drummond. destacada significa:

04 (D03). Leia o poema abaixo. (A) Ofereciam algo desagradá vel.


(B) Tinham bastante força.
ERRO DE PORTUGUÊS (C) Carregavam madeira.
(D) Fossem rejeitados.
Quando o português chegou (E) Apanhavam muito.
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio Gabarito: Alternativa “D”. Professor(a), converse com os(as)
Que pena! estudantes sobre as situações apresentadas na crônica
Fosse uma manhã de sol descritivo-narrativa, as semelhanças e diferenças entre os
O índio tinha despido comportamentos da época e os atuais e sobre a dinamicidade
O português. da língua, as mudanças ocorridas e a variação histórica.
ANDRADE Oswald de. Erro de portuguê s. In:Poesias reunidas. 5. ed.
Pergunte que expressões caíram em desuso e quais são
Rio de Janeiro, Civilizaçã o Brasileira, s.d. p. 177. usadas até hoje. O texto refere-se a comportamentos de outro
Nesse texto, no verso “Vestiu o índio” pode-se inferir que período e emprega palavras e expressões usadas
(A) os portugueses emprestaram roupas aos índios por causa antigamente. A crônica inicia falando das características e
do frio. costumes das moças. Ao falar dos garotos, Drummond
(B) os portugueses deram abrigo aos índios por estar menciona que, “mesmo não sendo rapagões”, cortejavam as
chovendo. senhoritas. Entretanto, se eram rejeitados (“levavam tábua”),
(C) o índio teve sua cultura sobreposta pela cultura do o jeito era deixar de tentar, esquecer aquela garota e tentar
branco. algo com outras. Neste item, espera-se que, pelo contexto,
(D) o índio adornou-se com seus enfeites tradicionais. o(a) estudante seja capaz de reconhecer o sentido da
(E) o índio vestiu uma roupa qualquer. expressão em destaque. Indague a turma sobre qual seria a
gíria ou expressão usada atualmente para a mesma situação.
Gabarito: Alternativa “C”. Em seu poema, Oswald de Andrade “Levar um fora”, “tomar um pé na bunda”, “levar/tomar um
alude ao fato histórico a chegada dos portugueses ao Brasil, toco” são alguns exemplos.
mostrando que a cultura do branco foi se sobrepondo à
cultura do indígena. Nele, o poeta usa a condição do tempo 06 (D03). Leia o texto abaixo.
para falar do choque cultural entre índios e brancos. No verso
em destaque o(a) estudante deve ser capaz de perceber o
sentido conotativo de vestir, que vai além de colocar uma
roupa, sugerindo a relação de poder entre dominante e
dominado. Comente sobre as oposições encontradas no texto
(vestir-despir; bruta chuva - manhã de sol...), bem como
características da linguagem mais coloquial e cômica e uso de
versos brancos.

05 (D03). Leia o texto a seguir.

ANTIGAMENTE

Antigamente as moças se achavam mademoiselles e


eram todas mimosas e muito prendadas. Nã o faziam anos:
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
mesmo nã o sendo rapagõ es, faziam-lhes pés de alferes,
arrastando as asas, mas ficavam longos meses debaixo do
balaio. E, se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da
chuva e ir pregar noutra freguesia. As pessoas, quando
corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca, e nã o
caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher
maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O
que nã o impedia que, nesses entrementes, esse ou aquele
embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que Disponível em: https://objetivo.br/arquivos/desafio/fundamental2/Resolucao_Desafio
lhes passasse a manta e azulava, dando à s de vila-diogo. Os _8ano_Fund2_Portugues_031217.pdf. Acesso em: 15 jun.2021.
mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para
Em “Eu sou sobremesariano”, a palavra em destaque indica
tomar fresca; e também tomavam cautela de nã o apanhar
a condiçã o de quem
sereno. Os mais jovens, esses iam ao animató grafo, e mais
(A) exclui sobremesa do regime alimentar.
tarde ao cinemató grafo, chupando balas de alteia. Ou
(B) prefere sobremesas como alimento.
sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso,
(C) prepara sobremesas.
se metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas,
(D) detesta sobremesas.
nã o admira que dessem com os burros n`´agua. [...]
(E) rejeita a sobremesa.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988.

Nesse texto, no trecho “E se levavam tábua”, a expressã o Gabarito: Alternativa “B”. “Sobremesariano” é uma palavra
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não dicionarizada, inventada por Calvin para indicar que ou a todo momento que eles quisessem.
prefere sobremesas à refeição principal; no caso, uma comida Falavam nisso sem parar, imaginando o que fariam com
vegetariana. Neste item, espera-se que o(a) estudante tanto ouro.
perceba que o garoto, ao ver-se estimulado pela mãe a — Que bobagem a gente ficar esperando que todo dia
alimentar-se de maneira saudável, rejeita a comida e justifica saia dessa gansa um pouquinho... Ela deve ter dentro dela
a recusa usando uma nova palavra (que atendia sua um jeito especial de fabricar ouro. Isso era o que a gente
necessidade de dizer o que queria à mãe). Revise alguns precisava.
aspectos estudados sobre neologismo. Pontue que a criação — Isso mesmo. Deve ter uma maquininha, um aparelho,
do termo em análise se deu por meio de um processo de alguma coisa assim. Se a gente pegar pra nó s, nã o precisa
derivação sufixal e que, assim como na palavra vegetariano, o mais de gansa.
sufixo “iano” indica relação, adesão a uma ideia; no contexto — É ... Era melhor ter tudo de uma vez. E ficar muito rico.
da tira, Calvin o utiliza para expressar sua preferência E resolveram matar a gansa para pegar todo o ouro.
alimentar. Mas dentro nã o tinha nada diferente das outras gansas
que eles já tinham visto – só carne, tripa, gordura...
07 (D03). Leia o texto abaixo: E eles nã o pegaram mais ouro. Nem mesmo ganharam
um ovo de ouro, nunca mais.
DE ONDE VÊM OS SONHOS? MACHADO, Ana Maria. O Tesouro das Virtudes para Crianças.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1999.

Da nossa mente inquieta e criativa. Quando sonhamos, a O ditado popular que melhor combina com essa histó ria é
parte mais racional do cérebro, que comanda todo o seu (A) “A uniã o faz a força”.
funcionamento e é o verdadeiro "chefã o" da nossa massa (B) “A vingança tarda, mas nã o falha”.
cinzenta, adormece. Assim as outras á reas aproveitam para (C) “De grã o em grã o a galinha enche o papo”.
fazer a festa e ficam mais aceleradas. Resultado: partes do (D) “Quem tudo quer tudo perde...”.
cérebro que nunca entram em contato quando estamos (E) “Uma mã o lava a outra”.
acordados passam a interagir e você mistura memó rias da
infâ ncia e situaçõ es recentes, que viveu naquele dia mesmo. Gabarito: Alternativa “D”. Neste item os estudantes são
E, como a parte do cérebro responsá vel pelos sentimentos solicitados a relacionar a fábula “A gansa dos ovos de ouro” a
também é ativada, é comum você sonhar com cenas muito um ditado popular, o que requer que atribuam sentido ao que
alegres e se sentir assim - ou o contrá rio. Ficar apavorada está enunciado no texto para ”deduzir/inferir” o que lhes foi
nos pesadelos. Os sonhos duram cerca de duas horas por solicitado. Para chegar à alternativa correta, os(as)
noite e podem explicar muita coisa sobre você. Olha só ! estudantes deverão compreender que a atitude das
Capricho 1115, ano 60, n. 2, p. 84. personagens em matar a gansa para pegar todo o ouro foi
gananciosa e egoísta, além de lhes ter causado um grande
Nesse texto, a expressã o "fazer a festa" significa prejuízo, uma vez que dentro da gansa não havia nada, a não
(A) agitar o corpo humano. ser tripas e gordura. Portanto, o ditado popular que melhor
(B) preparar um festejo. combina com a fábula é ”quem tudo quer tudo perde”. O(A)
(C) provocar pesadelo. estudante que assinalou as outras alternativas, não teve a
(D) ser ativadas. capacidade de associação de sentido bem definida.
(E) ficar alegre.
09 (D09). Leia o texto abaixo.
Gabarito: Alternativa “D”. O suporte é um fragmento de uma
reportagem, gênero familiar a estudantes desse nível de TOMARA
escolarização. O comando solicita que o(a) estudante escolha,
entre as alternativas de resposta, o sentido da expressão em Tomara
destaque. O(A) estudante que optou pela alternativa A, pode Que você volte depressa
ter associado a ideia de festa a agitação, o que optou Que você nã o se despeça
pela alternativa B, interpretou de forma literal a expressão e Nunca mais do meu carinho
aquele que optou pela alternativa C, equivocou-se ao E chore, se arrependa
interpretar de forma negativa a expressão. O(A) estudante E pense muito
que assinalou a alternativa D, o gabarito, fez uso de seu Que é melhor se sofrer junto
conhecimento linguístico, retomando o sentido da expressão, Que viver feliz sozinho
que é de uso corrente, ao contexto em questão. Já o(a) Tomara
estudante que optou pela alternativa “E”, associou festa a Que a tristeza te convença
alegria. Que a saudade nã o compensa
E que a ausência nã o dá paz
08 (D04). Leia o texto abaixo. E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
A GANSA DOS OVOS DE OURO Que nã o se desfaz
Fábula de Esopo, recontada por Ana Maria Machado. E a coisa mais divina
Que há no mundo
Era uma vez um casal de camponeses que tinha uma É viver cada segundo
gansa muito especial. De vez em quando, quase todo dia, ela Como nunca mais.
botava um ovo de ouro. Era uma sorte enorme, mas em
pouco tempo eles começaram a achar que podiam ficar MORAES, Vinicius de. Disponível em: <http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/article.php3?id_
article=833>.Acesso em: 23 jul. 2012. (P100116E4_SUP)
muito mais ricos se ela pusesse um ovo daqueles por hora,
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De acordo com esse texto, o eu lírico


(A) arrepende-se das coisas que deixou de fazer.
(B) consegue viver feliz mesmo sozinho.
(C) espera a volta de sua amada.
(D) faz uma volta ao passado.
(E) lembra-se dos momentos felizes que viveu.

Gabarito: Alternativa “C”. Este item avalia a habilidade de


inferir informação implícita em um texto poético. A
realização de inferências exige que o(a) estudante siga as
pistas textuais, articulando as informações presentes na base TESTE 02
textual e deduzindo o que não está explicitamente presente
no texto. Nesse sentido, é importante demarcar as pistas
específicas que comprovam ser a alternativa C a correta
Referente às Aulas: 05, 06, 07 e 08
(Tomara / que você volte depressa; Que a tristeza te
convença / Que a saudade não compensa / E que a ausência 01 (D12) (SAEP, adaptada) Leia o texto abaixo:
não dá paz), sem deixar, no entanto, de considerar o todo,
uma vez que o verso “Que viver feliz sozinho”, por exemplo, REGIME, GINÁSTICA E CAMA
considerado isoladamente, pode levar o(a) estudante a optar A falta de sono adequado é, definitivamente, um fator de risco
erroneamente pela alternativa B. isolado para o ganho de peso.

10 (D04). Leia o texto: A matemá tica da perda de peso é simples. O consumo de


calorias deve ser inferior ao total de energia gasta pelo
O ANEL DE VIDRO organismo. Nos ú ltimos cinco anos, porém, uma série de
estudos vem demonstrando que um terceiro fator deve ser
Aquele pequenino anel que tu me deste, incluído na equaçã o do emagrecimento - o sono. Como a má
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou alimentaçã o e o sedentarismo, uma sucessã o de noites mal
Assim também o eterno amor que prometeste, dormidas pode condenar ao fracasso qualquer luta contra a
– Eterno! era bem pouco e cedo se acabou. balança.
Frá gil penhor1 que foi do amor que me tiveste, A pesquisa mais recente e uma das mais intrigantes
Símbolo da afeiçã o que o tempo aniquilou, – sobre o assunto foi publicada na revista científica americana
Aquele pequenino anel que tu me deste, Annals of Internal Medicine. Conduzida por médicos da
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou Universidade de Chicago, ela demonstrou que, em períodos
Nã o me turbou, porém, o despeito que investe de pouco sono, a queima de gordura corporal é 55% menor
Gritando maldiçõ es contra aquilo que amou. e a perda de massa magra, 60% maior.
De ti conservo no peito a saudade celeste "Perder massa magra significa perder mú sculos, e isso é
Como também guardei o pó que me ficou ruim porque leva à desaceleraçã o do metabolismo e faz com
Daquele pequenino anel que tu me deste. que a pessoa ganhe peso com mais facilidade", diz o
endocrinologista Walmir Coutinho, presidente eleito da
Vocabulário: Associaçã o Internacional para o Estudo da Obesidade. Em
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Penhor: garantia, segurança. outras palavras: dormir pouco favorece o efeito sanfona, a
grande questã o de quem tenta se livrar dos quilos em
BANDEIRA, M. Disponível em: <http://www.revistabula.com/564-os-10-melhores-poemas-de-
manuel-bandeira/>. Acesso em: 12 jan. 2015.
excesso.
MAGALHÃ ES. Naiara. Veja. 20 out. 2010. p. 160. Fragmento. (P090591ES_SUP)
Nesse texto, sobre o relacionamento amoroso, o eu lírico
(A) ficou descontente com o anel. O objetivo desse texto é
(B) guarda má goas da pessoa amada. (A) descrever uma experiência.
(C) mostra-se preso aos bens materiais. (B) expor uma informaçã o.
(D) sente-se superior à pessoa amada. (C) explicar uma dieta.
(E) sofreu uma desilusã o amorosa. (D) fazer uma demonstraçã o.
(E) orientar uma prá tica física.
Gabarito: Alternativa “E”. Neste item, é verificada a inferência
de uma informação por meio de um texto literário – sobre um Gabarito: Este item avalia a habilidade de se identificar o
relacionamento amoroso do eu lírico. Esse conhecimento é propósito comunicativo de um texto. O(A) estudante que
muito importante no processo leitor, visto que, muitas vezes, optou pela alternativa (B) percebeu, principalmente pelo
a compreensão textual e a produção de sentido se dão estilo e construção composicional, que o texto visava
somente por meio das inferências realizadas pelo leitor. No transmitir informação sobre a relação sono-peso. Ainda que o
texto não fica explícito exatamente o que aconteceu, mas pela texto discorra sobre estudos quanto ao assunto, ele não
leitura das relações metafóricas do anel de vidro que se descreve uma experiência, nem faz uma demonstração, como
quebrou e do verso “– Eterno! era bem pouco e cedo se podem ter crido aqueles que optaram pelas alternativas (A)
acabou”, consegue-se inferir que o eu lírico sofreu uma ou (D), mas divulga resultados de pesquisas. Os(As)
desilusão amorosa. Desta forma, o(a) estudante que assinalou estudantes que elegeram a letra (C) podem ter centrado a
as outras alternativas, não alcançou com êxito, o atenção apenas no início do primeiro parágrafo, que fala “A
desenvolvimento dessa habilidade. matemática da perda de peso é simples. O consumo de
calorias deve ser inferior ao total de energia gasta pelo
organismo”, deduzindo, assim, que a finalidade texto seria
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explicar uma dieta. Já os(as) estudantes que elegeram a letra (E) discorrer sobre um tema, expondo consideraçõ es sobre
(E) demonstraram pouco conhecimento acerca das ele.
características sociocomunicativas dos gêneros que
permeiam nossa vida, já que a natureza linguística de Gabarito: O(A) estudante que escolheu a alternativa (C),
“Regime, ginástica e cama” não é a de um texto injuntivo. gabarito, percebeu que o texto retrata uma conversa
telefônica em que não há um assunto específico sendo
dialogado. Os interlocutores não trocam mensagens
significativas sobre algo – logo, a opção pela letra (E) não se
sustenta. O diálogo vai se mantendo através de
interrogativas, caraterística da função fática da linguagem.
02 (D12) (UNEB 2019, adaptada) E, embora a conversa desse texto lembre ligações de
telemarketing, a situação não retrata a tentativa de uma
venda ou divulgação de um produto superior, alternativa (A).
Quem optou pela alternativa (B) pode ter sido levado pela
fala “— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?”. Já
aquele que elegeu a alternativa (D) demonstra
desconhecimento com relação ao fazer poético e à estética da
recepção.

