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Luiza Orsatto de Azevedo – MED18 1

NARIZ E SEIOS PARANASAIS


HIPERTROFIA DE ADENÓIDE, RINITE, SINUSITE, MUCOCELE, PÓLIPO ALÉRGICO/INFLAMATÓRIO, PAPILOMA E CARCINOMA

HIPERTROFIA DE ADENOIDE DIAGNÓSTICO: feito a partir dos sinais e sintomas da do-


ença + exame de endoscopia nasal e radiografias.
As adenoides são estruturas linfáticas localizadas de cada
lado, no fundo das fossas nasais, na rinofaringe, ou seja, na TRATAMENTO: a cirurgia é indicada quando essa hipertrofia
região em que há passagem de fluxo aéreo nasal, caixa de causa otite de repetição, perda auditiva, apneia do sono ou
ressonância da fala e local de abertura das tubas que comu- quando a obstrução nasal é tão grande que a criança apenas
nicam o ouvido ao nariz. respira pela boca.

As adenoides possuem função imunológica de defesa local A cirurgia é uma opção apenas quando o tratamento medi-
e produzem anticorpos. camentoso não possui resultados satisfatórios.

Juntas às amigdalas, elas formam o Anel Linfático de Walde- A remoção das adenoides não traz prejuízo para o sistema
yer, uma formação linfoide situada entre as cavidades na- de defesa da criança e seu estado geral melhora com a elimi-
sais, bucais e a garganta. nação do foco infeccioso e da obstrução respiratória.

RINITE

A rinite é uma inflamação da mucosa de revestimento nasal,


caracterizada pela presença de um ou mais dos seguintes
sintomas:

✓ Obstrução nasal
✓ Rinorreia
✓ Espirros
✓ Prurido
A hipertrofia tardia das adenoides estão associadas às infec- ✓ Hiposmia
ções das amígdalas, principalmente.
Pode ser classificada segundo sua etiologia, sendo as princi-
Infecções virais e bacterianas podem se limitar as tonsilas pais: rinite infecciosa e a rinite alérgica.
palatinas (amigdalas), mas também podem envolver as ton-
silas nasofaringeanas ou a mucosa faríngea adjacente, em RINITE INFECCIOSA
geral como parte de uma infecção do trato respiratório su-
Também chamada popularmente de “resfriado comum”, é
perficial.
na maior parte das vezes causada por um ou mais vírus. Os
As infecções bacterianas podem associar-se a as infecções agentes comuns são: adenovírus, ecovírus e os rinovírus
virais do trato respiratório superior ou serem o agente inicial (cerca de 30% a 50% dos casos).
(S. Beta hemolítico do grupo A e S. aureus). Nesses casos, a
Durante o estágio inicial agudo, a mucosa nasal é espessada,
mucosa nasofaringe pode estar recoberta por uma mem-
edematosa e avermelhada. As cavidades nasais ficam estrei-
brana exsudativa, bem como as tonsilas palatinas e nasofa-
tadas e as conchas nasais aumentadas.
ríngea podem estar aumentadas e recobertas por exsudato.
Essas alterações podem se estender e gerar uma faringoton-
SINAIS E SINTOMAS DA HIPERTROFIA DAS ADENOIDES:
silite.
✓ Respiração bucal (pela obstrução nasal crônica)
A mucosa fica edematosa e ingurgitada, avermelhada com
✓ Problemas respiratórios > roncos, apneia do sono,
infiltrado inflamatório misto. As cavidades nasais ficam es-
sinusites
treitadas e as conchas nasais aumentadas. Secreção mucosa
✓ Problemas auditivos > otite de repetição, perdas
abundante e aumento da permeabilidade vascular causam
auditivas
rinorreia.
✓ Problemas ortodônticos > desalinhamento da ar-
cada dentária, alterações no crescimento dos ossos Em casos mais raros, a rinite pode ser causada por uma in-
da face (principalmente maxilares) fecção bacteriana primária. As secreções nesses casos são
espessas e possuem cor entre o amarelo e o esverdeado.
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RINITE ALÉRGICA (FEBRE DO FENO) A concha nasal (abaulamento à di-


reita da imagem) apresenta-se
É uma inflamação da mucosa de revestimento nasal mediada edemaciada (inchada), o que au-
por IgE após a exposição a alérgenos (como pólen de plantas, menta seu volume e dificulta a
fungos, ácaros) e com os sintomas: passagem de ar.

