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História Geral – Aula 15: Reformas Religiosas – parte 1 - Luteranismo

Prof. Rodolfo Neves

A Reforma Luterana (1517-1555)

Em um mundo no qual a compartimentalização da religião e da vida era Martinho Lutero (Eisleben, 1483-1546)
inconcebível, catástrofes naturais, como fomes e pestes, mudanças sociais Família: primeiro de sua família a cursar a Universidade
rápidas relacionadas ao desenvolvimento econômico e urbano, e, ainda, Formação: Universidade de Erfurt (bacharel e mestre em Artes)
incertezas religiosas causadas pelo cisma e pela corrupção da Igreja eram - 1505: entrou para o Mosteiro de Erfurt (Mosteiro Negro)
percebidos como integrantes de um universo cujo centro, a Igreja, não era - 1512: Doutor Juramentado da Escritura Sagrada
mais estável. - 1513: Professor na Universidade de Wittenberg (Saxônia)
LINDBERG, 2017, p. 50 Após ter discutido repetidamente sobre pecados insignificantes com meu
confessor, às vezes ele me dizia: "Você é tolo (...) Deus não está irado com
Contexto: você, é você que está irado com Deus".
- Absolutismo Monárquico (LW, 54, p. 15)
- Crise do feudalismo
- Expansão do capitalismo A teologia de Lutero: o que é a fé?
- Crise do poder universal da Igreja Católica - Fé: confiança que temos na promessa da aceitação de Deus a despeito de
- Ascensão dos poderes nacionais sermos inaceitáveis
- Pecado: é teológico, ou seja, não é fazer coisas ruins (ética), é não confiar
Definição: na herança de Deus (teologia)
- Quebra do monopólio católico sobre o cristianismo na Europa ocidental. - Ser humano: é indivisível em carne (indivíduo) e Espirito (Deus)
- Viver segundo o Espírito: não é mortificar a carne, é confiar integralmente
Causa: crise moral do clero na graça de Deus
- Venda de indulgência
- Comércio de investiduras leigas

Causa: crise intelectual da ICAR

- Peste Negra
- Renascimento Cultural
- Grandes Navegações
- Imprensa
A teologia de Lutero: a relação entre a lei e a Graça
- Lei: demandas e condições = linguagem do pacto ("se...então")
Causa: crise teológica da ICAR: Crise interna à ICAR
- Evangelho: Graça = comunicação da promessa = linguagem do testamento
- Conflito entre o clero regular e o clero secular
("porque...portanto")
- Duas visões sobre a Igreja: visão institucional X Igreja Invisível (fiéis)
- Disputa teológica: Tomismo (Tomás de Aquino) X Agostinianismo
"Porque eu lhe amo, vou me comprometer com você"
(Agostinho)
- Deus se comprometeu a nos amar, independentemente de qualquer
condição, incluindo sua morte por nossas mãos ("Amai-vos uns aos outros
como eu vos amei")

As duas reformas:

A indulgência na época de Lutero

- Teologia da indulgência: deriva do sacramento da penitência
- Batismo: incorporação à comunidade de peregrinos da Igreja
- Peregrino: em viagem para seu verdadeiro lar (Cidade Celestial / Deus)
- Eucaristia: nutre a alma do peregrino durante a viagem
- Tentação: perigos mundanos que levam ao naufrágio do peregrino
- Penitência: segunda tábua de salvação depois do naufrágio do pecado
- Origem da palavra: poena = punição, compensação, satisfação, expiação,
penalidade
- Indulgência: substituição da penitência por um cálculo de equivalência da
Lutero além das 95 teses pena
1. O papado de Roma (junho de 1520), obra na qual estabeleceu as bases
de sua eclesiologia e do protestantismo: “O reino de Deus está em nós” e a
verdadeira Igreja é “a cristandade espiritual interior”; a igreja visível é uma
instituição puramente humana.
2. O apelo à nobreza cristã da nação alemã (agosto de 1520), obra na qual
ataca as três muralhas da romanidade: a) a pretensa superioridade do
poder pontifício sobre o poder civil (a Igreja só tem autoridade espiritual);
b) o direito que se arroga o Papa de sozinho interpretar as escrituras; c) a
superioridade do Papa sobre os concílios.
FALCON, F. e RODRIGUES, A. E. A formação do mundo moderno: a construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2006, p. 134.

