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FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA POSITIVA E IE

MÓDULO 2

AUTODETERMINAÇÃO

A autodeterminação pode ser definida como: "Ato de escolher e decidir por si


mesmo, e de iniciar ações por vontade própria". Para entender melhor a
autodeterminação, comece refletindo sobre a seguinte questão: "Buscar o
crescimento é uma tendência inata do ser humano ou é uma característica que
precisa ser estimulada?". De acordo com a visão aristotélica do desenvolvimento
humano, as pessoas possuem uma tendência ativa para perseguir o crescimento
psicológico e são direcionadas para a organização e a integração. Por isso,
tendem a:
 buscar desafios;
 descobrir novas perspectivas;
 internalizar e transformar a realidade;

A autodeterminação parte da premissa de que todos os indivíduos possuem a


tendência natural para:
 a autonomia —integração interna, isto é, assimilar o meio que o cerca
(fazer sentido);
 a homonomia — integração com os outros, ou seja, adaptar-se ao meio.

O desenvolvimento saudável envolve o funcionamento complementar desses


dois aspectos. Contudo, essa tendência natural não é 'garantida". É um potencial
dinâmico que requer determinadas condições para florescer. Porém, se existem
fatores que contribuem para seu fortalecimento, também existem fatores que
contribuem para seu enfraquecimento.
A Teoria da Autodeterminação propõe três necessidades psicológicas
básicas:

1. Autonomia

Estar no controle de sua própria vida e agir em harmonia com seu eu interior.
Essa necessidade é especialmente importante porque influi decisivamente nas
demais (liberdade, vida)

2. Competência

É a capacidade de lidar de modo eficaz com o meio que o cerca (sensação de


controle e segurança);

3. Relacionamento

Desejo de interagir, de conectar-se com as pessoas e de fazer algo em benefício


dos outros (amor);

As necessidades básicas possuem as seguintes características:

 São universais
 Mesmo sem ter consciência, uma pessoa saudável irá buscar a satisfação
dessas necessidades.

A Psicologia positiva e as necessidades básicas

As pessoas ficam altamente motivadas, atingem o pico do seu florescimento e


um elevado grau de bem-estar quando suas condições de vida apoiam a
satisfação das três necessidades. Desse modo, elas encontram estímulos para:
 Engajarem-se em atividades que lhes proporcionam prazer e satisfação
pessoal, preenchendo, assim, a necessidade de autonomia;
 Produzirem resultados que elas valorizam por meio do uso de suas
capacidades, o que satisfaz a necessidade de competência;
 Sentirem-se próximas e firmemente conectadas com indivíduos que
exercem um papel importante em suas vidas, de modo que saciem a
necessidade de relacionamento.

Quer saber como você pode satisfazer suas necessidades básicas?

 Eu me amo, eu estou vivo, eu me dou segurança, eu sou feliz, eu sou livre


e eu estou preparado(a);
 Te permitir estar no centro do processo de tomada de decisão da sua vida,
não importa o que vão dizer;
 Compreender que és o único que pode mudá-la e transformá-la, abra mão
de querer mudar os outros;
 Identifique seus valores e aja em congruência com eles;
 Busque melhoria continuamente;
 Trabalhe sua autoestima e as crenças fortalecedoras sobre si mesmo;
 Entenda, é possível mudar hábitos e comportamentos, liberte-se;
 Identifique e use suas forças;
 Demonstre amor e valorize as pessoas que estão ao seu lado;
 Tenha metas, objetivos, sonhos...
 Faça por você, mas encontre um sentido em fazer para os outros.

O que você compreendeu sobre autodeterminação?


FLOURISHING

Flourishing é uma palavra da língua inglesa que significa florescer. Como área
de estudo da Psicologia positiva, flourishing, ou florescimento, refere-se ao
funcionamento positivo do ser humanos, o que potencializa o crescimento e o
bem-estar.
Vamos analisar agora duas visões complementares do que é flourishing e
também de seu oposto, o languishing, palavra que pode ser traduzida como
definhar. Esses conceitos foram propostos por dois dos principais estudiosos da
Psicologia positiva: Corey Keyes, sociólogo e psicólogo da Emory University, e
Barbara Fredrickson, professora de Psicologia da Universidade da Carolina do
Norte, onde dirige o Laboratório de Emoções Positivas e Psicofisiologia. Os
estudos de Keyes e de Fredrickson são apoiados por extensas pesquisas.