✓ Obstrução nasal
✓ Rinorreia aquosa
✓ Espirros RINITE CRÔNICA
✓ Prurido nasal
É uma sequela de crises recorrentes de rinite, tanto de ori-
Podem ser sazonais ou perenes. gem infecciosa como alérgica, levando ao desenvolvimento
de infecções bacterianas.
A classificação da rinite alérgica deve levar em consideração
a duração (intermitente ou persistente) e a gravidade dos O desvio de septo nasal ou pólipos nasais que impedem a
sintomas, incluindo aspectos de qualidade de vida. drenagem dos seios contribuem para a invasão microbiana.

Ocorre descamação ou ulceração superficial do epitélio da


mucosa e um infiltrado inflamatório variável com presença
de neutrófilos, linfócitos e plasmócitos subjacentes ao epi-
télio.

As infecções supurativas algumas vezes se estendem para os


seios da face.

SINUSITE

É a inflamação dos seios paranasais. Como é comumente


precedida por rinite aguda ou crônica, ou muitas vezes asso-
ciada, podemos chamar de rinossinusite.
É iniciada por reações de hipersensibilidade, sendo uma re-
ação imune. O contato da IgE na superfície dos mastócitos, Os agentes causadores geralmente habitam a cavidade oral
provocam a degranulação dos mastócitos, com grânulos e a reação inflamatória é inteiramente inespecífica.
contento mediadores inflamatórios, entre eles a histamina,
interleucinas, heparina e fator quimiotáticos para eosinófi- A drenagem insuficiente do seio em função de edema infla-
los. matório da mucosa é um fator importante para o processo,
e quando há obstrução completa, pode haver represamento
É caracterizada por: edema acentuado da mucosa, enan- do exsudato supurativo levando ao empiema do seio.
tema e secreção de muco, acompanhamentos de infiltração
leucocitária na qual há proeminência de eosinófilos.
Os seios mais acometidos
EXAMES:
são os maxilares.
RINOSCOPIA ANTERIOR > inspeção interna da cavidade
nasal. Deve ser realizado em todos os pacientes com queixas
nasais.

Na rinite alérgica, é observado: mucosa nasal pálida, ede-


A sinusite aguda pode levar a crônica, particularmente
maciada e com abundante secreção clara.
quando há interferência na drenagem. Formas graves de si-
*Mucosa avermelhada é indicativo de presença de infecção. nusite crônicas são causadas por fungos (mucomicose) espe-
cialmente em pacientes diabéticos.
RAIO X = baixa sensibilidade e especificidade
Raramente é um componente da síndrome de Kartagener,
TC e RM = limitado aos casos de complicações associados. que inclui bronquiectasia e situs inversus.

**A rinite, frequentemente associada à sinusite, é caracteri- DIAGNÓSTICO/EXAMES:


zada pelo espessamento dos turbinados com a obliteração
dos canais aéreos circundantes.
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1) RAIO X = primeiro exame pedido para avaliar os seios MUCOCELE DOS SEIOS PARANASAIS
da face. Como uma só incidência não é suficiente para avali-
A obstrução do fluxo, mais frequentemente a partir dos seios
ação de toso os seios, é pedido:
frontais e menos comumente dos seios etmoidais anterio-
• Incidência de Caldwell (fronto-naso) > seios etmoi- res, pode levar ao acúmulo de secreção mucosa, produzindo
dais e frontais a chamada mucocele.
• Incidência de Waters (mento-naso) > seio maxilar
É uma lesão cística não neoplásica secundaria à obstrução
• Incidência de Hirtz/axial > seios etmoidais e esfe-
do óstio de drenagem sinusal por processo inflamatório ou
noidais
alérgico. A secreção acumulada é estéril.
**Lado negativo do RX = sobreposição das estruturas ósseas
Quando ocorre inflamação secundaria se chama piocele.

