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Atividade dirigida
São Paulo - SP
2022
Cena 1 – Consulta tradicional
Nessa cena, a doutora esta realizando uma consulta em seu paciente que descobre
que ele apresenta um tumor nas cordas vocais. Diante disso, vê-se que a doutora não
apresenta nenhum interesse em conhecer o seu paciente, já que, além de chegar atrasada,
não se importa com a apresentação do mesmo – a ponto de só mandá-lo se sentar ao invés de
querer realmente conhecer o indivíduo que esta em seu consultório. Essa passagem
demonstra também a falta de empatia pela profissional no atendimento, visto que ela não se
importa com a forma como o paciente receberá o seu diagnóstico e apenas explicando o que
ele deverá fazer a seguir. Ademais, é evidente que a médica não utiliza da linguagem não
verbal de uma forma convidativa - o que possibilita que o paciente fique mais calmo e consiga
entender todo o diagnóstico -, principalmente pela forma como ela olhava para ele, como ele
só fosse mais um indivíduo que sentaria na cadeira em um determinado dia. Portanto,
percebe-se que essa forma de relacionamento não consiste em um relacionamento
terapêutico, apenas de ajuda, ou seja, centrada no auxílio ao outro para tentar resolver o
problema presente, mas não na promoção, manutenção ou recuperação de saúde.
Nessa cena, uma paciente esta incomodada devido à cicatriz presente em seu peito e a
reação de seu marido sobre a aparência. Entretanto, como uma forma de consolá-la, o doutor
acaba dizendo que ela parece como uma garota da capa da Playboy. Essa atitude evidencia um
envolvimento emocional com o paciente, contudo, de uma forma que ultrapasse os limites
terapêuticos. Sendo assim, há uma quebra na confiança do paciente com o médico, já que, ao
se abrir sobre uma situação da sua vida pessoal, é recebida com piadas, chacotas, desdém e
indiferença – promovendo ainda mais apenas o relacionamento de ajuda e deixando de lado o
relacionamento terapêutico.