De acordo com Keyes (2003), o flourishing é um estado no qual o indivíduo:


 Nutre emoções positivas em relação à vida;
 Realiza o seu potencial;
 Atinge objetivos imbuídos de propósito.

Com base em seus estudos, Keyes desenvolveu o conceito de languishing, ou


definhar. Por ser oposto ao flourishing, o languishing é caracterizado como
um estado no qual o indivíduo:
 Não nutre emoções positivas em relação à vida;
 Não está realizando seu potencial;
 Não está atingindo suas aspirações e seus objetivos.

Para Keyes e outros estudiosos da psicologia positiva, a saúde mental não é


apenas a ausência de doenças e patologias. Mesmo sem apresentar
enfermidades ou distúrbios, o indivíduo que não está florescendo possui poucos
dos indicadores que caracterizam uma boa saúde mental.
De acordo com uma ampla pesquisa feita por Keyes nos Estados Unidos, apenas
17,5% da população adulta estão florescendo. A maioria – 56,6% - possui
apenas uma saúde mental “moderada”. Quer dizer, as pessoas não estão
realmente bem, felizes e realizadas, mas apenas “OK”. Ainda segundo a
pesquisa, 12,1% das pessoas se encontram no estado de languishing e 14,1%
estão com depressão. É importante observar que languishing e depressão não
são a mesma coisa. A depressão é uma doença, que se manifesta por meio de
episódios depressivos recorrentes ou, em alguns casos, crônicos. Contudo, o
languishing, aliado a outros fatores, pode contribuir para o surgimento e a
intensificação da depressão.
Esses dados são importantes ao considerarmos que, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão será a doença número 1 do
mundo até 2030. Ainda segundo a OMS, a depressão será também a doença
que mais gerará custos econômicos e sociais, devido aos gastos com
tratamentos para a população e à perda de produção. As pesquisas de Keyes
indicam que os custos do languishing também são altos, pois ele afeta o bem-
estar, os relacionamentos e a produtividade dos indivíduos.

Segundo Fredrickson e Losada (2005), o flourishing é caracterizado por um


estado de:
 Exploração, criatividade e uso da intuição;
 Construção de conexões sociais;
 Uso de estratégias inteligentes para lidar com diferentes situações;
 Resiliência;
 Desenvolvimento de uma base de conhecimento conectado sobre o
ambiente que o cerca.

Já as pessoas no estado da languishing:


 Apegam-se a uma atitude de evadir-se ou esquivar-se, em vez de decidir
e agir;
 Possuem uma sensação de vazio e de superficialidade;
 Demonstram padrões mentais estreitos e repertórios de ação limitados.

Ainda de acordo com esses autores, o languishing geralmente ocorre no


contexto das emoções negativas prolongadas, enquanto o flourishing está ligado
a criatividade, resiliência, sociabilidade e ampliação das estratégias mentais, que
constituem fatores determinantes para realizar potenciais e atingir objetivos. No
languishing, a pessoa tem a sensação de vazio, e sua atitude é esquivar-se, o
que prejudica o processo de realizar o potencial e de atingir objetivos.

