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Terapia Comportamental Dialética: Uma abordagem efetiva no tratamento de

Transtorno de Personalidade Borderline


Dialectical Behavior Therapy: An Effective Approach in the Treatment of Borderline
Personality Disorder

Geovana Oliveira Silva Campos


Kelly Cristina Jesus Pedro

Resumo
A Terapia Comportamental Dialética (Dialectical Behavior Therapy) é uma
abordagem terapêutica desenvolvida por Marsha M. Linehan na década de 1980.
Inicialmente, a DBT foi criada para tratar pacientes com transtorno de personalidade
borderline, mas seu alcance se expandiu para uma variedade de problemas
emocionais e comportamentais, incluindo transtornos de humor, transtornos
alimentares, abuso de substâncias e dificuldades de regulação emocional. A DBT
combina estratégias de terapia comportamental, cognitiva e mindfulness para ajudar
os indivíduos a desenvolverem habilidades para lidar com emoções intensas,
comportamentos disfuncionais e relacionamentos interpessoais problemáticos.
Palavras-chave: Regulação emocional. Transtorno de personalidade borderline.
Terapia comportamental dialética.

Abstract
Dialectical Behavior Therapy is a therapeutic approach developed by Marsha
M. Linehan in the 1980s. Initially, DBT was created to treat patients with borderline
personality disorder, but its reach has expanded to a variety of emotional problems.
and behavioral disorders, including mood disorders, eating disorders, substance
abuse, and emotion regulation difficulties. DBT combines behavioral, cognitive, and
mindfulness therapy strategies to help individuals develop skills to deal with intense
emotions, dysfunctional behaviors, and troubled interpersonal relationships.
Keywords: Emotional regulation. Borderline personality disorder. Dialectical
behavioral therapy.
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INTRODUÇÃO
A terapia comportamental dialética (DBT, do inglês dialectial behavior therapy)
é uma abordagem psicoterápica, que foi originada com premissa de tratar sujeitos
que eram considerados cronicamente suicidas com o transtorno de personalidade
boderline (TPB). A abordagem é uma forma de tratamento psicoterapêutico
desenvolvida originalmente por Marsha M. Linehan na década de 1980, ela dedicou
grande parte da sua carreira desenvolvendo e estudando, uma das promessas é
oferecer aos indivíduos uma vida que vale a pena ser vivida. Marsha M. Linehan,
nascida em 1943, é uma renomada psicóloga e pesquisadora norte-americana
conhecida por seu trabalho pioneiro no desenvolvimento da Terapia Comportamental
Dialética (DBT).
A própria trajetória de vida de Linehan foi marcada por desafios e experiências
pessoais que influenciaram seu interesse na área da saúde mental. Durante sua
adolescência, ela lutou contra intensas emoções, pensamentos suicidas e
comportamentos auto lesivos, o que a levou a buscar ajuda profissional e a
desenvolver um interesse profundo no tratamento de transtornos emocionais. Linehan
concluiu seu doutorado em psicologia clínica pela Universidade Loyola, em Chicago,
nos Estados Unidos. Ela inicialmente adotou uma abordagem comportamental para o
tratamento de pacientes que apresentavam comportamentos suicidas crônicos, mas
logo percebeu que esses pacientes requeriam uma abordagem mais abrangente e
integrativa. Logo, Linehan começou a desenvolver a Terapia Comportamental
Dialética. Ela integrou estratégias comportamentais, cognitivas e mindfulness em um
modelo terapêutico completo que visa a ajudar os indivíduos a regular suas emoções,
melhorar suas habilidades de enfrentamento e estabelecer relacionamentos
interpessoais mais saudáveis.
Linehan publicou o livro "Terapia Comportamental Dialética: Distúrbio de
Personalidade Borderline" em 1993, que se tornou um marco na literatura sobre o
assunto. A partir disso, a Terapia Comportamental Dialética ganhou reconhecimento
e se tornou uma abordagem terapêutica amplamente utilizada em todo o mundo. Sua
contribuição revolucionou o campo da psicoterapia, oferecendo uma abordagem
eficaz para o tratamento de transtornos emocionais complexos, como o transtorno de
personalidade borderline. A contribuição de Marsha Linehan para o campo da
psicologia clínica e para o tratamento de transtornos emocionais é amplamente
reconhecida. Sua abordagem, a Terapia Comportamental Dialética, tornou-se uma
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das principais opções terapêuticas para pessoas que enfrentam desafios emocionais
complexos. Seu trabalho e dedicação mudaram a vida de inúmeras pessoas,
proporcionando esperança e caminhos para a recuperação.
A DBT combina estratégias de terapia comportamental, cognitiva e
mindfulness para ajudar os indivíduos a desenvolverem habilidades para lidar com
emoções intensas, comportamentos disfuncionais e relacionamentos interpessoais
problemáticos. Reconhece a complexidade dos problemas emocionais e adota uma
abordagem dialética, que busca encontrar um equilíbrio entre a mudança e a
aceitação. A terapia valoriza a validação das experiências e emoções dos indivíduos,
criando um ambiente terapêutico seguro e encorajador. Além disso, a DBT enfatiza o
desenvolvimento de habilidades específicas para lidar com situações difíceis e
promover a regulação emocional.
Ao longo deste artigo, exploraremos os princípios fundamentais da Terapia
Comportamental Dialética, seus componentes-chave e os benefícios que ela pode
trazer para aqueles que buscam uma abordagem terapêutica eficaz no manejo de
transtornos emocionais. A DBT oferece uma perspectiva única e uma série de
ferramentas práticas que podem ajudar os indivíduos a alcançarem uma vida mais
equilibrada, satisfatória e saudável.
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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BODERLINE

