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Contemporânea

Contemporary Journal
3(11): 24092-24113, 2023
ISSN: 2447-0961

Artigo

DEPENDÊNCIA EMOCIONAL EM RELACIONAMENTOS


AMOROSOS E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO:
ABORDAGENS PSICOLÓGICAS

EMOTIONAL DEPENDENCY IN ROMANTIC


RELATIONSHIPS AND COPING STRATEGIES:
PSYCHOLOGICAL APPROACHES

DOI: 10.56083/RCV3N11-200
Recebimento do original: 27/10/2023
Aceitação para publicação: 28/11/2023

Caroline de Castro Matos


Graduanda em Psicologia
Instituição: Faculdade Carajás
Endereço: Av. Vp Oito Quadra Especial Lote 2A, Folha 32, Nova Marabá, Marabá - PA,
CEP: 68508-150
E-mail: carol@rbaguiar.com.br

Silvia Rodrigues de Oliveira


Graduanda em Psicologia
Instituição: Faculdade Carajás
Endereço: Av. Vp Oito Quadra Especial Lote 2A, Folha 32, Nova Marabá, Marabá - PA,
CEP: 68508-150
E-mail: silviarodriguesoliversro@gmail.com

Larissa Cristina Kremer dos Santos Paquiela


Especialista em Logoterapia, Avaliação Psicológica e Docência do Ensino Superior
Instituição: Faculdade Carajás
Endereço: Av. Vp Oito Quadra Especial Lote 2A, Folha 32, Nova Marabá, Marabá - PA,
CEP: 68508-150
E-mail: larykremers@gmail.com

RESUMO: A dependência emocional nas relações amorosas é um tema de


grande interesse e complexidade, amplamente explorado nas áreas da
psicologia, psiquiatria e sociologia. Ela representa um fenômeno de profundo
impacto na vida das pessoas, influenciando diretamente sua saúde mental e

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o desenrolar de suas relações interpessoais. Como um problema de saúde
mental, a dependência emocional é passiva de acarretar sofrimento psíquico.
Nesse sentido, buscou-se, através deste trabalho, explorar algumas das
diversas abordagens dentro da psicologia que estuda este fenômeno e
estabelece estratégias eficazes para seu enfrentamento e superação. A
metodologia adotada compreende a compilação e revisão bibliográfica de
artigos científicos, livros e trabalhos de especialistas renomados na área. A
revisão da literatura desempenha um papel crucial, fornecendo uma base
sólida para a discussão das estratégias de enfrentamento da dependência
emocional. Conclui-se que uma abordagem holística, integrando aspectos
emocionais, cognitivos e comportamentais, é crucial para enfrentar a
dependência emocional e melhorar a qualidade de vida emocional e
relacional.

PALAVRAS-CHAVE: Dependência Emocional, Estratégias de


Enfrentamento, Relações Amorosas.

ABSTRACT: Emotional dependence in romantic relationships is a topic of


great interest and complexity, widely explored in the areas of psychology,
psychiatry and sociology. It represents a phenomenon that has a profound
impact on people's lives, directly influencing their mental health and the
development of their interpersonal relationships. As a mental health
problem, emotional dependence is likely to cause psychological suffering. In
this sense, we sought, through this work, to explore some of the different
approaches within psychology that seek to understand this phenomenon and
propose effective strategies for confronting and overcoming it. It is concluded
that a holistic approach, integrating emotional, cognitive and behavioral
aspects, is crucial to confront emotional dependence and improve emotional
and relational quality of life.

KEYWORDS: Emotional Dependency, Coping Strategies, Romantic


Relationships.

