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LÍ N GUA PORTUGUESA
M ódulo I I I
CU RSO A D I STÂ N CI A 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Língua Por t ugue sa
2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
UNI DADE I
Or t ogr a fia e a s Re for m a s Or t ogr á fica s ......................................... 1 5
1. A ortografia ........................................................................................................ 15
2. Cronologia das reformas ortográficas na língua portuguesa .................................. 15
ATIVIDADE I ............................................................................................................ 18
UNI DADE I I
A Últ im a Re for m a Or t ogr á fica ...................................................... 1 9
1. A norma ortográfica é uma invenção necessária ................................................... 19
2. Mudanças no alfabeto ......................................................................................... 19
3. Uso do trema ...................................................................................................... 19
4. Mudanças nas regras de acentuação .................................................................... 20
5. Resumo das Regras de Acentuação ....................................................................... 24
ATIVIDADE II ........................................................................................................... 26
UNI DADE I I I
Gr a m á t ica da Língua Por t ugue sa .................................................. 2 9
1. Pontuação ........................................................................................................... 29
2. Divisão e emprego dos sinais de pontuação: ........................................................ 29
2.1. Ponto ( . ) ......................................................................................................... 29
2.2. DOIS-PONTOS ( : ).......................................................................................... 29
Língua Por t ugue sa
CU RSO A D I STÂ N CI A 3
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UNI DADE I V
Sinais Gráficos ............................................................................. 4 3
1. Til ....................................................................................................................... 43
2. Apóstrofo ............................................................................................................ 43
3. Hífen .................................................................................................................. 43
3.1. Hifens e Prefixos................................................................................................ 43
3.2. Prefixos seguidos de hífen antes de... ................................................................. 45
3.3. Prefixos nunca seguidos de hífen: ....................................................................... 47
3.4. “Não” como prefixo ......................................................................................... 50
3.5. Hífen e “extra” .................................................................................................. 50
3.6. Hífen e “mirim” ................................................................................................ 50
3.7. Hífen e “geral” ................................................................................................. 51
3.8. Hífen e “abaixo-assinado” ................................................................................ 51
3.9. Dia a dia/ dia-a-dia ........................................................................................ 51
4. Acento agudo ..................................................................................................... 51
5. Acento circunflexo ................................................................................................ 51
6- Acento grave....................................................................................................... 52
7- Cedilha .............................................................................................................. 52
ATIVIDADE IV .......................................................................................................... 53
UNI DADE V
Abreviat uras ................................................................................ 5 5
1. Lista geral de abreviaturas................................................................................... 56
2. Abreviatura para formas de tratamento ................................................................ 62
3. Abreviatura para os nomes dos meses.................................................................. 65
4. Abreviatura para vias e lugares públicos............................................................... 65
ATIVIDADE V ........................................................................................................... 68
Língua Por t ugue sa
Unidade VI
Com o Ela bor a r Re sum os .............................................................. 6 9
ATIVIDADE VI .......................................................................................................... 71
UNI DADE VI I
Concordância N om inal .................................................................. 7 3
1. Na oração .......................................................................................................... 73
2. Observemos apenas a estrutura do sujeito ............................................................ 73
3. Regras gerais de concordância nominal ................................................................ 73
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UNI DADE VI I I
Concordâ ncia Verba l .................................................................... 8 5
1. Regras gerais ...................................................................................................... 85
1.1. Com um só sujeito ........................................................................................... 85
1.2. Com mais de um sujeito ................................................................................... 85
2. Casos particulares ............................................................................................... 86
2.1. Com sujeito simples ......................................................................................... 86
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UNI DADE I X
Com unica çã o N ã o- Ve r ba l e m Sa la de Aula .................................... 9 7
1. O corpo fala ....................................................................................................... 98
2. A dança das mãos .............................................................................................. 98
3. Postura física ....................................................................................................... 98
Língua Por t ugue sa
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UNI DADE X
Le it u r a e I n t e r pr e t a çã o de Te x t os .............................................. 1 0 9
1. A leitura de um texto ......................................................................................... 109
2. A avaliação de um texto .................................................................................... 109
3. Organização do texto e idéia central .................................................................. 110
4. OS TIPOS DE TEXTO ......................................................................................... 111
4.1. Descrição ....................................................................................................... 111
4.1.1. A organização da descrição ........................................................................ 112
4.2. Narração ....................................................................................................... 113
4.2.1. Os 10 Pecados Mortais de uma Narrativa .................................................... 115
4.3. Dissertação .................................................................................................... 118
4.3.1. Passos para escrever o texto dissertativo........................................................ 119
4.3.1.1. Introdução ............................................................................................... 119
4.3.1.2. Desenvolvimento ...................................................................................... 119
4.3.1.3. Conclusão................................................................................................ 119
4.3.2. Procedimentos Básicos para construir um texto dissertativo ............................. 120
4.3.3. Orientação para Elaborar uma Dissertação .................................................. 120
4.3.4. Modelos ..................................................................................................... 122
ATIVIDADE X ......................................................................................................... 127
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APRESENTAÇÃO
APRESENTAÇÃO
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ORIENTAÇÕES
ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
PARA ESTUDO
Le ia com a t e nçã o !
Horário
Escolha de preferência, sempre o mesmo horário
para estudar e na medida do possível, isto deve ser feito de
segunda-feira a sábado.
A m b i en t e
Escolha o local para estudar que seja do seu agrado, mas lembre-se:
televisão deve estar sempre desligada;
rádio, aparelho de som, etc, também sempre desligados;
não atenda ao telefone, campainha, etc;
alimente-se antes de iniciar seus estudos, mas sem exageros,
Língua Por t ugue sa
M a ter i a l p ed a g ó g i co
Feito isso, leve para o local escolhido de estudo:
a apostila, lápis, caneta, borracha, régua;
dicionário, enciclopédia, livros que possam auxiliá-lo, etc.;
não esqueça de levar também o Código de Trânsito Brasileiro.
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Atenção!
Para estudar prefira osCódigosdeTrânsito quecontenhamseus
Anexosbemcomo asResoluçõesdo Conselho Nacional deTrânsito -
CONTRAN.
Co m o est u d a r
1) Faça uma leitura global de cada unidade para se familiarizar com
o vocabulário (palavras, expressões, etc.) e conteúdos (matéria a
ser estudada).
2) Faça uma segunda leitura, bem mais detalhada, sublinhando con-
ceitos, definições e palavras que não são do seu
entendimento e anote-as ao lado da página.
3) As palavras ou expressões de difícil entendimento
devem ser anotados em uma folha e, com o auxí-
lio de um dicionário ou enciclopédia, procure
seus significados. Desta forma, você estará cons-
truindo um amplo vocabulário que irá auxiliá-lo em seus estudos.
4) Após a segunda leitura, você deverá ter entendido conceitos, defi-
nições, palavras e expressões.
5) Isto feito, você com certeza terá compreendido melhor os textos,
as definições e os conceitos. Enfim, você já iniciou o seu próprio
processo de aprendizagem.
6) Antes de avançar para a próxima unidade, resolva as atividades
propostas, sempre com bastante atenção. Certamente, você não
terá dúvidas.
7) Para conferir as respostas dos exercícios, há uma folha de respos-
Língua Por t ugue sa
Atenção!
Estudeno mínimo quatro horaspor dia, desegunda a sábado, com
umintervalo devinteminutos a cada duas horas.
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LÍ N GUA PORTUGUESA
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UN I DADE I
Ort ogra fia e a s Reform a s Ort ográ fica s
1 . A o r to g r a f i a
A ortografia é uma convenção social. No Brasil a Academia Brasileira
de Letras instituiu pela primeira vez, em 1943, o Pequeno Vocabulário
Ortográfico da Língua Portuguesa. Observamos, portanto, que as grafias
usadas e tidas como certas há menos de cem anos eram outras, sendo hoje
consideradas inaceitáveis. Isto é, a convenção mudou. Outras línguas, como
o francês e o espanhol, tinham normas ortográficas no século XVIII, mas no
caso do português uma convenção ortográfica a ser adotada por todos os
usuários do idioma demorou muito. Hoje ainda existem algumas pequenas
diferenças no modo como se escrevem certas palavras no Brasil e nos demais
países em que o português é a língua oficial (escrevemos ator e em Portugal
escreve-se actor, por exemplo).
Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa,
a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os
países da Comunidade de países de Língua Portuguesa, o período de
transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de
dezembro de 2012.
Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e
proximidade dos países que tem o português como língua oficial: Angola,
Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste,
Brasil e Portugal.
No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois
são simples e fáceis de serem apreendidas. Além disso, há um prazo de
adaptação para ocorra todo processo de mudança.
A Academia Brasileira de Letras dispõe de um link para quem tiver
Língua Por t ugue sa
2 . Cr o n o l o g i a d a s r ef o r m a s o r to g r á f i ca s n a l ín g u a
p o r t u g u esa
A seguir apresentamos uma cronologia das reformas ortográficas
ocorridas na língua portuguesa.
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ATI VI D AD E I
01) Responda
a) Qual a finalidade básica das Reformas Ortográficas da Língua Portu-
guesa?
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UN I DADE I I
A Últ im a Reform a Ort ográ fica
1 . A n o r m a o r to g r á f i ca é u m a i n ven çã o n ecessá r i a
Por ser uma convenção que contém não só regras como irregularida-
des, muitas pessoas imaginam que a ortografia é um acidente histórico des-
necessário, que apenas serve para dificultar a tarefa de quem escreve.
As alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de de-
zembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste se
apresentam a seguir, segundo o Guia Prático da Nova Ortografia Michaelis:
2 . M u d a n ça s n o a l f a b eto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maio-
ria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por
exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro),
kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): show,
playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser,
Kafka, kafkiano.
3 . Uso d o tr em a
Língua Por t ugue sa
Não se usa mais o trema (¨ ), sinal colocado sobre a letra u para indi-
car que ela deve ser pronunciada nos grupos guegue, gui
gui, que
que, qui
qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
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IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção
O trema permaneceapenas nas palavras estrangeiras eemsuas deri-
vadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
4 . M u d a n ça s n a s r eg r a s d e a cen tu a çã o
I. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das pala-
vras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sí-
laba).
Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
Língua Por t ugue sa
andróide andróide
apóia (verbo apoiar) apóia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
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IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estréia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia
Atenção
essa regra éválida somentepara palavras paroxítonas. Assim, conti-
nuama ser acentuadas as palavras oxítonas eos monossílabos tôni-
cos terminados em éis e ói(s)
ói(s).
Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóisetc.
Atenção
1) sea palavra for oxítona eo i ou o u estiverememposição final
(ou seguidos des), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús,
Piauí;
2) seo i ou o u foremprecedidos deditongo crescente, o acento per-
manece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
IV. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/ para,
péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/ pelo(s), pólo(s)/ polo(s) e pêra/ pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo
pólo. Ele gosta de jogar polo
polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra
pêra. Comi uma pera
pera.
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Atenção!
Algunsacentospermanecem!
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Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Atenção
No Brasil, a pronúncia mais correnteéa primeira, aquela coma ei
tônicos.
Língua Por t ugue sa
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Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
-U M ( U N S ) :ál-bum ,ál-buns;
-X :cá-lix ,Fé-lix;
-I( S ) :jú-ri,lá-pis; pode hoje x pôde ontem ;
-R :re-vól-ver,pu-lô-ver; vou pôrx porbaixo ;
-U S :bô-nus ,ló-tus; ele vem x eles vêm ;
-N :hí-fen ,é-den; ele tem x eles têm ;
-Ã O ( S ) /Ã ( S ) :ór-gão ,ór-gãos ; e seus com postos:;
-O M ,O N ( S ) :rádom ,prótons ; convém x convêm ;
-L :a-m á-vel,lou-vá-vel; contém x contêm etc.
