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DISCIPLINA: PSICOLOGIA II

OBRA: LAÇOS DE FAMÍLIA (CENA QUE A PERSONAGEM CAMILA


DESCOBRE A LEUCEMIA)
ALUNOS:
TURMA:

O médico conta primeiramente à família que Camila estava doente. Logo em seguida,
ele chama a família para dar a notícia junto com ele para a paciente, num ambiente calmo e
confortável. Nesse quesito, percebemos que ele escolheu um lugar ideal, identificou a
existência da rede social de apoio e, solicitou a presença durante a notícia pois era
benéfico para a paciente. Ademais, foi o mais sincero possível ao comunicar o diagnóstico
pessoalmente, evitando que o paciente o saiba por ela.

O seu exame apresentou um problema: Lembra- se quando eu lhe disse que a sua
medula funcionava como uma fábrica de sangue e que o mielograma era uma fotografia
dessa fábrica? Pois é, a fotografia mostrou que a sua fábrica está com um problema. É
Leucemia. O médico teve uma linguagem simples, com cuidadosa escolha de palavras
para que a paciente pudesse entender e sem jargões médicos.

Camila quer saber tudo sobre a doença, sobre o tratamento, quais são suas
possibilidades e o médico responde. Analisamos que foi respeitado o bom senso e a ética
médica, é direito inalienável do cidadão ter acesso às informações que lhe dizem respeito,
principalmente sobre a sua saúde.

A paciente pede para conversar com ele em particular. “Enfim sós”, diz o médico. É
importante que a informação seja dada em momento oportuno, acompanhada de
esclarecimentos e orientações.

Camila diz: confio muito em você Dr. César, dizem que você é o melhor hematologista
de todos. Nessa frase percebe-se o contexto em que os médicos são os representantes de
um dos deuses, na terra. Além disso, é sobre ele que irão pesar as expectativas do
paciente, dos seus familiares exigindo-lhe resultados que, muitas vezes, ele não pode
atender, com eventuais frustrações para ambos os lados. Mas, por outro lado, tendo
sentimentos positivos para com seu médico, aumenta a possibilidade de adesão ao
tratamento, a confiança nos resultados e a esperança.

Camila pergunta sobre suas chances e pergunta se vai morrer, pois precisa preparar a
sua família. Aqui, percebemos como o impacto da doença imobiliza e congela a existência
e, em consequência, a relação com o mundo. Há uma interrupção da continuidade
existencial e da referência temporal. É um tempo de suspensão; difícil ligá-lo à vida passada
ou conectá-la ao futuro.

O médico responde: "Você não tem que ficar pensando neles, você tem que pensar em
você, tem que pensar em lutar, em acreditar, em vencer.” Nesse trecho percebe-se que a
relação médico paciente se estabeleceu de uma maneira correta pois é importante
comunicar ao paciente que nem tudo está perdido, que não vão abandoná-lo por causa do
diagnóstico, que é uma batalha que devem travar juntos, paciente, família e médico, não
importando o resultado final. Houve competência na comunicação com o paciente de modo
que ela se sentiu segura, acolhida, escuta, caracterizada por uma atitude de atenção
interessada, de disposição interior para ouvir o paciente, e de aceitação da sua fala sem
restrições ou julgamentos.

O médico explica sobre o ciclo da quimioterapia e diz que vai depender das
características da doença dela, da resposta da quimioterapia e que tinha que aguardar o
resultado da citogenética. Camila pergunta sobre a possibilidade de transplante e ele
explica sobre o procedimento e diz que há possibilidade de um doador de medula como o
irmão dela, porém que é uma pequena porcentagem de ser totalmente compatível.
Analisamos que nessa fala o objetivo de manter a esperança não significa ser menos
verdadeiro, o paciente tem direito de saber sobre sua real situação atual e prognóstico.
Além disso, é fundamental que o paciente tenha conhecimento de seu estado, não só para
que assuma as medidas terapêuticas indispensáveis, mas também para poder tomar as
providências econômicas, sociais, religiosas e outras necessárias.

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