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EMILLY MARQUES SABINO LEAL

UNIVERSIDADE VILA VELHA

formam a veia hepática e desembocam na veia


Patologia do sistema
cava)
hepatobiliar *A última região a receber sangue oxigenado é
o centro do lóbulo – os hepatócitos
centrolobulares sofrem muitos danos, porque
Quais as funções do fígado? Síntese colesterol qualquer coisa que diminua a tensão de
e ác. Biliares, metabolismo e conjugação oxigênio/fluxo sanguíneo reflete no centro do
pigmentos biliares, substâncias ingeridas e lóbulo; por isso lesões centrolobulares são
hormônios, síntese proteínas plasmáticas, mais comuns
fatores de coagulação,  e  globulinas;
*Ducto biliar intralobular – o fluxo da bile é
armazenamento de glicogênio; filtro do sangue
contrário ao fluxo do sangue (enquanto o
(células. Kupffer)
sangue da indo da região do espaço porta para
Quais são os vasos que chegam com o sangue o centro do lóbulo, o fluxo de bile está indo do
no fígado? Artéria hepática, veia porta (traz centro para a periferia, até desembocar no
sangue do intestino – presença de amônia no ducto biliar fora do lóbulo)
sangue intestinal, aminoácidos para produzir
proteína, compostos tóxicos, medicamentos)
*O fígado é organizado em lóbulos divididos
por tecido conjuntivo (mais facilmente visíveis
em casos de necrose); nos suínos se vê as
divisões normalmente

*Espaço de Disse (célula estrelada) –


armazena e secreta Vit. A no fígado normal,
quando tem lesão grave no parênquima, essa
célula para de armazenar e secretar Vit. A e
começa a produzir tecido conjuntivo fibroso
(fibrose); É UMA DAS CÉLULAS
*Tríade portal – espaço porta; cada espaço
RESPONSÁVEIS PELO PROCESSO DE
porta vai ter um ramo da artéria hepática e um
CIRROSE
ramo da veia porta (maior)
Esse sangue (artéria hepática e veia porta) se
misturam e passam pelos capilares sinusóides, Acúmulo de pigmentos
e distribuem sangue pelos hepatócitos e vice-
versa *Ciclo bilirrubina – hemoglobina: porção heme
é convertida nos pigmentos (porção que tem a
O sangue dos capilares sinusóides
biliverdina é convertida em bilirrubina) e a
desembocam na veia centrolobular (cada
globina é reutilizada para formação de novas
lóbulo tem uma, essas que no final se juntam e
hemoglobinas
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A bilirrubina não é solúvel, então precisa ir para formam outros compostos (moléculas de
o fígado, onde vai ser conjugada e se tornar ácidos graxos)
solúvel para ser liberada
Os triglicerídeos tem que ser liberados do
A bilirrubina se junta com albumina na hepatócito (só fica uma quantidade pequena,
circulação ser transportada até o fígado, onde que é o quando o fígado aguenta), para isso,
se desliga da albumina para ser conjugada ele tem que conjugar uma proteína –
com o ácido glicurônico, formando a bilirrubina APOPROTEINA – para virar uma lipoproteína
conjugada; passa a ser solúvel para ser de baixa densidade (VLDL) e assim ser
eliminada via ducto biliar no duodeno liberado na circulação
Hemólise extravascular – hemácia se rompe no *O que pode acontecer para acumular
órgão (baço, fígado) triglicerídeo? Quando há deficiência da
apoproteina ou de uma outra proteína que gera
Hemólise intravascular – acontece dentro da
a apoproteína, não conjuga o triglicerídeo e ele
corrente sanguínea (hemácia de rompe na
fica acumulado; existem doenças genéticas
corrente sanguínea)
que tem correlação com a deficiência da
*Se houver uma lesão hepática, vai ocorrer o apoproteína
acúmulo de bilirrubina não conjugada (não da
Dieta gordurosa vai sobrecarregar o hepatócito
conta de conjugar) – icterícia de origem
– excesso de entrada
hepática
*Falta de ATP, oxigênio, também atrapalha o
*O fígado e os hepatócitos estão normais, a
metabolismo
bilirrubina está sendo conjugada normalmente,
porém há algo obstruindo o ducto biliar – *Causas tóxicas – medicamentos, substâncias
acúmulo de bilirrubina conjugada; icterícia de fúngicas...
origem pós-hepática; pode estar associada à
AFLATOXINA – vai inibir microtúbulos que
alguma obstrução do ducto colédoco, vesícula
fazem parte do citoesqueleto da célula (estes
biliar, inflamação no intestino que
que ajudam as vesículas a se movimentarem
rompa/comprima o esfíncter...
dentro da célula)
Diabetes Melitus – deficiência da produção de
DISTÚRBIOS METABÓLICOS E DEPÓSITOS DE insulina ou resistência da ação da insulina; a
insulina é importante pois joga a glicose que
SUBSTÂNCIAS está na circulação para dentro da célula,
formando ATP e sendo utilizado como forma de
ESTEATOSE (degeneração gordurosa, lipidose
energia
hepática, fígado gordo)
Hipotireoidismo – metabolismo diminui,
Grande entrada de triglicerídeos pelo TGI
começa a acumular gordura
Doenças que causam anorexia/privação de
Maior demanda energética – pico de lactação,
alimentação... Qual seria a primeira fonte
final de gestação, gestação gemelar (ovinas)...;
energética? GLICOSE; diminui a glicose, o
quebra de tecido adiposo/triglicerídeos,
animal começa a ter hipoglicemia, busca-se
formação de ácidos graxos até sobrecarregar
tecido adiposo (triglicerídeo) para produzir
o hepatócito e começar a acumular
quilomícrons
triglicerídeo ali dentro
*O triglicerídeo vai entrar no hepatócito para
ser metabolizado, e a partir do triglicerídeo se
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produzir cortisol) em excesso; neoplasia de


