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FACULDADE ESTÁCIO MACAPÁ – SEAMA

CURSO DE PSICOLOGIA

ALDENICIA DA SILVA SOUSA DOS SANTOS


AMANDA BEATRIZ DA SILVA DOS SANTOS
FERNANDA MARTINS D’ALMEIDA
FLÁVIA THAÍSSA RODRIGUES MARTINS
GABRIELY DE SOUSA DAMASCENO
JOYCINARA DA SILVA DE CARVALHO
JÚLIA FAÇANHA ANDION LEANDRO
LUIZA AMÁBILY LEÃO MARTINS DA SILVA
YASMIM DOS SANTOS LIMA

TRANSTORNOS RELACIONADOS À AFETIVIDADE

MACAPÁ – AP
2023
ALDENICIA DA SILVA SOUSA DOS SANTOS
AMANDA BEATRIZ DA SILVA DOS SANTOS
FERNANDA MARTINS D’ALMEIDA
FLÁVIA THAÍSSA RODRIGUES MARTINS
GABRIELY DE SOUSA DAMASCENO
JOYCINARA DA SILVA DE CARVALHO
JÚLIA FAÇANHA ANDION LEANDRO
LUIZA AMÁBILY LEÃO MARTINS DA SILVA
YASMIM DOS SANTOS LIMA

TRANSTORNOS RELACIONADOS À AFETIVIDADE

Trabalho apresentado ao
curso de psicologia da
faculdade Estácio
Macapá, como requisito
avaliativo da AV1 da
disciplina Psicopatologia II
ministrado pela professora
Cíntia Glaupp Bandeira.

MACAPÁ – AP
2023
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa a pesquisa acerca dos conceitos, tipos e mecanismos


analisados em torno dos transtornos relacionados à afetividade afim de um
melhor entendimento dentro desta temática no campo da psicologia.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 CONCEITUAÇÃO DE AFETIVIDADE ATRAVÉS DA


PSICOPATOLOGIA FENOMENOLÓGICA.

O papel subordinado desempenhado pela afetividade conduz uma visão


inicial e persistente da doença mental, como um distúrbio exclusivo do
intelecto. Diretamente ligada à emoção, a afetividade consegue determinar o
modo com que as pessoas visualizam o mundo e a forma com que se
manifesta dentro dele. Todos os fatos e acontecimentos que houve na vida de
uma pessoa traz recordações e experiências por toda a sua história. Dessa
forma, a presença ou ausência do afeto determina a forma com que um
indivíduo se desenvolverá. Também determina a autoestima das pessoas a
partir da infância, pois quando uma criança recebe afeto dos outros consegue
crescer e desenvolver com segurança e determinação. Existem alguns
transtornos que ocorrem devido à ausência ou pouco recebimento de afeto,
onde os mais evidenciados são depressão, fobias, somatizações e ansiedade
generalizada. Pessoas com recordações e experiências ruins e/ou tristes se
tornam apáticas, ou seja, pessoas que excluem a afetividade de sua vida e que
se tornam frias e ausentes de emoção. Quando uma pessoa não consegue
excluir a afetividade de sua vida, podem ainda tornar-se incontinentes
emocionais. A incontinência emocional é uma alteração da afetividade onde o
indivíduo não consegue se dominar emocionalmente.
Os transtornos do afeto não contribuíram muito para a definição
diagnóstica da doença mental, e sua descrição fenomenológica nunca
alcançou a riqueza da psicopatologia da percepção ou da cognição.

A terminologia
Humor, afeto, sentimento, emoção, paixão, agitação e propensão
(interalia) constituem uma família de termos com um referente proteiforme. Eles
têm variadas origens etimológicas e resultam de diferentes épocas históricas.
Emoção e paixão foram habitualmente distintas de humor, afeto e sentimento
em termos de critérios, tais como duração, intensidade, polaridade, insight,
saliência, associação com um objeto interno ou externo, sensações corporais e
força motivacional. Emoção e paixão são definidas como estados sentimentais
que são de curta duração, mais ou menos intensos, salientes e relacionados a
um objeto reconhecível. Humor e afeto, por outro lado, são definidos como
estados mais duradouros e sem objeto, capazes de fornecer uma espécie de
tonalidade de sensação de fundo para o indivíduo.
2.2 TIPOS DE DEPRESSÃO E SEUS TRANSTORNOS: REATIVA, QUÍMICA,
DISTIMIA.

