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MATERIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA – APOSTILA 6 – 6º ANO

MESES: OUTUBRO - NOVEMBRO


PROFESSORA ROBERTA LIMA
GABARITO
AULA I

ATIVIDADES:

1. Leia o texto abaixo:


DETALHES
Luis Fernando Veríssimo

O velho porteiro do palácio chega em casa, trêmulo. Como sempre que tem baile no palácio, sua
mulher o espera com café da manhã reforçado. Mas desta vez ele nem olha para a xícara fumegante, o
bolo, a manteiga, as geleias. Vai direto à aguardente. Atira-se na sua poltrona perto do fogão e toma um
longo gole de bebida, pelo gargalo.
___ Helmuth, o que foi?
___ Espera, Helga. Deixa eu me controlar primeiro. Toma outro gole de aguardente.
___ Conta, homem! O que houve com você? Aconteceu alguma coisa no baile?
___ Co-começou tudo bem. As pessoas chegando, todo mundo de gala, todos com convite, tudo
direitinho. Sempre tem, é claro, o filhinho de papai sem convite que quer levar na conversa, mas já estou
acostumado. Comigo não tem conversa. De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme. E
toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da carruagem,
salta uma dona. Sozinha. Uma beleza. Eu me preparo para barrar a entrada dela porque mulher
desacompanhada não entra no baile do palácio. Mas essa dona tão bonita, tão sei lá, radiante, que eu
não digo nada e deixo ela entrar.
___ Bom, Helmuth. Até aí...
___ Espera. O baile continua. Tudo normal. Às vezes rola um bêbado pela escadaria, mas nada demais.
E então bate a meia-noite. Há um rebuliço na porta do palácio. Olho para trás e vejo uma mulher
maltrapilha que desce pela escadaria, correndo. Ela perde um sapato. E o príncipe atrás dela.
___ Bom, Helmuth. Até aí...
___ O príncipe?
___ Ele mesmo. E gritando para mim segurar a esfarrapada. “Segura! Segura!” Me preparo para segura-
la quando ouço uma espécie de “vum” acompanhado de um clarão. Me viro e...
___ E o quê, meu Deus?
O porteiro esvazia a garrafa com um último gole.
___ Você não vai acreditar.
___ Conta!
___ A tal carruagem. A de ouro. Tinha se transformado numa abóbora.
___ Numa o quê?
___ Eu disse que você não ia acreditar.
___ Uma abóbora?
___ E os cavalos em ratos.
___ Helmuth...
___ Não tem mais aguardente?
___ Acho que você já bebeu demais por hoje.
___ Juro que não bebi nada!
___ Esse trabalho no palácio está acabando com você, Helmuth. Pede para ser transferido para o
almoxarifado.

VERÍSSIMO, L. F. O analista de Bagé. 100. ed. Porto Alegre: L&P Editore


1. O texto mostra uma nova versão de um conto de fadas muito conhecido. Reconheça-o e indique um
trecho do texto que comprove isso:
O CONTO CINDERELA: Há um rebuliço na porta do palácio. Olho para trás e vejo uma mulher
maltrapilha que desce pela escadaria, correndo. Ela perde um sapato. E o príncipe atrás dela.

2. Descreva como o porteiro chegou a sua casa:

O PORTEIRO CHEGA MUITO NERVOSO E TRÊMULO.


3. O que revela a frase “Comigo não tem conversa” sobre a postura do porteiro no seu trabalho?
REVELA QUE O PORTEITO ERA CORRETO EM SEU TRABALHO, NÃO DESCUMPRIA AS REGRAS.

4. Mesmo com a proibição de damas não entrarem desacompanhadas no baile, o porteiro deixa a dama
entrar. Por quê?
PORQUE ELA ESTAVA MUITO BONITA.
5. A repetição da sílaba inicial na palavra COMEÇOU nesse trecho:“Co-começou tudo bem.” Indica
que o porteiro
(a) falava tranquilamente.
(b) falava claramente.
(c) falava nervosamente.
(d) falava normalmente.

6. No trecho: “Puxada por três parelhas de cavalos brancos. Cavalões! Elefantes! De dentro da
carruagem, salta uma dona.”, a expressão em destaque refere-se
(a) ao tamanho dos cavalos.
(b) à beleza dos cavalos.
(c) à força dos cavalos.
(d) ao peso dos cavalos.

7. Pode-se inferir que a opinião da mulher sobre o marido no desfecho da narrativa é que

(a) o marido tinha razão de estar nervoso com o acontecimento.


(b) o marido estava alucinando pois estava muito cansado.
(c) o marido havia exagerado na bebida e, por isso estava contando a história.
(d) o marido deveria aposentar-se.

8. A expressão DE REPENTE, no trecho: “De repente, chega a maior carruagem que eu já vi. Enorme.
E toda de ouro. Puxada por três parelhas de cavalos brancos.”, é uma expressão adverbial que indica
(a) lugar.
(b) tempo.
(c) modo.
(d) Intensidade.