hipófise/adrenal); unilateral atrofia uma das
adrenais porque a outra está produzindo
cortisol em excesso
- Adrenal (primário)
AMILOIDOSE – formada uma parte de
proteínas séricas que podem ser originadas
das imunoglobulinas
*Proteínas da fase aguda (processos
inflamatórios graves)
CICLO DE KREBS – ácidos graxos são
metabolizados e formam corpos cetônicos - Mais comum associada a cavalos produtores
(tóxico – não pode ficar no organismo); de soro, animais com neoplasias
começam a causar alteração no (principalmente de plasmócitos), cães da raça
funcionamento de todas as células; pode levar Sharp ei
a acidose → CETOSE = SÍNDROME
- Órgão vai ficando amarelado
*Sinais clínicos da cetose = lesão do SNC; sinal
neurológico – convulsão...
*É possível dosar os corpos cetônicos na urina DOENÇA DO ARMAZENAMENTO DE COBRE

LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA – pode ser O cobre é um mineral muito importante para
primária (quando não é detectado uma doença função de várias enzimas (auxilia a
prévia) ou secundária (mais comum – diabetes desempenhar suas funções) – formação de
melitus, pancreatite, neoplasiais) colágeno...

- Sinais: vômito, anorexia, perda de peso, Intoxicação/distúrbio metabólico – fígado


icterícia (hepatócito sobrecarregado por armazena o cobre se tiver em excesso e
triglicerídeos = não conjuga bilirrubina), também excreta/libera na circulação à medida
hepatomegalia (fígado muito aumentado)... que vai sendo necessário