-E I( S ) :pô-nei,vô-lei;
-P S :bí-ceps ,fór-ceps
ACEN TUAM - SE AS O XÍ TO N AS
TERM I N ADAS EM
-Á ( S ) :pá ,a-trás;
-É ( S ) :fé,a-tra-vés;
-Ê( S ) :vê,vo-cês;
-Ó ( S ) :pó,ci-pó;
-Ô ( S ) :a-vô ,com -pôs ;
-É M ,É N S com m ais de um a sílaba:ar-
Língua Por t ugue sa
m a-zéns,tam -bém ;
-Ú ( S ) e Í( S ) precedidos de
ditongos:tui-ui-ú,P i-au-í;
-É IS :pas-téis ,to-néis;
-É U ( S ) :céu ,cha-péus;
-Ó I( S ) :m ói,he-róis
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Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E I I
01) Responda
Quais são as alterações referentes à mudança do alfabeto no acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de de-
zembro de 1990?
02) Explique
Como ficou convencionado o uso de trema na Língua Portuguesa?
0 8 ) A r eg r a a tu a l p a r a a cen tu a çã o n o p o r tu g u ês d o Br a si l
m a n d a a cen tu a r to d o s o s d i to n g o s a b er to s “ éu ” , “ éi ” ,
“ ó i ” (co m o ‘ a ssem b l éi aa’’ , ‘ céu ’ o u ‘‘d
d ó i ’ ). Pel o n o vo
Pel
a co r d o , p a l a vr a s d esse ti p o p a ssa m a ser escr i ta s:
a) ( ) Assembléia, dói, céu
b) ( ) Assembléia, doi, ceu
c) ( ) Assembléia, dói, ceu
d) ( ) Assembleia, dói, céu
e) ( ) Assembleia, doi, céu
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Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
09) Pela nova regra, apenas uma dessas palavras pode ser assi-
nalada com acento circunflexo. Qual delas?
a) ( ) Vôo
b) ( ) Crêem
c) ( ) Enjôo
d) ( ) Pôde
e) ( ) Lêem
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Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
UN I D AD E I I I
Gra m á t ica da Língua Port uguesa
1. Po n t u a çã o
Po
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua es-
crita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada.
Exemplos: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc...
2 . Di vi sã o e em p r eg o d o s si n a i s d e p o n tu a çã o :
2.1. Ponto ( . )
Ponto
a) indicar o final de uma frase declarativa.
Ex.: Lembro-me muito bem dele.
b) separar períodos entre si.
Ex.: Fica comigo. Não vá embora.
c) nas abreviaturas
Ex.: Av.; V. Ex.ª
IS-- PO N T
2.2. DO IS OS ( : )
TO
a) iniciar a fala dos personagens:
Ex.: Então o padre respondeu:
Parta agora.
b) antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou seqüên-
cia de palavras que explicam, resumem idéias anteriores.
Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e Gilberto.
Língua Por t ugue sa
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno
posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”
CU RSO A D I STÂ N CI A 2 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Dica:
Os parênteses tambémpodemsubstituir a vírgula ou o travessão.
2.5.- PO N TO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
a) Após vocativo
Língua Por t ugue sa
3 0 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2.7.- VÍRGULA ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de
nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mes-
ma frase ou oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Lúcia, esposa de João, foi a ganhadora única da Sena.
Dica:
Podemosconcluir que, quando há uma relação sintática entretermos
deoração, não sepodesepará-lospor meio da vírgula.
CU RSO A D I STÂ N CI A 3 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Dicas:
Termos coordenados ligados pelas conjunções e, ou, nem dispensam
o uso da vírgula. Ex.: Conversaramsobrefutebol, religião epolítica.
Língua Por t ugue sa
3 2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Atenção!
Há três casos emqueseusa a vírgula antes da conjunção e:
1) quando asoraçõescoordenadastiveremsujeitosdiferentes.
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos,, eos pobres, cada vez mais
pobres.
2) quando a conjunção evier repetida coma finalidadededar ênfase
(polissíndeto).
Ex.: E chora,, e ri,, e grita,, e pula de alegria.
3) quando a conjunção eassumir valores distintos quenão seja da
adição(adversidade, conseqüência, por exemplo)
Ex.: Coitada! Estudou muito,, eainda assimnão foi aprovada.
2 .8 . PO N TO-E
TO E-- VÍRGULA ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de
uma seqüência, etc.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
I- advertência;
II- suspensão;
III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
V- destituição de cargo em comissão;
VI- destituição de função comissionada. (cap. V das penalidades
Direito Administrativo).
b) separar orações coordenadas muito extensas ou orações coorde-
nadas nas quais já tenham utilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude
apática, era pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da
vida, quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transfor-
mando em opressora asma cardíaca;; os lábios grossos, o inferior um tanto
tenso (...) “ (O visconde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
2.9. TRAVESSÃO ( - )
a) dar início à fala de um personagem
Ex.: O filho perguntou:
- Pai, quando começarão as aulas?
b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos
- Doutor, o que tenho é grave?
- Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibióti-
Língua Por t ugue sa
co e estará bom
c) unir grupos de palavras que indicam itinerário
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado.
Dicas:
Tambémpodeser usadoemsubstituiçãoà virgula emexpressõesou fra-
ses explicativas. Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.
3 4 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2.10. ASPAS ( “ “ )
ASPAS
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gíri-
as, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões popula-
res.
Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”
“chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “ feedback
feedback”” do serviço
a mim requerido.
b) indicar uma citação textual
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com
todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de
Q ueirós)
Dicas
Se, dentro deumtrecho já destacado por aspas, sefizer necessário a
utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ‘ ‘ )
CU RSO A D I STÂ N CI A 3 5
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E I I I
c) Quando tudo vai mal nós devemos parar e pensar onde é que
estamos errando desta maneira podemos começar a melhorar isto é a
progredir.
g) Não critique seu filho homem de Deus dê o apoio que ele necessita e
tudo terminará bem se você não apoiá-lo quem irá fazê-lo
3 6 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
CU RSO A D I STÂ N CI A 3 7
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser con-
sideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece
___ a outra é o valor prático que possa ter.
a) ( ) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
b) ( ) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) ( ) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) ( ) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ( ) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
3 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
07) Observe:
I) depois de muito pedir ( ) obteve o que desejava;
II) se fosse em outras circunstâncias ( ) teria dado tudo certo;
III) exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma boa educação;
IV) fez primeiramente seus deveres ( ) depois foi brincar;
Assinale a alternativa que preencha mais adequadamente os parênteses:
CU RSO A D I STÂ N CI A 3 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
4 0 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
CU RSO A D I STÂ N CI A 4 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
4 2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
UN I D AD E I V
Sina is Grá ficos
1. Til
Indica nasalidade.
Exemplos: maçã, Irã, órgão...
2 . A p ó st r o f o
Indica a supressão de uma vogal. Podem existir em palavras compos-
tas, expressões e poesias.
Exemplos: caixa-d’água, pau-d’água, etc
3 . H íf en
As regras de emprego do hífen são numerosíssimas e das mais
complicadas da Língua Portuguesa. E com várias exceções, incoerências e
omissões. Indispensável, por isso, o recurso constante a um dicionário, a um
manual de redação ou a um guia ortográfico. A PUC RS lançou um manual
de redação sintetizando o emprego do hífen. Observe:
Com hífen Sem hífen
Co-proprietário coabitar
Pré-vestibular preestabelecimento
Pós-escrito Poscéfalo
Língua Por t ugue sa
Pró-aliado Procônsul
Bem-me-quer benquisto
Extra-oficial extraordinário
Sobre-saia sobresselente
3 .1 . H i f en s e Pr ef i xo s
O emprego do hífen com prefixos apresenta três situações distintas:
1. Prefixos e elementos prefixados sempre seguidos de hífen.
CU RSO A D I STÂ N CI A 4 3
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Prefixos Exemplos
Além- além-túmulo; além-fronteiras; além-mundo
Aquém- aquém-fronteiras; aquém-mar
Bem- bem-aventurado; bem-querer;bem-apresentado
Co(m)- co-autor; co-educação; co-produção
Ex- ex-aluno; ex-prefeito; ex-diretor
Grã- grã-cruz; grã-fino; grã-ducado
Grão- grão-mestre; grão-duque; grão-rabino
Pós- pós-datar; pós-escrito; pós-guerra
Pré- pré-alfabetizado; pré-datado; pré-história
Pró- pró-reitor; pró-americano;pró-britânico
Recém- recém-chegado; recém-nascido; recém-fabricado
Sem- sem-vergonha; sem-fim; sem-amor
Vice- vice-diretor; vice-reitor; vice-prefeito
O bservações:
a. O prefixo “ bem” exige hífen quando o vocábulo que segue é
morfologicamente individualizado, isto é, quando tem vida autônoma na lín-
gua.
Formas com hífen: Formas sem hífen:
Bem-estar Benfazejo
Bem-me-quer Benquisto
Bem-vindo Benquerença
b. Os prefixos “pós”, “pré” e “pró” escrevem-se com hífen em pala-
vras tônicas (acentuadas graficamente). Quando estas são átonas (não
Língua Por t ugue sa
4 4 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Pré-vestibular Prefixo
Pró-aliado Procônsul
Pró-governo Procriar
Pró-britânico Promagistrado
A grafia correta de várias formas que empregam esses prefixos ofere-
ce dúvidas, uma vez que se desconhece freqüentemente sua tonicidade. Por
isso, muitas vezes é melhor consultar um dicionário.
c. Segundo alguns autores, o prefixo “co” exige hífen quando significa
“a par”, “juntamente”. A regra, no entanto, não se aplica facilmente e de for-
ma coerente, razão por que, em caso de dúvida, é sempre melhor consultar
um dicionário.
Com hífen: Sem hífen:
Co-administrador Coabitar
Co-avalista Coirmão
Co-fiador Coocupante
Co-redator Coadjutor
Co-estrelado Colateral
CU RSO A D I STÂ N CI A 4 5
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Observações
extra
a. Com o prefixo “e extraordinário
xtra”, a única exceção é “extraordinário”, que
seescrevesemhífen.
sobre”, escrevem-se sem hífen: sobressair, so-
b. Com o prefixo “sobre
bressaltar, sobressalto, sobressalente
sobressalente.
c. Na tabela anterior, existemprefixos queapresentama seguinte
regularidade: escrevem-secomhífen antesdeH, Vogal, R eS
(H.O.R.A.S.).