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A Tesouraria da Graça (criada pela ICAR no séc. XIII)
- Méritos acumulados de Cristo e dos Santos (principalmente monges), que
por serem supérfluos aos seus merecedores originais, estavam disponíveis
aos pecadores
comuns da Igreja e poderiam ser obtidos como indulgência através de
obras meritórias contabilizadas no "livro contábil do além"
- Vendedores de indulgências: Johann Tetzel (1465-1519) = transformou a
indulgência em bilhete de entrada para o céu
- Oposição de Lutero às indulgências: 95 Teses (obra acadêmica, em latim).
Uma pausa para entender o SIRG...
As Eleições No Sacro Império Romano Germânico
1356: Bula de Ouro, a Magna Carta do particularismo alemão
- Concedeu autonomia a 7 regiões do Império, os eleitores:
a. Ducado da Saxônia
b. Marca de Brandemburgo
c. Reino da Boêmia
d. Condado Palatino do Reno
e. Arcebispados de Colônia, Tréveris e Mainz
- Isentos da jurisdição imperial
- Papa: não participava das eleições
- Compra de votos: prática comum, financiada por banqueiros como os
Fugger
- Eleição de 28/06/1519: Carlos V (Habsburgo) derrotou os Hohenzollerns.
- Problemas da eleição:
1.Capitulação da eleição: limitação aos poderes imperiais por dietas.
2.Dívida dos Habsburgos: 1 milhão de moedas de ouro (Fugger)
3.Carlos V: "Herdou tudo sem conquistar nada".
Frederico III, eleitor da Saxônia: o protetor de Lutero
Universidade de Wittenberg: orgulho de Frederico, ele protegia seus
professores ("Ninguém queimará um professor de minha universidade").
Lutero: pede apoio e proteção para Frederico, sugerindo, no lugar da
viagem a Roma, um debate na Alemanha, diante de um juiz imparcial e de
um grupo de teólogos universitários.
1518: Frederico organiza em Augsburgo, uma audiência entre Lutero e o
cardeal Caetano, exigindo que nenhuma sentença definitiva fosse arbitrada
na reunião.
Papa Leão X: precisava do apoio de Frederico para realizar uma cruzada
contra os turcos.
Resultado: Caetano não ouve Lutero exigiu a sua retratação imediata.
- Lutero, temendo ser preso e enviado a Roma, fugiu de Augsburgo.
18/12/1518: Frederico decidiu que Lutero não seria preso e exilado a
menos que fosse ouvido.
O Debate de Leipzig: 1519
04/07/1519: Debate em Leipzig entre Lutero, auxiliado por Karlstadt e
Melanchthon, contra João Maier de Ingolstadt
"Lutero declarou, sem reservas, que não somente o papado, mas também
os concílios da Igreja, podiam errar. Isso tornou a reconciliação com a
Igreja Romana praticamente impossível, levando à sua excomunhão"
(LINDBERG, 2017, p. 114)
15/06/1520: Bula Exsurge Domine: excomunhão de Lutero (e execução
caso ele não se retratasse em 60 dias após a entrega da bula).
Resposta de Lutero: a queima da bula em 10/12/1520
A Dieta de Worms
Carlos V: ao ser eleito imperador do SIRG, jurou que nenhum súdito seria
condenado sem uma audiência em solo imperial por um tribunal imparcial.
Resultado: Dieta de Worms (28/01 a 25/05/1521)
- Salvo conduto a Lutero até a cidade de Worms
- Debate com um enviado de Roma, o núncio papal Aleandro
- Tema da Dieta: a retratação de Lutero perante o papado
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"A menos que seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou por uma
razão clara (...), sou limitado pelas Escrituras que citei e por minha
consciência, cativa à Palavra de Deus. Não posso me retratar de nada,
nem mesmo o farei, uma vez que não é seguro, nem correto, agir contra a
consciência. Não posso agir de outra forma: esta é a minha posição, que
Deus me ajude, Amém."
(LW, 32, p. 112-13)
As reações à declaração de Lutero em Worms
O Édito de Worms:
- Príncipes do SIRG: alguns dos maiores príncipes do SIRG defenderam a
posição de Lutero.
- Carlos V: temia se opor ao papado e ser acusado de heresia
- Resultado: Édito de Worms (25/05/1521)
a. Banimento imperial de Lutero
b. Condenação dos escritos luteranos como heréticos
- Resposta de Lutero: decidiu resistir, apelando a Frederico e ao povo para
protegê-lo
No exílio, a tradução da Bíblia: a Bíblia em alemão
- Tradução acadêmica, não "palavra por palavra", mas "sentido por sentido"
- Quebra do monopólio católico interpretativo da Bíblia pela Igreja Romana
- A tradução durou três meses, feita a partir de escritos hebraicos e gregos
- Foi publicada em Wittenberg em setembro de 1522 (septembertestament)
- Não foi a primeira tradução da Bíblia para o alemão, mas foi a primeira
feita com um meticuloso trabalho de revisão teológica.
- A ideia teológica do texto deve suplantar a natureza da linguagem isolada.
“A tradução bíblica em alemão não foi a primeira. Havia mais de uma
dúzia de traduções antes dela, mas todas escritas com um alemão pobre e
traduzidas a partir da Vulgata (ou seja, de traduções que se originavam de
outra tradução, não dos textos originais em hebraico e grego). A
preocupação de Lutero era chegar tão perto do texto original quanto
