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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

Formação em ostéoétiopatia – ATMS

Sacro-ilíaca

Dominique Lippens

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

SACRO

Introdução :

Classicamente, possuímos o hábito de resumir a função das sacro-


ilíacas aos dois movimentos de nutação e contra-nutação.
A nutação,ou movimento do sacro anterior,aproxima as asas
ilíacas,afastando as tuberosidades isquiáticas.

A contra-nutação ou movimento do sacro posterior,afasta as asas


ilíacas reaproximando as tuberosidades isquiáticas .

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De fato,a fisiologia sacro-ilíaca não é tão esquemática .


Existe portanto,como pensa o Dr SAMBUCY, três movimentos
principais ao nível da sacro-ilíaca .

- Anterioridade ou nutação
- Posterioridade ou contra-nutação
- Rotação – inclinação lateral

Durante a marcha, por exemplo,a asa ilíaca se posterioriza do lado do


apoio e o sacro desce basculando ligeiramente para frente .
“Sacro anterior dos osteopatas do lado do passo anterior”.

Do lado oposto o membro está em suspensão e seu ílium graças aos


seus músculos glúteos e reto anterior da coxa se anterioriza, quanto ao
sacro do mesmo lado este está relativamente póstero-superior .

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Anatomia

Osso par e mediano da bacia, ele transmite o peso do tronco para os


membros inferiores por intermediario dos ilíacos.
O sacro é encaixado entre os ilíacos de forme que apenas as
superfícies articulares são rolamento.(sustenta a
articulação)
Ao caminhar a pinca sacro-ilíaco é apertada do lado do
membro inferior em apoio e é relaxado por outro lado.

O sacro é formada por fusão de cinco vértebras sacrais


( 12 – 15 anos de idade) .
Ele forma com a coluna lombar o ângulo lombo-sacra entre
30 ° e 35 ° .
O sacro tem uma parte dianteira côncava e tem a forma de
uma pirâmide de base superior quadrilátero.

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1°- Face anterior do sacro

A altura dos corpos vertebrais diminui de


cima para baixo .
Ela tem quatra cristas horizontais
correspondentes às zonas das soldaduras
dos corpos vertebrais . Ele apresenta de cada
lado 4 foramens sacrais anteriores que
deixam passagem para os ramos anteriores
dos nervos sacrais : os 2º , 3º e 4º foramens
dar inserção ao músculo piriforme.

2°- Face posterior do sacro

Convexo, ela apresenta uma crista sacral mediana com 4 tuberculos


sacrais resultantes da fusão dos processos espinhosos : esta crista
sacral se divide em baixo para formar o hiato sacral
De cada lado dessa crista mediana, observamos de dentro para fora:
- a goteira sacral resultante da fusão das lâminas das vértebras
sacrais
- os tuberculos sacrais postero-mediais resultantes da fusão dos
processos articulares posteriores
- 4 forame sacral posterior dando passagem para os quatro ramos
posteriores dos nervos sacrais
- os tuberculos sacrais postero-laterais resultantes da fusão dos
processos transversais
Os varios tubérculos e cristas dão inserção aos músculos espinhais e
glúteo máximo

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3°- Faces laterais do sacro

Triangular a base superior , eles apresentam duas partes , superior e


inferior

a) parte superior

Ele corresponde as duas primeiras vértebras sacrais e apresenta a


superfície articular sacral chamado de superfície auricular do sacro.
Em forma de L deitado, possui uma concavidade postero-superior ao
nível do braço menor e, uma convexidade antero-superior no braço
maior.