O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um distúrbio caracterizado


por distúrbios graves na regulação emocional. Na Terapia Comportamental Dialética
(DBT), a desregulação afetiva é vista como consequência de uma transação entre
uma predisposição biológica à vulnerabilidade emocional e experiências mentais
ambientais invalidantes.
De acordo com Linehan (1993):
Os comportamentos problemáticos e impulsivos extremos que são comuns
entre essa população (por exemplo, suicídio, automutilação sem intenção
de morrer, bem como abuso de substâncias) são sequelas comuns de
humores fortes e negativos.
O Transtorno de Personalidade Boderline é uma psicopatologia definida por
um padrão incidente de instabilidade dos afetos, da autocompreensão, da
mutabilidade dos relacionamentos interpessoais e da constante impulsividade.
Segundo o Manual Diagnósticos e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5-TR
(2023), os critérios diagnósticos incluem: [1]Esforços desesperados para evitar
abandono real ou imaginado. [2]Um padrão de relacionamentos interpessoais
instáveis e intensos caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e
desvalorização. [3]Perturbação da identidade: instabilidade acentuada e persistente
da autoimagem ou da percepção de si mesmo. [4] Impulsividade em pelo menos duas
áreas potencialmente autodestrutivas (p. ex., gastos, sexo, abuso de substância,
direção irresponsável, compulsão alimentar). [5]Recorrência de comportamento,
gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento auto-mutilante. [6]Instabilidade
afetiva devida a uma acentuada reatividade de humor (p. ex., disforia episódica,
irritabilidade ou ansiedade intensa com duração geralmente de poucas horas e
apenas raramente de mais de alguns dias). [7]Sentimentos crônicos de vazio.
[8]Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la (p. ex., mostras
frequentes de irritação, raiva constante, brigas físicas recorrentes). [9]Ideação
paranoide transitória associada a estresse ou sintomas dissociativos intensos.
As causas do TPB é multifatorial: depende do ambiente, história de vida e
genética, abrange diferentes fatores que estão relacionados entre si. (Lieb, Zanarini,
Schmahl, Linehan & Bohus, 2004). A DBT direciona os estudos para a compreensão
da etiologia do transtorno ligado diretamente a uma disfunção do sistema de
regulação emocional, geradas por irregularidades biológicas e de ambientes
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invalidantes na infância, que rejeitam as contingências emocionais frente as respostas


