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Si- Mi- Lá Ré
Senhor Jesus tu és Luz do mundo
Si- Lá Ré Sol
Dissipa as trevas que me querem
Fá#
falar
Si- Mi- Lá Ré
Senhor Jesus, és luz na minha alma
Sol Mi- Fá# Si-
Saiba eu acolher o teu amor
Magnificat
[A minha alma glorifica o Senhor (canon)]
Lá- Sol Dó
O Senhor me fortalece
Fá Sol7
Ele está sempre a meu lado
Dó Lá- Mi- Fá
O Senhor que vem ao meu encontro
Ré- Lá- Sol
Vem ao meu encontro
Adoramus te Christe
Mi- Lá Si
Adoramus te Chris-te benedicimus
Mi- Ré
ti-bi,
Sol Ré Dó Si Sol Lá
quia per cru-cem tu-am rede-misti
Si Mi-
mun-dum,
Sol Ré Dó Si Sol Lá
quia per cru-cem tu-am rede-misti
Si Mi-
mun-dum.
Permanece junto de mim
De noche
Capo 2°
Lá- Fá
De noite iremos em busca
Dó Mi
Da fonte d’água viva
Lá- Sol Dó Mi
Só nos guia a nossa sede
Fá Mi
Só nossa sede nos guia
Dó Sol Dó Sol Dó Fá Lá Ré
Deixa agora o teu servo ir em paz (ir em paz),
Ré Lá- Ré Lá- Dó Sol Dó Sol
Segundo a tua palavra, Ó Senhor (Ó Senhor)
Evangelho: João 19 (?) não me lembro dos versículos mas é os da cruz e morte de Jesus
Reflexão:
A morte é o maior enigma da condição humana. Tudo o que construímos durante longos anos, tudo o que é
belo na existência humana, parece desvanecer-se em fumo no espaço de um instante. E eis que no coração
da fé cristã encontramos o símbolo de uma morte violenta.
Na realidade, desde o começo, a morte não está justamente no centro do Evangelho. A fé começa pelo
anúncio de uma Vida mais poderosa do que a morte: «Ressuscitou!» É à luz da ressurreição que a morte
toma o seu lugar na proclamação cristã.
Contemplada sob esta luz, a morte muda de sentido. Sem a confiança numa Vida além da morte, os seres
humanos ficam paralisados pelo medo, aterrorizados à beira dum abismo para o qual não ousam olhar de
frente. Mas ao consentir dar a sua vida por amor, porque levado pela certeza de uma comunhão inabalável
com o Pai, Cristo retira à morte o seu «aguilhão» (1 Coríntios 15,55), o medo do vazio: «pela sua morte ele
libertou aqueles que, pelo temor da morte, estavam toda a vida sujeitos à escravidão» (Hebreus 2,14-15).
Na companhia de Cristo, então, morrer pode tornar-se uma linguagem capaz de exprimir o dom total de si
mesmo. Pela sua existência, Jesus ensina-nos «a lei do grão de trigo»: «se o grão de trigo, caindo na terra,
não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto» (João 12,24). Esta «lei» não se aplica apenas à morte
física. Indica antes que o caminho para a Vida passa inevitavelmente por soltar amarras, renunciar a
agarrarmo-nos a todo o custo às nossas posses, a fim de irmos com Deus em direcção ao inesperado que se
encontra à nossa frente. Em nós, está essa semente portadora de vida que subsiste e que floresce apesar de
tudo.
Neste sentido, a primeira «morte» que conhecemos é o nosso nascimento, onde abandonamos o abrigo do
seio materno para enfrentar os rigores da existência. Depois, na história santa, temos o exemplo de Abraão,
chamado a deixar para trás um mundo conhecido para embarcar numa aventura com o Senhor (ver Génesis
12,1-4). Mais tarde, encontramos o exemplo do povo de Israel, que tem de atravessar as provações do
deserto para chegar à Terra prometida. A cruz é assim a revelação plena do verdadeiro movimento da vida:
«Quem procurar salvaguardar a sua vida, perdê-la-á, e quem a perder, conservá-la-á» (Lucas 17,33).
Paradoxalmente, então, a verdadeira morte, no sentido negativo do termo, é a recusa de assumir um risco
com Deus. Aquele que quer «poupar» ou «salvar» a vida a todo o custo, aquele que fica agarrado ao que já
possui, arrisca-se a não compreender nada da vida autêntica. A cruz de Cristo revela-nos uma maneira de
morrer que não contradiz a lógica da vida. A partir daí compreendemos que a cruz e a ressurreição são as
duas faces, a face sombria e a face luminosa, de um só e mesmo Amor, de uma só e mesma Vida.