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b) parte inferior

Ele corresponde ao último 3 vértebras


sacrais , dá inserção para ligamentos sacro
espinal e sacro-tuberal

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4°- A base sacral

A parte anterior apresenta a face superior do corpo de S1 em relação


com o disco intervertebral cuneiforme L5 - S1 .
A face posterior apresenta o canal sacral triangular a base anterior
Lateralmente, encontramos as asas sacrais que dão inserção o muscúlo
ilíaco. Por trás das asas sacrais são os processos articulares dirigidos
para trás e para dentro respondendo os processos articulares inferiores
de L5

5°- Apice sacral

Ele apresenta uma superfície articular com grande eixo transversal


correspondente ao cóccix

Superficie auricular sacro-ilíaca :

Em forma de arco de circulo , na


realidade, ela se divide em duas
superfícies articulares distintas que são
chamados de braço menor e braço
maior. Em forma de L deitado, possui
uma concavidade postero-superior ao
nível do braço menor e, uma
convexidade antero-superior no braço
maior.

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Relações ligamentares

1°- O ligamento sacro-ilíaco anterior


Confundida com a cápsula articular

2°- O ligamento sacro-ilíaco posterior

- O ligamento ilío-transversar sacra


Éo feixo mais elevado, vai da parte
posterior da crista ilíaca ate o primeiro
processo transverso sacral.
- O ligamento ilío-transversar
conjugado superior :
Vai desde a tuberosidade ilíaca até o
primeiro tubérculo sacral.
- O ligamento axilo :
ligamento interósseo sacroilíaca é inserido
para fora da tuberosidade ilíaca e se
termina entre o 1º e 2º tubérculo sacral .

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- O ligamento de ZAGLAS :
Vai da tuberosidade ilíaca ate o 3º tuberculo
sacral

- Os 3º e 4º ligamentos ilío-transversares
conjugados
Vão desde a espinha ilíaca postero-superior ate
aos tubérculos sagrados : eles se misturam com
o ligamento sacro-tuberal :

3°- Os ligamentos sacro-ciaticos

a) Ligamento sacro-tuberal.

Tecido fibroso disposto em forme de leque que se insera :

- em cima :
* da EIPS ate a EIPI
* A fossa ilíaca externa
* Abaixo da articulação sacro-ilíaca
* Bordo lateral do sacro
* Sobre o cóccix

- em baixo :
* sobre a tuberosidade isquiatica.

A face posterior dá inserção a muscúlo glúteo maior

b) O ligamento sacro-espinhal

Triangular, situado na frente do ligamento sacro-tuberal.


Se estende da espinha isquiatica até o bordo latéral du sacro e do
cóccix .
É confundido com o músculo coccigeno.

Os ligamentos sacro-ciaticos definem dois orificios :


- um orificio superior, que dá passagem para o músculo piriforme

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- um orificio inferior que dá passagem para o músculo obturador


interno , o pacote neuroovascular pudendo interno e o nervo
hemorroidal.

Innervações musculares

1.Ilíaco, 2. Piriforme, 3. Coccigeno, 4. Elevador do ânus, 5. Glúteo maior

Relação vascular.

Na frente da articulação sacro-


ilíaca, observamos a divisão da
artéria e veia ilíaca commun em
artérias e veias ilíacas, externa e
interna, que são sob o controle
símpatico.
Uma disfunção do sacro vai
desencadear uma reacção
ortosímpatico por restrição de
mobilidade levando uma isquemia
vascular local e congestão dos
orgãos pélvicos.

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Síntese dos movimentos

ROTAÇÃO ANTERIOR

BRAÇO MENOR

BRAÇO MAIOR

ROTAÇÃO POSTERIOR

BRAÇO MAIOR

BRAÇO MENOR

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Pontos de referencias

Relação sacro-lombar

Sacro e L5 funcionam em sentiido oposto

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Relação com o Sistema neuro-vegetativo


Na frente do sacro encontramos o plexo hipogástrico que regula o
funcionamento (motricidade e secreção) dos órgãos pélvicas com a
bexiga, o útero, a próstata, o cólon esquerdo e reto, e os ovários.
Ele recebe fibras ortosimpáticas de L1 a L5 e fibras parassimpáticas de
S2 a S4.
O Ortosimpático contrai o esfíncter vesical, facilita a ejaculação e o
orgasmo, dilata o útero.
O Parasimpàtico contrai o corpo vesical, estimula a ereção, contrai o
útero e aumento o peristaltismo intestinal e a secreção das mucusas.