possível. (...) Lutero trabalhou continuamente para tornar a Bíblia mais
acessível a leigos por meio de traduções (...) e até mesmo uma versão de
"letra grande", destinada a pessoas com visão debilitada.”
(LINDBERG, 2017, p. 117)
A Reforma e o celibato: Luteranismo e o casamento clerical
- Além disso, criticava a ideia de superioridade moral da vida monacal
- Vida secular e regular diferiam na forma, não no conteúdo (somos todos
pecadores)
- Por último, não havia base evangélica para se proibir o casamento clerical
- O casamento clerical teve dois efeitos práticos na vida social da época:
a. Solução para o conflito pessoal de clérigos que tinham família
b. Permitir que mulheres se destacassem na vida religiosa de forma ativa
Os primeiros casamentos clericais evangélicos não foram legitimações
tácitas de relações com concubinas, mas sim atos propagandistas e
demonstrações da Teologia da Reforma
(LINDBERG, 2017, p. 129)
A Reforma e a missa: as mudanças reformistas na missa
- Abolição do culto de imagens
- Poderia ser celebrada por um leigo
- Distribuição da hóstia e do vinho na comunhão
- Eucaristia sem confissão prévia (o exame de consciência)
- Dois sacramentos: o batismo e a eucaristia
A Reforma do "homem comum"
Thomas Müntzer: teólogo espiritualista e místico
a. Defendia uma reforma radical
b. Exigia o martírio e o ascetismo como lutas contra o desvio da vida
material
c. Demandava o fim de todas as distinções feudais ("Somos todos irmãos")
d. Acreditava que revelações eram feitas por sonhos e visões
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e. Defendia uma revolução do homem simples contra os poderosos
f. Criticava os teólogos por afastar o povo da verdadeira revelação da
Palavra
g. Lutero era a ordo verborum e a verdade residiria na ordo rerum
A Revolução do Homem comum: Guerras dos Camponeses (1524-26)
Homem comum: camponês, minerador e cidadãos sem voz e poder de voto
Contexto: "estômagos vazios e cabeças cheias"
a. Revoltas no sul da Alemanha, influenciadas pela reforma de Zuínglio
b. Enfraquecimento militar do sul (Liga da Suábia) devido ao envio de
tropas, a pedido de Carlos V, para a luta contra Francisco I, rei da França
c. 24/02/1525: derrota de Francisco I = maior repressão à Guerra dos
Camponeses
d. Fevereiro a maio de 1525: principais conflitos da Guerra dos
Camponeses
Causas da derrota dos revoltosos: "A profissionalização da guerra colocava
'soldados de final de semana' em posição de severa desvantagem".
Lutero e a Guerra dos Camponeses: A resposta de Lutero aos 12 Artigos
12 Artigos: publicação de pregadores leigos ligando a reforma da fé
diretamente às reformas social e econômica.
"Se Deus está disposto a ouvir o clamor sincero dos camponeses,
permitindo-lhes o desejo de viver segundo sua Palavra, quem ousará lhe
negar a vontade? (...) Não ouviu Deus o clamor dos filhos de Israel e os
livrou das mãos do faraó? Não pode Deus salvar o seu povo também hoje?
Sim, Deus o salvará - e logo!"
Os Doze Artigos: artigos justos e fundamentais de todo camponês e inquilino sujeito a poderes espirituais e temporais,
pelos quais se sentem oprimidos
Lutero: adverte os príncipes que se não ocorrer uma mudança na postura
dos atuais governos, uma revolução poderá destruir a Alemanha e responde
aos 12 Artigos com o texto Exortação a paz: resposta aos 12 artigos dos
camponeses da Suábia
A resposta de Lutero à violência da guerra:
Lutero: criticou fortemente a violência da guerra e de revoltas, ressaltando
que o Evangelho não poderia ser reivindicado como justificativa para
assassinatos e questões da lei temporal
"Rebeliões não são como um assassinato, mas como um grande incêndio
que ataca e devasta todo um país, deixando, atrás de si, lastros de
homicídio e derramamento de sangue. Rebeliões geram viúvas e órfãos,
virando tudo aos avessos, como um grande desastre. Nesse caso,
portanto, quem puder deve esmagar, trucidar e apunhalar [rebeldes],
secreta e abertamente, lembrando-se de que nada pode ser mais
venenoso, prejudicial e diabólico que um rebelde. É o mesmo que ter que
matar um cachorro raivoso: se não o fizer, o cão atacará a ti e a outros."
Contra as hordas de ladrões e assassinos camponeses
A Dieta de Speyer (Spira - 1526): a reunião para concordar em discordar
- Decidiu que cada território ou cidade era livre na questão religiosa e
política.
- Estabeleceu um direito à Reforma (jus reformandi).
- Tentativa dos príncipes em estabelecer e controlar a Reforma.
"A Reforma precisava ser despida de seu poder de criar perturbações
sociais e políticas, algo que os governantes conseguiram fazer ao tirá-la
das comunidades e torná-la assunto de Estado."
(LINDBERG, 2017, p. 266)
A nova Dieta de Speyer (Spira- 1529): o surgimento do protestantismo
- Dieta convocada por Fernando, irmão de Carlos V.
- Objetivos: organizar a resistência ao avanço turco e conter o movimento
reformista.
- Determinava a anulação das regras de 1526 e a retomada das decisões da
