Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Técnico em Enfermagem
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados,
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até
cinco dias úteis para respondê-lo (a).
O Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei
nº 5.905, de 12 de julho de 1973, e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen nº 421,
de 15 de fevereiro de 2012, e
CONSIDERANDO que nos termos do inciso III do artigo 8º da Lei 5.905, de 12 de julho de 1973,
compete ao Cofen elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando necessário,
ouvidos os Conselhos Regionais;
CONSIDERANDO que o Código de Deontologia de Enfermagem deve submeter-se aos dispositivos
constitucionais vigentes;
CONSIDERANDO a Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada pela Assembleia Geral
das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra (1949), cujos postulados estão
contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiras (1953, revisado em 2012);
CONSIDERANDO a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos (2005);
CONSIDERANDO o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem
(1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993, reformulado em 2000 e 2007), as
normas nacionais de pesquisa (Resolução do Conselho Nacional de Saúde - CNS nº 196/1996), revisadas
pela Resolução nº 466/2012, e as normas internacionais sobre pesquisa envolvendo seres humanos;
CONSIDERANDO a proposta de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
consolidada na 1ª Conferência Nacional de Ética na Enfermagem - 1ª CONEENF, ocorrida no período de
07 a 09 de junho de 2017, em Brasília - DF, realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem e
Coordenada pela Comissão Nacional de Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de
Enfermagem, instituída pela Portaria Cofen nº 1.351/2016;
CONSIDERANDO a Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha) que cria mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição
Federal e a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, que estabelece a notificação compulsória, no
território nacional, nos casos de violência contra a mulher que for atendida em serviços de saúde públicos
e privados;
CONSIDERANDO a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.741, de 01 de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso;
CONSIDERANDO a Lei nº. 10.216, de 06 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
CONSIDERANDO a Lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes;
CONSIDERANDO as sugestões apresentadas na Assembleia Extraordinária de Presidentes dos
Conselhos Regionais de Enfermagem, ocorrida na sede do Cofen, em Brasília, Distrito Federal, no dia 18
de julho de 2017, e
CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do Conselho Federal de Enfermagem em sua 491ª
Reunião Ordinária,
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, conforme o anexo desta
Resolução, para observância e respeito dos profissionais de Enfermagem, que poderá ser consultado
através do sítio de internet do Cofen (www.cofen.gov.br).
Art. 2º Este Código aplica-se aos Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem,
Obstetrizes e Parteiras, bem como aos atendentes de Enfermagem.
1
http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-5642017_59145.html - Acesso em 18/02/2020.
Art. 4º Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por proposta de 2/3
dos Conselheiros Efetivos do Conselho Federal ou mediante proposta de 2/3 dos Conselhos Regionais.
Parágrafo Único. A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria,
coordenada pelos Conselhos Regionais, sob a coordenação geral do Conselho Federal de Enfermagem,
em formato de Conferência Nacional, precedida de Conferências Regionais.
Art. 5º A presente Resolução entrará em vigor 120 (cento e vinte) dias a partir da data de sua
publicação no Diário Oficial da União, revogando-se as disposições em contrário, em especial a
Resolução Cofen nº 311/2007, de 08 de fevereiro de 2007.
PREÂMBULO
O Conselho Federal de Enfermagem, ao revisar o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem -
CEPE, norteou-se por princípios fundamentais, que representam imperativos para a conduta profissional
e consideram que a Enfermagem é uma ciência, arte e uma prática social, indispensável à organização
e ao funcionamento dos serviços de saúde; tem como responsabilidades a promoção e a restauração da
saúde, a prevenção de agravos e doenças e o alívio do sofrimento; proporciona cuidados à pessoa, à
família e à coletividade; organiza suas ações e intervenções de modo autônomo, ou em colaboração com
outros profissionais da área; tem direito a remuneração justa e a condições adequadas de trabalho, que
possibilitem um cuidado profissional seguro e livre de danos. Sobretudo, esses princípios fundamentais
reafirmam que o respeito aos direitos humanos é inerente ao exercício da profissão, o que inclui os direitos
da pessoa à vida, à saúde, à liberdade, à igualdade, à segurança pessoal, à livre escolha, à dignidade e
a ser tratada sem distinção de classe social, geração, etnia, cor, crença religiosa, cultura, incapacidade,
deficiência, doença, identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, convicção política, raça ou
condição social.
Inspirado nesse conjunto de princípios é que o Conselho Federal de Enfermagem, no uso das
atribuições que lhe são conferidas pelo Art. 8º, inciso III, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, aprova
e edita esta nova revisão do CEPE, exortando os profissionais de Enfermagem à sua fiel observância e
cumprimento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A Enfermagem é comprometida com a produção e gestão do cuidado prestado nos diferentes
contextos socioambientais e culturais em resposta às necessidades da pessoa, família e coletividade.
O profissional de Enfermagem atua com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais,
técnico-científico e teórico-filosófico; exerce suas atividades com competência para promoção do ser
humano na sua integralidade, de acordo com os Princípios da Ética e da Bioética, e participa como
integrante da equipe de Enfermagem e de saúde na defesa das Políticas Públicas, com ênfase nas
políticas de saúde que garantam a universalidade de acesso, integralidade da assistência, resolutividade,
preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização
político-administrativa dos serviços de saúde.
O cuidado da Enfermagem se fundamenta no conhecimento próprio da profissão e nas ciências
humanas, sociais e aplicadas e é executado pelos profissionais na prática social e cotidiana de assistir,
gerenciar, ensinar, educar e pesquisar.
Art. 1º Exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e
ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos
e dos direitos humanos.
Art. 2º Exercer atividades em locais de trabalho livre de riscos e danos e violências física e psicológica
à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade humana e à proteção dos direitos dos profissionais de
enfermagem.
Art. 10 Ter acesso, pelos meios de informação disponíveis, às diretrizes políticas, normativas e
protocolos institucionais, bem como participar de sua elaboração.
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu
exercício profissional.
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer
condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as
situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por
meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.
Art. 14 Aplicar o processo de Enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar,
avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade.
Art. 15 Exercer cargos de direção, gestão e coordenação, no âmbito da saúde ou de qualquer área
direta ou indiretamente relacionada ao exercício profissional da Enfermagem.
Art. 16 Conhecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão que envolvam pessoas e/ou local de
trabalho sob sua responsabilidade profissional.
Art. 18 Ter reconhecida sua autoria ou participação em pesquisa, extensão e produção técnico-
científica.
Art. 19 Utilizar-se de veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos para conceder
entrevistas, ministrar cursos, palestras, conferências, sobre assuntos de sua competência e/ou divulgar
eventos com finalidade educativa e de interesse social.
Art. 20 Anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e competências técnico-
científicas e legais.
Art. 21 Negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de
suas atividades profissionais.
Art. 22 Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética
e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
Art. 23 Requerer junto ao gestor a quebra de vínculo da relação profissional/usuários quando houver
risco à sua integridade física e moral, comunicando ao Coren e assegurando a continuidade da
assistência de Enfermagem.
CAPÍTULO II
DOS DEVERES
Art. 26 Conhecer, cumprir e fazer cumprir o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e
demais normativos do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art. 29 Comunicar formalmente, ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que envolvam recusa
e/ou demissão de cargo, função ou emprego, motivado pela necessidade do profissional em cumprir o
presente Código e a legislação do exercício profissional.
Art. 32 Manter inscrição no Conselho Regional de Enfermagem, com jurisdição na área onde ocorrer
o exercício profissional.
Art. 33 Manter os dados cadastrais atualizados junto ao Conselho Regional de Enfermagem de sua
jurisdição.
Art. 38 Prestar informações escritas e/ou verbais, completas e fidedignas, necessárias à continuidade
da assistência e segurança do paciente.
Art. 39 Esclarecer à pessoa, família e coletividade, a respeito dos direitos, riscos, benefícios e
intercorrências acerca da assistência de Enfermagem.
Art. 40 Orientar à pessoa e família sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de
exames e de outros procedimentos, respeitando o direito de recusa da pessoa ou de seu representante
legal.
Art. 43 Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade da pessoa, em todo seu ciclo vital e nas
situações de morte e pós-morte.
Art. 44 Prestar assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança, mesmo em caso
de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria.
Parágrafo único. Será respeitado o direito de greve e, nos casos de movimentos reivindicatórios da
categoria, deverão ser prestados os cuidados mínimos que garantam uma assistência segura, conforme
a complexidade do paciente.
Art. 46 Recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica na qual não constem assinatura e
número de registro do profissional prescritor, exceto em situação de urgência e emergência.
§ 1º O profissional de Enfermagem deverá recusar-se a executar prescrição de Enfermagem e Médica
em caso de identificação de erro e/ou ilegibilidade da mesma, devendo esclarecer com o prescritor ou
outro profissional, registrando no prontuário.
§ 2º É vedado ao profissional de Enfermagem o cumprimento de prescrição à distância, exceto em
casos de urgência e emergência e regulação, conforme Resolução vigente.
Art. 52 Manter sigilo sobre fato de que tenha conhecimento em razão da atividade profissional, exceto
nos casos previstos na legislação ou por determinação judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa
envolvida ou de seu representante ou responsável legal.
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento
da pessoa envolvida.
§ 2º O fato sigiloso deverá ser revelado em situações de ameaça à vida e à dignidade, na defesa
própria ou em atividade multiprofissional, quando necessário à prestação da assistência.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a
autoridade e, se for o caso, declarar suas razões éticas para manutenção do sigilo profissional.
§ 4º É obrigatória a comunicação externa, para os órgãos de responsabilização criminal,
independentemente de autorização, de casos de violência contra: crianças e adolescentes; idosos; e
pessoas incapacitadas ou sem condições de firmar consentimento.
§ 5º A comunicação externa para os órgãos de responsabilização criminal em casos de violência
doméstica e familiar contra mulher adulta e capaz será devida, independentemente de autorização, em
caso de risco à comunidade ou à vítima, a juízo do profissional e com conhecimento prévio da vítima ou
do seu responsável.
Art. 53 Resguardar os preceitos éticos e legais da profissão quanto ao conteúdo e imagem veiculados
nos diferentes meios de comunicação e publicidade.
Art. 59 Somente aceitar encargos ou atribuições quando se julgar técnica, científica e legalmente apto
para o desempenho seguro para si e para outrem.
Art. 61 Executar e/ou determinar atos contrários ao Código de Ética e à legislação que disciplina o
exercício da Enfermagem.
Art. 62 Executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que
não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
Art. 63 Colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem a legislação e
princípios que disciplinam o exercício profissional de Enfermagem.
Art. 64 Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso diante de qualquer forma ou tipo de violência
contra a pessoa, família e coletividade, quando no exercício da profissão.
Art. 65 Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou
demissão motivada pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a legislação do
exercício profissional; bem como pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de
concorrência desleal.
Art. 66 Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de qualquer instituição ou estabelecimento
congênere, quando, nestas, não exercer funções de enfermagem estabelecidas na legislação.
Art. 67 Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e coletividade, além do que lhe é
devido, como forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer
natureza para si ou para outrem.
Art. 69 Utilizar o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ou induzir ordens, opiniões,
ideologias políticas ou qualquer tipo de conceito ou preconceito que atentem contra a dignidade da pessoa
humana, bem como dificultar o exercício profissional.
Art. 70 Utilizar dos conhecimentos de enfermagem para praticar atos tipificados como crime ou
contravenção penal, tanto em ambientes onde exerça a profissão, quanto naqueles em que não a exerça,
ou qualquer ato que infrinja os postulados éticos e legais.
Art. 71 Promover ou ser conivente com injúria, calúnia e difamação de pessoa e família, membros das
equipes de Enfermagem e de saúde, organizações da Enfermagem, trabalhadores de outras áreas e
instituições em que exerce sua atividade profissional.
Art. 72 Praticar ou ser conivente com crime, contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja
postulados éticos e legais, no exercício profissional.
Art. 73 Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação, exceto nos casos
permitidos pela legislação vigente.
Parágrafo único. Nos casos permitidos pela legislação, o profissional deverá decidir de acordo com a
sua consciência sobre sua participação, desde que seja garantida a continuidade da assistência.
Art. 75 Praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou naquelas expressamente
autorizadas na legislação, desde que possua competência técnica-científica necessária.
Art. 78 Administrar medicamentos sem conhecer indicação, ação da droga, via de administração e
potenciais riscos, respeitados os graus de formação do profissional.
Art. 79 Prescrever medicamentos que não estejam estabelecidos em programas de saúde pública e/ou
em rotina aprovada em instituição de saúde, exceto em situações de emergência.
Art. 81 Prestar serviços que, por sua natureza, competem a outro profissional, exceto em caso de
emergência, ou que estiverem expressamente autorizados na legislação vigente.
Art. 82 Colaborar, direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde ou áreas vinculadas, no
descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização humana,
reprodução assistida ou manipulação genética.
Art. 83 Praticar, individual ou coletivamente, quando no exercício profissional, assédio moral, sexual
ou de qualquer natureza, contra pessoa, família, coletividade ou qualquer membro da equipe de saúde,
seja por meio de atos ou expressões que tenham por consequência atingir a dignidade ou criar condições
humilhantes e constrangedoras.
Art. 84 Anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa comprovar.
Art. 85 Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das organizações da categoria.
Art. 86 Produzir, inserir ou divulgar informação inverídica ou de conteúdo duvidoso sobre assunto de
sua área profissional.
Parágrafo único. Fazer referência a casos, situações ou fatos, e inserir imagens que possam
identificar pessoas ou instituições sem prévia autorização, em qualquer meio de comunicação.
Art. 88 Registrar e assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que suas
ações sejam assinadas por outro profissional.
Art. 89 Disponibilizar o acesso a informações e documentos a terceiros que não estão diretamente
envolvidos na prestação da assistência de saúde ao paciente, exceto quando autorizado pelo paciente,
representante legal ou responsável legal, por determinação judicial.
Art. 90 Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional quando
solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem e/ou Comissão de Ética de Enfermagem.
Art. 91 Delegar atividades privativas do(a) Enfermeiro(a) a outro membro da equipe de Enfermagem,
exceto nos casos de emergência.
Parágrafo único. Fica proibido delegar atividades privativas a outros membros da equipe de saúde.
Art. 93 Eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada aos pacientes sob seus cuidados
realizados por alunos e/ou estagiários sob sua supervisão e/ou orientação.
Art. 97 Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins diferentes dos
objetivos previamente estabelecidos.
Art. 98 Publicar resultados de pesquisas que identifiquem o participante do estudo e/ou instituição
envolvida, sem a autorização prévia.
Art. 100 Utilizar dados, informações, ou opiniões ainda não publicadas, sem referência do autor ou
sem a sua autorização.
Art. 101 Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das quais tenha ou não participado
como autor, sem concordância ou concessão dos demais partícipes.
Art. 102 Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou coautor em
obra técnico-científica.
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 103 A caracterização das infrações éticas e disciplinares, bem como a aplicação das respectivas
penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.
Art. 104 Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique em
desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
bem como a inobservância das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem.
Art. 105 O(a) Profissional de Enfermagem responde pela infração ética e/ou disciplinar, que cometer
ou contribuir para sua prática, e, quando cometida(s) por outrem, dela(s) obtiver benefício.
Art. 106 A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise do(s) fato(s), do(s) ato(s)
praticado(s) ou ato(s) omissivo(s), e do(s) resultado(s).
Art. 107 A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo
Ético-Disciplinar vigente, aprovado pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Art. 108 As penalidades a serem impostas pelo Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem,
conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:
I - Advertência verbal;
II - Multa;
III - Censura;
IV - Suspensão do Exercício Profissional;
V - Cassação do direito ao Exercício Profissional.
§ 1º A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada
no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.
§ 2º A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da
anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.
Art. 109 As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício
profissional, são da responsabilidade do Conselho Regional de Enfermagem, serão registradas no
prontuário do profissional de Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de
competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art. 18, parágrafo primeiro,
da Lei n° 5.905/73.
Parágrafo único. Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem
e nos casos de cassação do exercício profissional, terá como instância superior a Assembleia de
Presidentes dos Conselhos de Enfermagem.
Art. 111 As infrações serão consideradas leves, moderadas, graves ou gravíssimas, segundo a
natureza do ato e a circunstância de cada caso.
§ 1º São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de
qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou
instituições ou ainda que causem danos patrimoniais ou financeiros.
§ 2º São consideradas infrações moderadas as que provoquem debilidade temporária de membro,
sentido ou função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 3º São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de morte, debilidade permanente
de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as que causem danos
mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
§ 4º São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem a morte, debilidade permanente de
membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa.
CAPÍTULO V
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
Art. 114 As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas, cumulativamente,
quando houver infração a mais de um artigo.
Art. 115 A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido
nos artigos:, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 46, 48, 47, 49, 50, 51, 52, 53,
54, 55, 56, 57,58, 59, 60, 61, 62, 65, 66, 67, 69, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91,
92, 93, 94, 95, 98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 116 A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 28,
29, 30, 31, 32, 35, 36, 38, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69,
70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97,
98, 99, 100, 101 e 102.
Art. 117 A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos:
31, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 57, 58, 59, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67,68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77,
78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 97, 99, 100, 101 e 102.
Art. 118 A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que
está estabelecido nos artigos: 32, 41, 42, 43, 44, 45, 50, 51, 52, 59, 61, 62, 63, 64, 68, 69, 70, 71, 72, 73,
74, 75, 76, 77, 78,79, 80, 81, 82, 83, 85, 87, 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95.
Art. 119 A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações
ao que está estabelecido nos artigos: 45, 64, 70, 72, 73, 74, 80, 82, 83, 94, 96 e 97.
Questões
01. (UFG - Enfermeiro - CS/UFG/2018) De acordo com a nova Resolução COFEN n. 564/2017, que
aprovou o novo Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem,
(A) é um dos deveres dos profissionais de enfermagem exercer atividades em locais de trabalho livre
de riscos e danos de violências física e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito à dignidade
humana e à proteção dos direitos dos profissionais de enfermagem.
(B) é classificada como infração grave aquela que provocar no paciente debilidade temporária de
membro, sentido ou função ou ainda a que causar danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros.
(C) é um direito dos profissionais, de acordo com a sua consciência, a decisão sobre a sua participação
ou não em prática destinada a antecipar a morte de pessoa em estado terminal, podendo suspender a
continuidade da assistência.
(D) constitui um direito dos profissionais a suspensão das atividades, individuais ou coletivas, quando
o local de trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a
legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo formalizar
imediatamente a decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho
Regional de Enfermagem.
02. (SETRABES - Agente Sócio Geriátrico - UERR/2018) O novo Código de Ética (Resolução
COFEN Nº 564/2017) possui V capítulos. O I descreve os direitos e o II os deveres. Marque a alternativa
abaixo que descreve sobre os Direitos.
(A) Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu
exercício profissional.
(B) Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respeito, na solidariedade e na diversidade
de opinião e posição ideológica.
(C) Apor nome completo e/ou nome social, ambos legíveis, número e categoria de inscrição no
Conselho Regional de Enfermagem, assinatura ou rubrica nos documentos, quando no exercício
profissional.
Gabarito
01.D / 02.A
Comentários
01. Resposta: D
Art. 13 Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer
condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as
situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por
meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem.
02. Resposta: A
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS
...
Art. 12 Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu
exercício profissional.
Lei nº 7.498/1986
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas
legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde
ocorre o exercício.
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de
Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de
habilitação.
Art. 5º (VETADO).
2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7498.htm - Acesso em 18/02/2020.
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo
serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução
simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, quando exercidas em instituições de saúde,
públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e
supervisão de Enfermeiro.
Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal,
do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de
pessoal de enfermagem, de todos os graus, os preceitos desta lei.
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à
harmonização das situações já existentes com as disposições desta lei, respeitados os direitos adquiridos
quanto a vencimentos e salários.
Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data
de sua publicação.
JOSÉ SARNEY
Almir Pazzianotto Pinto
Questões
01. (HUB - Multiprofissional em Atenção Básica – CESPE/2017) Com base na lei do exercício
profissional de enfermagem, julgue os itens que se seguem. Cuidados diretos de enfermagem de
pacientes graves com risco de vida são atividades privativas do enfermeiro.
( ) Certo ( )Errado
02. (BA UFSB/BA – Enfermeiro – 2017) Sobre a Lei do Exercício Profissional, é correto afirmar:
(A) O profissional de Enfermagem deve responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades
profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.
(B) É facultado ao profissional de Enfermagem permitir que suas ações sejam assinadas por outrem.
(C) É vedado ao profissional de Enfermagem executar prescrição medicamentosa e terapêutica onde
não conste a assinatura do médico, mesmo em situações de emergência.
(D) É vedado ao profissional de Enfermagem provocar aborto ou cooperar em prática destinada a
interromper a gestação em qualquer circunstância.
05. (IF-PE – Enfermeiro – IF-PE/2016) A Lei 7.498/86 dispõe sobre o exercício profissional da
Enfermagem. O enfermeiro(a) exerce todas as atividades de enfermagem, destacando-se que algumas
delas são privativas somente desse profissional. Assinale a alternativa que apresenta tais atividades.
(A) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde.
(B) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada
pela instituição de saúde.
(C) execução do parto sem distócia.
(D) participação na equipe de saúde.
(E) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida.
06. (TJ/DF e Território - Enfermagem – CESPE) A atuação dos técnicos em enfermagem está
fundamentada em um conjunto de práticas sociais, éticas e políticas, tendo por base leis e códigos que
regem as condutas desses profissionais. Acerca desse assunto, julgue os próximos itens. A enfermagem
é exercida privativamente pelo enfermeiro, pelo técnico de enfermagem, pelo auxiliar de enfermagem e
pela parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação segundo a Lei n.º 7.498/1986, a qual dispõe
sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências.
( ) Certo ( )Errado
07. (UFPEL - Auxiliar de Enfermagem - UFPel-CES) A respeito da lei nº 7.498/86, que regulamenta
o exercício profissional na enfermagem, é permitido ao auxiliar de enfermagem
(A) realizar consulta de enfermagem.
(B) prestar cuidados diretos a pacientes com risco de vida.
(C) participar de projetos de construção e de reforma de unidades de internação.
(D) executar ações de tratamento simples.
(E) realizar auditoria de enfermagem.
08. (Prefeitura de São José dos Campos/SP - Enfermeiro – VUNESP) De acordo com a Lei n°
7.498/86, que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem, emissão de parecer sobre
matéria de enfermagem é
(A) privativa do enfermeiro.
(B) compartilhada entre enfermeiros e técnicos de enfermagem.
(C) livre para todos os profissionais de enfermagem.
(D) privativa do enfermeiro ocupante de cargo de chefia.
(E) livre entre os profissionais responsáveis técnicos de enfermagem.
10. (UFC – Enfermeiro – Instituto AOCP) Segundo a Lei n° 7.498/1986 ao enfermeiro incumbe,
privativamente,
(A) organização e direção dos serviços de higiene e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços.
(B) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria bioquímica
(C) prescrição da assistência médica
(D) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida com prescrição de
medicações.
(E) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.
12. (TRE/RN - Técnico Judiciário – Enfermagem) Segundo a Lei n° 7.498/86 que trata do exercício
de enfermagem, ao assistir o enfermeiro, cabe ao técnico de enfermagem a
(A) prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência à saúde.
(B) realização de episiotomia e episiorrafia durante o parto com aplicação de anestesia local quando
necessária.
(C) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em
rotina aprovada pela instituição de saúde.
(D) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem.
(E) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
enfermagem.
13. (IFC-SC – Enfermeiro - IFC) De acordo com a Lei nº 7.498/86, de 25 de junho de 1986, que dispõe
sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem, cabe ao enfermeiro, privativamente:
(A) Execução do parto sem distocia.
(B) Participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde.
(C) Participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde.
(D) Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida.
(E) Prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada
pela instituição de saúde.
14. (UFPR - Auxiliar de Enfermagem - NC-UFPR) A lei nº 7.498/86, de 25 de junho de 1986, dispõe
sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e define, no Art. 13, que o auxiliar de enfermagem
exerce atividades de nível médio, cabendo-lhe especialmente:
1. Participar da programação da assistência de enfermagem.
2. Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas.
3. Executar ações de tratamento simples.
4. Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente.
5. Participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.
6. Participar da equipe de saúde.
15. (PC-MG – Enfermagem - FUMARC) De acordo com a Lei 7.498/86, que dispõe sobre a
Regulamentação do Exercício da Enfermagem e dá outras providências, o enfermeiro exerce todas as
atividades de enfermagem, cabendo-lhe privativamente:
I – Organização e direção de serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços.
II – Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de
enfermagem.
III – Cuidados indiretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida.
IV – Consulta de enfermagem.
Gabarito
01.Certo / 02.A / 03.E / 04.C / 05.E / 06.Certo / 07.D / 08.A / 09.Certo / 10.E / 11.D / 12.A / 13.D /
14.B / 15.A
Comentários
02. Resposta: A.
Complementando e corrigindo as demais alternativas:
b) É proibido ao profissional de enfermagem assinar ações que não executou, bem como permitir
que suas ações sejam assinadas por outro profissional (Das relações com os trabalhadores de
enfermagem, saúde e outros).
c) É um direito recursar-se a executar prescrição onde não conste a assinatura e o número de
registro do profissional, erro ou ilegibilidade, exceto em situações de urgência e emergência (Das
relações com os trabalhadores de enfermagem, saúde e outros).
d) PROIBIÇÃO: Art. 28 – Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a
gestação.
03. Resposta: E.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
b) organização e direção dos serviços de enfermagem [...]
04. Resposta: C.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
05. Resposta: E.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
As demais alternativas estão como parte integrante da equipe de saúde.
07. Reposta: D.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades [...]
b) executar ações de tratamento simples;
08. Resposta: A.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
10. Resposta: E.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades [...]
I - privativamente:
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base
científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
11. Resposta: D.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades [...]
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
12. Resposta: A.
No Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
II - como integrante da equipe de saúde:
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a
assistência de enfermagem;
As demais alternativas são privativas do Enfermeiro.
13. Resposta: D.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
14. Resposta: B.
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da
assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
15. Resposta: A.
Art. 11. O Enfermeiro exerce [...]
I - privativamente:
l) Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida.
Decreto nº 94.406/1987
Decreto nº 94.406/873
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e
dá outras providências
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o Art. 81, item III, da Constituição,
e tendo em vista o disposto no Art. 25 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986,
3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D94406.htm - Acesso em 18.02.2020.
