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A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO TERAPÊUTICA NA PSICOTERAPIA ONLINE:

em face da pandemia do COVID - 19.1

Davi Lopes Souza; Kelly Amanda da Silva Santos2


Dr. Carlos Antonio Cardoso Filho3

RESUMO
O presente paper tem como objetivo analisar a construção da relação terapêutica no âmbito da
psicoterapia online. Através de pesquisa bibliográfica foi traçada uma reflexão através dessa
construção, apresentando-se como formas de entendimento: a construção da relação
terapeutica, como se dá a psicoterapia online em tempos de COVID-19 e a necessidade de se
pensar as nuances da construção da relação terapêutica na psicoterapia online durante o
período desta pandemia. Trazendo nosso foco de atenção e interesse para um ser humano
respeitado e considerado na sua complexidade.

Palavras-chave: Relação terapêutica. COVID-19. Intervenções. Psicoterapia online.

1 INTRODUÇÃO

A pandemia do Covid 19 trouxe consigo algumas complicações e impedimentos


relacionados a interações sociais, visto que, dentre as medidas sanitárias de proteção básica
estão o isolamento e o distanciamento social. Tais complicações, além de afetarem a
sociedade como um todo a nível emocional e psicológico, dificultam o atendimento
psicológico, uma vez que o Conselho Federal de Psicologia, até então, não se mostrava
favorável ao atendimento online, que se apresentaria como uma forma de mitigar o sofrimento
psíquico intenso e inerente a uma situação pandêmica. Diante disto, são necessárias
adaptações em estratégias que outrora funcionavam pra desenvolver a relação terapêutica,
para que ela seja efetiva na psicoterapia online.
Este paper tem como objetivo geral: analisar a construção da relação terapêutica
no âmbito da psicoterapia online. Além de ter como objetivos específicos: explicar os nuances
e detalhes da relação terapêutica, assim como, de propor as adaptações e aplicações

1
Paper elaborado para obtenção de nota na disciplina Pesquisa em Psicologia da Unidade de Ensino Superior
Dom Bosco-UNDB.
2
Alunos do 6º período do Curso de Psicologia, da UNDB.
3
Professor Especialista, Mestre ou Doutor, Orientador deste paper.
necessárias para que a mesma se mantenha efetiva em cumprir os objetivos terapêuticos
independentemente do ambiente no qual a terapia é realizada.
Este trabalho acadêmico se encontra dividido em uma introdução e mais 3 seções,
sendo cada uma destas, compostas de subsecções. A introdução visa explicar os motivos pelos
quais este tema foi escolhido como problema de pesquisa, além de introduzir o contexto geral
do trabalho e dispor superficialmente as propostas desenvolvidas para sanar a situação.A
segunda seção apresenta a fundamentação teórica, que possui duas subsecções: Relação
terapêutica e Psicoterapia online em tempos de COVID-19. Esta seção visa estabelecer a base
científica sob a qual as propostas para solucionar o problema de pesquisa serão construídas.
A terceira sessão é denominada discussão do tema, e possui a função de
correlacionar os dois tópicos apresentados na sessão anterior, além de propor soluções
efetivamente embasadas para o problema de pesquisa escolhido. E por fim, a conclusão, que
apresenta as considerações finais sobre o tema estudado e responde, de modo sintético o
problema principal apresentado neste artigo.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A presente seção é apresentada com intuito de fundamentar teoricamente esta


pesquisa. Nela serão expostas as principais dimensões e conceitos encontrados no percurso do
processo de construção da relação terapêutica na psicoterapia online, a fim de promover
conhecimento prévio e aprofundado ao leitor. Ela é composta pelas subseções: Relação
Terapêutica e Psicoterapia Online.

