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Envelhecimento cutâneo

Profª Juliana Furtado


- Intrínseco ou Endógeno: depende do nosso
organismo;
Esperado,previsível, inevitável e progressivo

- Extrínseco ou Exógeno /fotoenvelhecimento: depende


do meio ambiente e hábitos de vida.
Pode ser precocemente acelerado.
Envelhecimento intrínseco
✓ Afinamento da derme e da camada gordurosa
✓ Perda da elasticidade, da extensibilidade, firmeza, maciez e viço
✓ Pele fica mais frágil e propensa à descamação

✓ ↓ capacidade de reparo celular →↓ cicatrização, proteção aos


danos UV
✓ Possível pigmentação irregular
✓ Menor resposta Imunológica
✓ Diminuição da renovação celular
Envelhecimento intrínseco

✓ Perda do controle da temperatura corporal


✓ Hipotrofia e afrouxamento dos músculos cutâneos
acentuando a senilidade dos traços
✓ Pêlos mais finos, rarefeitos, quebradiços e menos
numerosos na cabeça, axilas, púbis e membros
Envelhecimento intrínseco
✓ Vascularização:
• Os vasos tornam-se visíveis devido à
transparência da pele pela hipotrofia da derme.

• Há redução da vascularização na derme: leva à


má nutrição do tegumento e à uma coloração
pálida típica do idoso, mesmo na ausência de
anemia.
Envelhecimento intrínseco
• Tornam-se frágeis pela perda de sustentação,
permitindo a migração de glóbulos vermelhos para
os tecidos, causando uma púrpura.

• Os glóbulos vermelhos se destroem e deixam como


resíduo local o ferro, o que leva ao surgimento de
uma mancha amarelada no local (depósito de ferro
na derme), comum no idoso.
Envelhecimento intrínseco
✓ Hidratação:
• ↓ do manto hidrolipídico → Descamação
→aspereza → prurido

• Alteração da membrana dos corneócitos.

• Redução de moléculas higroscópicas como o ácido


hialurônico
Envelhecimento intrínseco
✓ Pigmentação:
• As alterações da pigmentação podem ocorrer tanto no
envelhecimento intrínseco quanto no extrínseco, sendo mais
graves no extrínseco (fotoenvelhecimento).

• Hiperfunção, disfunção e até morte dos melanócitos.


- ↓ melanócitos
- Hiperfunção dos melanócitos expostos ao sol
Envelhecimento extrínseco
Depende do meio ambiente, hábitos de vida,
radiação UV .
Exercido por fatores externos:
✓ Exposição excessiva à radiação solar -
Fotoenvelhecimento ou Envelhecimento Actínico;

✓ Cuidados errados com a pele;


✓ Exposição ambiental (poluentes, drogas, etc); É exercido por
fatores externos, como: Exposição excessiva à radiação solar
Envelhecimento extrínseco
✓ Doenças pré existentes, alterações do sono, excesso
de atividade física→ estresse fisiológico → oxidação

✓ Álcool, má alimentação → glicação e oxidação

✓ Fumo → oxidação
Teoria dos Radicais Livres
✓ Os seres humanos estão continuamente expostos
aos RL formados nas próprias células.
Desequílibrio entre os processos de produção
e eliminação dos RL.

Estresse oxidativo.
• Os antioxidantes reagem diretamente com agentes
oxidantes, impedindo sua reação.

• Substâncias como : VITAMINA C, VITAMINA E ,


LICOPENO E POLIFENÓIS, ajudam a eliminar os RL
formados no interior da célula.
Teoria do envelhecimento
glicativo

• O consumo excessivo de glicose pode levar ao seu


acúmulo no organismo → acelera o envelhecimento,
inclusive o cutâneo.

• A glicose em excesso liga-se a uma proteína orgânica


num processo denominado glicação → modificação
da estrutura de sustentação da pele .
Teoria do
envelhecimento celular
AQUAPORINAS

• No processo natural de envelhecimento, as


aquaporinas perdem seus efeitos e fazem com que as
células fiquem menos irrigadas.
• Fatores como lesões e doenças inflamatórias ou
alérgicas da pele;
• Exposição solar crônica e desidratação.
A desidratação cutânea acelera os processos de
oxidação e glicação a morte do fibroblastos
redução na produção de colágeno, elastina e ácido
hialurônico desidratação.