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico, atribuídas
à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência de
Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância
epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante
a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras “”i”” e “”o”” do item II do Art. 8º.
Art. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe
de Enfermagem, cabendo-lhe:
I – preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de
Enfermagem, tais como:
- ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
- realizar controle hídrico;
- fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde;
V – integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e
médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a
saúde;
VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes:
VIII – participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 13 – As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão,
orientação e direção de Enfermeiro.
Art. 15 – Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e
dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação
de pessoal de Enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de
Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único – Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação com
o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes
com as disposições deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Questões
02. (Instituto AOCP - Enfermeiro - EBSERH) De acordo com o decreto 94.406/1987, que
regulamenta a lei 7498/86, são atribuições do enfermeiro obstétrico, EXCETO
(A) prescrição da assistência de enfermagem.
(B) realização de parto com distocia.
(C) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação.
(D) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre a matéria de Enfermagem.
(E) realização de episiorrafia com aplicação de anestesia local quando necessário
03. (FUNRIO - IF-PA) Segundo o Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987 que Regulamenta a Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências,
o Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, atribuídas à equipe de
enfermagem, cabendo-lhe as discriminadas abaixo, EXCETO:
(A) ministrar medicamentos por via oral e parenteral.
(B) fazer curativos.
(C) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar.
(D) executar consulta de enfermagem.
(E) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico.
05. (FAUEL Técnico de Enfermagem CISMEPAR PR) Os profissionais técnicos em enfermagem são
pessoas qualificadas que desenvolvem ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde. Colaboram com o atendimento das necessidades de saúde dos pacientes e comunidade, em todas
as faixas etárias. De acordo com o Decreto 94.406/87, que regulamenta o exercício da enfermagem, cabe
ao técnico de enfermagem as seguintes tarefas, EXCETO:
(A) Executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas do Enfermeiro e as
referidas no artigo 9º deste Decreto.
(B) Assistir ao Enfermeiro na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado
grave.
(C) Cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.
(D) Como integrante da equipe de saúde cabe a participação nos programas de higiene e segurança
do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho.
Gabarito
01. Resposta: B
Art. 8º – Ao enfermeiro incumbe:
I – privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou
privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas
empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de
Enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) consulta de Enfermagem;
f) prescrição da assistência de Enfermagem;
g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos
adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
II – como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina
aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro das respectivas
comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam
ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem;
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de
vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos
específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência
- obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do
indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, particularmente
nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de
doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contrarreferência do
paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de Enfermagem, nos concursos
para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem.
02. Resposta: B
A- Correta. Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte integrante do programa de
enfermagem.
B- Incorreta. O parto que o enfermeiro obstetra está autorizado a executar e assistir é o sem distocia.
Portanto, a alternativa ao afirmar que o enfermeiro estaria apto a executar parto com distocia está em
desacordo com o disposto no Decreto.
Art. 8º, II, l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem
distocia;
C- Correta. Art. 8º, I, d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
D- Correta. Art. 9º, III - realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local,
quando necessária.
04. Resposta: B.
Art. 10, II - executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do enfermeiro
e as referidas no art. 9º deste Decreto;
05. Resposta: C
A atribuição descrita na alternativa “C” é do Enfermeiro.
Art. 8º, I, h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos
científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
Prezado (a) candidato (a), a Portaria 1.600/2011- Reformula a Política Nacional de Atenção às
Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS) foi revogada
pela Portaria de Consolidação 3/2017. Assim, disponibilizaremos a portaria vigente, no que consiste o
presente assunto. Bons estudos.
Para organizar uma rede4 que atenda aos principais problemas de saúde dos usuários na área de
urgência e emergência de forma resolutiva, é necessário considerar o perfil epidemiológico e demográfico
brasileiro, no qual se evidencia, segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da
Saúde (SVS/MS), uma alta morbimortalidade relacionada às violências e aos acidentes de trânsito entre
jovens até os 40 anos e, acima desta faixa, uma alta morbimortalidade relacionada às doenças do
aparelho circulatório, como o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC).
4
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_instrutivo_rede_atencao_urgencias.pdf
Como mencionado, entre as principais causas de óbito e internações em nossa população estão as
doenças do aparelho circulatório (DAC), os acidentes e as diversas formas de violência, além das
neoplasias (SVS, 2010). Entretanto, já se observam tendências recentes de redução da mortalidade por
Tendo-se em vista esta tripla carga de doenças (causas externas, doenças crônicas não
transmissíveis, com destaque para as doenças cardiovasculares e, ainda, uma carga de doenças
infecciosas), é importante a implementação da Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE), de
forma a articular e integrar todos os equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de
forma ágil e oportuna, em todo o território nacional, respeitando-se os critérios epidemiológicos e de
densidade populacional.
A RUE, como rede complexa e que atende a diferentes condições (clínicas, cirúrgicas, traumatológicas,
em saúde mental etc.), é composta por diferentes pontos de atenção, de forma a dar conta das diversas
ações necessárias ao atendimento às situações de urgência.
Desse modo, é necessário que seus componentes atuem de forma integrada, articulada e sinérgica.
Além disso, de forma transversal a todos os componentes, devem estar presentes o acolhimento, a
qualificação profissional, a informação e a regulação de acesso.
Assim, com o objetivo principal de reordenar a atenção à saúde em situações de urgência e
emergência de forma coordenada pela atenção básica, é necessário muito mais do que a ampliação da
rede de serviço: é necessário, de forma qualificada e resolutiva, o desenvolvimento de ações de promoção
da saúde e prevenção de doenças e agravos, de diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados
paliativos.
Questões
01. (EBSERH - Enfermeiro - CESPE/2018) Julgue o item seguinte, relativo à política nacional de
atenção às urgências e à rede de atenção às urgências derivadas dessa política.
Um dos critérios considerados na implantação da rede de atenção às urgências é o da densidade
populacional.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito
01.Certo
Comentários
[...]
ANEXO III
Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE) (Origem: PRT MS/GM 1600/2011)
Art. 1º Este Anexo institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS).
(Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 1º)
LIVRO I
DAS DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
(Origem: PRT MS/GM 1600/2011, CAPÍTULO I)
Art. 2º Constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: (Origem: PRT MS/GM 1600/2011,
Art. 2º)
5
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0003_03_10_2017.html - Acesso 18/02/2020.
Art. 3º Fica organizada, no âmbito do SUS, a Rede de Atenção às Urgências. (Origem: PRT MS/GM
1600/2011, Art. 3º)
§ 1º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e integrar todos os
equipamentos de saúde, objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários
em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde, de forma ágil e oportuna. (Origem: PRT
MS/GM 1600/2011, Art. 3º, § 1º)
§ 2º A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada, gradativamente, em todo território
nacional, respeitando-se critérios epidemiológicos e de densidade populacional. (Origem: PRT MS/GM
1600/2011, Art. 3º, § 2º)
§ 3º O acolhimento com classificação do risco, a qualidade e a resolutividade na atenção constituem
a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e devem ser
requisitos de todos os pontos de atenção. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 3º, § 3º)
§ 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular, cerebrovascular
e traumatológica. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 3º, § 4º)
Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: (Origem: PRT
MS/GM 1600/2011, Art. 4º)
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, I)
II - Atenção Básica em Saúde; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, II)
LIVRO II
DOS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E SEUS OBJETIVOS
(Origem: PRT MS/GM 1600/2011, CAPÍTULO II)
Art. 5º O Componente Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde tem por objetivo estimular e
fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a vigilância e
prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não
transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade visando a
promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art.
5º)
Art. 6º O Componente Atenção Básica em Saúde tem por objetivo a ampliação do acesso,
fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e emergências, em
ambiente adequado, até a transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção, quando
necessário, com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades. (Origem: PRT
MS/GM 1600/2011, Art. 6º)
Art. 7º O Componente Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de
Regulação Médica das Urgências tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um
agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, entre
outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário, garantir
atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado
ao SUS. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 7º)
Parágrafo Único. O Componente de que trata o caput deste artigo pode se referir a atendimento
primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento secundário quando a
solicitação partir de um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento
necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro
serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art.
7º, Parágrafo Único)
Art. 8º O Componente Sala de Estabilização deverá ser ambiente para estabilização de pacientes
críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de
saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento à rede de
atenção a saúde pela central de regulação das urgências. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 8º)
Parágrafo Único. O Componente de que trata o caput deste artigo não se caracteriza como novo
serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade
de atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art.
8º, Parágrafo Único)
Art. 9º O Componente Força Nacional de Saúde do SUS objetiva aglutinar esforços para garantir a
integralidade na assistência em situações de risco ou emergenciais para populações com
vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso, pautando-se pela equidade na atenção,
considerando-se seus riscos. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 9º)
Art. 10. O Componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
urgência 24 horas está assim constituído: (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 10)
I - a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o estabelecimento de saúde de complexidade
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar, devendo com
estas compor uma rede organizada de atenção às urgências; e (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 10,
I)
Art. 11. O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas
enfermarias de retaguarda, pelos leitos de cuidados intensivos, pelos serviços de diagnóstico por imagem
e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 11)
Art. 12. O Componente Atenção Domiciliar é compreendido como o conjunto de ações integradas e
articuladas de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, que ocorrem no
domicílio, constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde que acontece no território e reorganiza o
processo de trabalho das equipes, que realizam o cuidado domiciliar na atenção primária, ambulatorial e
hospitalar. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 12)
[...]
Questões
01. (IF-RJ - Enfermeiro - FCM/2017) São componentes da Rede de Atenção às Urgências do Sistema
Único de Saúde, descritos na Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, EXCETO:
(A) Unidades de Pronto Atendimento e Hospital.
(B) Saúde suplementar e Centrais de Regulação Médica.
(C) Sala de Estabilização e Força Nacional de Saúde do SUS.
(D) Atenção Domiciliar e Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde.
(E) Atenção Básica em Saúde e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
03. (TER-PR - Área Enfermagem - FCC) A Portaria nº 1600/11 reformula a Política Nacional de
Atenção às Urgências, institui a Rede de Atenção às Urgências e seus componentes, no Sistema Único
de Saúde. Cabe ao componente Sala de Estabilização
(A) garantir a assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde, na estabilização de
pacientes críticos ou graves, e eventual encaminhamento à rede de atenção à saúde pela central de
regulação das urgências.
(B) realizar o atendimento domiciliar para estabilização em situações emergenciais de risco de
populações com vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso.
(C) Limitar o acesso, o fortalecimento do vínculo e a responsabilização, no primeiro cuidado, para
estabilização das urgências e emergências.
(D) realizar o atendimento precoce em via pública da vítima com agravo à saúde, garantindo o
transporte adequado ao serviço de saúde para estabilização.
(E) desenvolver atendimento integrado com diferentes nações em situações de estabilização de
catástrofes.
Comentários
01.Resposta: B
Art. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: (Origem: PRT
MS/GM 1600/2011, Art. 4º)
I - Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, I)
II - Atenção Básica em Saúde; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, II)
III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica
das Urgências; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, III)
IV - Sala de Estabilização; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, IV)
V - Força Nacional de Saúde do SUS; (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, V)
VI - Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas;
(Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, VI)
VII - Hospitalar; e (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, VII)
VIII - Atenção Domiciliar. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 4º, VIII)
02. Resposta: B
Art. 10. O Componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de
urgência 24 horas está assim constituído: (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 10)
I - a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o estabelecimento de saúde de complexidade
intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar, devendo com
estas compor uma rede organizada de atenção às urgências; e (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 10,
I)
II - as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de Serviços de Urgência 24 Horas
não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por
quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza
cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial,
definindo, em todos os casos, a necessidade ou não, de encaminhamento a serviços hospitalares de
maior complexidade. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 10, II)
03. Resposta: A
Art. 8º O Componente Sala de Estabilização deverá ser ambiente para estabilização de pacientes
críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de
saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento à rede de
atenção à saúde pela central de regulação das urgências. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art. 8º)
Parágrafo Único. O Componente de que trata o caput deste artigo não se caracteriza como novo
serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade
de atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde. (Origem: PRT MS/GM 1600/2011, Art.
8º, Parágrafo Único)
Unidade Cirúrgica
Cirurgia ou operação é o tratamento de doença, lesão ou deformidade externa e/ou interna com o
objetivo de reparar, corrigir ou aliviar um problema físico. É realizada na sala de cirurgia do hospital e em
ambulatório ou consultório, quando o procedimento for considerado simples.
Dependendo do risco de vida, a cirurgia pode ser de emergência, urgência, programada ou
opcional. Como por exemplo:
Cirurgia Segura
Relaciona-se com as medidas tomadas para que sejam reduzidos os riscos de eventos alheios aos
que possam ocorrer antes, durante e depois das cirurgias. São incidentes que acarretam danos aos
pacientes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) firmou um programa que garanta a segurança em cirurgias,
voltado na verificação de itens referentes ao procedimento cirúrgico. Tem como objetivo garantir que a
cirurgia seja realizada conforme o planejado, atendendo a alguns requisitos básicos: paciente,
procedimento, lateralidade (lado a ser operado), posicionamento e equipamentos.
A sala de cirurgia ou operação deve ter cantos arredondados para facilitar a limpeza; as paredes, o
piso e as portas devem ser laváveis e de cor neutra e fosca. O piso, particularmente, deve ser de material
condutivo, ou seja, de proteção contra descarga de eletricidade estática; as tomadas devem possuir
sistema de aterramento para prevenir choque elétrico e estar situadas a 1,5m do piso.
As portas devem ter visor e tamanho que permita a passagem de macas, camas e equipamentos
cirúrgicos. As janelas devem ser de vidro fosco, teladas e fechadas quando houver sistema de ar
condicionado. A iluminação do campo operatório ocorre através do foco central ou fixo e, quando
necessário, também pelo foco móvel auxiliar.
O lavabo localiza-se em uma área ao lado da SO e é o local onde a equipe cirúrgica faz a degermação6
das mãos e antebraços com o uso de substâncias degermantes antissépticas, com a ação mecânica da
escovação.
As torneiras do lavabo devem abrir e fechar automaticamente ou através do uso de pedais, para evitar
o contato das mãos já degermadas. Acima do lavabo localizam-se os recipientes contendo a solução
degermante e um outro, contendo escova esterilizada.
Após a passagem pelo SO, o cliente é encaminhado à sala de RPA (Recuperação Pós-Anestésica)
a qual deve estar localizada de modo a facilitar o transporte do cliente sob efeito anestésico da SO para
a RPA, e desta para a SO, na necessidade de uma reintervenção cirúrgica; deve possibilitar, ainda, o fácil
acesso dos componentes da equipe que operou o cliente.
Considerando-se a necessidade de se ter materiais em condições para pronto uso bem como evitar a
circulação desnecessária de pessoal e equipamentos dentro e fora da área do CC, recomenda-se a
6
Ato de redução ou remoção parcial dos microrganismos da pele, ou outros tecidos por métodos quimio-mecânicos. É o que se faz quando é realizada a
higienização das mãos usando água, sabão e escova.
Tipos de Anestesia
A anestesia é um estado de relaxamento, perda da sensibilidade e dos reflexos, de forma parcial ou
total, provocada pela ação de drogas anestésicas. Seu objetivo é evitar a dor e facilitar o ato operatório
pela equipe cirúrgica. Na anestesia geral ocorre, também, um estado de inconsciência.
O anestesista é o médico responsável por avaliar o cliente no pré-operatório, prescrever a medicação
pré-anestésica, administrar a anestesia, controlar as condições do cliente durante a cirurgia e assistir o
cliente na sala de recuperação pós-anestésica.
As drogas anestésicas podem produzir anestesia em todo o corpo (anestesia geral) ou em partes dele
(anestesias local, raquiana e peridural).
Na anestesia geral, administra-se o anestésico por via inalatória, endovenosa - ou combinado
(inalatória e endovenosa), com o objetivo de promover um estado reversível de ausência de sensibilidade,
relaxamento muscular, perda de reflexos e inconsciência devido à ação de uma ou mais drogas no
sistema nervoso.
A raquianestesia é indicada para as cirurgias na região abdominal e membros inferiores, porque o
anestésico é depositado no espaço subaracnoide da região lombar, produzindo insensibilidade aos
estímulos dolorosos por bloqueio da condução nervosa.
Na anestesia peridural, o anestésico é depositado no espaço peridural, ou seja, o anestesista não
perfura a dura-máter. O anestésico se difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as
raízes nervosas.
Na anestesia local, infiltra-se o anestésico nos tecidos próximos ao local da incisão cirúrgica. Utilizam-
-se anestésicos associados com a adrenalina, com o objetivo de aumentar a ação do bloqueio por
vasoconstrição e prevenir sua rápida absorção pela corrente circulatória.
A anestesia tópica está indicada para alívio da dor da pele lesada por feridas, úlceras e traumatismos,
ou de mucosas das vias aéreas e sistema geniturinário.
Através do corredor interno do CC, o cliente é transportado em maca - sempre as grades levantadas
para evitar quedas acidentais - até a sala de cirurgia.
Na sala de operação, o circulante deve receber o cliente tentando diminuir a ansiedade deste,
procurando transmitir-lhe confiança, segurança e tranquilidade. Para evitar erros, repete os mesmos
cuidados de conferência de dados prévios à entrada no CC.
Após conferir os dados do prontuário, o cliente deve ser transferido da maca para a mesa cirúrgica,
tendo-se o cuidado de posicionar corretamente os frascos de solução, drenos e sondas, caso existam.
Ao posicionar o suporte de braço (para a infusão endovenosa) sob o colchonete da mesa cirúrgica,
deve-se ter o cuidado de colocar o braço do cliente num ângulo inferior a 90o em relação ao corpo, para
evitar dores musculares e articulares no pós-operatório.
Em razão da probabilidade de ocorrer hipotensão arterial provocada pela anestesia e/ou perdas
sanguíneas durante o ato operatório, é necessário controlar a pressão arterial pelo monitor ou aparelho
de pressão arterial.
O cliente pode apresentar hipotermia devido à baixa temperatura da SO, administração de líquidos
gelados, feridas ou cavidades abertas e diminuição da atividade muscular. Para corrigir essa
intercorrência, administrar soluções mornas e trocar os campos molhados por outros secos, já que os
tecidos molhados promovem a perda de calor.
Como o cliente está anestesiado e, portanto, incapacitado para se defender de qualquer tipo de
agressão física, é dever da equipe médica e de enfermagem assegurar-lhe um ato operatório seguro,
prestando alguns cuidados específicos, entre outros: anestésico administrado na dosagem certa para
evitar a dor; manter os olhos do cliente ocluídos, para evitar úlceras de córnea; atentar para o
posicionamento do cliente, de modo a evitar escaras e dor no pós-operatório; evitar extravasamento de
solução para fora da veia.
O circulante, além de auxiliar o anestesista no posicionamento do cliente, também auxilia - quando
necessário - no suprimento de material - e durante a cirurgia comunica e registra as alterações do que
observou.
Compete ao cirurgião - ou assistente - posicionar corretamente o cliente para o ato cirúrgico, cabendo
ao circulante da sala auxiliá-los no procedimento ou realizá-lo sob orientação médica. O cliente deve estar
posicionado de forma anatômica, possibilitando boas condições de respiração e evitando distensões
musculares, compressão de vasos, nervos e saliências ósseas.
Também é atribuição do circulante ajudar os integrantes da equipe cirúrgica a se paramentarem. Para
tanto, no momento de vestir o avental, o circulante deve se posicionar de frente para as costas do membro
da equipe que está se paramentando, introduzir as mãos nas mangas do avental - pela parte interna - e
puxar até que os punhos cheguem aos pulsos; amarrar as tiras ou amarilhos do decote do avental, receber
os cintos pela ponta e amarrar; posteriormente, apresentar as luvas.
Quando for necessário mudar a posição do cliente durante a cirurgia, deve-se evitar movimentos
rápidos e bruscos, porque a mudança repentina de posição pode ocasionar hipotensão arterial.
Os registros são feitos em impresso próprio, anotando-se os medicamentos, soluções, sangue,
equipamentos usados, intercorrências com o cliente, nome da operação e da equipe cirúrgica, bem como
início e término da cirurgia. Ao final desta, desliga-se o foco e aparelhos, afastam-se os equipamentos e
aparelhos da mesa cirúrgica, removem-se os campos, pinças e outros materiais que estiverem sobre o
cliente. Até que este seja transportado para a recuperação pós-anestésica ou unidade cirúrgica, não pode
ser deixado sozinho, devido ao risco de quedas acidentais ou intercorrências pós-cirúrgicas.
Durante a transferência da SO para a RPA, UTI ou unidade de internação, deve-se ser cuidadoso com
a mudança do cliente da mesa cirúrgica para a maca, observando a necessidade de agasalhá-lo, a
manutenção do gotejamento das infusões venosas, as condições do curativo e o funcionamento de
sondas e drenos.
O encaminhamento do cliente à RPA, normalmente, é feito pelo circulante da sala, junto com o
anestesista.
Antes de providenciar a limpeza da sala cirúrgica, o circulante deve separar a roupa usada na cirurgia
e encaminhá-la ao expurgo, após verificar se não há instrumentais misturados. Os materiais de vidro,
borracha, cortantes, instrumentais e outros devem ser separados e encaminhados para limpeza e
esterilização, ou jogados no saco de lixo, encaminhando-os, lacrados, para o devido setor, sempre
respeitando as medidas de prevenção de acidentes com perfuro-cortantes.
Com relação a impressos, ampolas ou frascos vazios de medicamentos controlados, os mesmos
devem ser encaminhados para os setores determinados.
Ao final da cirurgia, normalmente, o cirurgião ou outro profissional que tenha participado de sua
realização informa os familiares sobre o ato cirúrgico e o estado geral do cliente.
A classificação do material cirúrgico segue, portanto esse mesmo caminho: diérese, preensão,
hemostasia, exposição, especial e síntese.
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL CIRÚRGICO
TIPO FUNÇÃO EXEMPLOS
Diérese Corte, divulsão Bisturi, tesoura
Preensão Apanhar estruturas Pinça anatômica e dentes de rato
Hemostasia Pinçamento de vasos Pinças hemostáticas (Halsted, Kelly Tc)
Exposição Afastamento de tecidos Afastadores (Farabeuf, Gosset etc.)
Pinça de Abadie - cirurgia gástrica
Especial Própria
Pinça de Potts - cirurgia vascular
Síntese União de tecidos Porta-agulhas, agulhas
Preensão: agrupam-se todos aqueles destinados a prender e segurar vísceras ou órgãos, como as
pinças “Babcock”, “Allis”, “Collin”, “Duval”, etc.
- Pinças de dissecção: são instrumentos destinados a agarrar tecidos. Ferramentas auxiliares que
geralmente são usadas pela mão esquerda, empunhadas como se fossem um lápis. O modelo "dentes
de rato" é usado para procedimentos na pele ou para agarrar materiais como campo e borrachas. O outro
modelo, anatômico, possui estrias transversais nas faces internas das pontas, e é usado em
procedimentos diversos.
As pinças de coprostase são pinças longas, de haste maleável usadas para contenção dos fluídos
intestinais.
As pinças de “Foerster” e “Cheron” são longas, usadas como transportadoras de gases para curativos
em profundidade. O “Cheron” é muito usada na antissepsia da pele do doente.
Reta Curva
As pinças como “Abadie” utilizado nas gastrectomias, pinças de “Randall” para extração de cálculos
das vias biliares, etc.
Síntese: são os instrumentos destinados a fazer a reunião dos tecidos. São compostos basicamente
de porta-agulhas e agulhas. O primeiro apresenta uma ponta destinada à apreensão da agulha e um cabo
que gradua o fechamento do instrumento. Pode ter ponta reta, curva ou angulada. A agulha cirúrgica é
A agulha de corpo circular e ponta cônica é chamada comumente de agulha cilíndrica - usada e
aplicada em quase todos os tecidos. Quando a agulha tem que atravessar estruturas endurecidas, usa-
se então a agulha de corpo cilíndrico e ponta triangular. A agulha de corpo de secção triangular é chamada
de agulha cortante e geralmente associada também uma ponta prismática triangular. Penetra facilmente
nos tecidos, sendo mais traumática que a cilíndrica. Olho da agulha é o furo transversal da agulha para
passagem do fio. As agulhas que possuem olho são chamadas de traumáticas; as que não o possuem
são as atraumáticas. Podem ser retas e curvas. O seu tamanho é ditado pela dimensão do campo
operatório e pelo tipo de tecido que vai ser suturado.
Os porta-agulha são utilizados para manusear agulhas e fios na síntese dos tecidos. Os dois tipos
básicos são o “Hegar” e o “Mathieu”. As pinças de campo como “Backhaus”.
Fios Cirúrgicos
Os fios cirúrgicos se apresentam com ou sem agulhas, e sua numeração varia de 1 a 5 e de 0-0 a 12-
0 (doze-zero). São classificados em absorvíveis e não absorvíveis.
- Fios absorvíveis: como o próprio nome indica, são absorvidos pelo organismo após determinado
período. O catgut é de origem animal (do intestino delgado dos bovinos), podendo ser simples ou
cromado. O catgut simples é indicado para os tecidos de rápida cicatrização, com absorção total em 2 a
3 semanas; o catgut cromado devido à impregnação com sais de ácido crômico, é totalmente absorvido
em 6 meses.
- Fios não absorvíveis: permanecem encapsulados (envolvidos por tecido fibroso) nas estruturas
internas e nas suturas de pele; devendo ser removidos entre o 7° e o 10° dia pós-operatório. Podem ser
de origem animal, como a seda; de origem vegetal, como o algodão e linho; de origem sintética, como o
nylon, perlon, poliéster; ou de origem mineral, como o fio de aço.
Para suturar as estruturas internas (tecidos internos e órgãos), utilizam-se os fios absorvíveis, sendo
que o algodão está indicado para ligar vasos sanguíneos e aponeurose, o fio de aço para suturar ossos
e os de origem sintética para a sutura de pele. A seda é geralmente utilizada nas pessoas que,
provavelmente, terão dificuldade no processo de cicatrização (obesos, desnutridos, diabéticos ou aqueles
com abdome volumoso), casos em que a sutura é realizada com pontos subtotais.
O sangramento de capilares pode ser estancado pela aplicação de substância hemostática no local.
Podemos citar, como exemplo, a cera para osso - utilizada para estancar o sangramento ósseo nas
cirurgias ortopédicas e neurocirurgias.