Como dito, os seios frontais e etmoidal anterior são os mais


acometidos, podendo ocorrer erosão óssea, com extensão
da lesão para a cavidade craniana ou tecidos subcutâneo.

2) TC = padrão outro para visualização dos seios da face. É


pedido quando queremos analisar:

• Sinusites agudas que não melhoram com trata-


mento antibiótico
• Avaliação pré-operatória de paciente com indica-
ção cirúrgica
• Complicações de sinusite aguda e crônicas

**Deve-se lembrar que os seios da face têm muitas anorma-


lidades ósseas, e as vezes, deiscências, sendo necessário an- PÓLIPOS NASAIS
tes de qualquer procedimento invasivo, uma análise previa As crises recorrentes de rinite podem levar ao aparecimento
com uma TC, para proteger o paciente. de protrusões de mucosa, produzindo os pólipos nasais,
chegando a 3-4cm de extensão.

PÓLIPO INFLAMATÓRIO = consiste em proliferação não


neoplásica, polipoide, do epitélio e do estroma da mucosa
nasal e dos seios da face. Podem ser únicos ou múltiplos, e
geralmente localizam-se na parede lateral do nariz ou nos
seios da face (pólipos coanais).

Caracterizam-se por edema intenso da lâmina própria e es-


troma abundante, frouxo e mixomatoso, contendo infiltrado
de plasmócitos, linfócitos e eosinófilos, além de glândulas
mucosas. São revestidos por epitélio tipo respiratório, com
focos de metaplasia escamosa e espessamento da mem-
brana basal subepitelial.

Achados: espessamento da mucosa periférico, nível de fluido


gasoso nos seios paranasais, bolhas de gás dentro do fluido
e obstrução dos complexos osteomeatais.

Complicações da sinusite: coleção subperiosteal, erosão ós-


sea, esclerose óssea, celulite.
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Na ausência de infecção bacteriana o revestimento mucoso Histologicamente, o tumor tem crescimento papilífero,
permanece intacto, mas com a cronicidade, pode tornar-se sendo as hastes revestidas por epitélio escamoso não quera-
ulcerado ou infectado. tinizado e/ou do tipo transicional. No papiloma oncocítico as
hastes papilíferas são revestidas por células com citoplasma
Quando existem pólipos múltiplos ou grandes, pode ocorrer eosinofílico e granuloso. Células colunares ciliadas e secreto-
obstrução das vias aéreas, prejudicando a drenagem dos ras podem ser vistas nos 3 tipos.
seios. Além disso, podem causar alargamento dos óstios (no-
tadamente o maxilar) e cursam com remodelamento ósseo. PAPILOMA FUNGIFORME/EXOFÍTICO = é o tipo mais co-
mum, tendo recidiva frequente. Sua localização principal é o
A etiologia envolve múltiplos fatores: alergia, fibrose cística septo nasal. Não apresenta associação com carcinoma esca-
principalmente em crianças, inflamações principalmente em moso.
adultos, diabetes melitus e intolerância ao ácido acetilsalicí-
lico (AAS).

Os pólipos nasais são entidades benignas, sem qualquer po-


tencial para malignidade. Podem ser encontrados nos seios
nasais. Os antrocoanais originam-se no seio maxilar e esten-
dem-se à cavidade nasal através de um longo pedículo.

As características dos pólipos inflamatórios apontam para


uma etiologia alérgica. No entanto, a maioria das pessoas
que apresentam pólipos inflamatórios não são alérgicas.
PAPILOMAS ENDOFÍLICOS/INVERTIDO = são neoplasias
Uma minoria de atópicos apresentam pólipos inflamatórios.
benignas, mas localmente agressivas, que ocorrem tanto no
nariz como nos seios paranasais, principalmente na parede
lateral.

Como o nome sugere, a proliferação papilomatosa do epité-


lio escamoso invagina no estroma subjacente (diferente-
mente do exofítico que exibe um crescimento para fora).