AULAS II e III

ATIVIDADES:
Leia o texto abaixo:

A Morte da Tartaruga
Millôr Fernandes

O menininho foi ao quintal e voltou chorando: a tartaruga tinha morrido. A mãe foi ao quintal com
ele, mexeu na tartaruga com um pau (tinha nojo daquele bicho) e constatou que a tartaruga tinha morrido
mesmo. Diante da confirmação da mãe, o garoto pôs-se a chorar ainda com mais força. A mãe a princípio
ficou penalizada, mas logo começou a ficar aborrecida com o choro do menino. “Cuidado, senão você
acorda seu pai.” Mas o menino não se conformava. Pegou a tartaruga no colo e pôs-se a acariciar-lhe o
casco duro. A mãe disse que comprava outra, mas ele respondeu que não queria, queria aquela, viva! A
mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu, por fim, uma surra, mas o pobre menino
parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho de estimação.
Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro e veio, estremunhado, ver de que se tratava. O
menino mostrou-lhe a tartaruga morta. A mãe disse: “Está aí assim há duas horas, chorando que nem
maluco. Não sei mais o que faço. Já lhe prometi tudo, mas ele continua berrando desse jeito”. O pai
examinou a situação e propôs: “Olha, Henriquinho, se a tartaruga está morta, não adianta mesmo você
chorar. Deixa ela aí e venha cá com o papai”. O garoto depôs cuidadosamente a tartaruga junto ao
tanque e seguiu o pai pela mão. O pai sentou-se na poltrona, botou o garotinho no colo e disse: “Eu sei
que você sente muito a morte da tartaruguinha. Eu também gostava bastante dela. Porém nós vamos
fazer para ela um grande funeral” (empregou a palavra difícil de propósito). O menininho parou
imediatamente de chorar e perguntou: “Que é um funeral?” O pai explicou que era um enterro: “Olha, nós
vamos à rua, compramos uma caixa bem bonita, bastante velas, bombons e doces, e voltamos para casa.
Depois, botamos a tartaruga na caixa em cima da mesa da cozinha, rodeamos de velinhas de aniversário.
Aí convidamos os meninos da vizinhança, acendemos as velinhas, cantamos o “Happy-Birth-Day-To-You”
pra tartaruguinha morta e você assopra as velas. Depois pegamos a caixa, abrimos um buraco no fundo
do quintal, enterramos a tartaruguinha e botamos uma pedra em cima com o nome dela e o dia em que
ela morreu… Isso é que é um funeral! Vamos fazer isso?” O garotinho estava com outra cara: “Vamos,
papai, vamos! A tartaruguinha vai ficar contente lá no céu, não vai? Olha, eu vou apanhar ela.” Saiu
correndo. Enquanto o pai se vestia, ouviu um grito no quintal: “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” O pai
correu para o quintal e constatou que era verdade, a tartaruga estava andando de novo, normalmente, e
o pai disse: “Que bom, heim? Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral.” “Vamos sim, papai” –
disse o menino ansioso pegando uma pedra bem grande – “Eu mato ela”.
MORAL: O importante não é a morte, e sim o que ela nos tira.

Agora, responda:
1. O texto A morte da tartaruguinha é uma fábula, porém esse texto diferencia-se das fábulas clássicas.
Por quê?
PORQUE NÃO HÁ ANIMAIS COMO PERSONAGENS.

2. Há um trecho em que se lê “A mãe lhe prometeu um carrinho, um velocípede, lhe prometeu uma surra,
mas o pobre menino parecia estar mesmo profundamente abalado com a morte do seu animalzinho
de estimação.” A mãe promete ao menino brinquedos e, em seguida... uma surra. Essa sequência
indica que sentimento da mãe em relação ao menino?
SENTIMENTO DE DESESPERO POIS A MÃE JÁ NÃO SABIA COMO PROCEDER PARA ACALMAR
O MENINO.

3. Ao conversar com o filho, o pai usa a palavra “funeral”, e o narrador avisa que ele empregou de
propósito uma palavra difícil.
a) Que palavra fácil ele poderia ter usado e que é sinônimo de “funeral”?
FUNERAL
b) Qual a intenção do pai ao usar uma palavra difícil?
CHAMAR A ATENÇÃO DO MENINO, DESPERTANDO-LHE A CURIOSIDADE.

c) Ao explicar ao filho como seria o funeral da tartaruga, o pai usa linguagem coloquial, com marcas de
oralidade. Quais delas você reconhece?
“Olha, Henriquinho, se a tartaruga está morta, não adianta mesmo você chorar. Deixa ela aí e
venha cá com o papai

4. O funeral que o pai pretendia organizar era parecido com que tipo de evento? Por que o pai decidiu
assim?
PARECIA COM UMA FESTA DE ANIVERSÁRIO, POIS QUERIA DESPERTAR O INTERESSE DO
MENINO.