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1. Introdução

A dependência emocional é um padrão de comportamento no qual um


indivíduo passa a depender excessivamente do outro para sua satisfação
emocional. É um fenômeno multifacetado, o qual pode se manifestar de
diferentes maneiras e ter origens variadas, tornando-o um desafio complexo
de compreender e tratar. Diversos fatores podem causar e contribuir para o
desenvolvimento da dependência emocional, incluindo experiências
traumáticas na infância, problemas de autoestima, transtornos de
personalidade e condições psicológicas como ansiedade e depressão.
Ao passo em que a dependência emocional apresenta uma diversidade
de causas e consequências, a psicologia, em suas abordagens, pode
contribuir com diferentes estratégias de enfrentamento.
Como os indivíduos podem enfrentar e superar a dependência
emocional, promovendo, assim, relacionamentos mais saudáveis e
equilibrados? Esse questionamento é de suma importância, uma vez que a
dependência emocional pode resultar em relacionamentos disfuncionais nos
quais um dos parceiros busca incessantemente a aprovação e a validação do
outro, muitas vezes em detrimento de suas próprias necessidades e
identidade.
Quais estratégias de enfrentamento que podem auxiliar os indivíduos
na superação da dependência emocional e na promoção de relacionamentos
mais saudáveis e autônomos? A fim de atingir esse objetivo, buscou-se
identificar os fatores que contribuem para a dependência emocional nas
relações amorosas; analisar estratégias psicológicas que visam o
enfrentamento da dependência emocional e explorar abordagens
terapêuticas que podem auxiliar na promoção de relacionamentos saudáveis
e autônomos.

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A metodologia adotada compreende a compilação e revisão
bibliográfica de artigos científicos, livros e trabalhos de especialistas
renomados na área. A revisão da literatura desempenha um papel crucial,
fornecendo uma base sólida para a discussão das estratégias de
enfrentamento da dependência emocional. Ao examinar minuciosamente as
abordagens existentes sobre o tema pode-se consolidar um conhecimento
aprofundado e embasado, que contribuirá para a compreensão e o
tratamento desse fenômeno.

2. Compreendendo a Dependência Emocional: Características e


Sintomas

2.1 Ambientes Relacionais e a Construção da Afetividade

Os seres humanos possuem características e habilidades distintas, que


variam entre os mais diversos indivíduos, sendo seres essencialmente
relacionais e que dependem do contato com outros para garantir sua
sobrevivência. Desde o nascimento, o ser humano depende do outro para ter
suas necessidades básicas atendidas, as quais não se resumem apenas
aquelas de cunho físico (alimentação, asseio, descanso, proteção, entre
outros), mas, também, as de cunho socioemocionais. Ao crescer, este ser
humano tende a continuar inserido em grupos diversos, a fim de garantir
ainda a própria sobrevivência e bem-estar (LANE, 2006).
Além disso, percebe-se que o relacionamento interpessoal
desempenha um papel crucial na formação da personalidade e da afetividade
de cada pessoa. Assim, todos os indivíduos têm a capacidade de estabelecer
relações conscientes e voluntárias com outros, formando laços de acordo
com critérios pessoais que atendem às suas necessidades emocionais
(PINTO, 2014). Pinto (2014) também menciona que a atividade social, ou

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seja, os relacionamentos, molda a personalidade, sendo influenciada por
diversos fatores complexos, incluindo características psicológicas individuais,
inserção nos ciclos sociais e histórico de vida.
Durante o desenvolvimento do ser humano, diversos relacionamentos
são responsáveis por exercer diferentes influências nessa construção, sendo,
em geral, o familiar (relacionamento parental) e o de amizade os primeiros
em que essas interações ocorrem. Na família o ser humano é introduzido ao
afeto e estabelece suas primeiras conexões emocionais. De acordo com
Adolpho (2017), a afetividade é construída a partir das primeiras
experiências de vida, sendo internalizada por meio de linguagens não verbais
(ações) e verbais (linguagem). Os padrões familiares estabelecidos na
infância têm impacto na vida adulta e nas relações futuras. Portanto, é
fundamental criar um ambiente familiar seguro que promova a comunicação
e a expressão de sentimentos, permitindo que o indivíduo desenvolva
confiança e autenticidade nos vínculos futuros (ADOLPHO, 2017).
Nesse sentido, há também o núcleo de relacionamento baseado na
amizade, a qual pode ser definida como um vínculo entre pessoas não
familiares, não relacionadas por laços de parentesco ou parceiros românticos
(SOUZA & HUTZ, 2008). Esta, é uma experiência introduzida na infância,
inicialmente com colegas de escola e vizinhos, e que se expande à medida
que o sujeito entra na adolescência. Diversas pesquisas, como destacado por
DeSouza (2012), se dedicam a investigar o impacto das amizades no
desenvolvimento humano ao longo de todas as fases da vida. Esses estudos
evidenciam a contribuição das amizades para o desenvolvimento de
habilidades sociais, saúde, qualidade de vida e longevidade das pessoas.
Em contrapartida, Souza e Hutz (2008) afirmam que as relações de
amizade também podem envolver aspectos negativos, levando a
sentimentos de interdependência, desaprovação, desafios frequentes e
questionamentos regulares. Além disso, podem surgir emoções como ciúmes

