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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS –

FMU
FACULDADE DE PSICOLOGIA – CLNICA-ESCOLA
RELATÓRIO DE ATENDIMENTO / VISITA
Estágio: TAC
Estagiário (1): Renata Buarque Boucinha RA: 2566768
Estagiário (2): Fernanda Alves RA: 2684499
Supervisor: Patricia Tavares CRP: 06/124829

DADOS PACIENTE OU INSTITUIÇÃO


CPF/CNPJ: 064.989.978-41
Dados de identificação
Paciente: Dinamar Amorim Ferreira

DEMANDA OU QUEIXA INFORMADA


A paciente buscou terapia, após descobrir que seu esposo “é manipulador” (sic).
Fato que trouxe a sua memória que todas as suas decisões como casal foram realizadas
pela vontade do marido. Visualizando que seu cônjuge e sua filha fazem terapia há algum
tempo, sentiu a necessidade de buscar um processo para autoconhecimento, para
aprender a aderir a seus princípios e vontades, “aprender a dizer não” (sic). Demonstrando
a dificuldade de praticar o autocuidado. Estando atualmente no segundo ciclo de terapia na
CIECS.

DESCRITIVO SESSÃO OU ATIVIDADE CAMPO


Sessão/Visita Dia Horário Sala/local
2º Atendimento 26/09/2022 11h 24
Paciente teve duas faltas anteriores, a primeira justificada e a segunda injustificada.
Nesta sessão compareceu atrasada, onde iniciou-se uma recapitulação dos acontecimentos
durante o período de férias. D. relatou que no próximo sábado (01/10/2022) finalmente
abrirá o seu próprio salão – anteriormente trabalhava com outras duas profissionais, uma
cabeleireira e uma manicure. A manicure abriu seu próprio negócio, já a cabeleireira que
iria ser sócia da paciente acabou desistindo da iniciativa por falta de recursos; ficando
decidido que está atuará como prestadora de serviço no salão. Além disso, o
empreendimento está sendo aberto com apoio emocional e, principalmente, financeiro de
seu marido.
Quando questionada sobre sua perspectiva frente essa conquista, verbalizou que
tem receio da presença de seu marido – que pelo trabalho como reflexologista atuará em
uma das salas do salão – sua presença pode acabar desmotivando-a, visto que sente
excessiva cobrança dele para com ela (sic).

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parte do processo terapêutico, retomamos um ponto ainda em aberto dos últimos
atendimentos: o caso da cristaleira, onde brincando a paciente se machucou, ao tentar
pegar álcool em cima da cristaleira para limpar o machucado e o móvel caiu, com medo da
mãe saiu correndo e a mãe (que estava grávida) ao encontrar a cristaleira no chão ficou
muito nervosa com receio da filha estar presa por baixo e infelizmente sofreu um aborto. A
paciente revelou não recordar do caso, não conseguindo saber ao certo se realmente foi
culpada do abordo da mãe ou se foi apenas sua percepção. No decorrer de sua fala, a
paciente emocionou-se, dizendo que sua mãe exercendo este papel deveria a ter acolhido
na hora do acidente e não simplesmente a culpado (sic).

IMPRESSÃO PESSOAL
Durante o atendimento a paciente apresentou-se inquieta e com comportamentos
ansiosos, como tremores nas pernas e fala acelerada. Além disso, ao relatar o caso da
cristaleira chorou e ficou muito emotiva. De forma, que podemos observar uma
disfuncionalidade no manejo das emoções em ambas as situações, que parecem
desencadear uma série de comportamentos indesejados na paciente. Para a próxima
sessão será importante validar novamente os casos, para verificarmos a fundo a percepção
da paciente em relação a estes.

ANÁLISE
Mediante o atendimento foi possível, tratando-se dos comportamentos manifestados
durante a sessão e, também pelas falas da paciente temos presente o conceito da
manifestação de emoções por estímulos verbais, conforme postulado por Skinner (1957, p.
154-155):

Se um estímulo verbal costuma acompanhar alguma situação, que é o


estímulo não condicionado ou previamente condicionado para uma
reação emocional, o estímulo verbal eventualmente evoca essa
reação. Assim, se alguém tem medo de cobra e se o estímulo verbal
cobra acompanhou algumas vezes cobras de verdade, o estímulo
verbal, sozinho, pode evocar uma reação emocional.

De forma, que a paciente em questão, apenas em entrar em contato com o estímulo


verbal das situações relativas a abertura do seu novo salão e a situação de infância com a
cristaleira acaba tendo evocada as reações emocionais previamente condicionadas – sejam
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ansiedade ou tristeza. Com isso, é fundamental que seja trabalhada a regulação emocional
(capacidade de manter as emoções em um nível controlável) – que pode incluir qualquer
estratégia de enfrentamento para possibilitar ao indivíduo confrontar a intensidade
emocional indesejada (LEAHY, TIRCH e NAPOLITANO, 2013, p. 21).
Ao longo do processo será primordial compreender se essa possível desregulação
emocional se estende a outros pontos da vida da paciente, validar se além de ser evocada
perante situações complexas da vida passada/futura esteja presente nos momentos dentro
do “hoje” comprometendo sua qualidade de vida e o aproveitamento das relações
interpessoais. Principalmente pautado no histórico anterior da queixa apresentada de sentir
que toda a sua vida foi em função de seguir as escolhas de outros, sentindo-se manipulada.

REFERÊNCIA:

LEAHY, Robert L; TIRCH, Dennis; NAPOLITANO, Lisa A. Por que a regulação


emocional é importante?. In: REGULAÇÃO Emocional em Psicoterapia: Um guia para o
terapeuta cognitivo comportamental. [S. l.: s. n.], 2013. cap. 1, p. 19 -36.

SKINNER, B. F. Verbal Behavior. [S. I.:s. n.],1957.

VISTOS

Supervisor (visto e
Estagiário (1) Estagiário (2)
carimbo)

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