2.1 Relação Terapêutica.

O relacionar-se é um processo inerente a condição humana em seu convívio


social, estabelecemos vínculos com a comunidade ao nosso redor para os mais diversos fins:
amar, procriar, se alimentar, evoluir economicamente, entre outras coisas e dentro desse
processo o indicividio passa por uma serie de interações que causam sofrimento, fortificam
ou enfraquecem determinados comportamentos que sejam funcionais dentro do ambiente ao
qual está inserido.
Desta forma é bastante claro que aqueles que estão sofrendo e buscam terapia,
provavelmente o fazem porque são punidos de algum modo em algum contexto de sua vida.
Assim a produção de espaços de trocas, de falas e escutas, de cumplicidade e
responsabilidades, de vínculos e aceitações são frutos de um trabalho fortemente
comprometido. Baum (1999) define uma relação como um conjunto de interações regulares
entre indivíduos. Essas interações preveem reforço mútuo. Um exemplo de relação entre
indivíduos é aquela que ocorre em um contexto clínico. Daí o nome, relação terapêutica, que
é composta, geralmente, pela díade terapeuta e cliente.
Para entendermos a importância da relação terapêutica e suas implicações dentro
do processo terapêutico, é relevante que saibamos seu processo histórico e como esse
dinamismo se tornou relevante dentro do atendimento psicoterapico. O conceito de aliança
terapêutica foi construído ao longo do século XX. Pioneiro, Freud menciona, em seu trabalho
"The dynamics of transference" (1912), a importância de o analista manter o interesse e uma
atitude compreensiva em relaçao ao paciente para que de forma mais saudável seja
estabelecida uma relaçao positiva entre ambos. Afirmou, ainda, em suas primeiras
publicaçoes sobre o assunto, que o afeto do paciente por seu terapeuta era uma forma
benéfica e positiva de transferência, concedendo autoridade/poder ao analista (ARANGO e
MORENO, 2009).
Ademais, a terapia centrada na pessoa, elaborada por Carl Rogers (1957, apud
RANGÉ, 1995) e as abordagens psicodinâmicas, sob o rótulo de relação de transferência e
contratransferência (LAPLANCHE e PONTALLIS, 1982), trataram extensivamente sobre a
importância da relação terapêutica e suas influências ao processo de psicoterapia. No entanto,
nas primeiras iniciativas influenciadas pela filosofia do Behaviorismo Radical, tal tema
praticamente não existia ou não merecia tanto destaque como possível instrumento de
mudança clínica comportamental (MEDEIROS, 2002; RANGÉ, 1995; VELASCO E
CIRINO, 2002).
Por conseguinte percebemos que a relação terapêutica vai tornando-se relevante
dentro das mais diversas abordagens ao longo do tempo e que é preciso um movimento ativo
do psicólogo para se apoderar desta ferramenta fundamental para efetividade de suas
intervenções. Horvath e Bedi, 2002 (APUD RAMOS, 2008) afirmam que “a relação
terapêutica em geral, e a aliança em particular, é a quintessência da base comum partilhada
pela maior parte das psicoterapias” Ou seja, a relação terapêutica não é um elemento
específico de uma abordagem, mas algo comum às diferentes abordagens, às diferentes
metodologias do fazer psicoterapia.
Beitman (1989, apud RANGÉ, 1998) afirma que uma relação terapêutica ocorre
quando são consideradas as qualidades pessoais de um terapeuta, de um cliente e a interação
entre os dois em um dado contexto clínico. Assim percebemos que ao contrário de relações
cotidianas, a relação terapêutica possui um caráter de ajuda; dessa forma, o terapeuta, dotado
de conhecimentos e de habilidades técnicas, procura criar condições para que o cliente
consiga ultrapassar os obstáculos que vem enfrentando (KOHLENBERG E TSAI, 2001;
SKINNER, 1994).
Segundo Banaco (1997), o que diferencia a relação terapêutica das relações do
cotidiano é o que Skinner (1953) denomina de audiência não punitiva, na qual o terapeuta
compreende os comportamentos do cliente sem julgá-lo, o que torna a relação terapêutica
íntima. Dentro desse processo, abordagem comportamentalista, entende-se que todo
comportamento do individuo só se mantém porque é funcional de algum modo. Após a
compreenssção disto, forma-se profícuo o estabelecimento da intimidade, que diz respeito ao
compartilhar de sentimentos, ao abrir-se para o outro. Surge quando as pessoas se comunicam
abertamente, deixando claro o que pensam e o que querem, dividindo além do carinho, as
experiências e os segredos, mostrando-se o que se é, mesmo nos medos, inseguranças e
defeitos. O compartilhar de sofrimento e o compartilhar de sentimentos positivos de amor,
proximidade, esperança, alegria e orgulho são indicativos da intimidade na relação.
Partindo do pressuposto que a psicoterapia é um processo complexo que acontece
em um contexto interpessoal no qual terapeuta e cliente interagem em um trabalho que visa
uma transformação profunda, a pessoa do terapeuta não está ilesa no processo. Brandão
(2000) aponta que ser psicoterapeuta é um exercício diário de crescer e fazer crescer. Da
mesma forma que a relação terapêutica mexe com o cliente, o terapeuta também é tocado
pela relação. Sendo a relação terapêutica uma contingência de determinação recíproca, a
atenção do terapeuta deverá também estar dirigida aos seus próprios sentimentos. Isto é, aos
sentimentos que o cliente provoca nele. Sendo assim, cabe ao terapeuta está constantemente
atento aos sentimentos que são evocados em sua relação com o cliente, e trabalhá-las no seu
próprio processo de análise.
Entende-se assim o espaço da relação terapêutica como um diferencial que está
na escuta e acolhida que se oferece a alguém que se encontra em sofrimento, que busca a
ajuda de um outro que se propõe a escutá-lo e compreende-lo sem julgamentos. Fazendo com
que o cliente se sinta confortável para fazer relatos nunca antes feitos e a partir disso o
psicólogo possa intervir de modo a fazer com que esse individuo aprenda a discriminar as
contingências que o afetam e se aproprie assim do seu processo de autoconhecimento.

