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UNIVERSIDADE PAULISTA

FACULDADE NATALENSE DE ENSINO E CULTURA


CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

JEFFERSON SILVA DE MORAIS - UP22210391


FRANCWALLISON MOREIRA DE LIMA - UP22208758
JOSÉ HENDRICH SILVA DO NASCIMENTO - UP22128945
TIAGO SINEZIO DAS CHAGAS - UP22121950

FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO

NATAL/RN
2023
JEFFERSON SILVA DE MORAIS - UP22210391
FRANCWALLISON MOREIRA DE LIMA - UP22208758
JOSÉ HENDRICH SILVA DO NASCIMENTO - UP22128945
TIAGO SINEZIO DAS CHAGAS - UP22121950

FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO

Trabalho apresentado como requisito parcial


para obtenção de nota no curso de bacharel
em Educação Física, UNIP/FANEC.

Orientador: Prof. Esp. Dianny Alves dos Santos

NATAL/RN
2023
1 INTRODUÇÃO

A fisiologia é o ramo da ciencia que estuda as funções mecânicas,


físicas e bioquímicas dos seres vivos. Nesse contexto ela envolve a
compreensão das funções celulares, teciduais, órgãos e sistemas de
organismos.
Nesse âmbito, ressalta-se que as funções fisiológicas dos sistemas
respiratório, circular, reprodutor, regulador hormonal, digestório, metabólico,
e todos os sistemas que compõem o corpo humano (TORTORA, 2000).
Deste modo, nesse trabalho será abordado o sistema urinário, sua
anatomia fisiológica, sem deixar de lado a parte renal e ainda
superficialmente o sistema urinário feminino e masculino.
Já de partida no tema, afirma Fox (2007) que o sistema urinário é
responsável pela filtração do sangue, eliminando resíduos não necessários
ao corpo humano.
Um dos principais objetivos é compreender que sistema é esse,
estudar suas funções, a anatomia do sistema urinário e compreender as
funções dos órgãos que abrangem o sistema, ou seja, os rins, ureteres,
bexiga urinária e a uretra.
A metodologia utilizada nesse trabalho foi a pesquisa em referencial
bibliográfico com a utilização do método dedutivo.

2 FUNÇÕES GERAIS DO SISTEMA URINÁRIO

A função principal do sistema urinário é de excreção de metabólitos


nocivos ao corpo ou produtos que se encontram em excesso. Além dessa
importante função, o sistema urinário ainda desempenha as funções de
regulação da osmolalidade, das concentrações de solutos e água nos líquidos
corporais, do pH e da pressão arterial. Estas funções são desempenhadas
graças a sua capacidade de promover a filtração do plasma e formar urina
(TORTORA, 2000).
Segundo o entendimento do referido autor, o sistema urinário retira do
organismo, através da urina, as substâncias em excesso e os produtos
residuais do metabolismo, contribuindo para a manutenção da homeostase, ou
seja, da composição química do meio interno. Uma vez que a urina é produzida
nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada, e é lançada
ao exterior por meio da uretra
Em suma, o Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela
produção e eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do
sangue que circula no organismo.
Ainda tem a função de equilibrar a composição química dos fluidos
corporais, regula o volume de pH e PA do sangue (TORTORA, 2000).

3 ANATOMIA FISIOLÓGICA DO SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário é formado por um par de rins, dois longos ductos,


denominados ureteres, a bexiga urinária e a uretra (Fig. 1). É exatamente
nesse par de rins que a urina é formada e transportada pelos ureteres até a
bexiga, onde é armazenada, podendo chegar ao milite de armazenamento
em torno de 200 a 300 ml de urina (FOX, 2007).
Com o enchimento da bexiga há um estiramento das suas paredes
ativando um reflexo mecânico coordenado que culmina na excreção do
liquido pela uretra, processo esse denominado micção.

Fig 1. Sistema Urinário


Na anatomia fisiológica do aparelho urinário, uma órgão de extrema
importância e que requer uma atenção especial são os rins, e desta forma
separamos um tópico exclusivo para este.
As vias urinárias são formadas por bexiga, ureteres e uretra, conforme
exposto na figura 1, deste modo, nos cabe abordar o que é cada órgão. A
Bexiga Urinária é um Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está
situada na parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que
chega dos ureteres. Portanto, a bexiga recebe e armazena temporariamente a
urina e quando o volume chega a mais ou menos 300 ml, os sensores
nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao sistema nervoso,
fazendo com que tenhamos vontade de urinar (FOX, 2007).
O supracitado autor afirma que na parte inferior da bexiga, encontra-se
um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a micção. Quando
a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em direção a
uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima de
urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.
Outro órgão são os Ureteres, sendo este dois tubos de
aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a urina dos rins
para a bexiga. E há ainda a Uretra, este é um tubo muscular, que conduz a
urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de
comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina mede cerca de
20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma (FOX,
2007).

