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Núcleo,

Diferenciação e
Morte Celular

Bases de Biologia Celular e Genética


Profª Juliana Furtado
Estrutura do núcleo celular
• O núcleo é uma organela que mede entre 5 e 10µm de
diâmetro, conforme a intensidade do metabolismo celular, ou
seja, células com alto metabolismo possuem núcleo maior em
relação às células com baixo metabolismo.
• O formato do núcleo, em geral, é compatível com a morfologia
da célula, por exemplo, células de formato prismático possuem
núcleo alongado.
Estrutura do núcleo celular
• Nas células animais, é comum que o núcleo ocupe posição
central no citoplasma, enquanto nas células vegetais localiza-
se na periferia.
• Em geral, as células eucarióticas possuem somente um núcleo,
que delimita o espaço onde está abrigado o genoma (o material
genético); com exceção dos eritrócitos de mamíferos, células
vermelhas do sangue que perdem o seu núcleo durante a etapa
de diferenciação celular.
• Por outro lado, algumas células, como as do fígado e das fibras
musculares estriadas, caracterizam-se por serem
polinucleadas, ou seja, apresentarem mais de um núcleo.
Estrutura do núcleo celular
• A delimitação do genoma pelo núcleo faz dele o centro de controle da
célula.
• Uma de suas principais vantagens é o maior controle da expressão
gênica, com a replicação do DNA e a transcrição do DNA em RNA
ocorrendo dentro do núcleo, enquanto a tradução ou síntese de
proteínas, etapa final da expressão gênica, ocorrendo no citoplasma.
• O núcleo celular terá características distintas, dependendo da etapa
do ciclo em que se encontra a célula.
Estrutura do núcleo celular
Estrutura Do Núcleo Interfásico
Envelope nuclear
• Também chamado envoltório nuclear, separa o conteúdo nuclear do
citoplasma, sendo visível somente em microscopia eletrônica.
• É formado por dupla membrana lipoproteica, constituída de 30% de
lipídeos e 70% de proteínas, onde estão presentes poros.
• A membrana nuclear externa caracteriza-se por ser contínua com o
retículo endoplasmático rugoso e pode apresentar ribossomos
aderidos à face voltada para o citoplasma.
Envelope nuclear
• A membrana nuclear interna caracteriza-se por possuir, na face
interna, voltada para o nucleoplasma, uma rede fibrosa proteica
de filamentos intermediários denominada lâmina nuclear,
descontínua na região dos poros.
• Essa lâmina nuclear mantém a forma e a estrutura do
envelope.
• É responsável pela ligação da cromatina ao envelope..
Envelope nuclear
• Durante a mitose, ocorre redução na interação entre os
componentes da lâmina nuclear, fazendo com que se desfaça
e, consequentemente, também o envelope nuclear.
• Por isso, é possível que o material genético migre para os polos
da célula.
Envelope nuclear
• Os poros nucleares, também denominados complexo dos
poros nucleares, são estruturas constituídas por cerca de 100
proteínas, responsáveis pelo movimento de entrada e saída de
íons e moléculas entre o nucleoplasma e o citoplasma.
• O número de poros no envelope varia de 3.000 a 4.000, mas
pode ser maior ou menor, de acordo com o volume na atividade
de transcrição.
Cromatina
• É o DNA associado a proteínas
chamadas histonas, formando uma
estrutura denominada nucleossomo.

