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PRÉ-VESTIBULAR 01

AULAS 25, 26, 27, 28, 29 E 30

Interpretação
de textos
Profa. Stephani Izidro

06 de junho de 2023
13 de junho de 2023
20 de junho de 2023
O texto poético
Para elaborar um poema, o poeta seleciona e combina palavras e ideias,
organizando cada verso da forma que melhor traduza aquilo que deseja
expressar, o que lhe permite criar uma imagem por meio de diferentes figuras
de linguagem ou mesmo pela disposição das palavras na página para produzir
sentidos.

Essa combinação torna plurissignificativo o discurso literário

página 100 (apostila 2)


A voz do poema
Eu lírico: quem fala no poema.
Autor: o poeta que escreve

Nem sempre o que é dito reflete o que sente o poeta, porque cada eu lírico
seria uma "voz" criado pelo poeta para expressar aquele tema.

Essa criação artísitica tende a refletir sobre a vida humana em suas esferas
política, social e amorosa.
A voz do poema
Eu lírico: quem fala no poema.
Autor: o poeta que escreve

Nem sempre o que é dito reflete o que sente o


poeta, porque cada eu lírico seria uma "voz"
criado pelo poeta para expressar aquele
tema.

Essa criação artísitica tende a refletir sobre a


vida humana em suas esferas política, social e
amorosa.
Versos e estrofes
Verso: cada linha do poema Elementos estruturais que trabalhados
Estrofe: conjunto de versos. harmonicamente a fim de formar um poema
Perfeitas ou imperfeitas de
Rimas acordo com a identidade
do som
Externas: se ocorre com versos diferentes
Internas: se ocorre dentro do mesmo verso

“Tudo quanto penso, (A) “Ó vento do norte, tão fundo e tão frio, (A)
Tudo quanto sou (B) Não achas, soprando por tanta solidão, (B)
É um deserto imenso (A) Deserto, penhasco, coval mais vazio (A)
Onde nem eu estou. (B)” Que o meu coração! (B)”

De repente do riso fez-se o pranto "Eu, agora - que desfecho!


Silencioso e branco como a bruma Já nem penso mais em ti...
E das bocas unidas fez-se a espuma Mas será que nunca deixo
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De lembrar que te esqueci?
(Vinícius de Moraes) (Do amoroso esquecimento - Mario Quintana)"
Rimas segundo a classe de palavras

Pobre Rima entre palavras de mesma classe gramatical Beleza/ Natureza

Rima entre palavras de classes gramaticais


Rica fibra/vibra
diferentes

Rimas entre palavras para as quais há poucas


Rara tisne/cisne
rimas possíveis

Rimas entre palavras combinadas, ou seja, rimas


Preciosa múmia/resume-a
artificiais, forjadas
080
Soneto Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer te


algüa causa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder te,
roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver te,
quão cedo de meus olhos te levou.
Vi-te pequena: ias rezando Rosas na mão, brancas… E, quando
Balada Para a primeira comunhão:
Toda de branco, murmurando,
Te vi passar, branca visão,
Vi, com espanto, palpitando
Na fronte o véu, rosas na mão. Dentro de mim, esta paixão…
Não ias só: grande era o bando… O coração pus ao teu mando…
Mas entre todas te escolhi: E, porque escravo me rendi,
Minh’alma foi te acompanhando, Ando gemendo, aos gritos ando,
A vez primeira em que te vi. – Porque te amei! porque – te vi!

Tão branca e moça! o olhar tão brando! Depois fugiste… E, inda te amando,
Tão inocente o coração! Nem te odiei, nem te esqueci:
Toda de branco, fulgurando, – Toda de branco… Ias rezando…
Mulher em flor! flor em botão! Maldito o dia em que te vi!
Inda, ao lembrá-lo, a mágoa abrando,
Esqueço o mal que vem de ti, Olavo Bilac
E, o meu rancor estrangulando,
Bendigo o dia em que te vi!
Ó meus altos pensamentos,
Quão alto que vós pusestes Mote
Vilancete E que grande queda destes!

Como de mim vos não vinha


Serdes firme num estado
(Pois o viver enganado
Era o maior bem que tinha),
Castelo desta alma minha,
Quão alto que vós pusestes
1ª volta
E que grande queda destes!