Uma disfunção sacral iniba a função parassimpática e aumenta a


função ortosimpática.

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Parassimpático

 Dor difusa-constante-noturna-no repouso


 Dor inflamatoria-persistante
 Angustia-depressão-edema-frio-fadiga-sono-secreções_
evacuações
 Frequência cardíaca inferior a 60/min

Simpático

 Dor aguda-espontânea-diurna.
 Contratura muscular - dor metamerica aumentada pelo
movimento.
 Aumento da TA e ritmo cardiaco
 Irritavel-nervoso-pele quente-suor-sono leve-medo do futuro-
secreções e evacuações ↓
 Frequência cardíaca superior a 80/min

Percussões sobre o sacro S2-S4 estimulam a função parassimpática.


Pressões suaves sobre o sacro S2-S4 ativam o simpática.

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Articulações do sacro
O sacro possui 3 articulações :

1. Articulação sacro-ilíaca
2. Articulação sacro-coccígena
3. Articulação sacro-occipital

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AS DISFUNÇÕES SACRO-ILÍACAS

I – Generalidades :

Neste tipo de lesão, é o sacro que será em disfunção em relação aos


ilíacos .
Nesta lesão sacra,não existe lesão no ílium,por conseqüência :

 TFP sacro será mais positivo que TFP ilíaco e TFS >TFP
 Teste de Gillet ilíaco será negativo, e do sacro positivo
 A sínfese púbica não terá desnível
 O teste de Downing será negativo.

As lesões posturais,por oposição com as disfunções crânio-


sacras,resultam de um efeito da estática,seja de um traumatismo.

Os sinais clínicos ligados ao sacro são :

 dores durante a marcha - pois o sacro realiza um


torsão anterior unilateral durante o apoio monopodal .
 Dores lombares em triângulo à base de L5-S1
 Dor no glúteo e do tipo ciatalgia .
 Dor da posição sentada para em pé ou de pé para
sentado .
 Protrusão discal
 Artrose lombar
 Escoliose lombar
 Disfunção visceral pélvica.

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II. BIOMECÃNICA
As articulações sacro-ilíacas dispõem de quatro eixos, em torno dos
quais os movimentos sacrais podem se organizar .

Eixos sacro-ilíaco
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1
3
2

1- O eixo respiratório primário do sacro ou eixo transverso :

É um eixo transversal que passa o nível ao processo espinhal de S2


corresponde o ligamento axilo .
A disposição ligamentar permite ao sacro de oscilar sem através em
torno deste eixo,associado o movimento da respiração.
Na inspiração,a base sacra se posterioriza (correção das curvaturas) .
Na expiração a base sacra s´anterioriza.
Este eixo não interfere na fisiologia da marcha .
As lesões em torno deste eixo, estão em relação com o sistema crânio-
sacro .

Eixo transverso

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2- Eixo Antero-posterior = lâminas sacro-pubianas

As disfunções que aparecem em torno deste eixo são :

 Sacro unilateral antero-inferior = anterior


 Sacro unilateral postero-superior = posterior

3 e 4- Eixos oblíquos de torsão do sacro :

Existem dois eixos oblíquos: esquerdo e direito .


Eixo unindo o ápice do aurículo sacro até a base do aurículo sacro
oposto .
Os eixos oblíquos correspondem a resultante da ação conjugada do
piriforme e do quadrado lombar ou íliaco. Quando o sacro utiliza o eixo
oblíquo esquerdo, assistimos a contração destes músculos e
notavelmente do piramidal à direita .

