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Correspondências
A Natureza é um templo onde vivos pilares
Deixam às vezes soltar confusas palavras;
Por florestas de símbolos, lá o homem cruza
Observado por olhos ali familiares..
Vocabulário
Almíscar: substância de origem persa, de odor penetrante e persistente, obtida a partir de uma
bolsa situada no abdome do almisqueiro macho.
Âmbar: aroma, cheiro suave, o que tem cor entre acastanhado e o amarelo.
Benjoim: resina balsâmica, aromática, usada para a fabricação de incensos e cosméticos.
Oboé: instrumento de sopro.
Prado: campina
Transfundir: transformar-se, converter-se, levar algo a se tornar parte de outra coisa.
Vocabulário:
Dolência: mágoa, dor.
Ignoto: ignorado, desconhecido.
Lacerar: dilacerar, cortar em pedaços.
Plangentes: lastimoso, que chora.
Pungir: ferir, causar dor.
Vocabulário
Fulvo: cor amarelada, alaranjada, amarelo-ouro ou castanho- avermelhado.
1) . A linguagem simbolista caracteriza-se por ser vaga, fluida, imprecisa. Destaque dos
poemas palavras ou expressões que indicam algo indefinido, vago.
2) O emprego de substantivos abstratos e de adjetivos também contribui para reforçar a ideia
de fluidez nos textos:
a) Destaque dos poemas exemplos desses recursos.
b). No Realismo, o emprego de substantivos e de adjetivos cumpre o papel de compor um
painel objetivo da realidade. Nos três textos lidos, esses recursos linguísticos contribuem para
compor um painel subjetivo ou objetivo da realidade?
3. Em vez de nomear ou explicar objetivamente, a linguagem simbolista procura sugerir. Com
relação ao poema “Violões que choram...”:
a) O que sugere a aliteração do fonema /v/ da 7ª estrofe?
b) Com base na 1ª e na 5ª estrofes e no título do poema, indique os sentimentos ou estados de
alma que, na visão do eu lírico, os sons do violão sugerem.
c) Na atribuição de características como “dormentes”, “chorosos” e “tristonhos” aos violões, que
figura de linguagem se verifica?
4. Para os simbolistas, uma das formas de expressar as sensações interiores por meio da
linguagem verbal é pela aproximação ou cruzamento de campos sensoriais diferentes. Esse
procedimento, a que se dá o nome de sinestesia, foi inspirado justamente no poema
“Correspondências”, de Baudelaire.
a) Identifique no poema de Baudelaire o verso em que ele propõe a fusão de campos
sensoriais diferentes.
b) Releia as três estrofes iniciais do poema de Cruz e Sousa. Que campos sensoriais são
aproximados nessas estrofes?
c) Que campos sensoriais se aproximam na 1ª estrofe do poema de Pedro Kilkerry?
5. O Parnasianismo e o Simbolismo nasceram juntos na França, com a publicação da revista
“Parnasse Contemporain”. Embora apresentem propostas artísticas diferentes, esses dois
movimentos têm em comum a preocupação com a linguagem artística. Por isso, é comum entre
simbolistas o exercício do princípio da “arte pela arte” ou “arte sobre a arte”.
a) Na 1ª estrofe de “Correspondências”, Baudelaire faz referência a “palavras confusas” e a
“florestas de símbolos”. A que tipo de arte ele se refere nesses versos?
b) Em “Violões que choram...” manifesta-se o princípio da “arte pela arte” ou da “arte sobre a
arte”? Por quê?
6) contrapondo-se à visão “positiva” e equilibrada do pensamento científico, os simbolistas
manifestam estados de dilaceração da alma e uma profunda “dor de existir”. Justifique a
presença desses sentimentos no poema “Violões que choram”, tomando por base sua última
estrofe.
7) Outros traços da linguagem simbolista são os estados contemplativos e a sondagem interior,
manifestada no interesse pelas zonas profundas da mente (inconsciente e subconsciente),
incluindo o sonho e a loucura. Qual desses traços é possível identificar nos seguintes trechos
dos textos?
a) “A Natureza é um templo onde vivos pilares/ Deixam sair às vezes palavras confusas”
b) “Rasgando as almas que nas sombras tremem”, “E sons soturnos, suspiradas mágoas”
c) “Sobre um mar de rosas que arde/ Em ondas fulvas, distante, / Erram meus olhos,
diamante”.
CAVADOR DO INFINITO
Com a lâmpada do Sonho desce aflito
E sobe aos mundos mais imponderáveis,
Vai abafando as queixas implacáveis,
Da alma o profundo e soluçado grito.
1) O eu lírico do texto vive um drama existencial, representado pela ação de cavar o infinito. A
propósito da 1ª estrofe do soneto, responda:
a) Que verbos sugerem a ação de cavar?
b) Que instrumento o eu lírico utiliza para cavar o infinito?
2. De acordo com o texto, o eu lírico, enquanto cava, abafa queixas e gritos da alma. Observe
que, na escavação do infinito, o eu refere-se a “Sonho”, “Ânsias”, “Desejos” e, na última
estrofe, diz cavar “os abismos das eternas ânsias”.
a) O que se supõe ser o “infinito” cavado?
b) O que provavelmente o eu lírico busca encontrar?
c) De acordo com a 3ª estrofe, pode-se dizer que o eu lírico encontrou o que procura?
3) . Releia a última estrofe e, com base nela, responda:
a) É possível afirmar que o processo de escavação terminou ou continua? Por quê?
b) Que sentimento acompanha o eu lírico nesse processo?
4) . O poema “O Assinalado” põe em destaque a própria criação poética.
a) Qual é a visão do eu lírico acerca do trabalho do poeta? Justifique sua resposta, explicando
também o título do poema.
b) Considerando o contexto racionalista e científico do final do século XIX, interprete estes
versos:
Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco...
5) Compare os dois poemas.
a) Aponte semelhanças entre eles quanto às ideias e à visão de mundo.
b) Aponte diferenças entre os textos quanto à relação do eu lírico (ou do poeta) com o mundo.