O Índice de Positividade

É possível predizer se uma pessoa irá florescer ou definhar? Se ela irá entrar em
estado de flourishing ou de languishing? Os estudiosos da psicologia positiva
afirmam que sim. O que torna essa previsão possível é um indicador chamado
índice de positividade. O diretor do Center foi Advanced Research (CFAR),
Marcial Losada, e a diretora do departamento de Comportamento Organizacional
da Universidade de Boston, Emily Heaphy, ao estudarem o funcionamento de
times de alta performance (LOSADA e HEAPHY, 2004), descobriram que as
condições para o flourishing eram geradas quando:
- A comunicação do time era caracterizada pela positividade, isto é, quando
os componentes da equipe expressavam apoio, encorajamento e
apreciação.
- Em contrapartida, quando a comunicação enfatiza aspectos negativos
como desaprovação, sarcasmo e cinismo, estavam criadas as condições
para o languishing.
Um dado importantíssimo revelado por esse estudo é que não é apenas a
negatividade que conduz ao languishing: o excesso de positividade também. O
motivo é fácil de entender. O apoio, o encorajamento e a apreciação devem ser
oferecidos de modo equilibrado, pois se o ser humano necessita disso para
florescer, ele também necessita de desafios e responsabilidades. Por exemplo,
oferecer apenas apoio e apreciação para um indivíduo que se recursa a mudar
um comportamento que afeta negativamente a ele mesmo e aos outros só
servirá para sedimentar esse comportamento.
Assim, os pesquisadores chegaram ao índice de positividade ideal, situando-o
entre três para um. Isto é: entre três afirmações positivas para uma negativa.
Menos ou mais do que isso conduz ao languish. Esse índice de positividade pode
ser aplicado a grupos, indivíduos e relacionamentos. Tanto no contexto social
quanto no pessoal, um indivíduo experimenta e expressa diferentes emoções.
Quanto maior for a expressão de emoções negativas (raiva, irritação, desânimo
e outras), menor será um índice de positividade e vice-versa.

Diversos estudos recentes indicam que “o negativo é mais forte do que o


positivo”. Isso significa que, para superar os aspectos tóxicos do negativismo e
promover o florescimento, as experiências positivas devem ser mais numerosas
do que as negativas – no mínimo, na proporção de três para um.

As dimensões pessoais do Flourishing

O flourishing está ligado ao funcionamento positivo, o que engloba seis


dimensões do bem-estar psicológico, a saber:
1. Autoaceitação (ou aceitar a si mesmo);
2. Relações positivas com os outros;
3. Crescimento pessoal;
4. Propósito de vida;
5. Maestria ambiental (saber lidar com o meio que o cerca);
6. Autonomia.

Isso significa que as pessoas estão funcionando bem – e, portanto, estão


florescendo – quando:
1. Gostam de si mesmas – ou, ao menos, da maior parte de si mesmas;
2. Possuem relacionamentos afetuosos e confiáveis;
3. Veem a si próprias se desenvolvendo como indivíduos melhores;
4. Possuem uma direção na vida;
5. São capazes de molda o ambiente para satisfazer suas necessidades;
6. Possuem um bom nível de autodeterminação.

As dimensões sociais do Flourishing

O florescimento requer mais que bem-estar psicológico, requer, também,


desafios e atividades sociais como:
 Coerência social: ver a sociedade como algo compreensível e dotado de
significado;
 Realização social: acreditar que a sociedade possui potencial para
crescimento;
 Integração social: sentir que pertence à sua comunidade e que é aceito
por ela;
 Aceitação social: aceitar muitas partes – ou a maior parte – da sociedade;
 Contribuição social: ver a si mesmo como alguém capaz de contribuir para
uma sociedade melhor.

A Psicologia Positiva e o flourishing

Contribuir para o florescimento humano talvez seja uma das mais significativas,
apaixonantes e poderosas formas de atuação do profissional, porque quanto
mais pessoas entrarem em estado flourishing, mais sociedades e países irão
florescer. Quando um indivíduo floresce, ele atinge um elevado nível de bem-
estar. Seu funcionamento psicológico e social é otimizado, e ele não apenas
sente, mas também propaga emoções positivas.
Pessoas em estado languishing experimentam queda no nível de bem-estar,
suas realizações diminuem ou cessam e elas acabam por propagar emoções
negativas.

VAMOS REFLETIR?

1) Como esta seu amor próprio? O que você precisa fazer para melhorá-lo e
passar a te reconhecer e se aceitar como um ser único nessa vida?
2) Você possui relacionamentos com conexão, sintonia e empatia ao seu redor?
Se sim reconheça e valorize e se não, como pode começar a criar esses
relacionamentos?

3) Você enxerga a si mesmo se desenvolvendo como um ser humano melhor?


Se sim, ótimo. Se não, como você vai dar sequência ao seu autoconhecimento?

4) Seu objetivo de vida está claro? Está se movendo em direção a ele? Qual o
próximo passo?