dos indivíduos. (Linehan, 2010).
A interação de fatores genéticos e experiências aversivas na infância, como
negligência e abuso, ocasionam uma desregulação emocional e impulsividade, que,
por sua vez, levam a desregulação comportamental e conflitos psicossociais, que
novamente reforçam a desregulação emocional e a impulsividade, em um ciclo
vicioso. Dessa forma, a desregulação emocional faz com que o indivíduo borderline
apresente disfunções em quatro grandes áreas: afetiva, cognitiva, comportamental e,
como consequência, nos relacionamentos interpessoais (Lieb et al., 2004).
Os pacientes que possuem borderline demonstram déficit no aprendizado das
emoções, por causa do ambiente invalidante vivido em sua infância (Lynch, Trost,
Salsman & Linehan, 2007). Gerando a negação das expressões emocionais dos
indivíduos e ocasiona que eles interpretem suas próprias experiências emocionais de
maneira precipitada. (McMain, Korman & Dimeff, 2001). Por isso, em muitas
ocasionais esse sujeitos não se permitem aprender a entender, rotular, regular ou até
mesmo tolerar respostas emocionais, nem realizar a resolução dos seus problemas.
Podem obter oscilação entre a inibição emocional e a extrema labilidade emocional
(Crowell, Beauchaine & Linehan, 2009).
Sujeitos diagnosticados com de TPB invalidam suas próprias percepções,
apoiando as características do ambiente invalidante e procurando o ambiente em
busca de soluções de como reagir a essas interpretações (Melo, 2014). Por causa da
instabilidade e desregulação emocional, os sujeitos podem interpretar que são
pessoas maus por sentirem raiva, ou que são preguiçosos por não atingirem
expectativas nas resoluções das tarefas rapidamente ou ainda que são considerados
fracos por sentirem medo. As interpretações são confirmadas de acordo com suas
experiências de vida que são concebidas sistematicamente como consequentes
desse padrão da desregulação comportamental, cognitiva e psicossocial (Melo,
2014). Os sujeitos aprenderam que expressões negativas de afeto que devem ser
ignoradas ou sujeitos a punição, em consequência da instabilidade emocional.
Notam-se como defeituosos, sentindo ódio de si próprios, com desgosto e vergonha
(Linehan, 2010; McMain et al., 2001).
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TRATAMENTO INTEGRATIVO

O termo dialética pressupõe equilíbrio (Linehan, 2010). A dialética baseia-se


no processo que permeia o desenvolvimento na psicoterapia junto com o
aperfeiçoamento das resoluções de conflitos que impossibilitam o progresso. A
dialética foi contextualizada como: “O conceito da contradição dos opostos (tese e
antítese) e sua continua resolução (síntese)” (Webster’s New World Dictionary, 1964,
p.404). O trabalho de Linehan composto pela dialética (2010; Linehan & Schmidt,
1995) foi fortemente influenciado pelo trabalho nas áreas evolutivas (Levis &
Lewontin, 1985), desenvolvimento do self (Kegan,1982) e o desenvolvimento
cognitivo (Basseches, 1984).

Estrutura da DBT: Pressupostos Teóricos

Diversos elementos da DBT oferecem uma estrutura ou um enquadramento


conceitual para o terapeuta e o paciente. A formulação de caso na DBT está baseada
na teoria biossocial e nos níveis de desordem. Estes, por sua vez, traduzem-se em
uma postura terapêutica colaborativa básica e em metas e alvos do tratamento que
são hierarquicamente organizados de acordo com sua importância. Esses alvos são
claramente orquestrados nos diferentes modos de tratamento (psicoterapia individual
semanal e treinamento de habilidades e, quando necessário, coaching telefônico para
os pacientes; consultoria semanal com os pares para os terapeutas) para que funções
e papéis específicos sejam atribuídos para cada modo e que, assim, tenha
responsabilidade por alvos específicos no decorrer do tratamento. Na sequência,
esboçamos cada um deles.