5. O narrador da fábula é
(a) personagem, pois participa dos eventos que relata.
(b) observador, pois está distante dos eventos narrados.
(c) onisciente, pois participa dos eventos narrados e parece conhecer profundamente todos os
personagens.
(d) personagem e observados, pois participa e relata os eventos.

6. A preocupação central da mãe do menininho era


(a) não acordar o pai que estava dormindo.
(b) cuidar da tartaruguinha morta.
(c) evitar o sofrimento do filho.
(d) aproveitar a oportunidade para ensinar ao filho sobre as perdas da vida.

7. A utilização das aspas em alguns trechos do texto, como em: “Cuidado, senão você acorda seu pai.”,
se justifica porque

(a) representam as falas das personagens da narrativa.


(b) representam opiniões de especialistas.
(c) representam palavras no seu sentido figurado.
(d) representam trechos retirados de outros textos.

8. Leia com atenção o fragmento extraído do texto:


- “Papai, papai, vem cá, ela está viva!” O pai correu pro quintal e constatou que era verdade.
- “Ela está viva! Não vamos ter que fazer o funeral!”
- “Vamos sim, papai, disse o menino ansioso, pegando uma pedra bem grande. “Eu mato ela”.
lermos o desfecho do texto, com destaque para o assinalado em negrito, podemos constatar:
(a) A maturidade da criança.
(b) A crueldade da criança.
(c) A sagacidade da criança.
(d) A ingenuidade da criança.

ATIVIDADES:
Leia o texto abaixo:

A MORTE E O LENHADOR
Marcos Mairton Certa vez, ao fim do dia,
(adaptado da fábula de La Fontaine) Quando ia pela estrada,
Para a choupana que então
Foi o francês La Fontaine Lhe servia de morada,
Quem, certa vez, me contou Foi obrigado a parar
A história de um homem Um pouco pra descansar
Que pela morte chamou, Da extensa caminhada.
Mas depois se arrependeu,
Quando ela apareceu Trazia um feixe de lenha
E perto dele chegou. Que foi buscar na floresta.
Largou a lenha no chão,
Era um velho lenhador Passou a mão pela testa,
Que andava muito cansado Maldizendo-se da sorte,
Do fardo que, até então, Pensou: – É melhor a morte,
Ele havia carregado. Que uma vida que não presta.
Um fardo que parecia
Sempre e sempre, a cada dia, – Não consigo carregar
Mais incômodo e pesado. Essa lenha tão pesada.
Já não tenho mais saúde,
Meu ganho não dá pra nada,
Estava velho e doente, Perseguido por credores,
Sentia o corpo doído. Meu corpo cheio de dores,
Maltratado pelo tempo, Ai que vida desgraçada!
Seu semblante era sofrido.
Seguia, assim, seu caminho,
Atormentado e sozinho, – Ó, Morte, onde é que andas,
Sempre sujo e mal vestido. Que não ouve o meu lamento?
Que não vem pra me tirar Que atendendo meu chamado
Desse brejo lamacento? A senhora aqui me venha.
Dona Morte, eu te rogo, Mas, se posso pedir tanto,
Venha acabar, venha logo, Me ajude, por enquanto,
Com meu grande sofrimento! A carregar essa lenha!

Aí, ela apareceu,


Com sua foice na mão. A morte saiu dali
Aproximou-se do velho Um tanto desapontada,
E disse logo: – Pois não. E o velho foi embora
Estavas a me chamar? Cantarolando na estrada,
Em que posso te ajudar, Porque, “mesmo padecendo,
Querido filho de Adão? Melhor é seguir vivendo
Que morrer sem sofrer nada”.
O velho sentiu um frio
Lhe correr pelo espinhaço,
Quando a voz rouca da morte É essa a moral da história
Ecoou naquele espaço. Que La Fontaine nos deu,
E pensou, na mesma hora: Nessa fábula que ele,
“O que é que eu faço agora? Entre muitas, escreveu.
E agora o que é que eu faço?” Eu, apenas transformei
Em cordel e dediquei
Então disse: – Essa honra, A você, que agora leu.
Não acredito que eu tenha,
3. Por ser um poema narrativo, o texto apresenta um
narrador. Esse narrador é personagem ou
Agora, responda: observador? Explique:
O NARRADOR É OBSERVADOR, POIS CONTA A
1. Por que esse cordel é um poema narrativo?HISTÓRIA SEM PARTICIPAR DELA.
PORQUE CONTA UMA HISTÓRIA.
4. Segundo o texto, qual era o maior desejo do velho
2. Na terceira estrofe, as palavras combinadas lenhador? Por quê?
demonstram o estado do lenhador. Retire do texto
ELE QUERIA MORRER POIS JÁ ESTAVA CANSADO.
palavras que demonstrem o estado do velho5. O cordel “A morte e o lenhador” dialoga com
lenhador? (a) uma fábula de La Fontaine.
ELE ESTAVA CANSADO, VELHO, DOENTE , (b)
COM O
o conto da Chapeuzinho Vermelho.
CORPO DOÍDO. (c) a história de Adão e Eva.
(d) a biografia de La Fontaine.
6. Os autores de literatura de cordel (cordelistas)
8. Leia com atenção os grupos de versos abaixo e
recitam os versos de forma melodiosa e cadenciada,
observe que as partes do texto relacionam-se entre
acompanhados de viola, para conquistar possíveis
si:
compradores.
Nos versos da Segunda Estrofe, para dar musicalidade
TRECHO 01:
ao poema, percebe-se o uso de “Dona Morte, eu te rogo,
Venha acabar, venha logo,
(a) palavras antônimas. Com meu grande sofrimento!”
(b) palavras rimadas.
(c) palavras repetidas. TRECHO 02:
(d) palavras sinônimas. “Aí, ela apareceu,
7. Embora apresente características de poema,
Coma sua foice na mão.
literatura de cordel carrega marcas típicas da
Aproximou-se do velho
narrativa. Observe: E disse logo: – Pois não.”