5) Você costuma persistir até dar certo os seus objetivos? O que te impede de
se sentir merecedor de chegar lá? Qual seu medo?
VALORES

Valores são as pontes que nos conectam a nossa essência e nossas


necessidades. Estão no centro de quem somos. Comumente são expressos em
termos abstratos, por exemplo: honestidade, amor, amizade, lealdade, diversão,
saúde, integridade, intimidade e liberdade. Valores são a energia por detrás de
nossas metas. Se as metas são os destinos, então os valores são o que nos
impelem em direção a elas.
Valores ajudam a nos comprometermos. Quando empenhamos tempo, dinheiro
e energia em algo que não faz parte dos nossos valores essenciais, nos
sentiremos irritados e frustrados. Quando não conhecemos nossos valores,
acabamos fazendo escolhas que os rompem e consequentemente geramos dor
em nossas vidas. Quando nós nos conhecemos, as nossas escolhas são
pautadas sobre nossos valores e por isso irão gerar prazer, satisfação e
sensação de propósito de vida.
Valores podem ser mudados conforme circunstâncias da vida. Após grandes
experiências, nascimento de um filho, perda de um ente querido, etc., e podem
sofrer influência de pessoas que são importantes para nós. Mudam de ser
humano para ser humano e é onde os conflitos acabam surgindo.

Por que vale a pena viver?

1) Quais são as coisas que deixam você feliz em sua vida? Como você se
sente em relação a estas coisas?

2) O que faz você se sentir motivado (a)? Como você se sente em relação a
estas coisas?
3) O que deixa você orgulhoso (a)? Como você se sente em relação a estas
coisas?

4) Quais os acontecimentos pelos quais você é grato (a) em sua vida? Como
você se sente em relação a estas coisas?

5) Quais as coisas que pertencem a você? Como você se sente em relação


a estas coisas?

6) Quais foram suas conquistas? Como você se sente em relação a estas


coisas?

7) Quem você ama? Quem ama você? Como você se sente em relação a
estas coisas?

Com base nessas respostas e na dinâmica, defina agora seus 5 valores:


FORÇAS E VIRTUDES

De acordo com Peterson e Seligman, todo ser humano nasce bom e o seu bom
caráter pode ser cultivado através do uso das suas forças. Um dos principais
testes para ajudar as pessoas a identificar essas forças é o teste VIA.

Virtudes: conjunto de característica que contribuem para que o indivíduo tenha


uma vida boa (Platão), aquilo que completa de forma excelente a natureza de
um ser (Aristóteles).

Forças: ingredientes psicológicos, processos ou mecanismos que definem


virtudes. São as rotas que podemos distinguir para manifestar as virtudes
(Peterson e Seligman, 2004).

Forças de assinatura - são o conjunto de suas cinco forças principais. Sua


aplicação traz os seguintes benefícios:

- Senso de autenticidade;

- Sentimento de entusiasmo e prazer;

- Rápida curva de aprendizagem;

- Mais vigor;

- Criação de projeto de vida autoconcordante;

- Aumento de motivação intrínseca para continuar usando as forças.

Segundo Peterson e Seligman (2004), as pessoas só são realmente felizes


quando descobrem e utilizam as suas forças em todos os aspectos da sua vida.
Podem ser identificadas, medidas e desenvolvidas.

- Uma força contribui para satisfazer diversas necessidades relevantes. Ela


contribui para a realização.

- São sempre usadas para o bem e tem valor por si só.

- Nos sentimos inspirados quando vemos alguém usando suas forças.

- Devem ser manifestadas por meio de comportamentos.


- Existem as forças percebidas, que usamos com frequência e reconhecemos
como energizantes e as forças não percebidas, aquelas que não reconhecemos,
valorizamos e utilizamos plenamente. A performance pode ser elevada e
otimizada: utilizando ao máximo as forças percebidas e trazendo a consciência
a forças não percebidas, de modo que aumente seu entendimento e sua
aplicação.

- As forças de assinatura revelam seu ponto forte, mas todas as forças, as


intermediárias e inferiores também podem ser desenvolvidas e utilizadas,
gerando resultados surpreendentes.

- Quase todos nós possuímos as 24 forças e utilizamos algumas de forma


moderada, sem consciência. Porem existem indivíduos que usam suas forças
em um nível notável, de maneira intensa. Ex: Nelson Mandela, Madre Tereza de
Calcutá...
Força 1:
Virtude:
Como você pode explorar mais essa força?
O que essa virtude fala sobre você?