• As histonas são responsáveis pela


compactação ordenada da cromatina e
podem ser de cinco tipos distintos: H1,
H2A, H2B, H3 e H4, muito similares
entre as espécies eucarióticas.
Eucromatina
• Descompactada ou descondensada – durante a intérfase, no
núcleo interfásico.
• É a forma ativa da cromatina, correspondendo apenas a 10% da
extensão da cromatina, que transcreve RNA somente durante a
intérfase.
Heterocromatina
• Compactada ou condensada – durante a divisão celular, no
núcleo mitótico.
• A condensação ocorre pela ação da proteína condensina.
• A cromatina compactada forma o cromossomo.
Heterocromatina
• É a forma inativa e mais condensada da cromatina, em que não
ocorre transcrição do RNA. Podemos distinguir dois tipos:
• Heterocromatina constitutiva – possui sequências gênicas
altamente repetitivas, que nunca são transcritas.
Heterocromatina
• Heterocromatina facultativa – em um mesmo organismo, pode
se apresentar compactada em algumas células e
descompactada em outras.
• Ainda que contenham sequências gênicas únicas ou repetitivas
que possam ser transcritas, são inativadas.
• Exemplo de heterocromatina facultativa é o cromossomo X das
fêmeas de mamíferos, quando uma inativação aleatória ocorre
em um dos cromossomos X das fêmeas ainda na vida uterina.
Nucleoplasma
• É uma solução de natureza aquosa, delimitada pelo envelope
nuclear, constituída de proteínas, RNA, nucleotídeos e íons.
• No nucleoplasma, estão mergulhados o nucléolo e a cromatina.
Encontramos, ainda, a matriz nuclear de natureza fibrilar
formando um endoesqueleto, semelhante ao citoesqueleto
citoplasmático.
• Atribui-se à matriz nuclear a função de prender as alças da
cromatina, as proteínas envolvidas no transporte de RNA e as
enzimas que participam na replicação do DNA e transcrição do
DNA em RNA.
Nucléolo
• Região do nucleoplasma não delimitada por membrana, onde se
agrupam os genes codificadores do RNA ribossômico (RNAr).
• É, portanto, a região que tem função de síntese do RNAr, sendo
constituída principalmente por proteínas e RNAr. Sob a ação da
enzima RNA polimerase I, ocorre a transcrição dos genes, levando ao
processamento do RNAr e produção das subunidades do ribossomo,
montadas no próprio nucléolo. Os ribossomos das células
eucarióticas apresentam uma subunidade maior (60S) e outra menor
(40S).
O nucléolo apresenta três regiões distintas
entre si, do ponto de vista estrutural e
funcional
DNA e RNA
• A molécula de DNA
• O DNA, ou ácido desoxirribonucleico, é a molécula que armazena as
informações genéticas fundamentais para o controle do metabolismo
celular, seja para a constituição ou para o funcionamento regular de
cada célula e do organismo como um todo.
DNA e RNA
• Tendo como referência o modelo de Watson e Crick, sabemos que a
molécula de DNA possui as seguintes características:
1.É composta por duas cadeias de nucleotídeos, formando uma
dupla hélice.
2.As cadeias são antiparalelas.
3.As cadeias são unidas entre si por meio de ligações de
hidrogênio.
Nucleotídeos que formam a molécula de
DNA
• São moléculas compostas por: 1 base nitrogenada, 1 desoxirribose
(açúcar) e 1 grupamento fosfato.
• As bases nitrogenadas são a base para toda a informação
genética. Na linguagem do código genético, as bases
nitrogenadas do DNA são representadas por suas letras
iniciais.
• São quatro bases nitrogenadas no total:
A molécula de DNA é formada por duas
cadeias antiparalelas.
• O açúcar desoxirribose, presente nos nucleotídeos do DNA, é
formado por cinco carbonos.
• Sua estrutura proporciona estabilidade termodinâmica ao DNA,
fundamental para a preservação da integridade dos
cromossomos.
• Já o fosfato presente na constituição do DNA torna-o hidrofílico
(tem afinidade pela água) em sua porção externa.
Classificação da Estrutura do DNA
• Primária: Corresponde a uma cadeia de nucleotídeos.
• Secundária: Corresponde a duas cadeias de nucleotídeos
ligadas entre si por ligações de hidrogênio, formando a dupla
hélice.
• Terciária: Corresponde a associação das duas cadeias de DNA
com as proteínas histonas.
Molécula de RNA
• O RNA, ou ácido ribonucleico, é a molécula responsável pela
síntese de proteínas. O RNA desempenha papel importante na
transcrição da informação genética contida no DNA para a
produção de proteínas.

• A molécula de RNA é composta por uma única cadeia de


nucleotídeos, formando uma fita única.
Molécula de RNA
• As bases nitrogenadas do RNA são quatro no total, sendo:
Molécula de RNA
• A timina (T) só se apresenta no DNA, enquanto a uracila (U) só
se apresenta no RNA.
• Já a adenina, a guanina e a citosina são as bases nitrogenadas
encontradas tanto nos nucleotídeos do DNA quanto do RNA.
Molécula de RNA
• O açúcar ribose é o que compõe os nucleotídeos que formam o RNA,
sendo também formado por cinco carbonos.
• A diferença entre a ribose (encontrada no RNA) e a desoxirribose
(encontrada no DNA) é que a ribose tem um átomo de oxigênio a
mais do que a desoxirribose. Já o grupamento fosfato presente no
RNA tem composição igual ao daquele presente no DNA.
Tipos de RNA
1.O RNA mensageiro: RNA que contém a informação genética que
foi transcrita do DNA para formar a proteína.