Dieta de Worms de 1521 (Édito de Worms).
- Reação dos Luteranos: apresentar um protesto oficial (protestatio).
- Princípio do protesto: a obediência a Deus precede a obediência ao
governo (direito à
resistência pela consciência).
"Baseado em um princípio constitucional, o protestatio servia de ação
jurídica que protegia as minorias contra decisões majoritárias injustas"
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(LINDBERG, 2017, p. 266)
A Dieta de Augsburgo (1530) e a Confissão de Augsburgo
Carlos V de volta ao SIRG
- Carlos V estava de volta ao SIRG pela primeira vez desde 1521.
- Objetivo de Carlos V: achar uma solução conciliatória entre católicos e
protestantes.
a. Os protestantes deveriam fazer uma declaração de fé (confissão da fé) e
esta declaração seria submetida à uma refutação católica.
b. Augsburgo: cidade católica, não permitiu a entrada de Lutero, ainda
proscrito.
c. Melanchthon: principal autor da Confissão de Augsburgo
d. Objetivo de Melanchthon: demonstrar a catolicidade do movimento
reformador.
- Era uma saída diplomática para as tensões geradas pela Reforma.
e. Confissão de Augsburgo: 28 artigos, contendo os seguintes pontos
principais:
- Liberdade de consciência = recusa à autoridade papal.
- Cristão: tem a escritura como única norma de deliberações.
- Coerência: o luteranismo não tinha nenhuma contradição com as
Escrituras.
- Impacto teológico de consequências políticas.
As Consequências da Dieta de Augsburgo
Uma vitória com o sabor amargo da derrota
- A Dieta não conseguiu acabar com as diferenças entre o papa e os
protestantes, principal objetivo de Carlos V para executar seu projeto de
poder.
- Os protestantes não foram obrigados a voltar a fé católica.
- A maioria dos príncipes apoiou a volta ao Edito de Worms, que limitava a
liberdade de culto do protestantismo às condições de 1521.
- Os protestantes tinham até 15/04/1531 para se adequar ao Edito ou
retornar à fé católica.
- Diante desse cenário, os territórios protestantes começaram a se preparar
para uma guerra pelo direito de liberdade de fé, argumentando ter o direito
de defesa contra o imperador.
Salvos pelo gongo turco: a Paz de Nuremberg (1532)
- 07/1532: Carlos V declara uma trégua entre os dois grupos religiosos (Paz
de Nuremberg) para concentrar esforços na luta contra os invasores turcos.
- A Paz de Nuremberg foi renovada por mais de uma década, funcionando
como uma proteção aos protestantes e permitindo sua expansão pelo
território alemão.
- Até 1546, a maior parte do país havia aderido ao luteranismo.
- Após 1546, com o fracasso das tentativas de uma paz entre os grupos por
meio de diálogos e de concílios gerais, uma nova guerra eclode: a Guerra de
Schmalkalden, envolvendo o imperador e o papa contra os protestantes.
- Confissão de Magdeburgo (1550): primeira justificativa protestante do
direito à defesa contra autoridades superiores injustas.
A confissão de Magdeburgo destila e estende, de modo incisivo, os
ensinamentos luteranos mais radicais em termos de resistência à tirania
política [...] O próprio Lutero caminhava nessa direção na década de 1530.
Contudo, a síntese agressiva desses argumentos em um tratado breve
sobre teoria da resistência representou uma conquista intelectual
impressionante, além de o ser também em termos de conquista política,
uma vez que, com o tempo, mudou a opinião popular contra o imperador
(...).
(LINDBERG, 2017, p. 276.)
A Paz de Augsburgo (1555): muitos interesses, um documento
- Tanto príncipes católicos quanto protestantes queriam aumentar seus
poderes de autonomia frente ao papa e ao imperador.
- Resultado: uma declaração de "paz pública" e provisória.
"O resultado foi uma 'paz pública' provisória, constituída com base em
concessões políticas que reconheciam, ao menos por um tempo, a
futilidade da imposição de uma solução religiosa, mas que, ainda assim,
pressupunha a validade medieval de um corpus Christianum: uma única
Igreja, um único império. A paz foi ditada por percepção e realidade
política, e não como consequência de qualquer senso de tolerância".
(LINDBERG, 2017, p. 278)
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Cláusulas da Paz de Augsburgo:
a. Segurança pessoal e jurídica aos Estados Imperiais católicos e
protestantes.
b. Liberdade religiosa e eclesiástica aos aderentes da Confissão de
Augsburgo.
c. Soberania dos príncipes sobre assuntos religiosos:
- ubi unu dominus, ibi una sit religio = onde há um único regente, deve-se
haver uma única religião.
- 1600: cuius regio, eius religio = a religião do regente é a religião do reino.
d. Jus emigrandi: direito de emigração aos súditos que não estivessem
dispostos a aceitar a religião do reino.
- Exigia a quitação das dívidas do cidadão para com seu príncipe.
- Em diversos casos, foi utilizado como instrumento de expulsão de fiéis.
- Levou ao desenvolvimento do criptoprotestantismo e do
criptocatolicismo.

