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HISTÓRIA

DAS
ÓRTESES E
PRÓTESES
Disciplina: Prótese e órtese
Profª. Juliana Furtado
Prótese X Órtese
Prótese X Órtese

• PRÓTESE: Destinado a substituir um órgão, de um membro ou parte do membro


destruído ou gravemente acometido, ou seja, a pessoa que perdeu total ou
parcialmente um membro, precisa de uma prótese para substitui-lo.
• ÓRTESE: Destinado a suprir ou corrigir a alteração morfológica de um órgão, de um
membro ou de um segmento de um membro, ou a deficiência de uma função, ou seja ,
servem para auxiliar na movimentação de uma pessoa que possui um problema
físico em um membro ou parte dele.
Prótese X Órtese

TIPO PRÓTESES ÓRTESES

INTERNA Prótese articular, coração ou Marca-passo, material de


ligamento artificial sutura

EXTERNA Prótese para membros Muleta, colete, bengala


Prótese
Órtese
História das próteses e órteses

• São muito antigos registros do uso de próteses e órteses pelos seres humanos.
• Inicialmente as próteses serviam apenas para substituir o membro amputado,
contudo, na atualidade, elas melhoram a funcionalidade promovendo qualidade
de vida.
História das próteses e órteses

• Os primeiros registros datam de 2750 a 2625 a.C. onde homens utilizando próteses e
órteses foram retratados em pinturas da quinta dinastia egípcia e o dedo de um pé,
feito de madeira, foi encontrado durante o Império Novo.

• Além disso, arqueólogos russos encontraram o esqueleto de uma mulher que viveu
em 2300 a.C e que tinha uma prótese de pé feita com o pé de uma cabra e adaptado
ao coto por um encaixe feito pela própria pele dissecada do animal.
História das próteses e órteses

• Na Grécia Antiga também foram fabricados muitos dispositivos ortopédicos.


• O historiador grego Heródoto, 500 a.C. conta a história de um adivinho que
amputou o próprio pé para fugir dos espartanos que o tinha capturado, e o
substituiu por um de madeira.
• No século IV a.C. há relatos de que Hipócrates tenha fabricado vários aparelhos
ortopédicos e Galeno, médico e filósofo grego do século II d.C., escreveu sobre
órteses escolióticas
História das
próteses e órteses

Contudo foram as guerras que


impulsionaram a produção de órteses e
próteses para que os soldados pudessem
ser reabilitados e, em alguns casos,
voltassem para o campo de batalha.
História da amputação

• Você sabia que a amputação é considerada


a cirurgia mais antiga da história da
medicina?
• Porém, as primeiras referências de
amputação registradas são de V a.C., por
Hipócrates.
História da amputação

Amputação representa a remoção total


AMPUTAÇÃO ou parcial de um membro, sendo a
retirada geralmente de maneira
É uma palavra derivada do latim, com o
cirúrgica, em consequência de:
seguinte significado: ambi = ao redor
de/em volta de e putation = • problemas circulatórios,
podar/retirar • revisão de deformidade congênita
• traumatismo
• ablação de um tumor
História da amputação

Elevada taxa de
mortalidade

Dificuldade de controlar
Dificuldade de
a coagulação do sangue
cicatrização
(Hemostasia)

Deformação do coto
História da amputação

• A primeira amputação realizada com a técnica de cobertura muscular foi


feita, segundo Watson (1885), pelo cirurgião romano chamado Celsus, no
período da Idade Média (séc. XIV a XV).
• Esse período foi marcado por muitas perdas de membros devido a doenças
endêmicas, punições graves e pelos efeitos mutilantes da guerra.
História da amputação

Homeostase dos
membros
amputados
Ambroise Paré
(1510-1590)
Ligadura vascular
para conter o
sangramento
História da amputação