“E disse logo: ─ Pois não. Entre os dois trechos indicados se estabelece uma
Estavas a me chamar?” relação de
(a) a fala do personagem e a do narrador, que (a)
estáfato e opinião.
introduzida pelo travessão. (b) ficção e realidade.
(b) a fala do narrador e a do personagem, que
(c) está
hipótese e condição.
introduzida pelo travessão (d) causa e consequência.
(c) a fala do personagem.
(d) a fala do narrador. AULA IV e V

ATIVIDADES:
Leia o texto abaixo:
CONTO DE FADAS PARA MULHERES MODERNAS
Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa, independente e cheia de autoestima que,
enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de
acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã. Então, a rã pulou para o seu colo e
disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu
transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo
príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar
conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e
viveríamos felizes para sempre…
E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso
molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:
– Eu, hein? … nem morta!

(Luís Fernando Veríssimo)


https://pt.scribd.com/document/393183902/Conto-de-fadas-para-Mulheres-Modernas-doc
Agora, responda:

1. A princesa descrita nesse conto apresenta características dos contos de fada clássicos? Explique:
NÃO. POIS ESTA REJEITA UM FINAL FELIZ CASANDO-SE COM UM PRÍNCIPE.

2. Compare o perfil das princesas dos contos de fada clássicos e a princesa desse conto de Luís
Fernando Veríssimo e complete o quadro abaixo:
A PRINCESA DOS CONTOS DE FADAS CLÁSSICOS ESPERAM SEMPRE POR UM FINAL FELIZ,
CASANDO-SE COM O PRÍNCIPE. NESSE CASO, A PRINCESA ENCONTRA A FELICIDADE SENDO
UMA MULHER INDEPENDENTE,

3. Como seria o desfecho desse conto se fosse um conto de fadas clássico?


4. Nesse conto, o príncipe e a princesa apresentam conceitos diferentes de felicidade. Explique qual o
significado de “Felizes para sempre” para cada um deles:
PARA O PRÍNCIPE, SER FELIZ É O CASAMENTO. PARA A PRINCESA, SER FELIZ É SER LIVRE.
5. O CONTO DE FADAS PARA MULHERES MODERNAS apresenta uma versão para a mulher
moderna. Segundo o texto, a mulher moderna é aquela

(a) que espera um príncipe encantado para ser feliz.


(b) que é independente e pode ser feliz sem casamento.
(c) que deseja ser dona de casa e preocupar-se com os afazeres domésticos.
(d) que procura a felicidade no exercício da maternidade.

6. No texto, há a presença de eventos fantásticos comuns aos CONTOS DE FADA. A alternativa que
NÃO exemplifica esse mundo fantástico é
(a) “Mas, uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa.”
(b) “E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée...”
(c) “Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa...”
(d) “[...]e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades
ecológicas...”.
7. O dito popular que melhor define a ideia central do conto de Luís Fernando Veríssimo é
(a) Melhor um na mão do que dois voando.
(b) Antes só que mal acompanhada.
(c) Quem ama o feio bonito lhe parece.
(d) Sempre existe um sapato velho para um pé doente.

8. O desfecho do CONTO DE FADAS PARA MULHERES MODERNAS


(a) apresenta uma versão comum aos textos clássicos.
(b) apresenta uma versão romântica comuns aos finais desse tipo de texto.
(c) apresenta uma versão incomum, mas atualizada para o final de uma princesa em um conto.
(d) apresenta uma versão preconceituosa da princesa em um conto.