A abdicação de Carlos V
- Após a aprovação da Paz, Carlos V abdicou do trono do SIRG.
- Em 1556, retirou-se para o mosteiro de São Jerônimo de Yuste, na
Espanha.
- Faleceu em 1558.

Bibliografia:
1. CARTER, L. História da Reforma. 4a ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson
Brasil, 2017.
2. BARRET, M. Teologia da Reforma. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil,
2017.

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Exercícios:
1. (Uece 2022) Em 1517, na Alemanha, o monge agostiniano Martinho
Lutero publicou suas noventa e cinco teses, o que deu início ao processo
conhecido como a Reforma Protestante. No que diz respeito a esse
movimento, assinale V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se
afirma a seguir.
( ) Martinho Lutero condenava, em suas teses, a venda das indulgências
pela Igreja Católica.
( ) Para contrapor-se ao poder da Igreja Católica, os protestantes também
criaram uma Igreja unificada e poderosa.
( ) Embora discordando de vários pontos da doutrina católica, os
protestantes adotaram os mesmos sacramentos que os católicos.
( ) A Doutrina da Justificação pela Fé era a doutrina central dos luteranos.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) F, V, V, F.
b) V, F, F, V.
c) V, V, F, V.
d) F, F, V, F.
2. (Pucrj 2022) Considere o texto a seguir.
“Em 31 de outubro de 1517, na véspera do dia de Todos os Santos, Lutero
fixou 95 Teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg. [..] Em suas 95
teses, Lutero questiona e critica a extensão do poder do Papa,
manifestando-se contra o comércio de indulgências, desencadeando
questões de alcance religioso e intelectual, que se refletiram nos modos de
ser e pensar do homem moderno.”
Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/exposicoes/lutero-500-anos-da-
reforma/as-95-teses. Acesso em: 3 set. 2021. Adaptado.
O texto descreve
a) o processo de separação entre a Igreja Católica do Ocidente e a do
Oriente, que resultou em uma ruptura na cristandade, da qual
derivaram a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica
Ortodoxa.
b) o Renascimento, em que a contestação do domínio da religião cristã no
ocidente europeu tomou a forma de uma abordagem humanista,
racionalista e anticlerical.
c) o movimento de autonomia dos Estados nacionais europeus, que se
tornariam independentes do controle ideológico e político do Papa e da
Igreja Católica do Ocidente.
d) o momento de ruptura que levou a uma perda do monopólio da Igreja
Romana na interpretação da mensagem religiosa cristã no ocidente.
3. (Unesp 2022) São características da Reforma protestante e da
Contrarreforma católica, respectivamente,
a) a criação do Tribunal do Santo Ofício e a proibição da comercialização de
perdões e indulgências.
b) a rejeição da busca capitalista do lucro e a manutenção do dogma da
infalibilidade papal.
c) a defesa do celibato clerical e a decretação de uma listagem de livros
proibidos.
d) a justificação pela fé e o avanço do trabalho missionário e educativo.
e) a condenação da usura e a defesa da livre tradução e interpretação dos
textos religiosos.
4. (Ufpr 2022) Considerando os eventos da Reforma Protestante (iniciada
em 1517) e seus desdobramentos na Idade Moderna, uma concepção
religiosa reforçada pelos seguidores da Reforma em relação ao cristianismo
vigente na época foi a:
a) exaltação da simonia, que almejava trazer os cristãos afastados para o
cotidiano da igreja.
b) ênfase na justificação pela fé, que visava eliminar intermediários
humanos na relação com a divindade.
c) importância do celibato, que intentava preservar o clero regular da
corrupção de bens religiosos.
