Você está na página 1de 15

MOD 9 - SISTEMA URINÁRIO

Item – 9.1
 FUNÇÕES
 Eliminar as toxinas do organismo.
 Controlar a quantidade de água no corpo.
 Regular a concentração de várias substâncias.

 Principais Excretas do Organismo


 Excretas Nitrogenadas (possuem nitrogênio) e surgem do
metabolismo das proteínas.
São elas:
 Ácido Úrico
 Ureia
 Amônia ( por ser muito tóxica, primeiro o sangue a envia para o
fígado afim de ser transformada em ureia, que é menos tóxica,
para depois ser enviada aos rins).

 Observação: É necessária a presença de água para que ocorra a


diluição dessas excretas e sua posterior eliminação.
Portanto é necessária a ingestão de água diariamente para que o
sistema urinário possa eliminar suas excretas.

Item 9.2 – COMPOSIÇÃO DO SISTEMA URINÁRIO

 2 RINS
 2 URETERES
 1 BEXIGA URINÁRIA
 1 URETRA
1) RINS

 FUNÇÕES DOS RINS


 Regulam o volume e a composição do sangue.
 Produzem a urina.
 Ajudam a regular a pressão arterial.
 Sintetizam glicose (participam de sua elaboração) durante
períodos de jejum.
 Liberam eritropoetina, hormônio que estimula a produção de
hemácias.
 Participam da síntese de vitamina D.

 LOCALIZAÇÃO DOS RINS


 Estão localizados na região dorsal do abdômen, um em cada
lado da coluna vertebral.
 COMPOSIÇÃO DOS RINS
 São revestidos por uma cápsula fibrosa circundada por tecido
adiposo.
 Apresentam uma região mais externa (denominada córtex
renal) e uma mais interna (chamada medula renal).
 Cada rim possui cerca de 1.000.000 de unidades filtradoras
(denominadas néfrons).

2) URETERES
 São dois condutos que transportam a urina produzida nos rins até
a bexiga.
3) BEXIGA URINÁRIA
 É uma bolsa que armazena a urina.
 A bexiga de um adulto consegue armazenar, em média, de 700 a
800mL de urina.
 A quantidade de urina que produzimos diariamente é de 1 a 2
litros, podendo variar conforme o volume de líquido ingerido, a
alimentação e a transpiração.
 Começamos a perceber os primeiros sinais da “vontade” de urinar
a partir de 200 a 400ml.
 COMPOSIÇÃO DA URINA
95% de água
5% restantes são substâncias geradas pelo metabolismo: ureia,
creatinina, ácido úrico e sais.
Não é normal encontrar na urina: albumina, glicose, hemácias,
leucócitos e micróbios.
Quando isso ocorre, é sintoma de alguma disfunção.

4) URETRA
 É a porção terminal do sistema urinário, canal pelo qual
eliminamos a urina do corpo.
 A uretra feminina é uma estrutura exclusiva do sistema urinário.
 A uretra masculina, além de haver a eliminação da urina, há
também a passagem do sêmen pelo mesmo canal.
9.3 – Filtração do sangue e formação da urina

 O sangue a ser filtrado chega aos rins pela artéria renal e sai pela
veia renal.
 Os rins possuem unidades filtradoras denominadas néfrons.

 Cada néfron é formado pelas seguintes partes:

• arteríola aferente (vaso que traz o sangue para ser filtrado)


• arteríola eferente (vaso que leva o sangue depois de filtrado)
• glomérulo de Malpighi
• cápsula de Bowman
• túbulo proximal
• alça de Henle
• túbulo distal

Como a urina é formada?