ATIVIDADES:
Leio o texto abaixo:

A CASA DO PESADELO
Eu acelerei o carro para chegar o quanto antes à casa e entender o que estava acontecendo, mas
corri demais: meu carro derrapou e se estabacou contra uma árvore. Eu levantei sem maior dificuldade e
fui examiná-lo. Apareceu um garoto correndo pelo caminho. Tinha uma expressão que me incomodava
um pouco, porque seu lábio era rasgado. Quando chegou ao local do acidente, ele não disse nada, mas
logo lhe perguntei:
- Onde fica a oficina mais próxima?
- A oito milhas daqui, senhor. – respondeu.
Como a noite já estava caindo, pedi-lhe:
- Posso passar a noite em sua casa?
- Claro, se o senhor quiser. Mas a casa está bem desarrumada, porque papai não está e mamãe morreu
há três anos. Tem pouca comida.
- Não tem importância.
No caminho até a sua casa senti uma brisa estranha. Ao chegar vi que tudo estava mesmo muito
largado. O garoto me instalou num quarto pegado à entrada.
- Está com frio? – perguntei.
- Sempre estou.
Aproximou-se tanto das chamas da lareira que temi fosse se queimar, mas ele parecia não sentir
o fogo. Jantei sozinho e rápido. Conversamos um pouco.
- O que você faz quando seu pai não está? – perguntei.
- Nada, só deixo o tempo passar. Ninguém nunca vem nos visitar. A gente daqui diz que essa casa é mal-
assombrada.
- Você já viu algum fantasma? – perguntei intrigado.
- Ver, eu nunca vi. Mas posso senti-los.
De repente, senti como se um fino véu deslizasse suavemente pelo meu rosto. Levantei-me de
repente.
- Ei! Você viu? – exclamei confuso.
- Não vi nada. O que foi?
- Não sei... Um véu. Roçou-me no rosto – expliquei.
- Não tenha medo. Deve ser um dos fantasmas que correm pela casa. Na certa é minha mãe. – disse ele
tranquilamente.
Não estava gostando nada daquilo. Resolvi então ir embora daquela casa. O sol já tinha raiado
quando cheguei à primeira fazenda. Um homem veio ao meu encontro e me perguntou onde tinha
passado a noite. Ao lhe explicar onde tinha dormido, olhou para mim com cara de pavor.
- Como é que lhe passou pela cabeça entrar ali? Não sabe o que dizem dessa casa?
- O garoto me levou – respondi.
- Que garoto?
- O do lábio rasgado – afirmei com segurança.
Com cara de quem havia compreendido tudo, falou:
- Desta vez não há dúvida. Esse garoto que o levou até a casa é um fantasma. Você não sabia, não é?
Ele morreu há seis meses.
Marcos de Brito
http://lpsaladeaula.blogspot.com/2015/10/a-casa-do-pesadelo-conto-de-terror-e.html
Agora, responda:

1. Quem são os personagens desse conto?


O HOMEM, O FANTASMA E O FAZENDEIRO.
2. O narrador desse conto é personagem ou observador? Explique:

PERSONAGEM, POIS PARTICIPA DOS EVENTOS NARRADOS.


3. Que fato importante ocorre no início da narrativa que direciona todos os outros acontecimentos?
UM ACIDENTE COM O CARRO DO NARRADOR

4. . Os contos de terror possuem como principal característica o SUSPENSE. Identifique um trecho do


texto que demonstre a criação desse suspense:

De repente, senti como se um fino véu deslizasse suavemente pelo meu rosto. Levantei-me de
repente.
5. A narrativa acima apresenta características de um conto

(a) de amor.
(b) de fadas.
(c) de aventura.
(d) de terror.

6. As expressões destacadas no trecho “De repente, senti como se um fino véu deslizasse suavemente
pelo meu rosto. Levantei-me de repente.”, foram utilizadas pelo narrador para transmitir o efeito de
(a) suspense.
(b) curiosidade.
(c) certeza.
(d) incerteza.

7. Observe:
“- Onde fica a oficina mais próxima?
- A oito milhas daqui, senhor. – respondeu.”
Os recursos linguísticos de pontuação foram utilizados para

(a) marcar um diálogo entre o narrador e o menino.


(b) destacar palavras que foram usadas no sentido figurado.
(c) representar a fala dos personagens secundários da trama.
(d) representar uma citação.

8. No trecho, “Eu acelerei o carro para chegar o quanto antes à casa e entender o que estava
acontecendo, mas corri demais: meu carro derrapou e se estabacou contra uma árvore.”, a palavra
destacada pode ser substituída por

(a) cair.
(b) estatelar-se.
(c) bater.
(d) atingir.