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Disfunções que aparecem em torno destes dois eixos :

 Torsão anterior D ou chamada E/E


 Torsão anterior E chamada D/D
 Torsão posterior D chamada D\E
 Torsão posterior E chamada E\D

Torção anterior D Torção posterior D

II- As disfunções articulares do sacro

A- Sacro anterio-inférior unilateral direito.

A disfunção se produz sobre o eixo sagital direito .


O sacro desce o braço menor sacro direito e o braço maior direito do
mesmo lado.
O lado da lesão não pode realizar a posterioridade.
A mobilidade é normal à esquerda mas pode existir tensões
ligamentares .
O ilíaco direito é relativamente posterior .

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 Sinais clínicos :

 TFS S1, balística à direita sobre o braço menor direito


 TFS S4, balística sobre o braço maior direito
 Sulco profundo à direita e rebote depressivo
 AIL inferior à direita, e rebote resistente
 EIPS direita relativamente posterior
 Espasmo do sacro-lombares e ilíaco à direita
 Dor acentuada pela posição em pé .
 Perna longa a direita.

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B- Sacro postero-superior unilateral direito.

A disfunção é produzida sobre um eixo sagital direito .

Lesão que freqüentemente se encontra no caso de traumatismo como


sinais clínicos :
 Lombalgia
 Ciatalgia

O sacro sobe o braço menor e o braço maior direito do mesmo lado.


O ilíaco direito está relativamente anterior .

 Sinais clínicos:
 TFS S1 e S4, balística à direita sobre os dois braços auriculares
 Sulco cheio à direita, e rebote resistente
 AIL direita anterior e superior, e rebote elástico
 Perna curta à direita
 Espasmo do piriforme e do glúteo máximo
 EIPS direita relativamente anterior
 Dor acentuada pela posição sentada prolongada.

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C- Torsões sacras anteriores

Este tipo de lesão se produz essencialmente durante um movimento


não esperado,durante as fases da marcha,por exemplo colocar o pé em
um buraco .
Existe portanto,uma contração do quadrado lombar e do piriforme
contra- lateral que fixarão a lesão sacra durante a seqüência da fase do
passo .

1- Torsão anterior direita – TE\E

A face anterior do sacro direito gira para esquerda, a base sacra está
anterior a direita. A lesão sobre o eixo oblíquo esquerdo .
O sacro desce o braço menor direito para ir para frente e desce o braço
maior esquerdo para ir para postero-inferior, lado oposto .
 Base sacra anterior à direita
 Ápice sacro posterior e inferior à esquerda .

 Sinais clínicos :

 Balística+sobre o braço menor à


direita(S1) e braço maior à
esquerda (S4)
 Sulco sacro profundo à
direita,cheio à esquerda. Rebote
elástico À D
 AIL posterior e inferior à esquerda.
Rebote resistente
 Tensão do grande ligamento
sacro-ciático esquerdo
 Dor na marcha
 Espasmo do ilíaco direito .
 Perna longa a direita e curta a esquerda.
.

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2- Torsão anterior esquerda – TD\D

A face anterior do sacro está giranda à direita,a base sacra está anterior
a esquerda. A lesão é produzida sobre o eixo oblíquo direito fixo na
parte inferior pelo piramidal esquerdo . O sacro desce o braço menor
esquerdo para ir anterior e descer o braço maior direito para ir para trás.

 A base anterior à esquerda


 Ápice posterior à direita .

 Sinais clínicos :

 TFS+ sobre o braço menor à esquerda e braço maior à direita .


 Sulco profundo à esquerda,cheio à direita. Rebote elástico à
esquerdo
 AIL postero-inferior à direita. Rebote resistente
 Perna longa à esquerda e curta à direita
 Tensão do grande ligamento sacro-ciático direito
 Dor na marcha .