A reativa e causada por respostas a eventos ocasionais como assédio


moral, morte de ente queridos, perda financeira muito significativa, separação
conjugal ou uma situação que provoca estresse excessivo e negatividade.
Assim, a depressão reativa surge como somatório de diferentes razões. O grau
de dificuldade para lidar com essa depressão também é variável, já que a
forma individual de enfrentamento dos problemas influencia bastante o
comportamento.

Esse desequilíbrio químico pode desencadear uma série de respostas e


em diversas funções do organismo, e as consequências são os sintomas que já
conhecemos: tristeza, apatia, falta de motivação, dificuldade de concentração,
pessimismo, insegurança e muitos outros.

A distimia é definida como um transtorno depressivo mais leve, porém


com sintomas persistentes. Nesse tipo de depressão, o indivíduo até consegue
cumprir suas atividades de rotina, mas apresenta-se triste, retraído e com
sentimentos de muita negatividade em relação às perspectivas futuras. Esse
quadro merece especial atenção, já que as características da distimia podem
ser confundidas com um mau-humor casual ou associada ao temperamento da
pessoa.

2.3 TIPOS DE MANIA E SEUS EPISÓDIOS: MANIA E HIPOMANIA

Mania é uma das fases do transtorno bipolar, distúrbio também


conhecido como doença maníaco-depressiva. Ela é caracterizada por um
estado de euforia excessiva, havendo aumento de energia, agitação,
inquietação, mania de grandeza, menor necessidade de sono, podendo até
causar agressividade, delírios e alucinações. Sintomas estes tão intensos que
costumam atrapalhar as relações sociais e profissionais da pessoa com a
doença, sendo considerada uma emergência médica e social, que deve ser
tratada o mais breve possível.
Hipomania é um quadro mais leve de mania, com sintomas menos
graves e que interferem menos no dia-a-dia da pessoa, podendo haver, maior
disposição, impaciência, mais sociabilidade, iniciativa e energia para realizar
atividades diárias, fácil distração, pensamento acelerado. Os sintomas de
hipomania não costumam provocar prejuízo às relações sociais e profissionais,
e também não causam sintomas como delírios e alucinações, além de
costumarem durar pouco tempo, cerca de uma semana.

2.4 TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR E SEUS TIPOS.

O Transtorno Afetivo Bipolar é um distúrbio psiquiátrico marcado pela


alternância entre episódios de depressão e euforia que as vezes pode ser
súbita, sendo esses episódios mais conhecidos como mania e hipomania.
Entre esses quadros o indivíduo pode apresentar períodos assintomáticos e as
crises podem variar de intensidade, frequência e duração.
De acordo com os manuais internacionais de classificação diagnóstica
de transtornos de saúde mental e outras doenças, podem ser classificados em
quatro tipos, sendo eles:
 Transtorno Bipolar Tipo 1: Se caracteriza pela duração mínima de 7 dias
dos períodos de mania alternado com períodos de humor deprimido que
podem se prolongar por semanas ou meses.
 Transtorno Bipolar Tipo 2: Se caracteriza de episódios de depressão
alternados com períodos de hipomania, com a ausência de episódios de
mania.
 Transtorno Bipolar Não Especificado ou Misto: Onde os sintomas
indicam a possibilidade de ser um transtorno afetivo bipolar mas que não
se manifestam em número ou tempo suficiente para ser classificados em
um dos dois tipos citados acima.
 Transtorno Ciclotímico: O indivíduo apresenta oscilações crônicas de
humor levemente deprimido com hipomania em curtos espaços de
tempo, tratando-se de um quadro mais leve no qual pode passar
despercebido muitas das vezes.