A urina é formada a partir da filtração do sangue que passa no


interior dos néfrons.
De maneira resumida, podemos dizer que o processo de formação
da urina ocorre em três etapas:
1. Filtração
2. Reabsorção
3. Secreção
 Inicialmente o sangue arterial levado pela arteríola aferente chega
sob alta pressão nos capilares do glomérulo.
 Nesse momento, a pressão faz que parte do plasma saia em
direção à cápsula de Bowman.
 Essa passagem de plasma é conhecida como filtração.
 A filtração propriamente dita ocorre na cápsula de Bowman.
 O filtrado glomerular formado é muito semelhante ao plasma no
interior dos vasos sanguíneos, entretanto, não possui proteínas
nem células do sangue.
 O filtrado glomerular segue para o túbulo proximal, para a alça de
Henle e túbulo distal, locais onde ocorre a reabsorção.
 Nessa etapa, as substâncias importantes que não devem ser
perdidas são reabsorvidas e enviadas de volta ao sangue pela
arteríola eferente.
 Quase 99% da água filtrada no glomérulo, por exemplo, é
reabsorvida no túbulo proximal.
 Ocorre também, reabsorção da água, glicose e aminoácidos na
Alça de Henle e no túbulo distal.
 O que não for reabsorvido formará a urina.
 A secreção ocorre quando a urina é despejada pelo túbulo distal
no ducto coletor e este desemboca na pelve renal e de lá será
encaminhada para a bexiga através dos ureteres.
 Num adulto normal, cerca de 180 litros de sangue são filtrados
por dia; isso quer dizer que o “mesmo sangue” passa várias vezes
pelos rins num período de 24 horas.
 Ao final dessas três etapas temos a urina formada.
 Sendo assim, podemos dizer que a urina é o produto formado
pelo filtrado glomerular, retirando-se o que foi reabsorvido e
somando-se o que foi secretado.
Você já ouviu falar do hormônio ADH (antidiurético)?
Atividades físicas intensas, como correr ou pedalar por longos
períodos, ajudam a aumentar a utilização dos ácidos graxos, isto é, a
queima das gorduras, produzindo energia para manter o corpo em
movimento na atividade física prolongada.
Contudo, ao fazer exercícios, a temperatura do seu corpo aumenta.
Como defesa, o organismo começa a transpirar para baixar a
temperatura, resultado do calor produzido pela contração muscular.
O suor, ao evaporar da pele, resfria o corpo, ajudando, assim, a regular
sua temperatura.
Em contrapartida, quando a transpiração está intensa, entra em ação o
ADH, hormônio antidiurético que age para evitar a perda de água.
O ADH age nos túbulos coletores e dutos renais, localizados nos rins,
estimulando a reabsorção da água que seria eliminada na urina.
Para produzir o efeito antidiurético, basta uma pequena quantidade
desse hormônio, o qual é liberado quando o corpo está desidratado e
bloqueia a vontade de fazer xixi para que não percamos mais água.
O álcool é um inibidor do ADH e, por essa razão, quando as pessoas
ingerem bebidas alcoólicas, o volume de urina aumenta.
Hemodiálise
É um tratamento que consiste na remoção de substâncias tóxicas do
sangue, com um aparelho que funciona como se fosse um rim
artificial.
É o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do
sangue, como creatinina e ureia.
A hemodiálise é realizada em pacientes que sofrem de insuficiência
renal crônica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue
eliminar as substâncias tóxicas devido à falência dos mecanismos
excretores renais.
O tempo varia de acordo com o estado clínico do paciente, mas, em
geral, é de quatro horas, três ou quatro vezes por semana.
Cálculos renais
Popularmente chamados de “pedras nos rins”, são formações sólidas
de sais minerais e uma série de outras substâncias (oxolato de cálcio,
ácido úrico).
Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias, causando muita
dor e complicações.
Os cálculos podem atingir diversos tamanhos: de minúsculos grãos até
alguns centímetros.
Eles se formam tanto nos rins como nas vias urinárias e na bexiga.
O tratamento para remoção de cálculos grandes geralmente é
cirúrgico.
Outra forma de eliminar os cálculos é por meio da litotripsia
ultrassônica, procedimento em que a pedra é fragmentada por ondas
de choque e, depois, eliminada naturalmente, pela uretra, com a urina.
Transplante de órgãos no Brasil
O Brasil possui um dos maiores programas públicos de transplantes de
órgãos e tecidos no mundo, mas mesmo assim as doações são
insuficientes em relação às necessidades dos milhares de pacientes
que aguardam por uma doação.
No ano de 2016, cerca de 41.000 pacientes estavam à espera de um
órgão no Brasil.
Em 2015, foram realizadas 23.666 cirurgias de transplante de órgãos,
sendo 95% dos procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
Em mais da metade das operações (58%), pacientes receberam novos
corações saudáveis.
Os transplantes de rim estão em segundo lugar, correspondendo a 23%
de todos os procedimentos.
Apesar do grande volume de cirurgias realizadas, a quantidade de
pessoas à espera de um novo órgão ainda é grande.
Ao todo, 41.236 pacientes estão cadastrados na lista do SUS.
O rim é o órgão mais demandado: 25.077 esperam por um transplante
renal.
Em seguida, as córneas (12.686) e o fígado (2.193). Dados de fevereiro
de 2017.
Para vencer a atual desproporção entre número de pacientes na lista e
o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a
população sobre todas as etapas do procedimento, que começa com o
diagnóstico de morte encefálica de um potencial doador e termina na
recuperação do paciente que recebeu um novo órgão.
Entre essas etapas, é preciso correr contra o tempo, levantar
informações importantes sobre o histórico do doador e do paciente e,
a etapa mais delicada, contar com a solidariedade de uma família que
passa por um momento de dor.
Diagnóstico de morte encefálica 8M1
Em princípio, qualquer pessoa que tenha tido a morte encefálica
confirmada pode se tornar doadora.
Esse é um quadro irreversível em que é diagnosticada a parada total
das funções cerebrais.
Em geral, isso ocorre após traumatismos cranianos ou acidentes
vasculares.
Contudo, apesar da falência do cérebro, o coração continua batendo e
é a irrigação sanguínea que mantém os órgãos viáveis para doação.
A circulação é mantida artificialmente, por meio de aparelhos e
medicamentos, enquanto a Central de Transplantes é avisada e a
família é notificada da situação.