• No século XVIII, na Europa, a amputação foi o tipo de cirurgia mais realizado; e na


maioria dos casos a indicação era consequência de lesões vasculares graves e
fraturas expostas.
• Já o século XIX é marcado pelo avanço significativo nas técnicas cirúrgicas de
amputação, que por sinal são utilizadas até os dias de hoje.
• Entre esse desenvolvimento pode-se destacar a melhoria nas técnicas de
antissepsia, de anestesia, de uso de antibióticos e, principalmente, na cicatrização
e recuperação do coto.
História da amputação

No período da Primeira Guerra Mundial,


embora tenha ocorrido muita mutilação,
a amputação ficou em segundo plano e
foi dado ênfase nos detalhes de melhoria
da morfologia do coto.
História da amputação

• Já no período da Segunda Guerra Mundial, a amputação voltou a ter atenção


especial e novas pesquisas foram desenvolvidas sobre técnicas de amputação e,
assim, consequentemente, houve melhora no processo de protetização.
• O foco desta época era na recuperação do coto, o objetivo era deixá-lo o mais
funcional possível e proporcionar rápida recuperação do paciente.
História da amputação

Nos anos de 1950 até 1960, todas as amputações que ocorriam por algum tipo de
insuficiência vascular nos MMII eram realizadas acima da articulação do joelho,
porque se objetivava a cicatrização precoce, não se importando com a
funcionalidade do membro e do coto.
História da amputação

Já a partir de 1960, a situação se inverteu, os cirurgiões perceberam que, quanto


maior e preservado o coto, mais rápida era a recuperação do paciente, pois o
coto se tornava mais adaptável para a prótese, e o braço de alavanca durante a
marcha era maior, facilitando a deambulação com o uso de prótese.
História da amputação

• Atualmente, é comprovado que se deve preservar o coto o maior possível.


• Existe ainda grande preocupação no desenvolvimento de técnicas que
melhorem a cicatrização do coto tornando-o mais adaptável às próteses, e o
foco principal é o desenvolvimento de tipos de próteses com o principal
objetivo de melhorar a marcha e a volta o mais precoce possível da
deambulação.
História da amputação
Etiologias e epidemiologia

Estudos estatísticos 85% das amputações


ocorrem nos MMII

Complicações geradas
Idosos por doenças crônicas
degenerativas
História da amputação

Etiologias e epidemiologia
• 80% das amputações de MMII são decorrentes de doenças vasculares
periféricas e por diabetes.
• Já as amputações por causa traumática ocorrem na maioria das vezes por conta
de acidentes de trânsito e, também, armas de fogo.
• As amputações por trauma ocupam o segundo lugar de incidência, 20% das
amputações de MI, sendo 75% no sexo masculino.
SITUAÇÃO - PROBLEMA

• Uma senhora de 80 anos, diabética, com sequelas de AVC e perda de


deambulação devido ao quadro de hemiplegia, procurou, junto de sua filha, ajuda
médica para orientação a respeito de uma ferida no pé da paciente.
• A consulta foi realizada na UBS pertencente ao seu bairro.
• A filha relatou ao médico que a mãe é diabética e realiza acompanhamento numa
outra unidade, no bairro de sua irmã, onde sua mãe morava, porém, há um mês,
desenvolveu uma ferida no pé que vem piorando a cada dia.
• O médico avaliou a paciente, examinou a ferida e receitou apenas pomadas para
uso tópico, embora a paciente já demonstrasse sinais de infecção, pois estava
com febre, e a ferida parecia infeccionada.
SITUAÇÃO - PROBLEMA

• Após uma semana, a paciente foi internada na UTI em situação de emergência


por quadro de sepse e, depois de quatro dias, foi a óbito.
• Os médicos que a acompanharam naquela semana relataram à filha que, devido
às condições da ferida da paciente, já havia indicação de amputação, a qual se
tivesse sido realizada antes do quadro se agravar, a mãe teria resistido.

Analisando essa situação, responda:


1. Quais são os direitos de habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência?
2. Se você fosse o profissional a prestar esclarecimentos na UBS que a paciente
foi, primeiramente, atendida o que faria?

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