2.5 CICLOTIMIA

Ciclotimia ou transtorno ciclotímico, é um transtorno de humor em que a


pessoa experimenta momentos de depressão ou euforia subitamente. Possui
algumas semelhanças com o transtorno bipolar, mas a diferença principal está
na intensidade das oscilações de humor e quantidade de crises.
Imagine a manhã perfeita. Você acordou cedo, comeu um delicioso café da
manhã, exercitou-se ou fez alongamento, tomou um banho para ajudar no
despertar, e está pronto para encarar o dia com otimismo e disposição. Você já
tem dezenas de planos para aproveitar bem cada momento até a volta para
casa.

Subitamente, sem nenhuma razão aparente, o seu ânimo desaparece.


Você fica abatido e sem energia. As expectativas para ter um bom dia e
concluir as tarefas com o melhor dos ânimos desaparecem. Até os seus
pensamentos mudam e se tornam mais sombrios.

É assim que a ciclotimia age. Sua manifestação é mais comum em


adolescentes e jovens adultos. Pode ser também originada de um
temperamento explosivo naturalmente do paciente.
2.6 A HIPERMEDICAÇÃO DOS TRANSTORNOS AFETIVOS.

Vem ocorrendo a “hipermedicação dos pacientes,notadamente das


classes menos favorecidas, que desconhecem o porquê, tempo de duração e
possíveis efeitos indesejados do tratamento farmacológico”
Não é um problema somente do sistema brasileiro, há evidências disso no
mundo inteiro. Muitas vezes, o tratamento em saúde mental está reduzido aos
psicotrópicos, sendo que a comunicação entre os profissionais da saúde e os
usuários é deficiente. A qualificação da utilização de psicofármacos e a
qualificação de pessoal tem sido pontos sensíveis da expansão da rede.
“Os usuários são os únicos que podem falar da experiência do adoecimento, de
como é estar em psicose ou depressão”. No diabético o médico mede a glicose
e verifica se é preciso reduzir ou aumentar a dose, mas se a pessoa sofre de
transtorno de humor, como saber se a dosagem está boa a não ser confiando
no que o paciente diz? A valorização do outro é condição para a qualidade do
tratamento. O médico que não faz isso, ele não é um bom clínico. (Onocko-
Campos).

3. CONCLUSÃO

Visto isso, entende-se a importância de se falar sobre os transtornos


afetivos bipolar pois apesar de pouco falado é considerado relativamente
comum nos jovens, onde na maioria das suas vezes que são descobertas após
algum diagnóstico errado.
Falar de bipolaridade é falar da importância do seu tratamento. Elder
Magno, psicólogo e gerente da Humanização do Hospital de Urgência de
Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde
(SES), explica que o transtorno bipolar é fundamentalmente uma desregulação
do humor, um modo como a pessoa se afeta com a realidade externa porque é
isso que é o adoecedor e que produz sofrimento no transtorno bipolar, já que a
pessoa tem crises explosivas, agitação, e comportamento desproporcional aos
estímulos que acontecem ambientalmente. Então, ele ressalta a função do
tratamento pelas formas medicamentosa, psicoterapia e psicoeducação, sendo
essas as 3 formas fundamentais para regular a instabilidade emocional do
indivíduo.
Tendo ciência disso, o trabalho conclui-se ao repassar informações
necessárias sobre esta tematica, pois isso agregará no conhecimento dos
demais.

4. REFERÊNCIAS

https://apsiquiatra.com.br/transtorno-bipolar-tratamentos/
https://psiquiatriapaulista.com.br/transtorno-afetivo-bipolar-
entenda-o-que-e-e-se-voce-pode-estar-sofrendo-com-isso/
https://www.vittude.com/blog/ciclotimia/
https://www.scielo.br/j/rbp/a/b6WGTqHH8jZW3mMj5Mk6VdL/?lang=pt
Mania e hipomania bipolar: o que são, sintomas e tratamento. Tua
Saúde URL:https://www.tuasaude.com/mania-bipolar/

Mania versus hipomania: qual a diferença?: 2021: Instituto de Psiquiatria do


Paraná URL: https://institutodepsiquiatriapr.com.br/blog/mania-versus-
hipomania-qual-a-diferenca/
A psicopatologia da afetividade.p.138 a 170.p65 (scielo.br)

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