4 6 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Veja a tabela:
Pr ef i xo s A n t es d e Exem p l o s
Vogal H R S
AUTO X X X X auto- educação
CO NTRA X X X X contra- indicação
EXTRA X X X X extra- regimental
INFRA X X X X infra- estrutura
INTRA X X X X intra- ocular
NEO X X X X neo- republicano
PRO TO X X X X proto- história
PSEUDO X X X X pseudo- herói
SEMI X X X X semi- selvagem
SUPRA X X X X supra- sensível
ULTRA X X X X ultra- rápido
3 .3 . Pr ef i xo s n u n ca seg u i d o s d e h íf en :
Prefixos Exemplos
Aero- Aerotransporte
Agro- Agroindústria
Ambi- Ambidestro
Anfi- Anfiteatro
Arterio- Artérioesclerose
Astro- Astrofísica
Audio- Audiovisual
Língua Por t ugue sa
Auri- Auricular
Bi(s)- Bicentenário
Bio- Biossocial
Bronco- Broncodilatador
Cardio- Cardiovascular
Cata- Catabiótico
Centro- Centroavante
Cis- Cisandino
CU RSO A D I STÂ N CI A 4 7
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
De(s)- Desfazer
Di(s)- Distrofia
Ego- Egolatria
Eletro- Eletrocardiograma
Endo- Endovenoso
Estereo- Estereótipo
Filo- Filogenético
Fisio- Fisioterapia
Foto- Fotogravura
Gastro- Gastropulmonar
Geo- Geopolítico
Hemi- Hemiciclo
Hepta- Heptacampeão
Hetero- Heterossexual
Hexa- Hexacampeão
Hidro- Hidroginástica
Hipo- Hipoderme
Homo- Homossexual
Idio- Idioadaptação
Ido- Idolatria
In- Infeliz
Intro- Introjeção
Iso- Isométrico
Justa- Justapor
Língua Por t ugue sa
Labio- Labiodental
Linguo- Linguodental
Macro- Macroeconomia
Mega- Megassismo
Micro- Microcomputador
Mono- Monocultura
Morfo- Morfossintático
Moto- Motocasa
4 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Multi- Multiangular
Neuro- Neurocirurgião
O cto- O ctocampeão
O ni- Onipresente
O rto- O rtocentro
Para- Parapsicologia
Penta- Pentacampeão
Per- Perpassar
Peri- Pericentral
Pluri- Plurianual
Pneu- Pneumococo
Poli- Poliácido
Pos- (átono) Posfácio
Pre- (átono) Predeterminar
Pro (átono)- Proclítico
Psico- Psicomotor
Q uadri- Quadrigêmeos
Q uilo- Q uilograma
Rádio- Radioterapia
Re- Refazer
Retro- Retrovisor
Rino- Rinoceronte
Sacro- Sacrossanto
Sesqui- Sesquicentenário
Língua Por t ugue sa
Socio- Sociolingüístico
Tele- Telecomando
Termo- Termodinâmico
Tetra- Tetracampeão
Trans- Transcontinental
Traqueo- Traqueotomia
Trans- Transamazônico
Tres- Tresavô
CU RSO A D I STÂ N CI A 4 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Tri- Tridimensional
Turbo- Turbomotor
Uni- Unicelular
Vaso- Vasodilatador
Xanto- Xantocéfalo
Xilo- Xilogravura
Zoo- Zootecnia
3 .4 . “ N ã o ” co m o p r ef i xo
O uso de “não” como elemento de composição de vocábulos é re-
cente e extremamente útil e produtivo, já que podemos criar numerosíssimas
oposições:
optante X não-optante
fumante X não-fumante
alfabetizado X não-alfabetizado
marxista X não-marxista
Usa-se o hífen nesse caso, pois “não” é, como dissemos, elemento de
composição de vocábulo e não advérbio.
3 .5 . Hífen e “ extr a ”
“Extra” é uma redução da forma adjetiva “extraordinário”. Por essa
razão, não admite hífen. Escreva-se, pois,
• horas extras
• edição extra
Língua Por t ugue sa
3.6. Hífen e “ m i r i m ”
“ Mirim
Mirim” é palavra de origem tupi, e significa “pequeno”. É, pois, um
adjetivo e, como tal, não admite hífen.
Exemplos:
• eleitor mirim
• prefeito mirim
• governo mirim
5 0 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
3 .7 . H íf en e “ g er a l ”
Emprega-se hífen quando o adjetivo “geral” entra na formação de
uma palavra composta que designa cargo, função, lugar de trabalho ou ór-
gão correspondente.
Exemplos:
• Diretoria-geral
• Secretário-geral
• Secretaria-geral
• Procurador-geral
• Procuradoria-geral
3 .8 . H íf en e “ a b a i xo - a ssi n a d o ”
“ Abaixo -assinado
Abaixo-assinado
-assinado” é substantivo composto; significa petição ou re-
querimento coletivo.
“ Abaixo assinado”
assinado (sem hífen) é adjetivo; indica cada pessoa que as-
sina um abaixo-assinado.
Exemplos:
O abaixo-assinado foi encaminhado à Pró-Reitoria de Ensino de
Graduação.
Os alunos abaixo assinados requerem a Vossa Senhoria...
3 .9 . Di a a d i a / d i a - a - d i a
• “Dia a dia” (sem hífen) é advérbio, isto é, modifica um verbo; signifi-
ca “diariamente”: Ele melhora dia a dia.
• “Dia-a-dia” (com hífen) é substantivo; significa “cotidiano”: O meu
dia-a-dia é muito estressante.
Língua Por t ugue sa
4 . A cen to a g u d o
Indica vogal tônica aberta: pó, ré;
5 . A cen to ci r cu n f l exo
Indica vogal tônica fechada: astrônomo, três;
CU RSO A D I STÂ N CI A 5 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
6 - A cen to g r a ve
Sinal indicador de crase: à, àquele;
7 - Ced i l h a
Indica que o c tem som de ss: pança, muçulmano, moço...
Atenção!
O cedilha só éacompanhado pelas vogais a, o, u.
5 2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E I V
CU RSO A D I STÂ N CI A 5 3
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
5 4 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
UN I D AD E V
Abr e via t u r a s
A abreviatura caracteriza-se
· pelo ponto abreviativo: ed. = edição
· pela inicial maiúscula ou minúscula (conforme a norma ortográfi-
ca): V. Exa. = V ossa Excelência
Vossa
· pela acentuação e flexão: cód. = código - fs. = folhas
CU RSO A D I STÂ N CI A 5 5
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
1 . Li sta g er a l d e a b r evi a tu r a s
abreviatura = abr., abrev.
academia = acad.
acórdão = ac.
advocacia = adv., advoc.
agricultura = agr., agric.
agronomia = agron.
aguarda deferimento = A.D.
alqueire(s) = alq.
altitude = alt., altit.
alvará = alv.
anno Christi, no ano de Cristo, na era cristã = A.C.
ante meridiem (antes do meio dia) = a.m.
antes de Cristo = a.C.
ao ano = a/ a, a.a.
ao mês = a/ m
ao(s) cuidado(s) de = a/ c, A/ C
apartamento = ap., apart.
apêndice = ap., apênd.
aritmética = arit., aritm.
arquitetura = arq., arquit.
arroba(s) = A., arr.
artigo, artigos = art., arts.
assembléia = assem., assemb.
Língua Por t ugue sa
associação = assoc.
atenciosamente = at.te, (atte.)
atestado, à atenção de = at.
autor, autores = A., AA.
balanço = bal.
bateria = bat.
caixa(s) = cx.
capítulo, capítulos = cap., caps.
5 6 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
catálogo = cat.
cheque = ch.
circular = circ.
círculo = círc.
citação, citado(s) = cit.
classe(s) = cl.
código = cód.
coleção, coleções; coluna, colunas = col., cols.
com, cada, conta = c/
companhia = C.ia, Cia.
compare = cp.
conforme = cfe., cfm., conf.
confronte, confira, confere = cf., cfr.
conselho = cons.
construção = constr.
conta aberta = c/ a
contabilidade = contab.
conta-corrente, com cópia(s), combinado com = c/ c
contadoria = contad.
co-seno = cos.
crédito = créd.
débito = déb.
decreto = dec.
departamento, departamentos = dep., deps.
Língua Por t ugue sa
CU RSO A D I STÂ N CI A 5 7
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
dúzia(s) = dz.
edição = ed.
edifício = ed., edif.
editor, editores = E., EE.
educação = ed., educ.
elemento(s) = el.
eletronic mail (correio eletrônico) = e-mail
em mão(s) = E.M.
endereço = end.
espera deferimento = E.D.
exemplar(es), exemplo(s) = ex.
figura = fg., fig.
folha; folhas = f., fl., fol., ff., fs., fols.
ganhos e perdas = G/ P
gênero(s) = gên.
grão (peso) = gr.
grosa, grosas = gr., grs.
habitantes = hab.
haver (comercialmente) = H.
homens = h.
Honoris causa (por honra, honorariamente) = h.c.
Ibidem (no mesmo lugar) = ib., ibid.
id est (isto é) = i.e.
idem ( o mesmo, do mesmo autor) = id.
Língua Por t ugue sa
índice = ind.
inferior = inf.
informação = inf., inform.
isto é = i.é.
jurídico = jur.
lançado (comercialmente), letra(s) (comercialmente) = l.
légua, léguas = lég., légs.
limitada (comercialmente) = Lt.da, Ltda.
5 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
CU RSO A D I STÂ N CI A 5 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
número = nº
obra(s) = ob.
obra(s) citadas = ob. Cit.
observação = obs.
ofício, oficial = of.
organização = org., organiz.
pacote(s) = pc.
pagamento = pg.to, pgto.
página(s) (ABNT) = p., pp., ps.
pago (adjetivo), pagou = pg.
palavra(s) = pal.
para, por, próximo (comercialmente) = p., p/
parecer = par.
peça(s) = pç.
pede deferimento = P.D.
polegada(s) = pol.
por conta = p/ c
por exemplo = p. ex.
porque = pq.
portaria = port.
problema(s) = probl.
processo, procuração = proc.
próximo futuro = p.f.
quilate(s) = ql.
Língua Por t ugue sa
receita = rec.
referência, referente = ref.
registro = rg., reg.
relatório = rel., relat.
remetente = rem.te, Remte.
reprovado (classificação escolar); réu (em linguagem forense) = R.
residência = res.
revista = rev.
6 0 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
rubrica = rubr.
saco, sacos = sc., scs.
São, Sul = S.
seção = seç.
secretaria, secretário, secretária = sec., secr.
século, séculos = séc., sécs.
seguinte, seguintes = seg., segs., ss.
sem data = s.d., s/ d
sem gastos = s.g.
semana(s), semelhante(s), semestre(s) = sem.
seminário = sem., semin.
série = ser.
sociedade (comercialmente) = soc.
Sociedade Anônima = S.A., S/ A
também = tb.
telefone, telegrama = tel.
tesoureiro = tes.
testamento = testº, testo.
testemunha = test.
título(s) = tít.
tonel, tonéis = ton.
tratado, tratamento = trat.
trimestral = trim., trimest., trimestr.
trimestre(s) = trim.
Língua Por t ugue sa
CU RSO A D I STÂ N CI A 6 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 . A b r evi a tu r a p a r a f o r m a s d e tr a ta m en to
acadêmico = Acad., Acadêm.
advogado = Adv.º, Advo.
almirante = Alm.
arcebispo = Arc.º, Arco.
bispo = B.po, Bpo.
capitão = Cap.
cardeal = Card.
comandante = Com., Com.te, Comte.
comendador = Com., Comend., Com.or, Comor.
cônego = Côn.º, Côno.
conselheiro = Cons., Consel., Conselh., Cons.º, Conso.
contador = Cont.dor, Contdor., Cont.or, Contor.
contra-almirante = C.-alm.
coronel = C.el, Cel.
deputado = Dep.
desembargador, desembargadora = Des., Des.ª, Desa.
diácono = Diác.
Digníssimo = DD.
Digno, Dom, Dona = D.
Dona = D.ª, Da.
doutor, doutores = D.r, Dr., D.rs, Drs.
doutora, doutoras = D.ra, Dra. D.ras, Dras.
Eminência = Em.ª, Ema.
Língua Por t ugue sa
6 2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
CU RSO A D I STÂ N CI A 6 3
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
6 4 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
3 . Ab r evi a tu r a p a r a o s n o m es d o s m eses
janeiro = jan.
fevereiro = fev.
março = mar.
abril = abr.
maio = maio (De acordo com a Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT)
maio = mai. (De acordo com a Academia Brasileira de Letras)
junho = jun.
julho = jul.
agosto = ago.
setembro = set.
outubro = out.
novembro = nov.
dezembro = dez.
4 . Ab r evi a tu r a p a r a vi a s e l u g a r es p ú b l i co s
Língua Por t ugue sa
CU RSO A D I STÂ N CI A 6 5
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Estrada = Est.
Galeria = Gal. *
Jardim = Jd.*
Largo = L., Lg. *
Praça = P., Pç. *
Parada = Pda. *
Parque = Pq., Prq. *
Praia = Pr. *
Rua = R.
Rodoviária = Rdv. *
Rodovia = Rod. *
Retorno = Rtn. *
Trevo = Trv. *
Travessa = T., Tv. *
Via = V. *
Viaduto = Vd. *
* Abreviaturas da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).
Saiba mais
Comoabreviar palavras
Gramática: gram.
Alemão: al.
Numeral: num.
3. O acento presente na primeira sílaba se mantém.
Exemplos:
Gênero: gên.
Crédito: créd.
Lógico: lóg.