2.2 Psicoterapia Online em tempos de Covid 19.

No dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou que a


COVID-19 é uma pandemia. A doença causada pelo novo corona vírus vem causando
inúmeras mortes e apresenta alta taxa de contágio, ainda é nova e por isso mesmo
profissionais ainda se vêem com pouca informação para lidar com os efeitos desastrosos
advindos dela. Como afirmam Jiang et al. (2020) e Taylor (2019), estudos sobre
implicações na saúde mental em decorrência da pandemia do novo coronavírus ainda são
escassos, por se tratar de um fenômeno recente, mas apontam para repercussões negativas
importantes.
Ademais, o estudo de Reynolds et al. (2008), realizado durante a quarentena da
SARS, destacou sintomas de transtorno do estresse pós-traumático mais graves, mais
esquiva e emoções negativas, como culpa, preocupação e desamparo, entre esses
profissionais, comparado à população geral. Além disso, pesquisas anteriores sobre outros
surtos infecciosos revelaram desdobramentos desadaptativos, em curto, médio e longo
prazo, para a população geral e para os profissionais da saúde.
A partir do desencadeamento de fenômenos caóticos advindos do início de uma
pandemia,como por exemplo: o isolamento social, distúrbios de sono e distúrbios associados a
ansiedade e estresse. Houve um aumento da demanda e busca por serviços associados a saúde
mental e da psicoterapia online. De acordo com dados do Conselho Regional de Psicologia da
3ª Região , a busca por atendimento online na plataforma e-psi aumentou 800% neste período
de pandemia da COVID 19. Com isto, fez-se necessário o posicionamento do Conselho
Regional de Psicologia. Através do documento Ofício Circular CRP 11 Nº 01/2020 –
Atendimento mediado por tecnologias da informação e comunicação em medidas
temporárias durante o período de pandemia deflagrado devido ao novo coronavírus (COVID-
19). O Conselho se posiciona de modo favorável ao atendimento on-line, além de
regulamentar a prática. O fato de que este mesmo entendimento está presente também no
documento “tópico 5- Atendimento online, voluntário, presencial e hospitalar durante a
COVID-19” da Sociedade Brasileira de Psicologia (2020), mostra que há congruência entre as
orientações providas pelos órgãos de Psicologia:
Os psicólogos devem priorizar ao máximo os atendimentos na modalidade on-
line, resguardando as condições de sigilo, privacidade e segurança das
informações. Deve-sesuspender os atendimentos presenciais em casos eletivos,
uma vez que o trânsito de profissionais e pacientes/clientes pode ser um vetor de
proliferação do vírus. As consultas on-line, principalmente por meio de vídeo,
oferecem uma alternativa viável para oferecer serviços psicológicos à distância.
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA, p.3, 2020)