04 (D12) (SEBMEC, 2022) Leia o texto abaixo.


Disponível em: http://mundofabuloso.blogspot.com/2008/01/o-boticario-e-suas-princesas.html.
Acesso em: 20 ago.2019
LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013.
O objetivo principal do texto é:
(A) Definir o papel das fadas e das consultoras nos dias de TÍTULO I
hoje. DOS DIREITOS E DAS POLÍTICAS PÚ BLICAS DE JUVENTUDE
(B) Explicar o porquê de o perigo moderno nã o ser mais as
maçã s, mas sim usar produtos de má qualidade. [...]
(C) Discutir como os contos de fadas sã o vistos hoje na CAPÍTULO II
sociedade contemporâ nea. DOS DIREITOS DOS JOVENS
(D) Discutir por que hoje em dia o papel das fadas tem sido
substituído pelo das consultoras. Seção I
(E) Influenciar o comportamento do leitor por meio de Do Direito à Cidadania, à Participação Social e Política e
apelos que visam à adesã o ao consumo. à Representação Juvenil

Gabarito: Os gêneros textuais são textos materializados que Art. 4º O jovem tem direito à participaçã o social e
circulam nos mais diversos campos de atuação social, política e na formulaçã o, execuçã o e avaliaçã o das políticas
cumprindo determinadas funções comunicativas. pú blicas de juventude.
O(A) estudante que acertadamente optou pela alternativa (E) Pará grafo ú nico. Entende-se por participaçã o juvenil:
reconheceu que o texto em questão é um anúncio publicitário, I – a inclusã o do jovem nos espaços pú blicos e
cuja intencionalidade está direcionada para a persuasão, de comunitá rios a partir da sua concepçã o como pessoa ativa,
modo a induzir o público-alvo a um determinado livre, responsá vel e digna de ocupar uma posiçã o central
comportamento (no caso, comprar produtos da marca O nos processos políticos e sociais;
Boticário). II – o envolvimento ativo dos jovens em açõ es de
políticas pú blicas que tenham por objetivo o pró prio
03 (D12) (ENEM 2014, adaptada) benefício, o de suas comunidades, cidades e regiõ es e o do
País;
O telefone tocou. III – a participaçã o individual e coletiva do jovem em
— Alô ? Quem fala? açõ es que contemplem a defesa dos direitos da juventude ou
— Como? Com quem deseja falar? de temas afetos aos jovens; e
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso. IV – a efetiva inclusã o dos jovens nos espaços pú blicos
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio? de decisã o com direito a voz e voto. [...]
— Nã o se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
BRASIL. Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõ e sobre os
Faça um esforço. direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas pú blicas de juventude e o Sistema
— Lamento muito, minha senhora, mas nã o me lembro. Nacional de Juventude – SINAJUVE. Disponível em: https://bit.ly/3Do6a5f. Acesso em: 30 mar. 2022.
Fragmento.
Pode dizer-me de quem se trata?
Esse texto foi escrito com a finalidade de
ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.
(A) convocar a participaçã o dos cidadã os.
O ato comunicativo (visto no/apresentado no) do texto tem (B) dar início a um processo judicial.
como objetivo (C) expor dados sobre as atitudes dos jovens.
(A) convencer o interlocutor acerca da superioridade de um (D) oferecer segurança jurídica aos cidadã os.
produto. (E) regularizar um vínculo contratual.
(B) transparecer os sentimentos e emoçõ es pessoais da
senhora. Gabarito: As características sociocomunicativas de um
(C) estabelecer um contato com o parceiro da interaçã o. gênero são definidas pelo seu conteúdo temático, estilo e
(D) despertar no leitor o prazer e a emoçã o da arte pela forma composicional. O(A) estudante que, acertadamente,
palavra. escolheu a alternativa (D) conseguiu compreender o
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propósito comunicativo e identificar o gênero do texto


através de características como linguagem jurídica e
organização das informações em título, capítulo, seção,
artigo, parágrafo e incisos, elencando direitos dos jovens,
oferecendo, assim, uma segurança jurídica a estes cidadãos.

05 (D12) Leia o texto abaixo.


RIBEIRO, Estevã o. Os Passarinhos. 2011. Disponível em: Acesso em: 22 mar. 2022.

DESABAFO
Infere-se desse texto que o gato
Desculpem-me, mas nã o dá pra fazer uma cronicazinha (A) desejava a companhia do cachorro.
divertida hoje. Simplesmente nã o dá . Nã o tem como (B) queria saber a opiniã o do cachorro.
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A (C) se assustou com a presença do cachorro.
começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. (D) se irritou com o comentá rio do cachorro.
Seis recados para serem respondidos na secretá ria (E) tentava imitar o latido do cachorro.
eletrô nica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram
ontem. Estou nervoso. Estou zangado. Gabarito: Podemos dizer que o sentido de um texto é
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento). constituído tanto por informações que são apresentadas
explicitamente na superfície do texto, quanto por outras que
Neste fragmento do texto Desabafo, o objetivo principal é
se encontram implícitas. As primeiras são facilmente
(A) convencer o leitor de que segunda-feira é um dia
localizáveis, pois se encontram escritas com todas as letras. Já
improdutivo.
as segundas são dependentes do repertório prévio dos
(B) explicar para o leitor como se faz uma cronicazinha
interlocutores e das características da situação comunicativa.
divertida.
No caso de textos multissemióticos, como a tirinha utilizada
(C) fazer uso do texto para falar sobre o pró prio texto.
como suporte, a informação implícita só pode ser
(D) expressar o estado emocional do enunciador.
compreendida se o(a) estudante atentar tanto para a
(E) manter a comunicaçã o com o leitor.
linguagem verbal quanto para a não verbal. Nesse caso, foi
usada como suporte uma tirinha que mostra um cachorro
Gabarito: A crônica é um gênero textual narrativo cuja
criticando o miado de um gato, que, por sua vez, se irrita e vai
temática é voltada a acontecimentos da vida urbana,
embora. Logo, aqueles que fizeram uma leitura global do
abordando-os de uma maneira mais leve, às vezes de forma
texto devem ter sido capazes de inferir que o gato se irritou
humorada e/ou ainda tecendo reflexões. O(A) estudante que,
com o comentário do cachorro. O gabarito, portanto, é a
corretamente, optou pela alternativa (D) percebeu, desde o
alternativa D.
título “Desabafo”, e em todo o percurso do texto, que o autor
exprimia suas emoções, relatando sua percepção acerca de
07 (D05). (SEDUC-GO, adaptada) Leia o texto abaixo.
alguns fatos, os ocorridos dos dias, associando-os, algumas
vezes, a seu estado emocional. Os(As) estudantes que
TRÂNSITO BRASILEIRO ESTÁ ENTRE OS
elegeram as demais alternativas não perceberam que o foco MAIS VIOLENTOS DO MUNDO, DIZ ESTUDO
do texto se encontra no emissor, no seu eu, seu ponto de vista,
no que ele estava sentindo, vivendo. Demonstraram
desatenção ao uso da 1ª pessoa do discurso, adjetivos
valorativos e predomínio da subjetividade, características da
função emotiva (ou expressiva) da linguagem.

06 (D4) (CAEd). Leia o texto abaixo.

Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/2019/06/

Ao associar a linguagem verbal e a nã o verbal, conclui-se


que as pessoas que atravessam na faixa de pedestre estã o
(A) apá ticas.
(B) tranquilas.
(C) apavoradas.
6
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

(D) indiferentes.
(E) empolgadas.

Gabarito: (D05) - Interpretar texto com auxílio de material


gráfico diverso. A escolha acertada da alternativa (C) mostra
que o(a) estudante, para identificar a maneira como os
personagens da charge se sentiam, considerou as expressões
corporais delas: braços levantados, olhos esbugalhados, boca
aberta, olhar na direção do carro. Além disso, possivelmente
consideraram também todo o contexto da charge como, por
exemplo, o rastro deixado pelo motorista e o título citando a
violência no trânsito.

08 (D16). (SEDUC-SP, adaptada) Leia o texto abaixo.


Olá, me dá um refrigerante, por favor. O que torna o texto engraçado é o fato de o
Droga, esta tampa não quer abrir
(A) o cliente chamar o garçom para atendê-lo.
(B) o cliente chamar o gerente para resolver o problema.
(C) o cliente nã o conseguir engolir a comida por ser muito
ruim.
(D) o garçom entender que era para o gerente comer a
comida.
(E) o garçom se recusar a chamar o gerente para resolver o
problema.
Pra ela abrir, você tem que torcer. “ABRE... ABRE.... ABRE!”

Gabarito: (D16) - Identificar efeitos de ironia ou humor em


textos variados). Uma das principais estratégias para
provocar humor é a quebra de expectativa. O(A) estudante
que optou pela alternativa (D) compreendeu que a resposta
dada pelo garçom era inesperada e mostrava que ele não
entendeu a intenção do cliente ao chamar o gerente.

Disponível em: https://www.google.com.br/search?=HUMOR+EM+TIRINHAS&source=lnms&tbm=


isch&sa=X&ved=0ahU KEwjogYaumtLbAhWHiZAKHVLXAg0Q_AUICigB&biw=1366&bih= 10 (D16) (SEDUCE-GO, adaptada) Leia o texto e, a seguir,
662#imgrc= Xdz2svPT8OupVM:. Acesso em: 13 de junho de 2019. Adaptado. responda.
O que torna esse texto engraçado é o fato de
(A) a menina achar um outro sentido para o verbo torcer.
(B) a cliente empolgar-se ao comprar o refrigerante.
(C) a menina nã o conseguir abrir o refrigerante.
(D) o refrigerante estar com a tampa apertada.
(E) o vendedor atender ao pedido da cliente.

Gabarito: (D16) - Identificar efeitos de ironia ou humor em


textos variados). A escolha correta da alternativa (A) indica
que o(a) estudante conseguiu perceber como uma situação
inesperada – nesse caso, a interpretação diferente da garota
para o verbo torcer – é a responsável pelo efeito de humor. Os
estudantes que optaram por outras alternativas ainda
apresentam dificuldade de perceber as estratégias que podem
provocar a comicidade.
O humor da charge está
09 (D16) (SEDUCE-GO, adaptada) Leia o texto e, a seguir,
(A) no fato de a praia estar impró pria para banho.
responda.
(B) na quantidade de lixo jogado nas á guas do mar.
(C) no fato de o homem ter ido nadar em uma praia poluída.
O cara está jantando e a comida é tã o ruim que ele nã o
(D) na maneira como os objetos estã o espalhados pela praia.
aguenta:
(E) na irritaçã o do homem ao constatar que a praia estava
– Por favor, garçom, eu nã o consigo engolir esta comida.
suja.
Chama o gerente.
– Nã o adianta. Ele também nã o vai conseguir.
Gabarito: (D16 - Identificar efeitos de ironia ou humor em
PINTO, Ziraldo Alves. As Ú ltimas Anedotinhas do Bichinho da Maçã .
Sã o Paulo: Melhoramentos, 1988, p. 20.
textos variados). O(A) estudante que escolheu a alternativa
(E) conseguiu relacionar todos os elementos apresentados no
texto – inclusive aqueles citados nas demais alternativas –
para constatar que o que provoca o humor é a irritação do
7
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

homem. A frase dita, os traços e o gesto com a mão queria saber de cantar nas rodas de amigos e nos bares da
demonstram o sentimento do homem, o qual está irritado cidade; nã o desperdiçou um minuto sequer, cantou durante
pela contradição entre a classificação como “própria para todo o outono, dançou, aproveitou o Sol, curtiu para valer,
banho” e a realidade. sem se preocupar com o inverno que estava por vir. Entã o,
passados alguns dias, começou a esfriar. Era o inverno que
estava começando. A formiguinha, exausta, entrou em sua
singela e aconchegante toca repleta de comida.
Mas alguém chamava por seu nome do lado de fora da
toca. Quando abriu a porta para ver quem era, ficou
surpresa com o que viu: sua amiga cigarra, dentro de uma
Ferrari, com um aconchegante casaco de visom. E a cigarra
falou para a formiguinha: – Olá , amiga, vou passar o inverno
em Paris. Será que você poderia cuidar da minha toca? –
Claro, sem problema! Mas o que lhe aconteceu? Como você
conseguiu grana pra ir a Paris e comprar essa Ferrari? –
Imagine você que eu estava cantando em um bar, na semana
passada, e um produtor gostou da minha voz. Fechei um

TESTE 03 contrato de seis meses para fazer shows em Paris... A


propó sito, a amiga deseja algo de lá ? – Desejo, sim. Se você
encontrar um tal de La Fontaine por lá , manda ele pro
Referente às Aulas: 09, 10, 11 e 12 DIABO QUE O CARREGUE! MORAL DA HISTÓ RIA: “Aproveite
sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em
demasia só traz benefício em fá bulas do La Fontaine”.
01 (D16). Leia o texto e responda.
Fá bula de La Fontaine reelaborada.
http://www.geocities.com/soho/Atrium/8069/Fabulas/fabula2. hml - com adaptaçõ es.
AS DUAS NOIVAS
Em relaçã o ao texto original da fá bula, percebe-se ironia no
O ô nibus parou e ela subiu. Ele se encolheu, fato de a
separando-se da outra, as mã os enfiadas entre os A) formiga possuir o nome “trabalho” e o sobrenome
joelhos e olhando para o lado – como se adiantasse, já “sempre”.
tinha sido visto. A noiva sorriu, agradavelmente B) cigarra, sem trabalhar, surgir de Ferrari e casaco de
surpreendida: visom.
Mas que coincidência! C) cigarra nã o trabalhar e cantar durante todo o outono.
E sentou-se a seu lado. Você ainda nã o viu nada D) cigarra deixar de trabalhar para aproveitar o Sol.
– pensou ele, sentindo-se perdido, ali entre as duas. E) formiga trabalhar e possuir uma toca.
Queria sumir, evaporar-se no ar. Num gesto meio
vago, que se dirigia tanto a uma como a outra, fez a Gabarito: Aqui, professor (a), o(a) estudante tem que ser
apresentaçã o com voz sumida: capaz de perceber que a figura de linguagem presente nesse
— Esta é minha noiva... texto é a ironia e que está presente no fato de a cigarra sem
— Muito prazer – disseram ambas. trabalhar surgir com uma Ferrari e um casado de visom,
optando pela alternativa B.
Sabino, Fernando. Obra Reunida. Volume III, Editora Nova Aguilar S.A. – Rio de Janeiro, 1996, p.
148.Com cortes.
03 (D10). (SEDUC-MA)
No texto, a ironia está no fato de que as moças
A) se conheciam. ERA UMA VEZ UM PINTOR...
B) se cumprimentaram.
C) falaram ao mesmo tempo. Era uma vez um pintor que tinha um aquá rio e, dentro
D) noivaram com o mesmo rapaz. do aquá rio, um peixe encarnado. Vivia o peixe
E) se sentirem amadas pela mesma pessoa. tranquilamente acompanhado pela sua cor encarnada,
quando a certa altura começou a tornar-se negro a partir-
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser digamos-de dentro. Era um nó negro por detrá s da sua cor
capaz de perceber que a figura de linguagem presente nesse vermelha e que, insidioso, se desenvolvia por fora,
texto é a ironia e que ela está presente no fato de o rapaz alastrando-se e tomando conta de todo o peixe. Por fora do
noivar com as duas moças, optando assim pela alternativa D. aquá rio, o pintor assistia surpreendido à chegada do novo
peixe. O problema do artista era este: obrigado a
02 (D16). SEDUC-MA (2017) interromper o quadro que pintava e onde estava a aparecer
o vermelho do seu peixe, nã o sabia agora o que fazer da cor
A FORMIGA E A CIGARRA preta que o peixe lhe ensinava. Assim, os elementos do
problema constituíam-se na pró pria observaçã o dos fatos e
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra muito punham-se por uma ordem a saber: 1º- peixe, cor vermelha,
amigas. Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou pintor, em que a cor vermelha era o nexo estabelecido entre
sem parar, armazenando comida para o período de inverno. o peixe e o quadro, através do pintor; 2º- peixe, cor preta,
Nã o aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde pintor, em que a cor preta formava a insídia do real e abria
nem do bate-papo com os amigos ao final do expediente de um abismo na primitiva fidelidade do pintor. Ao meditar
trabalho, tomando uma cervejinha. Seu nome era “trabalho” acerca das razõ es porque o peixe mudara de cor
e seu sobrenome, “sempre”. Enquanto isso, a cigarra só precisamente na hora em que o pintor assentava na sua
8
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

