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1975 – Dr. Marino Schuler, o primeiro quiropraxista brasileiro, forma-se no Cleveland College
of Chiropractic - KC, onde viveu com sua família até 1981 quando retornou ao Brasil; em 1992
com a chegada de outros quiropraxistas brasileiros é fundada a Associação Brasileira de
Quiropraxia - ABQ; 1996 inicia-se os preparativos da parceria entre a ABQ, a Universidade
FEEVALE-RS e Palmer College of Chiropractic - USA para o programa de capacitação de
docentes para o primeiro curso de formação universitária em quiropraxia da América Latina que
teve a aula inaugural em fevereiro de 2000; com duração de cinco anos, pela primeira vez na
história do Brasil, por meio da Universidade Anhembi Morumbi e Universidade FEEVALE
foi outorgado o título de bacharel quiropraxista para bacharéis em curso de formação
universitária específica na área de acordo com o consenso internacional de educação em
quiropraxia, em conformidade com o Ministério da Educação - MEC, e com as Diretrizes da
Organização Mundial da Saúde para Formação e Segurança em Quiropraxia.
o https://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-32852
o https://www.passeidireto.com/arquivo/67487617/historia-da-quiropraxia-1920-a-2004/4
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o “A Resolução 220/2001 do COFFITO, ao reconhecer a quiropraxia como especialidade
da fisioterapia, extrapolou as competências administrativas fiscalizatórias conferidas ao
COFFITO e aos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional pela Lei nº
6.316, de 17/12/75” ...
o ... “Na medida em que a atuação dos Conselhos Profissionais não pode ocorrer fora dos
limites da lei, se a lei vigente (Lei nº 6.316, de 17/12/75)” ... ... “revela-se ilegal a
Resolução nº 220/ COFFITO.” gn.
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acupuntura por profissionais não médicos... da qual a MMª. Juíza Federal Dra. Vânia Hack
de Almeida, reiterada pelo voto do Desembargador Federal Luís Alberto D'Azevedo Aurvalle,
compreende que as normas editadas pelo COFFITO não interferem nas atribuições dos
profissionais da área de medicina. APELAÇÃO CÍVEL Nº 5027564-03.2013.404.7100/RS
o “Acupuntura, quiropraxia e osteopatia podem ser praticadas por fisioterapeutas e
terapeutas ocupacionais.”
O contexto está abarcado na tese do diagnóstico médico:
o “Como se observa, o diagnóstico realizado por um profissional fisioterapeuta não
invade a atividade dos médicos, sendo investigações diversas.”
o “No caso em tela, friso que as atividades de acupuntura, quiropraxia e osteopatia não
são regulamentadas, o que indica a ampla aplicação da garantia fundamental ao
livre exercício das mencionadas atividades. Desta forma, não há
ilegalidade/inconstitucionalidade nas normas expedidas pelo COFFITO no sentido de
regularizar a prática das referidas atividades pelos fisioterapeutas e terapeutas
ocupacionais, o que NÃO obsta todas as demais profissões da área da saúde de
igualmente atuarem neste âmbito.” gn.
o https://www.conjur.com.br/dl/trf-admite-pratica-acupuntura.pdf
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Ocorre que desde àquela época existem profissionais do ramos da fisioterapia que alegam com
especulações equivocadas que a regulamentação de profissão de quiropraxista no Brasil estaria
invadindo a área do profissional fisioterapeuta tirando dele alguns direitos, tais informações revelam-se
bastante equivocadas visto que: 1º - a regulamentação da profissão de quiropraxista no Brasil não
é para que dê ao bacharel quiropraxista o direito ao seu exercício profissional, como visto, esse
direito já está estabelecido junto ao cenário brasileiro a mais de 20 anos por meio do Ministério da
Educação, Ministério do Trabalho, Ministério da Saúde e a própria lei do direito adquirido. Esse
profissional já é estabelecido no país com direito até de tributação e de registro na própria
atividade do bacharel quiropraxista.
Portanto, a regulamentação da profissão não é para dar ao bacharel direito ao exercício profissional, o
objetivo da regulamentação da profissão de quiropraxista no Brasil é para não permitir que má
informação seja colocada no mercado e para que cidadãos brasileiros não sejam enganosamente
tratados por profissionais que se dizem quiropraxistas sem ter passado pela devida formação na
área.
Ocorre ainda uma confusão criada por profissionais que não são devidamente formados que alegam
que a terapia manipulativa articular que é a técnica utilizada pela quiropraxia também é uma prática da
fisioterapia, como vimos, na informação da Federação Internacional de Fisioterapia Manipulativa, a
terapia manual não é prática exclusiva do fisioterapeuta e tão pouco do quiropraxista, existem padrões
que diferem essas profissões que não devem ser confundidas.
A única forma de se tornar quiropraxista no Brasil e no mundo, é por meio de uma graduação,
visto que quiropraxia não é o nome de uma técnica, é o nome de uma profissão, é um título
outorgado por meio de uma formação universitária.
Por mais que um profissional, por exemplo, estude tudo de medicina, de doenças, de farmacologia, este
nunca vai deter o título de médico antes de passar pela formação universitária em medicina e ser
aprovado no curso, pode até deter bastante conhecimento sobre o tema, mas o título de profissional
médico não lhe será outorgado sem que faça a formação.
Assim em todas as áreas do saber no país, só é possível obter o título de bacharel quiropraxista por
meio da formação universitária.
O fisioterapeuta nunca estará impedido de exercer a terapia manipulativa articular conforme
preconizado pelos órgãos internacionais da profissão de fisioterapia e fisioterapia manipulativa
ortopédica.
A prática da quiropraxia só é legítima por meio da formação universitária em quiropraxia.
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Reconhecimento
Os quiropraxistas brasileiros têm profundo respeito e admiração pelo trabalho dos bons fisioterapeutas
que têm feio a diferença na vida de tantos no nosso país, inclusive aos fisioterapeutas que são
especialistas em terapia manipulativa articular. O que nós rechaçamos, não concordamos e realmente
repudiamos, são aqueles fisioterapeutas que não são graduados em quiropraxia e têm se valido do
nome da nossa profissão como uma prática daquilo que eles não são preparados para executar. Haja
visto que temos fantásticos fisioterapeutas especialistas em outras áreas que estão no programa de
segunda titulação em quiropraxia em universidade reconhecida na área e, dessa forma adquirindo
habilidade, competência e sobre tudo o direito de se identificar também como quiropraxista.
Agradecimentos:
Ao concluir essa síntese sobre a legalidade da Quiropraxia no Brasil, queremos deixar registrado, em
nome dos quiropraxistas brasileiros o nosso reconhecimento e agradecimento àqueles que
voluntariamente, muitas vezes no anonimato têm auxiliado no processo de regulamentação, nas
questões jurídicas e acadêmicas da profissão.
Agradecemos também aos coordenadores e coordenadoras dos cursos de quiropraxia junto a
Universidade Anhembi Morumbi e da Universidade FEEVALE desde 1998, bem como as respectivas
reitorias e diretórios acadêmicos; agradecemos em especial aos diretores da Associação Brasileira de
Quiropraxia desde 1992, a Federação Latino Americana de Quiropraxia e Federação Mundial de
Quiropraxia, que não mediram esforços para estruturar a formação e prática da quiropraxia no Brasil de
forma legítima e distinta como praticado em dezenas de países sendo regulamentada por lei específica
na maioria deles, conforme o berço da profissão nos EUA em 1895.