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d) renovação das obras de caridade, que pretendia reforçar o engajamento
dos cristãos na vida social.
e) adoção da peregrinação, que procurava aproximar os fiéis de diferentes
partes da Europa.
5. (Fuvest-Ete 2022) Lutas envolvendo crenças religiosas frequentemente
resultavam em confronto armado, culminando na Guerra dos Trinta Anos
de 1618-1648, que devastou as terras da Europa central. A orgia da
destruição mútua nesta guerra não deixou vencedores na luta religiosa, e a
manipulação cínica de questões religiosas tanto por líderes católicos quanto
protestantes mostrou que os interesses políticos eventualmente tinham
mais peso que os religiosos. A violência extrema do conflito religioso levou
líderes e pensadores políticos a procurar outros fundamentos, não
religiosos, para a autoridade governamental. Poucos argumentariam em
favor da tolerância acerca de diferenças religiosas, mas muitos começavam
a insistir que os interesses de Estado tinham de ter prioridade sobre os
desejos de conformidade religiosa.
Traduzido de: HUNT, Lynn et alii. The making of the West: peoples and
cultures. 3 ed. Boston / New York : Bedford / St. Martin's, 2010. p. 235-236.
Ao afirmar que "os interesses políticos eventualmente tinham mais peso
que os religiosos", os autores do texto pressupõem que
a) os episódios de violência entre católicos e protestantes, como a Noite de
São Bartolomeu, tinham motivações políticas e não religiosas.
b) o protestantismo se constituiu como movimento antipolítico e
antimonarquista.
c) um ambiente político de tolerância prevaleceu após o fim da Guerra dos
Trinta Anos.
d) as disputas religiosas não exerceram influência sobre o pensamento
político moderno.
e) os conflitos motivados por fatores religiosos frequentemente se davam
no contexto de disputas políticas.
6. (Fmp 2021) O trecho a seguir analisa duas obras de um dos mais
influentes autores do século XVI, à época das reformas religiosas.
1. O papado de Roma (junho de 1520), na qual estabeleceu as bases
de sua eclesiologia e do protestantismo “O reino de Deus está em
nós” e a verdadeira Igreja é “a cristandade espiritual interior”; a
igreja visível é uma instituição puramente humana.
2. O apelo à nobreza cristã da nação alemã (agosto de 1520), na qual
ataca as três muralhas da romanidade: a) a pretensa superioridade
do poder pontifício sobre o poder civil (a Igreja só tem autoridade
espiritual); b) o direito que se arroga o Papa de sozinho interpretar as
escrituras; c) a superioridade do Papa sobre os concílios.
FALCON, F. e RODRIGUES, A. E. A formação do mundo moderno: a
construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006, p. 134.
As ideias apresentadas são compatíveis com o movimento religioso
conhecido como
a) Teologia de Wycliffe
b) Igreja Ortodoxa
c) Concílio de Trento
d) Igreja Luterana
e) Catarismo
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
“As maiores descobertas/invenções da humanidade”
Um dos aspectos que diferenciam os humanos de outros seres
vivos é a capacidade de lidar com situações de maneira inteligente, criando
meios para solucionar problemas ou para, simplesmente, compreender
melhor o Universo. A busca pela inovação/descoberta levou muitos homens
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e mulheres a desenvolverem ferramentas, materiais e tecnologias tão bem- c) reafirmação da infalibilidade papal e a constituição do índice de livros
sucedidas que mudaram completamente a forma de as pessoas viverem e proibidos (Índex).
verem o mundo. d) adoção das línguas vernáculas como línguas oficiais da igreja.