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e até mesmo uma perda da identidade pessoal. De acordo com pesquisas
mencionadas por Martins (2016), os relacionamentos contemporâneos,
sobretudo os vínculos de amizade, são frequentemente efêmeros,
caracterizados pelo distanciamento dos outros, pela carência de afeto e pelo
excesso de autoabsorção. Essas conexões são estabelecidas por indivíduos
que buscam satisfação imediata e rapidez. Além disso, ele também salienta
que a maioria das amizades atualmente se baseia em interações virtuais, o
que, segundo o autor, representa uma ameaça ao que se postula como real
conexão entre as pessoas.
Por fim, há o âmbito dos relacionamentos amorosos. O interesse
romântico tende a ocorrer geralmente na fase da adolescência, que está
compreendida entre os 10 e os 19 anos de idade, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), e vem acompanhada de
transformações profundas, costumeiramente conflitantes, nos aspectos
orgânicos, psicológicos, sociais e econômicos. Sendo, portanto, uma parte
crucial da vida humana, a matéria dos relacionamentos amorosos é
amplamente discutida nos mais diversos nichos de conhecimento.
Nesse contexto, ao longo dos anos o relacionamento amoroso tem sido
interpretado de diversas maneiras, desde uma forma de assegurar a
continuidade da espécie, até uma estratégia para fortalecer alianças políticas
e/ou romantismo, conforme observado por Rüdiger (2012). Atualmente, com
o declínio da concepção de classes no ocidente, pode-se verificar a
predominância de relações amorosas baseadas, em especial, no sentimento
romântico. Lima e Almeida (2016) defendem que um relacionamento
amoroso pode ser descrito como uma ligação entre duas pessoas de
diferentes famílias, caracterizada por sentimentos de amor, podendo assumir
diferentes formas, como namorados, cônjuges, companheiros, amantes ou
“ficantes”. Além do amor, espera-se que esses relacionamentos envolvam
aspectos, também, de confiança, respeito, cumplicidade e reciprocidade.

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Segundo Adolpho (2017), numa relação amorosa, as pessoas vivenciam
intensas experiências, praticam a convivência e a interação com o outro,
exploram uma variedade de sentimentos e emoções, o que pode contribuir
para o desenvolvimento de suas habilidades interpessoais.
Quando é observado esse convívio dentro da relação amorosa, têm-se,
então, uma relação saudável (ADOLPHO, 2017). No entanto, essa dinâmica
nem sempre prevalece. Existem comportamentos que passam a dominar a
vida do indivíduo, transformando o amor em algo passional e prejudicial,
causando sofrimento e angústia. É importante destacar que a atenção ao
outro é uma expectativa natural em qualquer relacionamento amoroso.
Contudo, quando há falta de limites e moderação, quando a liberdade é
cerceada e um dos parceiros estrutura toda sua vida em torno do outro,
surge um problema conhecido como amor patológico. Esse padrão pode levar
a situações doentias e graves (SOPHIA, 2008).
Assim, o amor patológico é descrito como uma condição disfuncional,
onde o medo substitui o amor como emoção dominante. Esse medo está
relacionado ao receio de perder o parceiro, de ficar sozinho e de não ser
valorizado (SOPHIA, 2008). De acordo com Boscardin e Kristensen (2011),
o amor patológico compartilha semelhanças com os comportamentos
observados em dependência química e vício em jogos. Os comportamentos
observados incluem desinteresse por atividades pessoais, distanciamento
familiar, isolamento social, sintomas de abstinência física e psicológica (na
ausência do parceiro), bem como atitudes prejudiciais tanto para si quanto
para as pessoas ao redor (SOPHIA, 2008).
Logo, percebe-se que o amor patológico pode afetar de maneira
terrível o psicológico dos envolvidos no relacionamento em questão, e pode,
também, abrir portas para a constituição de dependência emocional, tema
que será abordado no tópico a seguir.