Outro recurso é o bisturi elétrico, que pode ser utilizado com a função de coagulação e secção (corte)
dos tecidos, através da aplicação local de descargas elétricas.
Organização da Mesa
A montagem da mesa cirúrgica tem o objetivo de facilitar e organizar o trabalho do cirurgião. É uma
forma de racionalizar o ato cirúrgico tornando-o mais eficiente.
Organização da mesa da direita para esquerda dividindo-se a mesa cirúrgica em doze partes ou
áreas:
Na área 1, coloca-se o bisturi com a lâmina para baixo a esquerda. Certas operações requerem tipos
especiais de bisturis.
Na área 2, são colocadas as tesouras curvas delicadas (“Metzenbaum”) e forte (“Mayo”) com as
pontas viradas para a instrumentadora e curvatura para baixo, contra a mesa.
Na área 3, são colocadas as pinças hemostáticas tipo “Kelly” do mesmo modo que as tesouras. De
preferência curavas e no mínimo de seis a oito. Como o sentido de tomada é da direita para a esquerda
por questão de economia de espaço acham-se sobrepostas, estando a da direita superiormente colocada
em relação às outras e assim sucessivamente.
A área 4, também denominada de área de uso versátil; colocam-se instrumentos do tipo “Mixter” (2
a 4), “Moynihan” (2 a 4), e outros do tipo hemostático, de acordo com a cirurgia.
Na área 8, colocam-se pinças de preensão de tipo “Babcock” (4), “Allis” (4) e “Duval” (2 a 4), ou outros
instrumentos complementares do mesmo tipo, ditados pelas necessidades da intervenção cirúrgica em
causa.
Instrumentador Cirúrgico7
Como qualquer dos outros elementos da equipe, a instrumentadora deverá reger-se por normas de
conduta pertinente à sua posição, bem como guardar sigilo profissional.
Instrumentação8
O bloco cirúrgico é composto pelo cirurgião, anestesista, enfermeiro e, finalmente, pelo instrumentador.
É uma área de pouco trânsito no hospital, longe da área de contaminação e é onde todo o trabalho
cirúrgico do hospital deve concentrar-se. Ë importante criar uma rotina de trabalho nesse local, o que
minimiza o risco de erro. No bloco, deve haver um local com o material previamente solicitado pelo
cirurgião, separado pela enfermeira de sala. A estrutura do bloco é direcionada para o indivíduo destro.
Há a enfermeira circulante, encarregada de buscar materiais e exercer tarefas por todo o bloco
cirúrgico. Pode então deslocar-se por toda a sala. O 1o auxiliar tem a função de expor o campo
cirúrgico/operatório ao cirurgião, ficando do lado oposto a ele. Pode ainda realizar algum ato cirúrgico.
Cirurgias maiores necessitam de maior número de auxiliares. O anestesista deve ficar na cabeceira da
mesa de operação, monitorando o paciente anestesiado.
A mesa, antes de receber os instrumentos cirúrgicos, deve ser forrada por uma camada de borracha
e um campo duplo sobre essa lâmina. A colocação dos instrumentos na mesa de instrumentação dos
mesmos: diérese, preensão, hemostasia, exposição, especial e síntese.
7
http://www.acervosaber.com.br
8
MAGALHÃES, H. P. Técnica cirúrgica e cirurgia experimental. São Paulo: Ed. Sarvier, 1993.
Equipe Cirúrgica: As pessoas separadamente ao entrar na sala de cirurgia caso algumas deixa a sala
condição estéril será perdida, para que volte a sala deverá usar capote, vestir e calçar as luvas;
Circulante: é profissional de enfermagem que deverá ficar de apoio na cirurgia, porém ficara uma
distância segura dos campos estéreis;
Colocação do Campo: devem ser presos a superfície coberta e cobrir ambos os lados:
- Os campos esterilizados são mantidos na posição com o uso de pinças ou de material aderente, e
não devem ser movimentados durante a cirurgia;
- Material estéril, os pacotes devem serem abertos com facilidade, os braços de circulantes não devem
esbarrar em campos esterilizados;
- Soluções devem ficar na altura que não encostem nas luvas do cirurgião.
Posicionamento na mesa Cirúrgica: dependerá do procedimento a ser feito, bem como do estado
físico do paciente:
- Permanecer em uma posição confortável;
- A área cirúrgica deverá ficar exposta;
- Não deverá haver pressão sobre os vasos;
- Os suportes dos ombros devem ser acolchoados para evitarem a lesão do nervo, especialmente na
posição de Trendelemburg;
- Precauções de segurança devem ser observadas em pacientes: idosos, obesos ou magros;
- O paciente necessita de contenção gentil antes da indução e em caso de agitação também.
Posições Cirúrgicas:
1. Decúbito Dorsal: Braço ao lado da mesa com a palma da mão voltada para baixo, o outro é
cuidadosamente posicionado sobre um suporte para infusão venosa;
2. Posição de Trendelemburg: A posição é geralmente utilizada para cirurgias do abdômen inferior e
da pelve, pois promove a boa exposição da área deslocando os intestinos para o abdômen superior.
Nesta posição a cabeça e o corpo são rebaixados e os joelhos fletidos.
3. Posição de Litotomia: Deitado de costas e colchas flexionados em ângulo reto a posição é mantida
os pés nos estribos;
4. Cirurgias Renais: O paciente é colocado sobre o lado não operatório, na posição de Sims, com o
travesseiro de ar de 12,5 a 15cm.
Recuperação Pós-Anestésica9
9
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. Enfermagem em Centro Cirúrgico. Manole, 2016.
Considerando-se que a assistência ao paciente na SRPA deve abarcar a avaliação periódica das
funções respiratória, cardiovascular e neuromuscular, do estado mental, da temperatura, da dor, de
náuseas e vômitos, do volume de líquido infundido, do volume de diurese e drenagem/sangramento os
aparelhos comumente utilizados para uma adequada avaliação do paciente são:
- Oxímetro de pulso;
- Monitor cardíaco para avaliação do Eletrocardiograma (ECG);
- Aparelho para medida da Pressão Arterial Sistêmica (PAS) e da Pressão Arterial Média (PAM) não
invasiva e invasiva;
- Dispositivo para aferir a Pressão Venosa Central (PVC);
- Termômetro digital;
- Medicamentos de rotina utilizados relacionados à reanimação cardiovascular;
- Desfibrilador para ressuscitação cardiopulmonar;
- Material para intubação e traqueostomia;
- Ventilador mecânico, máscaras e cateteres de oxigênio;
- Capnógrafo;
- Material para inserção de Cateter Venoso Central (CVC);
- Soros para reposição de volume e hidratação;
- Bomba de infusão;
- Sistema de ar forçado aquecido e cobertores;
- Medicamentos de emergência, analgesia e sedação, assim como seus antagonistas;
- Material para sondagem vesical e gástrica.
Terminologias Cirúrgicas
Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por um prefixo, que designa a parte do corpo
relacionada com a cirurgia, e por um sufixo, que indica o ato cirúrgico realizado, deste modo seguem
algumas raízes:
Prefixos + Sufixos
Oto - ouvido
Oftalmo - olho
Rino - nariz
Bléfaro - pálpebra
Adeno - glândula
Traqueo - traqueia
Cárdia - esfíncter esofagogástrico
Gastro - estômago
Êntero - intestino delgado
Cólon - intestino grosso
Hepato - fígado
Cole - vias biliares
Procto - reto e ânus
Terminologias Diversas
Enxerto - Transplante de órgãos ou tecidos.
Amputação - Operação para eliminar membro ou segmento de corpo necrosado.
Anastomose - Formação de comunicação entre órgãos ou entre vasos.
Artrodese - Fixação cirúrgica de articulação para fundir as superfícies.
O instrumentador cirúrgico deve saber a terminologia cirúrgica, pois o desempenho do seu trabalho
diário depende do conhecimento desta terminologia. A troca de um prefixo ou um sufixo poderá acarretar
erros graves no preparo do material.
Centro Obstétrico10
A equipe deverá contar com um médico obstetra, enfermeira obstetra, médico anestesista,
neonatologista e técnica de enfermagem. Cada especialista possui um papel específico no Centro
Obstétrico:
Médico obstetra: responsável pela coordenação da equipe que atenderá a paciente. Avalia o
processo, orienta a gestante sobre o que deve ser feito realiza o parto normal e cesárea e presta
assistência nos dias seguintes ao parto.
Médico anestesista: é responsável por realizar a analgesia e/ou anestesia e assistir a paciente
durante todo o período do parto e pós-parto.
10
https://bitty.ch/nm478
Questões
01. (Pref. Angra dos Reis/RJ - Auxiliar de Enfermagem - FEC/UFF) Os instrumentos cirúrgicos são
classificados de acordo com sua função. Assim, a pinça Kocher, o afastador Farabeuf, o trépano e a
agulha de sutura são chamados respectivamente de instrumentais:
(A) de dissecção, de exérese, de diérese e de sutura.
(B) de apoio, especiais, de síntese cirúrgica e de diérese.
(C) hemostáticos, auxiliares, de diérese e de síntese cirúrgica.
(D) especiais, auxiliares, de síntese cirúrgica e de bainha.
(E) de sutura, de dissecção, anatômicos e de exérese.
03. (SSA-HMDCC - Enfermeiro - IBFC) Assinale a alternativa que contemple o nome do instrumental
representado na figura abaixo.
04. (SSA-HMDCC - Enfermeiro - IBFC) Para que os profissionais de saúde possam comunicar-se
entre si, de maneira mais fácil, foi criada uma terminologia específica. Assinale a alternativa que
contemple o significado correto do primeiro elemento da composição das palavras: adeno; blefaro;
colecisto; ooforo.
(A) Adenóide; Baço; Cólon; Osso.
(B) Glândula; Pálpebra; Vesícula; Ovário.
(C) Vaso; Artérias; Útero; Ouvido.
(D) Rim; Meninges; Reto; Trompa.
05. (SSA-HMDCC - Enfermeiro - IBFC) Considerando os tempos cirúrgicos, a fase que constitui a
secção tecidual e propicia o campo operatório ou libera estruturas anatômicas é a:
(A) Diérese.
(B) Síntese.
(C) Exérese.
(D) Hemostasia.
Comentários
01. Resposta: C
Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função:
- Diérese - utilizados para cortar, tais como o bisturi, tesouras, trépano;
- Hemostáticos - auxiliam a estancar o sangramento, tais como as pinças de Kelly, Kocher, Rochester;
- Síntese cirúrgica - geralmente utilizado para fechamento de cavidades e incisões, sendo o mais
comum a agulha de sutura presa no porta-agulha;
- Apoio ou auxiliares - destinam-se a auxiliar o uso de outros grupos de instrumentais, destacando-
se o afastador Farabeuf - afasta os tecidos e permite uma melhor visualização do campo operatório - e a
pinça anatômica, que auxilia na dissecção do tecido;
- Especiais - aqueles específicos para cada tipo de cirurgia, como, por exemplo, a pinça gêmea de
Abadie, utilizada nas cirurgias do trato digestivo.
02. Resposta: A
Nos hemostáticos agrupam-se todos aqueles destinados ao pinçamento de vasos sangrentos, como o
“Halsted”, “Kelly”, “Rochester”, “Moynihan” e outros.
Reta Curva
04. Resposta: B
PREFIXOS E SUFIXOS: Adeno - glândula, Oóforo - ovário, Bléfaro - pálpebra
05. Resposta: A
Tempo cirúrgico abrange, de modo geral, a sequência dos quatro procedimentos realizados pelo
cirurgião durante o ato operatório. Inicia-se pela diérese, que significa dividir, separar ou cortar os tecidos
através do bisturi, bisturi elétrico, tesoura, serra ou laser.
Definição1112131415
A Central de Esterilização deve ser uma unidade de produção autônoma e independente do Centro
Cirúrgico, considerando-se uma atividade intermediária, pois possui vários clientes e fornecedores.
11
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAf7hsAL/enfermagem-centro-cirurgico-enfermagem-cc04
12
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABhUwAE/manuseio-material-esteril
13
MANGANARO, M. M. et al. Enfermagem na Saúde do Adulto. In: MURTA, G. F.. Saberes e Práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem. 3. ed rev. E
amp. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2007.
14
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/profae/pae_cad3.pdf
15
https://bitty.ch/31zjp
Na Central de Material Esterilizado (CME) é realizado o preparo de todo o material estéril a ser utilizado
no hospital. Para tanto, é composta pelas áreas de recepção, limpeza, preparo, esterilização, guarda e
distribuição dos materiais esterilizados utilizados pela equipe de saúde no atendimento ao cliente,
apresentando a vantagem de padronização das técnicas de processamento de material estéril,
contribuindo para a qualidade, favorecendo a economia de pessoal, material e tempo.
Na estrutura do estabelecimento de saúde, a CME é uma unidade importante porque oferece à equipe
de saúde materiais estéreis em condições adequadas ao seu desempenho técnico, bem como
proporciona ao cliente um atendimento com segurança e contribui para que a instituição proporcione uma
assistência com efetiva qualidade.
Alguns estabelecimentos de saúde preparam e acondicionam os materiais que cada unidade utiliza de
forma descentralizada; outros, centralizam todo o seu material para preparo na Central de Material que,
geralmente, constitui-se no método mais comumente encontrado, uma outra tendência é a terceirização
da esterilização de materiais, sendo utilizado principalmente o óxido de etileno, haja vista a necessidade
de condições de segurança especiais para sua instalação e manuseio.
Idealmente, a CME deve ter sua estrutura física projetada de forma a permitir o fluxo de materiais da
área de recepção à de distribuição, evitando o cruzamento de material limpo com o contaminado. Esses
cuidados na estrutura e fluxo proporcionam condições adequadas de trabalho à equipe de saúde,
diminuindo o risco de preparo inadequado do material, com presença de sujidade ou campos com cabelo,
linhas, agulhas de sutura e outras falhas.
Também em relação ao ambiente é importante que as paredes e o piso sejam de cor clara e fácil
limpeza e as janelas amplas, de forma a proporcionar uma iluminação que possibilite o bom trabalho na
unidade.
Quanto à localização, este serviço deve estar situado o mais próximo possível das unidades que mais
utilizam os seus materiais como o centro cirúrgico e obstétrico, o pronto-socorro e a terapia intensiva, o
que facilita a circulação dos mesmos. A distribuição do material estéril para o centro cirúrgico pode ser
realizada por monta-cargas ou carrinhos que propiciem a proteção do material estéril.
A adoção deste cuidado diminui, sobremaneira, a possibilidade de contaminação durante o trajeto
como os riscos de infecção que, além de outras complicações, acarretam sofrimento ao cliente, assim
como um tempo maior de internação.
Atualmente, em decorrência do avanço tecnológico, grande parte dos materiais hospitalares estão
sendo substituídos por materiais descartáveis, que apresentam as vantagens de estarem prontos para
uso, diminuindo a incidência de infecção hospitalar, com baixo custo para a instituição, e proporcionando
segurança e conforto tanto ao cliente como aos profissionais de saúde.
Áreas
Expurgo
Área onde é feita a recepção, limpeza e desinfecção de todo o material contaminado e sujo da Unidade
de Saúde, logo após o seu recebimento e nos horários preconizados na rotina do serviço de saúde.
A padronização de horários no recebimento do material é importante para organizar a dinâmica do
trabalho e favorecer o funcionário no desenvolvimento das rotinas técnicas. É fundamental o uso de
Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante todas as etapas do preparo dos artigos para o processo
de esterilização.
Preparo de Materiais
Área onde é feita a revisão, seleção, preparo e acondicionamento do material utilizado em toda
Unidade de Saúde. As rotinas devem ser realizadas utilizando EPI.
Deve possuir amplitude suficiente para abrigar a quantidade e a diversidade dos materiais da Unidade
de Saúde. A iluminação deve ser adequada para permitir a perfeita triagem, revisão e seleção do material,
combinando luz natural com luz artificial, evitando sombras e reflexos.
Esterilização
Área onde estão localizados os equipamentos de esterilização, principalmente autoclaves e estufas,
as quais deverão ser em número suficiente para atender a demanda dos materiais necessários à Unidade
de Saúde e em condições adequadas de limpeza interna e externa.
Deve ter espaço suficiente para instalação dos equipamentos e para a colocação e retirada de carga
de material. Devido ao risco de queimaduras pelo contato com o equipamento e materiais quentes,
recomenda-se o uso de luvas antitérmicas de cano longo para proteção de mãos e braços.
Armazenamento e Distribuição
Área que centraliza todo o material processado e esterilizado, para posterior distribuição às unidades
consumidoras. Para o material conservar sua condição estéril, o ambiente deve oferecer condições
adequadas de armazenamento que evitem riscos de recontaminação. Área restrita aos funcionários que
aí trabalham, diminuindo a circulação de pessoas e consequentemente a contaminação do ambiente.
Sendo importante estabelecer uma rotina de entrega ou distribuição dos artigos processados.
Os materiais das diferentes unidades chegam ao CME através da área de recepção. De acordo com
a rotina da instituição, os materiais recebidos são anotados em um caderno ou ficha de controle pertinente
a cada unidade. Os que estiverem limpos são encaminhados para a área de acondicionamento, onde
serão preparados; os sujos, ficam no expurgo, para lavagem.
No expurgo ocorre o processo de lavagem do material sujo encaminhado ao CME. A atuação do
expurgo é muito importante, pois se o material não for lavado de forma correta, a esterilização não se
processa adequadamente; consequentemente, permanecerá contaminado, oferecendo riscos ao cliente.
Os materiais sujos de matéria orgânica (sangue, pus e outras secreções corpóreas) devem ficar
imersos em detergentes enzimáticos por cerca de 3 a 5 minutos (ver recomendação do fabricante), tempo
necessário para desagregar a matéria orgânica. Devem ser colocados abertos ou desconectados em
recipiente não-metálico, tendo-se o cuidado de evitar que materiais diferentes (borracha, instrumentais,
vidros) sejam postos no mesmo recipiente.
Após esta etapa, a limpeza do material pode ser feita com água, sabão e escova de cerdas, ou através
de máquinas de limpeza, já que os abrasivos como esponja de aço ou saponáceo danificam o material.
Para cada tipo de material existe uma técnica de lavagem que assegurará que o mesmo chegue à área
de preparo em perfeitas condições de limpeza.
Durante a lavagem, devem-se escovar as ranhuras, articulações e dentes de cada pinça, bem como
injetar as soluções no interior das cânulas e sondas.
Após o enxague, em que todo o sabão deve ser retirado, os materiais devem ser secos com pano,
máquina secadora ou ar-comprimido e, posteriormente, encaminhados para a área de preparo.
Nesta área, é indispensável o uso de equipamento de proteção individual (EPI) constituído por luvas
grossas de cano longo, óculos de proteção, máscara e avental impermeável longo; além disso, deve-se
proteger o calçado com algum tipo de capa, ou utilizar botas de borracha, o que favorece a proteção dos
pés.
Esses cuidados são absolutamente necessários pelo fato de que o material a ser lavado é considerado
contaminado; assim, devem-se tomar todas as precauções para evitar a contaminação do funcionário.
Os funcionários da área de preparo de material são responsáveis pela inspeção da limpeza, condições
de conservação dos materiais e funcionalidade dos instrumentais, bem como o acondicionamento e
identificação dos pacotes, caixas e bandejas. Entre suas atividades, cabe separar os materiais
danificados, para posterior substituição.
Físico: calor seco (Estufa, Flambagem e Fulguração); Calor úmido (Fervura e Autoclave); Radiações
(Raios alfa, Raios gama e Raios x).
Químico: desinfetantes - Para conseguir-se a esterilização, há vários fatores importantes: Das
características dos microrganismos, o grau de resistência das formas vegetativas; a resistência das
bactérias produtoras de esporos e o número de microrganismos e da característica do agente empregado
para a esterilização.
Esterilização pelo calor: a susceptibilidade dos organismos ao calor é muito variável e dependem de
alguns fatores, e dentre eles citamos:
- Variação individual de resistência;
- Capacidade de formação de esporos;
- Quantidade de água do meio;
- ph do meio;
- Composição do meio.
Para assegurar a correta esterilização dos materiais, faz-se necessária a adoção de alguns cuidados
que facilitam a circulação e penetração do vapor no material, tais como:
- Utilizar somente 80% da capacidade de armazenamento da câmara, com materiais que requeiram o
mesmo tempo de esterilização;
- Evitar que os pacotes encostem nas paredes do aparelho e entre eles;
- Colocar os pacotes maiores na parte inferior e os menores na parte superior do aparelho, dispondo
os jarros, bacias e frascos com a boca para baixo, para facilitar a remoção do ar e do vapor.
Para se verificar se a esterilização dos materiais está realmente ocorrendo, deve-se observar se a
pressão e a temperatura estão nos níveis programados, durante todo o ciclo. Caso isto não ocorra, o
processo deve ser interrompido e a manutenção do aparelho deve ser solicitada.
Ao término do ciclo deve-se entreabrir a porta do aparelho por um período de 5 a 10 minutos, para a
completa secagem dos pacotes e materiais pelo calor das paredes da câmara.
Finalmente, os pacotes devem ser retirados e só colocados em superfícies frias após perderem
completamente o calor, para evitar a formação de umidade ao contato. Complementando o processo, os
pacotes devem ser datados e encaminhados para a sala de armazenamento.
Importante:
- Observar a disposição dos pacotes dentro da câmara, de modo que o vapor possa circular entre
todos eles;
- Respeitar espaçamento de 2 cm entre os pacotes e destes para as paredes da câmara;
- A carga não deve ultrapassar 80% da capacidade total da câmara da autoclave;
- Não retirar da câmara os pacotes molhados;
- Os pacotes quentes não devem ser tocados ou colocados em superfícies frias;
- Método mais recomendado.
Decorrido o tempo programado para a esterilização, o aparelho deve ser desligado e o material esfriado
com a estufa fechada. Após, deve ser retirado e as bordas das caixas e vidros vedadas com fita adesiva.
Finda a última esterilização do dia, limpar com pano úmido a câmara interna da autoclave e estufa e
enxugar, repetindo o mesmo procedimento na superfície externa.
Importante:
- Requer longos períodos de exposição e temperatura mais elevada;
- As caixas metálicas devem conter poucos artigos e devem estar dispostas lado a lado sem encostar
umas nas outras;
- Não se recomenda utilizar o centro da estufa porque a distribuição do calor é lento, não é uniforme e
não alcança os pontos frios;
- A capacidade total não deve ultrapassar a 2/3 da câmara;
- Utilizar termômetro de bulbo com ponta localizada centralmente na câmara (ponto frio), para
monitorar o alcance da temperatura indicada no termostato;
- Método de esterilização não recomendado.
- Esterilização por óxido de etileno: os materiais indicados para este tipo de esterilização são os
termossensíveis, como os marca-passos, próteses, instrumentais de hemodinâmica, acessórios de
respiradores, materiais com fibras óticas, cânulas siliconizadas de baixa pressão e materiais de borracha.
O ciclo de esterilização compreende o vácuo inicial, a pré-umidificação, a entrada do gás na câmara,
o tempo de exposição, a exaustão do gás e a aeração mecânica, que tem por objetivo remover os resíduos
de gás através da circulação de ar filtrado por todo o material esterilizado.
Os materiais a serem esterilizados devem estar totalmente secos e dispostos de forma que mantenham
um espaço entre si. Após fechar o aparelho, aguarda-se até que o mesmo atinja os valores adequados
de concentração do gás, temperatura e umidade; somente então se inicia a contagem do tempo de
exposição. Complementando o processo, ajusta-se o tempo de aeração de acordo com as orientações
do fabricante.
Como o óxido de etileno é um gás tóxico e carcinogênico, o operador responsável pela remoção do
material da câmara deve, obrigatoriamente, fazer uso de avental, gorro, máscara e luvas de proteção - o
que o protegerá do contato com o gás.
A qualificação utiliza:
- Indicadores mecânicos: tratam-se dos manômetros, manovacuômetros e termômetros instalados
no painel do equipamento;
- Indicadores químicos: indicadores da exposição do artigo ao processo de esterilização.
O Teste Bowie & Dick (folha impregnada com tinta termoquímica) é utilizada para autoclave pré-vácuo;
a fita termossensível (fita zebrada) muda de cor quando exposta à temperatura elevada, sendo utilizada
em todos os pacotes com tamanho mínimo de 5cm.
- Indicadores biológicos: únicos que asseguram a qualidade efetiva da esterilização (Ex.: Attest);
realizado semanalmente.
Os equipamentos devem ser qualificados para cada novo ciclo e novo tipo de carga a ser esterilizado.
Limpeza16
É o processo mecânico de remoção de sujidade, mediante o uso de água, sabão e detergente neutro
ou detergente enzimático para manter em estado de asseio os artigos e superfícies.
A limpeza constitui, ainda, o primeiro passo nos procedimentos técnicos de desinfecção e esterilização,
considerando que a presença de matéria orgânica protege os microrganismos do contato com agentes
desinfetantes e esterilizantes.
Descontaminação
É o processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfícies, tornando-os
aptos para o manuseio seguro.
Desinfecção
É o processo físico ou químico de destruição de microrganismos, exceto os esporulados. É realizada
por meio físico - através da água quente (60 a 90ºC) ou em ebulição - e pelo meio químico, com produtos
denominados desinfetantes.
Esterilização
É o processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, a tal ponto que não
seja mais possível detectá-los através de testes microbiológicos padrão.
A probabilidade de sobrevida do microrganismo no item submetido ao processo de esterilização é
menor que uma em um milhão (10/6).
A esterilização é realizada pelo calor, germicidas químicos, óxido de etileno, radiação e outros.
Artigos
São os instrumentos, objetos de natureza diversa, utensílios (talheres, louças, comadres, papagaios e
outros), acessórios de equipamentos e outros.
Superfícies
Os mobiliários, pisos, paredes, portas, tetos, janelas, equipamentos e demais instalações.
Limpeza de Superfícies17
Para que haja um controle e diminuição da infecção hospitalar, higiene é a primeira maneira de tratar
os micro-organismos, impedindo, dessa forma, a sua proliferação.
Objetivos:
- Promover a remoção de sujidade;
- Reduzir a população microbiana;
- Diminuir o risco de contaminação no ambiente hospitalar.
Classificação
- Limpeza Concorrente: realizada diariamente com água e sabão para remover poeira e sujidades
acumuladas ao longo do dia em superfícies horizontais do mobiliário e em materiais;
- Limpeza Terminal: realizada com desinfetante quando o leito é desocupado em razão de alta, óbito
ou transferência do paciente, ou no caso de internação prolongada.