Dados as informações apresentadas, sugere-se que a modalidade de atendimento


on-line deve ser priorizada por conta do contexto, e, que suas limitações sejam melhoradas,
com o intuito de tornar essa possibilidade o mais efetiva possível em cenários como o atual.

3 METODOLOGIA

A pesquisa adotada teve caráter exploratório e descritivo visando maior


familiaridade com o problema estudado. Segundo Vergara (2011), a investigação exploratória
é realizada em áreas na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Não
excludente, a pesquisa descritiva, expõe características de determinado fenômeno ou
população, podendo estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Para maior
intimidade com o problema proposto, houve uma pesquisa bibliográfica que direcionou a
construção do trabalho. Para Veloso(2001), a pesquisa bibliográfica constitui base
fundamental de qualquer pesquisa científica, e ajuda a fundamentar explicação para a
investigação e embasamento através do referencial teórico de autores que possuem
conhecimento prévio e aprofundado na área, encontrados em livros, e artigos científicos.

4 DISCUSSÃO DO TEMA

A presente seção objetivou aproximar os tópicos apresentados anteriormente,


analisando a importância de uma prática psicológica que abarque as nuances da construção da
relação terapêutica na psicoterapia online durante a pandemia da COVID-19, a fim de
fundamentar as ideias propostas neste trabalho. Assim é composta de reflexões com bases em
autores reconhecidos no meio acadêmico, apresentando ideias de forma sucinta em um tópico:
Relação terapêutica na psicoterapia online em face da pandemia do covid – 19.