- Necrose centrolobular (não pode chamar de *Cada espécie tem a quantidade que pode
noz-moscada pois este é associado a armazenar; os ovinos aguentam uma
congestão da IC direita); a necrose acontece quantidade menor de armazenamento de
porque os hepatócitos sobrecarregados cobre em relação às outras espécies
comprimem os capilares sinusóides e o sangue
Etiologia – suplementação excessiva oral ou
tem uma resistência para chegar ao centro do
parenteral, pastagem contaminada com sulfato
lóbulo
de cobre, ovinos com acesso a formulações de
- Multifatorial bovinos
*Senecio brasiliensis, Echium plantagineum e
Crotalaria spp – PLANTAS TÓXICAS
ACÚMULO DE GLICOGÊNIO
Se o fígado está sem lesão e com 100% dos
HIPERADRENOCORTICISMO hepatócitos, ele irá captar o cobre e armazenar
normalmente. Caso haja lesão e ele perca 50%
- Hipofisário (secundário): a hipófise produz
dos hepatócitos, o cobre continuará entrando
ACTH (que estimula o córtex adrenal a
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e os hepatócitos restantes vão ter que captar - São originados de ductos/canalículos biliares
mais cobre (mais do que sua capacidade) – o
- Quando cortados possuem material
cobre em excesso oxida a membrana
semelhante a bile; amarelado...
plasmática e causa lise dos hepatócitos =
necrose = cobre cai na circulação = hemólise DOENÇA HEPÁTICA POLICÍSTICA – em
intravascular (pode causar necrose tubular algumas espécies pode vir junto com a doença
renal por pigmento – os pigmentos quando em renal policística; raro
excesso são liberados no rim = necrose =
Doença cística congênita – cães, gatos
hemoglobina = hemoglobinúria)
persas...
Necrose hepática + hemoglobinúria = necrose
CONEXÃO ANORMAL ENTRE:
tubular renal
Artéria hepática e veia porta
- Fístula arteriovenosa: comunica uma artéria
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO HEPATÓGENA com uma veia dentro do parênquima hepático
(microscópico)
Ocorre sensibilização exagerada da pele e das
mucosas devido a ação da radiação *Os animais podem nascer com essas
comunicações (ramo da artéria hepática com
Por que a pele começa a ficar sensível? Por
um ramo da veia porta) – má
que vai haver deposição de pigmento na pele,
formação/alteração gênica na hora do
deixando ela mais sensível à radiação
desenvolvimento do fígado
*Ocorre em herbívoros – comem capim
Quando se tem muitas comunicações dessas,
(produzem clorofila); no rúmen é degradada
pode ocorrer mistura desse sangue (o mais
pela microbiota, formando diversos compostos,
comum é o sangue da artéria ir para a veia –
como filoeritrina
por mais que seja uma arteríola, a pressão
Mecanismo normal: a clorofila é quebrada no ainda é maior que a da veia)
rúmen e parte da filoeritrina é liberada nos sais
***A presença dessa má formação em vários
biliares
locais, comprometendo uma boa parte do
*Qualquer coisa que obstrua as vias biliares parênquima, começa a ter desvio de sangue
pode alterar esse mecanismo – cálculo biliar, da artéria para a veia dentro do espaço porta =
ingestão de brachiaria, cirrose, PARASITA... arterialização da veia porta (começa a ficar
com sangue arterial) = congestão
FILOERITRINA = deposição de pigmento =
(secundariamente pode refletir na veia porta
lesão quando em contato com a radiação que
intra hepática – sangue vai ter dificuldade de
induz processo inflamatório (dermatite - fica
penetrar o parênquima) = hipertensão =
alopécico, hiperêmico, pode ter prurido, pode
aumento de pressão hidrostática =
ulcerar, pode dar bolhas...)
extravasamento de líquido e ASCITE
*Pode ter bactéria secundariamente (congênito)
*Não vai ter lesão na pele preta, só na branca *Quando se tem obstrução vascular de forma
– melanina crônica, as células endoteliais são estimuladas
a formarem novos vasos – desvio
portositêmico extra-hepático
ANOMALIAS DE DESENVOLVIMENTO adquirido/neovascularização (veia porta com
uma veia sistêmica – principalmente cava)
Cistos múltiplos – gatos e suínos
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A veia porta leva aminoácidos (que leva a ***Diferentes dos adquiridos