Teoria biossocial
A teoria biossocial é um componente central da Terapia Comportamental
Dialética (DBT), desenvolvida por Marsha M. Linehan. Essa teoria propõe explicar a
etiologia e a manutenção do transtorno de personalidade borderline (TPB) a partir da
interação entre fatores biológicos, desenvolvimenttais, sociais e fatores ambientais
invalidantes.
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A teoria biossocial postula que certas vulnerabilidades biológicas podem


predispor os indivíduos ao desenvolvimento do TPB. Essas vulnerabilidades incluem
uma maior sensibilidade emocional, intensidade emocional e uma resposta emocional
mais lenta em relação a outras pessoas. Essas características podem ser
influenciadas por fatores genéticos, bem como por alterações no funcionamento do
sistema límbico e do sistema nervoso autônomo. Essa hipótese postula que não é
unicamente a interação da biologia do individuo e o ambiente social propiciam as
bases para o surgimento do TPB, entretanto o ambiente e a biologia se influenciam
mutuamente de forma que a desregulação emocional propicia um ambiente mais
invalidade e vice e versa.
Além das vulnerabilidades biológicas, a teoria biossocial enfatiza a importância
dos fatores ambientais na manifestação do TPB. Especificamente, a invalidação
emocional é considerada um fator ambiental crucial. A invalidação ocorre quando as
emoções, experiências e percepções de um indivíduo são desvalorizadas, ignoradas
ou negadas por outras pessoas significativas em seu ambiente, como familiares,
amigos ou cuidadores. A invalidação frequente pode levar à dificuldade de reconhecer
e validar as próprias emoções, resultando em uma regulação emocional disfuncional.
A combinação das vulnerabilidades biológicas e ambientais leva a uma
interação complexa entre os indivíduos com TPB e seu ambiente. Os pacientes com
TPB podem experimentar emoções intensas e aversivas, que são desencadeadas
por eventos cotidianos. No entanto, devido à falta de validação emocional e
habilidades inadequadas de regulação emocional, eles podem ter dificuldade em lidar
com essas emoções intensas. Isso pode levar a comportamentos autodestrutivos,
como automutilação, comportamento suicida e instabilidade nos relacionamentos.
Na Terapia Comportamental Dialética, a teoria biossocial serve como base
para o entendimento do TPB e orienta a intervenção terapêutica. A DBT procura
equilibrar a aceitação e a mudança, promovendo a aceitação incondicional dos
pacientes e, ao mesmo tempo, incentivando a mudança de comportamentos
disfuncionais. A terapia envolve o ensino de habilidades de regulação emocional, o
desenvolvimento da tolerância ao mal-estar emocional e a prática do mindfulness. A
validação emocional é uma parte essencial do processo terapêutico, ajudando os
pacientes a reconhecer, compreender e regular suas emoções de maneira saudável.
Por fim, a teoria biossocial na Terapia Comportamental Dialética enfatiza a
interação entre vulnerabilidades biológicas e ambientais no desenvolvimento e
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manutenção do TPB. Essa teoria orienta a abordagem terapêutica, buscando


promover a regulação emocional saudável por meio da aceitação, validação e ensino
de habilidades adaptativas.
.
Treinamento de habilidades
A DBT inclui o treinamento de habilidades como um modo de tratamento
propicio ao aprimoramento das competências de habilidades em áreas em que muitos
indivíduos com TPB tem lacunas comportamentais. (Linehan, 2015).
A DBT fornece um compilado de habilidades específicas que são ensinadas
aos pacientes como parte do tratamento, visando ajudá-los a lidar de forma mais
eficaz com suas emoções, relacionamentos e desafios da sua rotina. Essas
habilidades são agrupadas em quatro áreas principais: regulação emocional,
tolerância à angústia, habilidades interpessoais e habilidades de mindfulness.
As habilidades de regulação emocional buscam ajudar os pacientes a identificar,
entender e regular suas emoções de forma saudável. As habilidades interpessoais
propõem auxiliar os relacionamentos dos pacientes e a comunicação efetiva. Isso
inclui aprender a estabelecer limites saudáveis, a resolver conflitos, a expressar
necessidades e desejos de forma assertiva. Enfatiza a prática de mindfulness, que
envolve a atenção plena ao momento presente, sem julgamento. As habilidades de
mindfulness ajudam os pacientes a desenvolver uma maior consciência de seus
pensamentos, emoções e sensações físicas, permitindo-lhes observá-los sem reagir
impulsivamente, visto que é uma característica presente no TPB.