6 6 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
CU RSO A D I STÂ N CI A 6 7
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E V
a) ( ) V, F, F, F, V.
b) ( ) F, V, F, F, V.
c) ( ) V, F, V, V, F.
d) ( ) V, F, F, V, V.
03) Responda
a) Quais são as tarefas da administração de uma empresa?
6 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Unida de VI
Com o Ela bor a r Re sum os
CU RSO A D I STÂ N CI A 6 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
um diálogo, etc.
c. identificar a idéia principal (às vezes, essa identificação demanda
seleções sucessivas, como nos concursos de beleza...);
d. identificar a organização - articulações e movimento - do texto (o
modo como as idéias secundárias se ligam logicamente à princi-
pal);
e. identificar as idéias secundárias e agrupá-las em subconjuntos
(por exemplo: segundo sua ligação com a principal, quando hou-
ver diferentes níveis de importância; segundo pontos em comum,
quando se perceberem subtemas);
f. identificar os principais recursos utilizados (exemplos, compara-
ções e outras vozes que ajudam a entender o texto, mas que não
devem constar no resumo formal, apenas no livre, quando neces-
sário);
g. esquematizar o resultado desse processamento;
h. redigir o texto.
Evidentemente, alguns resumos são mais fáceis de fazer do que ou-
tros, dependendo especialmente da organização e da extensão do texto ori-
ginal. Assim, um texto não muito longo e cuja estrutura seja perceptível à pri-
meira leitura, apresentará poucas dificuldades a quem resume. De todo
modo, quem domina a técnica - e esse domínio só se adquire na prática -
não encontrará obstáculos na tarefa de resumir, qualquer que seja o tipo de
texto.
Resumos são, igualmente, ferramentas úteis ao estudo e à
memorização de textos escritos. Além disso, textos falados também são passí-
veis de resumir. Anotações de idéias significativas ouvidas no decorrer de
uma palestra, por exemplo, podem vir a constituir uma versão resumida de
um texto oral.
Língua Por t ugue sa
7 0 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E VI
01) Redação
Faça uma redação abordando os principais itens de como elaborar um
resumo.
CU RSO A D I STÂ N CI A 7 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Língua Por t ugue sa
7 2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
UN I DADE VI I
Concor dâ ncia N om ina l
1 . N a o r a çã o
“Um sorriso lento iluminava o rosto moreno.” (Graciliano Ramos)
encontramos a seguinte estrutura:
Um sorriso lento
(sujeito)
iluminava o rosto moreno
(predicado)
Nessa relação, o núcleo do predicado (verbo), elemento
determinante, concorda com o núcleo do sujeito (substantivo), elemento de-
terminado.
A esse relacionamento sujeito-verbo denominamos concordância verbal.
2 . O b ser vem o s a p en a s a estr u tu r a d o su j ei to
“Um sorriso lento”
Há entre estas três palavras uma relação específica. A palavra mais
importante é o substantivo sorriso e em torno dela giram outras classes gra-
maticais (artigo, numeral, adjetivo e pronome adjetivo). A essa relação cha-
mamos de concordância nominal.
3 . Reg r a s g er a i s d e co n co r d â n ci a n o m i n a l
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IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
Concluímos que:
O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que
se refere.
3 .2 . O b ser ve a g o r a o s ter m o s g r i f a d o s
“Os troncos atacados com raiva.”
“Algumas árvores pareciam resistir.”
“A dois quilômetros talvez não houvesse tanto fogo.”
“A duas léguas chegaria tanta fumaça?”
Os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos - “os”- “algumas”,
“dois”, “duas” e “tanta” concordam com o substantivo a que se referem.
Nota: quanto aos numerais, variam em gênero um, dois e as cente-
nas a partir de duzentos.
7 4 CU RSO A D I STÂ N CI A
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4 .4 . Do i s o u m a i s a d j eti vo s
Dois ou mais adjetivos que se referem ao mesmo substantivo determi-
nado por artigo possibilitam dois tipos de concordância paralelos..
Especializou-se nas literaturas brasileira e portuguesa;
Especializou-se na literatura brasileira e na portuguesa.
4 .6 . N u m er a i s o r d i n a i s
Quando dois ou mais numerais ordinais do singular modificam um
mesmo substantivo, este, se posposto, pode ficar no singular ou ir para o
plural.
“Depois de bater repetidas vezes à porta do primeiro e segundo an-
dar. (Camilo)
“Os preços da segunda e terceira classe eram os mesmos de outras
partes.” (M. de Assis)
“O terceiro e quarto volumes da Monarquia Lusitana.” (Herculano)
Língua Por t ugue sa
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4 .8 . As p a l a vr a s M EIO e BASTAN TE
BASTAN
As palavras MEIO e BASTANTE, quando adjetivos, concordam com
respectivos substantivos, ficando invariáveis quando advérbios.
Bastantes pessoas ficaram bastante insatisfeitas.
As meias palavras são sintomáticas das afirmações meio verdadeiras.
Ao meio-dia e meia (hora), saíram.
As meias garrafas estão meio vazias.
4 .9 . O a d j eti vo AN EXO
O adjetivo ANEXO concorda, normalmente, com o respectivo subs-
tantivo, o que não ocorre quando, precedido da preposição em, constitui lo-
cução adverbial.
Seguem anexas as minutas do processo.
Todas provas estavam anexas.
Os planos anexos ilustram e desenvolvem o croqui.
Mas, seguem em anexo as declarações da testemunha.
Língua Por t ugue sa
4 .1 0 . O s a d j eti vo s Q UITE e CO N FO RM E
Os adjetivos QUITE e CONFORME concordam com o respectivo
substantivo, segundo a normal geral.
Ele já está quite com o Serviço Militar.
Todas estarão quites com suas famílias.
As informações chegaram conformes com as expectativas.
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4 .1 1 . A p a l a vr a A LERTA
LERTA
A palavra ALERTA (advérbio) permanece invariável, segundo a tradi-
ção gramatical.
Todos estavam alerta.
Eles, alerta, dormiam em rodízio.
4 .1 2 . O s a d j eti vo s r eg i d o s d e p r ep o si çã o
Os adjetivos regidos da preposição de, que se referem a pronomes
neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto, que, etc), normalmente, ficam
no masculino singular.
Isto não tem nada de misterioso.
“Ela tem algo de sedutor.”
“ Vocês têm um quê de diferente.”
Nota: por atração, esses adjetivos podem concordar com o substan-
tivo.
Os edifícios da cidade nada tinha de gigantes.
5 . Co n co r d â n ci a d o p r ed i ca ti vo co m o su j ei to
5 .1 . O p r ed i ca d o
O predicativo concorda em gênero e número com o respectivo sujeito..
“A vida é uma longa espera.”(Sartre)
A família e a fortuna seriam concorrentes.
5 .2 . Su j ei to co m p o sto
Quando o sujeito é composto e constituído por substantivos do mes-
Língua Por t ugue sa
5 .3 . Su j ei to co n sti tu íd o p o r su b sta n ti vo s
Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos de gêneros
diversos, o predicativo concordará no masculino plural.
O tempo e a vida passeiam discretos pelos ponteiros do relógio.
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5 .4 . O su j ei to co m p r o n o m e d e tr a ta m en to
Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento, a con-
cordância efetua-se com o sexo da pessoa a quem nos referimos.
Vossa Excelência ficará satisfeito. (homem)
Vossa Alteza foi bondosa. (mulher)
Sua Senhoria mostrou-se muito generoso. (homem)
5 .5 . O p r ed i ca ti vo
O predicativo aparece, às vezes, na forma de masculino singular nas
expressões é bom, é necessário, é preciso, etc., embora o sujeito seja subs-
tantivo feminino ou plural, mas não determinado pelo artigo.
É necessário muita cautela.
Água é bom para a composição celular.
Surpresa é preciso, de vem em quando.
É proibido entrada de pessoas estranhas.
Mas
A cautela é necessária.
É proibida a entrada de pessoas estranhas.
Língua Por t ugue sa
6 . Co n co r d â n ci a d o p r ed i ca ti vo co m o o b j eto
6 .1 . O p r ed i ca ti vo co n co r d a em g ên er o e n ú m er o
co m o o b j eto q u a n d o este f o r si m p l es.
Encontramo-lo satisfeito.
“Olhou para as suas terras e viu-as incultas e maninhas.”(Clarice
Lispector)
7 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
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6 .3 . O b j eto co m p o sto e f o r m a d o d e el em en to s d e
g ên er o s d i f er en tes
Sendo o objeto composto e formado de elementos de gêneros dife-
rentes, o adjetivo predicativo concordará no masculino plural.
Achei muito simpático o sultão e suas esposas.
Pensei encontrar mudados a professora Balbina e seu colégio.
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ATI VI D AD E VI I
a) Fa ça a Co n co r d â n ci a Co r r eta r a su r a n d o o ver b o i n co r -
r eto , q u a n to à co n co r d â n ci a n a m i n a l :
01. Tenho [bastante / bastantes] razões para julgá-lo.
02. Viveram situações [bastante / bastantes] tensas.
03. Estavam [bastante / bastantes] preocupados.
04. Acolheu-me com palavras [meio / meias] tortas.
05. Os processos estão [incluso / inclusos] na pasta.
06. Estas casas custam [caras / caro].
07. Seguem [anexa / anexas] as faturas.
08. É [proibido / proibida] conversas no recinto.
09. Vocês estão [quite / quites] com a mensalidade?
10. Hoje temos [menas / menos] lições.
11. Água é [boa / bom] para rejuvenescer.
12. Ela caiu e ficou [meio / meia] tonta.
13. Elas estão [alerta / alertas].
14. As duplicatas [anexa / anexas] já foram resgatadas.
15. Quando cheguei era meio-dia e [meia / meio].
16. A lealdade é [necessária / necessário].
17. A decisão me custou muito [caro / cara].
18. As meninas me disseram [obrigada / obrigadas].
19. A porta ficou [meia / meio] aberta.
20. Em [anexo / anexos] vão os documentos.
Língua Por t ugue sa
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UN I D AD E VI I I
Concor dâ ncia Ve r ba l
1 . Reg r a s g er a i s
1 .1 . Com u m só su j ei to
O verbo concorda em número e pessoa com o seu sujeito, venha ele
claro ou subentendido:
Eu faço versos como quem morre. (M. BANDEIRA)
Fiz tantos versos a Teresinha... (M. BANDEIRA)
1.2. Com m ai s d e u m su j ei to
O verbo que tem um SUJEITO COMPOSTO vai para o plural e,
quanto à pessoa, irá:
a) para a 1ª pessoa do plural, se entre os núcleos do sujeito figurar
um da 1ª pessoa:
O velho e eu vivíamos no plano do absoluto. (G. AMADO)
Língua Por t ugue sa
CU RSO A D I STÂ N CI A 8 5
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IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 . Ca so s p a r ti cu l a r es
2 .1 . Co m su j ei to si m p l es
2 .1 .1 . O su j ei to é u m a exp r essã o p a r ti ti va
Quando o sujeito é constituído por uma expressão partitiva (como:
parte de, uma porção de, o grosso de, o resto de, metade de e equivalentes)
e um substantivo ou pronome plural, o verbo pode ir para o singular ou para
o plural:
Para meu desapontamento, a maioria dos nomes adotados não dis-
punha de telefone, ou eram casas comerciais, que não queriam conversa.