2.O RNA transportador: RNA que transporta o aminoácido correto


para formar a proteína.

3.O RNA ribossômico: RNA que forma os ribossomos.


Cromossomos e cariótipo
• Os cromossomos dos seres eucariontes geralmente são estruturas
lineares e são originados da condensação da cromatina, portanto,
contêm a informação genética de cada indivíduo.
• Sua constituição é de DNA e proteínas, principalmente as histonas,
que participam do processo de compactação do DNA.
• Estão contidos no núcleo celular.
Cromossomos e cariótipo
• Sabemos que, durante a divisão celular, os cromossomos se
encontram no estado mais condensado na metáfase. Por isso, os
estudos com cromossomos são feitos com os cromossomos
metafásicos.
• Além disso, nesta etapa, já houve a duplicação do DNA.
• Em razão disso, os cromossomos são formados por duas moléculas-
filhas de DNA, denominadas cromátides, unidas em uma região de
estrangulamento pelo centrômero ou constrição primária.
Classificação do Cromossomo
Classificação do Cromossomo
• Na região do centrômero, cada cromátide apresenta uma estrutura
denominada cinetócoro, que tem função na migração dos
cromossomos durante a divisão celular.
• Nas extremidades dos cromossomos, é observada uma região com
sequências especiais de DNA, chamadas telômeros.
• Os telômeros mantêm os cromossomos estáveis, evitando que haja
adesão entre eles.
Cromossomos homólogos
• Nos organismos eucariontes, encontramos os cromossomos em
conjuntos e, nas espécies diploides (2n), as células somáticas
possuem dois conjuntos de cromossomos: um vindo do pai e outro
vindo da mãe.
• Os cromossomos originados do pai e da mãe, que possuem as
mesmas características, como forma, tamanho e posição do
centrômero, são denominados cromossomos homólogos e ocorrem
aos pares, tanto na espécie humana quanto em muitas outras.
Cromossomos homólogos
• A posição ocupada por cada gene dentro de um cromossomo é
denominada de locus gênico e os genes pertencentes aos
cromossomos homólogos que se localizam no mesmo locus são
chamados de genes alelos.
• Genes alelos determinam um mesmo caráter no indivíduo.
Número de cromossomos
• É específico para cada espécie, ou seja, difere de acordo com a
espécie do indivíduo.
• Na espécie humana, por exemplo, em células somáticas, que
são as diploides, há dois conjuntos de cromossomos, um
herdado do pai e um herdado da mãe, ou seja, são 23 pares que
somam 46 cromossomos. Já nas células sexuais, que são
células haploides com somente um grupo de cromossomos, há
apenas 23 cromossomos.
Cromossomos autossômicos e sexuais
• Podemos dividir os cromossomos em duas categorias,
que denominamos autossômicos e sexuais, pois
possuem funções diferentes no genoma de um
indivíduo.
• Os cromossomos sexuais, como o nome sugere, são
encarregados pela determinação do sexo do indivíduo.
Na espécie humana, que apresenta 46 cromossomos,
2 deles são cromossomos sexuais, que são
identificados como cromossomos X e Y. As mulheres
apresentam dois cromossomos X, enquanto os
homens apresentam um X e um Y.
Cromossomos autossômicos e sexuais
• Os cromossomos autossômicos estão
presentes em ambos os sexos e são
relacionados a características comuns, que não
estejam ligadas a fatores sexuais, formando o
conjunto genético do indivíduo.
• Os seres humanos possuem 44 cromossomos
autossômicos, que formam 22 pares.
Cariótipo
• O gene é uma porção de DNA cromossômico que possui
informações para a síntese de proteína, ou seja, contém uma
sequência específica de DNA que vai ser utilizada para produzir
uma proteína que desempenha uma função específica na célula
e no organismo.
• É importante ressaltar que cada espécie apresenta um número
específico de genes por cromossomo. O nome dado a este
conjunto de genes é genoma.
Cariótipo
• Na espécie humana, o genoma corresponde a 23 pares de
cromossomos, metade herdado do pai e metade da mãe. Sendo
assim, os 23 pares cromossômicos representam o cariótipo humano.
• Portanto, cariótipo é o nome referente ao conjunto de cromossomos,
que possui formas, tamanhos, números característicos e próprios por
espécie. Nos humanos, são 23 pares, em que 22 pares são
constituídos por cromossomos homólogos autossômicos e 1 par por
cromossomos sexuais (referentes à determinação do sexo do
indivíduo).
• É importante ressaltar que podem
ocorrer alterações em relação à
quantidade ou à estrutura dos
cromossomos, acarretando alguns
distúrbios.
• Um exemplo disso é a síndrome de
Down, ou trissomia do cromossomo
21, que ocorre em consequência da
não segregação dos cromossomos
homólogos do par 21.
Estudo do cariótipo
• Quando estudamos o cariótipo de um organismo, podemos constatar
a normalidade ou detectar a presença de anormalidade nos
cromossomos.
• As anormalidades dos cromossomos podem ser ocasionadas por
fatores mutagênicos (que causam mutações) e incluem monossomias
ou polissomias (alterações numéricas que culminam em ausência ou
adição de cromossomos inteiros).
Estudo do cariótipo
• O exame do cariótipo pode ser necessário quando há suspeita de
infertilidade, histórico de doenças genéticas na família, dentre outras
situações.
• Seu objetivo é analisar os cromossomos e suas regiões, a fim de
investigar possíveis alterações cromossômicas numéricas ou
estruturais.
• Tais alterações podem estar ligadas a uma série de doenças genéticas
constitucionais ou adquiridas durante a vida, como o câncer, por
exemplo.
Estudo do cariótipo
• Existem diferentes métodos para a realização desses exames,
dependendo do nível de investigação e da suspeita sobre condição
clínica do paciente.
• Porém, o princípio básico para a realização dos exames é por meio de
coleta de uma amostra de células do paciente, para que seja feita
cultura celular.
• A partir da cultura de células pode-se obter células em metáfase para
coloração dos cromossomos com bandeamento. E, por meio das
bandas cromossômicas, é possível a identificação de possíveis
alterações.
Ciclo celular: intérfase e mitose
• O ciclo celular é o processo responsável pela formação de duas
células-filhas a partir da divisão de uma célula-mãe. Ele tem duração
variável, que vai depender do tipo de célula. As células embrionárias,
por exemplo, possuem um ciclo celular que pode durar 30 minutos –
tempo considerado extremamente curto.
• O ciclo celular é fundamental para que ocorra o desenvolvimento dos
embriões, o crescimento dos organismos, a cicatrização, regeneração
e renovação dos tecidos, como a epiderme, por exemplo.
Ciclo celular: intérfase e mitose
• O ciclo celular possui duas etapas distintas: a intérfase (fases
G1, S e G2) e a mitose.
• Ambas são divididas em fases, de acordo com os eventos que
ocorrem em cada uma.
Intérfase
• Quando a célula-mãe se prepara para dividir-se em duas células-
filhas.