fidelidade, ele pensou que, lá dentro do aquá rio, o peixe, comentando o quadro. Porém, quem prestasse atençã o nos
realizando o seu nú mero de prestidigitaçã o, pretendia fazer dois perceberia, talvez estranhasse, que um deles, o de
notar que existe apenas uma lei que abrange tanto o mundo elegantes ó culos de sol, parecia um pouco desinteressado,
das coisas como o da imaginaçã o. Essa lei seria a apesar de todo o empenho do outro, traduzido em gestos e
metamorfose. Compreendida a nova espécie de fidelidade, o eloquência quase murmurada. [...] O que falava segurava à s
artista pintou na sua tela um peixe amarelo. vezes o antebraço do de ó culos com uma intimidade solícita
HELDER, Herberto. Apud RIEDEL, Dirce Cortes e outros. Literatura portuguesa em curso. Rio de
e confiante. [...] Aproximei-me do quadro, fingindo olhar de
Janeiro, Francisco Alves, 1975.p.147. In: https://pt.scribd.com/document/329318836/Texto-Era- perto a técnica do pintor, voltei-me e percebi: o de ó culos
Uma-Vez-UmPintor.
escuros era cego. [...] Algo extraordiná rio acontecia ali, que
O conflito gerador desencadeado na narrativa foi eu só compreendia na superfície: um homem descrevendo
A) a obrigatoriedade do pintor em utilizar a cor vermelha do para um amigo cego um quadro de Renoir. Por que tantos
peixe. detalhes? [...] – Azul com o quê? Fale mais desse azul – pediu
B) a aceitaçã o do artista acerca de uma nova técnica de o cego, como se precisasse completar alguma coisa dentro
pintura. de si. – É um azul claro, muito claro, um azul que tem
C) a mudança na cor do peixe que de encarnado passa a movimento e transparência em muita luz, um azul
preto. tremulando, azul como o de uma piscina muito limpa
D) o artista querer pintar um peixe encarnado de seu eriçada pelo vento, uma piscina em que o sol se reflete e que
aquá rio. tremula em mil pequenos reflexos [...] lembra-se daquela
E) o surgimento inesperado de um novo peixe no aquá rio. piscina em Amalfi? – Lembro... lembro... – e sacudia a
cabeça ... Afastei-me, olhei-os de longe. Roupas coloridas,
esportivas. [...] O guarda treinado para vigiar pessoas estava
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser ao meu lado e contou, aos arrancos: – Eles vêm muito aqui.
capaz de identificar o conflito gerador da narrativa que está Só conversam sobre um quadro ou dois de cada vez. É que o
presente no artista querer pintar um peixe encarnado de seu cego se cansa. Era fotó grafo, ficou assim de desastre.
aquário, optando assim pela alternativa D. Â NGELO, Ivan. O comprador de aventuras. In Para gostar de ler: v.: 28. 2ª ed.
Sã o Paulo: Á tica, 2007. Fragmento.

04 (D10). SEDUC- MA (2018) No primeiro pará grafo desse texto, o elemento da narrativa
em evidência é o
TRAGÉDIA CARIOCA A) tempo.
B) clímax.
A menina vestia calças compridas e um casacã o de C) narrador.
malha, informe, de mangas arregaçadas. Sentou-se no sofá , D) ambiente.
cruzou as pernas longas, pediu licença para se servir de um E) personagem.
dos meus cigarros. O nariz arrebitado, a pele borrifada de
sardas, o cabelo curto de rapazinho dã o-lhe um ar de grande Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser
imaturidade – quinze, dezesseis anos nã o mais. Ela diz que capaz de identificar que o elemento da narrativa em
tem dezessete e está grá vida. Meu Deus, como é que estã o evidência, no primeiro parágrafo do texto, é o personagem,
casando meninas assim tã o novas? Mas olhando a mã o optando assim pela alternativa E.
esquerda da moça, nã o lhe vejo aliança. E, antes que eu
possa fazer qualquer pergunta, ela é que vai explicando: - A 06 (D17). Leia o texto e responda.
senhora já ouviu falar em transviada? Pois está aqui uma.
Pelo menos até o carnaval deste ano eu era das péssimas. BOA AÇÃO
Doida por garupa de lambreta, anarquia em inferninho, cuba
libre, bolinha, camisa de homem. Sã o Gabriel da Cachoeira
[...] Na cidade com o maior nú mero de inscritos para o
QUEIROZ, Rachel de. Disponível em: https://books.google.com.br/books?isbn=8526018086. Acesso Vestibular Indígena, a movimentaçã o foi grande. Muitos
em: 10 de agosto de 2018. Fragmento.
estudantes vieram de longe e demoraram dias para chegar.
A personagem principal é caracterizada por Jaqueline Lopes, da etnia Baniwa, viajou dois dias em canoa,
A) uma menina bem nova. pelo Rio Negro, até chegar a Sã o Gabriel. Ela mora na
B) um rapazinho transviado. comunidade Assunçã o e chegou à cidade na ú ltima sexta-
C) uma jornalista da atualidade. feira. Para Jaqueline, a vinda da Unicamp para aplicar a
D) uma adolescente dos anos 50 ou 60. prova facilitou muito a vida dos estudantes. “Nã o teria
E) um menino que vestia calça e casacã o. condiçõ es de sair da regiã o para fazer a prova em outro
lugar, pois só para chegar da minha comunidade à Sã o
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser Gabriel já demora dois dias”, contou.
capaz de identificar que a personagem principal desse texto é [...] A prova trouxe a realidade dos estudantes indígenas
caracterizada por uma adolescente dos anos 50 ou 60, para as questõ es e para as propostas de redaçã o. Em uma
sinalizando assim a alternativa D. delas, os candidatos foram convidados a escrever sobre uma
reportagem que abordava a perda da cultura indígena e o
05 (D10). (SAEPE) uso de tecnologias por indígenas. Muitas questõ es também
aproximaram os conteú dos do ensino médio da realidade
O CEGO, RENOIR, VAN GOGH E O RESTO dos candidatos. [...]
Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2018/12/02/unicamp-aplica-seu-
Vistos de costas, pareciam apenas dois amigos primeiro- vestibular-indigena-e-faz-historia. Acesso em: 27/09/2019

conversando diante do quadro Rosa e azul, de Renoir,


9
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

As aspas têm como funçã o destacar uma parte do texto. No Sublimando…


artigo lido, as aspas têm a funçã o de Vivo assim…
A) introduzir o nome de um livro. Numa eterna reticência…
B) citar a fala de um entrevistado. Para que colocar ponto final?!
C) marcar o uso de um neologismo. O que seria de nó s sem a expectativa de
D) citar um discurso proferido pelo pró prio autor. Continuaçã o.
E) destacar uma palavra empregada no sentido figurado. Disponível em https://marcelosss.wordpress.com/2013/07/05/adoro-reticencias/. Acesso em
05/11/2019

Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser


capaz de compreender as diversas funções do uso das aspas.
Nesse texto, em especial, as aspas realçam a fala de uma 3ª
pessoa. Portanto, a alternativa correta é a B.

07 (D17). (BRASIL ESCOLA) Leia esta estrofe do poema


O navio negreiro, do escritor romântico Castro Alves:

Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!


Que mú sica suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!

O uso de exclamaçõ es, nesse fragmento, apresenta uma As reticências desempenham um importante papel no texto
destas funçõ es: lido. No trecho, Nascendo… / Brotando…/ Sublimando… as
A) destacar uma frase imperativa. reticências indicam que
B) indicar um vocativo enfá tico. A) as açõ es estã o em curso.
C) fazer um apelo. B) as açõ es foram finalizadas.
D) fazer uma pergunta. C) ideias que foram interrompidas.
E) expressar profunda tristeza." D) os trechos sã o citaçõ es incompletas.
E) o texto apresenta forte carga sentimental.
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser
capaz de perceber o verso “Meus Deus! como é sublime um Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser
canto ardente”. O ponto de exclamação substitui a vírgula em capaz compreender o uso das reticências e o efeito de sentido,
um vocativo enfático sinalizando, assim, a alternativa B. nesse contexto, associando às formas nominais do verbo nesse
poema; sinalizando, assim, a alternativa A.
08 (D17). SEDUC-CE. Leia o trecho:
10 (D17). (SAEPE)
“Além de reivindicar a sua cor de pele, essas bailarinas
pintam suas sapatilhas para que a mudança cromá tica nã o QUANTA PRESSA!
quebre a linha de sua perna — nesse caso, um instrumento
de trabalho”. Como vc é apressada! Nã o lembra que eu disse antes de
vc viajar que eu ia pra fazenda do meu avô ? Quem mandou
O travessã o utilizado no trecho tem a funçã o de: nã o dar notícias antes d’eu ir pra lá ?!?!?! :-O
A) corrigir uma informaçã o. Vc sabia. Eu avisei. Vc nã o presta atençã o no que eu falo?
B) expor o ponto de vista do autor. Quando ficar mais calma eu tc mais, tá legal? :-* Mô nica
C) separar assuntos distintos no texto. PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. Sã o Paulo: Salesiana, 2006. Fragmento.

D) diferenciar as vozes que falam no texto. No trecho “Quem mandou nã o dar notícias antes d’eu ir pra
E) adicionar uma informaçã o relevante para o leitor. lá ?!?!?!”, a pontuaçã o empregada sugere
A) aceitaçã o.
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser B) compreensã o.
capaz conhecer a função do travessão no texto; sinalizando, C) dú vida.
assim, a alternativa B. D) entusiasmo.
E) indignaçã o.
09 (D17). Leia o poema abaixo:
Adoro reticências… Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser
Sabe aqueles três pontos intermitentes que capaz compreender o uso dos sinais de pontuação,
insistem em dizer que nada está fechado, principalmente na linguagem virtual, sinalizando, assim, a
que nada acabou, alternativa E.
que algo sempre está por vir?!
A vida se faz assim!
Nada pronto, nada definido.
Tudo sempre em construçã o.
Tudo ainda por se dizer…
Nascendo…
Brotando…
10
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

este se refere: A segunda metade de que/de quem voltava com


meio perfil? Para tanto, retornará ao texto, onde chegará ao
termo “pessoa”, mencionado no verso 5, respondendo, então,
a alternativa “C” como gabarito. Dessa forma, o(a) estudante
conseguiu desenvolver a habilidade perceptiva desse
mecanismo de coesão no texto.

02 (D02). Observe o texto:


O ESCRITOR DE MEMÓRIAS
.... Ao escrever suas memó rias, o autor se desdobra em
narrador e personagem, num jogo literá rio muito sutil,
narrando os fatos de uma época, olhando-a do ponto de
vista de observador geral dos momentos que narra, mas
também olhando para si mesmo como personagem que
viveu os acontecimentos narrados, recriados pelas
lembranças suas e dos outros. É possível reconhecer quando
o autor se coloca como narrador das memó rias pelo uso da
primeira pessoa: "eu me lembro", "vivi numa época que...".
Podemos reconhecer o narrador-personagem nas memó rias
quando o autor descreve suas sensaçõ es e emoçõ es
narrando fatos dos quais ele é o centro, mas que
envolvem outros personagens das memó rias. Veja os

TESTE 04 exemplos, retirados de "Viver para contar", de Gabriel


Garcia Má rquez: "Minha mã e disse assim: `Que bom que
você ficou amigo de seu pai.'" e "O zelador riu da minha
Referente às Aulas: 13, 14 e 15 inocência". Quando é narrador, o autor fala das lembranças
como um todo; quando é narrador-personagem, fala de si,
muitas vezes pela voz de outros personagens que evoca.
01 (D02). Leia o texto abaixo:
Disponível em: https://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/noss
as-publicacoes/revista/artigos/artigo/1339/o-genero-memoriasliterarias.Fragmento. Acesso em
VERDADE fevereiro de 2023. Fragmento.