(C. D. DE ANDRADE)
2 .1 .2 . O su j ei to d en o ta q u a n ti d a d e a p r o xi m a d a
Quando o sujeito, indicador de quantidade aproximada, é formado
de um número plural precedido das expressões cerca de, mais de, menos de,
perto de e sinônimos, o verbo vai normalmente para o plural:
Cerca de quinhentas pessoas visitaram o maestro na casa do Enge-
nho Velho. (M. BANDEIRA)
O bservação:
Língua Por t ugue sa
8 6 CU RSO A D I STÂ N CI A
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2 .1 .3 . O su j ei to é u m p r o n o m e i n ter r o g a ti vo , d e-
m o n str a ti vo o u i n d ef i n i d o p l u r a l
O sujeito é um pronome interrogativo, demonstrativo ou indefinido
plural, seguido de DE (ou DENTRE ) NÓS (ou VÓS )
a. Se o sujeito é formado por algum dos pronomes interrogativos
quais? quantos?, dos demonstrativos estes, esses, aqueles ou dos
indefinidos no plural alguns, muitos, poucos, quaisquer, vários),
seguido de uma das expressões de nós, de vós, dentre nós ou den-
tre vós, o verbo pode ficar na 3ª pessoa do plural ou concordar
com o pronome pessoal que designa o todo:
Estou falando, portanto, com aqueles dentre vós que trabalham na
construção em frente de minha janela. (R. BRAGA)
Quantos dentre vós que me ouvis não tereis tomado parte em roma-
gens a Aparecida? (A. ARINOS)
Muitos de vós, que hoje freqüentais os cursos superiores, fostes meus
discípulos e me honrastes com o título de mestre. (C. DE LAET)
b. Se o interrogativo ou o indefinido estiver no singular, também no
singular deverá ficar o verbo:
Qual de nós poderia gabar-se de conhecer espinafre? (C .D. DE
ANDRADE)
João da Silva — Nunca nenhum de nós esquecerá seu nome. (R.
BRAGA)
2 .1 .4 . O su j ei to é o p r on om e r el ati vo Q UE
1. O verbo que tem como sujeito o pronome relativo que concorda
em número e pessoa com o antecedente deste pronome:
Fui eu que te vesti do meu sudário... (C. ALVES)
Língua Por t ugue sa
2 .1 .5 . O su j ei to é o p r on om e r el a ti vo Q UEM
1. O pronome relativo quem constrói-se, de regra, com o verbo na
3ª pessoa do singular:
Mas não sou eu quem está em jogo. (É. VERÍSSIMO)
2. Não faltam, porém, exemplos de bons autores em que o verbo
concorda com o pronome pessoal, sujeito da oração anterior:
És tu quem dás frescor à mansa brisa... (G. DIAS)
2 .1 .6 . O su j ei to é o p l u r a l a p a r en te
Os nomes de lugar, e também os títulos de obras, que têm forma de
plural são tratados como singular, se não vierem acompanhados de artigo:
Três Caminhos é um livro ótimo. (C. D. DE ANDRADE)
Quando precedido de artigo, o verbo assume normalmente a forma
plural:
As Memórias Póstumas de Brás Cubas lhe davam uma outra dimen-
são. (T. M. MOREIRA)
Língua Por t ugue sa
2 .1 .7 . O su j ei to é i n d eter m i n a d o
Nas orações de sujeito indeterminado, já o dissemos, o verbo vai
para a 3ª pessoa do plural:
Anunciaram que você morreu. (M. BANDEIRA)
Se, no entanto, a indeterminação do sujeito for indicada pelo prono-
me se, o verbo fica na 3ª pessoa do singular:
Constrói-se, produz-se para o momento. (G. ARANHA)
8 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
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IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 .1 .8 . Co n co r d â n ci a d o ver b o SER
2 .1 .8 .1 . Co m o p r ed i ca ti vo
Em alguns casos o verbo ser concorda com o predicativo. Assim:
1º) Nas orações começadas pelos pronomes interrogativos substanti-
vos que? e quem?:
Que são religiões, sistemas filosóficos, escolas científicas, credos ar-
tísticos ou literários? (A. PEIXOTO)
Pouco importa saber à nossa história quem eram os convidados. (M.
DE ASSIS)
2º) Quando o sujeito do verbo ser é um dos pronomes isto, isso,
aquilo, tudo ou o (= aquilo) e o predicativo vem expresso por um substanti-
vo no plural:
Tudo isso eram pensamentos, suposições, das quais não resultava a
verdade. (L. JARDIM)
O que tinha mais saída porém eram os artigos religiosos. (C.
LISPECTO R)
Mas, neste caso, também não é raro aparecer o verbo no singular,
em concordância com o pronome demonstrativo ou com o indefinido:
Tudo é flores no presente. (G. DIAS)
3º) Quando o sujeito é uma expressão de sentido coletivo como o
resto, o mais:
O resto eram bastiões em trevas. (C. LISPECTOR)
O mais são casas esparsas. (C. D. DE ANDRADE)
4º) Nas orações impessoais:
Eram quase duas horas e a praia estava completamente deserta. (V.
Língua Por t ugue sa
DE MORAIS)
Deviam ser oito horas e eu vim descendo a pé péla borda do cais. (L.
BARRETO )
O bservação:
Empregados com referência às horas do dia, os verbos dar, bater,
soar e sinônimos concordam com o número que indica as horas:
Seis horas, todos à mesa. (M. DE ASSIS)
Quando há o sujeito relógio (ou sino, sineta, etc.), o verbo natural-
mente concorda com ele:
CU RSO A D I STÂ N CI A 8 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 .1 .8 .2 . Q u a n d o o su j ei to f o r n o m e d e p esso a o u
p r o n o m e p esso a l
Se o sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal, o verbo nor-
malmente concorda com ele, qualquer que seja o número do predicativo:
Ovídio é muitos poetas ao mesmo tempo, e todos excelentes. (A. F.
DE CASTILHO)
2 .1 .8 .3 . Q u a n d o o su j ei to é u m a exp r essã o n u -
m ér i ca co n si d er a d a n a to ta l i d a d e
Quando o sujeito é constituído de uma expressão numérica que se
considera em sua totalidade, o verbo ser fica no singular:
Oito anos sempre é alguma coisa. (C. D. DE ANDRADE)
2 .1 .8 .4 . N a s f r a ses co m a l o cu çã o i n va r i á vel é
que
Nas frases em que ocorre a locução invariável é que, o verbo concor-
da com o substantivo ou pronome que a precede pois são eles efetivamente
o seu sujeito:
Boi é que anda certo no seu silêncio, n sua ruminação. (A. DOURADO)
Só os meus mortos é que ouvirão as palavras que não chego a arti-
cular. (A. F. SCHMIDT)
2 .2 . Co m su j ei to co m p o sto
Língua Por t ugue sa
2 .2 .1 . Co n co r d â n ci a co m o n ú cl eo d o su j ei to
m a i s p r ó xi m o
Vimos que o adjetivo que modifica vários substantivos pode, em cer-
tos casos, concordar com o substantivo mais próximo. Também o verbo que
tem um sujeito composto pode concordar com o núcleo do sujeito mais
próximo:
a) quando o sujeito vem depois dele:
Em tudo reina a desolação, a pobreza extrema, abandono. (A. F.
SCHMIDT)
9 0 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 .2 .2 . Su j ei to co m p o sto r esu m i d o p o r u m p r o n o -
m e i n d ef i n i d o
Quando os núcleos do sujeito são resumidos por um pronome indefi-
nido (como tudo, nada, ninguém), o verbo fica no singular, em concordân-
cia com esse pronome:
O pasto, as várzeas, a caatinga, o marmeleiral esquelético, era tudo
de um cinzento de borralho. (R. DE QUEIRÓS)
A mesma concordância se faz quando o pronome anuncia o sujeito
composto:
E não só dos homens se arreceava — tudo temia: o sol do verão, o
frio do inverno, os frutos que ela colhia, as flores com que se enfeitava. (C.
NETTO)
2 .2 .4 . Su j ei to com p osto l i g a d o p or O U e p or N EM
Quando o sujeito composto é formado de substantivos no singular
ligados pelas conjunções ou ou nem, o verbo costuma ir:
a) para o plural, se o fato expresso pelo verbo pode ser atribuído a
todos os núcleos:
O mal ou o bem dali teriam de vir. (D. S. DE QUEIRÓS)
b) para o singular, se o fato expresso pelo verbo só pode ser atribuído
a um dos núcleos do sujeito, isto é, se há idéia alternativa:
Fui devagar, mas o pé ou o espelho traiu-me. (M. DE ASSIS)
CU RSO A D I STÂ N CI A 9 1
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 .2 .6 . Su j ei to co m p o sto l i g a d o p o r CO M
Quando os núcleos do sujeito vêm unidos pela partícula com, o ver-
bo pode usar-se no plural ou em concordância com o primeiro núcleo do
sujeito.
Assim, o verbo irá normalmente:
a) para o plural, quando os núcleos do sujeito estão em pé de igual-
dade, e a partícula com os enlaça como se fosse a conjunção e:
Língua Por t ugue sa
9 2 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
2 .2 .7 . Su j ei to co m p o sto l i g a d o p o r co n j u n çã o
co m p a r a t i va
Quando os núcleos do sujeito estão unidos por uma das conjunções
comparativas como, assim como, bem como e equivalentes, a concordância
depende da interpretação que dermos ao conjunto:
Assim, o verbo concordará:
a) Com o primeiro núcleo do sujeito, se quisermos destacá-lo:
O dólar, como a girafa, não existe. (C. D. DE ANDRADE)
Neste caso, a conjunção conserva pleno o seu valor comparativo; e
o segundo termo vem enunciado entre pausas, que se marcam, na escrita,
por vírgulas.
b) Com os dois núcleos do sujeito englobadamente (isto é: o verbo
irá para o plural), se os considerarmos termos que se adicionam, que se re-
forçam, interpretação que normalmente damos, por exemplo, a estruturas
correlativas do tipo tanto... como:
É um homem excelente, e tanto Emília como Francisquinha o esti-
mam muito, a seu modo. (C. DOS ANJOS)
Entre os núcleos do sujeito não há pausa; logo, não devem ser sepa-
rados, na escrita, por vírgula.
De modo semelhante se comportam os núcleos do sujeito ligados por
uma série aditiva enfática (não só... mas [senão ou como] também):
Não só cristãos como também infiéis circulam nas catacumbas dos
“sub-ways”. (É. VERÍSSIMO)
CU RSO A D I STÂ N CI A 9 3
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E VI I I
a) Fa ça a Co n co r d â n ci a Co r r eta r a su r a n d o o ver b o i n co r -
r eto , q u a n to à co n co r d â n ci a ver b a l :
01. O pessoal não [gostaram / gostou] da festa.
02. A turma [gostou / gostaram] da aula de ontem.
03. Metade dos alunos [fez / fizeram] o trabalho.
04. Um bloco de foliões [animavam / animava] a festa.
05. Uma porção de índios [surgiram / surgiu] do nada.
06. Um bando de pulhas [saqueou / saquearam] as casas.
07. A maior parte dos recursos se [esgotou / esgotaram].
08. O povo [aclamou / aclamaram] o candidato.
09. A multidão [invadiu / invadiram] o campo.
10. Os Estados Unidos [é / são] um país rico.
11. Minas Gerais [são / é] um belo estado.
12. Os Andes [fica / ficam] na América do Sul.
13. A maior parte dos carros [tinham / tinha] defeitos.
14. O bando [fuçava / fuçavam] a casa deserta.
15. A maioria [está / estão] contra o aumento do pão.
16. O Amazonas [correm / corre] para o mar.
17. Os Lusíadas [tornaram / tornou] Camões imortal.
18. Os Imigrantes [agradou / agradaram] os telespectadores.
19. Os Três Mosqueteiros [são / é] de Alexandre Dumas.
20. Vossa Excelência [agiu / agistes] com moderação.
Língua Por t ugue sa
CU RSO A D I STÂ N CI A 9 5
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
9 6 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
UN I D AD E I X
Com unica çã o N ã o- Ve r ba l e m Sa la de Aula
trangimento, etc.
Esse conjunto de comportamentos não-verbais evidenciados desde os
primeiros encontros em aula afeta, em maior ou menor grau, o resto do sis-
tema comunicativo. Isto se refere aos comportamentos não-verbais
adotados pelos alunos e pelo professor na dinâmica interativa. As reações-
respostas e o diálogo corporal entre o professor e os alunos podem ser per-
cebidos nas posturas assumidas de um em relação aos outros e na
recorrência de posturas e gestos utilizados pelo professor, que rapidamente
os estudantes passam a reconhecer e aos quais reagem com presteza.