Possui uma alta taxa de recorrência se não for ressecado de


forma adequada, podendo apresentar complicações poten-
cialmente graves como invasão da órbita ou da abóboda cra-
PAPILOMA SINONASAL (SCHNEIDERIANO) niana.

Trata-se de uma neoplasia benigna originada na mucosa do Em 10% dos casos, há uma transformação maligna.
trato sinonasal, ou seja, na mucosa scheneideriana que re-
veste a cavidade nasal e os seios da face. Pode apresentar displasia epitelial, e a frequência de detec-
ção de HPV aumenta com o grau de displasia. Possuem asso-
Ocorrem 3 formas: ciação com carcinoma escamoso.

✓ papiloma exofítico (fungiforme ou evertido) PAPILOMA ONCOCÍTICO = localização frequente na parede


✓ papiloma endofítico (invertido) lateral. Possui alta taxa de recidiva e não possui relação com
✓ de células cilíndricas ou oncocítico. HPV, apenas com o carcinoma escamoso.

Formam lesões expansivas, causando epistaxe e obstrução **Assim como os papilomas invertidos, os oncocíticos po-
nasal. dem apresentar invasão local, as vezes extensa com propa-
gação para estruturas além do nariz e seios da face (invasão
O DNA do HPV tipo 6 e 11 pode ser identificado em lesões
da órbita, erosão dos ossos por pressão, invasão da abóbada
exofíticas e endofíticas (exceto nas do tipo cilíndrico).
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craniana). Apesar de benignos, têm um comportamento lo-
calmente destrutivos.
TC mostrando espessa-
mento da região naso-
faríngea e um linfo-
nodo cervical aumen-
tado (dupla seta)

CARCINOMA NASOFARÍNGEO PÓLIPOS E NÓDULOS DAS PREGAS VOCAIS

É a neoplasia mais frequente da nasofaringe, podendo ser Os nódulos reativos (também chamados de pólipos) podem
dos tipos: se desenvolver, por vezes, nas pregas vocais, principalmente
em tabagistas pesados ou em indivíduos que fazem muito
(a) carcinoma de células escamosas queratinizante esforço nas pregas vocais (nódulos do cantor).
(b) carcinoma de células escamosas não queratini-
zante, que pode ser diferenciado e indiferenciado **Os nódulos do cantor são lesões bilaterais e os pólipos em
(linfoepitelioma) tabagistas são unilaterais, sendo mais frequentes em adul-
(c) carcinoma escamoso basaloide tos.

É caracterizado pela sua distribuição geográfica distinta, Esses nódulos são excrescências pedunculadas ou sésseis,
uma relação anatômica próxima ao tecido linfoide e uma arredondadas e lisas, geralmente pequenos, com poucos
associação com a infecção pela EBV. milímetros em sua maior dimensão. São tipicamente cober-
tos por epitélio escamoso, que pode se tornar ceratótico,
São comuns em certas regiões da África, onde são mais co- hiperplásico ou até levemente displásico. O centro do nó-
muns em crianças, e no sul da China onde são mais comuns dulo é formado por tecido conjuntivo frouxo, podendo ser
em adultos. fibrótico ou salpicado por numerosos canais vasculares.

Os principais fatores que influenciam na origem dessas neo- Quando os nódulos estão posicionados de forma oposta,
plasias são idade, hereditariedade e infecção pelo vírus Eps- eles podem sofrer atrito entre si e a mucosa sofre ulceração.
tein-Barr (EBV).
Pela sua localização e a inflamação que causam, estão asso-
Além da infecção pelo EBV, alimentação rica em nitrosami- ciados a alterações na voz e frequente rouquidão progres-
nas, tabagismo e fumaça química têm sido associados a do- siva.
ença.

Na forma não queratinizante/indiferenciada 75-100% dos


pacientes tem anticorpos e PCR positiva para EBV.

CARCINOMA NÃO QUERATINIZANTE INDIFERENCIADO


= é a forma mais frequente. Na maioria das vezes, a lesão
se origina na parede lateral da nasofaringe. Caracteriza-se
por proliferação de células epiteliais uniformes, com núcleos
vesiculosos, nucléolo evidente e citoplasma de limites im-
precisos, conferindo aspecto sincicial ao aglomerado celular.
No estroma há infiltrado inflamatório intenso rico em linfó-
citos (principalmente T).

