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RESUMO:

INTERVENÇÃO PSICOTERÁPICA DE BASE FENOMENOLÓGICA


EXISTÊNCIAIS HUMANISTAS EM CASO DE DEPENDÊNCIA
AFETIVA NAS RELAÇÕES HUMANAS.

Isabel Goulart Rodrigues Silva Duarte ¹


Daniele ²

A dependência afetiva segundo o Manual Diagnóstico e Estático de Transtornos


mentais – DSM-V (2014), é descrita como sendo um transtorno de personalidade
dependente, e tem como características diagnóstica uma necessidade difusa e
excessiva de ser cuidado, levando o sujeito à submissão e apego, somado ao medo
da separação, seja de um relacionamento amoroso ou qualquer tipo de
relacionamento interpessoal. Ademais, estes comportamentos surgem com o intuito
de conseguir cuidado e derivam de uma autopercepção de não ser capaz de
funcionar adequadamente sem ajuda de outros (GUIMARÃES, et al.,2015).
Os vínculos afetivos surgem após o nascimento, pois o primeiro vínculo e sendo o
mais importante que a criança estabelece é com a mãe, portanto uma formação de
vínculos saudáveis leva também a ter mais vínculos saudáveis, entretanto um apego
doentio levará o sujeito a desenvolver dependência (BORGES,2012).
Desta forma, durante toda vida, o vínculo afetivo inicial entre pais e filhos influenciará
a capacidade de cada um se vincular afetivamente aos outros seja de forma
saudável ou prejudicial. Em cada estágio da vida humana, à medida que os vínculos
afetivos, com pessoas ou objetos, vão sendo formado cria-se assim o caminho das
relações interpessoais (BORGES,2012).
Assim, a Psicoterapia segundo Freitas et.al (2019), é um processo que contribuí para
o desenvolvimento pessoal de potencialidades, de reconhecimento de limitações,
bem como no aprofundamento para o conhecimento de si mesmo, capacitando o
cliente e ajudando-o a reconhecer seus medos e dificuldades, mas sobretudo suas
possibilidades. As psicoterapias de vertente Fenomenológica Existênciais
Humanistas propõem que a compreensão do paciente se dá através de um processo
facilitador, por meio da escuta de si mesmo, validada por um outro, aonde o cliente
terá a capacidade de ampliar sua percepção, abrindo-se e permitindo um maior
posicionamento de forma autêntica.
O objetivo do trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre dependência
afetiva e como atuam as psicoterapias de abordagem Fenomenológicas Existênciais
Humanistas, para o tratamento em caso de dependência afetiva. Essa pesquisa é de
suma importância, pois irá contribuir para a sociedade entender melhor os tipos de
relações humanas que podem nos causar prejuízos emocionais e/ou físicos,
dependendo da forma de se relacionarem, e como seria a contribuição das
psicoterapias de vertente Fenomenológica Existêncial Humanista para essa questão.
O presente trabalho refere-se a um resumo, cujo a pesquisa está em andamento, o
qual posteriormente poderá resultar em uma revisão bibliográfica, quando vier a ser
concluído. Para o presente resumo, utilizou-se de periódicos eletrônicos como:
Scientific Library OnLine (SCIELO), biblioteca digital, base de dados eletrônicos,
sites de caráter científicos, e livros referente ao assunto abordado neste trabalho,
enquanto arcabouço teórico, e para eleição de artigos, tendo como descritores:
“dependência emocional”, dependência afetiva”; “psicoterapia humanistas,
fenomenologia”

¹ Acadêmica do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva-FAIT ²


Docente do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva-FAIT.

Para a elaboração do mesmo foram selecionados artigos e um livro.


Conforme Carvalho (2017), um relacionamento tido como “saudável” é aquele que
promove o bem-estar da relação por meio de uma parceria sentimental respeitosa,
sem individualismo exacerbado, nem a abnegação total de si em nome do outro. As
relações interpessoais são uma parte fundamental da sobrevivência humana e estas
relações saudáveis são consideradas como estimulantes da individualidade e da
autonomia do sujeito. No entanto quando acontece um mau funcionamento das
relações onde se identifica um elevado grau de apego, é chamado de dependência
emocional. Segundo Oliveira, et.al (2021) apud. ROGERS (2007), no curso da vida
questões importantes podem trazer sofrimento ao ser humano, a exemplo disso:
formas inadequadas de lidar com o luto, perdas significativas, frustrações e solidão.
Diante disso, verifica-se que o sujeito é integrado de pensamentos, emoções e
atitudes que precisam, por vezes, ser questionados aumentando a consciência de
sua
própria existência e centrando a atenção em seu autovalor, nas suas vivências,
escolhas, autorrealização e desejos. Segundo Estes mesmos autores “ essa
modalidade de terapia não mostra somente quando e até que ponto o paciente
falhou em realizar a totalidade de sua humanidade, tentando faze-lo experienciar
essa questão. Sendo assim o objetivo será alcançado o quanto mais rápido o
terapeuta explorar, não as estruturas temporais, mas as estruturas espaciais do
mundo de significação de um paciente”. Portanto, o acompanhamento psicoterápico
de base Fenomenológica Existencial Humanista, trabalha na totalidade do ser. Pois,
Acredita-se que o ser humano não deve ser comparado como algo mecânico, e
como tal não pode ser compreendido a partir de suas partes, separadamente. É um
ser multidimensional(bio-psico-social-espiritual) onde suas diversas dimensões se
interagem, e que se constrói na relação com o outro e com o meio e que a qualidade
desta interação irá influenciar diretamente o seu desenvolvimento enquanto pessoa,
o qual é dotado de um princípio auto-regulador e de uma tendência à realização de
suas potencialidades; busca a felicidade e esta é alcançada na medida em que
consegue realizar-se como pessoa. O fazer do psicólogo humanista é pautado
basicamente sobre o desbloqueio das forças do crescimento através da criação de
um clima psicológico favorável, e desinteressado de qualquer julgamento, levando o
sujeito a se realizar e valorizar a sua identidade antes mesmo de qualquer relação
interpessoal.
Palavras chaves: dependência emocional, dependência afetiva, psicoterapia
humanistas, fenomenologia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION – APA. Manual diagnóstico e estatístico


de transtornos mentais: DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BORGES, A.M. Vinculo conjugal e as dificuldades relacionadas ao amor sob


enfoque psicodramático . Goiás, 2012.Portal RedePsi. Disponível em: <
http://www.redepsi.com.br/2012/11/28/v-nculo-conjugal-e-as-dificuldades-
relacionadas-ao-amor-sob-o-enfoque-psicodram-tico/>. Acesso em: 20 jun. 2022.

FREITAS, L., et. Al. Com-textos em Gestalt-Terapia. MAM editora . Pág. 32, 1°
edição ,v. 2.Belo Horizonte 2019. Disponível em: http://www.fafich.ufmg.br/cepc/wp-
content/. Acesso em: 17 jun. 2022.

OLIVEIRA,E., et.al. A ansiedade do ser no mundo: um olhar existencial-humanista.


Disponível em <donwloads.editoracientifica.org> acesso em 13/10/2022.

GUIMARÃES, A.P.M. et al. A formação do self e a dependência afetiva : Uma visão


bibliográfica da abordagem centrada na pessoa . Belém, 2015. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2175-
25912015000200004 . Acesso em: 11 jul. 2022.

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