Força 2:
Virtude:
Como você pode explorar mais essa força?
O que essa virtude fala sobre você?

Força 3:
Virtude:
Como você pode explorar mais essa força?
O que essa virtude fala sobre você?

Força 4:
Virtude:
Como você pode explorar mais essa força?
O que essa virtude fala sobre você?

Força 5:
Virtude:
Como você pode explorar mais essa força?
O que essa virtude fala sobre você?
AUTOCONCORDÂNCIA E MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA

Existem dois tipos de motivação:


 intrínseca;
 extrínseca.

A motivação intrínseca é interna, vem de dentro da pessoa e está alinhada ao


seu "eu interior". É gerada quando os indivíduos se envolvem em atividades que
eles consideram interessantes, desafiadoras e prazerosas. As atividades que
não se encaixam nessas categorias não são intrinsecamente motivadas e não
serão realizadas, a menos que existam razões extrínsecas (ou externas) para
iniciar a ação e promover a autorregulação do comportamento, isto é, gerenciá-
lo de modo que persista e vá até o fim. O processo por meio do qual absorvemos
a motivação externa chama-se internalização, que, pode se realizar por meio de:

Motivação externa
Ocorre quando agimos para obter recompensas, evitar punições ou satisfazer a
exigências externas. A frase característica de uma pessoa com esse tipo de
motivação intrínseca é: "Tenho de fazer isso".

Motivação introjetada
Aqui, a pessoa é motivada pela culpa e age para não se sentir culpada ou
envergonhada. A frase característica é: "Eu devo fazer isso".

Motivação identificada
Nesse caso, embora a motivação tenha vindo de fora, a pessoa a identificou
como importante para si. A frase característica é: "Fazer isso é bom para mim".

Motivação integrada
Ocorre quando pessoa identifica que o que ela está fazendo está em
congruência com seus valores e interesses pessoais. A frase característica é:
"Eu quero fazer isso". A pessoa com regulação integrada age para obter
importantes resultados pessoais, mas não necessariamente por prazer.
Motivação intrínseca
A pessoa intrinsecamente motivada possui um grau de autodeterminação muito
maior, e sua frase característica é: "Eu amo fazer isso!".

A AUTOCONCORDÂNCIA

Significa estar de acordo consigo mesmo. O modelo, desenvolvido por Sheldon


(2002), da Universidade de Missouri), parte dos seguintes princípios:

 Pessoas autoconcordantes perseguem seus objetivos com a convicção


de que estão expressando escolhas livres e autênticas, em vez de serem
controladas por forças externas. Seus objetivos representam interesses,
paixões e valores que elas desenvolveram ao longo da vida. Em outras
palavras: expressam o que elas possuem de melhor e de mais verdadeiro.

 Quanto maior for o nível de autodeterminação do indivíduo, mais


propenso ele será a desenvolver motivações intrínsecas e maior será seu
nível de autoconcordância. Consequentemente, seu comprometimento e
sua determinação para atingir seus objetivos serão maiores, bem como o
prazer e a satisfação que isso lhes trará.

Pessoas autoconcordantes transformam a si mesmas e ao ambiente que as


cerca para conquistar mais crescimento e expansão. De acordo com as
pesquisas de Sheldon (2002), indivíduos autoconcordantes possuem mais:
 abertura;
 empatia;
 felicidade;
 saúde mental e emocional;
 energia e vitalidade.
Do mesmo modo, pessoas com um nível menor de autoconcordância atêm-se
mais a objetivos externos e introjetados, são mais suscetíveis ao stress e ao
Burnout e encontram menos satisfação e bem-estar.

Passo 1 -

Em qual dos níveis está a motivação pelos seus objetivos?

Passo 2 -

Seu objetivo te traz paz? Se não traz, não está conectado aos seus valores. Olhe
para seus valores e ajuste-o.

Você se sente competente para realizá-lo? Se não se sente, o que você pode
precisa aprender para se sentir capaz de fazer acontecer?

Ele te leva a conectar-se com pessoas importantes para você? Se não, como
você pode ajustar seus objetivos para que se sinta apoiado?
Passo 3 –

Agora ajuste sua motivação substitua eu tenho, eu preciso, eu devo... por eu


quero e amo fazer isso e observe a fisiologia do seu corpo...

Eu...

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