Os artigos hospitalares são definidos de acordo com o grau de risco de aquisição de infecções nas
seguintes categorias: críticos, semicríticos e não críticos. Esta classificação norteará a escolha do
processo de desinfecção ou esterilização a ser utilizado.
16
Conteúdo extraído de BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação Geral das Unidades Hospitalares Próprias do Rio de
Janeiro. Orientações gerais para Central de Esterilização. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
17
Conteúdo extraído de ZORZE, Cleide Maria Ferreira da Silva; Karagulian, Patrícia Partamian. Biossegurança em Enfermagem. In: MURTA, Genilda Ferreira.
Saberes e Práticas: Guia para ensino e aprendizado de enfermagem. 3. ed. rev. e amp. São Caetano do Sul, SP: Difusão, 2007. v. 1.
Artigos Semicríticos: entram em contato com a pele não íntegra e membranas mucosas:
equipamentos de anestesia gasosa; endoscópios. Devem ser submetidos, no mínimo, à desinfecção. Em
algumas circunstâncias, a esterilização é desejável devido ao risco do artigo tornar-se crítico, como em
lesões acidentais de mucosas. Dificuldades técnicas e riscos inerentes ao processo de desinfecção
química também concorrem para a indicação da esterilização.
Artigos não críticos: Aqueles que entram em contato com pele íntegra: termômetro clínico;
incubadoras; artigos de higiene. Requerem apenas limpeza com água e sabão (por limpeza entende-se
a completa remoção da sujidade presente nos artigos, utilizando água, detergente e ação mecânica -
utilizando água morna e detergente enzimático potencializa-se a efetividade da limpeza) complementada
opcionalmente com desinfecção de baixo nível (elimina a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos,
mas não elimina microbactérias). Ex.: desinfetante de nível intermediário: álcool a 70%
Esta medida tem por objetivo bloquear a transmissão de microrganismos.
Observações: considerar todo artigo como contaminado e manusear com equipamentos de proteção
individual (EPI).
Todo processo de desinfecção ou esterilização deve ser precedido pela limpeza e secagem rigorosas
dos artigos, devendo todo artigo sujo com sangue ou secreções ser considerado contaminado.
A imersão de artigos sujos em soluções germicidas possui limitações; o nível de proteção oferecido
por este processo é desconhecido, uma vez que todas estas soluções sofrem redução de atividade, em
maior ou menor grau, em presença de matéria orgânica.
Além desta, outras desvantagens podem ser citadas, como: o alto custo envolvido, a impregnação da
matéria orgânica nos artigos, a toxicidade dos produtos e o aporte de grandes volumes de desinfetantes
na rede de esgoto, acarretando possíveis danos ambientais.
Detergente enzimático: são detergentes compostos por enzimas, geralmente proteases, lipases e
amilases, que promovem, simultaneamente, a dispersão, solubilização e emulsificação, removendo
substâncias orgânicas das superfícies dos artigos. São biodegradáveis, neutros concentrados, não
oxidantes, com ação bacteriostática e, portanto, não promovem desinfecção.
Descontaminação
- Baseada na natureza do artigo e na disponibilidade de recursos;
- Fricção com esponja, pano ou escova embebida em solução desinfetante;
- Imersão em solução desinfetante;
- Pressão de jatos d’água quente (temperatura entre 60 a 90ºC por 15 minutos).
Enxágue
- Água potável e corrente.
Secagem
- Pano limpo e seco;
- Estufa (regulada para este fim);
- Ar-comprimido;
- Secadora de ar quente/frio.
Armazenagem
- Armário limpo, seco e fechado.
Desinfecção
Meio Físico
Água em ebulição (desinfecção de alto nível)
- Tempo: 30 minutos;
- Artigos termo resistentes;
- Ferver a água durante 10 minutos sem a presença do artigo;
- Imergir o artigo quando a água estiver em ebulição;
Meio Químico
- Imergir o artigo em solução desinfetante (fricção, se não puder emergir);
- Usar EPI;
- Preencher o interior dos tubos e reentrâncias;
- Observar tempo de exposição, de acordo com o fabricante;
- Manter os recipientes tampados;
- Observar a validade do produto;
- Enxaguar com água potável (múltiplos enxágues);
- Secar e acondicionar.
Conforme Spaulding, os desinfetantes são classificados em 3 (três) níveis de ação: alto, médio e baixo,
baseado na susceptibilidade dos microrganismos.
Produtos utilizados:
- Glutaraldeído;
- Solução de Peróxido de Hidrogênio;
- Hipoclorito de sódio (1000ppm);
- Cloro e compostos clorados;
- Ácido peracético;
- Orthophtalaldeído;
- Água superoxidada;
- Pasteurização 75o C a 30 minutos.
Produtos utilizados:
- Álcool etílico e isopropílico (70 a 90%);
- Fenólicos;
- Iodóforos;
- Hipoclorito de Sódio (100ppm);
- Pasteurização 75o C a 30 minutos;
Obs.: depende da concentração e/ou período de exposição.
Não definido: o nível de desinfecção dependerá das variáveis como temperatura e/ou concentração
de germicidas adicionados no processo.
- Calor seco (passar a ferro);
- Fervura em água por 30min;
- Pastilhas de formaldeído;
- Termodesinfectadoras;
- Sanitizadoras.
Áreas Críticas
São aquelas com risco aumentado de transmissão de infecção e presença de pacientes com
depressão da resistência anti-infecciosa, além da presença de matéria orgânica (sangue, pus e outras):
salas de cirurgia, de curativo, de expurgo, laboratório e outros.
Áreas Semicríticas
São todas as áreas ocupadas por pacientes de:
- Doenças não infecciosas;
- Doenças infecciosas de baixa transmissibilidade.
Exemplos: consultórios médicos e de enfermagem.
Observações: as áreas críticas e semicríticas requerem limpeza e desinfecção diárias, e as áreas não
críticas apenas limpeza.
Transmissão de Infecções
- Fatores inerentes ao próprio paciente;
- Agressões diagnóstico-terapêuticas;
- Ambiente e superfícies fixas (pisos, paredes, tetos, portas, janelas) não apresentam riscos
significativos.
Descontaminação
Passos:
- Utilizar luvas de autoproteção (látex);
- Aplicar o produto sobre a matéria orgânica;
No final de cada processo: lavar luvas, avental plástico, pano de chão, escovas e baldes.
Produtos Químicos
- Desinfetante de alto-nível
Glutaraldeído a 2% por 30min.
- Solução descontaminante
Detergente enzimático - Ação sobre matéria orgânica, especialmente sobre as grandes estruturas,
decompondo-as; ação instantânea: 2 a 3 minutos para desprender a matéria orgânica; alta penetração;
atóxico, não corrosivo, pH neutro, não iônico; remoção com enxágue rigoroso.
Soluções Cloradas
Dentre os produtos clorados, os hipocloritos são os mais utilizados para desinfecção e podem ser
líquidos (hipoclorito de sódio) ou sólidos (hipoclorito de cálcio). Classificado como de nível intermediário,
porém há controvérsias, pois preenche todos os requisitos para ser considerado como de alto nível.
Possui ação bactericida, virucida, fungicida, microbactericida e esporicida para algumas espécies.
Mecanismo de Ação
Ocorre pela combinação de diversos fatores: oxidação de enzimas e aminoácidos, perda de
componentes celulares, inibição da síntese proteica, quebra do DNA e diminuição na absorção de
nutrientes e de oxigênio.
Indicação
- Desinfecção de artigos de Lactário e cozinha: 200ppm por 60 minutos;
- Artigos de Inaloterapia e Oxigenoterapia: 1.000ppm (0,1%) por 30 minutos ou 200ppm por 60 minutos.
Considerações
- Corrosivo para metais, incompatível com detergentes, ação descolorante, odor forte e irritante para
mucosas do trato respiratório;
- Baixo custo, ação rápida, baixa toxidade e ampla atividade microbicida;
- Após diluição, o hipoclorito deve ser utilizado em, no máximo, 24 horas;
Dependendo do uso, pode ser necessário troca mais frequente em decorrência de saturação por
matéria orgânica ou hiperdiluição;
- Não se recomenda uso de água sanitária de uso doméstico para instituições de saúde.
Lavadoras Ultrassônica
A limpeza automatizada passou a ser uma exigência para o processamento de alguns materiais
médicos, e especifica a lavadora ultrassônica como obrigatória para a limpeza de produtos para a saúde
com conformações complexas.
A limpeza através da lavadora ultrassônica, traz, além do benefício de padronizar os ciclos, e garantir
a ação mecânica em espaços de difícil acesso, dá condição de parametrizar o processo, garantir e
documentar a efetividade da limpeza.
As Lavadoras Ultrassônicas altamente eficazes e automatizadas que atendem a RDC15/2012, para
facilitar o processamento dos materiais, otimizar e registrar todo o processo limpeza.
Mesa Cirúrgica
Utilizar a Técnica de Limpeza e/ou Desinfecção:
- Retirar excesso de secreções com papel toalha ou pano velho;
- Acondicionar no lixo conforme Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços-PGRSS;
- Realizar a limpeza com água e sabão ou detergente;
- Enxaguar e secar;
- Friccionar parte metálica e o colchão com álcool a 70% ou utilizar outro desinfetante definido pelo
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar-SCIH.
O grande número de pacientes que contem infecções durante sua permanência hospitalar é
extremamente preocupante para os profissionais da saúde. Segundo o Ministério da Saúde, assepsia é
o processo de eliminação dos microrganismos patogênicos de determinados locais ou objetos. Para
diminuir o risco de uma infecção é fundamental a aplicação das técnicas de assepsia médica e cirúrgica
por todos que atuam no ambiente hospitalar.
Assepsia cirúrgica
Consiste no processo e no manuseio do material de modo de evitar o contato do paciente com qualquer
organismo vivo. Na assepsia cirúrgica o material deverá ser esterilizado. O material cirúrgico é estéril,
isento de microrganismos, devemos tomar os seguintes cuidados em seu manuseio:
Seguintes Cuidados:
1.Lavar as mãos antes de pega-lo;
2.Não falar, tossir ou espirrar próximo a ele;
3.Examinar com cuidado se o pacote apresenta buracos, manchas ou umidade: Se houver qualquer
dúvida quanto a integridade do material, despreze-o;
4.Verificar a data da esterilização e a data da validade;
5.Guardar os pacotes em armários próprios, limpos longe de poeira e insetos;
6.Abrir os pacotes usando a técnica correta;
8.Trabalhar sempre na frente para o campo esterilizado;
9.Manter o material sempre acima do nível da cintura ou nível da mesa;
10.Não atravessar nada por cima do campo esterilizado, nem fazer movimentos bruscos ao redor dele;
11.Nunca tocar em um material ou campo esterilizado com objetos que não estão.
Assepsia Médica
Consiste na utilização de técnicas que visam à redução de microrganismos patogênicos e à diminuição
do risco de transmissão de pessoa a pessoa. É utilizada em qualquer atividade que envolva o paciente e
o meio ambiente, por meio de procedimentos como: Lavar as mãos frequentemente. Limpar as superfícies
com desinfetantes, para reduzir o número de microrganismos.
Enfermeiro supervisor
É responsável por atuar na coordenação do setor, suas atribuições são:
- Prever os materiais necessários para prover as unidades consumidoras;
- Elaborar relatórios mensais estatísticos, tanto de custo quanto de produtividade;
- Planejar e fazer anualmente o orçamento do CME com antecedência de 04 a 6 meses;
- Elaborar e manter atualizado o manual de normas, rotinas e procedimentos do CME, que deve estar
disponível para a consulta dos colaboradores;
- Desenvolver pesquisas e trabalhos científicos que contribuam para o crescimento e as boas práticas
de Enfermagem, participando de tais projetos e colaborando com seu andamento;
- Manter-se atualizado acerca das tendências técnicas e científicas relacionadas com o controle de
infecção hospitalar e com o uso de tecnologias avançadas nos procedimentos que englobem artigos
processados pelo CME;
- Participar de comissões institucionais que interfiram na dinâmica de trabalho do CME.
Técnico administrativo
Gerenciar o serviço de Enfermagem da unidade:
- Planejar, coordenar e desenvolver rotinas para o controle dos processos de limpeza, preparo,
esterilização, armazenagem e distribuição dos artigos;
- Desenvolve processo de avaliação dos serviços prestados ao cliente interno e/ou esterno;
Estabelecer rotinas para a manutenção preventiva dos equipamentos existentes no CME;
- Realizar os testes necessários e emitir pareceres técnicos antes da aquisição de novos artigos e
equipamentos;
- Verificar os relatórios de manutenção de artigos e equipamentos e aprova-los mediantes as
evidências do serviço prestado;
- Controlar o recebimento, o uso e a devolução dos artigos consignados;
- Fazer relatório diário com informações dobre as atividades desenvolvidas e pendentes e outros fatos
importantes ocorridos durante a jornada de trabalho;
- Tomar parte da passagem de plantão;
- Manter atualizado o inventário do instrumental cirúrgico dos artigos e dos equipamentos do CME;
- Participar ativamente dos processos de aquisição de materiais, instrumental cirúrgico e
equipamentos.
Técnico de enfermagem
- Fazer a leitura dos indicadores biológicos, de acordo com as rotinas da instituição;
- Receber, conferir e preparar os artigos consignados;
- Realizar a limpeza, o preparo, a esterilização, a guarda e a distribuição de artigos, de acordo com
solicitação;
- Preparar os carros para cirurgias;
- Preparar as caixas cirúrgicas;
- Realizar cuidados com artigos endoscópicos em geral;
- Monitorar afetiva e continuamente cada lote ou carga nos processos de esterilização;
- Revisar a listagem de caixas cirúrgicas, bem como proceder à sua reposição;
- Fazer listagem e encaminhamento de artigos e instrumental cirúrgico para conserto.
Auxiliar de enfermagem
- Receber e limpar os artigos;
- Receber e preparar roupas limpas;
- Preparar e esterilizar os artigos e instrumentais cirúrgicos;
- Guardar e distribuir todos os artigos esterilizados.
02. (TRE-SP - Enfermagem - FCC/2017) O profissional de enfermagem deve saber que o produto
para saúde semicrítico utilizado na assistência de inaloterapia, antes da utilização em outro paciente,
deve ser submetido à
(A) limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível intermediário, com produtos saneantes, ou por
termodesinfecção.
(B) pré-limpeza e limpeza, sendo optativo o processo de desinfecção e esterilização.
(C) esterilização em autoclave gravitacional.
(D) desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de
aldeídos.
(E) desinfecção de alto nível em estufa.
03. (TRF-2ª REGIÃO - Enfermagem - CONSULPLAN/2017) Sabendo que os artigos utilizados nos
serviços de saúde recebem uma classificação quanto ao risco de transmitir infecções para os pacientes,
para o processamento dos artigos de assistência ventilatória, anestesia e os utilizados na inaloterapia,
que são classificados como semicríticos, após a limpeza, devem ser submetidos no mínimo ao processo
de:
(A) Esterilização.
(B) Desinfecção de alto nível.
(C) Desinfecção de baixo nível.
(D) Desinfecção de nível intermediário.
04. (SES-PR - Inspetor de Saneamento - IBFC) Sobre os diferentes processos existentes que tem
como objetivo destruir, inibir ou eliminar microrganismos presentes em objetos e superfícies, o
procedimento que se caracteriza como o processo físico ou químico pelo qual são destruídas todas as
formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos, denomina-se:
(A) Limpeza.
(B) Esterilização.
(C) Desinfecção.
(D) Detoxificação.
06. (EBSERH - Enfermeiro - IBFC) Sobre Centro de Material e Esterilização (CME), analise as
afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a
sequência correta de cima para baixo.
( ) É um conjunto de áreas destinadas à recepção, limpeza, secagem, preparo, desinfecção ou
esterilização, guarda e distribuição do material para as unidades do estabelecimento de saúde.
( ) Independentemente do seu tamanho, o CME deve estar separado em duas partes: a “suja” e a
“limpa”.
( ) A sala de depósito de material de limpeza pode ser comum às áreas “sujas” e “limpas”, se o acesso
a ele for interno.
(A) F,V,F,V
(B) V,V,V,V
(C) V,F,V,F
(D) V,V,F,V
(E) F,V,V,V
07. (SSA-HMDCC - Enfermeiro - Centro Cirúrgico - IBFC) Os produtos para a saúde utilizados em
procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, e sistema
vascular, incluindo também todos os produtos para saúde que estejam diretamente conectados com
esses sistemas, recebem o nome de produtos ________. Assinale a alternativa que completa
corretamente a lacuna.
(A) Não críticos.
(B) Semicríticos.
(C) Críticos.
(D) Passíveis de processamento.
08. (Pref. Rio Grande da Serra/SP - Enfermeiro - CAIPIMES) O método de esterilização compatível
com as embalagens de tecido de algodão é:
(A) calor seco.
(B) óxido de etileno.
(C) raios gama.
(D) vapor sob pressão.
09. (IPSA - Auxiliar de Enfermagem - CAIPIMES) Existem falhas no processo de esterilização que
podem acontecer em razão de erros humanos ou mecânicos. A partir disso, leia as frases abaixo e a
seguir assinale a alternativa que corresponde à resposta correta.
I- Os erros podem acontecer devido à utilização de embalagens incompatíveis com o processo de
esterilização a vapor.
II- Os erros podem acontecer devido à guarda de pacotes demasiadamente frios nas prateleiras, pois
o contato do pacote frio com a superfície fria da prateleira dos armários pode permitir a condensação de
vapor, favorecendo a sua contaminação pelo meio externo.
III- Os erros podem acontecer devido à má qualidade da água gerando vapor com resíduos de
componentes químicos.
IV- Os erros podem acontecer devido às tubulações de vapor estarem desobstruídas.
11. (AHM - Técnico em Saúde - Enfermagem - CAIPIMES) Os artigos hospitalares são definidos de
acordo com o grau de risco de aquisição de infecção, nas seguintes categorias:
(A) Auto critico, semicrítico, não critico.
(B) Críticos, semicríticos, não críticos.
(C) Bem critico, semicrítico, critico.
(D) Não critico, moderadamente critico, critico.
(A) V, V, V, F.
(B) V, V, F, F.
(C) F, V, F, F.
(D) F, V, V, F.
13. (UFU - Auxiliar em Enfermagem - UFU) Os artigos e as áreas hospitalares são classificados de
acordo com o risco de infecção que possam oferecer aos pacientes. Associe o tipo de artigo ou área
hospitalar da coluna da esquerda com sua definição ou exemplo da coluna da direita.
I. Artigos críticos
II. Artigos semicríticos
III. Área semicrítica
IV. Área não crítica
( ) São áreas ocupadas por pacientes que não necessitam de cuidados intensivos ou de isolamento.
( ) Materiais com elevado potencial de risco de provocar infecção, porque são introduzidos diretamente
em tecidos normalmente estéreis.
( ) Áreas administrativas; almoxarifado.
( ) Equipamentos de anestesia e endoscópios.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna, de cima para baixo.
(A) III - II - I - IV.
(B) III - I - IV - II.
(C) IV - I - III - II.
(D) II - IV - III - I.
Gabarito
01. A/02. A/03. D/04. B/05. B/06. D/07. C/08. D/09. A/10. B/11. B/12. D/13. B/14. B/15. C
Comentários
01.Resposta: A
Esporocida ou esporicida é um agente capaz de matar os esporos, sendo assim esterilizantes.
03. Resposta: D
Produtos para saúde semicríticos utilizados na assistência ventilatória, anestesia e inaloterapia
devem ser submetidos à limpeza e, no mínimo, à desinfecção de nível intermediário, antes da utilização
em outro paciente.
04. Resposta: B
Esterilização é processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, a tal ponto
que não seja mais possível detectá-los através de testes microbiológicos padrão. A esterilização é
realizada pelo calor, germicidas químicos, óxido de etileno, radiação e outros.
05. Resposta: B
Temperaturas extremas é considerada como risco físico.
06. Resposta: D
O DML (Depósito de Material de Limpeza) pode ser comum para as áreas "suja e limpa", desde que
seu acesso seja externo a essas. NÃO INTERNO.
07. Resposta: C
São artigos que entram em contato direto com tecidos ou tratos estéreis (penetram nos tecidos
subepiteliais, no sistema vascular e em outros órgãos isentos de flora microbiana própria, bem como
aqueles diretamente conectados com eles): agulhas; roupas; instrumentos cirúrgicos; soluções injetáveis.
Devem ser submetidos ao processo de esterilização.
08. D
O tecido de algodão é uma embalagem compatível com o método de esterilização de vapor sob
pressão.
09. A
Verdadeiro: Os erros podem acontecer devido à utilização de embalagens incompatíveis com o
processo de esterilização a vapor.
Falso: Os erros podem acontecer devido à guarda de pacotes demasiadamente frios nas prateleiras,
pois o contato do pacote quente com a superfície fria da prateleira dos armários pode permitir a
condensação de vapor, favorecendo a sua contaminação pelo meio externo.
Verdadeira: Os erros podem acontecer devido à má qualidade da água gerando vapor com resíduos
de componentes químicos.
10. B
Limpeza Terminal: realizada com desinfetante quando o leito é desocupado em razão de alta, óbito
ou transferência do paciente, ou no caso de internação prolongada.
11. B/
Os artigos hospitalares são definidos de acordo com o grau de risco de aquisição de infecções nas
seguintes categorias: críticos, semicríticos e não críticos. Esta classificação norteará a escolha do
processo de desinfecção ou esterilização a ser utilizado.
12. D
Falso: Todo material de inalação utilizado num paciente deve sofrer limpeza com água e sabão e ser
emerso em uma solução desinfetante para ser novamente utilizado em outro paciente. A esse tipo de
reprocessamento damos o nome de assepsia.
Correta: A assepsia cirúrgica se relaciona com a ausência total de microrganismos através da
esterilização e manuseio rigoroso do material estéril.
Correta: Não falar ao manipular o material esterilizado é uma medida correta para evitar contaminação.
Falso: Na realização de um cateterismo de alívio o cateter utilizado é a sonda uretral. A sonda Foley é
indicada para demora, quando há a necessidade de permanência da mesmo.
14. B
Na autoclave - são utilizados campos de tecido de algodão, papéis (grau cirúrgico e kraft), filme
poliamida transparente e caixa metálica perfurada embalada em campo, para permitir a livre circulação
do vapor.
15. C
Na assepsia cirúrgica o material deverá ser esterilizado. O material cirúrgico é estéril, isento de
microrganismos.
Prezado (a) candidato (a) esse assunto foi abordado no tópico Enfermagem no centro cirúrgico. Central
de material e esterilização, manuseio de equipamentos: autoclaves, seladora térmica e lavadora
automática ultrassônica.
INFECÇÃO HOSPITALAR
Qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta
quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a internação ou procedimento hospitalar,
como, por exemplo, uma cirurgia.
Qualquer pessoa que é obrigada a internar-se em ambiente hospitalar para tratamento médico está
sujeita a contrair uma infecção hospitalar, que está diretamente relacionada ao tempo de internação e
procedimento a ser realizado.
Sintomatologia
Os sintomas são relacionados ao local do procedimento ou envolvem algum sistema, como respiratório
ou urinário. Pacientes graves podem ter comprometimento de todo o organismo.
Tratamento
Após o diagnóstico de infecção hospitalar, o tratamento é feito sempre com antibióticos injetáveis e por
período de 14 a 30 dias.
Prevenção
A prevenção de infecções hospitalares por todo o mundo depende muito mais da instituição hospitalar
e de seus trabalhadores do que dos pacientes, já que ninguém se interna com intenção de contrair
doenças dentro do hospital.
Os cuidados para não ocorrer elevado número de infecções e sua prevenção e controle envolvem:
- Medidas de qualificação da assistência hospitalar;
- De vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do município e estado.
Fica claro, portanto, que as medidas para a prevenção das infecções hospitalares são de
responsabilidade do hospital e de seus funcionários. A padronização das técnicas de assepsia é o meio
mais eficaz de evitar as infecções hospitalares.
Os hospitais devem contar com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para:
- Fazer o diagnóstico de casos de infecção hospitalar;
- Padronizar as técnicas de assepsia;
- Promover o treinamento de funcionários;
- Ajudar no planejamento do espaço físico do hospital;
- Controlar a utilização de antibióticos no trato das infecções (para impedir o uso abusivo), entre outras
atribuições.
O ar, a água e as superfícies inanimadas verticais e horizontais fazem parte do meio ambiente de uma
instituição de saúde. Particularmente no hospital, o ambiente pode tornar-se foco de infecção hospitalar,
embora estudos tenham demonstrado não ser esse o principal meio de transmissão.
Os cuidados com o ambiente estão centrados principalmente nas ações de limpeza realizadas pelo
Serviço de Higiene Hospitalar. Há uma estreita relação deste com o Serviço de Prevenção e Controle de
Infecção Hospitalar, cabendo-lhe as seguintes incumbências:
- Padronizar produtos a serem utilizados na limpeza;
- Normatizar ou indicar o uso de germicidas para as áreas críticas ou para as demais, quando
necessário;
A equipe de saúde tem importante papel na cadeia de transmissão da infecção hospitalar ou domiciliar.
As práticas adotadas para sua prevenção visam controlar a propagação de microrganismos que habitam
o ambiente hospitalar e diminuir os riscos de o paciente vir a adquirir uma infecção.
Por outro lado, tanto as medidas gerais como as específicas de prevenção e controle de infecção
implantadas na instituição também se direcionam para proteger o próprio trabalhador que ali desempenha
sua função, quer seja prestando assistência direta ao paciente, como no caso do auxiliar de enfermagem
ou do enfermeiro, quer seja indiretamente, como o funcionário da higiene hospitalar, da lavanderia ou da
nutrição e dietética.
Toda a equipe de saúde tem responsabilidade com relação à prevenção da infecção hospitalar,
devendo fazer correto uso das técnicas assépticas, dos equipamentos de proteção individual (EPI) e ou
coletivo (EPC), quando necessário.
Por sua vez, o empregador tem a responsabilidade de disponibilizar os recursos necessários à
efetivação desses cuidados. A prevenção e o controle da infecção fundamentam-se nos princípios de
assepsia, mediante a utilização de medidas para impedir a penetração de microrganismos (contaminação)
em local onde não estejam presentes.