No trecho em destaque, o pronome sublinhado substitui o


A porta da verdade estava aberta, termo
mas só deixava passar A) amigo.
meia pessoa de cada vez. B) autor.
Assim nã o era possível atingir toda a verdade, C) pai.
porque a meia pessoa que entrava D) personagem.
só trazia o perfil de meia verdade. E) narrador.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil. Gabarito: Alternativa “B”. A habilidade avaliada pelo D02
E os meios perfis nã o coincidiam. contempla a capacidade do(a) estudante em reconhecer a
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta. função dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa
Chegaram ao lugar luminoso maneira, o(a) estudante será avaliado quanto à sua
onde a verdade esplendia seus fogos. habilidade de identificar qual ou quais palavras foram
Era dividida em metades substituídas ou repetidas no texto permitindo assim sua
diferentes uma da outra. continuidade e melhor compreensão. O(a) estudante que
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela. assinalou a alternativa “B”, ao ler o texto, percebeu que o
Nenhuma das duas era totalmente bela. artigo acima fala de memórias literárias, gênero que
E carecia optar. Cada um optou conforme seu capricho, menciona fatos vivenciados pelo escritor (“fatos dos quais ele
sua ilusã o, sua miopia. é o centro”), e que o termo destacado se refere ao próprio
Disponível em: http://www.analisedetextos.com.br/2010/09/analise-do-poema-verdadede- autor, informação que também está anteposta em “quando o
carlos.html. Acesso em fevereiro de 2023.
autor descreve suas sensações e emoções”. Dessa forma,
Nos versos: “E sua segunda metade / voltava igualmente conseguiu desenvolver a habilidade exigida pelo referido
com meio perfil” (v.7-8). A palavra destacada refere-se à descritor.
A) ilusã o.
B) miopia. 03 (D02). Leia o texto a seguir.
C) pessoa.
D) porta. O FIEL DOM JOSÉ
E) verdade.
Era uma vez um príncipe que encontrou numa sapataria
um rapaz tã o vivo e simpá tico que desejou tê-lo como amigo
Gabarito: Alternativa “C”. O(A) estudante precisa perceber as
e companheiro. O rei foi pedir ao sapateiro que desse seu
funções que alguns termos desempenham na construção do
filho para viver na casa real, e o sapateiro cedeu. O rapaz se
texto e a que se referem. Ciente da função que o pronome
chamava José e o rei lhe deu o 'dom'.
“sua” pode adquirir, o(a) estudante buscará a “quem” que
Todo o mundo no reinado só o conhecia, daí em diante,
11
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

por Dom José. Quem nã o curte um corte de cabelo estiloso para dar
O príncipe e Dom José eram insepará veis nas festas, uma turbinada no visual?
passeios e caçadas. O rei tinha uma filha muito bonita mas Nosso cabelo, assim como as unhas, nunca param de
invejosa e de mau gênio. Vendo aquela amizade do irmã o crescer. Por isso podemos cortá -lo de vá rias formas sem
com Dom José, enciumou-se e planejou desfazer o afeto que correr o risco de ficar com a cabeça pelada.
ligava os dois moços. O cabelo é um fio produzido por uma glâ ndula que fica
CASCUDO, Luís da Câ mara. Contos tradicionais do Brasil. Sã o Paulo: Global, 2014. Fragmento.
abaixo da pele. O pelo brota no folículo, que é uma espécie
de tubo no qual as células produzem proteínas e queratina.
No trecho destacado, o pronome “o” refere-se ao Essas substâncias se acumulam em seu interior e sã o
A) filho. empurradas pra cima, endurecem e assumem a forma de um
B) irmã o. fio.
C) príncipe. Existem cabelos de todos os tipos: lisos, crespos,
D) rei. amarelos, vermelhos etc. A cor e a textura sã o determinadas
E) sapateiro. por fatores genéticos.
Gabarito: Alternativa “A”. Sabendo que esse descritor avalia a Jornal Estado de Minas, p. 8, 12 jan. 2008. *Adaptado: Reforma Ortográ fica.

habilidade de identificar substituições e/ou repetições para


No texto, a expressã o destacada substitui
facilitar a continuidade do texto e a compreensão do seu
A) a cor e a textura.
sentido, o(a) estudante que marcou a alternativa “A”, como
B) o cabelo e a unha.
gabarito, conseguiu, numa leitura atenta, identificar no
C) as glâ ndulas e a pele.
trecho em questão, onde o pronome oblíquo “o” foi utilizado
D) a proteína e a queratina.
para substituir o filho do sapateiro, evitando repetições
E) os amarelos e os vermelhos.
desnecessárias e ainda assim, facilitando a continuidade do
texto.
Gabarito: Alternativa “D”. O Descritor 02 está sendo avaliado,
portanto se faz necessário que o(a) estudante identifique os
04 (D02). Leia o texto a seguir.
elementos que dão coesão ao texto. Nesta questão, o(a)
estudante precisa reconhecer quais palavras a expressão
PODE TOCAR À VONTADE
“essas substâncias” está se referindo; neste caso, à “proteína e
queratina”, alternativa “D”. O(A) estudante que conseguiu
A mistura do olhar treinado de designer com o olhar de
identificar, teve êxito neste item, pois compreendeu que as
criança curiosa fez com que Juliana Gatti se perguntasse:
substituições e/ou as repetições nos textos de diferentes
“Por que eu nã o sei que planta é essa da esquina de casa?” A
gêneros são recursos coesivos, utilizados pelos autores para
resposta veio em forma de um interessante projeto, o
melhorar ou aperfeiçoar aquilo que se escreve.
Á rvores Vivas. Junto com uma equipe, que inclui bió logos e
paisagistas, Juliana bate perna pelos parques de Sã o Paulo
06 (D19). Leia o texto abaixo e responda.
ensinando botâ nica de um jeito pouco convencional. As
nomenclaturas ficam em segundo plano e o que vale é a
PATRICINHAS DO SKATE
sensaçã o de “experimentar” as plantas por meio do toque. ”
Nã o é essencial saber o nome da espécie. Isso está
De unhas pintadas e roupas da moda, elas enterram o
disponível nos livros. É só sentindo a textura da folha do
estereó tipo rebelde. Você já deve ter se deparado com uma
manacá que você vai lembrar o que é a folha do manacá ”,
delas. Estã o sempre de unhas pintadas, cabelo arrumado,
justifica Juliana, que faz um mapeamento das á rvores do
calça de cintura baixa e camiseta baby look. Nas mã os, o
parque antes dos passeios.
longboard – a versã o mais comprida do skate tradicional.
Vida Simples. Editora Abril. dez. 2010. p.15. Fragmento. Sim, essas princesinhas estã o se fazendo notar por aí.
No texto, o termo sublinhado no trecho em destaque refere- Por muito tempo, o visual das skatistas foi
se à expressã o propositalmente desleixado. Usavam camisetas de bandas
A) “...a textura da folha...” hardcore, bermudõ es no joelho e tênis rasgados, que
B) “...o Á rvores Vivas”. misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.
C) “...o nome da espécie”. Agora, as novas skatistas têm cara de saudá veis, roupas
D) “...um interessante projeto...” limpinhas e pouca afinidade com as manobras radicais do
E) “...um mapeamento das á rvores...” skate. “Nã o é porque eu estou andando de skate que vou
mudar meu estilo”, diz Mitzi Iannibelli, 18, que adora reggae
Gabarito: Alternativa “C”. Nesta questão, o(a) estudante que e faz as unhas toda semana – “sempre quadradas e sem
respondeu a alternativa C, demonstrou habilidade em cutícula’’.
compreender e atribuir sentidos relativos a um texto a partir [...]
de seus componentes. Para responder corretamente esta Jornal do Brasil. Disponível em:http://quest1.jb.com.br/jb/papel/cadernos/
domingo/2001/07/07/jordom20010707005.html Acesso em: 08 jul. 2022. Fragmento.
questão, faz-se necessário ao(à) estudante a retomada do
texto, a fim de relacionar a que o pronome demonstrativo No texto, o diminutivo utilizado na palavra “rebeldezinho”
“isso” se refere no texto analisado, ou seja, qual foi a (l. 12) tem o intuito de
retomada feita por meio deste pronome. A) referir-se ao tamanho das garotas.
B) demonstrar ternura e afeto pelas garotas que se vestem
05 (D02). Leia o texto abaixo. desse modo.
C) fazer uma crítica à s garotas que se vestem como
O CRESCIMENTO DO CABELO rebeldes, mas nã o sã o.
D) indicar uma progressã o de alguém novato para outro
12
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

mais experiente. empregadas é fundamental para se entender o sentido de um


E) identificar as patricinhas skatistas como sendo mais texto.
saudá veis e limpas.
09 (D19). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
Gabarito: Alternativa “C”. Professor(a) é válido reforçar, nos
comentários desta questão, que as flexões dos substantivos MARCA LANÇA CALÇA TOTALMENTE TRANSPARENTE
podem ter o sentido tanto de tamanho quanto afetivo. E CAUSA REBULIÇO NA WEB

07 (D19). Leia a charge abaixo e responda. Depois da ~causaçã o~ que rolou por causa do menor
cropped do mundo, lançado pela Urban Outfitters, chegou a
vez de mais um produtinho polêmico bombar no Twitter.
Estamos falando de uma calça totalmente transparente da
Topshop!
O modelo lembra um jeans e até ganhou este nome: Moto
Clear Plastic Straight Jeans. Mas pera aí, nã o é jeans nã o! A
calça é totalmente de plá stico!
FAVA, Aline. Disponível em: Acesso em: 26 abr. 2022. Fragmento.

Disponível em: https://educacao.uol.com.br/album/2013/08/21/conheca-as-principais-


pegadinhas-da-lingua-portuguesa.htm?foto=6 Acesso em: 16 set. 2022.

Na charge, as palavras “peixã o”, “bocarra”, “homenzarrã o” e


“rapagã o” foram empregadas com a intençã o de indicar

A) crítica. A palavra em destaque no texto foi empregada com a


B) exagero. intençã o de indicar
C) humor. A) carinho.
D) ironia. B) diminutivo.
E) mudança. C) efemeridade.
D) futilidade.
Gabarito: Alternativa “B”. Professor(a), o(a) estudante, que E) simpatia.
marcou a alternativa “B” como gabarito, conseguiu
desenvolver a habilidade solicitada neste item, pois entendeu Gabarito: Alternativa “D”. Professor(a), este descritor avalia a
que a intenção do autor não foi a de indicar o grau habilidade de reconhecer o efeito de sentido decorrente da
aumentativo das palavras peixe, boca, homem e rapaz, mas exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.
utilizar os sufixos para denotar exagero. Neste item, o(a) estudante que optou pelo gabarito, a
alternativa D, demonstrou a compreensão de que o
08 (D19). Leia o texto abaixo. diminutivo, considerando seu aspecto gramatical, indicou o
objetivo do autor de caracterizar o produto como fútil. Assim,
PORQUINHO-DA-ÍNDIA percebe-se que a utilização dos recursos relacionados ao
Descritor 19, possibilita a identificação do efeito de sentido
Quando eu tinha seis anos causado pelas variações relativas aos padrões gramaticais do
Ganhei um porquinho-da-índia. sistema escrito da língua.
Que dor de cabeça me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogã o! 10 (D19). Leia o texto e responda ao item.
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais limpinhos
Ele nã o gostava:
Queria era estar debaixo do fogã o.
Nã o fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
– O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.
BANDEIRA, Manuel. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

No poema, o uso dos diminutivos “porquinho” (v. 2),


“bichinho” (v. 4), “limpinhos” (v. 6) e “ternurinhas” (v. 9)
indica
Adã o Iturrusgarai. Kiki – A primeira vez. Sã o Paulo: Devir, 2002 p. 32.
A) afetividade.
B) deboche. Na tirinha, a palavra “gracinha” foi empregada para
C) desconsideraçã o. indicar
D) insatisfaçã o. A) intimidade.
E) tristeza. B) bondade.
C) simpatia.
Gabarito: Alternativa “A”. Professor (a), vale lembrar que D) carinho.
saber identificar as flexões e o sentido no qual elas foram E) elogio.
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

E quero que você venha comigo.


Gabarito: Alternativa “E”. Avalia-se neste item a habilidade (VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Nã o Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura. 1998)
de identificação pelo(a) estudante do sentido que um
recurso ortográfico e/ou os recursos morfossintáticos A repetiçã o da expressã o “eu quero”, em diversos versos, tem
provocam no leitor, conforme o que o autor deseja por objetivo
expressar no texto. Sendo assim, a leitura da tira indica a (A) fazer associaçõ es de sentido.
alternativa “E” como gabarito, visto que a utilização do (B) refutar argumentos anteriores.
termo “gracinha” pretende ser um elogio ao homem a (C) detalhar sonhos e pretensõ es.
quem se refere a personagem. (D) apresentar explicaçõ es novas.
(E) reforçar a expressã o dos desejos.

Gabarito: O texto analisado recorre à estratégia de repetição


lexical para enfatizar a expressão de um desejo. O(A)
estudante que escolheu a alternativa (E) como gabarito
entendeu o uso deste recurso enquanto recurso expressivo e
demonstra ter desenvolvido a habilidade de reconhecer o
efeito de sentido decorrente da repetição da expressão “eu
quero”. Os(As) estudantes que optaram pelas demais
alternativas não se atentaram ao contexto da canção e/ou não
reconheceram a intencionalidade da escolha deste recurso,
cujo objetivo vai além do detalhamento dos sonhos e
pretensões, como aponta, por exemplo, a alternativa (C).

02. (D19). (P.D - SEDUC-GO, adaptada) Leia o texto e, a


TESTE 05 seguir, responda.
Referente às Aulas: 16, 17, 18 e 19 PRIMEIROS ERROS

01. (D19). (BPW) Leia o texto a seguir e responda. Kiko Zambianchi


Meu caminho é cada manhã
VOCÊ NÃO ENTENDE NADA Nã o procure saber onde vou
Meu destino nã o é de ninguém
Quando eu chego em casa nada me consola Eu nã o deixo os meus passos no chã o
Você está sempre aflita [...]
Com lá grimas nos olhos de cortar cebola Se um dia eu pudesse ver
Você é tã o bonita Meu passado inteiro
E fizesse parar chover
Você traz coca-cola Nos primeiros erros
Eu tomo O meu corpo viraria sol
Você bota a mesa Minha mente viraria
Eu como eu como eu como eu como eu como Mas só chove e chove
Você Chove e chove.
Nã o tá entendendo quase nada do que eu digo Disponível em: https://www.letras.mus.br/ kiko-zambianchi/46827/ Acesso em: 20 maio 2016.
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora A repetiçã o do verbo “chove” no texto sugere
E quero que você venha comigo (A) a intensificaçã o dos sentimentos do eu lírico.
(B) o contentamento do eu lírico com o seu passado.
Eu me sento (C) o distanciamento do eu lírico em relaçã o as pessoas.
Eu fumo (D) a modificaçã o da visã o do eu lírico em relaçã o a sua
Eu como vida.
Eu nã o agü ento (E) a força do temporal enquanto o eu lírico refletia sobre
Você está tã o curtida a vida.
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento
Você nã o acredita Gabarito: Na estrofe analisada, vemos o eu lírico da canção
Traz meu café com suíta manifestando um desejo que, entretanto, não se realizou: “se
Eu tomo um dia eu pudesse ver... e fizesse parar chover... O meu corpo
Bota a sobremesa viraria sol... mas só chove e chove/chove e chove”. O(A)
Eu como eu como eu como eu como eu como estudante que elegeu a alternativa (A) como gabarito
Você percebeu a utilização da repetição enquanto recurso
Tem que saber que eu quero é correr mundo expressivo para reforçar algo, uma certa frustração, talvez
Correr perigo angústia e/ou dor sentida pelo eu lírico por aquilo que não
Eu quero é ir-me embora ocorreu. Vale ressaltar que o uso de verbos no subjuntivo e
futuro do pretérito, indicando possibilidade, hipótese, sugere
Eu quero dar o fora a vontade e a adversativa “mas” antecipa o não sucedido.
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

meninos que haviam ganhado bolas e caminhõ ezinhos. Por


03. (D19). (1ª P.D – SEDUC-GO, adaptada) Leia o texto isso eu nã o a mordia. Nã o queria machucá -la para que ela
abaixo e, a seguir, responda. continuasse minha. Segurava-a. Olhava para ela. Polia-a,
para que ficasse mais brilhante. Comi a maçã com tristeza.
O ÚLTIMO POEMA Aquela maçã nã o era para ser comida. Era para ser contada.
Manuel Bandeira
ALVES, Rubem. A maçã . In: O velho que acordou menino. Sã o Paulo: Planeta, 2005. Fragmento.
Assim eu quereria o meu ú ltimo poema.
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos Nesse texto, no trecho “De repente abriu-se uma gaveta da
intencionais minha memó ria...”, a expressã o em destaque foi escrita para
Que fosse ardente como um soluço sem lá grimas (A) apontar que o narrador encontrou objetos antigos.
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume (B) comparar a histó ria contada pelo narrador com o ato
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais de comer uma fruta.
límpidos (C) ironizar o tipo de frutas consumidas pelo narrador.
A paixã o dos suicidas que se matam sem explicaçã o. (D) revelar que o narrador se lembrou de um
acontecimento de seu passado.
Disponível em http://www.celipoesias.net/manuel-bandeira/poesia1.htm,
(E) sugerir que o narrador recebeu uma notícia
acessado em 07 de novembro de 2012.
inesperada.
A repetiçã o do termo "que" no 2º, 3º e 4º versos do poema,
produz o efeito de Gabarito: No texto, o narrador conta uma história de seu
passado: o momento em que ganhou uma fruta rara em sua
(A) continuidade. cidade, a maçã. Assim, o(a) estudante que, corretamente,
(B) contraste. optou pela alternativa (D) compreendeu que a expressão
(C) delicadeza. destacada é usada no início do texto para representar o
(D) dú vida. momento em que o narrador recorda esse acontecimento.
(E) exagero.