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D - Torsões sacras posteriores

As disfunções sacras em torsão posterior possuem essencialmente


para origem um movimento mal controlado do tronco. O mais clássico
ocorre no momento em que a pessoa vai levantar um peso e se
endireita. Elevando peso da esquerda para direita,a pessoa,que está
em flexão anterior de tronco,se levanta colocando o peso do corpo
sobre a perna direita contraindo o piriforme e oquadrado lombar direito .
A contração do quadrado lombar provoca uma flexão lateral e uma
rotação posterior direita da coluna lombar seguido de uma contração do
glúteo maior direito.Esta combinação produz uma torsão direita sacral
induzida pela torsão do tronco sobre um eixo oblíquo esquerdo : T D/E

1- Torsão direita sobre o eixo esquerdo – T D\E


A disfunção é produzida sobre o eixo oblíquo esquerdo . A face anterior
do sacro roda posterior à direita. A base sacra sobe o braço menor
posteriormente à direita entretanto que o ápice sobe o braço maior
auricular à esquerda.O eixo de torsão está fixado em parte inferior pelo
piriforme, em parte superior pelo ilíaco e a base sacra posterior está fixa
por um espasmo do gluteo maior unilateral .

 Sinais clínicos :

 TFS S1 braço menor à direita e TFS S4


braço maior à esquerda .
 Sulco cheio à direita e Rebote resistente
 AIL antero-superior à esquerda. Rebote
elástico
 Perna curta à direita,longa à esquerda
 Dor acentuada em posição sentada .

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2- Torsão esquerda sobre eixo direito – T Esq\Direita

A disfunção se produz sobre o eixo oblíquo direito. A face anterior do


sacro olha para esquerda. A base sacra sobe o braço menor (posterior)
à esquerda entretanto que o AIL sobe o braço maior de à direita
(anterior) .

 Sinais clínicos :

 TFS – balística sobre o braço menor à esquerda e braço maior à


direita
 Sulco sacro cheio à esquerda e rebote resistente
 AIL antero-superior à direita e rebote elástico.
 Perna mais curta à esquerda.
 Dor acentuada em posição sentada .
 Espasmo do glúteo maior esquerdo.

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TESTES OSTEOETIOPÁTICOS SACRO-ILÍACAS

1- Testes diferenciais das disfunções sacro-ilíacas :

 Teste de flexão em pé TFP EIPS = disfunção ilíaca


 Teste de flexão em pé TFP S1 = disfunção sacra
 Teste de flexão sentada TFS = disfunção sacra .
 Teste diferencial: Testes de Gillet

Testes de Gillet

2- Testes de Flexão sentada S1 e S4

 Paciente : Sentado com pé ao solo e mão na nuca .


 Fisio : Atrás do paciente,coloca seus polegares na altura dos
pequenos braços auriculares sacros,quer dizer,na altura de S1 e
solicita ao paciente de flexionar ao máximo para frente .
Depois repeti o teste com os polegares de cada lado de S4. O lado
da maior balística assinalará o lado da lesão localizada no grande
braço.

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3- Testes do rebote

a) Teste global

 Paciente : Decúbito ventral


 Fisio : Coloca-se lateralmente,superpondo as palmas das mãos
sobre a coluna lombar . Após ter apreciado a profundidade da
mobilidade lombar em lordose durante a inspiração – expiração,o
Fisio ,no início da expiração seguinte do paciente,faz uma ligeira
extensão dos cotovelos não ultrapassando a profundidade da
mobilidade lombar em lordose .
 Se a lordose deixa se deprimir => teste depressão ; significando uma
lesão anterior em flexão ou em torsão anterior .
 Se a lordose lombar resiste => teste resistente ; significa uma lesão
posterior em extensão ou em torsão posterior .

b) Teste analítico

 Objetivo : Apreciar a mobilidade das hemi-bases sacras direita e


esquerda .
 Paciente : Decúbito ventral
 Fisio : Coloca seus tênares ao nível das hemi-bases na altura de S1
e aprecia a mobilidade em depressão e em resistência .
 Se a base sacra aceita se deprimir sem rebote => lesão anterior na
base .
 Se uma base sacra recusa-se de se deprimir => lesão posterior .