As técnicas de assepsia devem ser utilizadas por todos os profissionais de saúde em todos os
procedimentos, e são agrupadas sob a denominação de assepsia médica e cirúrgica. A assepsia médica,
refere-se às medidas adotadas para reduzir o número de microrganismos e evitar sua disseminação; e a
assepsia cirúrgica, para impedir a contaminação de uma área ou objeto estéril.
As medidas que visam reduzir e prevenir o crescimento de microrganismos em tecidos vivos são
denominadas antissepsia.
Infecção
Infecção Comunitária
É a infecção constatada ou em incubação no ato da admissão hospitalar do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior.
Princípios
- Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu prontuário;
- Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a pesquisa de
antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados;
- Evidências de estudos com métodos de imagem;
- Endoscopia;
- Biópsia e outros.
Critérios gerais
- Quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, for isolado um germe
diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser considerado
infecção hospitalar;
- Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e
ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se como infecção hospitalar
toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 (setenta e duas) horas após a
admissão;
- São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 (setenta e
duas) horas da internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e ou terapêuticos,
realizados durante esse período;
- As infecções do recém-nascido são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma
transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota durante esse período;
- Pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção, são considerados portadores
de infecção hospitalar do hospital de origem. Nestes casos, a Coordenação Estadual/Distrital/Municipal e
ou hospital de origem deverão ser informados para computar o episódio como infecção hospitalar naquele
hospital.
Cirurgias limpas
São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de
processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização
de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos
digestório ou urinário.
- Artroplastia de quadril;
- Cirurgias cardíacas;
- Herniorrafia;
- Neurocirurgia;
- Cirurgias ortopédicas eletivas;
- Anastomose porto cava;
- Anastomose esplenectomia;
- Mastectomia;
- Enxertos cutâneos;
- Vagotomia supra seletiva sem drenagem;
- Cirurgias vasculares;
- Cirurgias torácicas;
- Cirurgias sobre o trato respiratório intratorácico ou baixo.
- Cirurgias de peritônio: baço, fígado, pâncreas, músculos, ossos, articulações, ovários, trompas, pele,
tecido celular subcutâneo, próstata sem acesso uretral, bexiga sem acesso uretral, ureter, bacinetes.
Nota: o índice ideal máximo de infecção esperado neste tipo de cirurgia é de até 2%, porém, segundo
o Colégio Americano de Cirurgiões, pode atingir até 5%.
Nota: o índice ideal máximo de infecção esperado neste tipo de cirurgia é de até 10%.
Cirurgias contaminadas
São aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação
seja difícil ou impossível, bem como aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras e na
ausência de supuração local.
- Apendicectomia sem supuração;
- Cirurgia de cólon, reto e ânus;
- Cirurgia de vulva e vagina;
- Cirurgia de vias biliares em presença de bile contaminada;
- Cirurgia intranasal;
- Cirurgia oral e dental;
- Cirurgia de orofaringe;
- Fraturas expostas;
- Fraturas traumáticas recentes;
- Cirurgias com quebra da técnica asséptica (por exemplo: massagem cardíaca a céu aberto).
Nota: estes procedimentos apresentam um índice de infecção esperando elevado, entretanto não
superior a 15-20%.
Cirurgias infectadas
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de
processo infeccioso (supuração local) e ou tecido necrótico.
- Cirurgia de reto e ânus com pus;
- Cirurgia abdominal em presença de conteúdo de cólon e pus;
- Nefrectomia com infecção;
- Feridas traumáticas abertas tardias (depois de 10 horas);
- Parto normal ou cesariana com bolsa rota há mais de 6 horas.
Tipos de Infecções
Infecções preveníveis
São aquelas passíveis de serem controladas e reduzidas a níveis aceitáveis. Ex.: pacientes em uso de
cateteres vesicais, venosos etc.
Infecções não-preveníveis
São aquelas que dependem basicamente do hospedeiro (paciente) e sua imunidade e não tanto dos
fatores externos. Ex.: infecção em RN prematuros, pacientes terminais, idosos, imunodeprimidos etc.
Colonização
É o aumento de um ou mais tipo de microrganismo sem causar uma reação patogênica.
Isolamento
Define-se como isolamento o conjunto de medidas adotadas para fazer uma barreira que impeça a
disseminação de agentes infecciosos de um paciente para outro, para os visitantes e ou para o meio
ambiente.
Está indicado nas doenças transmissíveis, em situações definidas e, apenas durante o período de
transmissibilidade das doenças. Portanto, essa recomendação sobre isolamento deve se completar com
o período de incubação e de transmissão das doenças.
Chama-se de isolamento, toda vez que for necessário quarto individual; nas precauções, o quarto será
individual apenas quando possível.
IMPORTANTE:
A limpeza e desinfecção da área deverão ser feitas diariamente, e após alta ou óbito, conforme
normatização da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Deverão ser normatizadas tanto as técnicas quanto os materiais de limpeza, os equipamentos de
proteção individual e as soluções a serem usadas (detergente neutro, desinfetantes).
Todo pessoal que trabalhe no setor quer administrativo, quer técnico, deverá ser sistematicamente
treinado e ou avaliado clinicamente e imunologicamente.
Isolamento respiratório
- Caxumba;
- Coqueluche;
- Estreptococo beta-hemolítico (amigdalite, escarlatina);
- Herpes zoster (contato com imunodeprimidos);
- Meningite por Haemophilus;
- Meningite meningocócica;
- Pneumonia estafilocócica;
- Rubéola;
- Sarampo;
- TB (escarro positivo);
Isolamento protetor
- Agranulocitose;
- Dermatite bolhosa, vesicular ou eczematosa extensa;
- Imunodeprimido grave;
- Queimadura extensa.
O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das suas atribuições que lhe confere o art. 87, inciso
II da Constituição, e
Considerando as infecções hospitalares constituem risco significativo à saúde dos usuários dos
hospitais, e sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar, de
vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do Estado, do Município e de cada hospital, atinentes ao
seu funcionamento;
Considerando que o Capítulo I art. 5º e inciso III da Lei nº 8.080 de 19 de setembro de 1990, estabelece
como objetivo e atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), “a assistência às pessoas por intermédio
de ações de promoção, proteção e recuperação da Saúde com a realização integrada das ações
assistenciais e das atividades preventivas”,
Considerando que no exercício da atividade fiscalizadora os órgãos estaduais de saúde deverão
observar, entre outros requisitos e condições, a adoção, pela instituição prestadora de serviços, de meios
de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes, pacientes e dos
circunstantes (Decreto nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976, art. 2º, inciso IV);
Considerando os avanços técnico-científicos, os resultados do Estudo Brasileiro da Magnitude das
Infecções hospitalares. Avaliação da Qualidade das Ações de Controle de Infecção Hospitalar, o
reconhecimento mundial destas ações como as que implementam a melhoria da qualidade da assistência
à Saúde, reduzem esforços, problemas, complicações e recursos;
Considerando a necessidade de informações e instrução oficialmente constituída para respaldar a
formação técnico-profissional, resolve:
Art. 1º Expedir, na forma dos anexos I, II, III, IV, e V, diretrizes e normas para a prevenção e o controle
das infecções hospitalares.
18
http://www.anvisa.gov.br
19
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html - Acesso em 19/02/2020.
Art. 4º As Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde poderão adequar as normas conforme prevê
a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Art. 5º A inobservância ou o descumprimento das normas aprovadas por esta Portaria sujeitará o
infrator ao processo e às penalidades previstas na Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, ou outra que a
substitua, com encaminhamento dos casos ou ocorrências ao Ministério Público e órgãos de defesa do
consumidor para aplicação da legislação pertinente (Lei nº 8.078/90 ou outra que a substitua).
Art. 6º Este regulamento deve ser adotado em todo território nacional, pelas pessoas jurídicas e físicas,
de direito público e privado envolvidas nas atividades hospitalares de assistência à saúde.
ANEXO I
ORGANIZAÇÃO
COMPETÊNCIAS
ANEXO II
1. Conceitos básicos.
1.1. Infecção comunitária (IC):
1.1.1 é aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não
relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
1.1.2 São também comunitárias:
1.1.2.1 a infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na
admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente sugestivos da
aquisição de nova infecção;
1.1.2.2 a infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi
comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, toxoplasmose,
rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS);
1.1.2.3 As infecções de recém-nascidos associadas com bolsa superior e 24 (vinte e quatro) horas.
1.2. Infecção hospitalar (IH):
1.2.1 é aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou
após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
ANEXO III
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS DAS INFECÇÕES
HOSPITALARES
3. São recomendados os métodos de busca ativos de coleta de dados para Vigilância Epidemiológica
das infecções hospitalares.
6. Relatórios e Notificações
6.1 A CCIH deverá elaborar periodicamente um relatório com os indicadores epidemiológicos
interpretados e analisados. Esse relatório deverá ser divulgado a todos os serviços e à direção,
promovendo-se seu debate na comunidade hospitalar.
6.2 O relatório deverá conter informações sobre o nível endêmico das infecções hospitalares sob
vigilância e as alterações de comportamento epidemiológico detectadas, bem como as medidas de
controle adotadas e os resultados obtidos.
6.3 É desejável que cada cirurgião receba, anualmente, relatório com as taxas de infecção em cirurgias
limpas referentes às suas atividades, e a taxa média de infecção de cirurgias limpas entre pacientes de
outros cirurgiões de mesma especialidade ou equivalente.
6.4 O relatório de vigilância epidemiológica e os relatórios de investigações epidemiológicas deverão
ser enviados às Coordenações Estaduais/ Distrital/Municipais e à Coordenação de Controle de Infecção
Hospitalar do Ministério da Saúde, conforme as normas específicas das referidas Coordenações.
ANEXO IV
LAVAGEM DAS MÃOS
1. Lavagem das mãos é a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-
se sabão/detergente, seguida de enxágue abundante em água corrente.
2. A lavagem das mãos é, isoladamente, a ação mais importante para a prevenção e controle das
infecções hospitalares.
3. O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos antes e após contatos que envolvam mucosas,
sangue ou outros fluidos corpóreos, secreções ou excreções.
5. A decisão para a lavagem das mãos com uso de antisséptico deve considerar o tipo de contato, o
grau de contaminação, as condições do paciente e o procedimento a ser realizado.
5.1 A lavagem das mãos com antisséptico é recomendada em;
- realização de procedimentos invasivos;
- prestação de cuidados a pacientes críticos;
- contato direto com feridas e/ou dispositivos, tais como cateteres e drenos.
6. Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática da lavagem das
mãos em todos os níveis de assistência hospitalar.
6.1 A distribuição e a localização de unidades ou pias para lavagem das mãos, de forma a atender à
necessidade nas diversas áreas hospitalares, além da presença dos produtos, é fundamental para a
obrigatoriedade da prática.
ANEXO V
RECOMENDAÇÕES GERAIS.
4. As normas para lavanderia são aquelas definidas pela publicação do Ministério da Saúde - Manual
de Lavanderia Hospitalar, 1ª edição, 1986, ou outras que as complementem ou substituam.
02. (EBSERH - Enfermeiro - IBFC) Para a adequada execução do Programa de Controle de Infecções
Hospitalares (PCIH), os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH),
órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção
hospitalar. Considerando a composição dos membros da CCIH, analise as afirmativas abaixo, dê valores
Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para
baixo.
( ) A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente
designados. Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores.
( ) O presidente ou coordenador da CCIH será sempre um médico, indicado pela direção do hospital.
( ) Um dos membros executores deve ser, obrigatoriamente, um enfermeiro.
( ) Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde
para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis)
horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais.
(A) V,V,V,F;
(B) V,F,F,V;
(C) F,V,V,V;
(D) V,F,V,V;
(E) V,F,F,F.
03. (TRT 9ª Região - Técnico Judiciário - FCC) Na prevenção e controle de infecção hospitalar, o
técnico de enfermagem utiliza
(A) luvas de procedimento quando existir o risco de contato com sangue, durante o banho no leito.
(B) máscara na assistência de enfermagem ao paciente portador de erisipela.
(C) óculos ao assistir o paciente com tuberculose.
(D) máscara e luvas durante o transporte de todos os pacientes ao centro cirúrgico.
(E) avental de manga longa quando na presença de suor.
04. (DEPEN - Enfermagem - CESPE) Julgue os itens seguintes, acerca do controle da infecção
hospitalar.
A infecção hospitalar é aquela adquirida após a admissão do paciente no hospital, manifestando-se
apenas durante a internação.
( ) Certo ( ) Errado
05. (CAISM PHILIPPE PINEL - Técnico de Enfermagem - CETRO) Quanto à realização correta do
procedimento da técnica de lavagem de mãos em ambiente hospitalar, é correto afirmar que é
(A) o método mais utilizado para o controle de infecção, apesar de não ser o mais eficaz.
(B) pouco relevante se o ambiente hospitalar for constantemente desinfetado.
(C) relevante em ambientes hospitalares com alto risco de infecção, mas pouco necessário em
atendimento ambulatorial.
(D) o método mais simples e mais indicado para o controle de infecções.
06. (DEPEN - Enfermagem - CESPE) Julgue os itens seguintes, acerca do controle da infecção
hospitalar.
A infecção comunitária é aquela constatada ou encubada no ato da admissão, desde que não esteja
relacionada com internação anterior no mesmo hospital.
( ) Certo ( ) Errado
Comentários
01.Resposta: E
2.1 A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente
designados.
02.Resposta: B
De acordo com a Portaria MS 2.616 / 98, que regulamenta as ações de controle de infecção hospitalar
no país.
(V) A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente
designados. Os membros da CCIH serão de 2 tipos: consultores e executores.
(F) O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela
direção do hospital.
(F) Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro.
(V) Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde
para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima de 6 (seis)
horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais.
03.Resposta: A
Deve-se usar luvas de procedimentos para qualquer tipo de procedimento para segurança do
profissional e do paciente.
05. Resposta: D
Lavagem das mãos é essencial para medida de segurança para o profissional, quanto para o
paciente. Deve ser realizada no início e término de cada procedimento.
Procedimentos de enfermagem
PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM
Prontuário do Paciente
O prontuário do paciente contém todas as informações sobre o cliente, relatadas ao serviço médico,
de enfermagem, de nutrição, laboratório, etc. Em geral, os prontuários são constituídos por:
- Folha de identificação e relatório médico;
- Prescrição médica e Sistematização da Assistência de Enfermagem;
- Relatórios de enfermagem;
- Evolução Clínica (Médica e Enfermeiro);
- Exames complementares.
As informações sobre o paciente devem se exatas, claras objetivas e legíveis (o costume de anotar
usando letra de forma facilita a leitura dos relatórios). Nunca usar borracha ou rabiscar. Em caso de erro,
colocar a parte errada entre parênteses e escrever “sem efeito” logo em seguida. As palavras devem ser
escritas por extenso, evitando interpretações erradas de palavras abreviadas.
Apostila gerada especialmente para: tais matheus 112.892.037-92
88
Os cabeçalhos devem ser completos. Quando terminar uma folha, colocar outra preenchendo todos
os itens do cabeçalho outra vez. Toas as anotações devem ser assinadas e datadas.
Finalidades:
- Auxilia no diagnóstico e tratamento;
- Constitui valioso material para ensino;
- Oferece dados e informações para pesquisa e estatísticas;
- É documento legal para fins legais;
- Eficiência do atendimento médico e de enfermagem.
Admissão
O paciente deve ser recebido no hospital com toda cordialidade e atenção. A primeira impressão que
o paciente tem e sempre de grande importância para inspirar-lhe confiança no hospital e no tratamento
que ali vai receber. Este bom acolhimento influirá também nos familiares ou pessoas que o acompanham.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Preencher todos os dados da ficha de identificação do paciente;
- Fazer a lista dos valores do paciente sob suas vistas ou alguém de sua família. Entregá-los ao
responsável para guarda-los no cofre do hospital ou conforme rotina da instituição;
- Levar o paciente até seu quarto e orientá-lo quanto as instalações sanitárias e demais dependências
da enfermaria;
- Deixar a campainha ao seu alcance;
- Providenciar para que o paciente conheça a equipe que lhe dará assistência. Mostrar-lhe o
regulamento do hospital quanto a visita, horas de repouso, de refeição, etc.;
- Encaminhar o paciente para o banho oferecendo o material;
- Arrumar a cama conforme técnica de arrumação de cama aberta;
- Acomodar o paciente e verificar os sinais vitais, fazer o exame físico conforme a técnica, lavando as
mãos antes e após os procedimentos;
- Anotar na folha de evolução de enfermagem o horário da admissão, sinais vitais, exame físico
completo, e se o paciente veio sozinho acompanhado, deambulando, em cadeira de rodas ou de maca;
- Comunicar o serviço de nutrição a dieta do paciente;
- Encaminhar pedidos de exames;
- Iniciar o tratamento propriamente dito.
Alta Hospitalar
Técnica
- Verificar se a folha de alta está assinada e carimbada pelo médico;
- Reunir e entregar os pertences ao paciente;
- Verificar se existem valores do paciente guardados pelo hospital tais como: dinheiro, joias,
documentos etc;
- Se houver necessidade ajudar o paciente a vestir-se;
- Anotar no prontuário o horário e as condições em que o paciente está saindo, e as orientações feitas
no momento da alta;
- Esperar os familiares ou responsável;
- Acompanhar o paciente a portaria.
Obs.: em caso de alta por óbito, anotar no prontuário a hora, e o médico que constatou e atestou o
óbito.
Observação e anotação do estado do paciente sob ponto de vista anatômico, fisiológico e psicológico.
- Aspecto Geral: Quando ao estado geral do paciente, vamos observar se está magro, gordo, cianótico,
avermelhado, ictérico (amarelado), pálido, fraco, apático (indiferente), nervoso, cansado, grave, agitado.
Observamos todos esses aspectos. Na observação do aspecto geral deve-se anotar qualquer
anormalidade que ocorra com o paciente, como peles, olhos, nariz, ouvidos e etc.
- Estado Mental, observaremos o seguinte: O paciente está consciente, delirante, inconsciente, lúcido,
acuidade auditiva diminuída, deprimido, exaltado, ansioso, alegre, excitado, etc.
Nota: a observação de enfermagem não se resume somente nos itens citados acima, mas estes são
os principais sinais e sintomas verificados pela equipe de enfermagem na rotina hospitalar.
Transferência
A transferência se processa como a alta. A unidade para onde o paciente vai deve ser avisada com
antecedência, para que esteja preparada para recebe-lo.
O prontuário deve ser entregue à chefe da outra unidade.
O paciente será transportado de acordo com seu estado geral.
20
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/paciente_hig_maos.pdf
• Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais;
• Ao iniciar e terminar o turno de trabalho;
• Antes e após ir ao banheiro;
• Antes e depois das refeições;
• Antes de preparo de alimentos;
• Antes de preparo e manipulação de medicamentos;
• Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado por C. difficile;
• Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico;
• Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas.
Estes produtos associam detergentes com antissépticos e se destinam à higienização antisséptica das
mãos e degermação da pele das mãos, descritas a seguir:
- Finalidades promover a remoção dos microrganismos da flora transitória e algumas vezes da flora
permanente;
- Remover células descamativas, pelos, suor, sujidades e oleosidades;
- Prevenir infecção hospitalar;
- Material;
- Sabão líquido;
- Papel toalha.
Técnica
- Abrir a torneira e deixar a água fluir;
- Molhar as mãos;
- Aplicar 3ml de sabão líquido (bactericida) na palma de uma das mãos;
- Fazer movimentos de fricção com a palma das mãos e após entrelaçar os dedos mantendo a fricção;
Limpeza de Unidade
É a limpeza realizada na Unidade do Paciente, pode ser: Limpeza concorrente e Limpeza Terminal.
Limpeza Concorrente
É feita diariamente após o banho do paciente e arrumação do seu leito. Consiste na limpeza de parte
do mobiliário da unidade do paciente.
Normas
- A limpeza terminal da unidade do paciente deve ser realizada pelo funcionário da enfermagem após
alta, transferência ou óbito;
- A limpeza concorrente da unidade do paciente deve ser realizada pelo funcionário da enfermagem
uma vez a cada plantão;
- O produto utilizado para a limpeza terminal da unidade deverá ser fenol sintético. No caso da limpeza
concorrente, usar álcool a 70%;
- A limpeza do carrinho de banho, carrinho de parada, carrinhos de medicação e de curativo, deverá
ser feita uma vez por plantão pela enfermagem, com fenol sintético;
- Os panos de limpeza utilizados na limpeza terminal ou concorrente, deverão ser enxaguados quantas
vezes forem necessárias na bacia utilizada para este fim;
- Ao realizar a limpeza concorrente, limpar a unidade com agua e sabão, caso estiver suja de sangue
ou secreção;
- Utilizar movimentos simples e amplos em um só sentido;
- Observar a sequência da limpeza (do mais limpo para o mais contaminado, evitando sujar as áreas
limpas);
- Evitar molhar o chão.
Limpeza Terminal
Material:
- Solução desinfetante (fenol),
- 01 par de luvas de procedimento,
- Panos de limpeza,
- Hamper e sanito (saco plástico),
- Bacia.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Reunir o material;
- Colocar o material sobre a mesa de cabeceira;
- Calcar luvas;
- Desprender a roupa de cama e despreza-la no hamper, evitando movimentos bruscos;
- Recolher materiais e equipamentos (ambu, umidificador, aspirador, comadre, papagaio) e
encaminha-los ao expurgo;
- Afastar a cama da parede, deixando espaço suficiente para realização da limpeza;
- Iniciar a limpeza do leito pela parte superior do colchão, da cabeceira para o centro, inclusive as
laterais do colchão, sempre do mais distante para o mais próximo;
- Continuar a limpeza do colchão, do centro para os pés, inclusive as laterais do colchão, sempre do
mais distante para o mais próximo;
- Dobrar o colchão ao meio e limpar o estrado iniciando da cabeceira para o centro. Elevar o estrado
e limpar a parte inferior do mesmo, inclusive espaldar e pés;
- Limpar a parte posterior do colchão, da cabeceira para o centro, retorna-lo em cima do estrado;
- Dobrar o colchão para o lado contrário e limpar a outra metade do estrado, do centro para os pés
segundo a técnica, não se esquecendo da parte inferior do estrado;
- Realizar a limpeza da parte posterior do colchão iniciando do centro para os pés;
- Passar para o lado mais distante e limpar a lateral do leito, grade e pés do leito;
- Passar para o lado mais próximo e limpar a lateral do leito, grade e pés do leito;
- Limpar com a solução de fenol a mesa de cabeceira iniciando pela parte interna da mesma;
- Limpar com a solução de fenol a parte externa da mesa de cabeceira;
- Limpar com pano embebido na solução de fenol o suporte de soro (retirando fitas adesivas e
esparadrapos que porventura estiverem colados);
- Retirar as luvas;
- Arrumar o leito conforme técnica descrita anteriormente;
- Encaminhar material utilizado ao expurgo;
Limpeza Concorrente
Material:
- Álcool a 70%,
- Agua e sabão se necessário,
- Panos de limpeza,
- Luvas de procedimento.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Preparar o material;
- Encaminhar ao quarto do paciente;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Calcar luvas;
- Avaliar as condições de limpeza do leito do paciente;
- Embeber o pano de limpeza com álcool a 70%;
- Limpar as laterais do leito com pano sempre no sentido da cabeceira para os pés e do lado mais
distante para o mais próximo;
- Limpar a cabeceira e os pés do leito por último;
- Trocar o pano embebido em álcool e limpar a mesa de cabeceira iniciando pela parte interna e a
seguir a parte externa;
- Deixar a mesa de cabeceira em ordem;
- Desprezar os panos de limpeza no hamper;
- Desprezar as luvas;
- Lavar as mãos;
- Revisar o painel de gases se necessário;
Arrumação do Leito
Definição:
Cama aberta - quando está ocupada por paciente,
Cama fechada - quando o leito está vago,
Cama de operado - quando está aguardando o retorno do paciente do centro cirúrgico.
Normas
- O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o plantão;
- O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade;
- Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho;
- Utilizar lençóis limpos, secos e sem pregas;
- Caso os lençóis sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelos;
- Observar o estado de conservação dos colchoes e travesseiros;
- Não sacudir as roupas de cama;
- Não arrastar as roupas de cama no chão.
Material:
- Luvas de procedimento,
- 02 Lençóis,
- 01 Travesseiro,
- 01 Fronha,
- 01 Forro,
- 01 Cobertor, se necessário,
- Hamper.
Material:
- 01 travesseiro,
- 02 lençóis,
- 01 cobertor (se necessário),
- 01 fronha,
- 01 lençol para fralda,
- 01 rolo para costas (se necessário),
- Camisola ou pijama,
- 01 forro.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Colocar a roupa na mesa de cabeceira;
- Explicar o que se vai fazer ao paciente;
- Colocar o hamper próximo a cama;
- Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado;
- Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira;
- Colocar o paciente em decúbito dorsal protegido com o lençol de cima;
- Enrolar o forro e lençol de baixo separadamente, até o meio da cama e sob o corpo do paciente;
- Substituir o lençol de baixo, e o forro, pela roupa limpa;
- Virar o paciente para o lado pronto, nunca o expondo;
- Passar para o lado oposto;
- Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lençóis limpos, prendendo-os e fazendo os cantos;
- Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente;
Obs.: se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas pessoas.
O leito do operado e igual ao leito fechado, mas com lençol dobrado em pregas, na cabeceira do leito
próximo ao lençol móvel. Esse leito terá as roupas soltas nos pés, exceto o lençol de baixo. O lençol de
cima, cobertor, e colcha deverão ser dobrados na parte da cabeceira e dos pés, deixando-os enrolados
lateralmente.
Após deitar o paciente operado cobri-lo e prender as peças da cama que estavam soltas fazendo os
cantos.
Higiene do Paciente
Normas
- A higiene do paciente fica a cargo da Equipe de Enfermagem;
- Explicar sempre ao paciente o que vai ser feito;
Higiene Oral
Definição
Consiste na limpeza dos dentes, gengivas, bochechas, língua e lábios. Condições patológicas que
predispõem a irritação e a lesão da mucosa oral: (estado de coma, hipertermia).
Finalidades
- Promover conforto ao paciente,
- Evitar halitose,
- Prevenir carie dentaria,
- Conservar a boca livre de resíduos alimentares.
