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ARTIGO: Dialectical Behavior Therapy for High Suicide Risk in Individuals With
Borderline Personality Disorder A Randomized Clinical Trial and Component Analysis.
(Tradução: Terapia Comportamental Dialética (DBT) em indivíduos com Transtorno de
Personalidade Borderline (TPB) com alto risco de suicídio. Um Ensaio Clínico
Randomizado (ECR) e análise de componentes.)
INTRODUÇÃO:
As evidências da DBT estão cada vez mais fortes para o tratamento do TPB. A revisão mais
recente da Cochrane concluiu que a DBT é o único tratamento com replicação suficiente
para ser considerada baseada em evidências para TPB.
Embora a DBT seja claramente eficaz e cada vez mais disponível em ambientes de prática,
a demanda por DBT excede em muito os recursos existentes. A natureza multicomponente
da DBT (terapia individual, treinamento de habilidades em grupo, coaching por telefone
entre as sessões e uma equipe de consulta para terapeutas) pode ser desmontada nos
ambientes clínicos.
MÉTODO:
• Geral:
Foi conduzido um ensaio clínico randomizado simples-cego de 3 braços de 24 de abril de
2004 a 26 de janeiro de 2010. Foi feito um procedimento de randomização adaptativa
computadorizada que pareou os participantes por idade, número de tentativas de suicídio,
número de episódios de automutilação, hospitalizações psiquiátricas no ano passado e
gravidade da depressão.
• Participantes:
As participantes foram 99 mulheres com idade entre 18 e 60 anos que preencheram os
critérios para TPB no Exame Internacional de Transtorno da Personalidade e na Entrevista
Clínica Estruturada para DSM-IV, Eixo II, e tiveram pelo menos duas tentativas de suicídio
e/ou episódios de autolesão não suicida no passado de cinco anos; pelo menos uma
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• Medidas:
A Entrevista de Tentativa de Suicídio com Autolesão mediu a frequência, a intenção e a
gravidade médica das tentativas de suicídio e atos de autolesão não suicida.
A importância das razões para viver foi avaliada com o Inventário de razões para viver.
• Terapeutas:
Terapeutas que realizaram DBT individual (n = 15), terapeutas de grupo DBT (n = 3) e
gerentes de caso (n = 5) não diferiram por sexo (17 mulheres, 74%) ou experiência clínica
(18, 78%, formaram-se há menos de 10 anos).
• Tratamentos:
A condição de treinamento de habilidades da DBT (DBT-S) foi projetada para avaliar o efeito
do treinamento de habilidades da DBT, durante a remoção do componente de terapia
individual da DBT. Para controlar o tratamento e garantir o manejo de crises e de suicídio, a
terapia individual foi substituída por uma intervenção de manejo de caso manualizada.
A condição de terapia individual da DBT (DBT-I) foi projetada para eliminar todo o
treinamento de habilidades da DBT do tratamento, proibindo os terapeutas individuais de
ensinar habilidades da DBT. Em vez disso, os terapeutas individuais se concentraram em
ajudar os pacientes a usar as habilidades que já tinham e apenas ofereceram sugestões,
usando o vocabulário comportamental padrão, quando os pacientes eram incapazes de
gerar suas próprias soluções.
RESULTADOS:
Os grupos de tratamento não diferiram significativamente nas características de
pré-tratamento. Mais clientes abandonaram o tratamento na DBT-I do que na DBT padrão (o
tempo até o abandono do tratamento foi mais de 2 vezes mais rápido para DBT-I do que
para DBT padrão).
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A adesão ao tratamento não diferiu entre a DBT padrão e a DBT-S para o treinamento de
habilidades em grupo, mas diferiu entre a DBT padrão e a DBT-I para a terapia individual.
Durante o ano de tratamento, não encontramos diferenças entre os grupos nas taxas de
visitas ao pronto-socorro ou internações hospitalares por qualquer motivo psiquiátrico.
Em suma, o padrão de mudança foi semelhante para depressão e ansiedade, com o grupo
DBT-I melhorando menos do que os outros grupos durante o ano de tratamento e
recuperando-se durante o ano de acompanhamento.
DISCUSSÃO:
O foco deste ensaio clínico randomizado foi determinar se o componente de treinamento de
habilidades da DBT é necessário e/ou suficiente para reduzir comportamentos suicidas e
melhorar outros resultados entre indivíduos com alto risco de suicídio.
Dados recentes sugerem que o treinamento de habilidades de DBT por si só seria superior
a listas de espera e terapia de grupo padrão para indivíduos com TPB. O componente de
treinamento de habilidades do DBT sozinho também se mostrou eficaz em uma gama
diversa de populações clínicas, como indivíduos com depressão, depressão resistente ao
tratamento, desregulação emocional elevada, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade
e transtornos alimentares. No entanto, este estudo não foi desenvolvido para avaliar a
equivalência entre DBT-S e DBT padrão, e esta não deve ser presumida.
CONCLUSÃO:
Apesar dos resultados promissores, mais pesquisas são necessárias antes que conclusões
sólidas possam ser feitas sobre qual é a melhor intervenção de DBT para indivíduos
altamente suicidas.