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O sistema ósseo é formado pelo esqueleto axial que

compreende a cabeça, coluna vertebral, costelas e


esterno, e pelo esqueleto apendicular que engloba
os membros torácicos e os membros pélvicos.

CABEÇA
O aspecto da cabeça é determinado pela idade, sexo e
raça dos animais.
Os ossos pares (como por exemplo os Ossos Frontais)
são os que se localizam nos dois lados da cabeça
(esquerdo e direito), assim nominados Nasais, Frontais,
Lacrimais, Zigomáticos, Maxilares, Incisivos, Parietais,
Mandíbulares, Palatinos, Pterigóides, Etmóides,
Esfenóides e Temporais. Os ossos Vômer, Occipital e
Interparietal são ossos impares (como por exemplo o
Osso Occipital), pois apresentam apenas uma unidade na
cabeça.
A maior parte dos ossos da cabeça são classificados
como ossos planos, compostos por duas lâminas
paralelas de tecido ósseo compacto com osso esponjoso
entre elas. Apresentam como função principal a
proteção do encéfalo (constituído pelo cérebro,
cerebelo e tronco encefálico), como o O. Frontal, O.
Parietal e O. Occipital. A Mandíbula e o osso Temporal
são classificados como ossos irregulares, pois seu
comprimento, largura e altura não seguem os padrões
citados.
Os ossos da cabeça (com exceção a mandíbula) estão
fixados uns aos outros por meio de suturas (um tipo de
articulação fibrosa imóvel). A mandíbula
está articulada ao osso temporal e somente ela se
movimenta no processo de mastigação.

COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral inicia desde o crânio e vai até a ponta
da cauda. É constituída por ossos denominados vértebras.
A sequência a partir do crânio é a seguinte:

ossos pares (como por exemplo os Ossos


Frontais) são os que se localizam nos dois
lados da cabeça (esquerdo e direito), assim
nominados Nasais, Frontais, Lacrimais, Z
As funções da coluna vertebral são de proteção da medula
espinhal, de movimentos de flexão, extensão e rotação,
além de sustento do corpo e de vários órgãos como por
exemplo estômago e intestino.
As vértebras em geral possuem corpo, processo
espinhoso, processos transversos, processos articulares,
forames e um orifício interno que abriga a medula espinhal.
A vértebra Atlas possui um formato retangular em
equinos, e a Áxis é a vertebra mais longa do corpo do
animal, juntas realizam o movimento de “cima, baixo” da
cabeça dos animais.
As sete vertebras cervicais presentes nos equinos
possuem o processo espinhoso e os processos
transversos de tamanho semelhantes, portanto, mais
regular e “quadrada” que as demais vértebras, o que
permite a função de rotação do pescoço.
Apresentam 18 vértebras torácicas, e estas possuem
o processo espinhoso muito mais longo que os processos
transversais, articula-se com as costelas e auxilia na
sustentação de órgãos como pulmão e coração.
Possuem oito pares de costelas esternais (articuladas
diretamente ao esterno), 10 pares aesternais (cartilagem
das costelas se unem umas às outras para se articularem
com o Esterno) e não possuem costelas flutuantes (não
articuladas ao Esterno).
As seis vértebras lombares possuem os processos
transversais mais longos que o processo espinhoso,
semelhante a um avião.
As cinco vértebras sacrais são fusionadas, possuindo
cinco processos espinhosos e apenas um par de processos
transversais. Estão articuladas ao osso coxal e auxiliam na
sustentação da cauda.
Possuem de 15 à 21 vértebras caudais, estas são as
menores do corpo e diminuem de tamanho a medida que
chegam ao final da cauda. Possuem processos espinhoso e
transversos pequenos, os quais desaparecem
progressivamente até o final da cauda.

As costelas são alongadas e curvadas, seu corpo é mais


arredondado do que achatado. As extremidades são
articuladas às vértebras torácicas e ao esterno. Possuem
função de proteção de órgãos como coração e pulmão e
auxiliam no processo de respiração, juntamente com o
diafragma.
O esterno é formado por três partes: cartilagem do
manúbrio, corpo do esterno (esternébras) e cartilagem
xifóide. Auxiliam na proteção e sustentação de órgãos.
Articula-se lateralmente com as costelas do lado direito
e esquerdo, formando a caixa torácica.

