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AULA 8
Sistema
Urinário
ABERTURA
Olá!
Semelhante a uma estação de purificação de água, que mantém a água da cidade potável e se
desfaz dos resíduos, nossos rins filtram diariamente cerca de 200 litros de líquidos da corrente
sanguínea. Dessa forma, permitem que as toxinas, os resíduos do metabolismo e o excesso de
íons sejam excretados do corpo através da urina, enquanto as substâncias necessárias
retornam para o sangue. Além dos rins, o sistema urinário também inclui a bexiga urinária, um
reservatório temporário para a urina, e os ureteres e a uretra, que servem como canais
transportadores para a urina.
Nesta aula, você vai identificar a anatomia das estruturas e dos órgãos que compõem o
sistema urinário, assim como reconhecer seus aspectos funcionais.
Bons estudos.
REFERENCIAL TEÓRICO
Boa leitura!
Sistema urinário:
trato urinário
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Semelhante a uma estação de purificação de água, que mantém a água
da cidade potável e se desfaz dos resíduos, nossos rins filtram diariamente
cerca de 200 litros de líquidos da corrente sanguínea. Dessa forma, permi-
tem que as toxinas, os resíduos do metabolismo e o excesso de íons sejam
excretados do corpo através da urina, enquanto as substâncias necessárias
retornam para o sangue. Além dos rins, o sistema urinário também inclui
a bexiga urinária, um reservatório temporário para a urina, os ureteres e
a uretra, que servem como canais transportadores para a urina.
Neste capítulo, você vai identificar a anatomia das estruturas e dos
órgãos que compõem o sistema urinário, assim como reconhecer seus
aspectos funcionais.
A urina, então, flui pela pelve renal e para dentro do ureter, que a conduz até
a bexiga, onde é armazenada. O músculo liso presente na parede dos cálices,
da pelve e do ureter é responsável por propelir a urina por peristalse ao longo
do seu trajeto (MARIEB; HOEHN, 2009).
ramificam nas artérias arqueadas, que se curvam sobre as bases das pirâmides
medulares. As artérias arqueadas dão origem às artérias interlobulares, as quais
suprem o tecido cortical. As veias seguem praticamente o mesmo caminho que
as artérias, só que no sentido inverso. O sangue que está deixando o córtex
renal é drenado sequencialmente para as veias interlobulares, as arqueadas,
as interlobares e as renais. As veias renais saem dos rins e desembocam na
veia cava inferior (MARIEB; HOEHN, 2009).
A nefropatia diabética é uma doença que acomete os rins e está associada ao diabetes
melito. Como principal causa da insuficiência renal crônica, essa patologia causa danos
aos glomérulos renais, destruindo os néfrons funcionais pela formação progressiva
de tecido cicatricial. Os glomérulos danificados não filtram o sangue de forma eficaz,
permitindo que as proteínas atravessem a membrana de filtração e sejam excretadas
na urina. A presença significativa de proteínas na urina de pessoas que sofrem de
diabetes tipo 2 sugere fortemente a presença de nefropatia diabética, o que pode
levar à fase final da insuficiência renal (VANPUTTE et al., 2016).
Figura 3. (a) Estrutura de um néfron. (b) Detalhamento das células do néfron e do sistema
coletor.
Fonte: Marieb e Hoehn (2009, p. 880).
Sistema urinário: trato urinário 515
Ureteres
Os ureteres são um par de tubos musculares que se estendem inferiormente
por cerca de 30 cm a partir dos rins, antes de atingir a bexiga urinária. Eles
se iniciam na pelve renal, como uma espécie de funil que passa através do
hilo renal, e terminam penetrando na parede posterior da bexiga urinária.
O óstio do ureter evita o fluxo retrógado de urina em direção ao ureter e aos rins
quando a bexiga urinária se contrai. O trajeto dos ureteres, ao se aproximarem
da parede da bexiga urinária, difere-se entre homens e mulheres por causa
de variações de natureza, dimensões e posição dos órgãos genitais (Figura 4)
(MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Bexiga
A bexiga urinária é um saco muscular liso e colabável que armazena tempo-
rariamente a urina. Está localizada retroperitonealmente no soalho pélvico
posterior à sínfise púbica. Nos homens, a próstata circunda a parte inferior do
colo da bexiga, local onde ela esvazia para a uretra. Nas mulheres, a bexiga
é anterior à vagina e ao útero (Figura 5). O interior da bexiga possui aber-
turas para os dois ureteres e para a uretra. A região lisa e triangular da base
da bexiga delimitada por essas três aberturas é o trígono da bexiga, local
frequentemente associado a processos infecciosos (MARTINI; TIMMONS;
TALLITSCH, 2009).
O músculo da bexiga denominada detrusor é bastante distensível, o que
garante a função primordial da bexiga, que é armazenar a urina. Uma bexiga
moderadamente cheia apresenta cerca de 12 cm de comprimento e contém, apro-
ximadamente, 500 ml de urina, mas pode comportar praticamente o dobro quando
necessário. A capacidade máxima da bexiga é de 800 a 1.000 ml e, quando está
superestendida, pode estourar (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
518 Sistema urinário: trato urinário
Uretra
A uretra é um tubo muscular de parede fina que drena a urina da bexiga e a
conduz para fora do corpo. Na junção entre a bexiga e a uretra, um espessa-
mento do músculo detrusor forma o esfíncter interno da uretra. Esse esfincter
involuntário mantém a uretra fechada quando a urina não está passando e evita
que haja vazamento entre as micções. O esfincter externo da uretra é formado
por músculo esquelético, dessa forma, sendo controlado voluntariamente
(MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
Nas mulheres, a uretra tem apenas de 3 a 4 cm de comprimento e é ligada
firmemente à parede vaginal anterior por tecido conectivo fibroso. Sua abertura
externa, o óstio externo da uretra, fica anterior à abertura vaginal e posterior ao
clitóris. Nos homens, a uretra mede aproximadamente 20 cm de comprimento
e possui três regiões. A parte prostática da uretra, com cerca de 2,5 cm de
comprimento, passa por dentro da próstata. A parte membranácea da uretra,
Sistema urinário: trato urinário 519
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2009. (Coleção Martini).
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia.
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.
Leitura recomendada
TANK, P. W.; GEST, T.R. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 2008.
PORTFÓLIO
ATIVIDADE
Você faz parte da equipe de saúde de um hospital e atendeu uma senhora de 60 anos,
diagnosticada com diabetes do tipo 2 há mais de 15 anos.
Desde o diagnóstico, a paciente convive bem com a doença, uma vez que tem uma
alimentação controlada e monitora regularmente os níveis de glicose sanguínea e a pressão
arterial. No entanto, percebeu um aumento progressivo da sua pressão arterial, assim como
do cansaço e do inchaço no rosto.
Você solicitou exames para auxiliar no diagnóstico, que revelaram uma grande concentração
de proteínas na urina da paciente, a chamada proteinúria, que é um indicativo de
comprometimento renal.
2 - A paciente observou o aumento progressivo da sua pressão arterial. Nesse contexto, qual
AUTOESTUDO
Acesse https://www.youtube.com/watch?v=I9Rf2qf4rvs
Nesta aula, vamos falar sobre as funções dos rins e do Sistema Urinário (Excretor)
e sobre a anatomia macroscópica dos rins.