formação de proteínas), glicose e muitas
- Intra hepático:
toxinas que precisam ser metabolizadas
(principal = amônia, convertida em ureia) – do Persistência do ductus venosus fetal
intestino (esquerdo)
***Com os desvios portosistêmicos adquiridos, Cães de raças grandes
a amônia que vem do intestino em direção ao
*RARO – muito difícil fazer diagnóstico
fígado para ser metabolizada, cai na circulação
sistêmica (através da veia cava) – amônia na - Extra hepático:
circulação sistêmica causa lesão neurológica -
**Cães de pequeno porte e gatos
SNC (atrapalha neurotransmissores, necrose
neuronal edema cerebral – qualquer edema já O animal nasce com o shunt ligando a veia
é suficiente para fazer morte neuronal porque porta à veia cava – shunt porto-caval
não tem espaço para o cérebro expandir...)
*É UM (e não vários como no adquirido) vaso
Em casos neurológicos o animal pode ter mais calibroso, dependendo do calibre vai ter
convulsões (quadros epilépticos), pode entrar mais desvio de sangue = mais sinais clínicos
em coma, podem ficar muito agitados,
- Toxinas caem da veia porta para veia cava
uivando, chorando... QUADRO CLÍNICO:
ENCÉFALOPATIA HEPÁTICA Sinais clínicos – depressão, convulsão,
subdesenvolvimento, ENCEFALOPATIA
*Pode ser chamado de shunt, mas tem que
HEPÁTICA
falar que é um shunt ADQUIRIDO (desvio
portosistêmico), pois shunts são congênitos Macroscopia: fígado diminuído, NÃO TEM
ASCITE
*Difícil diagnosticar em vida – animal é um
filhote, não tem cirrose, fígado diminuído, tem Microscopia: atrofia lobular, VP
neovascularização e ascite = pensa-se em pequena/ausente e vazia, arteríolas hepáticas
arterialização (é feito histologia para saber) tortuosas e numerosas, vasos linfáticos
dilatados
Fácil diagnóstico – ultrassom com Doppler
- Existe cirurgia: coloca-se um anel para que o
shunt se feche

Veia porta e outra veia sistêmica


(principalmente veia cava)
DESVIOS VASCULARES PORTOSISTÊMICOS
CONGÊNITO (SHUNTS)
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NECROSE/DEGENERAÇÃO HEPÁTICA aumentando/extender atingindo o espaço


periportal...
*Degeneração é o processo inicial da célula
**O fígado consegue se regenerar se a causa
que pode evoluir para uma necrose
for retirada, desde que ele tenha células tronco
ou hepatócitos ao redor que consigam se
multiplicar
Ex: hepatite foi tratada, os macrófagos vem e
fagocitam o tecido necrosado e começam a
estimular vários fatores de crescimento, os
hepatócitos vão se multiplcando e se
regeneram
*Os hepatócitos ficam em cordões; tem o
espaço de disse onde há células estreladas;
esses hepatócitos em cordões só se organizam
dessa forma pois há fibras onde eles se apoiam
(a organização em forma de cordão que forma
a estrutura do fígado) – se a lesão for muito
grave e as fibras reticulares forem danificadas,
mesmo tendo regeneração/hepatócitos
proliferando, eles não conseguem mais se
organizar em forma de cordão (vai se
proliferando de forma aleatória, sem formar o
lóbulo)
**Necrose tubular (ocorre no centro do lóbulo) *Nos tipos de lesão grave, além dos
– está associada a hipoxia, muito comum em hepatócitos de proliferarem de forma
casos de IC direita/hiperemia, anemia (baixa desordenada, as células estreladas são
quantidade de oxigênio, toxinas ativadas e produzem tecido conjuntivo fibroso
(medicamentos, porque ao serem = fibrose/nódulo de regeneração (crônicos e
metabolizados podem formar outros proliferação/hiperplasia de ductos biliares
compostos – CIP450 complexo primário
predomina na região centrolobular) Aspecto noz moscada

Pode ocorrer necrose da região periportal –


geralmente por agentes infecciosos
Necrose multifocal aleatória (zonas
esbranquiçadas; em casos de hemorragias
pode ser avermelhado) – não tem uma zona
específica, acontece em lóbulos aleatórios;
geralmente causada por agentes infecciosos;
HEPATITE
Necrose difusa – é quando a necrose vai
aumentando; ex: animal começou com uma
necrose centrolobular por hipoxia mas a causa
não foi retirada = necrose vai
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***CIRROSE É DIFUSA – não acontece em um desemboca no duodeno → porta de entrada