• G: Fase que inicia o ciclo celular, caracterizada pelo crescimento da


célula, por intensa biossíntese de novas organelas e síntese de
proteínas usadas na replicação do DNA. No final desta fase, ocorre o
primeiro ponto de verificação ou restrição, em que a integridade do
DNA é verificada. Caso seja verificado algum dano no DNA, o
sistema de reparo será acionado. Se não for possível o reparo, a
célula entrará em apoptose, evitando a formação de células-filhas
que possam comprometer os processos fisiológicos ou bioquímicos
do organismo. Caso o DNA esteja íntegro, ou tenha sido feito o
reparo de algum dano, a célula segue para a fase seguinte.
Intérfase
• S: Fase de replicação do DNA, em que ocorre redução da
síntese proteica da célula, mantendo a síntese das histonas,
que participarão da formação da cromatina a partir do DNA
sintetizado.

• G2: Fase que se inicia com o segundo ponto de verificação da


integridade do DNA. Durante esta fase, ocorre a síntese de
proteínas, destacando-se as tubulinas, que formarão os
microtúbulos do fuso mitótico, pois a célula entrará em mitose.
Mitose
• Quando ocorre a divisão
celular propriamente dita,
ou seja, a célula inicial
(ou célula-mãe) dá
origem a duas células-
filhas idênticas a ela.
Mitose
• é o processo de divisão celular em que uma célula inicial
diploide (2n) dá origem a duas novas células-filhas diploides
(2n), que são idênticas à célula-mãe (célula inicial).
• Neste tipo de divisão celular, as células-filhas possuem todo o
material genético da célula-mãe, um conjunto completo de
cromossomos iguais aos da célula-mãe.
• A mitose começa ao final da intérfase e tem duração
relativamente curta, se comparada com a própria intérfase. Em
células animais, a mitose dura cerca de uma hora, enquanto a
intérfase chega a durar 24 horas.
Divisão celular
A mitose é dividida nas seguintes fases
A mitose é dividida nas seguintes fases
A mitose é dividida nas seguintes fases
A mitose é dividida nas seguintes fases
A mitose é dividida nas seguintes fases
Mitose
• Na mitose, as células-filhas receberão o mesmo número de
cromossomos, com os mesmos genes da célula-mãe, sendo
cópias, ou seja, células iguais à célula-mãe.