Os carcinomas primários permanecem escondidos por longo


tempo. Obstrução nasal, epistaxe e linfadenomegalia cervi-
cal costuma surgir em lesões mais avançadas.

A sobrevida em 5 anos é de 70 a 95% para os não queratini-


zados e de 20% para os queratinizados. Os não queratiniza-
dos respondem melhor a radioterapia.

PÓLIPOS NÓDULOS
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PAPILOMA ESCAMOSO DE LARINGE As hiperplasias quase não apresentam potencial para a


transformação maligna, mas o risco aumenta.
É uma neoplasia benigna, geralmente localizada nas pregas
vocais verdadeiras, formando proliferações maciais, seme- FATORES DE RISCO:
lhantes a uma framboesa, menores de 1cm de diâmetro no
✓ Tabagismo > risco proporcional ao grau de exposi-
geral.
ção; quando associado ao álcool, aumenta-se o
São formados por múltiplas projeções delgadas, digitifor- risco
mes, sustentados por eixos fibromusculares centrais e reves- ✓ Fatores nutricionais
tidos por epitélio escamoso estratificado com maturação ✓ Exposição ao amianto
preservada. ✓ Radiação
✓ Infecção por HPV > os tipos 16 e 18 são encontrados
Quando estão nas bordas livres das pregas, pode gerar atrito em 5% dos casos
e levar à ulceração, causando uma hemoptise.
Podem ser divididos, segundo sua origem/localização:
Possuem risco de obstrução das pregas vocais.
INTRÍNSECOS = quando estão confinados à laringe propri-
Em geral, são únicos em adultos e múltiplos em crianças (pa- amente dita
pilomatose laríngea juvenil). Apesar disso, podem ocorrer
papilomas múltiplos recorrentes em adultos. EXTRÍNSECOS = quando se estendem além da laringe, ori-
ginando acima ou abaixo das pregas, na epiglote ou nas pre-
As lesões são causadas pelo HPV 6 e 11. Não se tornam ma- gas ariepiglóticas ou seios piriformes.
lignos, mas são recorrentes. Muitas vezes, sofrem regressão
espontânea na puberdade, porém muitos afetados ainda **Importante lembrar que a região glótica possui uma pe-
precisam recorrer a cirurgias antes disso acontecer. quena quantidade de vasos linfáticos, sendo assim, o carci-
noma glótico tem baixa incidência de metástases. Já a região
supraglótica é rica em vasos linfáticos, o que facilita a ocor-
rência de metástases mais precoces em carcinomas supra-
glóticos.

Os carcinomas de células escamosas da laringe possuem o


padrão de crescimento de outros carcinomas de células es-
camosas. Assim, eles:

1) Iniciam como lesões in situ


2) Mais tarde, assumem aparência de placas enruga-
das, acinzentadas e peroladas na superfície da mu-
CARCINOMA DE LARINGE cosa
3) Depois, viram lesões ulceradas ou vegetantes.
É tipicamente um carcinoma de células escamosas visto em
homens fumantes crônicos. Mais comum no sexo masculino, em homens acima de 60
anos, com clínica de rouquidão persistente, disfagia e disfo-
É vista uma sequência de: nia.

HIPERPLASIA > DISPLASIA > CARCINOMA

Observa-se um espectro de alterações epiteliais na laringe,


variam da hiperplasia, hiperplasia atípica, displasia e carci-
noma in situ ao carcinoma invasivo.

Na macroscopia, as alterações epiteliais variam de espessa-


mentos focais esbranquiçados ou avermelhados, as vezes ru-
gosos devido à hiperqueratose, até lesões verrucosas irregu-
lares ou ulceradas.

Existem todas as gradações de hiperplasia epitelial das pre-


gas e a probabilidade de haver o desenvolvimento de um
carcinoma é diretamente proporcional ao grau de displasia
quando a lesão é observada pela primeira vez.

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