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2.2 Dependência Emocional

A dependência emocional, segundo Estévez et al. (2018), pode ser


definida como uma necessidade emocional extrema que uma pessoa sente
pelo seu parceiro e que se relaciona a um déficit de controle de impulsos e a
um estilo de apego preocupante. Para Bution e Wechsler (2016), a
dependência emocional é um fenômeno complexo que se manifesta através
da busca excessiva por aprovação, atenção e afeto de outras pessoas, muitas
vezes resultando em um desequilíbrio nas relações interpessoais e no bem-
estar psicológico do indivíduo.
Bution e Wechsler (2016) ainda explicam:

De modo geral, as pessoas que têm dependência emocional são


descritas como submissas, com dificuldades de tomar decisões em
seus relacionamentos, sentindo-se responsáveis por todos os
acontecimentos e centrando-se completamente em sua relação.
Assim, tendem a prestar cuidados excessivos ao outro e resolver os
seus problemas, mesmo que isso implique em se auto negligenciar
(Bution; Wechsler, 2016, p. 86).

A dependência emocional em relações amorosas pode ser prejudicial


tanto para a pessoa que a experimenta quanto para o relacionamento em si
e tem intrínseca relação com o medo da solidão, baixa autoestima,
necessidade constante de validação, ciúmes e possessividade, negligência de
interesses pessoais e tolerância a comportamentos prejudiciais ou abusivos
(PHARO, 2015). Assim sendo, o fim de um relacionamento amoroso pode ser
extremamente difícil para alguém com dependência emocional, podendo
levar com que se sintam incapazes de seguir em frente, mesmo quando o
relacionamento é tóxico ou não satisfatório (BASTOS, ROCHA e ALMEIDA,
2019).
Esse fenômeno pode ser causado por uma série de fatores, podendo
incluir a história de abuso ou negligência na infância, problemas de

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autoestima, transtornos de personalidade, condições psicológicas dentre
outros (BOWLBY, 1990). Segundo os autores (MOSQUERA & STOBÄUS,
2006; BANDEIRA & HUTZ, 2010), a verdade é que a própria Psicologia
desconsiderou por muito tempo as reais causas da dependência emocional.
Walter Riso (2014) discorre sobre o assunto:

Em termos psicológicos, sabemos muito mais da depressão do que


da mania. Ou, dito de outra forma, a ausência de amor nos preocupou
muito mais do que o excesso afetivo. Por razões culturais e históricas,
o vício afetivo, à exceção de algumas tentativas orientais, mais
espirituais do que científicas, passou despercebido. Não nos impacta
tanto o amor desmedido quanto o desamor. Superestimamos as
vantagens do amor e minimizamos as desvantagens. Vivemos com a
dependência afetiva à nossa volta, a aceitamos, a permitimos e a
patrocinamos. Do ponto de vista psicossocial, vivemos em uma
sociedade cúmplice dos desmandos do amor (Riso, 2014, p. 7).

É possível, a partir daí, identificar alguns sintomas da dependência


emocional, os quais podem variar de pessoa para pessoa. Não obstante, eles
geralmente incluem a preocupação excessiva com o parceiro a aversão à
ideia de separação, a falta de autocontrole, a dificuldade em tomar decisões
e a baixa autoestima (BOWLBY, 1990).
A respeito do valor da autoestima, Walter Riso (2012) destaca:

Ativar toda a autoestima disponível ou amar o essencial de si mesmo


é o primeiro passo para qualquer tipo de crescimento psicológico e
melhora pessoal. E não me refiro ao lado obscuro da autoestima, ao
narcisismo e à fascinação do ego, ao fato de se sentir único, especial
e superior aos outros; não falo de “paixão” cega e desenfreada pelo
“eu” (egolatria), mas da capacidade genuína de reconhecer, sem
medo nem vergonha, as forças e virtudes que possuímos, de integrá-
las ao desenvolvimento de nossa vida e usá-las com os outros de
maneira efetiva e compassiva. Amar a si mesmo desprezando ou
ignorando os outros é pura presunção; amar os outros desprezando
a si mesmo é falta de amor próprio (Riso, 2012, p. 6).