Validação
Pacientes usufruem da validação, e ela é imprescindível para o sucesso de
estratégias direcionadas para a mudança com aqueles sujeitos que são
emocionalmente sensíveis e predispostos à desregulação emocional (Linehan,
1993a). As estratégias de validação da DBT visam o reconhecimento e à aceitação
incondicional dos sentimentos, pensamentos e experiências do sujeito, independente
de sua validade ou racionalidade. A validação é um processo essencial do âmbito
terapêutico e dispõe um papel fundamental na constituição de uma relação
terapêutica agradável e na promoção do bem-estar do paciente.
Existem diferentes formas de validação utilizadas na DBT. A validação emocional
busca reconhecer e validar as emoções do paciente, permitindo que eles se sintam
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compreendidos e aceitos. Validação cognitiva, envolve validar os pensamentos e as


crenças do paciente, mesmo que sejam irracionais ou contraditórios. Validação da
experiência pessoal propõe validar as experiências pessoais do paciente, incluindo
suas vivências passadas, traumas e dificuldades. Por fim, a validação contextual
compreende validar as reações do paciente com base no contexto em que ocorrem.
A validação na DBT é um processo contínuo e dinâmico. O psicólogo procura
continuamente compreender e validar os sentimentos e as experiências do paciente,
criando um ambiente terapêutico seguro e acolhedor. A validação é considerada um
componente crucial para promover a mudança e o crescimento, porque auxilia o
paciente a desenvolver uma maior autoaceitação, autorregulação emocional e um
repertório mais habilidades sociais.
É de grande valia pontuar que a validação na DBT não significa
necessariamente concordar com todos os comportamentos ou escolhas do paciente,
entretanto busca demonstrar um respeito genuíno e aceitação por sua experiência
individual. Serve como um pilar para a construção de confiança e colaboração
terapêutica, permitindo que o paciente se sinta seguro para explorar seus desafios e
buscar mudanças positivas em sua vida.
Em resumo, a validação desempenha um papel essencial na Terapia
Comportamental Dialética, fornecendo suporte emocional e aceitação incondicional
ao paciente. Ela ajuda a fortalecer a relação terapêutica, facilita a autorregulação
emocional e promove um ambiente propício ao crescimento pessoal e à mudança.
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CONCLUSÃO
O presente artigo buscou elucidar e apresentar informações a respeito da
terapia comportamental dialetica e as bases nas quais se fundamenta a prática desta
abordagem. Por isso, foi preciso oferecer os conceitos da abordagem proposta neste
artigo. A partir disso, é possível observar que a DBT é uma abordagem com grande
eficácia e evidencia cientifica para o tratamento do Transtorno de Personalidade
Borderline. Atualmente a DBT é a abordagem que apresenta mais eficácia no
tratamento de TPB, pois há uma grande gama de ensaios clínicos randomizados e
meta-análises comprovando a eficácia do tratamento. Produz uma prática
psicoterapêutica eficaz e contribui com a saúde pública através da aplicação de
princípios empiricamente baseados de avaliação psicológica, formulação de caso,
relação terapêutica e intervenção (APA/ Presidential Task Force on Evidence-Based
Practice, 2006).
Pesquisas na área e a própria abordagem da DBT vem apresentando
resultados satisfatórios e demonstrando sua viabilidade.
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