Gabarito: No primeiro verso do poema, o eu lírico afirma:


“Assim eu quereria o meu último poema.”. Na sequência,
como se continuasse o verso anterior, expressa como 05. (D18). (CAEd) Leia o texto abaixo.
quereria: “Que fosse terno... Que fosse ardente...Que tivesse a
beleza...”. Logo, o(a) estudante que optou pela alternativa (A), ERA UMA VEZ NO METRÔ…
gabarito, percebeu o efeito de sentido produzido pela
repetição da conjunção “que”. Aquele que optou pela letra (B) No trem do metrô entrou um grupo de três ou quatro
pode ter sido levado pelo contraste expresso nas ideias dos pessoas com um menino de cerca de seis anos. [...]
versos “Que fosse terno... Que fosse ardente...”. Quem optou A criança deu sinais de impaciência, e um dos adultos
pela alternativa (C) pode ter focado em palavras como perguntou-lhe se queria ouvir uma histó ria. [...]
“terno”, “beleza” e “pureza”, não se atentando ao todo do O rapaz começou: era uma vez… Pela entonaçã o da voz,
poema e à intencionalidade do uso do “que”. O(A) estudante clara, firme, agradá vel, parecia professor ou algo do gênero,
que elegeu a letra (D) pode ter crido que o “que” talvez ator.
reiteradamente seria a expressão de uma dúvida, dado que a Começou por um bichinho, um bichinho imaginado,
forma verbal “quereria” denota incerteza, possibilidade, cheio de sonhos e desejos de conhecer o mundo. O narrador
hipótese. Além disso, como o “que” também pode funcionar ia inventando o enredo à medida que o contava,
como pronome interrogativo, uma desatenção poderia levar a descrevendo o local onde o bichinho morava, seus amigos,
esse distrator. Já o(a) estudante que escolheu a alternativa seus planos.
(E) pode ter considerado um exagero as indicações do eu Os olhos do menino brilhavam, esqueceu-se do
lírico quanto à forma como desejava o poema. desconforto e do metrô , interviu com perguntas, contribuiu
para o desenvolvimento da trama. Que, aliá s, nada tinha de
04. (D18). (CAEd) Leia o texto abaixo. extraordiná rio, mas o rapaz sabia fazer pausas na hora certa
e, de vez em quando, o suspense era tanto que o garoto
A MAÇÃ prendia a respiraçã o.
Mas nã o eram só os olhos do menino que brilhavam,
De repente abriu-se uma gaveta da minha memó ria e nem só dele a ansiedade de saber o destino do bichinho.
dentro dela havia uma maçã . Em Dores nã o cresciam maçã s. Todo mundo em volta virou plateia da trama inocente,
Havia mangas, jabuticabas, bananas, laranjas, mexericas, interessada no desenrolar das aventuras do protagonista.
pitangas. E também os marolos, frutas grosseiras dos Viramos prisioneiros voluntá rios daquele enredo singelo.
cerrados, de cheiro forte [...]. Véspera de Natal. Meu pai Um lance inesperado que fez as pessoas abstraírem o trem,
estava viajando. Voltaria a tempo? Voltou. Trouxe-me o barulho, o ambiente.
presentes. Nã o me lembro de nenhum deles. Mas me lembro O grupo saltou do metrô antes de mim, nã o sei como a
da maçã , embrulhada em papel de seda amarelo. Naquele histó ria terminou, ou mesmo se chegou a ter um final. Fiquei
tempo, em Dores, uma maçã era uma fruta encantada, que no meu canto pensando como um jovem [...] pode fazer a
crescia muito longe, em outros países. Atravessara mares diferença na vida de uma criança. Quis dizer-lhe isso, mas
para chegar até as minhas mã os. Eu era o ú nico menino em me contive [...].
Dores a ter uma maçã . Se eu comesse a maçã deixaria de ser Disponível em: <https://cronicascariocas.com/colunas/cronicas/era-uma-vez-no-metro/>. Acesso
em: 22 mar. 2022. Fragmento.
o menino que tinha uma maçã . Eu ficaria igual a todos os
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

No trecho “Os olhos do menino brilhavam,...” (5º pará grafo), A BELEZA TOTAL
a palavra destacada foi usada para
(A) enfatizar que a luzes do metrô refletiam nos olhos do A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a
menino. pró pria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de seu
(B) indicar que a estaçã o de metrô estava limpa. rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito
(C) mostrar que o menino estava gostando da histó ria. menos as visitas. Nã o ousavam abranger o corpo inteiro de
(D) revelar a cor dos olhos do menino. Gertrudes. Era impossível, de tã o belo, e o espelho do
(E) sugerir que o menino estava ansioso pelo fim da histó ria. banheiro, que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaços.
A moça já nã o podia sair à rua, pois os veículos
Gabarito: O cronista, ao observar a cena no trem, paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua vez,
impressionou-se com a forma como a criança reagia à perdiam toda capacidade de açã o. Houve um
história contada. Dessa forma, o autor descreve a atitude do engarrafamento monstro, que durou uma semana, embora
garoto e diz que “Os olhos do menino brilhavam...”. Assim, Gertrudes houvesse voltado logo para casa.
os(as) estudantes que marcaram a alternativa C perceberam O Senado aprovou lei de emergência, proibindo
que a palavra destacada pretende destacar como a criança Gertrudes de chegar à janela. [...] Nascera assim, este era o
estava encantada pela história. seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, sabendo-se
incompará vel. Por falta de ar puro, acabou sem condiçõ es de
06. (D18). (CAEd) Leia o texto a seguir. vida, e um dia cerrou os olhos para sempre. [...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: http://www.companhiadasletras.com.br/
BENTÔ CAKE: MINIBOLOS COM FRASES ENGRAÇADAS E trechos/13274.pdf>. Acesso em: 12 maio 2016. Adaptado.

IRÔNICAS VIRAM FEBRE EM SÃO CARLOS No trecho “Os espelhos pasmavam diante de seu rosto,
recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as
O doce de origem japonesa ganhou destaque na internet visitas.”, o autor ao utilizar a expressã o destacada quis
por ser personalizado com frases divertidas e memes. Eles sugerir
custam, em média, R$ 35, pesam em torno de 350 gramas e (A) o quanto Gertrudes era bonita.
têm 10 centímetros de diâ metro. (B) a inteligência dos espelhos da casa.
Feito a partir de uma mistura de ironia com uma dose de (C) a forma como o rosto de Gertrudes era refletido.
frase engraçada e uma cobertura de criatividade, o “bentô (D) o modo como os espelhos ficavam ao refletir Gertrudes.
cake” tem caído nas graças da internet [...]. (E) a recusa dos espelhos em refletir as outras pessoas da
Com tradiçõ es japonesas, já que no país ocidental bentô casa.
ou obentô é uma espécie de porçã o individual de comida Gabarito: (D18) O(A) estudante que optou pela alternativa
levada para viagem, o “bolinho marmita” chegou ao Brasil (A) compreendeu que o uso do verbo pasmar indica a
em 2021 e acabou se popularizando pelas redes sociais. admiração que o espelho teria pela aparência da
Cantadas, indiretas, declaraçõ es e felicitaçõ es sã o as personagem. Assim, essa atribuição de característica humana
formas mais comuns escolhidas para passar uma mensagem ao objeto é utilizada no texto para enfatizar a beleza de
usando um bentô cake. Gertrudes.
“Virou uma febre quando juntou a personalizaçã o de
frases engraçadas com os memes, principalmente com o 08. (D18). (SEDUC-GO) Leia o texto a seguir.
personagem ‘Flork’. As pessoas gostam de presentear com
doces, principalmente quando é possível personalizar, ENTRE SILÊNCIOS E DIÁLOGOS
juntando o bom humor que o brasileiro adora”, contou a
confeiteira Carla Guinart, de 42 anos. Havia uma desconfiança: o mundo nã o terminava onde
MARIN, Ana. Bentô cake: minibolos com frases engraçadas e irô nicas viram febre em Sã o Carlos. In: os céus e a terra se encontravam. A extensã o do meu olhar
G1. 2022. Disponível em: <http://glo.bo/3EEXjgr>. Acesso em: 7 abr. 2022. Fragmento.
nã o podia determinar a exata dimensã o das coisas. Havia o
No ú ltimo pará grafo do texto, a expressã o “Virou uma febre” depois. Havia o lugar do sol se aninhar enquanto a noite se
foi usada para fazia.
(A) afirmar que as pessoas têm o costume de presentear Havia um abrigo para a lua enquanto era dia. E o meu
com doces. coraçã o de menino se afogava em desesperança. Eu que nã o
(B) enfatizar a popularidade das redes sociais no Brasil. era marinheiro nem pá ssaro — sem barco e asa.
(C) indicar que o bolo está fazendo sucesso entre as Um dia aprendi com Lili a decifrar as letras e suas somas.
pessoas. E a palavra se mostrou como caminho poderoso para
(D) mostrar que a língua japonesa está sendo incorporada encurtar distâ ncia, para alcançar onde só a fantasia
em outras línguas. suspeitava, para permitir silêncio e diá logo.
(E) revelar que os memes dominaram a internet. Com as palavras eu ultrapassava a linha do horizonte. E o
meu coraçã o de menino se afagava em esperança. Ao virar
Gabarito: Para responder à questão, o(a) estudante precisa uma pá gina do livro, eu dobrava uma esquina, escalava uma
considerar seu conhecimento prévio sobre o sentido dessa montanha, transpunha uma maré.
expressão, bem como o contexto em que ela está inserida. Ao passar uma folha, eu frequentava o fundo dos
Nesse caso, o texto aborda a popularização do bentô cake, oceanos, transpirava em desertos para, em seguida, me
logo, o(a) estudante que escolheu a letra (C) entendeu que a fazer hó spede de outros coraçõ es.
expressão é usada para apontar o sucesso do bolo. Pela leitura temperei a minha pá tria, chorei sua miséria,
provei de minha família, bebi de minha cidade, enquanto,
07. (D18). (SEDUC-GO. Adaptada) Leia o texto e, a seguir, pacientemente, degustei dos meus desejos e limites.
responda. Assim, o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o
meu cais, a minha rota. Pelo livro soube da histó ria e criei os
16
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

avessos, soube do homem e seus disfarces, soube das vá rias Gabarito: Esse item avalia a habilidade de o(a) estudante
faces e dos tantos lugares de se olhar. (...) Ler é aventurar-se reconhecer as marcas linguísticas em um texto. O(A)
pelo universo inteiro. estudante que optou pela alternativa (D) demonstrou
Bartolomeu Campos de Queiró s, sobre ler, escrever e outros diá logos.
conhecimento quanto às heterogeneidades da língua,
Belo Horizonte: Autê ntica, 2012, p. 63. identificando no trecho destacado características da
No trecho, “Assim, o livro passou a ser o meu porto, a minha linguagem formal, como o uso adequado da colocação
porta, o meu cais, a minha rota”., o autor quis enfatizar pronominal.
(A) o quanto o imaginá rio é despertado pela leitura de um
livro. 10. (D13). (SEBMEC 2022)
(B) a distâ ncia encurtada pela leitura de um livro.
UM NOVO PEIXE É DESCOBERTO NAS ÁGUAS DO RIO
(C) a viagem permitida pela leitura de um livro.
MAMANGUAPE, NA CAATINGA PARAIBANA
(D) o quanto o livro é importante em sua vida.
(E) o quanto o livro o deixava desconfiado.
Pesquisadores descobriram uma nova espécie de peixe
no interior da Paraíba. O batismo da espécie foi feito ao som
Gabarito: O(A) estudante que optou pela alternativa (D)
de forró e samba, com uma homenagem a Jackson do
conseguiu entender que a metáfora com os termos porto,
Pandeiro [...], compositor brasileiro natural do município de
porta, cais e rota demonstra o grande significado que a
Alagoa Grande, situada na bacia do rio Mamanguape, uma
leitura ganhou na vida do narrador: ponto de partida,
das localidades onde o Parotocinclus jacksoni foi
chegada e o próprio percurso. A escolha de outras
encontrado.
alternativas pode ser justificada pela referência a elementos
O pequeno peixe pertence ao grupo dos cascudos,
presentes no texto, entretanto, o comando solicita a
também chamados de limpa-vidros, devido a sua bocarra
interpretação de um trecho específico e seu efeito de sentido.
em formato de ventosa. Um indivíduo adulto pode medir até
4,1 centímetros, menor que a palma da mã o humana. O
peixe, de coloraçã o acinzentada, possui características
singulares, como a ausência de manchas arredondadas,
típicas em outras espécies da regiã o, e a presença das
pontas da nadadeira caudal transparentes.
Além da coleta feita em Alagoa Grande que rendeu o
batismo científico-musical, o P. jacksoni também foi coletado
em outros seis municípios paraibanos na bacia do rio
Mamanguape, com uma á rea de ocorrência que os
09. (D13). (SEBMEC 2022, adaptado) Leia o texto abaixo.
pesquisadores calculam em 118km2. [...]
O gênero Parotocinclus, ao qual pertence o jacksoni, é o
mais diverso da família dos cascudos (Loricariidae), com 14
espécies descritas apenas na ú ltima década. Apenas nos
cursos de á gua doce da regiã o nordeste há 21 espécies do
gênero reconhecidas pela ciência.
MENEGASSI, Duda. Um novo peixe é descoberto nas á guas do rio Mamanguape, na Caatinga
paraibana. In: O Eco. 2021. Disponível em: <https://bit.ly/3tppSdF>. Acesso em: 21 mar. 2022.
Fragmento.

No primeiro pará grafo do texto, a expressã o “Parotocinclus


jacksoni” é um exemplo de linguagem

(A) arcaica.
(B) científica.
(C) coloquial.
(D) regional.
(E) virtual.

Gabarito: Uma mesma língua pode apresentar diferentes


realizações, a depender de fatores históricos e geográficos,
situação em que é utilizada, quem a utiliza e com qual
finalidade. O(A) estudante que elegeu a alternativa (B) como
gabarito revela entendimento quanto ao fenômeno da
ALDREYSENHANDO. Disponível em: <https://bit.ly/3ItTIBR>. Acesso em: 22 mar. 2022. variação linguística, conhecimento prévio e atenção ao texto
lido, reconhecendo na expressão as características universais
Nesse texto, no trecho “Celebre-se, porque isso por si só já é que fazem dela um nome científico, nomenclatura dada pela
uma grande vitó ria.” (4º quadrinho), foi utilizada a comunidade científica para identificar de maneira exclusiva e
linguagem precisa uma determinada espécie.
(A) arcaica.
(B) científica.
(C) coloquial.
(D) formal.
(E) regional.

17
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender,


aqui, que a sequência, dos fragmentos se organizam em torno
de uma ideia central, que se apresenta na letra D. As demais
alternativas apresentam as ideias secundárias.

Leia o pará grafo, a seguir, e responda à s questõ es 02 e 03:

“Política e politicalha nã o se confundem, nã o se parecem,


nã o se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se
excluem, se repulsam mutualmente. A política é a arte de
gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais,
leis escritas, ou tradiçõ es respeitá veis. A politicalha é a
indú stria de explorar o benefício de interesses pessoais.
Constitui a política uma funçã o, ou o conjunto das funçõ es
do organismo nacional: é o exercício normal das forças de
uma naçã o consciente e senhora de si mesma. A politicalha,
pelo contrá rio, é o envenenamento crô nico dos povos
negligentes e viciosos pela contaminaçã o de parasitas
inexorá veis. A política é a higiene dos países moralmente
sadios. A politicalha, a malá ria dos povos de moralidade
estragada.”