Material:
- Solução antissépticas - solução bicarbonatada (para cada 1 colher de chá, 500 ml de agua);
- Espátula envoltas em gazes;
- Lubrificante (vaselina liquida);
- Toalha;
- Copo para colocar solução antissépticas;
- Luvas;
- Cuba rim.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente o que ser feito;
- Calcar luvas;
- Reunir o material na mesa de cabeceira;
- Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada. Em pacientes inconscientes,
coloca-los em decúbito lateral;
- Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se necessário;
- Proceder a limpeza de toda a boca do paciente usando as espátula envoltas em gazes, embebidas
em solução antissépticas diluído em agua;
- Utilizar cuba rim para o paciente "bochechar";
- Limpar a língua, para evitar que fique seborreica;
- Enxugar os lábios com a toalha;
- Lubrificar os lábios com vaselina liquida, para evitar rachaduras;
- Retirar luvas;
- Lavar as mãos;
- Recompor a unidade;
- Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Obs.: em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para retirar o excesso
de liquido da solução antissépticas, sem mobilizar a cabeça.
Material:
- Solução antissépticas - solução bicarbonatada,
- Espátula envoltas em gazes,
- Lubrificante (vaselina liquida),
- Copo para colocar solução antissépticas,
- Seringa de 20ml,
- Aspirador montado,
- Cânula de guedel (estéril), se necessário,
- Toalha,
- Luvas.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente o que ser feito;
- Calcar luvas;
- Reunir o material na mesa de cabeceira;
- Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada ou em decúbito lateral se estiver
inconsciente. Caso o paciente esteja com sonda nasogástrica, abri-la, para evitar náuseas e refluxo do
conteúdo gástrico para a boca;
- Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se necessário;
- Verificar se o cuff da cânula endotraqueal esta insuflado, para evitar que a solução antissépticas ou
salivação penetre na traqueia, durante a higienização;
- Instilar agua com auxílio da seringa, pelo orifício da cânula de guedel, e fazer aspiração ao mesmo
tempo;
- Retirar a cânula de guedel e lava-la em agua corrente na pia do quarto e recoloca-la, ou proceder a
sua troca por outra estéril, caso, seja necessário ou que conforme rotina, já tenha dado 24 horas após a
sua colocação;
- Proceder a limpeza de toda a boca do paciente, usando as espátula envoltas em gazes embebidas
em solução antisséptica. Limpar o palato superior e toda a arcada dentaria;
- Limpar a também a língua;
- Enxugar os lábios com a toalha e lubrifica-los com vaselina;
- Retirar luvas;
- Lavar as mãos;
- Recompor a unidade;
- Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Obs.: a troca do cadarço da cânula endotraqueal, deve ser feita pelo Técnico/Auxiliar a cada 12 horas,
ou quando se fizer necessário, acompanhada do reposicionamento da cânula endotraqueal, que dever
ser feito pela Enfermeira da unidade.
- A higiene oral do paciente entubado dever ser feita 01 vez a cada plantão.
Material:
- Copo com solução antissépticas bucal,
- Escova de dentes,
- Pasta dental ou sabão liquido,
- Cuba rim,
- 01 par de luvas,
- Toalhas de papel,
- Toalhas de Banho,
- Biombos.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente o que vai fazer;
Obs.: quando o paciente retirar a prótese ou recoloca-la, a Enfermagem dever observar se há alguma
anormalidade em cavidade bucal. Se houver, relata-la no prontuário.
Normas
- Trocar a agua do banho sempre que necessário;
- Quando houver colostomia e/ou drenos, esvaziar as bolsas coletoras antes do banho ou troca-la,
depois trocar as luvas e iniciar o banho;
- Quando o banho for dado em apenas uma pessoa, levando-se em consideração que o paciente ajuda,
seguir a mesma técnica, porém, sem esquecer de lavar as mãos enluvadas, antes de manipular a roupa
limpa;
- O uso de máscara para banho e opcional como rotina. Levar em consideração os pacientes altamente
infectados.
Material:
- Carro de banho ou mesa de cabeceira,
- Luva de banho,
- Toalha de banho (lençol protetor),
- Material para higiene oral,
- Material para higiene intima,
- Pente,
- Sabonete individualizado,
- Comadre e/ou papagaio do próprio paciente,
- Roupa para o paciente (pijama ou camisola),
- Roupa de cama (02 lençóis, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 para fralda S/N, 01 forro S/N).
- Luvas de procedimento,
- Luvas de banho,
- Hamper,
- 01 bacia,
- 01 balde,
- Fita adesiva,
- Biombos.
Material:
- Roupa pessoal (pijama, camisola, shorts - fornecidos pelo Hospital),
- Toalha de banho,
- Sabonete (individual),
- Pente,
- Luva de banho (opcional).
Obs.: sentar na cadeira embaixo do chuveiro e muito mais seguro para os pacientes idosos ou para
os pacientes que ainda estão muito fracos, facilitando para que lavem as pernas e pés, com menor
probabilidade de escorregarem.
- Durante o banho deve-se assegurar a privacidade ao paciente, mas pedir-lhe para não trancar a porta
e chamar se precisar de assistência. Manter-se perto do local.
Material:
- 01 balde,
- 01 jarra,
- Pacote de gazes,
- Comadre,
- Toalha de banho,
- Sabão líquido o P.V.P.I. degermante,
- Luvas para procedimento,
- Hamper,
- Pinça auxiliar (Cheron),
- Biombo,
- Forro e saco plástico.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Reunir o material e coloca-los sobre a mesa de cabeceira;
- Calcar as luvas;
- Trazer o hamper próximo ao leito;
- Proteger a unidade com biombos;
- Colocar o paciente em posição ginecológica, procurando expô-la o mínimo possível;
- Colocar o forro sobre o saco plástico, colocando-os sobre a região glútea;
- Colocar a comadre sob a região glútea da paciente, com ajuda da mesma;
- Irrigar monte pubiano e vulva com agua, despejando-a suavemente com o auxílio da jarra;
- Despejar pequena porção de sabão liquido ou P.V.P.I. degermante sobre o monte pubiano;
- Ensaboar a região pubiana com a pinça montada em gaze, de cima para baixo sem atingir o anus,
desprezando a gaze, após cada movimento vulva - anus;
- Afastar os grandes lábios e lava-la no sentido anteroposterior, primeiro de um lado, desprezando a
gaze e depois do outro lado;
- Lavar por último a região anal;
- Despejar a agua da jarra, sobre as regiões ensaboadas;
- Retirar a comadre;
- Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que está sob a região glútea do
paciente;
- Colocar a paciente em posição de conforto;
Obs.: se houver presença de secreção uretral e/ou vaginal, utilizar gazes montadas na pinça auxiliar
para retirar o excesso, antes de iniciar a limpeza com agua e sabão liquido ou P.V.P.I. degermante.
Material:
- 01 balde,
- 01 jarra,
- Pacote de gazes,
- Comadre,
- Toalha de banho,
- Sabão líquido o P.V.P.I. degermante,
- Luvas para procedimento,
- Hamper,
- Pinça auxiliar (Cheron),
- Biombo,
- Forro e saco plástico.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento ao paciente;
- Reunir o material e leva-lo a unidade do paciente;
- Proteger a unidade com biombos;
- Trazer o hamper próximo ao leito;
- Calcar as luvas de procedimentos;
- Posicionar o paciente expondo somente a área genital;
- Colocar o forro com plástico sob a região glútea do paciente;
- Colocar a comadre sob a região glútea em cima do forro com a ajuda do paciente;
- Irrigar com a jarra com agua, a região genital;
- Dobrar e pinçar gaze com a pinça auxiliar;
- Despejar pequena porção de sabão líquido ou P.V.P.I. degermante, sobre os genitais;
- Ensaboar os genitais com a pinça montada em gaze, desprezando a gaze, a cada etapa;
- Tracionar o prepúcio para trás, lavando-o em seguida, com movimentos únicos e circulares;
- Iniciar a higiene intima pelo meato urinário, prepúcio, glande, corpo do pênis, depois região escrotal
e por último a região anal;
- Despejar o conteúdo da jarra sobre a região pubiana, pregas inguinais, pênis e bolsa escrotal;
- Tracionar o escroto, enxaguando a face inferior no sentido escroto perineal;
- Retirar todo o sabão líquido ou P.V.P.I. degermante;
- Retirar a comadre;
- Enxugar a região lavada com a toalha de banho ou com o forro que está sob a região glútea do
paciente;
- Posicionar o prepúcio;
- Colocar a paciente em posição de conforto;
- Desprezar as roupas no hamper (toalha, forro);
- Lavar a comadre no banheiro, juntamente com o balde e jarra e guarda-los;
- Retirar a luva;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário.
Obs.: se houver presença de secreção purulenta na região uretral, limpa-la com gaze, antes de
proceder a limpeza com agua e sabão.
Material:
- Shampoo,
- Balde,
- Bacia,
- Toalha de banho,
- Luvas para procedimento,
- Forro e saco plástico,
- Pente,
- Algodão em bola (02 unidades).
Técnica
- Explicar ao paciente o que ser feito;
- Reunir o material no carro de banho e leva-lo próximo a cama do paciente;
- Lavar as mãos;
- Fechar portas e janelas;
- Abaixar a cabeceira do leito do paciente;
- Retirar o travesseiro;
- Colocar toalha de banho na cabeceira da cama, sob o forro com o plástico;
- Colocar sobre o forro com plástico, a bacia com agua morna;
- Colocar o paciente em posição diagonal, com a cabeça próxima ao funcionário;
- Proteger os ouvidos do paciente com algodão;
- Colocar outra toalha ao redor do pescoço do paciente, afrouxando a camisola, no caso de mulher, ou
retirando a camisa no caso de homem, cobrindo-o com o lençol;
- Sustentar a cabeça do paciente com uma das mãos, sobre a bacia com agua;
- Pentear os cabelos, inspecionando o couro cabeludo, cabelos e observando condições de
anormalidade;
- Umedecer os cabelos com um pouco de agua, aplicando o shampoo evitando que o liquido escorra
nos olhos;
- Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos;
- Lavar os cabelos;
- Enxaguar os cabelos do paciente até sair toda espuma, com o auxílio de uma jarra;
- Despejar a agua da bacia, quantas vezes forem necessário;
- Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer agua;
- Retirar a bacia que está sob a cabeça do paciente;
- Descansar e envolver a cabeça do paciente na toalha;
- Secar os cabelos com toalha de banho ou forro;
- Pentear os cabelos do paciente;
- Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial;
- Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em posição confortável;
- Lavar as mãos;
- Anotar na prescrição do paciente.
Material:
- Solução indicada para pediculose,
- Luvas para procedimento,
- Atadura de crepe,
- Esparadrapo,
- Forro e saco plástico,
- Pente fino,
- Biombo,
- Vaselina Liquida.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Trazer a bandeja com o material e coloca-los na mesa de cabeceira ou carro de banho;
Obs.: deixar a solução no cabelo por 03 a 06 horas pela manhã e lava-la a tarde, passando vinagre
apos e penteando.
Indicado em pacientes acamados, ou quando houver necessidade de recolher material para exames
ou controle de diurese. Geralmente o paciente encontra dificuldade no seu uso, cabendo à enfermagem
atende-lo com compreensão e tato.
A privacidade é fundamental para evitar constrangimento. A colocação da comadre ou papagaio deve
ser feita com à exposição mínima do paciente, e de preferência por pessoal da enfermagem do mesmo
sexo.
Material:
- Comadre ou Papagaio (previamente aquecido e seco)
- Papel higiênico,
- Biombos,
- Bacia com agua morna
- Toalha de banho,
- Sabonete.
Técnica
- Lavar as mãos;
- Identificar o paciente;
- Cercar a cama com biombos;
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Reunir o material necessário junto a unidade;
- Colocar as luvas de procedimento;
- Aquecer a comadre (fazendo movimentos de fricção em sua superfície, com a extremidade sobre o
lençol ou colocando-a em contato com agua quente);
- Pedir ao paciente para levantar os quadris e se ele estiver impossibilitado, levantar por ele, com a
ajuda de outro funcionário da Enfermagem;
- Colocar a comadre sob os quadris;
- Se for papagaio, deve ser colocado entre os membros inferiores e o pênis dentro do recipiente. Pode
ser colocado em decúbito lateral, observando o conforto do paciente.
- Deixar o paciente sozinho, sempre que possível;
- Ficar por perto e voltar tão logo ele o chame; necessário, faca por ele;
- Pedir novamente ao paciente que levante o quadril ou, se necessário, levante por ele;
- Retirar a comadre ou papagaio;
- Fornecer bacia com agua para que o paciente lave as mãos;
- Fornecer toalha para que ele enxugue as mãos;
- Lavar o material;
- Colocar o material restante no lugar;
Obs.: não deixar um paciente esperando pela comadre, por se tratar de um ato fisiológico e a espera
pode levar a angustia física e emocional, podendo ocorrer diminuição do tônus dos esfíncteres.
- Por se tratar de um momento íntimo, muitos pacientes tem que ficar sozinhos, pois sentem-se
inibidos, não conseguindo evacuar perto de outras pessoas.
Movimentação do Paciente
Normas
- E de responsabilidade da equipe de enfermagem a movimentação do paciente que não se movimenta
sozinho;
- O paciente dever ser mudado de decúbito a cada duas horas e sempre que solicitado pelo mesmo;
- A movimentação e posição deve ser de acordo com o quadro do paciente;
- E de responsabilidade da enfermagem o transporte do paciente dentro da área hospitalar;
Utilizando 02 pessoas:
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente que ser feito;
- Ficar em pé ao lado da cama, de frente para o paciente, uma pessoa de cada lado da cama;
- A primeira pessoa segura o short ou fralda do paciente do lado esquerdo;
- A segunda pessoa segura o short ou fralda do paciente do lado direito;
- Trazer o paciente em movimento ritmados para o lado direito ou esquerdo;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário horário e posição o em que foi colocado o paciente;
Obs.: as pessoas que vão movimentar o paciente devem permanecer com uma das pernas frente a
outra, com os joelhos e quadris fletidos, trazendo o braço ao nível da cama;
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente que ser feito;
- Posicionar-se ao lado do qual se quer virar o paciente;
- Aproximar o paciente para a beira oposta da cama;
- Vira-lo para o lado D ou E com movimentos firmes e suaves;
- Apoiar o dorso com travesseiros ou rolo de cobertor;
- Colocar o travesseiro sob a cabeça e o pescoço;
- Flexionar o membro inferior que está por cima e apoia-lo sobre o travesseiro;
- Manter fletido o membro superior que está em contato com o colchão;
- Recompor a unidade;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário.
Utilizando 02 pessoas
- Lavar as mãos;
- Explicar ao paciente que ser feito;
- Deixar o paciente em posição horizontal;
- A primeira pessoa solta um dos lados do lençol móvel, a segunda pessoa solta o outro lado do lençol
móvel;
Restrição do Paciente
Finalidade
- Nos casos de pacientes agitados, pós-operatórios, principalmente cirurgias de crânio;
- Em traumas e cirurgias em região ocular, quando o paciente não colaborar;
- Em doentes mentais, quando constituem um perigo para si e para os demais;
- Pacientes com infecção na pele, para evitar que se cocem;
- No caso de pacientes que não colaboram, para manutenção de sondas, cateteres e soros.
Meios Utilizados para Restrição Lençóis, faixas elásticas, coletes, cama com grade, saquinhos de
areia, atadura de crepe, traço;
Normas
- Importante conversar sempre com o paciente durante o tratamento, para diminuir o desconforto da
restrição e a inquietude, explicando-lhe a finalidade da restrição;
- Retirar a restrição logo que terminar o tratamento ou o paciente se acalmar;
- Ha necessidade de uma boa observação devido a possibilidade de deficiência de circulação;
- Sempre anotar as causas das restrições no prontuário;
- Verificar com frequência o local da restrição; se o paciente ficar sob restrição durante muito tempo,
retira-la duas vezes ao dia, lavar o local com agua morna e sabonete ou sabão liquido, massageando o
local;
- Ter cuidado para não apertar demasiadamente; deve-se passar pelo menos 1 dedo entre a argola e
o local restrito;
- Não deixar de restringir os membros sem restringir também o abdome quando o paciente estiver
agitado;
- Quando colocar restrição sobre o abdome, evitar ajustar o lençol sobre a região epigástrica;
- Evitar fazer pressão sobre as artérias, fraturas, queimaduras e ferimentos;
- Deve-se usar a restrição, somente quando se tornar absolutamente necessária;
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível);
- Dobrar um lençol em diagonal, até formar uma faixa de 25 cm de largura;
- Colocar a faixa sob as costas do paciente, passando pelas axilas, cruzando sob o travesseiro e
amarrando na cabeceira da cama;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário.
Restrição do Abdome
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível);
- Dobrar 02 lençóis de forma longitudinal (ao comprido) ou diagonal cada um, até formar uma faixa de
25 cm de largura;
- Colocar uma faixa sobre o abdome do paciente e a outra sob a região lombar;
05 - Torcer juntas as pontas do lado direito dos dois lençóis, amarrando-as no estrado do leito;
- Repetir o mesmo procedimento para o lado esquerdo;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível);
- Dobrar 01 lençol em diagonal;
- Colocar sob os joelhos do paciente;
- Passar a ponta do lado direito do lençol sobre o joelho direito e por baixo do esquerdo;
- Passar a ponta do lado esquerdo do lençol sobre o joelho esquerdo e por baixo do joelho direito,
amarrando as extremidades livres no estrado do leito;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente (se possível);
- Colocar o membro do paciente em posição anatômica;
- Adaptar a atadura de crepe no membro deixando sobrar uma ponta;
- Realizar o enfaixamento do membro, que terá duas finalidades:
a) Proteção do membro;
b) Restrição do membro;
- Amarrar as pontas das ataduras após o enfaixamento;
- Amarrar a ponta da atadura no estrado da cama;
- Lavar as mãos;
- Anotar no prontuário.
Semi Independente
- Material
- Cadeira,
- Lençóis e Cobertores,
- Travesseio.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Orientar o paciente quanto a necessidade de locomoção, local onde ir e como ser feito o transporte;
- Forrar a cadeira com lençol;
- Colocar a cadeira ao lado da cama, com as costas virada para o pé da cama (se for cadeira de rodas,
não se esquecer de trava-la);
05 - Virar o paciente de lado, colocando um dos braços sob os ombros do paciente e outro, na região
da escápula. O braço mais distante do paciente se apoia no ombro do funcionário, que com um impulso,
senta-o no leito; Observar as áreas do paciente;
- Calcar os chinelos;
- Fazer o paciente levantar, apoiando-se nos ombros do funcionário que o segura pela cintura;
- Virar e sentar o paciente na cadeira;
- Envolver o paciente com lençol ou cobertor (se necessário);
- Colocar travesseiro nas costas para apoio (se necessário);
- Passar uma faixa (lençol dobrado no sentido longitudinal) em volta da região abdominal do paciente,
amarrando as extremidades na parte de trás da cadeira (se necessário);
- Certificar-se do conforto e segurança do paciente;
- Anotar no prontuário: horário da saída e o destino, intercorrências durante o transporte.
Obs.: quando tratar-se de paciente totalmente incapacitado, colocar a cadeira paralela ao leito, com
as costas voltada para a cabeceira do leito;
Material:
- Lençol,
- Maca.
Técnica:
- Lavar as mãos;
- Preparar o material;
- Orientar o paciente quanto a necessidade do transporte;
- Forrar a maca com lençol;
- Colocar a maca ao lado da cama;
- Travar as rodas da maca;
- 03 Elementos devem se posicionar ao lado da cama e os outros 03 elementos do outro lado da maca,
posicionando da seguinte forma:
a) A primeira pessoa coloca um braço sob o pescoço e ombros e o outro sob as costas;
b) A segunda pessoa coloca um braço sob a cintura, e o outro sob os quadris;
c) A terceira pessoa que fica aos pés do paciente coloca um braço sob os quadris e o outro sob as
pernas;
d) Os outros 03 elementos ficam do lado oposto e seguram o paciente da mesma forma (um elemento
se firma no braço do outro);
- Ao dizer 3 (trás) o paciente levantado e colocado na maca;
- Cobrir o paciente com lençol;
- Certificar se o paciente está confortável;
- Levantar as grades da maca.
O procedimento de calçar um par de luvas estéril requer técnica correta, para evitar a contaminação
da luva, fato este que pode ocorrer com facilidade, por isso requer muita atenção.
As luvas estéreis devem ser utilizadas sempre que ocorrer a necessidade de manipulação de áreas
estéreis. Existem vários procedimentos que exigem a utilização de luvas estéreis, entre eles os
Tricotomia
É a retirada dos pelos de uma determinada área com a finalidade do preparo da área para cirurgia ou
exames.
Material:
- Cuba rim;
- Sabão;
- Cuba redonda com água;
- Aparelho com gilete nova;
- Papel higiênico;
- Gazes;
- Luvas.
Técnica:
- Preparo orientação ao paciente;
- Preparo do ambiente e material;
- Descobrir a área indicada;
- Com auxílio de uma gaze, aplicar a solução de sabão na área a ser manuseada;
- Esticar a pele com a mão e com movimentos amplos e suaves, raspar os pelos na direção de
crescimento;
- Sempre que houver excesso de pelos no aparelho, retirar com auxílio do papel higiênico;
- Retirar o excesso de sabão com auxílio de gaze verificando se o campo está bem feito;
- Enviar o paciente ao banheiro;
- Anotar o que foi feito, limpar e colocar em ordem o material.
Lavagem Otológica
O tampão de cerume é uma causa comum de hipoacusia e certamente a de mais fácil resolução.
Quando se diagnostica o tampão de cerume, deve-se indicar ao indivíduo o uso prévio de um
ceruminolítico por 5 a 7 dias.
Devem ser pingadas 5 gotas na orelha afetada, 3 vezes ao dia, mantendo por 5 minutos o decúbito
lateral, com a orelha afetada para cima. No Brasil, a única opção comercial de ceruminolítico é o
Cerumin® (borato de 8-hidroxiquinolina 0,4mg + trolamina 140mg/mL).
O uso do ceruminolítico previamente à lavagem parece aumentar a sua taxa de sucesso. Quando a
lavagem não é bem-sucedida, pode ocorrer otalgia, causada pela distensão do conduto auditivo devido à
absorção de água pelo tampão ainda impactado.
Material a ser usado: seringa de 20mL, ou mais, sonda urinária de alívio, tesoura, cuba-rim, toalha ou
lençol e solução fisiológica (SF). Deve-se aquecer SF a uma temperatura próxima à corporal, pois isso
evita a ocorrência de nistagmo, náuseas e vertigem.
A sonda, já cortada para ficar com 2 ou 3cm de comprimento, deve ser conectada à seringa que vai
ser usada para irrigar o conduto auditivo com o jato direcionado para cima. Isso irá criar um efeito de
turbilhonamento que deslocará a rolha de cerume. Não se deve temer imprimir pressão ao jato por meio
do rápido movimento para fechamento do êmbolo da seringa. A cuba-rim, colocada junto ao pescoço,
logo abaixo da linha mandibular, servirá para coletar a água e o tampão que saem do conduto auditivo.
Questões
Comentários
01. Resposta: E
Os agentes antissépticos utilizados para higienização das mãos devem ter ação antimicrobiana
imediata e efeito residual ou persistente.
02.Resposta: B
Limpeza Terminal
É a limpeza completa da unidade do paciente, após: Alta, óbito ou transferência.
03. Resposta: A
O banho no leito do paciente é indicado para a ativação da circulação devido os movimentos circulares.
A medição de sinais vitais fornece dados para determinar o estado de saúde normal de um paciente,
por meio de dados de referência. Diversos fatores como a temperatura do ambiente, o esforço físico do
paciente e os efeitos da doença causam alterações dos sinais vitais.
A avaliação dos sinais vitais fornece dados para identificar diagnósticos em enfermagem, uma
alteração nos sinais vitais sinaliza uma mudança na função fisiológica e a necessidade de intervenção
médica ou de enfermagem.
Os sinais vitais (SSVV) refere-se a: temperatura (T), pulso ou batimentos cardíacos (P ou BC),
respiração (R) e pressão ou tensão arterial (PA ou TA), veremos a seguir cada um dos sinais vitais
detalhadamente e seus procedimentos de verificação.
Materiais
- Termômetro adequado;
- Estetoscópio;
21
POTTER, P. A; STOCKERT, P. A; PERRY, A. G.; HAAL, A. M. Fundamentos de Enfermagem. 9ª Ed. Elsevier.
Temperatura
A temperatura do corpo é a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos corporais
e a quantidade perdida para o ambiente externo.
Os tecidos e células do corpo funcionam eficientemente dentro de um intervalo estreito de 36°C a
38°C, mas não há uma temperatura única que seja normal para todas as pessoas.
O local de medição de temperatura pode ser: oral, retal, membrana timpânica, artéria temporal,
esofágico, artéria pulmonar, axilar ou até mesmo bexiga.
Os mecanismos fisiológicos e comportamentais regulam o equilíbrio entre a perda de calor e o calor
produzido ou termo regulação. Para a temperatura do corpo ficar constante e dentro de uma faixa
aceitável, vários mecanismos mantêm a relação entre a produção e a perda de calor.
Terminologia Básica:
- Variação média de temperatura: 36 a 38°C
- Axilar: 36,5°C
Hipotermia
- Leve: 34 a 36°C
- Moderada: 30 a 34°C
- Severa: <30°C
Padrões de Febre
- Sustentada: uma temperatura corporal constante continuamente acima de 38°C.
- Intermitente: picos de febre intercalados com níveis de temperatura habituais.
- Remitente: picos e quedas de febre sem um retorno a níveis de temperatura aceitáveis.
- Reincidentes: períodos de episódios febris e períodos com valores de temperatura aceitáveis.
Temperatura Axilar
- Feche a cortina em volta da cama ou feche a porta do quarto;
- Higienizar as mãos;
- Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado;
- Verifique se o termômetro a ser utilizado possui capa de sonda descartável, caso contrário realize a
desinfecção do termômetro com o algodão embebido em álcool a 70%;
- Ajude o paciente a ficar em uma posição supina ou sentado. Movimente a roupa ou camisola para
longe do ombro e braço;
- Levante o braço do paciente para longe do torso. Verifique se há lesões de pele e transpiração
excessiva. Insira a sonda do termômetro no centro da axila. Abaixe o braço sobre a sonda e coloque o
braço sobre o peito do paciente;
- Uma vez posicionada, mantenha a sonda do termômetro no lugar até que o sinal sonoro indique a
conclusão e a temperatura do paciente apareça no visor digital. Remova a haste do termômetro da axila;
- Fale sobre os achados com o paciente e explique o significado;
- Realizar o registro da temperatura no local pertinente;
- Pressione o botão de ejeção na haste do termômetro para descartar a capa da sonda de plástico no
lugar apropriado, se o termômetro não possuir a capa da sonda descartável realizar a desinfecção do
termômetro em algodão embebido em álcool a 70%;
- Higienizar as mãos.
