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A DBT pode ser, inicialmente, dividida em 4 etapas básicas: 1. Terapia Individual; 2. Grupos
de treinamento de habilidades; 3. Coaching por telefonema; 4. Terapia em grupo para os
profissionais terapeutas.
Pode-se dizer que a maior parte dos comportamentos característicos do TPB são uma
tentativa disfuncional de regular uma intensa emoção ruim com a qual o indivíduo, no
momento, não está apto para lidar.
Para DBT, as emoções são respostas que envolvem todo o sistema corporal, não são,
portanto, apenas uma resposta fenomenológica. As emoções são entendidas como um
fenômeno que inclui mudanças bioquímicas no cérebro e alterações psicológicas, capazes
de informar como cada indivíduo avalia os eventos no mundo.
Um ambiente invalidante pode ser descrito como aquele que ignora, banaliza, despreza
e/ou pune as experiências privadas (como suas emoções) das crianças. Também pode ser
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entendido como um ambiente de abuso (sobretudo sexual) no qual a criança é sempre vista
como aquela que está errada, ou que apenas quer "chamar atenção".
A lógica desta hierarquia é simples: é importante que o paciente esteja vivo e engajado no
tratamento para que seja construída uma vida que vale a pena ser vivida.
1. Através da exposição:
a. Exposição por sugestão: o terapeuta sugere temas ou acontecimentos que
possivelmente estão relacionados a emoções negativas.
b. Prevenção responsável: bloqueando e prevenindo respostas disfuncionais.
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2. Treinamento de habilidades:
As habilidades de regulação emocional ensinam os indivíduos a compreender
melhor as emoções, aprendendo a observar, descrever e rotulá-las com precisão. É
importante ajudar os clientes a aprender a identificar os estímulos, situações ou
outros fatores que precedem e seguem as respostas emocionais problemáticas.
3. Estratégias de Adaptação:
Validação é uma estratégia muito importante, pois permanecer superenfatizando a
necessidade do cliente mudar seus comportamentos poderá servir como reforço de
um ambiente de invalidação inicial. Na DBT, essa estratégia de validação é utilizada
para ajudar o cliente a perceber que suas respostas emocionais fazem sentido.
Paciente mulher, 32 anos, diagnosticada com TPB e sofre com abuso de substâncias.
Possui histórico de tentativas de suicídio, ideação suicida, comportamentos autolesivos,
além do abuso de substâncias como maconha, heroína e benzodiazepínicos.
Ela sente, constantemente, muito medo e raiva pela maneira como é tratada em sua vida,
além disso, sente-se incapaz de se proteger dos outros, os quais ela constantemente
percebe como ofensores e violadores. Ela vive em perpétua crise emocional e teme ser
atacada ou percebida pelos outros como alguém ruim e/ou inaceitável.
Após muitas experiências invalidantes de abuso físico, sexual e emocional recorrentes, ela
aprendeu que seus sentimentos, pensamentos e comportamentos pessoais eram errados,
ruins e inadequados. Desse modo, ela não se tornou capaz de aprender a reconhecer e
confiar em suas próprias experiências. Em vez disso, ela aprendeu a atribuir julgamentos
negativos a suas reações pessoais, sentindo-se sempre confusa e envergonhada de seus
próprios sentimentos, especialmente da raiva e da tristeza.
O objetivo primário do tratamento era ajudar essa mulher a controlar seu próprio
comportamento, o que incluía ajudá-la a reduzir os comportamentos de risco de vida, como
ameaças de suicídio e automutilação; e comportamentos que interferiam no recebimento do
tratamento, como faltas repetidas no comparecimento às consultas, atrasos, apresentar-se
ocasionalmente embriaguada, além da tendência a adormecer durante as sessões.
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O terapeuta, por sua vez, iniciou o tratamento alternando entre a validação e o chamado
para a mudança da cliente, melhorando as capacidades da paciente de reconhecer as
próprias emoções e ensinando-a novas habilidades para tolerar sentimentos dolorosos.
Sua raiva intensa a levou a faltar a várias sessões e a considerar abandonar o tratamento.
A cliente foi dominada pela sensação de que havia sido atacada profundamente como
resultado de um feedback crítico que recebeu de seu médico ao longo do tratamento.
Depois de um ano e meio em tratamento, Jane não exibe mais o mesmo padrão de crises
emocionais perpétuas que inicialmente a trouxeram para o programa de tratamento em
DBT. Ela não se envolveu em comportamentos de automutilação por quase um ano e
reduziu seu uso de substâncias para menos de dez vezes no ano.
● CONCLUSÃO:
As estratégias de DBT são orientadas para lidar com a desregulação emocional dos
pacientes, sobretudo aqueles com TPB. O objetivo principal no primeiro estágio da DBT é
tratar comportamentos disfuncionais que ameaçam a vida, o tratamento e a qualidade de
vida do indivíduo.