AULA VI

ATIVIDADES:
Leia o texto abaixo:

O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE

Um estudante e um padre viajavam pelo sertão, tendo como bagageiro um caboclo. Deram-lhe numa
casa um pequeno queijo de cabra. Não sabendo dividi-lo, mesmo porque chegaria um pequenino pedaço
para cada um, o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante a
noite, o sonho mais bonito, pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios. Todos aceitaram
e foram dormir. À noite, o caboclo acordou, foi ao queijo e comeu-o.
Pela manhã, os três sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve de contar o seu sonho. O
frade disse ter sonhado com a escada de Jacob e descreveu-a brilhantemente. Por ela, ele subia
triunfalmente para o céu. O estudante, então, narrou que sonhara já dentro do céu à espera do padre que
subia. O caboclo sorriu e falou:
--- Eu sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá dentro do céu, rodeado de amigos.
Eu ficava na terra e gritava:
--- Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o queijo.
Então, Vosmincês respondiam de longe, do céu:
--- Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós estamos do céu, não queremos queijo.
O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei-me enquanto vosmincês dormiam e
comi o queijo...
CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil.Belo Horizonte/São Paulo,
Itatiaia/Edusp. 1986. p. 213.

Agora, responda:
1. Observe o primeiro parágrafo da narrativa e aponte a complicação:
Um queijo de cabra de tamanho minúsculo precisa ser dividido entre três amigos.

2. Nesse texto, o narrador é observador ou personagem? Explique:


O narrador é observador, pois não participa diretamente das ações narradas.

3. Descreva o sonho de cada um dos personagens do conto:


O caboclo: sonhou que o padre e o estudante mandavam-no comer o queijo.
O Padre: sonhou que subia ao céu pela escada de Jacó.
O estudante: sonhou que já esperava o padre no céu.

4. O desfecho do texto é surpreendente em relação ao que se esperava que acontecesse entre três
personagens apresentados e caracterizados? Comente:

Sim, pois esperava-se que os três chegassem a conclusão de como dividir o queijo, porém o
caboclo decidiu ficando com ele só para si.

5. Ao analisarmos a narrativa dos três sonhos, pode-se afirmar que a característica principal do caboclo
é
(a) ser medroso.
(b) ser esperto.
(c) ser sábio.
(d) ser honesto.

6. Observe a fala do caboclo, no trecho: “-- Seu doutor, seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o
queijo.” Percebe-se que o uso do registro VOSMINCÊS representa
(a) a fala caipira do caboclo.
(b) a fala formal do caboclo.
(c) a fala informal do caboclo.
(d) a fala marcada por uma gíria do caboclo.

7. No trecho: “[...] o padre resolveu que todos dormissem e o queijo seria daquele que tivesse, durante
a noite, o sonho mais bonito, pensando engabelar todos com os seus recursos oratórios.”, a palavra
ENGABELAR NÃO pode ser substituída por
(a) agradar.
(b) Iludir.
(c) enganar.
(d) ludibriar.

8. Ao analisarmos o tempo da narrativa, pode-se afirmar que


(a) sabe-se exatamente quando ocorreu o fato narrado.
(b) não se pode determinar exatamente quando ocorreu o fato narrado.
(c) pode-se aproximar quando ocorreu o fato narrado.
(d) não é necessário determinar quando ocorreu o fato narrado.