Desse modo, as dependências de relacionamentos ou dependências


emocionais são caracterizadas pela dependência de amor, interdependência,
dependência afetiva etc. Também podem ter motivos secundários, como

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vícios caracterizados pela codependência e bidependência (SIRVENT, 2000).
O autor explica que quando um indivíduo sem vícios patológicos se envolve
com uma pessoa com vícios a relação é chamada de codependência e caso
for um indivíduo adicto se relacionando com outras pessoas é chamado de
bidependência.

3. Estratégias de Enfrentamento

Diante de um quadro de dependência emocional é possível que as


pessoas adotem estratégias de enfrentamento para lidar com situações
estressantes. Segundo Bution e Wechsler (2016), torna-se essencial explorar
estratégias de enfrentamento que visem mitigar os padrões disfuncionais
associados à dependência emocional e promover relacionamentos mais
saudáveis e indivíduos autônomos.
As formas que trazem mais benefícios são aquelas que ajudam o
indivíduo a desenvolver a sua autonomia e a sua autoestima, as quais podem
incluir a realização de atividades de lazer e o fortalecimento de
relacionamentos com a família e amigos (RISO, 2012). Ademais, é
importante que o indivíduo se esforce para aprender a recusar demandas do
seu parceiro, ainda que isso tenha a possibilidade de gerar conflitos. Em
qualquer hipótese, a busca pela ajuda profissional não pode ser
desconsiderada
Um primeiro passo fundamental no enfrentamento da dependência
emocional é o reconhecimento e a aceitação da própria condição. Isso
acarreta a necessidade do desenvolvimento da consciência sobre os padrões
de comportamento e pensamentos que caracterizam a dependência (RISO,
2014).
Conforme os ensinamentos de Judith Beck (2022), a terapia cognitivo-
comportamental (TCC) é uma abordagem que pode ser empregada nesse

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contexto, de modo a utilizar técnicas como o registro de pensamentos
automáticos e a reestruturação cognitiva para desafiar crenças disfuncionais
sobre a necessidade de aprovação constante.
A Terapia Cognitivo-Comportamental foca nos problemas que o
paciente apresenta durante o tratamento, e seu objetivo é nos ajudar a
aprender novas técnicas para trabalhar no ambiente para promover as
mudanças necessárias. A abordagem terapêutica utilizada em colaboração é
entre o terapeuta e o paciente para que as estratégias de superação de
problemas concretos sejam montadas (WRIGHt, 2008). Na Terapia
Cognitivo-Comportamental, deseja-se articular claramente os objetivos,
esclarecê-los de acordo com os problemas e problemas levantados pelo
paciente. O início do tratamento é a fonte do sofrimento do cliente, ou seja,
da distorção que ocorre na forma como o entrevistado examina a si mesmo
e ao mundo.
A base do teste de experiência é chamada de “esquemas”. As
estruturas mentais são organizadas em níveis onde os esquemas são
essencialmente. Durante o tratamento, tentamos testar cada um desses
níveis de organização, começando pelos pensamentos padrão e chegando ao
sistema de crenças do tópico. As crenças são então testadas com base nos
pontos e sugestões de exercícios que o paciente irá realizar durante o
tratamento e em outras situações (BECK, 2013). Um dos objetivos da TCC é
corrigir as distorções psicológicas que causam problemas em uma pessoa e
capacitá-la a desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento. Nesse caso,
são utilizadas técnicas cognitivas que buscam identificar pensamentos
espontâneos, testar esses pressupostos e restaurar distorções. Estratégias
comportamentais utilizadas para reverter comportamentos negativos
relacionados à doença mental em questão.
A Terapia Cognitivo-Comportamental surgiu da questão de modelos
comportamentais fortes, motivação e resposta, mente, estratégias e modelo