4.1 Relação terapêutica na psicoterapia online em face da pandemia do covid - 19

A pandemia do covid-19 impactou diretamente não só a saúde física da


população mundial, causado pelos sintomas do novo coronavirús, quanto colocou em
cheque a subsistência de boa parte da população, que agora se vê acometida por medos,
fobias e insegurança quanto ao futuro ao mesmo tempo que têm que lidar com todo o
transtorno das novas dinâmicas sociais. Ademais com a alta infecciosidade do Covid-19, foi
necessário uma reorganização na mobilidade urbana e na circulação de pessoas em locais
públicos, desta forma muitos serviços tiveram que se adaptar ao modelo remoto. Estas
demandas, somadas ao efeito de redução de serviços presenciais ocasionado pelo
isolamento social, fez com que a demanda por serviços online aumentasse
significativamente tanto nos departamentos públicos, quanto na iniciativa privada.
A psicoterapia online tem mostrado resultados bastante positivos em outros
países nos casos de depressão e ansiedade. Também por ter um baixo custo e facilitar a
procura por atendimento psicológico por pessoas tímidas, introvertidas ou com fobia social,
pois a internet oferece uma sensação de controle "necessária" a essa pessoa. (PIETA, 2014;
COOK & DOYLE, 2002). Desta forma, podemos perceber que essa possibilidade se torna
promissora diante do cenário de restrições de locomoção em que estamos vivendo.
Juliano (1999) propõe que a atitude inicial do terapeuta seja estimular o cliente
a perceber a sala do terapeuta e o contato com ele como um contexto propício para
experimentar novas formas de perceber o mundo. Importante destacar que no pandêmico e
da psicoterapia online, a "sala do terapeuta" não é somente o local físico, mas o lugar do
encontro, que pode acontecer à milhas de distância e ser mediado pelas tecnologias digitais.
Por estamos passando por um momento de desordem a nível mundial , se torna necessário
que o psicoterapeuta não esqueça que apesar do ambiente onde eles está atendendo seja
mediado por câmeras, tudo a sua volta ainda é um local onde o cliente buscará refúgio, logo
seu espaço físico também fará parte da sua imagem profissional.
É fundamental que os psicoterapeutas façam novos arranjos tanto para atender
online, quando para superar a dificuldade com a criação de laços terapêuticos que em
muitos casos se dão de forma não-verbal. Pieta e Gomes (2014) explicam que os estudos
qualitativos mostram algumas variações na comunicação entre terapeuta e cliente que
precisam de atenção, como as dificuldades de estabelecer contato olho a olho, interpretação
da linguagem do corpo do cliente e de estabelecerem relação empática. A medida em que
temos conhecimento de que tudo na postura corporal pode ser um aspecto do fortalecimento
de vinculo com o cliente, devemos nos preparar para que as TIC’s utilizadas sejam capazes
de transmitir da melhor forma o acolhimento necessário. No que tange à escuta clínica,
Pimentel (2017) enfatiza que, nas modadalides de email e chat, o terapeuta precisará
apreender as intencionalidades e sentidos expressos pelo cliente através da escrita e na
videoconferência, pela entonação da voz, no ritmo de fala e escuta do cliente, o modo como
posiciona o tórax, cabeça, expressões faciais e modo de sentar-se diante da câmera.
Outro pontos bastante relevantes que devem ser levado em cosiderção na
construção do vinculo terapêutico na modalidade online, são as limitações apontadas por
Fishkin et al. (2011), que ressalta sobre as distrações que podem assaltar terapeutas e
clientes, tanto no que se refere ao ambiente em que estão realizando o atendimento, como
propagandas ou mensagens que surgem no computador durante o atendimento. Assim, é
profícuo se atentar no uso de plataformas adequadas para cada tipo de público; pensar na
conexão de internet que não afete a transmissão da sessão, posicionamento de câmera e
áudio de boa qualidade, para que somados a qualidade do atendimento do terapeuta o
cliente se sinta acolhido e que ele receba a presença do terapeuta como uma audiência não
punitiva. Pois o indivíduo já estará muito fragilizado com todo o contexto, que envolve a
sua demanda para a procura pela psicoterapia. É preciso que esse novo arranjo não seja
mais um estressor.

4 CONCLUSÃO
Portanto, é indispensável que o terapeuta desenvolva novas habilidades e adapte
habilidades já existentes, para que consiga desenvolver a relação terapêutica nesta nova
modalidade de psicoterapia. Nas modalidades onde o meio de comunicação é exclusivamente
a escrita, o terapeuta precisará desenvolver a capacidade de compreender as intenções do
cliente através da escrita do mesmo, já na vídeo conferência, é imprescindível que o mesmo
desenvolva habilidades de leitura e compreensão do gestual e não-verbal, para que possa,
deste modo entender o cliente a partir de gestos, entonação vocal, posturas e expressões
faciais.
Também é importante ressaltar a necessidade do cuidado com o ambiente, tanto
para que não hajam distrações e incômodos, como quedas de internet, barulhos
inconvenientes ou interrupções. Quanto para que o cliente, ao buscar refúgio na psicoterapia
possa se sentir confortável e acolhido, facilitando, deste modo, o desenvolvimento da relação
terapêutica na psicoterapia online.
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