Temperatura Retal
- Feche a cortina em volta da cama ou feche a porta do quarto;
- Higienizar as mãos;
- Explicar ao paciente o procedimento a ser realizado;
- Verifique se o termômetro a ser utilizado possui capa de sonda descartável, caso contrário realize a
desinfecção do termômetro com o algodão embebido em álcool a 70%;
- Ajude o paciente a ficar na posição de Sims com a perna de cima flexionada. Movimente o lençol da
cama para o lado a fim de expor apenas a área anal. Mantenha a parte superior do corpo do paciente e
as extremidades inferiores cobertas com lençol ou cobertor;
- Calce as luvas de procedimentos. Limpe a região anal quando estiverem presentes fezes e/ou
secreções. Remova as luvas sujas e calce outro par de luvas de procedimentos;
- Esprema uma porção generosa de lubrificante sobre o tecido. Mergulhe a extremidade do termômetro
no lubrificante, cobrindo 2,5 a 3,5cm para adultos;
- Com a mão não dominante separe as nádegas do paciente para expor o ânus. Peça ao paciente para
respirar lentamente e relaxar;
- Insira com cuidado a sonda do termômetro no ânus na direção do umbigo 2,5 a 3,5cm para adultos.
Não force o termômetro;
- Uma vez posicionado, mantenha a sonda do termômetro no lugar até que o sinal sonoro indique a
conclusão e a temperatura do paciente apareça no visor digital, remova a sonda do termômetro do ânus;
- Pressione o botão de ejeção na haste do termômetro para descartar a capa da sonda de plástico no
lugar apropriado, se o termômetro não possuir a capa da sonda descartável realizar a desinfecção do
termômetro em algodão embebido em álcool a 70%;
- Limpe a área anal do paciente com tecido macio para remover o lubrificante ou fezes e descarte o
tecido. Ajude o paciente a assumir uma posição confortável;
- Retire e descarte as luvas no local apropriado;
- Higienizar as mãos;
- Fale sobre os achados com o paciente e explique o significado;
- Realizar o registro da temperatura no local pertinente;
Atenção: de acordo com a ANVISA está proibida a fabricação, importação e comercialização dos
termômetros e medidores de pressão que utilizam coluna de mercúrio para diagnóstico em saúde.
Pulso
O pulso é o limite palpável do fluxo sanguíneo em uma artéria periférica. O sangue flui através do corpo
num circuito contínuo. O pulso é um indicador indireto do estado circulatório.
O volume de sangue bombeado pelo coração durante um minuto é o débito cardíaco, o produto de
frequência cardíaca (FC) e o volume sistólico do ventrículo (VS). Em um adulto, o coração normalmente
bombeia 5.000ml de sangue por minuto.
Os fatores mecânicos, neurais e químicos regulam a força de contração ventricular e seu VS, porém,
quando esses fatores são incapazes de alterar o VS, uma variação em FC provoca uma alteração no
débito cardíaco, o que afeta a pressão arterial (PA).
Técnica de Verificação
- Higienizar as mãos;
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Feche a cortina em torno da cama e/ou feche a porta;
- Pulso radial;
- Ajude o paciente a ficar em uma posição supina ou sentado;
- Se na posição supina, coloque o antebraço do paciente em linha reta ao lado do corpo ou na parte
inferior do tórax ou na parte superior do abdômen com punho estendido reto. Se sentado, incline o
cotovelo do paciente a 90° e apoie o braço inferior na cadeira ou no seu braço;
- Coloque as pontas dos primeiros dois ou três dedos médios da mão sobre o sulco ao longo do lado
radial ou polegar do pulso interno do paciente. Estenda ligeiramente ou flexione o punho com a palma
para baixo até que você observe o pulso mais forte;
- Comprima levemente o pulso contra o rádio, perdendo o pulso inicialmente, e depois relaxe a pressão
de modo que o pulso se torne facilmente palpável;
- Determine a intensidade do pulso. Observe se a pressão do vaso contra a ponta dos dedos é
latejante, cheia/forte, normal ou esperada, diminuída ou muito pouco palpável ou ausente;
- Depois de sentir um pulso regular, olhe para um relógio e comece a contar a frequência a partir da
primeira batida, então conte um, dois e assim por diante;
- Se o pulso for regular, conte a taxa por 30 segundos e multiplicar o total por 2;
- Se o pulso for irregular, conte a frequência por 1 minuto. Avalie frequência e padrão de irregularidade.
Compare os pulsos radiais bilateralmente;
- Fale sobre os achados com o paciente e explique o significado;
- Realizar o registro da temperatura no local pertinente;
- Higienizar as mãos.
Avalição do Ritmo
- Regular ou Rítmico: Batimentos uniformes;
- Irregular ou Arrítmico: Não são uniformes (ex. Dicrótico: sensação de ser dividida em dois.)
Tensão ou Volume
- Pulso Amplo e cheio: contrações cardíacas fortes;
- Pulso Filiforme: contrações cardíacas fracas – fino.
Valores de Referência
- 60 a 100 batimentos/minuto, forte e regular;
- Lactante: 120 a 160bpm;
- Criança em idade escolar: 75 a 100bpm;
- Adolescente: 60 a 90bpm;
- Adulto: 60 a 100bpm.
Terminologias Básicas
- Bradicardia: quando a FC estiver inferior a 60bpm;
- Taquicardia: quando a FC estiver superior a 100bpm;
- Taquisfigmia: aumento da frequência do pulso;
- Bradisfigmia: diminuição da frequência do pulso.
Respiração
Técnica de Verificação
- Higienizar as mãos;
- Explicar ao paciente o que vai ser feito;
- Feche a cortina em torno da cama e/ou feche a porta;
- Certifique-se de que o paciente está em posição confortável, de preferência sentado ou deitado com
a cabeça da cama elevada de 45 a 60°. Certifique-se de que o peito do paciente esteja visível. Se
necessário, movimente a roupa de cama ou a roupa do paciente;
- Coloque o braço do paciente em posição relaxada sobre o abdômen ou parte inferior do tórax ou
coloque a mão diretamente sobre a parte superior do abdômen do paciente;
- Observe o ciclo respiratório completo (uma inspiração e uma expiração);
- Depois de observar um ciclo, olhe para segunda mão do relógio e comece a contar a frequência,
quando a mão de contagem tocar o número no visor, comece a estrutura de tempo, contando um com o
primeiro ciclo respiratório completo;
- Se o ritmo for regular, conte o número de respirações em 30 segundos e multiplique por 2. Se o ritmo
for irregular, menos que 12 ou maior que 20, conte durante 1 minuto inteiro;
- Observe a profundidade de respirações subjetivamente com dados coletados pela observação do
grau de movimento da parede torácica durante a contagem de frequência. Também pode ser avaliada a
profundidade objetivamente pela palpação da excursão da parede torácica ou auscultando a parte
posterior do tórax após a frequência ter sido contada. Descreva a profundidade como superficial, normal
ou profunda;
- Observe o ritmo do ciclo ventilatório. A respiração normal é regular e ininterrupta. Não confundir o
suspiro com ritmo anormal;
- Observe qualquer aumento do esforço para inspirar e expirar. Peça ao paciente para descrever a
experiência subjetiva da respiração em comparação com o padrão de respiração normal.
- Fale sobre os achados com o paciente e explique o significado.
- Realizar o registro da temperatura no local pertinente;
- Higienizar as mãos.
Observações: não permitir que o paciente fale e não contar a respiração logo após esforços do
paciente.
Valores de Referência
- 12 a 20 respirações/minuto, profundas e regulares;
- Recém-nascido: 30 a 60 irpm;
- Lactante: 30 a 50 irpm;
- Criança: 20 a 30 irpm;
- Adolescente: 16 a 20 irpm;
- Adulto: 12 a 20 irpm.
Terminologia Básica
- Eupneia: frequência respiratória dentro da normalidade;
- Taquipneia ou polipneia: frequência respiratória acima da normalidade;
- Bradipneia: frequência respiratória abaixo da normalidade;
- Apneia: parada da respiração. Pode ser instantânea ou transitória, prolongada, intermitente ou
definitiva, podendo levar à uma parada respiratória;
- Ortopneia: respiração facilitada em posição vertical;
- Respiração ruidosa, estertorosa: respiração com ruídos semelhantes a "cachoeira";
- Respiração laboriosa: respiração difícil, envolve músculos acessórios;
- Respiração sibilante: com sons que se assemelham a assovios;
- Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui, com período de apneia;
Pressão Arterial
A pressão arterial (PA) é a força exercida sobre as paredes de uma artéria pelo sangue pulsando sob
pressão a partir do coração.
O sangue flui através do sistema circulatório por causa das alterações de pressão. Ele movimenta-se
a partir de uma área de alta pressão para uma de baixa pressão.
A contração do coração força o sangue sob alta pressão para a aorta. O pico de pressão máxima
quando a ejeção ocorre é a pressão sistólica. Quando os ventrículos relaxam, o sangue restante nas
artérias exerce uma pressão mínima ou pressão diastólica. A pressão diastólica é a pressão mínima
exercida contra as paredes arteriais em todos os movimentos.
A unidade-padrão para medir a PA é milímetros de mercúrio (mmHg). A medição indica a altura que a
PA sobe em uma coluna de mercúrio. Registre a PA com a leitura sistólica antes da leitura diastólica
(exemplo: 120/80). A diferença entre a pressão sistólica e diastólica é a pressão de pulso (exemplo: PA
120/80 a pressão de pulso é 40).
Terminologia Básica
- Pré-Hipertensão: 120 a 139/80 a 89mmHg;
- Hipertensão Estágio 1: > 140/> 90mmHg;
- Hipertensão Estágio 2: > 160/> 90mmHg.
Questões
01. (Correios - Auxiliar de Enfermagem - IADES/2017) Ao aferir os sinais vitais de uma senhora de
70 anos de idade, o técnico em enfermagem constatou que a senhora apresentava-se normotensa.
Assinale a alternativa que confirma essa conclusão.
(A) PA 90 mmHg x 60 mmHg.
(B) PA 155 mmHg x 110 mmHg.
(C) PA 70 mmHg x 40 mmHg.
(D) PA 230 mmHg x 150 mmHg.
(E) PA 120 mmHg x 80 mmHg.
02. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017) Para poder determinar em nível de primeiro
socorro, como leigo, o funcionamento satisfatório dos controles centrais dos mecanismos da vida, é
necessário compreender os sinais indicadores chamados de sinais vitais. (Manual Primeiros Socorros –
Fiocruz 2003) São sinais vitais que devem ser compreendidos e conhecidos para verificação do estado
geral da pessoa, EXCETO:
(A) Temperatura.
(B) Cor.
(C) Pulso.
(D) Respiração.
03. (Prefeitura de Anápolis/GO - Técnico em Enfermagem - FUNCAB) A medida dos sinais vitais
fornece dados para determinar o estado usual da saúde do paciente, sendo importante o técnico de
enfermagem conhecer os valores aceitáveis para os indivíduos de diferentes faixas etárias. Com relação
à frequência cardíaca é correto afirmar que em:
(A) lactente a variação de valores aceitáveis é de: 80 a 110 bpm.
(B) adultos, a variação de valores aceitáveis é de: 80 a 110 bpm
(C) criança em idade escolar a variação de valores aceitáveis é de: 75 a 100 bpm.
(D) adolescentes a variação de valores aceitáveis é de: 120 a 160 bpm.
(E) pré-escolar a variação de valores aceitáveis é de: 90 a 140 bpm.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: A
Valores Normais: Sistólica < 120 mmHg e Diastólica < 80 mmHg são valores normotensos.
02. Resposta: B
Os sinais vitais (SSVV) refere-se a: temperatura (T), pulso ou batimentos cardíacos (P ou BC),
respiração (R) e pressão ou tensão arterial (PA ou TA).
Peso e Altura
Peso: serão utilizados os seguintes equipamentos - balança portátil, digital ou balança mecânica
antropométrica.
Circunferência Abdominal
Procedimento
1. Fazer planejamento;
2. Levar à unidade do paciente fita métrica em bandeja;
3. Colocar o biombo ao redor do leito do paciente;
4. Manter o paciente deitado;
22
https://www.pns.icict.fiocruz.br/arquivos/Novos/Manual%20de%20Antropometria%20PDF.pdf
Questões
Gabarito
01.D
Comentários
01. Resposta: D
Pedir ao paciente para retirar blusas ou roupão e chinelos, subir na balança e ficar no centro da mesma.
OXIGENOTERAPIA
Cânula Nasal - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É
relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2.
Vantagens
- Conforto maior que no uso do cateter;
- Economia, não necessita ser removida;
- Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos;
- Facilidade de manter em posição.
Cateter Nasal - visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas
nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças.
Vantagens
- Método econômico e que utiliza dispositivos simples;
- Facilidade de aplicação.
Desvantagens
- Nem sempre é bem tolerado em função do desconforto produzido;
- A respiração bucal diminui a fração inspirada de O2;
- Irritabilidade tecidual da nasofaringe;
- Facilidade no deslocamento do cateter;
- Não permite nebulização;
- Necessidade de revezamento das narinas a cada 8 horas.
Máscara de Venturi - constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária
de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração.
Máscara de Aerossol, Tendas Faciais - são utilizadas com dispositivo de aerossol, que podem ser
ajustadas para concentrações que variam de 27% a 100%.
O oxigênio é responsável direto pela nutrição dos tecidos, o que traduz uma função importantíssima
paro todo o organismo. A utilização da oxigenoterapia deve ser feita de modo criterioso, considerando
seus efeitos fisiológicos e deletérios, assim como suas indicações e contraindicações. O principal objetivo
da oxigenoterapia é obter uma saturação de oxigênio (Sat02) superior a 90% de forma que a PaO2 esteja
acima de 60mmHg, afim de favorecer o metabolismo aeróbico.
Indicações da Oxigenoterapia
Tem como objetivo manter a pressão parcial de oxigênio no sangue arterial em valores normais ou
próximos ao normal. É importante lembrar que a indicação da oxigenoterapia deve ter metas, logo devem
ser definidos: o sistema de administração do O2, o tempo da aplicação da técnica e a porcentagem do
fluxo (O2) ofertado. A indicação da oxigenoterapia deve ser feita, primariamente, quando existir:
hipoxemia-PaO2 menor que 60mmHg e/ou SatO2 menor que 88-90% em ar ambiente (FiO2 21%).
Pacientes retentores crônicos de CO2 podem apresentar hipercapnia durante a aplicação de O2 porque
o estímulo da respiração, no SNC, depende, basicamente, da hipoxemia e como ela é corrigida com a
aplicação da oxigenoterapia a tendência será reter mais CO2, podendo gerar desorientação, sudorese,
cefaleia, taquicardia.
Efeitos fisiológicos do O2
- Melhora da troca gasoso pulmonar- Vasodilatação arterial pulmonar;
- Diminuição da resistência arterial pulmonar;
- Diminuição da pressão arterial pulmonar;
- Melhora do débito cardíaco;
- Diminuição do trabalho da musculatura cardíaca;
- Vasoconstrição sistêmica.
Efeitos deletérios
- Depressão do sistema respiratório e aumento da PCO2;
- Atelectasia por absorção;
- Diminuição da capacidade vital, pela redução ao estímulo respiratório;
- Aumento do efeito shunt;
- Alteração da relação V/Q;
- Redução do surfactante;
- Desidratação das mucosas.
- Sistema de baixo fluxo: fornecem oxigênio por meio de um fluxo inferior à demanda do paciente.
Desta forma, ocorre diluição do O2 fornecido com o gás inspirado.
- Sistema do alto fluxo: suplantam a demanda inspiratória do paciente, podendo regular a FiO2 de
acordo com as necessidades terapêuticas. É importante que neste sistema, não é possível manter valor
fixo da FiO2 que vai variar em função do Volume minuto do paciente.
E é composto por:
- Máscara com sistema reservatório;
- Máscara com sistema de Venturi;
Oxigenoterapia no DPOC
Vantagens e Desvantagens
A desvantagem é que o paciente pode desenvolver um quadro de hipercapnia grave com necessidade
de ventilação mecânica.
A grande vantagem, porém, é que o benefício da correção da hipoxemia é maior que o risco de
desenvolvimento de hipercapnia. A hipoxemia acentuada leva o paciente a um risco imediato de vida. Se
ficarmos atentos à administração do oxigênio em baixos fluxos, ou seja, 2 a 3l/minuto, o que geralmente
é suficiente para corrigir a hipoxemia existente no paciente com DPOC agudizada, trazendo a saturação
de oxigênio para níveis entre 90 e 93% e a PaO2 para 60 a 70mmHg, minimizaremos em muito a
possibilidade do aparecimento de hipercapnia.
É muito difundida no meio médico a ideia de que se dermos oxigênio para um paciente respiratório
crônico, no qual a hipoxemia colabora para a manutenção da ventilação, estaremos suprimindo o estímulo
hipoxêmico do centro respiratório e levando o paciente à hipoventilação, com aparecimento de
hipercapnia ou acentuação de quadro preexistente.
Embora possa haver participação variável desse mecanismo acredita-se que a hipercapnia se
desenvolva principalmente em função de alterações da relação ventilação-perfusão, por redução do
estímulo vasoconstritor hipoxêmico levando a redução dessa relação que, quando intensa, é
funcionalmente equivalente a um aumento do espaço morto.
Na realidade não ocorre redução significativa do comando respiratório nestes pacientes. Alguns
pacientes respondem ao aumento do espaço morto e do conteúdo de CO2 com aumento do volume
minuto. Outros, porém não são capazes de responder a este aumento da demanda respiratória e
desenvolvem um quadro de fadiga respiratória e de hipercapnia.
A maioria dos pacientes com DPOC agudizada que recebem oxigenoterapia em baixos fluxos não
desenvolve hipercapnia. Dentre os pacientes que evoluem com hipercapnia podemos observar dois
padrões evolutivos.
Um primeiro grupo de pacientes fica sonolento, após o uso do oxigênio, mas é facilmente acordado e
coopera com o tratamento. Nestes pacientes a PaCO2 geralmente sobe lentamente e no máximo 20
mmHg em relação ao nível pré-oxigênio, se estabilizando após 12 horas. A conduta é conservadora,
podendo ser usada a ventilação não-invasiva quando disponível.
Um segundo grupo, após a administração de oxigênio, fica rapidamente inconsciente, sem capacidade
de tossir e a PaCO2 sobe a uma taxa igual ou superior a 30mmHg por hora. Neste grupo está indicada a
intubação traqueal e início de ventilação mecânica. Nos dois grupos não está indicada a suspensão da
oxigenoterapia para evitar a hipercapnia.
Como uma orientação geral, clínica, podemos recomendar que o desenvolvimento de sonolência
acentuada após o início da oxigenoterapia é sinal de hipercapnia importante, que deve ser documentada
com gasometria arterial.
Fisiologia da Respiração
- Anemia;
- Inalante tóxico;
- Obstrução das vias aéreas;
- Altitude elevada;
- Febre;
- Diminuição do movimento da parede torácica;
- Hipovolemia;
- Aumento da taxa metabólica;
- Gestação;
- Obesidade;
- Anormalidades musculoesqueléticas;
- Alterações no Sistema Nervoso Central - SNC.
Avaliação de Enfermagem
Subjetiva
- Queixas: dispneia, fadiga, tosse, espirro, sibilo, soluço, suspiro, desmaio, tontura, dor torácica;
- História familiar;
- Natureza e extensão do desconforto respiratório;
- Fatores desencadeantes e fatores que aliviam o desconforto;
- Uso de medicações;
- Estilo de vida: fumo;
- Ocupação: atividades no trabalho;
- Patologias associadas aos sistemas respiratório e cardiovascular.
Objetiva
- Padrão respiratório do paciente;
- Cor da pele e mucosas;
- Comportamento;
- Presença de dor, tosse, expectoração, sibilo ou ronco;
- Estado físico geral;
- Frequência, ritmo e profundidade da respiração.
Pesquisar
- Uso de músculos acessórios, dilatação das narinas, distensão das veias cervicais;
- Cianose de lábios, lóbulo das orelhas, parte inferior da língua, leito ungueal;
- Hemoptise: expectoração oral sanguinolenta;
- Inquietação, fadiga E ansiedade;
Problemas Comuns
- Dispneia: causada por:
- Obstrução das vias aéreas;
- Ventilação inadequada dos pulmões;
- Insuficiente teor de oxigênio na atmosfera;
- Eficiência circulatória alterada;
- Aumento das exigências de oxigênio no organismo;
- Pressão ou trauma do centro respiratório bulbar;
- Ansiedade - fortes emoções.
- Tosse: mecanismo pelo qual o organismo liberta o trato respiratório das irritações e obstrução das
vias respiratórias mediante expiração explosiva;
- Espirro: mecanismo similar, confinado ao nariz;
- Sibilo: indica que o ar nas vias aéreas passa através de luz estreita;
- Soluço: contração espasmódica do diafragma, causada por irritação do sistema respiratório ou
digestivo;
- Suspiro: inspiração ou expiração demoradas;
- Bocejo: profunda e longa inspiração, causada pelo cansaço físico ou mental. Mecanismo pelo qual o
organismo tenta aumentar a quantidade de oxigênio captado pelos pulmões;
- Expectoração: produzida pela maior quantidade de secreções nos pulmões;
- Fadiga e fraqueza muscular: devidas à inadequada oxigenação do tecido muscular;
- Vertigem, desmaio, ou distúrbios dos processos mentais por causa da adequada oxigenação
cerebral;
- Dor torácica: causada por inflamação, compressão por tumores, excessiva atividade muscular na
respiração ou traumatismos.
Intervenção de Enfermagem
Materiais
- Fonte de oxigênio (unidade fixa na parede ou cilindro);
- Fluxômetro;
- Umidificador;
- Cateter nasal;
- Gaze;
- Éter ou tintura de benjoin;
- Esparadrapo;
- Extensão de oxigênio;
- Água destilada estéril ou SF a 0.9% (100ml).
Técnica
- Avaliar o paciente observando a existência de sinais e sintomas de hipóxia ou presença de secreções
nas vias aéreas (1);
- Verificar a prescrição médica identificando o percentual de oxigênio a ser administrado (2);
- Reunir os materiais e equipamentos necessários, citados a cima (3);
- Explicar ao paciente e aos familiares o procedimento e a sua necessidade (4);
- Lavar as mãos (5);
- Instalar o fluxômetro na fonte de oxigênio e o frasco umidificador ao fluxômetro (6);
- Administrar soro fisiológico no umidificador de acordo com o nível indicado no frasco (7);
- Testar o funcionamento do sistema;
- Posicionar o cliente em posição de semi-fowler;
- Retirar a oleosidade da pele com gaze úmida com éter ou benjoim para fixação do cateter;
- Conectar o cateter nasal a extensão de oxigênio e a fonte de oxigênio umidificada;
- Mensurar a distância para introdução do cateter entre a ponta do nariz e o lóbulo inferior da orelha e
marcar com esparadrapo;
- Usar gaze para manipular o cateter;
- Introduzir o cateter em uma das narinas;
- Observar as reações do paciente;
- Regular o fluxômetro conforme o volume de oxigênio prescrito;
- Fixar o cateter na face lateralmente atentando para não lesar a narina do cliente;
- Registrar a data e o horário do procedimento;
- Verificar o cateter a cada 8 horas;
- Lavar as mãos;
- Inspecionar o paciente para verificar se os sintomas de hipóxia desapareceram;
- Manter o recipiente do umidificador sempre com água destilada ou SF - 0,9%;
- Observar as narinas quanto a laceração da pele;
- Registrar no prontuário: o método de administração de oxigênio, taxa do fluxo, permeabilidade do
cateter, reação do paciente e avaliação respiratória.
Materiais
- Fonte de oxigênio (unidade fixa na parede ou cilindro);
- Fluxômetro;
Técnica
- Repetir as intervenções dos itens 1 ao 7 da técnica de administração de oxigênio por cateter;
- Testar o funcionamento do sistema;
- Conectar a extensão de oxigênio da máscara ao umidificador ou adaptador;
- Colocar a máscara na face do paciente ajustando a fita elástica na fronte até que a máscara esteja
perfeitamente adaptada e confortável;
- Observar as reações do paciente;
- Regular o fluxômetro conforme o volume de oxigênio prescrito;
- Registrar a data e o horário do procedimento;
- Verificar a máscara facial a cada 8 horas;
- Lavar as mãos;
- Inspecionar o paciente para verificar se os sintomas de hipóxia desapareceram;
- Observar a superfície superior de ambas cavidades auditivas quanto a laceração da pele e o
ressecamento da mucosa e lábios na cavidade oral;
- Hidratar os lábios do paciente com chumaço de água com algodão ou hidratante para os lábios a
cada 4 horas;
- Registrar no prontuário: o método de administração de oxigênio, taxa do fluxo, reação do paciente e
avaliação respiratória.
Observações: a máscara de Venturi é utilizada quando há uma demanda de oxigênio elevada. Usa-
se o diluidor de acordo com o adaptador de código de cores ou o conector universal. O oxigênio é seco
na necessidade de máscara reinalatória, na situação de oferta de 100% de oxigênio.
Nebulização
Finalidades
- Ajudar na higiene brônquica através da restauração e manutenção da continuidade da cobertura
mucosa;
- Hidratar as secreções secas e retidas;
- Umidificar o oxigênio inspirado e possibilitando a administração de medicações.
Nebulização Contínua
Materiais
- Fluxômetro;
- Nebulizador;
- Extensão (traqueia);
- Soro fisiológico a 0,9% e / ou medicamentos prescritos.
Técnica
- Verificar a prescrição da nebulização no prontuário;
- Lavar as mãos;
- Organizar o material;
- Explicar o procedimento ao cliente;
- Instalar o fluxômetro na fonte de oxigênio;
- Preencher o copo do nebulizador com soro fisiológico ou outra medicação conforme prescrita médica;
- Conectar a extensão do nebulizador no fluxômetro;
- Testar o fluxômetro se borbulhar, está funcionando;
- Adaptar a máscara na face do cliente;
- Regular o fluxo e o tempo de nebulização segundo prescrição médica;
- Manter a unidade em ordem;
- Manter a unidade arrumada;
- Registrar o procedimento de enfermagem.