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psicanalítico. A crescente atenção nas áreas de desenvolvimento cognitivo e
humano foi fundamental para o desenvolvimento da TCC, assim como a
identificação de muitos terapeutas propensos a percepções psiquiátricas,
como a Terapia Racional-Emotiva de Albert Ellis e Aaron T. Beck's Terapia
Cognitiva a partir de contextos psicanalíticos e Mahoney, Goldfried a partir
de um contexto ético (BECK, 2013).
Além disso, a prática da atenção plena (mindfulness) pode auxiliar os
indivíduos a observar seus sentimentos e pensamentos de maneira não
julgadora, promovendo a autorreflexão e a autocompaixão (BECK, 2022).
Tais estratégias de enfrentamento deverão acontecer, portanto no
sentido de minimizar a pressão física, emocional e psicológica relacionada a
acontecimentos desencadeantes de estresse, resultando no ajustamento
psicossocial do indivíduo e consequentemente na melhoria da qualidade de
vida e do equilíbrio mental. Sendo assim, apenas esforços conscientes e
intencionais são considerados estratégias de enfrentamento (PEREIRA,
2016).
O reconhecimento das estratégias de enfrentamento, nesta
perspectiva, pode auxiliar o desenvolvimento de intervenções específicas
para a promoção do bem-estar, qualidade de vida e minimizar o
adoecimento. Sendo está uma importante área de intervenção para
profissionais de saúde (RIBEIRO, 2015).
Outra estratégia crucial na superação da dependência emocional é o
fortalecimento da autoestima e da autonomia. A primeira está
intrinsecamente ligada à maneira como um indivíduo se percebe e se
valoriza, enquanto a segunda se refere à capacidade de agir de acordo com
suas próprias escolhas e decisões, independentemente da influência externa
(RISO, 2012). A abordagem centrada na pessoa, proposta por Carl Rogers
na década de 1980, enfatiza a importância do desenvolvimento da
autoestima. Segundo essa teoria, a autoestima é promovida quando o

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indivíduo é aceito incondicionalmente e valorizado pelo seu terapeuta,
proporcionando um ambiente seguro para a expressão de sentimentos e
pensamentos autênticos (ROGERS, 1992).
A autoestima é circunscrita pela literatura como a avaliação que o
indivíduo faz de si mesmo, atribuindo um valor de si, sendo considerado um
importante indicador de saúde mental (ASSIS & AVANCI, 2004). De acordo
com Bandeira (2005), a autoestima está diretamente conectada ao
desempenho na interação social, o que se confirma também com outros
autores (MOSQUERA et al, 2006; BANDEIRA & HUTZ, 2010).
Esse tipo de abordagem ajuda a promover a autenticidade e a
valorização do self, as quais podem ser capazes de encorajar os indivíduos a
explorarem suas próprias necessidades, interesses e valores. O
desenvolvimento de hobbies, interesses individuais e objetivos pessoais pode
contribuir para a construção de uma identidade independente e
autoconfiante (RISO, 2012).
Por outro lado, a capacidade de estabelecer limites saudáveis e de se
comunicar de maneira assertiva desempenha um papel crucial na superação
da dependência emocional (BUTION; WECHSLER, 2016). Técnicas de
treinamento em habilidades sociais podem ser úteis para ensinar os
indivíduos a expressar seus sentimentos, desejos e limites de maneira clara
e respeitosa (BECK, 2022).
A comunicação é, em última instância, uma interpretação criativa dos
estímulos. O propósito do treinamento de comunicação é melhorar a
concordância entre o entendimento que o ouvinte atribui aos estímulos
recebidos e a intenção da pessoa que está falando. De acordo com Dauraes,
2023, p.57:

São propostas três características essenciais da comunicação eficaz:


consciência da intenção - compreender a repercussão desejada da
comunicação (seja por gestos ou palavras); abertura ao feedback -
estar disposto a aceitar correções na interpretação; qualidade, seja

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positiva ou negativa, da comunicação - facilitando a responsabilização
do emissor pela intenção e aceitando potenciais correções na
interpretação, por exemplo, ao formular pedidos de mudança de
maneira construtiva, o que torna o falante mais inclinado a assumir
a responsabilidade por seus pedidos.