4 ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS RINS

Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade


abdominal, localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor
vermelho - escuro e têm o formato semelhante ao de um grão de feijão e do
tamanho aproximado de uma mão fechada (COSTANZO, 2007).
Fig. 2 – Localização anatômica dos Rins

Os rins são envolvidos por tecido adiposo, o qual confere proteção


contra choques. Possuem uma cápsula de tecido conjuntivo denso, com muitos
miofibroblastos na porção interna. Exibem uma borda lateral convexa e uma
borda medial côncava, na qual se situa o hilo. Neste entram e saem os vasos
sanguíneos e linfáticos e os nervos e emerge a pelve renal, a parte superior e
expandida do ureter (COSTANZO, 2007).
Os rins podem ser divididos em: córtex e medula. O córtex possui
estruturas vasculares, os corpúsculos renais (ou de Malpighi), onde o sangue é
filtrado. O fluido formado percorre um sistema tubular nas regiões cortical e
medular, onde sofre modificações e torna-se a urina. Os túbulos da medula,
devido ao seu arranjo e à diferença de comprimento, constituem estruturas
cônicas, as pirâmides medulares. A base da pirâmide medular situa-se no limite
corticomedular, e o ápice (papila) é voltado para o hilo. Uma pirâmide medular
e o tecido cortical adjacente constituem um lobo renal (GUYTON; HALL, 1998).
O autor acima citado afirma que os rins se ligam ao sistema
circulatório através da artéria renal e da veia renal, e com as vias urinárias
pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas que formam
pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é envolvido
por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula de
Bowman.
Fig. 3 – Detalhe de um Rim, mostrando em detalhe o Néfron.

A unidade básica de filtragem do sangue é chamada néfron, que é


formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal. Forçado
pela pressão sanguínea, parte do plasma (água e partículas pequenas nela
dissolvidas, como sais minerais, ureia, ácido úrico, glicose) sai dos capilares
que formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para
o túbulo renal (FOX, 2007).

5 FORMAÇÃO DA URINA E SUAS ETAPAS

Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas no


líquido acumulado no processo de filtragem sanguínea, atravessam a parede
do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o que resta nos
túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia, ácido
úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Desta forma a urina
é montada dentro do néfron (Fig 4) (FOX, 2007).
Fig. 4 – Formação da Urina

Insta ressaltar o néfron é a unidade funcional dos rins. Cada rim é


constituído por aproximadamente um milhão de néfrons. De uma maneira
geral, eles são associações de vasos sanguíneos e túbulos renais que tem a
função de filtrar o sangue. Anatomicamente, cada néfron é constituído por duas
partes principais: o glomérulo, onde ocorre a filtração de grande quantidade de
líquido, e um longo (GUYTON; HALL, 1998).
Etapas da formação de urina pelos rins determina-se a partir da Filtração
Glomerular – É a 1º etapa na formação da urina. Nesta etapa ocorre filtração
de grande quantidade de líquido através da membrana do capilar glomerular
para a cápsula de Bowman; - Reabsorção Tubular – Nesta etapa, água e
alguns solutos são reabsorvidos dos túbulos para o sangue; - Secreção Tubular
– Nesta última etapa ocorre a secreção de substâncias do sangue para os
túbulos. Portanto, baseado no que foi visto acima, você pode inferir que a
intensidade de excreção urinária (IE) de uma substância qualquer é resultante
da relação entre estas três intensidades: filtração glomerular (IF), reabsorção
tubular (IR) e secreção tubular (IS), sendo representada pela seguinte fórmula:
IE = IF – IR + IS (GUYTON; HALL, 1998).

6 SISTEMA URINÁRIO FEMININO E MASCULINO

O sistema urinário masculino (Fig. 5), difere do feminino na medida em


que a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é
utilizado para liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três
partes: prostática, cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede
aproximadamente 20 cm e estende-se do orifício uretral interno na bexiga
urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis (GUYTON; HALL,
1998).

Fig. 5 - Anatomia Masculina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.

.
Fig. 6 - Anatomia Feminina mostrando os órgãos do sistema urinário e reprodutivo.

O canal da uretra no sistema urinário feminino (Fig. 6), que


estende-se da bexiga ao orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o
masculino, medindo aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia
feminina, canal da uretra curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas
mulheres GUYTON; HALL, 1998).