Autorização da família
Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e
orientada sobre o processo de doação de órgãos.
Depois de seis horas de atestada a falência cerebral, o potencial
doador passa por um novo teste clínico para confirmar o diagnóstico.
Em seguida, a família é questionada sobre o desejo de doar os órgãos.
Mensagens por escrito deixadas pelo doador não são válidas para
autorizar a doação.
Por isso, apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia, após a
assinatura de um termo.
De acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias
entrevistadas não permite a retirada dos órgãos para doação.
Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para
deixar claro esse desejo.
Entrevista familiar
Depois da confirmação da morte encefálica e de manifestado o desejo
pela família de doar os órgãos do parente, a equipe médica realiza um
questionário com os familiares para detalhar o histórico clínico do
paciente.
A ideia é investigar se os hábitos do doador teriam levado ao
desenvolvimento de possíveis doenças ou infecções que possam ser
transmitidas ao receptor.
Doenças crônicas como diabetes, infecções ou mesmo uso de drogas
injetáveis podem acabar comprometendo o órgão que seria doado,
inviabilizando o transplante.
Por isso, a equipe médica verifica o passado clínico do doador.
A entrevista é um guia para os médicos, que ainda realizam testes
biológicos e físicos que, por sua vez, indicam também a possível
compatibilidade com os receptores na fila do transplante. 8M2
Retirada de órgãos
De um mesmo doador, é possível retirar vários órgãos para o
transplante.
Em geral, as cirurgias mais recorrentes são as de coração, pulmões,
fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões.
Como resultado, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os
órgãos de um mesmo doador.
Os órgãos que duram menos tempo, uma vez fora do corpo, são
retirados antes.
Nos 27 centros de notificação integrados, os dados informatizados do
doador são cruzados com os das pessoas que aguardam na fila pelo
órgão para que o candidato ideal, conforme urgência e tempo de
espera, seja encontrado em qualquer parte do país.
Os profissionais envolvidos no processo trabalham em contagem
regressiva para não ultrapassar o tempo-limite para a retirada dos
órgãos e também para preservá-los durante o transporte.
Transporte
Quando a doação é entre pessoas de estados diferentes, o Ministério
da Saúde viabiliza o transporte aéreo dos tecidos e órgãos.
Existe um acordo voluntário de cooperação entre o Ministério da
Saúde e as companhias aéreas para assegurar o translado.
As empresas transportam os órgãos gratuitamente em voos
comerciais.
Para reforçar o processo de transporte, o presidente Michel Temer, por
meio de decreto, determinou que a Força Aérea Brasileira (FAB)
também forneça apoio ao Ministério da Saúde, especialmente em
missões solicitadas pela Central Nacional de Transplantes.
Recuperação
Depois de transplantado, o paciente tem um pós-operatório
semelhante ao de outras cirurgias.
Mas o sucesso da operação depende de vários fatores, como as
condições do órgão e o estado de saúde do paciente.
No entanto, ele terá de tomar remédios imunossupressores durante
toda a vida para evitar uma possível rejeição do corpo ao novo órgão.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que a sobrevida dos
pacientes depois de cinco anos da cirurgia é de 60% nos casos de
transplante de fígado e pulmão; 70% para cirurgias de substituição do
coração; e 80% para os transplantes de rim.
(Disponível em: <www.brasil.gov.br>. Adaptado.)

Você também pode gostar