• Processo cíclico que culmina com a redução do


conteúdo dermal e com alterações importantes na
epiderme (redução do número de células e de
camadas).
Teoria do envelhecimento replicativo
Por que as células entram em
senescência ?

Individualmente cada célula do corpo entra na fase de


senescência, de acordo com uma cronologia, definida
por um relógio celular:

TELÔMERO
Teoria do envelhecimento replicativo

Telomerase
- Assegura o reparo do telômero.
- É um mecanismo de sobrevivência das células para a
proteção dos telômeros.
- Torna-se menos efetivo ao envelhecer, com o avanço
da idade.
Teoria do
fotoenvelhecimento
Efeitos da RUV:

• Fotoimunossupressão (recorrência de Herpes simples)


• Perda de água e ressecamento – TEWL
• Espessamento da Pele – C.Córnea
• Aumento Melanina– Hipercromias
• Danifica o DNA da célula
Características da Pele queimada pelo sol
• Seca, desidratada;
• Envelhecida;
– Rugas Profundas
– Rugas Superficiais
• Discromias;
• Pode ocorrer comedões e acne;
• CÂNCER DE PELE.
Fotoenvelhecimento
• Aumento da espessura do estrato córneo
• Aumento da pigmentação
• Aumento de degradação de colágeno
Fotoenvelhecimento
• Ocorrem alterações nas estrutura anatômicas,
modificando as funções da pele.
• Os principais parâmetros utilizados para a
determinação do grau de envelhecimento é a
rugosidade e a elasticidade da pele.

Em geral, a pele vai se tornando mais fina,


mais inflexível, menos tensa e menos
elástica.
EPIDERME:
• Tendência desorganização celular.
• ↓Comunicação celular, ↓ coesão → reduz processo
de reparação
• Descontinuidade da camada granulosa.
• ↓ Melanócitos - ↓ Proteção contra os UV
• ↓ Células de Langerhans - ↓ Imunidade
• Renovação celular é mais rápida, ↓ a espessura dessa
camada (desidratação).
DERME

✓ Alteração em todos componentes:

• Substância Fundamental → ácido hialurânico.

• Fibras Elásticas, Colágenas, Reticulares, Fibrilinas.

• Glândulas e Vasos Sanguíneos.


✓ Substância fundamental amorfa:
Alterações químicas: ↓ de algumas substâncias
importantes, pela redução de número de fibroblastos
↓ capacidade de síntese → ↓ Diminuição da
espessura
✓ Fibras Elásticas
• Redução progressiva do número e espessura das
fibras.
• Mudanças na estrutura: torção e fragmentada.
• Elastose (agravado no fotoenvelhecimento)

Perda da Elasticidade Natural, o que impede que a pele volte a


sua forma normal depois de ser esticada.
✓ Fibras Colágenas:

• Dissociação do Colágeno
• Diminuição da aderência aos planos mais
profundos
• Se torna mais rígido, diminuindo a resistência e
força do tecido.
✓ Vasos Sanguíneos

• Esclerose dos Vasos, principalmente na camada


papilar.
• Rarefação dos vasos → circulação se torna mais
lenta (aspecto pálido da pele).
• ↓ na qualidade do sangue.
✓ Glândulas:
• Diminuição do número e funcionamento das
glândulas sebáceas e sudoríparas →Ressecamento

• Hipertrofia de glândulas sebáceas com poros


dilatados.

✓ Inervação
• A inervação fica inalterada.
✓ Junção dermoepidérmica

• Sofre achatamento → ↓ da adesividade →


↓ superfície das trocas entre derme e epiderme →
↓ nutrição → metabolismo das células epidérmicas
fica alterado.
✓ Tecido subcutâneo:

• Fica cada vez mais reduzido - as células adiposas


apresentam-se frequentemente com menor
tamanho e volume.
• Perda da uniformidade local.
As modificações sofridas levam a :