CU RSO A D I STÂ N CI A 9 7
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
1. O cor p o fal a
Os elementos da comunicação não-verbal tem suas características
calcadas nas interações, na formalidade ou informalidade das atividades; na
natureza conceitual ou experimental das explicações, ou seja, elas ocorrem
de acordo com as estratégias utilizadas em sala de aula.
Esses gestos englobam a cabeça, as pernas, as mãos, as posturas físi-
cas, as expressões faciais, o olhar, etc. O corpo, ao se movimentar, executa
gestos comunicativos e é preciso ter em mente que o todo é que fala.
2 . A d a n ça d a s m ã o s
Especialistas discutem que cada indivíduo tem seu próprio estilo
gestual e, em parte, esse estilo reflete sua cultura. Assim, os gestos
emblemáticos (que possuem um significado preestabelecido), como acenar
as mãos dando adeus, ou esfregar os dedos polegar e indicador se referindo
a dinheiro, etc.; podem ter significados diferentes em diferentes culturas.
Nessa direção, Parejo (1995) também apresenta um conjunto de
exemplos onde gesticulação pode significar precisão, firmeza, agressividade,
dominação, compreensão e outras tantas significações. Um mesmo gesto
pode ter diferentes significados e exercer várias funções, dependendo do
contexto da interação. Assim, é necessário relativizar as classificações e
contextualizar o comportamento gestual das pessoas.
Nós, ocidentais, estamos mais acostumados a observar as expressões
da cabeça (sorriso, olhar, etc.) do que do restante do corpo das pessoas.
Quando alguém gesticula, temos apenas uma consciência periférica do fato.
Percebe-se um pouco a dança das mãos do próximo e, em geral, observa-se
muito mais o rosto do que as mãos.
3. Po stu r a f ísi ca
Po
Língua Por t ugue sa
9 8 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
5. O ol h ar
O ato de fixar o olhar, o fingir não ter visto, olhar e negar-se a reco-
nhecer, são formas com as quais os olhos fazem contato. Curvar-se timida-
mente, interrogar, sondar, escolher ou recuar, são outros exemplos das for-
mas de olhar durante uma interação. Assim, o comportamento ocular é tal-
Língua Por t ugue sa
6. Pa u sa s e si l ên ci o s
Pa
Como vimos anteriormente, as interações não são compostas apenas
pela comunicação verbal com toda a expressividade possível, ou pela expres-
são gestual e motora, mas também pelas pausas e silêncios constitutivos dos
enunciados.
Em um breve contexto histórico, Peter Burke apresenta-nos diferentes
variedades de silêncio na Europa do século XIX.
CU RSO A D I STÂ N CI A 9 9
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
7. A fal a
É a maneira que cada componente da sociedade emprega a língua
falada de forma particular e pessoal. A fala é a faculdade que o indivíduo
tem para expressar suas idéias, emoções e experiências.
O espaço geográfico, os fatores sociais, profissionais e situacionais
são determinantes para o uso da língua. Existem variantes de um lugar para
outro, de uma classe social para outra, e ainda, utilizamos a língua de acor-
do com o local em que estamos. Isso, há algum tempo era considerado
Língua Por t ugue sa
8 . Li n g u a g em cu l ta e l i n g u a g em co l o q u i a l
As estruturas gramaticais não são rigorosas quando conversamos
com amigos e familiares. Essa descontração linguística é chamada de lin-
guagem coloquial. É uma linguagem livre de preconceitos, varia bastante e
não obedece às normas ditadas pela gramática.
A linguagem culta respeita o uso das normas gramaticais e é comum
fazer a relação do uso da linguagem culta com o nível de cultura e
escolarização do falante.
100 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
9 . A co m u n i ca çã o ver b a l e n ã o - ver b a l
A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e
respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente
compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens
entre seres humanos.
9 .1 . Esq u em a d a Co m u n i ca çã o d e R. Ja k o b so n :
Contexto
Contato
Código
1 0 . El em en to s d a Co m u n i ca çã o
São apresentados a seguir, os elementos necessários para a ocor-
rência dos processos comunicativos:
- Codificar
Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da
comunicação ou elaborar um sistema de signos.
- Decodificar
Decodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do
repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa.
- Feedback
eedback: corresponde à informação que o emissor consegue ob-
ter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.
1 1 . O s r u íd o s d e co m u n i ca çã o n a l i n g u a g em ver b a l
As dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm
graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das pala-
vras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e
que lhe permite decifrar e interpretar as palavras). Esse fator pode se consti-
tuir em um fator negativo nos processos comunicativos.
1 1 .1 Reco m en d a çõ es p a r a evi ta r a o co r r ên ci a d e
“ r u íd o s d e co m u n i ca çã o ”
a) Planeje cuidadosamente sua comunicação;
b) Antes de fazer uma comunicação, decida qual é o meio mais ade-
quado para o caso;
c) Quando se usa a voz, procure falar claro e pausadamente;
d) Evite comunicar-se sob estados de tensão emocional;
e) Quando possível, use a linguagem do receptor;
f) Aborde um assunto de cada vez;
Língua Por t ugue sa
1 2 . O s el em en to s d a co m u n i ca çã o n a l i n g u a g em n ã o
- ver b a l
As pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos
faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entoação são também importan-
tes: são os elementos não verbais da comunicação.
102 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
ATI VI D AD E I X
01) Responda
a) O que indicam Santos e Mortimer, em seu estudo sobre comunicação
não verbal em sala de aula?
Língua Por t ugue sa
03) Diferencie
Linguagem culta e linguagem coloquial
04) Explique
O esquema da comunicação de R. Jakobson:
Língua Por t ugue sa
06) Responda
Quais são as recomendações para evitar a ocorrência de “ruídos de co-
municação” ?
Língua Por t ugue sa
UN I D AD E X
Le it ur a e I nt e r pr e t a çã o de Te x t os
1. A l ei tu r a de u m texto
Quando se faz a leitura de um texto, a tendência é adotar um proce-
dimento para tirar o maior rendimento possível desta ação. Uma leitura
proveitosa pressupõe, além do conhecimento lingüístico propriamente dito,
um repertório de informações exteriores ao texto, o que se costuma chamar
de conhecimento de mundo. Como ilustração, podemos observar a questão
seguinte, extraída de um vestibular da UNICAMP:
“As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de
sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do
Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e
vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda
os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou au-
torização dos pais.” (Folha Sudeste, 6/ 6/ 92).
É o conhecimento lingüístico que nos permite reconhecer a
ambiguidade do texto em questão (pela posição em que se situa, a expressão
sem a companhia ou autorização dos pais permite a interpretação de que
com a companhia ou autorização dos pais os menores podem ir a rodeios
ou motéis).
Mas o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa inter-
pretação é estranha e só pode ter sido produzida por engano do redator. É
muito provável que ele tenha tido a intenção de dizer que os menores estão
proibidos de ir a rodeios sem a companhia ou autorização dos pais e de fre-
qüentarem motéis.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase
anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor.
Savioli nos dá uma boa medida para avaliar se o texto foi bem com-
preendido. Após a leitura é só responder a três questões básicas:
I Qual é a questão de que o texto está tratando?
Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a dis-
tinguir as questões secundárias da principal, isto é, aquela em tor-
no da qual gira o texto inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do
que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e
confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com mais atenção ou
de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o
que está diante de seus olhos.
I I Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão?
Disseminados pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião
de quem escreve. Por isso, uma leitura competente não terá difi-
culdade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é
um sintoma de leitura desatenta e dispersiva.
III Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar
a opinião dada?
Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo
autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade.
Saber reconhecer os argumentos do autor é também um sintoma
de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o
desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um texto signifi-
ca acompanhar com atenção o seu percurso e os seus argumen-
tos.
3 . O r g a n i za çã o d o texto e i d éi a cen tr a l
Língua Por t ugue sa
4. O S TIPO S DE TEXTO
Basicamente existem três tipos de texto:
- Texto narrativo;
- Texto descritivo;
- Texto dissertativo.
Cada um desses textos possui características próprias de construção.
4 .1 . Descr i çã o
Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A des-
crição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o
objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o
substantivo e o adjetivo.
O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fa-
zendo uso de recursos lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracte-
rização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos
no texto.
A descrição é um texto, literário ou não, em que predominam verbos
de estado e adjetivos que caracterizam pessoas, ambientes e objetos. É muito
raro encontrarmos um texto exclusivamente descritivo. Quase sempre a des-
crição vem mesclada a outras modalidades, caracterizando uma persona-
Língua Por t ugue sa
4 .1 .1 . A o r g a n i za çã o d a d escr i çã o
No processo de composição de uma redação descritiva, o emissor
seleciona os elementos organiza para levar o receptor a formar ou conhecer
a imagem do objetivo descrito, isto é, a concebê-lo sensorial ou
perceptualmente.
A descrição é fundamentalmente espacial. Eventualmente pode apa-
recer um índice temporal, porém sua função é meramente circunstancial,
serve apenas para precisar o registro descritivo.
Observe como Vinícius de Morais descreve a casa materna,
priorizando o espaço, mas situando-a num tempo subjetivo que só existe nas
impressões interiorizadas da lembrança do observador:
A casa materna
Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa materna. As
grades do portão têm uma velha ferrugem e trinco se oculta num lugar que
só a mão filial conhece. O jardim pequeno parece mais verde e úmido que
os demais, com suas plantas, tinhorões a samambaias que a mão filial, fiel
a um gesto de infância, desfolha ao longo da haste.
É sempre quieta a casa materna, mesmo aos domingos, quando as
mãos filiais se pousam sobre a mesa farta de almoço, repetindo uma antiga
imagem. Há um tradicional silêncio em suas salas e um dorido repouso em
suas poltronas. O assoalho encerado, sobre o qual ainda escorrega o fantas-
ma da cachorrinha preta, guarda as mesmas manchas e o mesmo taco solto
de outras primaveras. As coisas vivem como em prece, nos mesmos lugares
onde as situaram as mãos maternas quando eram moças e lisas. Rostos ir-
mãos se olham dos porta-retratos, a se amarem e compreenderem
mudamente. O piano fechado, com uma longa tira de flanela sobre as teclas,
repete ainda passadas valsas, de quando as mãos maternas careciam sonhar.
A casa materna é o espelho de outras, em pequenas coisas que o
olhar filial admirava ao tempo que tudo era belo: o licoreiro magro, a ban-
Língua Por t ugue sa
deja triste, o absurdo bibelô. E tem um corredor à escuta de cujo teto à noite
pende uma luz morta, com negras aberturas para quartos cheios de som-
bras. Na estante, junto à escada, há um tesouro da juventude com o dorso
puído de tato e de tempo. Foi ali que o olhar filial primeiro viu a forma gráfi-
ca de algo que passaria a ser para ele a forma suprema de beleza: o verso.
Na escada há o degrau que estala e anuncia aos ouvidos maternos a
presença dos passos filiais. Pois a casa materna se divide em dois mundos: o
térreo, onde se processa a vida presente, e o de cima, onde vive a memória.
Embaixo há sempre coisas fabulosas na geladeira e no armário da copa:
roquefort amassado, ovos frescos, mangas espadas, untuosas compotas,
bolos de chocolate, biscoito de araruta – pois não há lugar mais ´ propício
112 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
do que a casa materna para uma boa ceia noturna . E porque é uma casa
velha, há sempre uma barata que aparece e é morta com uma repugnância
que vem de longe. Em cima ficaram guardados antigos, os livros que lem-
bram a infância, o pequeno oratório em frente ao qual ninguém, a não ser a
figura materna, sabe por que queima, às vezes, uma vela votiva. E a cama
onde a figura paterna repousava de sua agitação diurna. Hoje, vazia.
A imagem paterna persiste no interior da casa materna. Seu violão
dorme encostado junto à vitrola. Seu corpo como se marca ainda na velha
poltrona da sala e como se pode ouvir ainda o brando ronco de sua sesta
dominical. Ausente para sempre da casa, a figura paterna parece mergulhá-
la docemente na eternidade, enquanto as mãos maternas se faziam mais len-
tas e mãos filiais mais unidas em torno da grande mesa, onde já vibram tam-
bém vozes infantis. (Vinícius de Morais)
4 . 2 . N a r r a çã o
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um
texto inserindo episódios, acontecimentos.