MEMBROS TORÁCICOS
Os membros torácicos são formados pelos
ossos: Escápula, Úmero, Rádio, Ulna, Carpos, Metacarpos
, Falanges e Sesamoides.
O Osso Escápula possui formato de uma raquete de tênis,
sendo em sua maior parte um osso chato. Está
diretamente ligada ao andamento, sendo responsável pelo
estiramento dos membros torácicos (levar o braço para
frente e para trás no processo de caminhada). Por isso
o ângulo da Escapula é importante para avaliação
morfológica de equinos, pois, a partir dele, podemos
saber se o passo do animal é longo ou não, sendo
importante para animais de corrida (quanto mais
horizontal o ângulo, melhor, pois mais longo é o passo do
animal, maior o estiramento do braço).
Está posicionada sobre as costelas ligada por músculos
e tendões, e é articulada ao O. Úmero.
O O. Úmero equino possui como particularidade o
tubérculo intermédio, na direção lateral. É um osso longo,
está articulado ao O. Escapula e aos ossos Rádio e Ulna.
Os ossos Rádio e Ulna são fusionados entre si, e a Ulna
se estende por todo o corpo do Rádio (diferente de
ruminantes onde a Ulna acaba no meio do corpo do Rádio).
São ossos longos e fazem articulação com o Úmero e com
os Carpos. Realizam o movimento de erguer e abaixar o
braço.
Os ossos do Carpo são irregulares e pequenos. Estão
dispostos em O. cárpico acessório (face lateral), O.
cárpico ulnar (face lateral), O. cárpico intermediário, O.
cárpico radial (face medial), O. cárpico II e O. cárpico
III (que são fusionados) e O. cárpico IV (lateral). Esses
ossos formam a região do joelho nos equinos. Estão
articulados ao Rádio e Ulna, e aos Metacarpos.
Os ossos do metacarpo são longos. Dispostos em O.
metacárpico IV, O. metacárpico III (mais longo de todos os
ossos metacárpicos, está entre os outros dois) e O.
metacárpico II. Os ossos IV e II estão fusionados no III, e
seu comprimento vai até o meio do corpo do metacarpo
III. Estão articulados aos ossos do carpo, aos sesamóides
e à falange proximal.
Os O. Sesamóides são irregulares e quadrados. Os
sesamóides proximais possuem função de proteção dos
metacarpos na hora da andadura, caso o impacto seja
muito grande e encostem no chão. E os sesamóides distais
possuem função de proteção do casco no impacto da
andadura.
A articulação entre os ossos do metacarpo,
sesamódes proximais e falange proximal formam a região
anatômica denominada de boleto. Uma região que sofre
muito com o exagero da atividade física, ficando com os
ligamentos comprometidos, causando inchaço e muita dor
aos animais.
As falanges estão divididas
em proximal, média e distal (envolta pelo casco). Sendo
que a proximal esta articulada ao metacarpo e
sesamóides, e a falange distal articulada ao sesamóide
distal. As falanges que permaneceram na espécie equina
foram apenas as III (terceiro dedo, as outras falanges
involuíram ao longo da evolução). São considerados ossos
longos.

MEMBROS PÉLVICOS
Os membros pélvicos são formados pelos
ossos: Coxal, Fêmur, Patela, Tíbia, Fíbula, Tarsos, Metata
rsos, Falanges e Sesamóides.
O Osso Coxal é formado pela fusão de três pares ossos:
dois Ílios, dois Ísquios e dois Púbis, todos são considerados
ossos planos. Os O. Ílios apresentam a face auricular onde
se articula o O. Sacro. Entre os Ísquios e Ílios há o
acetábulo, onde se articula os O. Fêmur.
Os dois ossos Púbis estão fixados um ao outro por
meio da Sínfise Pélvica, um tipo de articulação fibrosa
móvel que pode dilatar com a ação do hormônio Ocitocina
na hora do parto, deixando os ossos afastados para
maior facilidade de passagem do potro. A Sínfise Pélvica
em machos é mais fibrosa e imóvel.
O osso Fêmur equino possui como particularidade o
terceiro trocanter, na direção lateral. É um osso longo,
está articulado ao O. Coxal, O. Patela e ao O. Tíbia. Realiza
o movimento de frente e trás das pernas do animal.
A patela é um osso sesamóide de formato irregular, e
possui função de proteção dos ligamentos da articulação
do Fêmur.
Os ossos Tíbia e Fíbula são fusionados entre si, a Fíbula
possui formato de agulha e se estende até o meio do
corpo da Tíbia. A tíbia é um osso longo e faz articulação
com a Fíbula, Fêmur e com os ossos do tarso. Realizam o
movimento de sobe e desce da perna.
O Tarso é composto pelos
ossos Tálus, Calcâneo, Central, 1º e 2º Tarsianos (que são
fusionados), 3º Tarsiano e 4º Tarsiano. Juntos formam a
região anatômica denominada de Jarrete. Participam do
movimento de sobe e desce da perna. Todos possuem
formato irregular, sendo o osso Calcâneo o maior dentre
estes, o Tálus é o segundo maior e possui formato
cuboide assim como os demais. O 1º e 2º tarsianos são
fusionados.
Os equinos apresentam os ossos 2º Metatarsiano, 3º
Metatarsiano e 4º Metatarsiano. O maior de todos é o
3º, sendo que o 2º e 4º se alongam apenas até a metade
do corpo deste. São denominados de ossos longos e
irregulares. Estão articulados aos ossos do tarso, aos
sesamóides e à falange proximal.

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