AULA VII

ATIVIDADES:
Leia o texto abaixo:
ANANSE E O POTE DA SABEDORIA

https://www.livrariadavila.com.br/
Ananse é uma aranha muito especial, celebrizada por sua astúcia e sabedoria. Ele vive como outras
aranhas, nos cantos do teto. E a questão é que não se pode distingui-lo de outras aranhas. É bem possível
que ele seja a próxima aranha a cruzar seu caminho.
Todos sabiam que era sábio, pois Ananse apregoava essa qualidade em alto e bom som. Com a
voz exaltada, ele ria dos tolos e falava mais alto que todo mundo.
Num dia muito ensolarado, o deus dos céus chamou-o para subir ao firmamento para bater um
papo.
– Sem dúvida – disse Ananse –, de todos os animais que o senhor criou, nenhum é mais sábio do
que eu.
O deus dos céus falou, numa voz pausada:
– Poderia fazer um trabalhinho para mim? Percorra a terra recolhendo toda a sabedoria que
encontrar. Quando a trouxer para mim, eu o nomearei “Sábio de Todos os Tempos”.
Ananse disfarçou um sorriso.
– Isso é fácil, senhor – disse. – Voltarei em três dias com toda a sabedoria do mundo.
Agora, Ananse, egoísta como era, já havia vasculhado a terra de cima a baixo e coletado todo
pedacinho de sabedoria. Guardou tudo num pote gigantesco, que escondeu num lugar secreto.
Ele desceu para sua casa num fino fio trançado. Deitou-se à sombra e passou um dia bem
preguiçoso.
No dia seguinte, pôs-se a caminho para levar o pote cheio de sabedoria para o deus dos céus, bem
lá no alto.
Ao arrastá-lo atrás de si, Ananse transbordava de orgulho. Quando os outros perguntavam se
precisava de ajuda, ele dizia, de modo reservado:
– Este é um trabalho ultrassecreto para um profissional de altíssimo escalão. Para chegar ao
firmamento, onde o deus dos céus vivia, era preciso subir por um coqueiro muito alto que se erguia para
além das nuvens (...). Ananse parou para pensar no melhor modo de carregar seu peso. Não podia levá-
lo na cabeça, pois precisava de todos os oito braços para trepar na árvore. Por fim, decidiu amarrar o
pote bem firme em seu dorso e, devagar, iniciou a jornada árvore acima.
De longe, todos avistavam a figura atabalhoada escalando o coqueiro, muito lentamente. Sabiam
que encontraria o próprio deus dos céus. As pessoas se reuniram embaixo da árvore para observá-lo
subir. E, durante o tempo todo, imaginavam o que haveria no enorme pote.
Ananse subia, centímetro por centímetro. Mal podia esperar para desfrutar a fama que seu feito
grandioso merecia. Enquanto isso, o sol cruzava morosamente o vasto céu.
Pouco antes de o sol se pôr, Ananse estacou e com cuidado urdiu uma teia, para manter-se seguro.
Foi difícil dormir aquela noite, estava tão excitado!
Ao alvorecer, Ananse acordou e continuou a escalada. A multidão embaixo crescia, acenando e
incentivando-o a subir. Ele seguiu em frente, sem ligar para os músculos doloridos: tinha um encontro no
céu, e não ia faltar.
Ananse manteve o ritmo, cada vez mais alto, até que a luz da lua o fez lembrar de que precisava
descansar.
Naquela noite, sonhou que usava uma coroa ofertada pelo próprio deus dos céus. Nela estava
escrito “Sábio de Todos os Tempos”.
Outro dia se passou e um Ananse muito cansado estava próximo do final de sua jornada. Embaixo,
a multidão o ovacionava.
Era um grande dia para Ananse, e, ao sentir o orgulho lhe encher o peito, ergueu todos os braços
num gesto de vitória.
O momento em que ele desabou do céu foi estarrecedor. Houve um estrondo quando Ananse caiu
no chão e o pote espatifou-se em milhares de pedaços. A sabedoria se espalhou para todos os lados, até
os confins da terra.
Ananse ficou amontoado ali, chorando a valer. Aquilo que dera tanto trabalho para juntar, agora
estava fora do seu alcance. Agora, todo mundo tinha um pouquinho de sabedoria. Ele não podia mais
alegar que toda a sabedoria lhe pertencia.
Então o deus dos céus sussurrou em seu ouvido: – Eu lhe dei oito braços, Ananse. Se realmente
tivesse a sabedoria do mundo, não teria acenado com todos eles...

(BADOE, Adwoa e DIAKITE,Baba Wagué. Histórias de Ananse. Editora SM. Adaptado para fins
didáticos)

QUEM É ANANSE?

https://www.coladaweb.com/geografia/continentes/africa-continente-africano

Diz a tradição que os primeiros a contar as histórias de Ananse foram pessoas do povo axante, que
pertencia a um grupo maior chamado acã. Esse grupo habitava a região costeira e as florestas tropicais
da África ocidental, banhada pelo oceano Atlântico.(...)
Os axantes acabaram se tornando o grupo mais importante entre os vários povos acãs, pois muitos
chefes enfrentaram seus vizinhos e expandiram os limites do reino. No final do século XVII, tornaram-se
parceiros dos europeus no tráfico de escravos. Era dali que vinham os escravos para as colônias da
América. Muitos desses escravos eram prisioneiros de guerra de povos vizinhos dos axantes, com
tradições parecidas com as deles. Quando eram vendidos e vinham para a América, traziam várias das
interessantes histórias contadas em suas aldeias.

(Marina de Mello e Souza, em “África e Brasil africano”.)


Agora, responda:

1. O texto conta a história de Ananse. Transcreva do texto um trecho que descreve esse personagem:
Ananse é uma aranha muito especial, celebrizada por sua astúcia e sabedoria. Ele vive como
outras aranhas, nos cantos do teto. E a questão é que não se pode distingui-lo de outras aranhas.
É bem possível que ele seja a próxima aranha a cruzar seu caminho.

2. Que missão Ananse recebeu do deus dos céus?


Ananse precisava recolher toda a sabedoria que encontrasse no mundo.

3. É possível conhecer um pouco da cultura de um povo por meio das histórias. Popular na região de
Gana, Ananse é uma aranha diferente: como aranha, tece, urde as coisas para alcançar um objetivo,
mas, ao comportar-se como homem, às vezes “mete os pés pelas mãos”. Qual foi a falha de Ananse
no cumprimento de sua missão?
Ananse, ao comemorar a sua chegada ao céu, abre todos os braços e, por isso, despenca lá do
alto.

4. Segundo o texto, o que impediu Ananse de realizar a sua missão de modo eficiente?

A sua arrogância e vaidade.