A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica,
enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predomi-
nantes num texto narrativo.
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elemen-
tos a uma série de perguntas:
Quem participa nos acontecimentos? (personagens);
O que acontece? (enredo);
Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).
Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos:
O quê? - Fato narrado;
Quem? – personagem principal e o anti-herói;
Língua Por t ugue sa
4 .2 .1 . O s 1 0 Peca d o s M o r ta i s d e u m a N a r r a ti va
Peca
sobre Redação Por Equipe Aprovação Vest
aprovacaovest@algosobre.com.br
Sempre que acabamos de escrever um texto narrativo, lá vem a mes-
ma pergunta nos atormentando: será que ficou bom? Ao recebermos de vol-
ta nossa redação corrigida, vemos que falhamos em alguns aspectos, que
poderíamos evitar alguns erros. Este artigo foi escrito pensando nisso: como
evitar os “pecados” mais freqüentes da narrativa? Pois bem, vamos dividir os
tais “pecados” em dez tipos mais freqüentes e tentar não cometê-los.
a. Uso e mau uso das palavras
Você sabe muito bem que as palavras funcionam como matéria-pri-
ma para a construção de qualquer texto. No entanto, elas também são
como uma faca de dois gumes, fique atento.
Um defeito que um bom texto jamais deverá apresentar é a repetição
de palavras sem fins estilísticos. Claro que não estamos falando de repetições
intencionais como as anáforas, por exemplo, mas daquele tipo que desgasta
a narrativa e empobrece, inclusive, seus significados. Veja o exemplo:
“A menina esteve sentada ali durante toda a tarde. Coitada da meni-
na, não sabia que a consulta duraria tanto e que sua mãe ficaria, então, pre-
ocupada. A menina pediu para telefonar e falou com a mãe, explicando-lhe
a demora.”
Dica
Dica:: procure substituir os nomes por pronomes quando perceber
que você repetiu muito a mesma palavra.
b. Uso de clichês
Nada mais devastador do que o clichê, entendendo-se como clichê
as repetições de expressões, idéias ou palavras que, pelo uso constante e po-
pularizado, nada mais significam.
Exclua de sua redação narrativa as expressões:
Língua Por t ugue sa
“ lindo dia de sol”, “abraço cheio de emoção”, “ beijo doce”, “ao pôr-
do-sol”, “ faces rosadas”, “inocente criança”, “Num belo domingo de Prima-
vera...”, “ família unida”, “uma grande salva de palmas”, “paixão intensa”.
Estes são apenas alguns exemplos, claro. E depende da sensibilidade
de cada um para captar os desgastes que as palavras e expressões possuem.
c. Falta de coerência interna
Outro aspecto também muito desgastante: levando-se em conta que
uma narrativa é uma sucessão de acontecimentos que ocorrem em tempo e
espaço determinados, que envolvem ações feitas e recebidas pelas persona-
gens, é interessante que jamais percamos a coerência interna.
CU RSO A D I STÂ N CI A 115
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
4 .3 . Di sser ta çã o
Dissertação é um trabalho baseado em estudo teórico de natureza
reflexiva, que consiste na ordenação de idéias sobre um determinado tema. A
característica básica da dissertação é o cunho reflexivo-teórico. Dissertar é
debater, discutir, questionar, expressar ponto de vista, qualquer que seja. É
desenvolver um raciocínio, desenvolver argumentos que fundamentem posi-
ções. É polemizar, inclusive, com opiniões e com argumentos contrários aos
nossos. É estabelecer relações de causa e consequência, é dar exemplos, é
tirar conclusões, é apresentar um texto com organização lógica das idéias.
Basicamente um texto em que o autor mostra as suas ideias.
4 . 3 . 1 . 1 . I n t r o d u çã o
A introdução deve apresentar de maneira clara o assunto que será
tratado e delimitar as questões, referentes ao assunto, que serão abordadas.
Neste momento pode-se formular uma tese, que deverá ser discutida e pro-
vada no texto, propor uma pergunta, cuja resposta deverá constar no desen-
volvimento e explicitada na conclusão.
4 .3 .1 .2 . Desen vo l vi m en to
Língua Por t ugue sa
4 . 3 . 1 . 3 . Co n cl u sã o
Conclusão é o momento final do texto, este deverá apresentar um re-
sumo forte de tudo o que já foi dito. A conclusão deve expor uma avaliação
final do assunto discutido.
Cada uma dessa partes se relaciona umas com as outras, seja prepa-
rando-as ou retomando-as, portanto, não são isoladas.
A produção de textos dissertativos está ligada à capacidade
argumentativa daquele que se dispõe a essa construção.
É importante destacar que a obtenção de informações, referentes aos
diversos assuntos seja por intermédio da leitura, de conversas, de viagens,
de experiências do dia-a-dia e dos mais variados veículos de informação po-
dem sanar a carência de informações e consequentemente darem suporte
ao produzir um texto.
4 .3 .2 . Pr o ced i m en to s Bá si co s p a r a co n str u i r u m
texto d i sser ta ti vo
a) Interpretação do tema
Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga
total a este implica zerar a prova de redação;
b) Levantamento de idéias
A melhor maneira de levantar idéias sobre o tema é a auto-indaga-
ção;
c) Construção do rascunho
Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta
etapa, o conteúdo;
d) Pequeno intervalo
Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com
outras provas, para que possa desviar um pouco a atenção do texto; evitan-
do, assim, que determinados erros passem despercebidos;
e) Revisão e acabamento
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;
Língua Por t ugue sa
f) Versão definitiva
Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cui-
dado!
g) Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.
4 .3 .3 . O r i en ta çã o p a r a El a b o r a r u m a Di sser ta çã o
· Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/ argu-
mentação) e conclusão.
120 CU RSO A D I STÂ N CI A
Versão 1 0 .1 0 .0 1
IN STITU TO TECN O LÓ GICO DE TRAN SPO RTE E TRÂN SITO
4 .3 .4 . M o d el o s
TEMA
TEMA:: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMI-
NISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE... ISSO É O QUE
OCORRE NO BRASIL HOJE.”
Uma nova ordem
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As
denúncias que se sucedem, os escândalos que se multiplicam, os casos ilíci-
tos que ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de for-
ma veemente, a profunda crise moral por que passa o País.
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem
símbolos de todos os males. As instituições normativas, que fundamentam o
sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela ex-
pressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, aca-
bam comprometendo seus programas de gestão.
Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jo-
gado milhares de trabalhadores na rua, ampliando os bolsões de insatisfa-
ção e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto
contra o que vêem e sentem, procurem manifestar sua posição com o voto
nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos, nenhuma democra-
cia floresce dessa maneira.
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade
Língua Por t ugue sa
TEMA
TEMA:: Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena
(Fernando Pessoa)
Sonhar é preciso
“Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há, em cada ser huma-
no, um sebastianista louco, vislumbrando o Quinto Império; um navegador
ancorado no cais, a idealizar ‘mares nunca dantes navegados’; e um obscu-
ro D. Quixote de alma grande que, mesmo amesquinhado pelo atrito da
hora áspera do presente, investe contra seus inimigos intemporais: o
derrotismo, a indiferença e o tédio.
Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do
pão-nosso-de-cada-dia, há em cada homem um sentido épico da existência,
que se recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos veículos de
massa e domesticado pela vida moderna.
É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos, mes-
mo que D. Sebastião não volte, ainda que nossos barcos não cheguem a
parte alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento.
Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco que são o
melhor de nós mesmos; senão teremos abdicado dos sonhos da infância e
do fogo da juventude; senão teremos demitido nossas esperanças.
O homem livre num universo sem fronteiras. O nordeste brasileiro
verde e pequenos nordestinos, ri sonhos e saudáveis, soletrando o
abecedário. Um passeio a pé pela cidade calma. Pequenos judeus, árabes e
cristãos, brincando de roda em Beirute ou na Palestina.
Língua Por t ugue sa
A corrupção no Brasil
Durante todo o processo de formação cultural do povo brasileiro, o
trabalho nunca foi considerado uma atividade digna, a riqueza, mesmo ilícita
era a grande nobreza e a comprovação da superioridade.
No período colonial, o trabalho para o português recém-chegado
toma-se um ato ignóbil, explorar o bugre e o negro é a maneira de se viver
numa terra nova, onde a “esperteza” de sempre tirar lucros e ganhar, mesmo
através da trapaça, é considerada uma virtude.
No império e na república oligárquica, a história se repete e sempre
está a favor de uma aristocracia, que desrespeita a condição humana, com
suas atitudes nepóticas e de extrema fraternalidade entre os iguais mineiros e
paulistas.
Nos períodos seguintes, a rede de corruptos se mostra e toma contor-
no urbanos, onde a população adquire maior intelectualidade e passa a exi-
gir um maior respeito e que pelo menos se disfarcem os roubos contra nossa
população de miseráveis e condicionados.
Já cansada pelos quinhentos anos de “ falcatruas” justificadas e pela
explosão de novas “ bombas”, a cada dia a população apercebe-se. em fim,
do maquiavelismo político e rejeita as soluções prontas e maternais da pátria
mãe gentil.
Esperamos que, nos próximos anos, a política brasileira torne-se mais
séria, rejeite o dito maquiavélico e trate o trabalho como um meio de ascen-
Língua Por t ugue sa
ATI VI D AD E X
Interpretação de Texto
0 2 . Co n si d er e o seg u i n te d i á l o g o :
I. A: Por que você está triste?
II. B: Porque ela me deixou.
III. A: E ela fez isso por quê?
IV. B: Não sei o porquê. Tentei acabar com as causas da crise por que
passávamos.
V. A: Ah! Você se perdeu nos porquês.
Língua Por t ugue sa
2005.)
Segundo o texto, é correto afirmar:
a) ( ) Mike Tyson estava irritado com o assédio das garotas de programa.
b) ( ) Mike Tyson foi preso em companhia das garotas.
c) ( ) Tyson foi liberado da delegacia por demonstrar exercício arbitrário de
suas razões.
d) ( ) Mike Tyson, em duas noites, esteve em três boates e uma delegacia.
e) ( ) Mike Tyson distribuiu US$ 100 em gorjetas e se esbaldou na noite
paulistana.
ATI VI DADE I
01) Algumas modificações são realizadas para promover a união e proximidade
dos países que tem o português como língua oficial.
02) Não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de
serem apreendidas. Além disso, há um prazo de adaptação para ocorra todo
processo de mudança.
03) A ortografia é uma convenção social. No Brasil a Academia Brasileira de Letras
instituiu pela primeira vez, em 1943, o Pequeno Vocabulário Ortográfico da
Língua Portuguesa.
04) Outras línguas, como o francês e o espanhol, tinham normas ortográficas no
século XVIII.
05) O período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31
de dezembro de 2012.
ATI VI DADE I I
01) O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y.
02) O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
03) Feiúra e Baiúca .Não se acentua mais “i” e “u” tônicos em paroxítonas quando
precedidos de ditongo.
04) a) Certo. São acentuadas as oxítonas terminadas em a(s): vatapá, lilás – e,
também, acará, ananá, gambá, sofá, aguarrás... – þObs.: Som nasal, será
assinalado com til: maçã – elã – e, também, araquã, açanã, jaçanã...
b) Certo. São acentuadas as oxítonas terminadas em e(s): pontapé, revés, glacê,
torquês – e, também, café, picolé, dendê, invés, convés, montês, pequinês...
c) Certo. São acentuadas todas as oxítonas terminadas em o(s): qüiproquó, retrós,
Língua Por t ugue sa
bangalô, robôs – e, também, avó, bobó, enxó, rondó, paletó, ilhós, após, avô,
bibelô, borderô, complôs, tarôs...
d) Certo. São acentuadas todas as oxítonas terminadas em o(s): alguém,
parabéns, além, vinténs – e, também, armazém, ninguém, também, porém...
e) Errado. – Correções: jabuti, caju, parti-la, obus. – Obs.: Não se acentuam
oxítonas terminadas em i(s), u(s).