Apreciação da mobilidade da base fixa se faz sempre em referência


com o lado da base livre .
O mesmo procedimento será realizado o nível dos AIL S4. Rebote em
direção da cabeça.

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Rebotes

4- Palpação dos sulcos e dos ângulos ínfero-laterais

Ver descrição das disfunções osteopáticas sacrais .

5- Teste de comprimento das pernas

6- Movimentos agravantes

Disfunção sacra anterior :

 Dor no movimento de flexão lombar


 Dor em posição em pé prolongada

Disfunção sacra posterior :

 Dor em extensão lombar


 Dor em posição sentada prolongada.

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7. Teste de inclinação lateral para sacro.

O objetivo é vérificar se em uma inclinação lateral do tronco, a


hemibase sacra do mesmo lado adianta-se e desce, e a contra-lateral
se posterioriza, se eleva .
Posição do Paciente,
O paciente dever estar sentado com os braços ao longo do corpo e as
mãos livres, ,com os pés paralelos e separados.
Posição do_Terapeuta:
O terapeuta posiciona-se atrás do paciente. As polpas dos polegares
devem estar apoiadas sobre as hemibases sacras e o restante da mão
deve fazer um contato o mais amplo e relaxado possível, a fim de
observar o movimento sacro durante a inclinação.Com os olhos na
direção horizontal a área a ser examinada .
Teste:
O terapeuta pede o movimento de lateroflexão homolateral do tronco ao
paciente e observa se do lado homolateral se a hemibase sacra desce e
depois pede uma inclinação controlaterale e verifica se a hemibase se
eleva. Se houver uma restrição,a hemibase testada esta em lesão:

MASSAGEM NEUROMUSCULAR DE LIEFF

Princípios

1.Liberar as tensões musculares.


2.Quebrar as aderências fibrosas
3.Restabelecer as vias reflexas somáto-
visceral e somático
4. Traços:
- face lateral do sacro
- acima da crista ilíaca
- abaixa da crista ilíaca
- sobre o piriforme
- sobre o ligamento sacro-tuberal
- a redor do trocanter maior
- de cada lado dos proc espin de S5 ate
T12
- transversal dos proc espinhosos

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Inibição do ilíaco

Flexão-adução-rot interna

TP a dentro do EIAS

Inibição do Glúteo maior superior

Extensão do quadril-abdução-rotação externa


TP: 3 dedos lateral do EIPS

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Piriforme

Inibição Estiramento
Flexão do quadril a 90º - abdução
- rotação externa

TP no meio do musculo

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Técnicas osteoetiopáticas
I- Sacro unilateral anterior

(Ex.: direita)
 Paciente : Decúbito ventral,membro inferior direito em adução +
rotação interna,e a cabeça em rotação direita .
 Fisio : À direita do paciente . Coloca uma almofada sobre o ventre
do paciente. Pela mão esquerda do Fisio,pega contato com pisiforme
sobre a AIL direita,a outra mão fortalece o contato.
Solicitamos ao paciente que inspire e acompanhamos posteriorização
do sacro por um empuxo sobre a AIL .
À expiração o Fisio mantém a posição adquirida .
Recomendamos a técnica 3X ganhando em amplitude .
Fazemos 3 séries .
A técnica termina por um thrust no início da expiração .

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

 Variante :

 Paciente : Idem
 Fisio : À esquerda do paciente,toma contato com pisiforme da mão
direita sobre AIL direita e à mão esquerda contato ao EIPS do
mesmo lado.
A técnica exige solicitação para que o paciente inspire .
Durante isso o Fisio exerce um empuxo AIL para anterior e superior e a
EIPS para fora,de maneira a aumentar a abertura articular .
Mantemos a posição durante a expiração .
.
A técnica se termina por um thrust no inicio da expiração .

