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1 DESCRIÇÃO DO CASO
1
Case apresentado à disciplina de Teorias e Técnicas Psicoterápicas Psicanálise, da Unidade de Ensino Superior
Dom Bosco – UNDB.
2
Aluna do 8° período, do curso de Psicologia, da UNDB.
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Professora, Especialista, Orientadora, da disciplina de Teorias e Técnicas Psicoterápicas Psicanálise do 8°
período do curso de Psicologia, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB.
a) Das dificuldades de Bruna ser paciente de Isabela.
b) Entrevista psicanalítica ou tratamento de ensaio.
c) Dinheiro e a relação psicanalista.
[...] tratamento prévio por outro método e também conhecimento anterior entre o
médico e o paciente que deve ser analisado, têm consequências desvantajosas
especiais, para as quais se tem de estar preparado. Elas resultam em o paciente
encontrar o médico com uma atitude transferencial já estabelecida e que o médico
deve, em primeiro lugar, revelar lentamente, em vez de ter a oportunidade de
observar o crescimento e o desenvolvimento da transferência desde o início. Desta
maneira, o paciente obtém sobre nós uma dianteira temporária, que não lhe
concederíamos voluntariamente no tratamento. (FREUD, 1913/1996, p.144)
Essa primeira condição da análise envolve ainda o “suposto saber” (Lacan, 1964) do
analista, ou o “lugar do analista”, no qual o analisando o coloca em posição de saber.
O paciente acredita que o analista tem o poder da cura e está esperança em ser
ajudado é motor da aliança terapêutica (e da própria análise). A instauração deste
‘suposto saber’ no início da análise será importante para que a transferência seja
possível. (SONODA, 2018)
Podendo desta forma, influenciar inclusive no processo de associação livre tão
importante na psicanalise visto que ambas fazem parte do mesmo meio social podendo
aumentar a resistência de Bruna na divulgação de informações.
Ao falar sobre a relação de dinheiro dentro da psicanalise Freud afirma que esse
acordo financeiro deixará claro que o analista não está ali de graça e esse pagar objetiva, além
de possibilitar que o analista se mantenha com seu ofício, não gerar uma dívida simbólica
para com o analisando. Além disso:
Ele pode indicar que as questões de dinheiro são tratadas pelas pessoas civilizadas
da mesma maneira que as questões sexuais – com a mesma incoerência, pudor de
hipocrisia. O analista, portanto, está determinado desde o princípio a não concordar
com esta atitude, mas, em seus negócios com os pacientes, a tratar de assuntos de
dinheiro com a mesma franqueza natural com que deseja educá-los nas questões
relativas à vida sexual. (FREUD, 1913/1996, 146)
Ou seja ao tratar sobre o assunto dinheiro o psicanalista deve rejeita sua própria
falsa vergonha ao falar sobre esses assuntos, apresentando ao paciente de forma clara o valor
em que avalia seu tempo. Cobrar as sessões, ainda segundo Freud, anula o sentimento de que
o analista estaria fazendo um favor ao analisante (não havendo dívida, portanto). As somas de
dinheiro não devem acumular-se, sugerindo, ainda, um pagamento mensal ou ao final de cada
sessão. Ele diz ainda que o analista não deve cobrar pouco. É enfaticamente contra a análise
gratuita, alegando que “o tratamento gratuito aumenta enormemente algumas das resistências
do neurótico” (FREUD, 1913/1996, 147).E que Freud diz que o analista deve colocar-se na
posição de cirurgião; franco e caro, e que pode ter métodos de tratamentos úteis. Dentro
destas proposições Isabela segue as recomendações de Freud, apresentando aos seus pacientes
o valor em que ela avalia seu tempo, não baixando seu preço nem para uma pessoa conhecida.