Rui Barbosa.

02. (D09). O tópico frasal deste parágrafo é:


A) A política é a higiene dos países moralmente sadios.
B) Constitui a política uma funçã o.
C) Política e politicalha nã o se confundem.
D) A politicalha, pelo contrá rio, é o envenenamento crô nico
dos povos negligentes e viciosos pela contaminaçã o de
parasitas inexorá veis.
E) Antes se negam, se excluem, se repulsam mutualmente.

TESTE 06 Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve perceber que


“Política e politicalha não se confundem” resume a ideia que
Referente às Aulas: 20, 21, 22 e 23 será desenvolvida no parágrafo; portanto, a alternativa
correta é a letra C.
01. (D09). (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. 03. (D09). Qual é a ideia que o tópico frasal transmite?
A CRISE DO EURO A) uma definiçã o de política e politicalha.
B) uma declaraçã o quanto à diferença entre política e
A indisciplina fiscal e o descontrole das contas politicalha e, por isso, nã o se confundem.
pú blicas em países da zona do euro, em particular na Grécia, C) uma retomada do processo histó rico que levou à prá tica
arrastaram o bloco para uma crise financeira sem da politicalha no contexto político.
precedentes. Apó s a revelaçã o de que os gregos maquiavam D) uma enumeraçã o dos malefícios da politicalha e da
seu nível de endividamento, títulos soberanos de diversos política.
países da zona do euro foram rebaixados pelas agências de E) um tom de ironia, uma vez que política e politicalha se
risco, e a moeda comum caiu ao nível mais baixo em quatro assemelham.
anos. Para tirar Rrécia do buraco, Uniã o Europeia e FMI
impõ em um duro e impopular plano de austeridade, a que Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender,
condicionam o socorro financeiro. aqui, que o autor já declara afirmativamente que política e
Disponível em: &lt;http://veja.abril.com.br/tema/crise-do-euro&gt;. Acesso em: 6 fev. 2012. politicalha não podem ser confundidas e, por isso, são
A informaçã o principal do texto é diferentes, assim, a alternativa correta é a letra B .
A) a imposiçã o de um rigoroso plano para salvar os países
da crise financeira. 04. (D09). (SEDUC-PE)
B) a moeda comum dos países europeus teve nível
mais baixo em quatro anos. Cerca de 20 mil se despedem do poeta Patativa
C) as agências de risco rebaixaram o título de alguns Foi decretado feriado ontem em Assaré (623Km de
países da zona do euro. Fortaleza) para a populaçã o local homenagear o principal
D) o descontrole financeiro dos países da zona do poeta popular do Brasil, Antonio Gonçalves da Silva, o
euro teve influência na crise. Patativa do Assaré, que morreu anteontem, aos 93 anos.
E) os gregos revelaram seu real nível de As homenagens começaram logo depois da morte,
endividamento. à s 18h30. Parte da populaçã o (de 20 mil habitantes)
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

acampou durante toda a madrugada na frente da casa do C) a nã o justificativa de alguns médicos sobre as
poeta. (...) desistências do Programa.
À tarde, como o nú mero de visitantes aumentou D) elevado nú mero de médicos desistentes do Programa
muito, o veló rio foi transferido para a catedral da cidade, Mais Médico na capital carioca.
onde sanfoneiros repetiam A Triste Partida, poema cantado E) o curso de requalificaçã o de médicos para atuar no
por Luiz Gonzaga. programa Mais Médico.
O cearense Fagner também gravou a mú sica, mas
preferiu cantar ontem o poema Vaca Estrela e Boi Fubá para Gabarito: Professor(a), o(a) estudante, mais uma vez, deve
homenageá -lo em missa assistida por cerca de 10 mil distinguir a parte principal das partes secundárias do texto.
pessoas. Portanto deve perceber que a informação principal do texto
O enterro aconteceu à s 17h, no cemitério Sã o Joã o está na letra A.
Batista. A PM calcula que passaram pelo funeral cerca de 20
mil pessoas. O Estado do Ceará decretou luto de três dias. 06. (D15). Leia e responda.
Beltrã o, Eliana Santos; Gordilho, Terezinha. Novo Diá logo.
MERCADO DO TEMPO
O fragmento que contém a informaçã o principal do texto é:
A) “À tarde, como o nú mero de visitante aumentou muito, o Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais
veló rio foi transferido para a catedral da cidade, onde corrida. Vinte e quatro horas é pouco –precisava um dia maior
sanfoneiros repetiam A Triste Partida, poema cantado para pô r tudo em dia. Contra esses lugares-comuns, boa parte
por Luiz Gonzaga.” dos manuais prescreve doses regulares de priorizaçã o,
B) “As homenagens começaram logo depois da morte, à s planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas,
18h30. Parte da populaçã o (de 20 mil habitantes) analó gicos e digitais. Mas a ciência tem uma receita diferente:
acampou durante toda a madrugada na frente da casa do você nã o vai aprender a controlar seu tempo encarando um
poeta.” calendá rio. Antes, é necessá rio olhar para outros lugares. [...] É
C) “Foi decretado feriado ontem em Assaré para a no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.
populaçã o local homenagear o principal poeta popular Nã o é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e
do Brasil, Antô nio Gonçalves da Silva, o Patativa do à s vezes ganha tempo é influenciada por fatores culturais,
Assaré, que morreu anteontem aos 93 anos.” geográ ficos e econô micos. Tudo isso resulta na sua orientaçã o
D) “O cearense Fagner também gravou a mú sica, mas temporal, uma fó rmula pessoal de encarar passado, presente e
preferiu cantar ontem o poema Vaca Estrela e Boi Fubá futuro. Mas uma coisa vale para todos nó s: o tempo passa.
para homenageá -lo em missa assistida por cerca de 10 Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe ultrapassando
mil pessoas.” você.
E) “O enterro aconteceu à s 17h, no cemitério Sã o Joã o
URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento.
Batista. A PM calcula que passaram pelo funeral cerca de
20 mil pessoas. O Estado do Ceará decretou luto de três Nesse texto, no trecho “Mas a ciência tem uma receita
dias.” diferente:...” (2° pará grafo), a palavra destacada estabelece
relaçã o de
Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender, A) adiçã o.
aqui, que os fragmentos constroem o texto, em torno de uma B) conclusã o.
ideia central, que se apresenta na letra C. As demais C) contradiçã o.
alternativas apresentam as ideias secundárias. D) oposiçã o.
E) explicaçã o.
05. (D09). (APA – Crede-CE). Leia o texto e responda.
Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender, que
O primeiro dia do programa “Mais Médicos” foi marcado a palavra em destacada estabelece uma relação de oposição,
por faltas e desistências por parte dos médicos brasileiros. sinalizando assim, a alternativa D.
Em algumas cidades de Sã o Paulo e do Rio de Janeiro,
nenhum dos profissionais selecionados compareceu à s 07. (D15). (AVALIA-BH). Leia o texto abaixo.
unidades de saú de a que foram alocados — entre os que
faltaram, uma parte nem sequer justificou sua ausência. COMO OS GOLFINHOS DORMEM?
Segundo as secretarias de saú de, alguns profissionais
chegaram a comunicar oficialmente sua desistência do Os pesquisadores nã o têm certeza de como funciona o sono
programa federal. dos golfinhos. Uma das hipó teses é que eles nunca dormem
Na capital carioca, o nú mero de faltosos foi maior do que totalmente e uma parte de seu cérebro permanece ativa,
o de presentes. Eram esperados dezesseis profissionais, mas enquanto outra repousa, pois precisam subir à superfície
para o azar da populaçã o e descrédito do programa, só seis para respirar. É possível também que eles tirem apenas
se apresentaram. Todos os que trabalharã o na cidade sã o cochilos para descansar. Há ainda a possibilidade de
brasileiros e apenas um passa pelo curso de requalificaçã o revezarem o descanso com os companheiros de grupo para
por ter se formado na Espanha — o que explica a ausência. evitar o ataque de predadores.
(http://veja.abril.com.br/noticia/saude/mais -medicos-comeca-com-faltas-e-desistencias Recreio. n. 517. 4 fev. 2010. p. 5.

A informaçã o principal do texto é No trecho “... pois precisam subir à superfície para
A) a falta e desistência dos médicos no programa Mais respirar.”, o termo destacado indica
Médico, do Governo Federal. A) alternâ ncia.
B) a maioria dos médicos ausentes nas unidades de saú de é B) causa.
brasileira. C) condiçã o.
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

D) conclusã o.
E) explicaçã o. COMO UMA ONDA

Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender que Nada do que foi será
a palavra pois nesse item indica uma relação de explicação, De novo do jeito que já foi um dia
sinalizando a alternativa E. Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas, como um mar
08. (D15). (Prova Brasil). Leia o texto abaixo: Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê nã o é
Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas Igual ao que a gente viu há um segundo
os alunos devem ser supervisionados por alguém Tudo muda o tempo todo no mundo
responsá vel pelos jogos ou qualquer opçã o de lazer que se Nã o adianta fugir,
ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e participar Nem mentir pra si mesmo agora
de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, Há tanta vida lá fora
festas e até churrascos dentro da escola. E aqui dentro sempre
(Juliana Araú jo e Souza). (Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)
Como uma onda no mar
SANTOS, Lulu; MOTA, Nelson. Como uma onda. In: SANTOS, Lulu. CD O
Em “A comunidade poderia interagir e participar de ú ltimo româ ntico. BMG Ariola 255157-2, 1987.
atividades interessantes.”, a palavra destacada indica
A) adiçã o. No Texto, a palavra destacada em “A vida vem em ondas,
B) alternâ ncia. como um mar” (v. 4) exprime uma ideia de
C) explicaçã o. A) alternâ ncia.
D) condiçã o. B) comparaçã o.
E) oposiçã o. C) finalidade.
D) explicaçã o.
Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender E) oposiçã o.
que a conjunção E indica a ideia de adição no texto. Sendo
assim, a alternativa correta é A. Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender,
aqui, que a palavra destacada exprime a ideia de comparação
no texto, sinalizando assim a alternativa B.

9. (D15). Leia o texto para responder à questão abaixo: TESTE 07


OS PANCARARÉS
Referente às Aulas: 24, 25, 26 e 27
Conhecedores de cada canto da regiã o em que viveram
os cangaceiros, os pancararés, quando a volante passava, 01. (D11). Leia o texto abaixo e, a seguir, responda.
ajudavam a esconder Lampiã o e seu bando. Hoje, uma
comunidade remanescente dos pancararés vive na Baixa do O TABACO CONSOME DINHEIRO PÚBLICO
Chico, um pequeno povoado situado no interior do Raso da Bilhões de reais saem do bolso do contribuinte para tratar a
Catarina. Embora as condiçõ es de vida sejam bastante dependência do tabaco e as graves doenças que ela causa.
simples, os moradores parecem saudá veis. Vivem em casas
rú sticas de pau-a-pique e recebem á gua de um poço A dependência do tabaco também aumenta as
artesiano porque a regiã o é á rida e agreste. Dedicam-se a desigualdades sociais porque muitos trabalhadores
pequenas lavouras de milho e feijã o e à criaçã o de gado. fumantes, além de perderem a saú de, gastam com cigarros o
www.almg.gov.br/revistalegis/saofrancisco/populaçã o. que poderia ser usado em alimentaçã o e educaçã o. Em
muitos casos, com dinheiro de um maço de cigarros pode-se
No trecho “...quando a volante passava, ajudavam a comprar, por exemplo, um litro de leite e sete pã es. Para
esconder Lampiã o e seu bando.”, a expressã o destacada romper com esse perverso círculo de pobreza, países no
demonstra uma circunstâ ncia de mundo inteiro estã o se unindo através da Convençã o-
A) condiçã o. Quadro de Controle do tabagismo e os graves danos que
B) dú vida. causa, sobretudo nos países em desenvolvimento. Incluir o
C) comparaçã o. Brasil nesse grupo interessa a todos os brasileiros. É um
D) explicaçã o. passo importante para criar uma sociedade mais justa.
E) tempo.
Propaganda do Ministé rio da Saú de. Brasil um pais de todos. Governo
Federal,2004. Disponível em http://estudosnutricionais.blogspot.com.br/2014/01/o-
Gabarito: Professor(a), o(a) estudante deve compreender que tabacoconsomedinheiro-publico.html. Acesso: 06 fev. 2023.

a expressão em destaque demonstra uma circunstância de Os países no mundo inteiro estã o se unindo porque
tempo. Sendo assim, a alternativa correta é E. A) querem melhorar os índices de desenvolvimento no
mundo inteiro.
10. (D15). Leia o texto e responda:
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

B) constataram que bilhõ es de reais sã o consumidos com o delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina
tabagismo. encontrado naquelas condiçõ es, em lugar ermo. A selvageria
C) descobriram que a dependência do tabaco aumenta a de um tempo que nã o deixa mais rir.
desigualdade social. As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas
D) querem controlar o tabagismo e diminuir a desigualdade de uma hora para outra; essas mulheres.
social. ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 72.
E) reconheceram a urgência de açõ es para garantir a saú de
dos dependentes. A relaçã o de causa e consequência evidenciada nesse conto
é:
Gabarito: Alternativa “D”. A habilidade avaliada por este item A) A alegria de passarem na rua com suas pastas escolares.
refere-se ao reconhecimento de como as relações entre os B) O crime provoca o amadurecimento das meninas.
elementos textuais organizam-se de forma que um torna-se o C) O riso provoca a diferenciaçã o das meninas.
resultado do outro. As informações apresentadas ao longo do D) O tempo gera o envelhecimento das meninas.
texto demonstram que diante dos malefícios de saúde, sociais E) O uniforme gera a despersonalizaçã o das meninas.
e econômicos que a dependência do tabagismo traz, os países
no mundo inteiro estão se mobilizando para controlar o Gabarito: Alternativa “B”. Fazendo uma leitura mais
tabagismo. aprofundada do texto, o(a) estudante perceberá que a
transformação repentina das meninas em adultas foi
02. (D11). Leia o texto a seguir e responda. consequência do assassinato de uma menina do grupo.

O QUIROMANTE 04. (D11). Leia o texto abaixo.