Geralmente, os problemas e as diferenças só ganham relevância


quando começam a causar desgaste nas relações. Portanto, estratégias são
desenvolvidas para melhorar a comunicação do casal, com o objetivo de
compartilhar experiências gratificantes e contribuir para a manutenção de
um relacionamento carinhoso e dedicado (FIGUEIREDO, 2023).
Segundo John Bowlby (1990), é comum que os padrões de
dependência tenham raízes em experiências precoces de apego e
relacionamentos familiares. É importante que haja um espaço seguro para
investigar essas origens, de maneira a viabilizar uma compreensão mais
profunda das dinâmicas inconscientes que sustentam a dependência. Por
meio desse processo, o indivíduo pode ganhar insights valiosos sobre como
seus padrões de relacionamento foram moldados e encontrar maneiras de
configurá-los de uma forma mais saudável (BOWLBY, 1990).
A teoria do apego, desenvolvida pelo psicanalista John Bowlby na
década de 1950, fornece um arcabouço teórico interessante para
compreender como as primeiras experiências de vínculo podem moldar as
tendências emocionais e comportamentais ao longo da vida. Bowlby (1990)
teorizou que a compreensão de que o vínculo estabelecido entre uma pessoa
e seus cuidadores durante os primeiros anos de vida tem a tendência de
impactar a maneira como essa mesma pessoa irá se envolver em
relacionamentos na fase adulta.
Dessa forma, a exploração das origens da dependência emocional é
um componente essencial do processo de enfrentamento e superação de
padrões disfuncionais. Ao compreender como as experiências passadas
moldaram as crenças, comportamentos e escolhas relacionais atuais, os

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indivíduos podem ganhar insights valiosos sobre si mesmos e iniciar um
processo de transformação (BOWLBY, 1990). A terapia psicodinâmica, com
sua abordagem de exploração profunda e análise das dinâmicas
inconscientes, é capaz de oferecer um meio eficaz de desvendar as raízes da
dependência emocional. No entanto, é importante lembrar que esse processo
pode ser desafiador e emocionalmente intenso.
Já a promoção de relacionamentos saudáveis é um pilar essencial no
processo de superação da dependência emocional (RISO, 2014). Os padrões
dependentes muitas vezes resultam em dinâmicas disfuncionais, nas quais
um indivíduo busca incessantemente a validação e a aprovação do parceiro,
sacrificando suas próprias necessidades e identidade (BUTION; WECHSLER,
2016). Nesse contexto, construir relacionamentos saudáveis visa capacitar
os indivíduos a desenvolverem conexões interpessoais mais equilibradas e
gratificantes (RISO, 2014).
A terapia de casal e de grupo desempenham um papel vital nesse
processo. A primeira proporciona um espaço seguro para que ambos os
parceiros expressem suas necessidades, preocupações e desejos, enquanto
aprendem a ouvir e compreender o outro de maneira empática. Isso auxilia
na construção de uma comunicação mais aberta e na resolução construtiva
de conflitos, reduzindo os padrões de dependência e permitindo a construção
de relacionamentos mais colaborativos (RISO, 2014). Por sua vez, com a
terapia de grupo, os indivíduos podem praticar as habilidades sociais
necessárias para estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. A
interação com outros membros do grupo oferece uma oportunidade valiosa
para praticar a assertividade, a escuta ativa e a expressão autêntica de
sentimentos. À medida que os indivíduos compartilham suas experiências e
aprendem um com o outro, eles podem internalizar novos modelos de
relacionamentos mais equitativos e menos dependentes (NONATO;
ESPÍRITO SANTO; SILVA, 2022).

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Além disso, a promoção de relacionamentos saudáveis envolve a
construção de vínculos baseados na confiança mútua, respeito e
reciprocidade (HOLDEN, 2014). É essencial aprender a estabelecer limites
saudáveis, nos quais os indivíduos comuniquem suas necessidades e
preferências de maneira direta e assertiva. A capacidade de dizer "não"
quando for necessário e de definir limites claros ajuda a criar
relacionamentos nos quais ambos os parceiros se sentem valorizados e
respeitados (KISHIMI; KOGA, 2018).
Promover relacionamentos saudáveis é essencial para romper com os
padrões de dependência emocional. Por meio de terapias de casal e de grupo,
da aquisição de habilidades sociais e da criação de vínculos baseados no
respeito mútuo, os indivíduos podem adquirir a capacidade de transformar
suas dinâmicas relacionais, alcançando uma maior autonomia emocional e
desfrutando de relacionamentos mais enriquecedores e satisfatórios.
Por sua vez, a abordagem holística apresenta-se como um enfoque que
considera um sistema ou um fenômeno como um todo de forma integrada –
o foco não se dá apenas em partes isoladas ou em aspectos específicos.
Segundo Abraham Maslow (1970), na psicologia e na saúde mental, a
abordagem holística reconhece que os seres humanos são sistemas
complexos, onde elementos físicos, emocionais, mentais e espirituais estão
interconectados e influenciam uns aos outros. Portanto, ao adotar uma
abordagem holística, considera-se a pessoa como um todo, levando em conta
todos os aspectos de sua vida e experiências (MASLOW, 1970). Nesse
mesmo sentido, Thomas Trobe (2016) afirma que a dependência emocional
é causada por uma combinação de fatores, incluindo experiências de
infância, apego inseguro e baixa autoestima.
No contexto da superação dos padrões de dependência emocional, uma
abordagem holística envolve não apenas abordar os sintomas visíveis ou
comportamentos específicos, mas também compreender as origens