só lóbulo, mas sim no fígado todo para o fígado)
CIRROSE (estágio terminal): Hepatite - inflamação do hepatócito
Para ser cirrose tem que ter nódulo de
Colangite - obstrução das viais biliares
regenaração, hiperplasia de ductos biliares e
(canalículo ou ducto)
fibrose
Pode ser causada por insultos tóxicos Colângio-hepatite - inflamação dos hepatócitos
crônicos, obstrução biliar, hepatite, congestão E obstrução das vias biliares
passiva crônica (cirrose cardíaca)
Pericolangite - inflamação só ao redor dos
*Os nódulos podem ficar amarelados por ductos biliares
causa de bilirrubina – falha na conjugação e
eliminação da mesma Hepatite portal – inflamação no espaço porta
(secundária a alterações dos ductos biliares ou
***QUALQUER DOENÇA CRÔNICA vasculite
Cirrose já é o diagnóstico morfológico
*A hepatite pode ser aguda (período de 15 dias
Perda de arquitetura do órgão – ou o animal recupera ou morre; vírus/toxina),
crônica (após 15 dias – fibrose e hiperplasia)
Alterações clínicas e anatomopatológicas –
ou crônica ativa (ex: o animal teve uma
interícia, encefalopatia hepática,
leptospirose e não morreu, mas o agente ainda
hipoalbuminemia (edema – pulmonar,
está ali; o animal parece saudável mas na
subcutâneo, ascite...), pode atrapalhar o
verdade está assintomático – passa um tempo
metabolismo dos triglicerídeos e fator de
e o quadro agudo volta)
coagulação (não produz proteína, fibrinogênio
– qualquer pancada faz hematoma...)
**Ascite em um animal com cirrose geralmente
é muito grande – não produz albumina = HEPATITES
pressão oncótica diminui (já é suficiente para
causar edema); a veia porta não consegue HEPATITE INFECCIOSA CANINA
mandar sangue para o parênquima (perda de
Causada por um vírus (adenovírus tipo 1) que
arquitetura de vaso → a veia porta penetra o
tem tropismo por 2 regiões específicas –
parênquima e se bifurca pelo espaço porta –
endotélio, penetrando na célula endotelial e se
que já não existe mais) = aumenta pressão
multiplicando, gerado vasculite pois essa
hidrostática = ascite
multiplicação induz necrose e a chegada de
Fígado pequeno (retrai com a fibrose) células inflamatórias
Processos inflamatórios: *Secundária a vasculite pode haver
O que pode levar a uma cirrose? Hepatite, hemorragia, edema (geralmente no abdômen =
colangite, medicamentos, esteatose, ascite; acontece por aumento de
intoxicação por cobre... permeabilidade vascular associada a processo
inflamatório – não tem aumento de pressão
- Esses agentes podem chegar ao fígado por hidrostática)...
via hematógena (circulação), penetração direta
(retículo pericardite traumática, ruminite), via ***Esse edema é o EXSUDATO – líquido com
ascendente (sistema biliar – ducto biliar inflamação; presença de fibrina (geralmente se
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vê fibrina na cápsula do fígado, na vesícula ***DIATESE HEMORRÁGICA – sangramento


biliar...); pode haver edema da parede da em vários lugares ao mesmo tempo (nasal,
vesícula biliar também hematêmese, melena, por trauma...); sem o
fator de coagulação não haverá como estancar
*Com a lesão endotelial, a hemorragia pode o sangramento da vasculite
causar um trombo (microtrombos, pois pega
vasos pequenos) ***Normalmente filhotes – vacinação
incompleta ou não vacinados; com o passar da
- A formação de microtrombos gera um idade os animais acabam ficando mais
consumo nos fatores de coagulação e, resistentes
consequentemente, uma coagulação
intravascular disseminada (CID – formação de - Clinicamente – hemorragia, ascite, pode ter
microtrombos em vários locais dos pequenos icterícia, dor a palpação (fígado aumentado e
vasos ao mesmo tempo; ascites infecciosas, processo inflamatório)
toxinas bacterianas também podem levar a
CID) - Macroscopia: fígado aumentado, hiperêmico,
áreas hemorrágicas no fígado, estômago, no
- Com a formação desses microtrombos, o coração...
animal pode ter necrose coagulativa em vários
lugares, e isso pode leva-lo à óbito - Microscopicamente: áreas de hemorragia
multifocais, processo inflamatório (por conta da
*Sistema nervoso faz muita trombose; hepatite – linfócito), corpúsculo de inclusão
hemorragia do SN intranuclear no núcleo dos hepatócitos e das
células endotelias
*Vasculite e trombo acontecem bem rápido;
fase AGUDA **Diagnóstico diferencial: herpesvírus canino –
também faz áreas de necrose hepática
- O adenovírus também se multiplica nos multifocal, também afeta filhotes (até 1 mês,
hepatócitos, provando necrose de hepatócito então se for um filhote de 4/5 meses por ex,
pensa-se primeiro em hepatite infecciosa)
*A multiplicação do vírus nos vasos
(consumindo fator de coagulação) e nos *Glomerulonefrite – glomérulo também é vaso
hepatócitos (necrose) vai causar DIATESE
HEMORRÁGICA, pois quem repõe/produz o ***Os animais que sobrevivem a fase aguda
fator de coagulação é o fígado, mas podem desenvolver vasculite por deposição de
dependendo do grau da hepatite (necrose dos imunocomplexo (anticorpo se junta com
hepatócitos) não produzirá o fator de antígeno e começa a se depositar nos vasos)
coagulação
- Quando os imunocomplexos se depositam
nos vasos da íris, levam ao aumento de
permeabilidade (vasculite) e edema de córnea;
animal não consegue enxergar, sente dor,
pode acabar ficando cego... OLHOS AZUIS;
não é diretamente pela ação do vírus, e sim
pela deposição de imunocomplexos