05) a) Certo. São acentuadas todas as monossílabas tônicas terminadas em a(s): lá,
trás, dá-lo – e, também: cá, chá(s), dá(s), fá, há(s), já, má(s), pá(s), vá(s), xá(s)...
b) Certo. São acentuadas todas as monossílabas tônicas terminadas em e(s): pé,
rés, lê, mês – e, também, fé(s), sé, crê(s), dê(s), lê(s), vê(s), fé(s), ré(s), rês...
ATI VI DADE I I I
01) a) Maria Rita, menina pobre do interior, chegou a São Paulo assustada.
b) O encanador sorriu e disse:
- Se a senhora quiser, eu posso trocar também a torneira, dona.
c) Quando tudo vai mal, nós devemos parar e pensar onde é que estamos
errando. Desta maneira, podemos começara melhorar, isto é, a progredir.
d) Socorro, alguém me ajude! ou Socorro! Alguém me ajude!
e) Ao voltar para casa, encontrei um ambiente assustador: móveis revirados,
roupas jogadas pelo chão, lâmpadas quebradas e torneiras abertas.
f) De MPB eu gosto, mas de música sertaneja...
g) Não critique seu filho, homem de Deus! Dê o apoio que ele necessita e tudo
terminará bem. Se você não apoiá-lo, quem irá fazê-lo?
h) Os nossos sonhos não são inatingíveis. A nossa vontade deve torná-los
realidade.
i) O computador, que é uma invenção deste século, torna a nossa vida cada dia
mais fácil.
j) Eu venderei todas as minhas terras, mesmo que antes disso a lavoura se
recupere.
k) Naquele instante, quando ninguém mais esperava, de longe avistamos uma
figura estranha que se aproximava. Quando chegou bem perto, ele perguntou:
Língua Por t ugue sa
02) B
03) C
04) D
05) D
06) C
07) C
08) E
09) B
10) B
11) C
12) E
ATI VI DADE I V
01) C
02) A
03) B
04) B Substantivos derivados de verbos terminados em “-ender” se escrevem com “s”:
tender – tensão; pretender – pretensão; compreender – compreensão. Os
substantivos derivados do verbo TER devem ser escritos com “ç”: reter –
retenção; deter – detenção; obter – obtenção; ater – atenção.
ATI VI DADE V
01) a) É uma ação onde colocamos em prática os valores morais.
b) É uma ordenação, uma hierarquia de valores.
c) Ética pelo interesse próprio e ética orientada para os outros.
02) a) Na ética do interesse próprio, você proporciona algo ao outro, porque é de seu
interesse fazê-lo.
Língua Por t ugue sa
b) A ética orientada para os outros tem por objetivo básico a valorização do outro
para o benefício do todo..
c) Em termos empresariais, isto significa uma filosofia ou uma ética do serviço. É
na medida que o meu produto, a maneira de produzi-lo, e tudo o que faço em
relação a ele representarem um serviço para o mercado (ou seja, acrescenta-
rem valor), é que minha empresa poderá obter um resultado econômico válido.
Nesta perspectiva, o valor maior é a solidariedade, a profunda
interdependência humana, o crescimento do outro. Este é o objetivo. O lucro, o
benefício econômico, é um subproduto. Indispensável, sem dúvida, para a con-
tinuidade da comunidade de trabalho que é a empresa, mas que só vai existir
se as outras condições forem preenchidas..
ATI VI D AD E VI
01) Resposta elaborada pelo aluno.
ATI VI D AD E VI I
a) 01. Tenho bastantes (muitas) razões para julgá-lo.
02. Viveram situações bastante (muito) tensas.
03. Estavam bastante preocupados.
04. Acolheu-me com palavras meio (um tanto) tortas.
05. Os processos estão inclusos na pasta.
06. Estas casas custam caro (invariável).
07. Seguem anexas as faturas.
08. É proibido (ñ artigo) conversas no recinto.
09. Vocês estão quites com a mensalidade?
Língua Por t ugue sa
ATI VI DADE VI I I
a) 01. O pessoal (coletivo) não gostou da festa.
02. A turma (= 01) gostou da aula de ontem.
03. Metade dos alunos fez ou fizeram o trabalho.
04. Um bloco de foliões animava(am) a festa.
05. Uma porção de índios surgiu(ram) do nada.
06. Um bando de pulhas saqueou(aram) as casas.
07. A maior parte dos recursos se esgotou(aram).
08. O povo (coletivo) aclamou o candidato.
09. A multidão (= 08) invadiu o campo.
10. Os Estados Unidos são um país rico.
11. Minas Gerais é um belo estado.
12. Os Andes ficam na América do Sul.
13. A maior parte dos carros tinha(m) defeitos.
14. O bando (coletivo) fuçava a casa deserta.
15. A maioria (= 14) está contra o aumento do pão.
16. O Amazonas corre para o mar.
Língua Por t ugue sa
ATI VI DADE I X
01) a) Santos e Mortimer em seu estudo sobre comunicação não verbal em sala de
aula indicam que é impossível não se comunicar por meio do corpo. O corpo é
uma mensagem e o comportamento não-verbal é extremamente dialógico. As
expressões do rosto, as atitudes, os gestos e o movimento corporal podem atuar
como emblemas, ilustradores, demonstradores de afeto ou como reguladores e
adaptadores da interação. Em muitos momentos o comportamento não-verbal
contradiz o que se está querendo dizer em vez de o enfatizar. Há certas emo-
ções que muitas vezes não se consegue ocultar, justamente aquelas que esca-
pam ao controle consciente, tais como rubor ou a perspiração, sinais denuncia-
dores de uma grande variedade de estados emotivos: dor, ansiedade, vergo-
nha, medo, constrangimento, etc. Esse conjunto de comportamentos não-ver-
Língua Por t ugue sa
c) Especialistas discutem que cada indivíduo tem seu próprio estilo gestual e, em
parte, esse estilo reflete sua cultura. Assim, os gestos emblemáticos (que possu-
em um significado preestabelecido), como acenar as mãos dando adeus, ou
esfregar os dedos polegar e indicador se referindo a dinheiro, etc.; podem ter
significados diferentes em diferentes culturas.
d) Nessa direção, Parejo (1995) também apresenta um conjunto de exemplos onde
gesticulação pode significar precisão, firmeza, agressividade, dominação, com-
preensão e outras tantas significações. Um mesmo gesto pode ter diferentes sig-
nificados e exercer várias funções, dependendo do contexto da interação. Assim,
é necessário relativizar as classificações e contextualizar o comportamento
gestual das pessoas.
e) Os estudos e descobertas referentes à cinética corporal sobre as poses, mostram
que cada pessoa adota uma série de posições: uma para falar, outra para ou-
vir, havendo mesmo diferenças na posição do falante enquanto pergunta, en-
quanto dá ordens, enquanto explica, etc.
Por outro lado, as posturas estão relacionadas à intimidade ou formalidade das
situações e com o sexo das pessoas envolvidas na interação.
02) a) Do ponto de vista anatômico, as pessoas podem produzir mais de mil expres-
sões faciais. Os músculos do rosto são tão versáteis que, teoricamente, todas as
mil possibilidades do comportamento facial levariam não menos do que duas
horas para ser demonstradas. No entanto, só algumas têm um significado efeti-
vo e inequívoco. Essas expressões, isoladamente, não são facilmente
identificáveis, mas os meneios de cabeça ajudam a compor e caracterizar a
expressividade das interações. Tais meneios podem ser afirmativos, negativos,
reticentes, etc. As expressões que denotam incômodo ou náusea são caracteri-
zadas pela contração das sobrancelhas e dos lábios; as que denotam
indefinição ou incerteza são marcadas pela elevação das sobrancelhas e tom-
bamento da cabeça para o lado. Na expressão de humildade, a professor tom-
ba a cabeça e levanta e encolhe os ombros.
b) O ato de fixar o olhar, o fingir não ter visto, olhar e negar-se a reconhecer, são
formas com as quais os olhos fazem contato. Curvar-se timidamente, interrogar,
sondar, escolher ou recuar, são outros exemplos das formas de olhar durante
uma interação. Assim, o comportamento ocular é talvez a forma mais sutil da
linguagem física.
Língua Por t ugue sa
c) Como vimos anteriormente, as interações não são compostas apenas pela co-
municação verbal com toda a expressividade possível, ou pela expressão
gestual e motora, mas também pelas pausas e silêncios constitutivos dos enun-
ciados.
Em um breve contexto histórico, Peter Burke apresenta-nos diferentes variedades
de silêncio na Europa do século XIX.
A abordagem histórica social do silêncio na Europa moderna, elaborada pelo
autor, nos revela diferentes usos, funções e estratégias do silêncio: “regras de
silêncio”; “locais ou regiões de silêncio”; “silêncios estratégicos”; “conspirações
de silêncio”; “o silêncio sagrado”; “o silêncio de prudência”, etc.
O silêncio é visto como um fenômeno cultural e com diferentes valorações e ca-
racterísticas. De forma que “um reconhecimento de quando não falar, pode ser
b) Antes de fazer uma comunicação, decida qual é o meio mais adequado para o
caso;
c) Quando se usa a voz, procure falar claro e pausadamente;
d) Evite comunicar-se sob estados de tensão emocional;
e) Quando possível, use a linguagem do receptor;
f) Aborde um assunto de cada vez;
g) Sempre que possível, use exemplos práticos do cotidiano do receptor;
h) Não interrompa seu interlocutor;
i) Ao concluir sua comunicação, verifique se foi compreendido.
ATI VI DADE X
01) C
02) D
03) B
04) D
05) D
06) E
07) D
08) E
09) A
10) A
Língua Por t ugue sa
01) BRASIL. Rio Grande do Sul. Manual de Redação. Disponível em: http:/ /
www.pucrs.br/ manualred/ hifen.php. Acesso em: 03.11.2010.
02) ESCOLA. Revista. Gramática da Língua Portuguesa. Disponível em:
http:/ / antigo.revistaescola.abril.com.br/ . Acesso em: 22.10.2010.
03) Letras. Portal das. Disponível em: http:/ / www.portrasdasletras.com.br/
pdtl2/ sub.php?op= gramatica/ docs/ aimportanciadapontuacao.
Acesso em: 05.11.2010.
04) LOPES. Eduardo. Revista Escola. Gramática da Língua Portuguesa. Dis-
ponível em: http:/ / antigo.revistaescola.abril.com.br/ . Acesso em:
22.10.2010.
05) MICHAELIS. Guia Prático da Nova Ortografia. Disponível em: http:/ /
www.livrariamelhoramentos.com.br/
Guia_Reforma_Ortografica_Melhoramentos.pdf. Acesso em
22.10.2010.
06) PAREJO, José. Comunicación No Verbal y Educación: el cuerpo y la
escuela. Barcelona: Paidós, 1995.
07) SANTOS. Flávia Maria Teixeira dos. MORTIMER, Eduardo Fleury CO -
MUNICAÇÃO NÃO -VERBAL EM SALA DE AULA. Disponível em http:/
/ www.fae.ufmg.br/ abrapec/ revistas/ v1n1a2.pdf. Acesso em
11.10.2010.
08) SAVIOLI, Francisco Platão. Leitura e interpretação de textos. Disponível
em: http:/ / www.mundovestibular.com.br/ articles/ 411/ 1/ O -Aprendi-
zado-da-Leitura—Compreensao-e-Interpretacao-de-Textos/
Paacutegina1.html. Acesso em: 01.11.2010.
09) SILVA, Alexsandro da Ortografia na sala de aula / organizado por
Alexsandro da Silva, Artur Gomes de Morais e Kátia Leal Reis de Melo
Língua Por t ugue sa
Depósito Legal feito junto à Biblioteca Nacional sob o Registro número 240.208
Livro 425, Folha 368.
D EN ATRAN
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