Há muitos anos atrá s, havia um rapaz cigano que, nas ISRAELENSE CRIA FRANGO SEM PENAS
horas vagas, ficava lendo as linhas das mã os das pessoas.
O pai dele, que era muito austero no que dizia respeito à JERUSALÉ M – Um frango transgênico, sem penas, com a
tradiçã o cigana de somente as mulheres lerem as mã os, pele vermelha e a carne menos gordurosa foi criado nos
dizia sempre para ele nã o fazer isso, que nã o era ofício de laborató rios da Universidade Hebraica de Jerusalém. O
homem, que fosse fazer tachos, tocar mú sica, comerciar geneticista Avigdor Cahaner cruzou um pequeno pá ssaro
cavalos. sem penas com uma ave de granja e obteve o frango careca,
E o jovem cigano teimava em ser quiromante. Até que maior e mais saudá vel.
um dia ele foi ler a sorte de uma pessoa e, quando ela se “As aves consomem muita energia para crescer, mas no
virou de frente, ele viu, assustado, que ela nã o tinha mã os. processo geram muito calor, do qual têm de se livrar,
A partir daí, abandonou a quiromancia. impedindo que a temperatura do corpo se eleve tanto que as
mate”, explicou Avigdor. Por isso, o crescimento das aves de
PEREIRA, Cristina da Costa. Lendas e histó rias ciganas. Rio de
Janeiro: Imago, 1991. granja é mais lento no verã o e nos países quentes. Se nã o
tiverem penas, as aves podem redirecionar a energia para se
desenvolverem, e nã o mais para manter a temperatura
No texto, o trecho destacado apresenta com relaçã o ao que suportá vel.
foi dito no pará grafo anterior, o sentido de “As penas sã o um desperdício, exceto nos climas mais
A) comparaçã o. frios, nos quais protegem as aves”, concluiu.
B) condiçã o.
JBonline, 21 maio 2002.
C) consequência.
D) finalidade. As penas sã o um desperdício para os frangos, no verã o,
E) oposiçã o. porque
A) superaquecem as aves em todos os climas.
Gabarito: Alternativa “C”. Neste item o(a) estudante precisa B) impedem que as aves produzam energia.
perceber qual ideia o autor quis transmitir. A consequência C) refrescam as aves em climas quentes.
de abandonar a quiromancia se deve ao fato de o personagem D) atrapalham o movimento das aves.
ter cometido um equívoco ao “ler” a sorte de uma pessoa sem E) limitam o crescimento das aves.
mãos. Professor(a), reforce a importância da identificação
das relações de sentido de causa e consequência de um texto. Gabarito: Alternativa “E”. Neste item, os(as) estudantes são
solicitados a reconhecer por que as penas são um desperdício
03. (D11). Leia o texto abaixo. para os frangos no verão. "As aves consomem muita energia
para crescer...Por isso, o crescimento das aves de granja é
ESSAS MENINAS mais lento no verão..." Percebe-se, pela conjunção por isso,
que uma coisa acontece por causa da outra. O crescimento
As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas das aves é lento no verão porque elas consomem muita
escolares, à s vezes com seus namorados. As alegres meninas energia para crescer. Portanto o gabarito é a alternativa “E”.
que estã o sempre rindo, comentando o
besouro que entrou na classe e pousou no vestido da 05. (D06). (SEBMEC) Leia o texto abaixo.
professora; essas meninas; essas coisas sem importâ ncia.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as A LEITURA ACALENTA A ALMA
diferencia. Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem
sem motivo; riem. O mundo está em constante transformaçã o. Tudo é
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais dinâ mico. Mudam conceitos e ideias. [...] a vida se
voltassem a rir e falar coisas sem importâ ncia. Faltava uma movimenta e precisamos nos movimentar com ela. [...] o que
21
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

era prioridade passa a ser secundá rio. Viver é a arte de


adaptar-se. O assunto desse texto é
A leitura pode nos ajudar a entender as mudanças que se A) a alta temperatura das lavas de um vulcã o.
impõ em. Ela nos traz novas formas de analisar o cotidiano. B) a beleza natural dos câ nions da Ará bia Saudita.
Aproxima-nos de pessoas e histó rias. Conecta-nos ao C) o destaque que as empresas inglesas ganharam no
passado, para entendermos o presente e imaginarmos o mercado.
futuro. Há tantas reflexõ es a fazer, tantas experiências a D) o evento que ofereceu comidas feitas com as lavas de um
compartilhar. A leitura nos permite esta conexã o. vulcã o.
A interaçã o com a linguagem literá ria que se traduz em E) o sabor diferenciado das lavas de vulcã o.
arte provoca o encantamento ou, muitas vezes, o
Gabarito: Alternativa (D). O(A) estudante que marcou a
estranhamento que nos tira da zona de conforto e nos
alternativa D reconheceu o assunto apontado no próprio
impulsiona ao novo.
título do texto, no tópico frasal do primeiro parágrafo e nas
Quem cultiva o há bito de ler está em constante busca de
informações apresentadas ao longo do texto, as quais
novas formas de explicar ou entender a vida. Na maioria das
detalham e desenvolvem o tema. Por tratar-se de um gênero
vezes, nã o há uma conclusã o clara [...]. Quanto mais se busca
textual comum na vida escolar do(da) estudante desde as
aprender, mais se percebe que nada é definitivo. Tudo é
primeiras etapas dos anos iniciais, esse é um item mais fácil
temporá rio.
de ser resolvido.
Cabe destacar, ainda, que o leitor habitual melhora muito
sua capacidade de expressã o. Produzir um texto pode ser
07. (D06). (SEBMEC) Leia o texto abaixo.
algo extremamente libertador. A leitura nos dá ferramentas
para a comunicaçã o com o mundo. Aumenta nosso SC: CIDADE QUER RECORDE MUNDIAL POR CONSTRUIR
repertó rio de ideias e permite que nossas reflexõ es sejam RUA MAIS SINUOSA DO MUNDO
compartilhadas ao nos sentirmos seguros para escrever. A
A prefeitura de Sã o Joaquim (SC) apresentou um projeto
leitura é libertadora!
para construir uma rua com 10 curvas fechadas, o que deve
BERNARDES, Nana. A leitura acalenta a alma. In: Jornal NH. 2022. Disponível em: tornar a via a mais sinuosa do mundo, prevê município.
<https://bit.ly/36h5CSJ>. Acesso em: 22 mar. 2022. Fragmento.
Segundo o Guinness Book, a rua mais sinuosa até o
O assunto desse texto é momento é a “Lombard Street”, no estado da Califó rnia
A) a histó ria das pessoas. (EUA), que possui oito curvas com essa característica.
B) a linguagem literá ria. Na proposta apresentada pela prefeitura em 10 de abril,
C) as mudanças da vida. o local terá um mirante com vista para a cidade, balanço
D) o há bito de escrever. infinito, á reas de descanso e uma fonte com á rea para fotos.
E) os benefícios da leitura. [...]
A rua será localizada no centro de Sã o Joaquim, tomando
Gabarito: Alternativa (E). O(a) estudante que escolheu, o espaço do mirante Belvedere, na rua Major Jacinto
corretamente, a alternativa (E) precisou fazer uma leitura Goulart. A prefeitura planeja uma escadaria para que o
global e atenta do texto. O artigo de opinião discorre sobre o percurso seja feito a pé. A proposta inicial da rua sinuosa de
poder da leitura na vida das pessoas e, ao longo do texto, são Sã o Joaquim era criar nove curvas, mas o apresentado
listados diversos benefícios que a leitura nos oferece. O(A) acabou incluindo uma, tendo duas a mais que a Lombard
estudante que optou pela alternativa (C) pode tê-lo feito em Street.
função das afirmações do primeiro parágrafo e não UOL. SC: Cidade quer recorde mundial por construir rua mais sinuosa do mundo. 2022. Disponível
considerou o desenvolvimento do texto. A escolha das letras em: <https://bit.ly/3xE8oN7>. Acesso em: 19 abr. 2022. Fragmento.

(A), (B) ou (D) indica que o(a) estudante identificou


O assunto desse texto é
elementos citados no texto, mas não conseguiu perceber como
A) a construçã o da rua mais sinuosa do mundo no Brasil.
estes pontos são usados para desenvolver o tema do texto.
B) a localizaçã o da rua mais sinuosa do mundo no Brasil.
C) a quantidade de curvas da rua mais sinuosa do mundo.
06. (D06). (SEBMEC) Leia o texto a seguir.
D) as atraçõ es turísticas que serã o construídas na rua mais
EVENTO OFERECE REFEIÇÕES GOURMET FEITAS sinuosa do mundo.
COM LAVA DE VULCÃO E) as lembranças trazidas pela rua mais sinuosa do mundo
localizada na Califó rnia.
Um evento na Ará bia Saudita usou lava derretida para
cozinhar comida para os clientes. A ideia foi desenvolvida
Gabarito: Alternativa (A). Este item avalia a habilidade de
por uma empresa inglesa [...], que tem sede em Londres. Ela
o(a) estudante identificar o assunto de um texto. Aquele que
é conhecida por experiências sensoriais, já requisitadas por
optou pela alternativa (A), o gabarito, percebeu que a notícia
celebridades.
versa sobre a construção da rua mais sinuosa do mundo no
Desta vez, os convidados estavam sentados perto de
Brasil, sendo a localização, quantitativo de curvas e outros
câ nions na cidade de AlUla, na Ará bia Saudita. Foram
atrativos da via detalhes da construção. Logo, as alternativas
servidos pratos de produtores locais, queimados usando o
(B), (C) e (D) são informações complementares acerca do
intenso calor de lava de 1.350°C vinda de um vulcã o.
assunto tratado. O(A) estudante que marcou a alternativa (E)
[...] o cardá pio incluía aipo assado em sal, filés de carne
pode ter feito por ler no texto notas sobre a Lombard Street.
carbonizados feitos em lava derretida e cabras assadas na
Entretanto, o mencionado não é feito de uma maneira
brasa grelhadas em fogueiras.
memorialista e nem este é o foco da notícia.
A sobremesa incluía um bolo de lava de chocolate e as
bebidas tinham sabores defumados. O projeto deve ter
08. (D14). (SAEB) Leia o texto a seguir.
outras ediçõ es.
Disponível em: <https://glo.bo/3qkKWjt>. Acesso em: 21 mar. 2022. Fragmento.
NÃO SE PERCA NA REDE
22
LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

televisã o requer conhecimento.


A internet é o maior arquivo pú blico do mundo. De
É impressionante o nú mero de funcionalidades e siglas
futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de religiã o a
que permeiam essa decisã o.
sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.
LED, HDMI, Full HD e 3D sã o apenas algumas delas. As
Mas essa avalanche de informaçõ es pode atrapalhar. Como
TVs inteligentes já estã o no mercado.
chegar ao que se quer ser perder tempo? É para isso que
Tablets representam novos objetos de desejo. Celulares
foram criados os sites de busca. Porta de entrada na rede
sã o usados como computadores. Essas transformaçõ es
para boa parte dos usuá rios, eles sã o um filã o tã o bom que
exigem do país medidas que encurtem os caminhos rumo à
já existem à s centenas também. Qual deles escolher?
sociedade da informaçã o. O governo sinaliza que o
Depende do seu objetivo de busca.
desenvolvimento de redes de alta velocidade equivale a um
Há vá rios tipos. Alguns sã o genéricos, feitos para uso no
“pré-sal”. Assim como essa riqueza natural, a banda larga
mundo todo (Google, por exemplo). Use esse site para
ocupa um espaço cada vez maior de debate e é, sim, um
pesquisar temas universais. Outros sã o nacionais ou
passaporte para o futuro.
estrangeiros com versõ es específicas para o Brasil (Cadê,
O Programa Nacional de Banda Larga é o caminho. Trata-
Yahoo e Altavista). Sã o ideais para achar pá ginas “com.br”.
se de um modelo dinâ mico que, apesar de urgente, enxerga
Paulo8~´ D’Amaro. Revista Galileu, 2008. a longo prazo.
O artigo foi escrito por Paulo d’Amaro. Ele misturou BECHARA, Marcelo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/
fz0806201108.htm>. Acesso em: 5 ago. 2011. Fragmento.
informaçõ es e aná lise do fato. O período que apresenta uma
opiniã o do autor é Em relaçã o à disseminaçã o das siglas no mercado, há uma
A) “foram criados sistemas de busca”. opiniã o em:
B) “essa avalanche de informaçõ es pode atrapalhar”. A) “A vida se reflete instantaneamente nas mídias.”. (ℓ. 3-4)
C) “sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto”. B) “É impressionante o nú mero de funcionalidades e
D) “A internet é o maior arquivo pú blico do mundo”. siglas...”. (ℓ. 6-7)
E) “Há vá rios tipos”. C) “As TVs inteligentes já estã o no mercado.”. (ℓ. 9)
D) “Tablets representam novos objetos de desejo.”. (ℓ. 10)
Gabarito: Alternativa “B”. Professor(a), o(a) estudante deve E) “... a banda larga ocupa um espaço cada vez maior de
diferenciar fato e opinião e marcar, assim, a alternativa B. debate...”. (ℓ. 16-17)

09. (D14). (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Gabarito: Alternativa “B”. Professor(a), o(a) estudante deve
identificar a opinião registrada na ℓ 4, marcando, assim, a
O pai telefona para casa: alternativa B.
– Alô ?
– ...
Reconhece o silêncio da tipinha. Você liga? Quem
fala é você.
– Alô , fofinha.
Nem um som. Criança nã o é para ser chamada
fofinha. Cinco anos, já viu.
– Oi, filha. Sabe que eu te amo? TESTE 08
– Eu também.
“Puxa, ela nunca disse que me amava”. Referente às Aulas: 28, 29, 30, 31 e 32
– Também o quê?
– Eu também amo eu.
01 (D21). (SAEPE). Leia os textos abaixo.
Crianças (seleçã o). Curitiba, 2001. p. 31. Disponível em:
&lt;http://www.releituras.com/daltontrevisan_crianca.asp&gt;.
Texto 1
Em qual dos trechos desse texto está expressa a opiniã o do
narrador? ANTENA DE CELULAR FAZ MAL À SAÚDE?
A) “Reconhece o silêncio da tipinha.”.
B) “Criança nã o é para ser chamada de fofinha.”. A exposiçã o permanente à s radiaçõ es eletromagnéticas
C) “– Oi filha. Sabe que eu te amo?”. pode causar cefaleia, insô nia e até alteraçõ es
D) “‘Puxa, ela nunca disse que me amava’”. cardiovasculares. A Organizaçã o Mundial da Saú de ainda
E) “Eu também amo eu.”. nã o declarou qual a distâ ncia prudente entre uma casa e
uma torre de telefonia celular, mas ó rgã os ambientalistas
Gabarito: Alternativa “D”. Professor (a), o(a) estudante deve adotam 300 m como uma medida segura.
perceber que o trecho que expressa a opinião no narrador é José Carlos Virtuoso, professor de engenharia ambiental
quando ele diz: “ Puxa, ela nunca disse que me amava”,
sinalizando assim a alternativa “D” como gabarito. Texto 2

10. (D14). (SAEB). Leia o texto abaixo. Nã o há comprovaçã o de que a radiaçã o das antenas de
telefonia celular cause dano à saú de. A ú nica evidência se
UMA COISA DE CADA VEZ OU TUDO AGORA? refere à tolerâ ncia humana aos níveis de radiaçã o
eletromagnética. O problema é que nã o há uma fiscalizaçã o
O surgimento frenético de aplicativos e equipamentos dos ó rgã os competentes sobre esses níveis, produzidos
expressa uma mudança de há bitos na sociedade. A vida se também por outras fontes, como antenas de rá dio e TV.
reflete instantaneamente nas mídias. Comprar hoje uma
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a
Adroaldo Raizer, professor de eletromagnetismo
Casa Claudia, mar. 2004, ano 28, n. 3. *Adaptado: Reforma Ortográ fica.
03 (D21). (PAEBES). Leia os textos abaixo.

