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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO

DISCIPLINA TÉCNICA EM HABILIDADES

CAMILA DUARTE LAGE SANTOS

RELATÓRIO DO FILME “UM GOLPE DO DESTINO” (THE DOCTOR)

BELO HORIZONTE

2020
“Um golpe do destino” (The Doctor)

O filme conta a história do médico cirurgião Jack MacKee que é muito


renomado no grande hospital de ensino que trabalha, muito competente, mas
com poucas emoções é conhecido pela sua relação médico paciente muito
distante levando em consideração apenas a doença dos pacientes, os tratando
apenas como números e fichas detalhadas. Com esse contexto surgem as
falhas na relação médico paciente e seus pacientes reagem de forma muito
negativa devido ao atendimento com baixa qualidade emocional, onde ele mal
explica o que está acontecendo com a pessoa, rir de seus medo e faz que seus
pacientes se sintam constrangidos e inseguros, consultas rápidas e sem os
devidos tratamentos dignos de qualquer ser humano, essa situação implica
também na sua relação com a família que apesar de ele e sua esposa
possuírem uma vida confortável devido ao dinheiro ganho por ele que trabalha
tanto que mal tem tempo para passar um tempo com a mulher e o filho
pequeno. O seu relacionamento com a mulher é extremamente frio e assim pior
ainda é seu modo de tratar os pacientes, que geralmente estão muito doentes.
O médico ainda possui uma filosofia chama "get in, fix it, get out", que
significa “entra, conserte e saia” e assim ensina aos aos jovens médicos que
ele é professor, que o trabalho de um cirurgião é ser capaz de fazer
julgamentos rápidos de vida ou morte, uma tarefa que exige distanciamento
emocional do paciente e assim suas operações são acompanhadas por música
estridente e brincadeiras sem graça, desfazendo dos pacientes que estão na
maca para serem operados. Isso acontece muito na vida real devido aos
médicos que muitas das vezes tratam o paciente apenas enxergando a sua
doença e não a pessoa como um todo com sua história de vida por trás, isso
ocorre muito por não ter muito tempo de consulta, atender muitos pacientes no
dia e cargas de trabalho muito exageradas que acabam os adoecendo
também.
Como no filme mostrou Jack um longo tempo ignorou seus sintomas e
assim ele tratou sua rouquidão persistente com a mesma atitude arrogante que
tratava seus pacientes e pedia conselhos informais de colegas, assim quando
consultou com um especialista e estava ansioso, acabou passando pela
mesma situação quando ele era o médico, o especialista o deixa esperando e
depois o cumprimenta com as mesmas palavras improvisadas que ele mesmo
usou com tanta frequência: "Desculpe deixá-lo esperando é que foi um dia
agitado." E assim recebeu o seu diagnóstico de câncer na laringe sem
nenhuma consideração com isso ele começa à transformação de médico em
um paciente comum, e assim tornou um tormento e um processo irritante que o
fez descobrir que nenhuma lista de credenciais pode dar vantagem e poupá-lo
da papelada, das esperas intermináveis e de confusões humilhantes ocasionais
que pode acontecer com qualquer paciente.
Com o decorrer do tratamento Jack fez uma amiga chamada Jane que o
ensinou muito sobre como ser uma pessoa melhor e também em como passar
pela doença de uma forma mais leve infelizmente ela faleceu e não conseguiu
se recuperar e assim sua filosofia de "entre, conserte, saia" começa a não fazer
sentido e ser uma frase vazia. E ele enxerga que a competência mecânica dos
médicos, que ele sabe ser falível, pouco contribui para falar de seus
sentimentos e medos.
Com isso o médico muda sua postura com seus pacientes e percebe
que deve oferecer consolo, atenção, reconhecendo o nome deles, sua história
e seus medos, não foca mais só em sua doença e sim em todo o contexto em
que está inserido. De acordo com o modelo biopsicossocial o médico que
segue esse conceito no filme foi que o tratou com respeito, consideração e
era o que ele tanto criticava o Dr. Eli Blumfield o recebeu de braços abertos e
graças a sua atitude com o Dr Jack se tornou uma reflexão pra ele e o fez
aproximar e evoluir para esse modelo de médico humanista que tanto criticava
de outros médicos que eram respeitosos, carinhosos e atenciosos com seus
pacientes, assim ele se tornou um médico que ver o social como um todo e
também ensino aos seus estudantes, esse o modelo que devemos seguir
sendo mais humanos e profissionais de excelência que cuidam do seu paciente
com o foco em todos os seus problemas e processo de adoecimento, como
receber o diagnóstico e as dificuldades do tratamento.
Com certeza esse filme me passa a mensagem de que devemos ser
além de médicos que tratam doenças, pessoas humanas que enxergam a dor
do outro, os medos, suas inseguranças, não basta só saber os procedimentos
e normas e sim devemos saber escutar de uma forma respeitosa, sem
julgamentos, oferecer um cuidado de qualidade respeitando a necessidade
particular e individual de cada um. Devemos sempre nos colocar no lugar do
outro, a empatia é uma competência essencial para quem quer ser médico no
modelo biopsicossocial que é o mais correto e quem tem maior sucesso na
forma de tratamento dos pacientes, o modelo medico tradicional que é centrado
no conhecimento do médico não leva em consideração o que os pacientes
pensam e querem para eles mesmo, o que prejudica o tratamento, a
construção de vínculo e um atendimento de qualidade.

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