Sabia que éreis de vento,


Como quem vos viu fazer;
Inda assim vos queria ter
Como éreis, sem fundamento.
Quem vos desfez num momento?
Quão alto que vós pusestes 2ª volta
E que grande queda destes!
(Camões)
Ode I, de Camões
Ode Detém um pouco, Musa, o largo pranto Tu, que de formosíssimas estrelas
Que Amor te abre do peito; Coroas e rodeias
E vestida de rico e ledo manto, Tua cândida fronte e faces belas;
Demos honra e respeito, E os campos formoseias
Àquela, cujo objeto Co’as rosas que semeias,
Todo o mundo alumia, Co’as boninas que gera
Trocando a noite escura em claro dia. O teu celeste humor na primavera:

Ó Délia, que apesar da névoa grossa, Para ti guarda o sítio fresco d’Ílio
Co’os teus raios de prata Suas sombras formosas;
A noite escura fazes que não possa Para ti o Erimanto e o lindo Pílio
Encontrar o que trata, As mais purpúreas rosas;
E o que n’alma retrata E as drogas mais cheirosas
Amor por teu divino Desse nosso Oriente
Raio, por qu’endoudeço e desatino: Guarda a felice Arábia mais contente
Haicai
lua à vista
brilhavas assim
sobre auschwitz?
(Distraídos venceremos (1987) de Paulo Leminsk)

Infância
Um gosto de amora
Comida com sol. A vida
Chamava-se: “Agora”.
(Guilherme de Almdeida)
Poesia Concreta
Poema x Poesia
Poema é uma forma de estruturar o texto com versos e estrofes. Poesia se relaciona
ao arranjo que fazemos das palavra, está no estranhamento e nas sensações que
certas palavras deslocadas ou combinadas causam no leitor. Dessa forma, é possível
encontrar poesia em versos, prosas, fotografias, filmes, ou seja, qualquer texto verbal
ou não verbal que desperte algum sentimento no leitor é poético.

A poesia expressa uma visão subjetiva, particular do eu-lírico e, quando a ferramenta


dessa expressão é trabalhada, temos o poema.

Poema: texto literário formado por versos.


Poesia: produção artística que provoca emoções.
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
Sifilítico De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem
modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar & agraves mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação.
(Poética, Manuel Bandeira)
Gêneros Literários

Épico
Aristóteles - Poética
Lírico Antiguidade Clássica
Dramático
Quando falamos em gêneros literários no âmbito das Artes, estamos nos
referindo a um conjunto de obras que se aproximam dos carregarem
características comuns, sejam em relação às forma nas quais se estruturam,
seja em relação aos conteúdos que expressam.
Gênero Lírico
Gênero Épico
Gênero Dramático
Exercícios
Apostila 2 - página 102
Exercícios 1 ao 6
Questões Extras 1 ao 4
Metalinguagem
Dicionários

Embora o meu vocabulário seja voluntariamente pobre – uma espécie de Brasileiro Básico – a
única leitura que jamais me cansa é a dos dicionários. Variados, sugestivos, atraentes, não
são como os outros livros, que contam a mesma estopada do princípio ao fim. Meu trato com
eles é puramente desinteressado; um modo disperso de estar atento... E esse meu vício é,
antes de tudo, inócuo para o leitor.

Na minha adolescência, todo e qualquer escritor se presumia de estilista, e isso, na época,


significava riqueza vocabular... Imagine-se o mal que deve ter causado a autores novos e
inocentes o grande estilista Coelho Neto; grande infanticida, isto é o que ele foi.

Orgulhávamo-nos, como das nossas riquezas naturais, da opulência verbal de Rui Barbosa. O
seu fraco, ou seu forte, eram os sinônimos. Recordo certa página em que ele esbanjou seus
haveres com as pobres mulheres da vida, chamando-as de todos os nomes, menos um.

(QUINTANA, Mário. Caderno H. Porto Alegre: Globo, 1983. p. 176.)


“Nenhum desejo neste domingo
nenhum problema nesta vida
o mundo parou de repente
os homens ficaram calados
domingo sem fim nem começo.

A mão que escreve este poema


não sabe o que está escrevendo
mas é possível que se soubesse
nem ligasse.”
(Poema que aconteceu – Carlos Drummond de Andrade)
“Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.”
(Poesia – Carlos Drummond de Andrade)
METALINGUAGEM X INTERTEXTUALIDADE

Metalinguagem é quando um texto faz referência a si


mesmo, isto é, um texto que fala do próprio texto.

Já a intertextualidade é um diálogo de um texto com um ou


mais textos.
o repertório determina o que o sujeito (emissor ou receptor)
conhece, e o que ele pode reconhecer ao receber uma mensagem
metalinguística que contenha intertextualidade
RESPOSTA: C
RESPOSTA: C
RESPOSTA: A
RESPOSTA: B
RESPOSTA: B
RESPOSTA: A

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