7 DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO

Algumas das doenças mais comuns do sistema urinário ou sistema


excretor podem afetar tanto homens quanto mulheres, sendo que algumas são
mais incidentes no sexo feminino devido às suas características anatômicas.
Esse é o sistema do corpo que lida com a expulsão de todo o lixo que produz
do corpo humano. Este processo é feito através do sistema urinário, pulmões,
fígado e pele.
Diversas enfermidades são associadas ao sistema urinário, uma vez
que é a parte do sistema excretor responsável pela produção, armazenamento
e descarte de urina, e este é composto rins ou nas vias urinárias (dois
ureteres, bexiga e uretra). Nesse sentido, Guyton e Hall(1998), afirmam que
as mais comuns: infecções urinárias são mais incidentes em mulheres devido
ao tamanho da sua uretra, que é bem menor que a dos homens e fica mais
próxima do ânus, onde a quantidade de bactérias é maior. Esse quadro é
caracterizado pela proliferação de alguma bactéria, fungo ou microrganismo na
uretra, o que pode causar urgência para urinar, dores e queimação ao eliminar
urina. Pode ser causado por diversos motivos, mas costuma ser mais
recorrente após relações sexuais, quando a proliferação de bactérias é maior.
O quadro pode ser caracterizado de três formas diferentes: cistite
(quando atinge a bexiga), uretrite (quando atinge somente a uretra) e nefrite
(quando chega nos rins). A nefrite seria a mais grave, podendo causar
sintomas como febre e presença de sangue na urina. Em muitos casos a
infecção se cura naturalmente, mas quando persistir, é importante procurar a
ajuda de um urologista para fazer o tratamento com antibióticos GUYTON;
HALL, 1998).

Fig. 7 - Infecção do sistema Urinário: cistite, uretrite e nefrite

O cálculo renal, que é o famigerado pedra nos rins, costumam surgir de


forma repentina em pessoas que possuem pré-disposição para a doença. Eles
podem ser formados por diferentes substâncias e geralmente aparecem
quando existe um acúmulo de determinada composição no organismo, como o
cálcio, que costuma ser o tipo mais comum. Quando os cálculos começam a se
formar, o paciente sente fortes dores na região lombar e no abdômen, as
chamadas cólicas renais. Dependendo do tamanho da pedra, é possível
eliminá-la com ajuda de medicamentos, mas quando presentes em grandes
quantidades, pode ser necessário uma intervenção cirúrgica. GUYTON; HALL,
1998).

Fig. 8 – Esquema da formação e localização de um cálculo no rim.

A insuficiência renal é uma doença extremamente grave que também se


encaixa como uma das mais comuns de se ver no consultório, então é um
problema que todos estamos sujeitos. Ela é caracterizada pela dificuldade dos
rins de filtrar o sangue e eliminar as substâncias nocivas do organismo. Dessa
forma, esse excesso começa a causar outras doenças e sintomas como
aumento da pressão arterial e acidose sanguínea. GUYTON; HALL, 1998).
Quando diagnosticada de forma precoce, a insuficiência pode ser
revertida com a ajuda de medicamento e mudanças nos hábitos alimentares, a
fim de evitar complicações até que o quadro esteja controlado. Em casos mais
graves, uma hemodiálise pode ser necessária para que o sangue possa ser
filtrado. Independentemente da situação, é indispensável procurar ajuda de um
urologista.
CONCLUSÃO

O sistema urinário desempenha um papel fundamental na manutenção


da corporal e alterações na sua função podem comprometer o desempenho da
atividade de vários tecidos.
Os objetivos desse trabalho foram alcançados diante da perspectiva de
compreender que esse sistema tem a função específica de acumular e filtrar
as impurezas do corpo, e ainda identificar anatomicamente e
fisiologicamente esse sistema, ou seja, os rins, ureteres, bexiga urinária e a
uretra.
Esse trabalho foi e extrema importância para nós acadêmicos de
educação física, pois dessa forma nos tornamos capazes de compreender
esse sistema, e ainda mais cientes que muito há o que ser estudado e
pesquisado nesse âmbito de compreensão fisiológica do corpo humano.

REFERENCIAS UTILIZADAS

COSTANZO, L. S. Fisiologia, 3 ed. Rio de Janeiro-RJ: Elsevier, 2007.

FOX, S. I. Fisiologia Humana, 7 ed. Baurueri-SP: Manole, 2007.

GUYTON, A. C., HALL, J. E. Fisiologia Humana e Mecanismos das


Doenças, 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998.

TORTORA, G. J. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 4 ed.


Porto Alegre: Artes medicas. 2000.

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