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Variante nº 2: Técnicas quiropráticas em lombar-roll.

 Sacro anterior unilateral E➮ Trhust sobre AIL posterior E

Paciente em decúbito lateral lado saõ, com a lesão a manipular para


cima.
Derotação da alavanca superior até S1, contato pisiforme da mão
caudal sobre o AIL. Trhust em direção antero-superior (eixo do braço
maior).

II- Sacro unilateral posterior

Paciente : DV, braços acima da


cabeça, perna em Abdução e rotação
interna.

Normalização :
Técnica com contato pisiforme ao
nível da base sacra posterior e a
outra mão fortalece o primeiro contato
.Thrust no final da expiração em
direção anterior e inferior.

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

 Variante em lombarol:

 Sacro posterior unilateral D➮ Trhust sobre a base posterior D


com o pisiforme ou com contato da primeira falange do indicador

Paciente em decúbito lateral lado saõ, com a lesão a manipular para


cima.
Derotação da alavanca superior até L5, contato pisiforme da mão
caudal sobre a base de S1. Trhust em direção anterior (eixo do braço
menor).
Variante com contato da 1ª falange do indicador, polegar para cima

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III: Sacro em torção

 Técnica direta para torção posterior à direita.

 Paciente : Decúbito ventral,membro inferior direito em adução-


rotação interna e o membro inferior esquerdo em abdução e rotação
interna. Cabeça colocada em rotação esquerda .
 Osteopata: A direta do paciente,coloca o pisiforme sobre a base
post direta e realiza um eixo obliquo inferior em direção esquerda
Thrust no final da expiração em direção anterior e inferior a
esquerda.

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

 Técnica em lombarol

 Sacro em Torsão posterior D ( ex : D/E )

➮ 1.Thrust sobre a base posterior ( D ). Derotação da


alavanca superior ate L5.

2.Thrust sobre ísquio do lado da AIL anterior ( E ). Técnica


do ilíaco anterior. Derotação da alavanca superior ate S1.

2° Tempo

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

 Técnicas para torção anterior

 Técnica direta para torção anterior direita ou E\E

 Paciente : Decúbito ventral,o membro inferior direto em adução –


rotação interna e o membro inferior esquerdo em abdução – rotação
interna, a cabeça está em rotação direita .
 Osteopata : A esquerda do paciente,coloca o pisiforme sobre AIL
post esquerda e realiza um eixo obliquo superior em direção direta
Thrust no inicio da expiração em direção anterior e superior a direta.

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

 Técnica em Lombarol

 Sacro em Torsão anterior E ( ex : D/D )

➮ 1.Thrust sobre AIL posterior ( D ). Derotação da alavanca


superior ate L5 para evitar de anteriorizar S1

2.Thrust sobre EIPS do lado da base anterior (E). Técnica


do ilíaco posterior. Derotação da alavanca superior ate S1

2° Tempo

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

Técnicas miotensivas

Sacro anterior

 Paciente : Decúbito ventral,braço esquerdo ao longo o corpo .


 Fisio : Coloca-se do lado oposto ao eixo de torsão (à direita),pega
em berço os dois membros inferiores do paciente logo acima do
joelho,na face anterior,e eleva pelos dois tornozelos,reunindo os
MMII. Realiza um movimento de manivela,de maneira a colocar a
bacia do paciente sobre seu lado esquerdo,MMII fletidos sobre o
tronco,perna e coxa. O tórax do paciente permanece o melhor
possível na posição alongada primitiva .
A mão direita do Fisio toma contato ao nível de L5-S1 .
A redução intervirá através de um empuxo vertical ascendente dos
pés do paciente contra-resistência. Este movimento deve ser repetido
3X,empuxo vertical descendente fora esforço do Fisio .
Repouso de 1 (um) minuto entre as repetições,se possível a marcha .