OUTROS VÍRUS QUE PODEM CAUSAR


HEPATITE:
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PIF – Peritonite Infecciosa Felina; inflamação Em alguns livros pode ser definida como
piogranulomatosa/fibrinosa; fibrina em vários doença negra, pois o animal apodrece muito
órgãos do abdômen; hepatite fibrinosa rápido; pseudomelanose

Anemia Infecciosa Equina – Hepatite portal **Clostridium haemolyticum l(agente


etiológico): faz hemoglobinúria bacilar
Outros tipos de Adenovírus (principalmente do
tipo 2) – também em filhotes principalmente, Precisa de baixa tensão de oxigênio para se
cordeiros, cabritos, bezerros; pode causar multiplicar = área que já tenha necrose; se
necrose hepatocelular, colangite e necrose prolifera e começa a produzir toxinas
biliar
Ficam latentes no fígado (os macrófagos
HEPATITES BACTERIANAS: fagocitam e elas ficam nas células de kupffer) –
se acontece alguma lesão prévia no fígado
com baixa tensão de oxigênio, essa bactéria é
ativada e começa a se multiplicar e produzir
toxina

Pode ser qualquer lesão – doença cardíaca


que fez hipóxia...

Geralmente a hemoglobinúria bacilar é


Porta de entrada – umbigo (principalmente
associada à Trematódeo Fascíola hepática (é
trueperella pyogenes), via hematógena, veia
uma parasita de boi que fica dentro do ducto
porta, via ducto biliar, contato direto com TGI
biliar – o parasita adulto – porém, a forma
(rúmen)
imatura fica migrando no parênquima =
*Fazem abcessos, piogranulomas necrose)

**Fusobacterium necrophorum: causa hepatite Que condição ambiental precisa-se ter para ter
necrotizante; presente principalmente no TGI; Fascíola? Lagoas – ficam em caramujos na
é uma bactéria ambiental (está no capim por beira das lagoas; o animal ingere a forma
ex) só que a microbiota do TGI estiver normal, imatura (metacercária), que passa pela veia
a bactéria não faz nada – precisa de lesão porta e vai migrando pelo parênquima até
prévia para se proliferar; lesão de mucosa por chegar ao ducto biliar e atingir a forma adulta
perfuração etc → essa migração causará necrose, se o animal
já tem o clostriudium latente, ele é ativado, se
Ex: bovino ingeriu muita ração e fez acidose multiplica e produz toxinas (fosfolipase C –
ruminal – a microbiota muda e bactérias que enzima que digere fosfolipídeos localizados na
eram insignificantes começam a se proliferar membrana = necrose hepatocelular)

Faz muita necrose; cheiro de podre; A fosfolipase C na circulação causa lise de


secundariamente (principalmente pelo TGI) hemácia (hemólise) – hemoglonibúria por
pode chegar ao fígado por veia porta (lesão conta da hemólise
encontrada principalmente no espaço porta)
ou por lesão no rúmen/ruminite em contato É bacilar porque essa bactéria é um bacilo
direto com o fígado
Dependendo da quantidade de Fascíola da
para ver ao corte do órgão, pois ela é grande
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Salmonella spp: chega no fígado através da via Os gatos adquirem comendo lagartixa
ascendente (ducto biliar; faz muita lesão no
intestino) HEPATITE NUTRICIONAL