5. A escritora Adwoa Badoe reúne, no livro “Histórias de Ananse”, contos que ouviu de sua mãe em sua
terra natal, Gana, país da África, sobre a personagem Ananse,

(a) uma aranha conhecida por sua pouca sabedoria e enorme força física.
(b) uma aranha esperta, dotada de sabedoria e determinação, porém egoísta e orgulhosa.
(c) uma aranha preguiçosa que detestava tarefas difíceis.
(d) uma aranha destemida que enfrentava com pouca energia os desafios lhes dado.

6. Releia o trecho retirado do texto: “Ananse é uma aranha muito especial, celebrizada por sua astúcia
e sabedoria.” Nesse trecho, a palavra ASTÚCIA pode ser substituída por
(a) esperteza.
(b) travessura.
(c) tranquilidade.
(d) inteligência.

7. O CONTO AFRICANO ANANSE antes de tudo é um texto narrativo que apresenta narrador. Nesse
conto, o narrador
(a) apresenta os fatos e deles participam.
(b) apresenta os fatos sem deles participar.
(c) apresenta os fatos de modo a conhecê-los profundamente.
(d) apresenta os fatos, participando deles e conhecendo o pensamento dos personagens.

8. Os textos narrativos em geral utilizam-se de expressões que delimitam a sequência temporal da


história contada. No conto africano ANANSE, o trecho que demonstra essa preocupação com a
sequência temporal é
(a) “Ananse é uma aranha muito especial, celebrizada por sua astúcia e sabedoria. Ele vive como outras
aranhas, nos cantos do teto.”
(b) “Todos sabiam que era sábio, pois Ananse apregoava essa qualidade em alto e bom som.”
(c) “No dia seguinte, pôs-se a caminho para levar o pote cheio de sabedoria para o deus dos céus,
bem lá no alto.”
(d) “De longe, todos avistavam a figura atabalhoada escalando o coqueiro, muito lentamente.”

ATIVIDADES:
Leia o texto abaixo:

As duas mulheres e o Céu


(Conto africano)
No começo dos tempos, a distância entre o céu e a terra era bem pequena: não passava da altura de
uma girafa.
Certo dia, numa aldeia africana, duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de trigo.
As duas não paravam de falar. Era uma fofoca atrás da outra. Uma delas, empolgando-se muito com o
falatório, levantou o pilão tão alto que fez um furo no céu.
–Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.
Tão animadas com a conversa estavam as duas mulheres, que não ouviram o grito.
Acontece que não parou por aí. O espaço celeste começava a ganhar furos e mais furos porque as
duas mulheres, de tão empolgadas com a conversa, não perceberam que seus pilões rasgavam o céu,
que continuava a gritar.
Lá em cima, o tapete azulado chorou, berrou e nada adiantou. Finalmente, tomou uma decisão:
– Assim não dá mais, vou me afastar da terra o máximo que puder.
Subiu, subiu o mais alto que pôde. Quando chegou lá no topo do mundo, sossegou:
– Aqui está bom. Ninguém mais vai conseguir me furar.
Todos os furos que as duas mulheres fizeram nunca mais foram fechados. Os africanos dizem que
esses furos podem ser vistos diariamente durante a noite: são as estrelas do céu.
BRENMAN, Ilan. “As narrativas preferidas de um contador de histórias”. Difusão Cultural do Livro, 2005.

1. O conto africano acima é de natureza:


(a) ficcional
(b) científica
(c) jornalística
(d) didática

2. Predomina no texto:
( ) a linguagem formal.
( ) a linguagem informal.

3. Identifique a finalidade do texto “As duas mulheres e o Céu”:


(a) defender uma opinião sobre o surgimento do universo.
(b) explicar o surgimento das estrelas do céu.
(c) dar informações sobre o céu.
(d) apresentar o continente africano.

4. O segundo parágrafo do texto apresenta o fato que motivou a história. Aponte-o:


a) “[…] duas mulheres estavam com os seus pilões amassando grãos de trigo.”
b) “As duas não paravam de falar.”
c) “Era uma fofoca atrás da outra.”
d) “Uma delas … levantou o pilão tão alto que fez um furo no céu.”

Questão 5 – No trecho “–Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii! – gritou o céu.”, a reação do céu ao furo foi representada por
meio de:
(a) um verbo que exprime dor.
(b) um substantivo que exprime dor.
(c) uma interjeição que exprime dor.
(d) um adjetivo que exprime dor.

6. Segundo o texto, qual foi a atitude das mulheres diante do grito do céu?
Fingiram não ouvir e continuaram a furá-lo.

7. O céu começa a resolver o problema quando:


(a) chora e berra muito.
(b) decide afastar-se da terra o máximo que puder.
(c) sobe o mais alto que pode.
(d) chega ao topo do mundo.

8. De acordo com o conto africano, os furos no céu, feitos com os pilões pelas duas mulheres da aldeia,
tiveram uma consequência. Identifique-a:
Criaram as estrelas do céu.

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