- Ressecamento / desidratação / prurido


- Flacidez muscular e cutânea
- Contração muscular → sulcos e rugas
- Alterações vasculares
- Afinamento
- Degeneração das f. colágenas e elásticas
- Surgimento de manchas e lesões
- Processos inflamatórios
- Perda da densidade de gordura
- Flacidez nas pálpebras
- Bolsas abaixo dos olhos e abaixo da mandíbula.
Rugas
Fisiologia do Envelhecimento Cutâneo
• da hidratação cutânea;
• da síntese e função do colágeno, elastina e
reticulina;
• adelgaçamento da pele;
• da vascularização;
• da excreção sebácea e sudorípara;
Fisiopatologia das rugas
• Adelgaçamento da pele;
• Diminui da junção dermo-epidérmica;
• Fragilidade e fragmentação da fibras
elásticas;
• Espessamento das fibras colágenas;
• Irregularidades no tecido adiposo;
• Linhas de tensão permanentes.
Classificação das rugas

Quanto à profundidade:

Superficiais:

- Desaparecem ao estiram , ento da pele .

- ↓ fibras elásticas na camada papilar


-Encontradas especialmente em regiões não expostas.
- Decorrentes do envelhecimento cutâneo cronológico.
Profundas:

- Não desaparecem ao estiramento da pele


- Decorrentes da ação solar
- Fibras eláticas tortuosas
- Elastose na derme – aumento do tecido elástico /
massas amorfas
Quanto ao tipo (Lapière e Pierard ):
1) Grau I – Rugas de expressão

Dinâmicas.

Produzidas pela ação repetida dos músculos da mímica


facial (mm. cutâneos).
Sem alteração dermo-epidérmica

Jovens: Reversíveis.
Idosos: Irreversíveis Agravamento com a
exposição solar
2) Grau II – Rugas estáticas

✓ Rugas finas ou ondulações, com alteração dermo-


epidérmica e adelgaçamento da epiderme e derme
superior.

3) Grau III – Rugas gravitacionais.

✓ Dobras, rugas gravitacionais ( ptose), alteração


dermo-epidérmica e subcutâneo. Deve-se à queda
da pele e dos músculos adjacentes, causada pela
força da gravidade.
✓ Rugas dinâmicas: causadas pela mímica facial
(linhas de expressão)

✓ Rugas estáticas: causadas pela perda de matriz


dérmica

✓ Flacidez tecidual: diminuição das funções da


derme e epiderme quanto a sustentação do
tecido
RUGAS DE ORIGEM MISTA

✓ Sulcos nasogeneanos- depressões que vão da


lateral do nariz ao extremo da boca, podendo
inclusive estender-se até a mandíbula.

São provocadas pela ação muscular somada à ptose


gravitacional.
As rugas verticais que se formam na parte anterior do
pescoço também são consideras mista
Rugas da testa
(mm frontal)

Orbicular das
pálpebras

Sulcos nasogenianos
(mm zigomático e
elevador do lábio
Orbicular dos lábios superior)
Escala de Glogau

Grupos de Fotoenvelhecimento
Rugas Actínicas

- Idade;
- Presença e tipos de rugas;
- Manchas;
- Sinais de atrofia .
Grau I (20-30 anos).
- Leve , discreta
- Linhas orbiculares visualizadas
com a expressão facial.
- Fotoenvelhecimento inicial .
- Pequenas mudanças de
pigmentação.
- Sem cicatrizes.
Grau II ( 30-40 anos)
- Moderadas
- Fotoenvelhecimento intermediário/moderado.
- Ceratoses actínicas iniciais -Leve descoloração
amarelada.
- Espessura aumentada.
- Sinais de desidratação.
- Linhas superficiais : frontal, orbicular, nasogeniano –
começam a aparecer com o sorriso.
Grau III (50 ou mais)
- Avançada
- Rugas em “repouso”.
- Fotoenvelhecimento avançado.
- Rugas periorbiculares, frontais e glabelares.
- Acentuação do sulco nasogeniano, pregas na
região do pescoço.
- Bolsas nas pálpebras inferiores.
- Telangectasias.
- Ceratoses actínicas – descoloração amarelada
evidente com telangiectasias
Grau IV (60-70 anos).
- Severa
- Fotoenvelhecimento severo.
- Afinamento dos lábios.
- Melanoses, desidratação.
- Epiderme extremamente sensível.
- Cor da pele amarelo-acinzentada.
- Muita flacidez e rugas de origem actínica,
gravitacional e dinâmica.

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