Nesse sentido, a(s) questão(ões) abordarão o eixo temático “As maiores
descobertas/invenções da humanidade”.
7. (Ucs 2021) Em meados de 1455, o ourives alemão Johannes Gutenberg
realizou seu grande sonho. Após anos de pesquisas e trabalho duro, pegou
nas mãos seu trunfo em forma de livro, impresso com uma técnica inédita:
a prensa de tipos móveis. A técnica de impressão com moldes não era
novidade – já havia sido iniciada havia 14 séculos, na China, por meio da
impressão de gravuras. Mas, com a criação de Gutenberg, que moldara os
tipos em um material bem mais resistente e durável que os usados pelos
chineses, ela ficava muito mais eficaz e rápida. A impressão em massa,
possibilitada a partir daí, transformaria a cultura ocidental para sempre.
Antes dela, cada cópia de livro exigia um escriba – que escrevia tudo à mão,
página por página. Em 1424, por exemplo, a Universidade de Cambridge, no
Reino Unido, possuía apenas 122 livros – e o preço de cada um era
equivalente ao de uma fazenda ou vinícola.
Gutenberg conseguiu, com seu invento, suprir a crescente necessidade por
conhecimento da Europa rumo ao Renascimento. A partir desse feito, a
informação escrita deixou de ser exclusividade dos nobres e do clero. Até
1489, já havia prensas como a dele na Itália, França, Espanha, Países Baixos,
Inglaterra e Dinamarca. Em 1500, cerca de 15 milhões de livros já haviam
sido impressos.
Disponível em:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/prensa-gutenberg-
435887.phtml. Acesso em: 22 fev. 2021. (Adaptado.)
Levando em consideração seus conhecimentos em História e os impactos da
técnica de impressão criada por Gutenberg, é correto afirmar que a
a) invenção da imprensa, associada à tradução da Bíblia para o alemão, feita
por Lutero, provocou uma grande difusão do protestantismo na
Alemanha.
b) consequência das novas técnicas de impressão foi o desaparecimento
das gravuras, que deram lugar a uma nova manifestação de arte gráfica:
as iluminuras.
c) transformação proporcionada pela revolução da imprensa foi facilitada,
principalmente, pelo fato de a grande maioria da população europeia já
ser alfabetizada no século XVI.
d) invenção da imprensa deu à Igreja Católica acesso a diversas obras, já
que até então as bibliotecas eram praticamente monopólio das realezas
europeias.
e) invenção dos tipos móveis de metal tornou possível a rápida difusão de
livros e desencadeou a criação do Tomismo e da Escolástica.
9. (Enem 2020) Dois grandes eventos históricos tornaram possível um caso
como o de Menocchio: a invenção da imprensa e a Reforma. A imprensa lhe
permitiu confrontar os livros com a tradição oral em que havia crescido e
lhe forneceu as palavras para organizar o amontoado de ideias e fantasias
que nele conviviam. A Reforma lhe deu audácia para comunicar o que
pensava ao padre do vilarejo, conterrâneos, inquisidores – mesmo não
tendo conseguido dizer tudo diante do papa, dos cardeais e dos príncipes,
como queria.
GINZBURG, C. O queijo e os vennes: o cotidiano e as ideias de um moleiro
perseguido pela Inquisição. São Paulo: Cia, das Letras. 2006.
Os acontecimentos históricos citados ajudaram esse indivíduo, no século
XVI, a repensar a visão católica do mundo ao possibilitarem a
a) consulta pública das bibliotecas reais.
b) sofisticação barroca do ritual litúrgico.
c) aceitação popular da educação secular.
d) interpretação autônoma dos textos bíblicos.
e) correção doutrinária das heresias medievais.
10. (Enem PPL 2020) No início do século XVI, as relíquias continuavam
protegendo edifícios e cidades, promovendo curas milagrosas, sendo
levadas em solenes procissões pelas ruas, sacralizando altares de igrejas por
toda a Europa, em uma notável continuidade em relação ao papel que
haviam desempenhado havia mais de mil anos no continente. Mas, em
meados daquele século, essa situação tinha se transformado. O culto às
relíquias foi fortemente repudiado pelos reformadores protestantes, que
pregavam uma igreja invisível.
CYMBALISTA, R. Relíquias sagradas e a construção do território cristão na
Idade Moderna. Anais do Museu Paulista, n. 2, jul.-dez. 2006.
A nova abordagem sobre a prática indicada no texto fundamentava-se no(a)
a) abandono de objetos mediadores.
b) instituição do ascetismo monástico.
c) desprezo do proselitismo religioso.
d) revalorização dos ritos sacramentais.
e) consagração de preceitos populares.