Leptospira interrogans sorovar Grippotyphosa: Deficiência de Vit E e selênio em suínos –


faz hepatite aguda ou crônica (a depender da necrose de músculo cardíaco esquelético, mas
evolução; pode gerar cirrose); animal em suínos especificamente faz necrose de
desenvolve icterícia... VASOS (coração de amora – junto com a
necrose tem hemorragia)
Clostridium novyi: mesmo mecanismo do
haemolyticum – hepatite necrotizante; precisa Isso também pode acontecer na região
de uma lesão prévia; NÃO FAZ HEMÓLISE = centrolobular do fígado – necrose hemorrágica;
não tem hemoglobinúria fígado bem vermelho = HEPATOSE DIETÉTICA

HEPATITES PARASITÁRIAS O suíno pode ter coração de amora e hepatose


dietética ao mesmo tempo – mesma causa

HEPATITES TÓXICAS

- 80% do suprimento sanguíneo do fígado vem


da veia porta

- O fígado tem alta capacidade de


biotransformar, e nessa biotransformação
- Nematóides: não são os parasitas adultos acaba bioativando compostos tóxicos que
que ficam no fígado, são as larvas (hepatite por lesionam ainda mais o fígado
larva)
Pode ocorrer por medicamentos ou plantas
As larvas ficam dentro de granulomas pois a tóxicas – algumas plantas fazem hepatite
resposta imunológica tenta aprisionar essas aguda, outras crônica e cirrose
larvas
Necrose hepática, encefalopatia hepática,
Alta quantidade de EOSINÓFILO icterícia, ascite e pode vir a óbito...

- Cestóides Plantas tóxicas:

*Taenia hydatigena (cães), Cysticercus Cestrum laevigatum: bovino morre em 4 dias


tenuicollis (equino, ruminantes, suínos) – a com um quadro de encefalopatia hepática;
larva migra para os órgãos, encéfalo.. e forma necrose aguda
o cisticerco
*Boi com quadro neurológico... Qual a primeira
Echinococus granulosus: a larva forma cistos suspeita? RAIVA
no fígado
Cica revoluta
***É uma zoonose
Aflatoxinas: Aspergillus flavus e A. parasitus
- Trematóides
São toxinas fúngicas – ficam em cereais,
Plastynosomum fastosum: mais comum em ração...
gatos (ducto biliar); colangite, icterícia...
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Como saber se é aguda ou crônica? Vai Hiperplasia biliar – lesão de pouco significado
depender do tempo de ingestão, da comumente encontrada em cães velhos; não
quantidade de toxina que tem na amostra... causa nenhum problema

Doses pequenas por um tempo longo, é


crônica e pode evoluir para cirrose
ALTERAÇÕES HIPERPLÁSICAS E NEOPLÁSICAS
Doses altas e de uma só vez, vai ser aguda
***Adenoma (benigno); carcinoma (maligno)
*Ingestão crônica pode induzir mutações
gênicas e levar a formação de carcinomas • Adenoma hepatocelular (alteração benigna
hepatocelulares de hepatócitos)
• Carcinoma hepatocelular – aflatoxina**
*Aguda: necrose e hemorragia
• Adenoma colangiocelular (alteração
*Crônica: degeneração, necrose, hiperplasia benigna de ducto biliar)
biliar, fibrose, megalocitose (células grandes – • Carcinoma colangiocelular
material multiplica mas não divide)... • Hemangiossarcoma
• Linfoma
Hepatites tóxicas medicamentosas: • Hiperplasia colangiocelular (reação do
fígado a agressão)
- Grandes doses • Hiperplasia nodular hepática – cão velho;
geralmente é um nódulo único que não
- Gatos: deficiência de glucoruniltransferase
cresce (fica com 2cm aproximadamente);
- Caprofeno: labrador não precisa tirar o nódulo e nem o fígado

- Primidona e Fenobarbital

PATOLOGIAS DE DUCTOS BILIARES E DA


VESÍCULA BILIAR

Colecistite – edema de vesícula biliar

Salmonella – principalmente em bezerros;


colecistite fibrinosa → é PATOGNOMÔNICO
de salmonella em bezerros (não tem em outra
doença – encontrou colecistite fibrinosa em
bezerro = salmonella)

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