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Sacro posterior

 Paciente : Deitado sobre o eixo da torsão (eixo esquerdo) ,o membro


inferior em extensão sobre a maca .
 Fisio : Diante do paciente,procura a colocação em tensão L5-S1 por
intermédio do tronco e a ajuda do membro superior esquerdo do
paciente. Depois,imobilizando este,ganho pelo membro superior
direito .
Tenta focaliza a colocação em tensão fazendo um empuxo do membro
inferior esquerdo que envolve toda a bacia e a massa glútea-tibial do
paciente,permitindo desta maneira a sua mão cefálica de tomar um
apoio na face anterior da escápula direita do paciente .
Em seguida,este desliza a mão caudal até a face externa do joelho
direito do paciente que toma,às vezes fora,o plano da mesa e solicita
um empurrão vertical ascendente do membro inferior direito contra-
resistência .
Exercício a ser repetido 3X,intercalado por uma tentativa de encontrar a
nova barreira motriz e,entre cada repetição um repouso de 1 a 2
minutos (se possível de marcha) .

Disfunções unilaterais, usamos as tecnicas de fechamento e abertura

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

As disfunções respiratórias do sacro. Disfunção bilateral


A- Sacro anterior bilateral = Expiratório

Fisiologicamente,a anterioridade sacra (extensão MRP) é a resposta


para extensão lombar .
A lesão se traduz por :
 Uma base sacra para frente (anterior)
 Um ápice AIL para trás (posterior)

O sacro desce sobre os braços menores auriculares para ir para frente


e mais baixo,depois desce sobre os braços maiores para ir para trás .
Esta lesão é fixada por um espasmo dos espinhais .

Sinais clínicos :

 Sulcos sacros mais profundos e estreitos


 AIL posteriores
 O indivíduo apresenta dificuldades para flexão anterior do tronco
 Tensões e dores dos grandes ligamentos sacro-ciáticos .
 As bases sacras recusam se posteriorizar durante a inspiração.
 Dor sobre S1
 Simpaticotonia

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

B- O Sacro posterior bilateral = Inspiratório

É a resposta fisiológica para uma flexão anterior lombar .


A lesão se traduz por :
 Uma base sacra posterior e para o alto
 Um ápice sacro anterior
 Um ílium em oposição relativa de anterioridade .
 A disfunção é fixada pelos músculos: piriforme,períneo e ísquio-
coccigenos .

 Sinais clínicos :

 Dor sobre S4
 As bases sacras recusam a se anteriorizar durante a expiração
 Sulcos sacros cheios
 O indivíduo possui dificuldades para extensão
 Parasimpaticotonia

Devido à relação da dura-máter entre o sacro e o occipital,estas lesões


bilaterais vão perturbar o movimento crânio-sacro e ser responsável,por
exemplo,de um estado parasimpaticotonia cuja uma das manifestações
é a depressão ou angústia pós-parto .

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

Normalização do Sacro anterior bilateral

 Paciente : Decúbito ventral,membros inferiores em rotação


interna,cabeça em posição neutra .
 Fisio : Coloca uma almofada sobre o ventre do paciente .
Contata os ângulos ínfero-laterais do sacro pelas eminências
tênares,braços em extensão. Na inspiração apoiamos sobre as AIL
em direção anterior e na expiração soltamos a pressão.
A repetir 10x com 3 apneias inspi

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ATMS – Ostéoétiopatia do sacro

Normalização do Sacro posterior bilateral

 Paciente: Decúbito ventral,membros inferiores em abdução,rotação


interna,cabeça em posição neutra .
 Fisio: Contata seja pelas suas eminências tenares,seja pela 3ª
falange do indicador e maior apoiado pela outra mão,as bases
sacras posteriores .
Na expiração apoiamos sobre as bases sacrais em direção anterior e
na inspiração soltamos a pressão.
A repetir 10x com 3 apneias expi

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