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emocionais, cognitivas e relacionais desses padrões (BUTION; WECHSLER,
2016). Isso significa que não se trata apenas de aplicar uma única técnica
ou intervenção, mas de combinar várias abordagens complementares para
abordar os diferentes aspectos do problema. Dessa forma, a abordagem
holística reconhece que a dependência emocional é influenciada por uma
variedade de fatores e, portanto, requer uma intervenção abrangente e
integrada.
Ao analisarem o estado da arte sobre o tema, Denise Catricala Bution
e Amanda Muglia Wechsler (2016) explicam:

Para o tratamento da Dependência Emocional, a psicoterapia


individual é a mais indicada por todos os autores, que divergem com
relação à sua abordagem. Sussman (2010) não menciona um marco
teórico específico, mas cita a entrevista motivacional e o
autogerenciamento como meios eficientes para lidar com a
dependência emocional. Outros autores recomendam a realização de
terapia da realidade (Hoogstad, 2008) e terapia comportamental ou
de aceitação e compromisso (Izquierdo Martínez & Gomes-Acosta,
2013). Outros tratamentos citados são a participação em grupos de
apoio, especialmente aqueles com o rograma dos doze passos, livros
de autoajuda e terapia grupal (Sussman, 2010) (Bution; Wechsler,
2016, p. 85).

Verifica-se, assim, que o enfrentamento da dependência emocional é


um processo desafiador que demanda tempo, esforço e comprometimento.
A combinação de diferentes abordagens pode oferecer uma abordagem
holística para superar os padrões de dependência. Ao desenvolver a
autoestima, a autonomia, a capacidade de estabelecer limites saudáveis e a
comunicação assertiva, os indivíduos podem transformar seus padrões de
relacionamento e promover uma maior qualidade de vida emocional.

4. Considerações Finais

O presente estudo explorou a complexa interseção entre a dependência


emocional e as estratégias de enfrentamento nas relações amorosas, com o

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objetivo de compreender e oferecer insights relevantes para a promoção de
relacionamentos mais saudáveis e autônomos. Ao longo deste trabalho,
abordamos alguns fatores subjacentes à dependência emocional, possíveis
estratégias psicológicas e terapêuticas empregadas para enfrentar essa
dependência e a importância do desenvolvimento da autoestima, da
autonomia e do estabelecimento de limites como elementos cruciais para a
superação de padrões disfuncionais.
Uma conclusão que emerge da análise aqui feita é a natureza
multifacetada e interligada da dependência emocional. A dependência
emocional é influenciada por uma interação complexa de fatores, incluindo
experiências de apego na infância, problemas de autoestima, transtornos de
personalidade e condições psicológicas, essa compreensão desafia
abordagens simplistas e enfatiza a necessidade de uma abordagem holística
para o enfrentamento eficaz.
As estratégias de enfrentamento examinadas ao longo desta pesquisa
demonstraram a eficácia de abordagens psicoterapêuticas como a terapia
cognitivo-comportamental e a terapia centrada na pessoa, bem como a
relevância da exploração das origens emocionais através da terapia
psicodinâmica. A promoção de relacionamentos saudáveis, caracterizada
pelo estabelecimento de limites e de uma comunicação assertiva, também
emergiu como um elemento crucial no processo de superação da
dependência emocional.
No entanto, é essencial enfatizar que a superação da dependência
emocional não é um processo linear nem imediato. A busca por autonomia
emocional requer um comprometimento contínuo, tanto do indivíduo quanto
dos profissionais de saúde mental que os acompanham. A combinação de
estratégias específicas e personalizadas, adaptadas às necessidades únicas
de cada indivíduo, constitui uma abordagem integral para a superação dessa
complexa dinâmica.

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