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Nome: Marcela Flandoli Moura

RA: N585692

Supervisora: Aspasia Papazanakis

ICB: Psicanálise

REFERÊNCIA: Vol. XII – (5) RECOMENDAÇÕES AOS MÉDICOS QUE


EXERCEM A PSICANÁLISE (1912)

RESUMO

Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise é um texto que


possui grande utilidade quanto as questões éticas, de bom senso a se seguir
perante a análise clínica psicanalítica enquanto voltadas ao paciente e a
conduta do analista. Possui uma escrita cômica e didática e uma estrutura
familiar de tópicos por ordem alfabética.

Começando pela recomendação mais importante de todas, o momento


em que o analista recebe analise/tratamento para assim poder ficar livre de
todos seus complexos e traumas, livrar seu inconsciente de todas as amarras
para receber de seu paciente todas as informações possíveis e necessárias.
Afinal o analista está incumbido de usar seu inconsciente como um receptor
que recebe tudo o que o inconsciente de seu paciente transmite.

Nessa mesma lógica, seguindo uma ordem de importância entre as


recomendações a próxima seria as anotações durante as sessões de analise,
uma conduta que poderia causar certa desavença para com o paciente,
possivelmente essa atitude não seria recebida de forma boa e a atenção do
paciente que deveria estar sendo direcionada a se expressar, acaba se
voltando as anotações de seu analista. Levando em consideração também a
questão de que as anotações não possuem a mesma vivacidade de detalhes
quanto as memórias do analista naquele instante.

Para aqueles que em breve estarão ou que estão aplicando a técnica,


somente imaginam, possuem vaga ideia da capacidade que a curiosidade
causa no analista que atende e se compromete com muitos casos ao mesmo
tempo e a preocupação para recordar de detalhes de todos relatos que ouve, é
inevitável. Porém é de conhecimento que se deve somente colocar a escuta
para jogo e não se preocupar em lembrar ou ligar pontos de cada história, essa
atitude será tomada da maneira mais natural do que se imagina.

Quanto a conduta sentimental, é necessário saber separar/distinguir a


hora de colocar sentimentos e solidariedade humana perante analise, e a hora
de assumir uma conduta mais fria emocionalmente o que pode trazer certo
conforto e proteção ao analista e para o paciente total empenho ao que diz
respeito técnica. O que nos leva a pauta das relações psicanalíticas, a adição
da individualidade do analista junto a do paciente, essa troca que traz
intimidade e um pé de igualdade que não pode acontecer. Esse tipo de
relacionamento entre analista e paciente pode induzir o paciente por diversas
maneiras, torna-lo incapaz de se aprofundar em suas resistências e
impossibilitar o trabalho da transferência. Fica claro que esse tipo de influência
por parte do analista não pode ser chamado de psicanálise.

Em síntese, a recomendação divina apresentada no texto se dá pela


forma com que será continuado o tratamento após o paciente em questão se
livrar de certas neuroses. Dentro das limitações dos pacientes, sem levar em
consideração os desejos do analista frente ao trabalho árduo que fez, deve-se
atribuir novos objetivos da forma mais natural possível.

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