• Funções da Mitose: multiplicação celular no desenvolvimento


embrionário, crescimento e regeneração de tecidos; pode ser usada
como processo de reprodução assexuada (clonagem).
Meiose
• Na meiose, serão produzidas sempre células com apenas metade
do número de cromossomos (n) do material genético da célula-mãe.
Logo, a meiose é um tipo de divisão celular eucariótica, onde serão
produzidas células haploides (n).

• São características da meiose:


• Reduz o número de cromossomos pela metade.
• Produz células-filhas haploides (n) geneticamente diferentes entre si e
da célula-mãe.
• Está restrita às células germinativas em animais e plantas
pluricelulares e origina as células sexuais ou gametas, em um
processo denominado gametogênese.
Meiose
• A meiose ocorre em
dois ciclos de divisão
celular e
nuclear, meiose
I e meiose II, com
apenas um episódio de
replicação do DNA.
Fases e características da meiose I
• Prófase I
• Nesta fase, ocorre o pareamento dos cromossomos paternos e
maternos, com a ocorrência de recombinação do material genético
entre eles. Este evento-chave da meiose faz com que a prófase I seja a
fase mais longa.
• A prófase I é subdividida nos seguintes estágios:
Prófase I
Prófase I
Prófase I
Prófase I
Fases e características da meiose II
• Esta etapa tem início quando os cromossomos se
descondensam completamente.
• A meiose II é também denominada meiose equacional, pois acontece
a separação das cromátides de um mesmo cromossomo. Com isso, é
mantido o número de cromossomos.
• Na citocinese, as células-filhas se separam, formando células
independentes.
• Comparando a mitose e a meiose II, observamos que ambas se
assemelham, porém, ao final da meiose II, as células-filhas formadas
apresentarão as recombinações ocorridas entre as cromátides
homólogas, o que não ocorre nas células-filhas resultantes da mitose.
Gametogênese
• A meiose é o mecanismo de divisão celular envolvido na
gametogênese. A gametogênese é o processo de formação de
gametas, que são originados a partir das células germinativas e
contêm as características genéticas do pai e da mãe, que serão
transmitidas às novas gerações, após a fecundação. Este fenômeno é
referente à reprodução sexuada.
• Em seres humanos, assim como nos animais em geral, existem dois
tipos de gametogênese: a espermatogênese (que origina gametas
masculinos) e a ovogênese (que origina gametas femininos).
Diferenciação celular
• É o processo pelo qual as células passam para se especializar em uma
função específica.
• Após a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, temos o
início da vida com a primeira célula do indivíduo, que passará em
seguida por diversas e sucessivas divisões mitóticas.
• Nesta altura do desenvolvimento embrionário, apresenta-se um
grupo de células designadas como células totipotentes, o que quer
dizer que são células indiferenciadas que podem dar origem a
qualquer tipo celular daquele ser vivo.
Diferenciação celular
• Embora todas as células apresentem as mesmas informações
genéticas, durante a diferenciação, grupos de genes vão sendo
ativados e outros são inibidos, conforme o destino das células
na sua especialização.
• Por isso, depois da diferenciação, as células passam a
desempenhar papéis diferentes, ou seja, passam a ter funções
distintas no organismo, de acordo com sua especialização.
Diferenciação celular
• Em resumo, cada tipo celular apresenta inibição ou ativação de
determinados grupos de genes, e isso é determinante na definição da
função que cada célula vai apresentar.
• O processo de diferenciação ainda não é totalmente explicado pela
ciência. Não se sabe ainda qual fator permite que tal processo se
inicie e o motivo de as células serem designadas para sua
especificidade. Não se sabe como a célula identifica o seu destino e
sua função no organismo. Contudo, é sabido que isso acontece
durante o desenvolvimento do embrião.
Diferenciação celular
• O processo de diferenciação da célula é geralmente irreversível, ou
seja, uma vez que a célula é designada para formar o coração, esta
dará origem somente a células cardíacas.
• Contudo, há registros de desdiferenciação ou transdiferenciação de
alguns tipos celulares, ou seja, quando outros tipos celulares são
formados a partir de células já diferenciadas (células maduras ou