8. (Ufu 2020) Com a polarização teológica e política surgida a partir do

protestantismo em princípios do séc.16, a Igreja Católica viu-se diante da
necessidade de examinar suas próprias doutrinas e liturgias, tendo como
evento máximo o Concílio de Trento; no sínodo, tanto a doutrina quanto as
relações políticas nos locais de domínio católicos são reafirmadas, porém
com a constatação de que seu ensinamento e manutenção devessem
ocorrer de maneira mais “eficiente”, constatação essa que ia ao encontro
de um campo fundamental da filosofia e da cultura, isto é, o campo da
Retórica.

Saviani, Benjamim. Mecanismos de linguagem nas artes durante a

contrarreforma. Pós v.22 n.38. São Paulo: dezembro, 2015. p. 194.

Dentre as principais decisões tomadas no contexto da chamada Reforma

Católica ou Contrarreforma, é INCORRETO afirmar que houve
a) reafirmação da necessidade das boas obras como meio para se alcançar a
salvação.
b) confirmação de sete sacramentos.

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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[B]
Em 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero, iniciou a Reforma
Protestante, rompendo com o catolicismo. Em suas 95 teses, Lutero criticou
as indulgências praticada pelos católicos. A religião Luterana defende a
ideia da Justificação pela fé, a salvação acontece pela fé e não por obras.
Diferente dos católicos, os protestantes defendem dois sacramentos:
Batismo e Eucaristia. Surgiram outras religiões protestantes na Europa
como a Calvinista e Anglicana. Gabarito [B].
Resposta da questão 8:
[D]
A Reforma Protestante teve início em 1517 com Martinho Lutero, a partir
daí surgiram diversas religiões, tais como, Luteranismo, Calvinismo e
Anglicanismo, cujo cultos ocorriam nas línguas nacionais. A Contrarreforma
foi a reação da igreja católica que foi caracterizada, entre outras medidas,
pelo Concílio de Trento. Nesse encontro, a igreja manteve os dogmas
católicos e a missa permaneceu em latim. Gabarito [D].
Resposta da questão 9:
[D]

Resposta da questão 2: A invenção da imprensa, no século XV, e a Reforma Luterana – que defendia
[D] a tradução da Bíblia para diversas línguas e o livre exame da Bíblia – foram
fatores que possibilitaram às pessoas a partir do século XVI interpretar a
O texto descreve o início da Reforma Protestante, movimento que quebrou Bíblia de maneira autônoma e contestar o poder da Igreja Católica.
a unidade da Igreja Católica na Era Moderna, levando ao surgimento de
novas religiões, como o Luteranismo. Resposta da questão 10:
[A]
Resposta da questão 3:
[D] [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
A prática indicada no texto de culto às relíquias alterou-se pela mudança da
A justificação pela fé era um dogma do Luteranismo, a primeira religião configuração religiosa, bem como na transformação do papel da religião na
protestante a surgir. E o trabalho missionário foi uma das resoluções do sociedade europeia, tornando-se cada vez mais algo do âmbito privado.
Concílio de Trento, marco da reação da Igreja Católica ao protestantismo.
Através da criação da CIA de Jesus, ficou definido que os jesuítas ajudariam [Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
na catequização do Novo Mundo. A Reforma Protestante trouxe consigo, dentre outras coisas, a ideia de que
a conexão entre o homem e seu Deus dependia apenas do exercício da fé,
Resposta da questão 4: dispensando intermediários (essa ideia faz parte dos dogmas do
[B] Luteranismo). Nesse sentido, as relíquias passaram a ser repudiadas.

A Reforma Protestante começou dia 31 de outubro de 1517 na Alemanha

com Martinho Lutero, um monge agostiniano, o movimento provocou mais
uma divisão dentro do cristianismo (a primeira foi com o Cisma do Oriente
em 1054 com a criação da Igreja Ortodoxa). O Luteranismo defendeu a
salvação pela fé, a Bíblia como única fonte da Verdade revelada por Deus, o
livre exame da Bíblia, contra imagens, celibato clerical e o poder papal.
Também aboliu os intermediários entre Deus e os homens. Gabarito [B].

Resposta da questão 5:
[E]

Ao longo dos séculos XVI e XVII, a Europa foi marcada por grandes conflitos
religiosos entre católicos e protestantes. Esses conflitos tinham motivações
religiosa, política e econômica conforme apontou o texto sobre a Guerra
dos Trinta Anos, 1618-1648. Gabarito [E].

Resposta da questão 6:
[D]

Os textos apontam para o pensamento de Martinho Lutero que deu início a

Reforma Protestante em outubro de 1517 na Alemanha. Esse monge
agostiniano, através das suas 95 teses e outros escritos, criticou a postura
da igreja católica que estava se distanciando dos ensinamentos da Bíblia.
Gabarito [D].

Resposta da questão 7:
[A]

A invenção da imprensa em meados do século XV pelo alemão Johannes

Gutenberg, contribuiu para a disseminação de ideias exatamente em um
contexto importante caracterizado pelo Renascimento Cultural que teve
início na Itália no século XIV. Também foi de suma relevância para a
Reforma Protestante iniciada em 1517 quando Lutero elaborou as 95 teses
e traduziu parte da bíblia para a língua alemã. Sem dúvida, a invenção da
imprensa tornou possível a propagação de pensamento corroborando para
a Reforma Protestante. Gabarito [A].

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