Nesses dois textos, as opiniõ es emitidas pelos professores Texto 1


sã o
A) complementares. Felicito o sueco Nuno Cotter pelo belo artigo “Conversa
B) divergentes. de português” (Língua 40, fevereiro), em que mostra com
C) iguais. bom humor e inteligência as diferenças idiomá ticas entre
D) inconsistentes. Portugal e Brasil. Como engenheiro, trabalhei [...] em
E) semelhantes. Moçambique e sofri com a variaçã o do vocabulá rio:
“encofrado para betã o”, por exemplo, é forma para
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser “concreto”.
capaz de perceber que as opiniões distintas presentes no texto
Aldo Dó rea Mattos, Sã o Paulo (SP)
estão na alternativa B.
Texto 2
02 (D20). Leia os textos abaixo.
Na crô nica “Conversa de português”, achei estranho ler
A VEZ DA ENERGIA LIMPA palavras grafadas no português de Portugal, como “reacçã o”,
“facto”, “saxó nica” e“có mica”. Nã o estou a par das mudanças
Texto 1 que o novo acordo provocou em Portugal, mas [...] “reacçã o”
e“facto” agora se escrevem “reaçã o” e “fato”. Se eu estiver
Além das fontes alternativas de energia, deve ser certa, a revista ignora as novas normas ao publicar essa
enfatizada a importâ ncia da conservaçã o de energia. Na grafia. [...] Num momento em que nó s [...] recorremos à
Alemanha, o slogan “Nossa Principal Fonte de Energia – a revista Língua para entender as novas regras ortográ ficas,
Energia Economizada” é usado para a conscientizaçã o da deparar com essas palavras é desconcertante.
populaçã o, ao lado de incentivos financeiros, como juros Regina Giannetti Dias Pereira, por e-mail. Língua Portuguesa. n° 42. ano 3.
subsidiados para melhorar o isolamento térmico das Abr. 2009. p. 6. Fragmentos.

construçõ es. Se os desperdícios na iluminaçã o e no Esses textos apresentam opiniõ es


condicionamento de ar fossem evitados no Brasil, a A) complementares.
necessidade de novas usinas hidro, termo e nucleoelétricas, B) confusas.
além das fontes alternativas, seria reduzida drasticamente. C) duvidosas.
DAGNINO, Basílio Vasconcellos. É poca. Sã o Paulo: Globo, n. 572, p. 6-7, 4 maio 2009. D) opostas.
Texto 2 E) semelhantes.

Há uma fonte de energia renová vel e totalmente limpa Comentário: Aqui, professor (a), o estudante tem que ser
que até o momento nenhum país explora: os raios. A energia capaz de identificar que os textos apresentam opiniões
contida em um ú nico raio é suficiente para suprir opostas, sinalizando a alternativa D.
necessidades mensais de energia de mais de cem pessoas, e
uma tempestade típica despeja no solo uma quantidade de
energia suficiente para alimentar uma cidade de 100 mil
habitantes por um mês inteiro. É uma fonte de energia da 04 (D21). Leia os textos a seguir e responda.
qual nosso país é muito bem servido.
Quanto aos riscos de trabalhar com essa fonte de energia, Texto 1
pode-se dizer que sã o tã o grandes quanto os de explorar TIO PÁDUA
petró leo a 5.000 metros de profundidade ou gerar energia a
partir da energia nuclear. Tio Pá dua e tia Marina moravam em Brasília. Foram um
dos primeiros. Mudaram-se para lá no final dos anos 50.
BASTOS, Silvino. É poca. Sã o Paulo: Globo, n. 572, p. 7, 4 maio 2009.
Quando Dirani, a filha mais velha, fez dezoito anos, ele saiu
Embora tratem do mesmo tema, os Textos 1 e 2 enfocam, pelo Brasil afora atrá s de um primo pra casar com ela.
respectivamente, Encontrou Jairo, que morava em Marília. Estã o juntos e
A) a energia alternativa e a quantidade de energia dos raios. felizes até hoje. Jairo e Dirani casaram-se em 1961. Fico
B) a conservaçã o de energia e os raios como fonte de pensando se os casamentos arranjados nã o têm mais
energia. chances de dar certo do que os desarranjados.
C) a produçã o de energia pelas usinas e o petró leo como Ivana Arruda Leite. Tio Pá dua. Internet: http://www.doidivana.zip net. Acesso em 07/01/2007.
energia.
D) o tipo de energia usada na Alemanha e a energia Texto 2
renová vel e limpa.
E) o isolamento térmico e os riscos de trabalhar com a O CASAMENTO E O AMOR NA IDADE MÉDIA
energia dos raios.
Nos séculos IX e X, as uniõ es matrimoniais eram
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser constantemente combinadas sem o consentimento da
capaz de perceber que os dois textos trazem o mesma tema, mulher, que, na maioria das vezes, era muito jovem. Sua
mas perspectivas distintas, que estão relacionadas com a pouca idade era um dos motivos da falta de importâ ncia que
conservação de energia e os raios como fonte de energia, os pais davam a sua opiniã o. Diziam que estavam
sinalizando, assim, a alternativa B. conseguindo o melhor para ela. Essa total falta de
importâ ncia dada à opiniã o da mulher resultava muitas
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

vezes em raptos. Como o consentimento da mulher nã o era chamadas o dia todo. Viramos uma espécie de telefonistas
exigido, o raptor garantia o casamento e ela deveria de nó s mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos
permanecer ligada a ele, o que era bastante difícil, pois os recados...
homens nã o davam importâ ncia à fidelidade. Isso acontecia Depois de um dia inteiro bombardeado por ligaçõ es
talvez principalmente pelo fato de a mulher nã o poder exigir curtas, urgentes e na maioria das vezes irrelevantes, quem
nada do homem e de nã o haver uma conduta moral que vai sentir prazer numa simples conversa telefô nica? O
proibisse tal ato. telefone, que era um momento de relax na vida da gente,
Ingo Muniz Sabage. O casamento e o amor na Idade Mé dia.
virou um objeto de trabalho.
Internet:http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/casament.ht O equivalente urbano da velha enxada do trabalhador
m&gt;. Acesso em 07/01/2007 (com adaptaçõ es). Fragmento.
rural. Carregamos o celular ao longo do dia como uma bola
Sobre o “casamento arranjado”, o texto I e o texto II de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho
apresentam opiniõ es: escravo.
A) complementares. O celular banalizou o ritual de conversa à distâ ncia. No
B) duvidosas. mundo pré-celular, havia na sala uma poltrona e uma
C) opostas. mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos
D) preconceituosas. como num transe, andamos pelas ruas, restaurantes,
E) semelhantes. escritó rios e até banheiros pú blicos berrando sem
escrú pulos num pedaço de plá stico colorido.
Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante é capaz de Misteriosamente, uma pessoa ao celular ignora a
identificar que a opinião presente nos dois textos sobre o presença das outras. Conta segredos de alcova dentro do
mesmo tema é oposta, sinalizando, assim, a alternativa C. elevador lotado. É uma insanidade. Ainda nã o denunciada
pelos jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos
05. (SAERS). Leia o texto abaixo. médicos. Aliá s, duas das classes mais afetadas pelo
fenô meno.
HORAS A MAIS, HORAS A MENOS A situaçã o é delicada. [...]
O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.
Está em tramitaçã o no Senado, o projeto de Emenda
Constitucional que propõ e a reduçã o da jornada de trabalho Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor
das atuais 44 horas para 40 horas semanais. desse texto?
A) A arte de telefonar se tornou prazerosa.
Texto 1 B) A sociedade destruiu velhos costumes.
C) A vida moderna priorizou o telefone.
A Central Ú nica de Trabalhadores e a Força Sindical D) O celular elitizou todos os profissionais.
estimam a geraçã o de 3 milhõ es de postos de trabalho a E) O homem tornou-se escravo de celular.
partir da alteraçã o da legislaçã o. Para o professor de
Sociologia da Unicamp, Ricardo Antunes, o projeto ampliaria Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser
as oportunidades de quem ainda nã o conseguiu emprego capaz de identificar que o argumento que sustenta a tese
formal. defendida nesse texto é “o homem tornou-se escravo de
celular”, sinalizando, assim, a alternativa E.
Texto 2
07. (D08). (SAEPI). Leia o texto abaixo.
O professor José Pastori disse ao portal GI que “a
reduçã o da jornada de trabalho pode acelerar a ETANOL DE CANA É O QUE MENOS POLUI
automatizaçã o das linhas de produçã o e provocar
demissõ es”. O etanol de cana-de-açú car produzido pelo Brasil é
Revista Semana. Ano 2, n. 24. 26 de junho de 2008. p. 34. Adaptado. melhor que todos os outros. A conclusã o é de um estudo
Em relaçã o à reduçã o da jornada de trabalho, os dois textos divulgado pela Organizaçã o para Cooperaçã o e
apresentam opiniõ es Desenvolvimento Econô mico (OCDE), que reú ne 30 países
A) complementares. entre os mais industrializados do mundo e da qual o Brasil
B) contrá rias. nã o faz parte. A pesquisa mostra que o etanol brasileiro
C) duvidosas. reduz em até 80% as emissõ es dos gases que provocam o
D) favorá veis. efeito estufa. “O percentual de reduçã o na emissã o de gases
E) semelhantes. é muito mais baixo nos biocombustíveis produzidos na
Europa, nos Estados Unidos e no Canadá ”, afirmou Stefan
Comentário: Aqui, professor (a), o estudante tem que ser Tangermann, diretor de Agricultua da OCDE. O etanol do
capaz de identificar que as abordagens apresentadas nos dois milho americano reduz em apenas 30% as emissõ es. Já o
textos são contrárias, sinalizando assim a alternativa B. trigo utilizado pelos europeus tem efeito de 50% na
diminuiçã o da poluiçã o.
A pesquisa também critica os subsídios dados por
06. (D08). (SPAECE). Leia o texto abaixo.
europeus e americanos a seus produtores – US$ 11 bilhõ es
por ano e que devem chegar US$ 25 bilhõ es até 2015. [...] É
[...] O celular destruiu um dos grandes prazeres do século uma vitó ria da postura brasileira de defesa incessante da
passado: prosear ao telefone. cana como energia alternativa.
Hoje, por culpa deles somos obrigados a atender
Revista da semana. nº 28. 24 jul. 2008. p. 34.
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

O argumento que sustenta a tese de que o etanol da cana de Papel, plá stico, alumínio. Modernas embalagens
açú car brasileira é melhor que todos os outros é que industrializadas sã o essencialmente confeccionadas com
A) o nosso etanol reduz em até 80% as emissõ es de gases. essas três matérias-primas. Mas o resultado está longe de
B) o etanol americano reduz apenas 30% das emissõ es. ser monó tono.
C) o etanol europeu tem efeito de 50% na poluiçã o. Desde que os especialistas em vendas descobriram que a
D) o Brasil defende a cana-de-açú car como energia embalagem é um dos primeiros fatores que influenciam a
alternativa. escolha do consumidor, ela passou a ser estudada com mais
E) os Estados Unidos subsidiam em muito os produtores. atençã o. Atualmente, estampa cores fortes, letras garrafais e
formatos curiosos na tentativa de chamar a atençã o nas
Gabarito: Aqui, professor (a), o estudante tem que ser capaz prateleiras dos supermercados. Produtos infantis, por
de identificar que o argumento “o nosso etanol reduz em até exemplo, apelam para desenhos animados ou super-heró is
80% as emissões de gases” sustenta a tese defendida nesse da moda para derrubar a concorrência. Provavelmente é o
texto, sinalizando, assim, a alternativa A. caso do achocolatado que você toma de manhã , do queijinho
suíço do meio da tarde e até mesmo da sopinha da noite.
08. (D08). (PROEB). Leia o texto abaixo. Essas embalagens despertam o interesse dos
consumidores muitas vezes, eles levam o produto para casa
PROJETO DE LEI DA PESCA É APROVADO E CAUSA mais porque gostaram de sua roupagem do que pelo fato de
POLÊMICA NO MS apreciarem o conteú do. [...]
Lei da Pesca libera o uso de petrechos, como redes e anzol de
galho, para qualquer tipo de pescador. Um argumento que sustenta a tese de que “a embalagem
agora é uma forma de conquistar o consumidor” é que
Foi aprovada na manhã desta terça-feira, 24, o projeto de A) a embalagem passou a ser mais bem cuidada.
lei estadual nº 119/09, a “Lei da Pesca”, na Assembleia B) a embalagem tem formatos muito curiosos.
Legislativa de Campo Grande. O documento concede uma C) a embalagem objetiva vestir bem os produtos.
série de benefícios aos pescadores de Mato Grosso do Sul, D) os produtos infantis trazem os super-heró is.
entre eles a pesca com petrechos antes considerados E) os consumidores sã o atraídos pela embalagem.
proibidos, como anzol de galho e redes, para qualquer
pescador munido de carteira profissional. Comentário: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser
A aprovaçã o foi quase unâ nime, 20 votos favorá veis capaz de identificar o argumento que sustenta a tese
contra apenas três contrá rios. Mesmo assim, a “Lei da defendida, nesse texto, no trecho “os consumidores são
Pesca” gerou muita polêmica entre deputados e os mais de atraídos pela embalagem”, sinalizando, assim, a alternativa
400 pescadores que acompanharam de perto o plená rio. E.
Um dos deputados opositores mais ferrenhos da nova lei
disse que a liberaçã o da pesca com petrechos irá acelerar
em poucos meses o processo de extermínio de algumas
espécies que antes podiam ser capturadas apenas pelos
ribeirinhos. Em seu discurso de defesa à proibiçã o aos
petrechos, ele destacou que o artigo 24 da Constituiçã o
Federal diz que quando existem conflitos entre interesses
econô micos e ambientais, o ambiental deve sempre
prevalecer.
O Presidente da Associaçã o de Pescadores de Isca
Artesanal de Miranda (MS), Liesé Francisco Xavier, no
entanto, é favorá vel à liberaçã o dos petrechos. “Nó s só
queremos trabalhar conforme está na Constituiçã o Federal,
que libera o uso dos petrechos nos rios”, argumenta ele. 10. (D08). (PROEB). Leia o texto a seguir.
Pesca & Companhia. nov. 2009. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográ fica.

Nesse texto, no discurso de defesa à proibiçã o aos CULTURA E SOCIEDADE


petrechos, o argumento utilizado pelo deputado se
fundamenta (Fragmento)
A) na constituiçã o.
B) na economia. A importâ ncia da á gua tem sido notó ria ao longo da
C) na sociedade. histó ria da humanidade, possibilitando desde a fixaçã o do
D) no ambiente. homem à terra, à s margens de rios e lagos, até o
E) no conflito. desenvolvimento de grandes civilizaçõ es, através do
aproveitamento do grande potencial deste bem da natureza.
Gabarito: Aqui, professor(a), o (a) estudante tem que ser A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso
capaz de identificar que o argumento que sustenta a tese irracional dos recursos hídricos, o desperdício desbaratado
defendida pelo deputado está fundamentado na, constituição, de á gua potá vel, a poluiçã o dos reservató rios naturais e a
sinalizando, assim, a alternativa A. radical intervençã o nos ecossistemas aquá ticos, de forma a
arriscar nã o só o equilíbrio bioló gico do planeta, mas a
09. (D08). (SEDUC-GO). Leia o texto abaixo e responda. pró pria natureza humana.
CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza Cochar.
Portuguê s: Linguagens, 8ª sé rie. 2. ed. Sã o Paulo: Atual, 2002.
AMOR À PRIMEIRA VISTA
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LÍNGUA PORTUGUESA ● Caderno de Testes - Professora/a

Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade


moderna tem utilizado de forma irracional seus recursos
hídricos” é que
A) a á gua acompanha a histó ria através dos séculos.
B) a á gua possibilitou o surgimento de grandes civilizaçõ es.
C) a importâ ncia da á gua é reconhecida ao longo da histó ria.
D) o equilíbrio bioló gico do planeta está em grande risco.
E) o homem tem sempre se fixado à s margens dos rios.

Gabarito: Aqui, professor(a), o(a) estudante tem que ser


capaz de identificar o argumento que sustenta a tese
defendida, nesse texto, presente na frase “o equilíbrio
biológico do planeta está em grande risco”, sinalizando,
assim, a alternativa D.

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