especializadas).
• A desdiferenciação é mais comumente observada em células vegetais.
Diferenciação celular
• A expressão gênica tem controle sobre quatro mecanismos
durante o desenvolvimento do embrião, a fim de garantir a
diferenciação das células de maneira correta para formar o
indivíduo.
• Esses quatro mecanismos estão envolvidos com os seguintes
processos:
Células-tronco
• Caracterizam-se por apresentarem alta potencialidade, isto é,
alta capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares e
de se dividir continuamente.
• Estão presentes em algumas partes do organismo humano
adulto, como uma reserva – uma parcela dessas células pode
se direcionar para outro tecido que necessite, e se diferenciar
em algum tipo celular específico; enquanto o restante da
reserva se mantém totipotente.
Células-tronco
• Nos últimos anos, as células-tronco têm despertado o interesse
da área médica, por seu potencial terapêutico, especificamente
do tecido nervoso e da medula óssea.
• Sabe-se hoje que há regiões restritas do tecido nervoso com
pequenas populações de células proliferantes, quando se
acreditava que este era um tecido sem capacidade
proliferativa. Já as células-tronco da medula óssea vermelha
potencialmente podem originar todas as células do sangue e
outros tipos não sanguíneos.
Células-tronco
• A perspectiva do emprego das células-tronco da medula óssea,
de forma terapêutica para doenças sanguíneas e de outros
tecidos, amplia os recursos médicos, por exemplo, para
reconstituição de tecidos que tenham sido danificados por
doenças hereditárias ou adquiridas.
Sabe qual é a relação entre diferenciação
celular e câncer?
• O câncer é o resultado de alterações na estrutura e
funcionamento de genes que controlam o crescimento normal
e a diferenciação das células de determinado tecido de um
organismo.
• O câncer gera alteração drástica no sistema de regulação da
proliferação e da diferenciação celular.
• Na maioria dos tecidos, as células normais se dividem de forma
controlada, enquanto células cancerígenas se dividem de forma
descontrolada e apresentam proliferação desordenada, isto é,
para além das necessidades do tecido.
Morte Celular
• Quando pensamos em morte celular, muitos podem considerá-
la como um processo prejudicial para o organismo, como algo
negativo ou maléfico para o indivíduo.
• Embora em muitos casos a morte celular possa ocorrer como
resposta de um estímulo negativo, como mortes por lesões, na
maioria das situações, a morte celular é considerada
importante e positiva para o indivíduo.
Morte Celular
• Um exemplo para evidenciar a importância desse mecanismo é
que, durante a fase embrionária, embriões humanos
apresentam uma membrana entre os dedos, resultando em
mãos com formato de pá.
• É graças à morte celular organizada e controlada que os dedos
são separados e individualizados da maneira como
conhecemos no indivíduo ao nascer, se apresentando sem a
membrana interdigital.
• As membranas desapareceram devido à programação de suas
células, que são instruídas a morrer ainda no desenvolvimento
embrionário.
Tipos de Morte Celular
Tipos de Morte Celular
• Por necrose celular, quando as células morrem devido a situações de
injúria, isto é, sofrem estímulos que provocam danos irreversíveis e
acabam morrendo.

• Esses danos podem ser decorrentes de uma lesão física ou da ação de


produtos químicos e tóxicos, por exemplo.
• Também encontramos essa situação em algumas doenças
degenerativas, como é o caso da artrite reumatoide e a gota.
Tipos de Morte Celular
• Já a morte por apoptose ocorre quando as células são
estimuladas a morrer de forma programada.
• É uma morte que se dá com gasto de energia, configurando um
fenômeno espontâneo, como se as células cometessem
suicídio por efeito de sua função não ser mais necessária para
o organismo.
Tipos de Morte Celular
Tipos de Morte Celular
• A necrose se apresenta como uma morte mais desorganizada
e desencadeia resposta do sistema imunológico, gerando uma
inflamação.
• Já a apoptose é organizada e ocorre com a célula sendo
dividida em pequenas porções, que são recolhidas por outras
células, evitando a ativação de uma resposta imunológica
como reação ao processo.

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