Materiais
- Fluxômetro;
- Rede de oxigênio ou ar comprimido;
- Micronebulizador estéril;
- Água destilada;
- Soro fisiológico 0,9% e /ou medicamento conforme prescrição médica.
Técnica
- Verificar a prescrição da nebulização no prontuário;
- Lavar as mãos;
- Organizar o material;
- Explicar o procedimento ao cliente;
- Instalar o fluxômetro na fonte de oxigênio;
- Preencher o copo do nebulizador com soro fisiológico ou outra medicação conforme prescrita médica;
- Conectar a extensão do nebulizador no fluxômetro;
- Conectar o micronebulizador na máscara;
- Testar o fluxômetro se houver névoa, o fluxômetro está funcionando;
- Regular o fluxômetro em litros / minutos conforme prescrição médica;
- Colocar a máscara na face do cliente;
- Regular o fluxo e o tempo de nebulização segundo prescrição médica;
- Manter a unidade em ordem;
- Manter a unidade arrumada;
- Registrar o procedimento de enfermagem.
Aerossolterapia
Aspiração de Secreções
Tipos
Existem três técnicas de aspiração de secreção quanto à localização da aspiração:
- Aspiração orofaríngea e nasofaríngea;
- Aspiração orotraqueal e nasotraqueal;
- Aspiração do tubo endotraqueal.
A ordem de aspiração
- Primeiro o tubo endotraqueal;
- Segundo a cavidade nasal;
- Terceiro a cavidade oral, quando se trata de utilizar a mesma sonda de aspiração.
Tubo Respiratório
O tubo respiratório pode ser oral ou traqueal. É indicado nos casos de diminuição do estado de
consciência, obstrução das vias aéreas, ventilação mecânica e remoção das secreções acumuladas na
traqueia.
O tubo oral (Cânula de Guedel) é o tipo de via aérea artificial mais simples. Indicado no paciente
inconsciente para impedir o deslocamento da língua para a orofaringe possibilite a obstrução das vias
aéreas. Bastante usado no pós-operatório de anestesia geral. Facilita a aspiração orotraqueal do paciente
inconsciente, tornando mais fácil o acesso da sonda á traqueia.
O tubo traqueal pode ser endotraqueal, nasotraqueal ou traqueal. Estes tubos permitem o acesso à
traqueia do paciente para a aspiração traqueal profunda. A retirada das secreções da traqueia precisa
ser asséptica, atraumática e eficaz. A secreção deve ser aspirada durante a saída da sonda de aspiração.
Materiais
- Aspirador portátil ou de parede;
- Frasco grande para acondicionar secreções aspiradas;
- Duas extensões de aspiração de dois metros estéreis;
- Fluxômetro (com frasco menor adaptado);
- Sonda de aspiração estéril;
- Recipiente com água;
- Luva de procedimento estéril (para aspiração traqueal);
- Luva de procedimento não estéril;
- Toalha de papel;
- Sonda nasal ou oral (Cânula de Guedel), conforme a indicação;
- Xilocaína a 2% sem vasoconstrictor.
Técnica
- Observar a presença de sinais e sintomas demonstradores de secreção nas vias aéreas superiores,
respiração ruidosa, salivação, agitação;
- Explicar ao paciente que a aspiração de secreção o ajudará a desobstruir as vias aéreas;
- Explicar que é normal tossir, espirrar e sentir o reflexo do vômito durante a manobra;
- Preparar o equipamento e os materiais apropriados, citados acima;
- Adaptar as extensões no aparelho de aspiração portátil ou na parede ao fluxômetro. A extensão que
sai do fluxômetro deve ser colocada ao frasco maior e deste sai outra extensão para o acoplamento da
sonda de aspiração;
- Testar o aparelho, verificando que a pressão é de 110 a 150mmHg no adulto e na criança 95 a 110
a mmHg.
Observações: é necessário que o frasco de aspiração seja trocado com todas as técnicas de
desinfecção de 24 em 24h ou sempre que estiver cheio. Todo o sistema de aspiração deve ser
esterilizado. Dispõe-se no mercado de sistemas de aspiração de secreção descartável, o que possibilita
um melhor controle de infecções. Aplicando o Processo de Enfermagem na Prática.
Inalação
Inalação (também conhecida como inspiração) é o movimento do ar do ambiente externo, através das
vias respiratórias para dentro dos alvéolos pulmonares durante a respiração. Inalação inicia na contração
do diafragma, que resulta na expansão do espaço intrapleural e um aumento na pressão negativa de
acordo com a Lei de Boyle.
Esta pressão negativa provoca um fluxo de ar devido a diferença de pressão entre a atmosfera e os
alvéolos. O ar entra no organismo, inflando os pulmões, passando através do nariz e da boca, seguindo
pela faringe e traquéia e em fim entrando nos alvéolos.
Material
- Fluxômetro; micronebulizador, com máscara e extensão; 10ml de SF ou água destilada esterilizada;
medicamento; etiqueta; gaze esterilizada; folha de anotações.
Procedimento
- Instalar o fluxômetro na rede de Oxigênio ou ar comprimido e testá-lo;
- Abrir a embalagem do micronebulizador e reservá-lo;
- Colocar o SF ou AD no copinho, acrescentar o medicamento, fechar e conectar ao fluxômetro;
- Conectar a máscara ao micronebulizador;
- Regular o fluxo de gás (produzir névoa 5L/min);
- Aproximar a máscara do rosto do paciente e ajustá-la, entre o nariz e a boca, solicitando que respire
com os lábios entreabertos;
- Manter o micronebulizador junto ao rosto do paciente, por 5 minutos, ou até terminar a solução
(quando possível orientá-lo a fazê-lo sozinho);
- Identificar com etiqueta (data, horário de instalação);
- Fechar o fluxômetro e retirar o micronebulizador;
- Secar com gaze, recolocá-lo na embalagem e mantê-lo na cabeceira do paciente.
- Trocar o nebulizador a cada 48 horas.
Descrição do Processo
É de responsabilidade do profissional da sala de inalação:
1. Organizar a sala;
2. Realizar limpeza concorrente (com água e sabão nas superfícies e após realizar desinfecção com
álcool a 70%) no início de cada plantão;
Questões
(A) V,V,F,F
(B) V,V,V,V
(C) F,F,V,V
(D) V,F,V,V
(E) F,V,V,F
Está(ão)correta(s):
(A) Apenas I.
(B) Apenas III.
(C) Apenas I e III.
(D) I, II e III.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: D
De acordo com o artigo Oxigenoterapia e Ventilação Não Invasiva.
a) Correto.
b) Errado: A variação de entrada de ar de uma máscara simples é de 5 a 12 l/min para se obter uma
oxigenação satisfatória. Com fluxos inferiores a 5l/min, o volume da máscara atua como espaço morto e
provoca a reinalação do CO2.
c) Correto.
d) Correto.
02. Resposta: D
Todas as alternativas estão corretas para os cuidados de enfermagem em oxigenoterapia.
I - Observar sinais de complicações (distensão gástrica, obstrução nasal, lesão de septo).
Consequentemente, pode ocorrer complicações na administração de oxigênio, que as vezes não
esperamos.
II - Verificar sinais vitais antes e depois a oxigenoterapia, para verificar se houve melhora nos padrões
vitais.
III - Acomodar o paciente em posição Fowler, para melhor posição de respiração.
03. Resposta: D
a) Errada. No uso da Máscara de Venturi 50%, é necessário umidificar, pois a concentração de
oxigênio é muito alta. Quando o oxigênio é empregado em altas velocidades de fluxo, ele deve ser
umedecido ao fazê-lo atravessar um sistema de umidificação, para evitar que ele resseque as mucosas
do trato respiratório.
b) Errada. É necessário fluxômetro no uso de cateter nasal de oxigênio. O oxigênio é distribuído a
partir de um cilindro ou de um sistema de linha de parede. Um redutor de calibre é necessário para diminuir
a pressão até um nível de trabalho, e um fluxômetro regula o fluxo de oxigênio em l/min.
c) Errada. O North American Neonatal Resuscitation Program afirma que o RM pode fornecer ar
ambiente, quando nenhuma fonte de gás está conectada. Quando ligado à fonte de O2 a 100%,
recomenda-se que se utilize fluxo de 5 a 10L/min na entrada da bolsa. O RM fornece FiO2 de 80 a 100%
quando o reservatório está conectado e cerca de 40% de oxigênio, sem reservatório.
e) Errada. Nos frascos umificadores pode ser utilizado também água.
04. Resposta: D
A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio a uma concentração de pressão superior à
encontrada na atmosfera, ou seja, a fração de oxigênio inspirado superior a 21%. Na atmosfera
encontramos: 21% de Oxigênio, 78% de Nitrogênio e 1% outros gases.
A pele é o maior órgão do corpo humano, funciona como uma barreira protetora contra organismos
causadores de doenças, apresenta funções sensoriais para dor, temperatura e toque, e ainda sintetiza a
vitamina D em nosso organismo.
A pele tem duas camadas, a epiderme e a derme, que são unidas por uma membrana chamada de
junção dérmico-epidérmica. A epiderme, ou camada superior, tem várias camadas com diversas funções
como: descamação, proteção da desidratação devido a presença de queratina, combate a entrada de
certos agentes químicos, evaporação da água pela pele, absorção de certos medicamentos de uso tópico
entre outros.
A derme ou camada interna da pele, proporciona resistência à tração, suporte mecânico, e proteção
para os músculos, ossos e órgãos subjacentes. Nessa camada encontra-se o colágeno, os vasos
sanguíneos e os nervos.
Quando a pele é ferida a epiderme exerce a função de proteger a ferida e restaurar a barreira contra
organismos invasores e a derme responde para restaurar a integridade estrutural do tecido, junto as
propriedades físicas da pele.
Uma ferida, pode ser reconhecida, como o rompimento da integridade e função dos tecidos do corpo.
E neste sentido, se faz necessário avaliar o tipo e aspecto (cor) do tecido na base da ferida, utilizando as
informações coletadas para planejar as intervenções necessárias.
O tecido de granulação, de aspecto vermelho e úmido, composto por novos vasos sanguíneos indica
o progresso rumo à cicatrização. O tecido de aspecto mole, amarelo ou branco de característica
esfarelada (substância fibrosa ligada ao leito da ferida) indica atenção para um acompanhamento. E o
tecido de aspecto preto, marrom, bege ou necrótico é reconhecido como escara, devendo ser removido
para uma cicatrização apropriada.
O acompanhamento do tamanho da ferida fornece informações a respeito das mudanças em relação
a sua dimensão, servindo como um indicador do processo de cicatrização. Por isso, se faz necessário
medir o comprimento, largura e profundidade do ferimento, para a devida observação de seu progresso.
Também é necessário observar o exsudato da ferida, por meio do acompanhamento da quantidade,
cor, consistência e odor da substância. Lembrando que exsudato em excesso indica a presença de uma
infecção.
Posto isso, veremos a seguir algumas considerações a respeito da classificação das feridas, processo
de cicatrização e curativos.
Classificação da Ferida
A classificação da ferida possibilita a compreensão dos riscos associados a ela e as implicações para
sua cicatrização.
Os sistemas de classificação descrevem: o status de integridade cutânea, a causa da ferida, a
gravidade ou extensão da lesão, ou dano tecidual, a limpeza da ferida e as descrições do tecido da ferida,
como a cor.
Há diversas maneiras de se classificar as feridas, que podem ser de forma:
Aguda
- Descrição: ferida que procede por meio de um processo reparador ordenado e oportuno que resulta
na restauração sustentada da integridade anatômica e funcional. As bordas da ferida são limpas e
intactas.
- Causas: trauma, incisão cirúrgica.
Crônica
- Descrição: ferida que não consegue prosseguir por meio de um processo ordenado e oportuno para
produzir a integridade anatômica e funcional. A exposição continuada ao insulto impede a cicatrização da
ferida.
- Causas: comprometimento vascular, inflamação crônica ou insultos repetitivos ao tecido.
Primeira Intenção
- Descrição: ferida que está fechada. A cicatrização ocorre por epitelização, cicatriza rapidamente com
formação mínima de cicatrizes.
23
POTTER, Patrícia A; STOCKERT, Patrícia A; PERRY, Anne Griffin; HAAL, Amy M. Fundamentos de Enfermagem. 9ª Ed. Elsevier, 2017.
Segunda Intenção
- Descrição: as bordas não são aproximadas. A ferida cicatriza pela formação de tecido de granulação,
contração da ferida e epitelização.
Intenção Terciária
- Descrição: a ferida é deixada aberta por vários dias, em seguida, as bordas da ferida são
aproximadas. O fechamento da ferida é adiado até o risco de a infecção ser resolvida.
- Causas: feridas que estão contaminadas e exigem observação em busca de sinais de inflamação.
Três componentes estão envolvidos no processo de cicatrização de uma ferida de espessura parcial:
- Resposta inflamatória;
- Proliferação epitelial e migração;
- Restabelecimento das camadas epidérmicas.
As quatro fases envolvidas no processo de cicatrização de uma ferida de espessura total são:
- Hemostasia;
- Inflamatória;
- Proliferativa;
- Maturação.
Hemorragia
Hemorragia ou sangramento do local da ferida é normal durante e imediatamente após o trauma inicial,
podendo ser externa ou interna.
A hemorragia interna detectada pela distensão ou inchaço da parte do corpo afetada, uma mudança
no tipo e na quantidade de drenagem de um dreno cirúrgico, ou sinais de choque hipovolêmico.
A hemorragia externa é óbvia e pode ser observada através de curativos cobrindo uma ferida para a
drenagem de sangue. Se o sangramento for externso, o curativo logo se tornará saturado e
frequentemente drenará o sangue debaixo do curativo acumulando sob o paciente.
Atenção: um hematoma é uma coleção localizada de sangue sob os tecidos. Aparece como um
inchaco, mudança de cor, sensação ou calor que muitas vezes leva a uma descoloração azulada.
Infecção
Todas as ferida possui algum nível de carga bacteriana, poucas são infectadas. A infecção da ferida
está presente quando os microrganismos invadem os tecidos da ferida. O sinais clínicos locias de infeção
da ferida podem incluir eritema, aumento da quantidade de drenagem da ferida, mudança na aparência
da drenagem da ferida (espessa, mudança de cor, presença de odor), e calor, ou edema periférico.
Um paciente pode ter febre e aumento na contagem de leucócitos. As infecções bacterianas inibem a
cicatrização.
Deiscência
Quando uma incisão não cicatriza corretamente, as camadas da pele e do tecido se separam. A
deiscência é uma separação parcial ou total das camadas da ferida. Um paciente que está em risco de
má cicatrização de feridas corre risco de deiscência.
Sempre que estiver em contato direto com um paciente observe a pele em relação a presença de
rachaduras ou integridade cutânea comprometida. A integridade cutânea comprometida ocorre a partir da
pressão prolongada, incontinência fecal ou urinária, e/ou imobilidade, levando assim ao desenvolvimento
de lesões por pressão.
Uma lesão por pressão é uma lesão localizada na pele e/ou no tecido subjacente. Inúmeros fatores
contribuem para o aparecimento da lesão por pressão.
A prevenção de lesões por pressão é uma prioridade no cuidado de pacientes e não está limitado
aqueles que apresentam restrições de mobilidade. A integridade cutânea comprometida geralmente não
é um problema em indivíduos saudáveis e imobilizados, mas é um problema grave e potencialmente
devastador em pacientes doentes e/ou debilitados.
A integridade cutânea comprometida resulta em lesão por pressão é principalmente o resultado da
pressão. Portanto, fatores adicionais incluído força de cisalhamento, atrito, umidade, nutrição, perfusão
tecidual, infecção e idade aumentam o risco do paciente para o desenvolvimento de lesão por pressão e
de ferida mal cicatrizada.
A prevenção é o tópico mais importante no cuidado às Úlceras de Pressão - UP e visa principalmente
a reduzir ou eliminar os principais fatores que contribuem para o seu desenvolvimento.
Todos os indivíduos em risco devem ter uma inspeção sistemática da pele pelo menos 1 vez/dia,
prestando-se atenção particular às regiões de proeminências ósseas. O aumento da vascularização e da
nutrição dos tecidos é conseguido por meio de massagens, as quais devem ser realizadas regularmente,
evitando-se massagear as proeminências ósseas.
A mudança de decúbito tem como objetivo alternar os locais de apoio e deve ser efetuada a cada 2
horas, utilizando todos os decúbitos de acordo com o estado geral e a patologia do paciente. O decúbito
lateral a 30° distribui a pressão, não apoiando o peso corpóreo diretamente sobre o trocanter.
Existem colchões de espuma, ar, gel ou água e camas especiais que ajudam a prevenir as UP.
Pacientes de alto risco podem necessitar de suportes que ofereçam elevada redução da pressão, como
a cama de baixa perda de ar e a de ar fluidizado, que também apresentam efeitos benéficos na
cicatrização das UP, porém têm custo elevado.
Os pacientes que permanecem em cadeira devem ser orientados a reposicionar-se a cada 15 ou 20
min e utilizar almofadas especiais capazes de diminuir a pressão e de proporcionar estabilidade e
conforto. As almofadas em forma de anel devem ser evitadas, pois elas podem causar isquemia ao redor
da úlcera, intensificando-a. Medidas preventivas de fricção e cisalhamento incluem: manter a cabeceira
da cama elevada, no máximo, 30° para evitar que o paciente escorregue.
A desnutrição é um importante causador da UP, por isso é essencial que o estado nutricional do
paciente seja avaliado com o auxílio de um nutricionista. Medidas antropométricas e dados laboratoriais,
como nível de albumina sérica e contagem total de linfócitos, devem ser obtidos. Os pacientes necessitam
de uma dieta prescrita rica em proteínas e calorias, se não houver contraindicação. Se as necessidades
nutricionais do paciente não puderem ser atingidas por suplementação oral, métodos alternativos devem
ser considerados, como as dietas enterais ou parenterais.
A umidade excessiva da pele, causada por incontinência, sudorese e drenagem de feridas, predispõe
a sua maceração. A prevenção deve ser instituída por meio de higiene adequada, uso de cremes e
protetores de pele. No controle da incontinência urinária, utilizar coletor externo de urina, fraldas e
absorventes.
O envolvimento familiar e o apoio psicológico são fundamentais para o sucesso do tratamento e para
a prevenção de recidiva.
Histórico de Enfermagem
- Identificar o risco do paciente para o desenvolvimento de integridade cutânea comprometida ou
cicatrização ruim;
- Identificar os sinais e sintomas associados à integridade cutânea comprometida ou cicatrização ruim;
- Examinar a pele do paciente quanto ao comprometimento real na integridade cutânea.
Durante o processo de histórico de enfermagem, faça uma avaliação cuidadosa de cada paciente e
analise criticamente os achados para garantir que será tomada decisões clínicas centradas no paciente,
necessárias para os cuidados de enfermagem seguros.
Concentra-se em elementos específicos com o nível de sensação, movimento e estado de continência
de um paciente, pois ajuda a orientar a avaliação da pele.
Observação: de acordo com estudos não existe comprovação do tipo ideal de curativo para úlceras
de pressão.
Debridamento
É a remoção de tecido não viável e necrótico sendo necessária para livrar a ferida de uma fonte de
infecção, permitir a visualização do leito da ferida e fornece uma base limpa para a cicatrização.
O método de debridamento depende do que é mais apropriado para a condição do paciente. Planeje
administrar um analgésico solicitado 30 minutos antes do procedimento.
Curativos
Quanto mais extensa for uma ferida maior será a limpeza necessária. O tipo de curativo varia de acordo
com a avaliação da ferida e a fase de cicatrização.
Um curativo tem a finalidade de proteger uma ferida contra contaminação de microrganismos, de
auxiliar na hemostasia, de promover a cura absorvendo a drenagem e debridando uma ferida, de apoio
ou suporte do local de uma ferida, de promover isolamento térmico da superfície de uma ferida e de
fornecer um ambiente úmido.
Em relação aos curativos de pressão é preciso ter a certeza de que não estão interferindo na circulação
em uma parte do corpo, por isso avalie a cor da pele, os pulsos nos membros distais, o conforto do
paciente e as alterações na sensação.
A principal função de um curativo em uma ferida em cicatrização é absorver a drenagem. A maioria
dos curativos de gaze cirúrgica tem três camadas: uma camada de contato ou primária, uma camada
absorvente e uma camada externa protetora ou secundária. Se um curativo de gaze grudar em uma
incisão cirúrgica, umedeça-a levemente com soro fisiológico com isso o curativo ficará saturado e soltará
da área incisional, assim evitando o trauma durante o processo de remoção.
A técnica do curativo possui variação, pois depende do objetivo do plano de tratamento para a ferida
em questão.
Tipos de Curativos
Os curativos variam de acordo com o tipo de material e o modo de aplicação (úmida ou seca). Precisam
ser fáceis de aplicar, confortáveis e feitos de materiais que promovam a cicatrização.
Esponjas de gaze são o tipo de curativo mais antigo e mais comum, são absorventes e especialmente
úteis em feridas para eliminar o exsudato. A gaze está disponível em diferentes texturas, comprimentos
e tamanhos. A gaze pode ser saturada com soluções e usado para limpar e cobrir uma ferida. Ao utilizar
uma gaze para cobrir uma ferida deverá saturar com uma solução geralmente o soro fisiológico torcer
logo em seguida deixando a gaze somente úmida, desdobrada e levemente cobrindo a ferida.
Outro tipo de curativo é um filme autoadesivo transparente que retém a umidade sobre a ferida,
assim proporcionando um ambiente úmido, esse curativo é ideal para pequenas feridas superficiais e
possui diversas vantagens como:
- Aderência à pele intacta;
- Serve como uma barreira para líquidos externos e bactérias, porém permite que a superfície da ferida
respire, pois o oxigênio atravessa ocrurativo transparente;
- Promoção de um ambiente úmido que acelera o crescimento de células epiteliais;
- Pode ser removido sem danificar os tecido subjacentes;
- Permite a visualização de uma ferida;
- Não exige um curativo secundário.
Os curativos de hidrogel são gaze ou curativos reutilizáveis impregnados com água ou gel amorfo à
base de glicerina. Esses curativos hidratam as feridas e absorve pequenas quantidades de exsudato. São
indicados para feridas de espessura parcial e de espessura total, feridas profundas com algum exsudato,
feridas necróticas, queimaduras e pele danificada pela radiação.
Podem ser úteis em feridas dolorosas, pois são muito calmantes para um paciente e não aderem ao
leito da ferida provocando assim pouco trauma durante a remoção. Possui uma desvantagem já que
alguns hidrogéis exigem um curativo secundário. Os hidrogéis estão disponíveis em um curativo em folha
ou em um tubo permitindo assim a capacidade de esquichar o gel diretamente dentro da base da ferida.
Existem outros tipos de curativos disponíveis. Os curativos de espuma e alginato são para feridas
com grande quantidade de exsudato. Os curativos de espuma são usados em torno dos tubos de
drenagem para absorvê-la. Os curativos de alginato de cálcio são confeccionados a partir de algas
marinhas e estão disponíveis em forma de folha e corda. O alginato forma um gel macio quando em
contato com o fluído da ferida, são altamente aborventes para feridas com uma quantidade excessiva de
drenagem e não causam trauma quando removidos da ferida. Não se deve utilizar esse tipo de curativo
em feridas secas, pois elas exigem um curativo secundário.
Bandagens e Ataduras
Um curativo de gaze simples muitas vezes não é suficiente para imobilizar ou dar apoio a uma ferida.
Ataduras e bandagens aplicados sobre ou em torno de curativos fornecem proteção extra e benefícios
terapêuticos.
As bandagens estão disponíveis em rolos de diferentes larguras e materiais, incluindo gaze, malha
elástica, tira elástica, flanela e musselina. As bandagens de gaze são leves e baratas, moldam facilmente
ao redor de contornos do corpo e permitem a circulação de ar para evitar a maceração da pele. As
bandagens elásticas adaptam-se bem às diversas partes do corpo, porém exercem pressão.
As ataduras são bandagens que são feitas de grandes pedaços de material para ajustar-se a uma
parte específica do corpo. A maioria é feita de elástico ou algodão.
Questões
01. (EBSERH - Enfermeiro - CESPE/2018) Acerca do uso de curativos na enfermagem, julgue o item
a seguir.
As coberturas de alginatos são um tipo de curativo indicado para feridas com pouca exsudação; por
isso, seu uso pode prolongar-se por até sete dias.
( ) Certo
( ) Errado
02. (FUNASG - Enfermeiro - FUNCAB) O hidrocoloide é uma cobertura muito utilizada em feridas e
pode se apresentar na forma de placa ou pasta. Sobre essa cobertura é correto afirmar:
(A) Em contato com exsudato, forma um gel hidrofílico que mantém um meio úmido.
(B) Requer troca a cada 12 h ou diária e curativo secundário.
(C) Promove uma temperatura abaixo da corporal e é indicada para queimaduras de 3° grau.
(D) É indicada para tratamento de feridas abertas infectadas.
(E) Retarda a angiogênese e é indicada para a prevenção de úlceras de pressão.
04. (UNIOESTE - Técnico em Enfermagem – UNIOESTE) As úlceras por pressão ocorrem quando a
pressão contínua aplicada à pele é maior que a pressão de fechamento capilar, aproximadamente 32
mmHg. Assinale os fatores de risco para o desenvolvimento de úlcera por pressão.
(A) Normotermia e eupneia.
(B) Imobilidade e atrito/fricção.
(C) Deambulação e normocardia.
(D) Lúcidez e comunicação.
(E) Hidratação e higidez.
Gabarito
Comentários
02. Resposta: A
Curativos de hidrocoloide são curativos com formulações complexas de coloides e componentes
adesivos. A camada de contato da ferida desse curativo forma um gel à medida que o exsudato da ferida
é absorvido e mantém um ambiente cicatrizante úmido.
03. Resposta: B
A cicatrização da ferida envolve processo fisiológicos integrados, as camadas de tecido envolvidas e
sua capacidade de regeneração determinam o processo de reparo da ferida.
As feridas de espessura parcial são superficiais, envolvendo a perda da epiderme e a possível perda
da derme. Esses tipos de feridas cicatrizam por regeneração, pois a epiderme regenera-se.
04. Resposta: B
Fatores adicionais incluído força de cisalhamento, atrito, umidade, nutrição, perfusão tecidual, infecção
e idade aumentam o risco do paciente para o desenvolvimento de lesão por pressão e de ferida mal
cicatrizada. A prevenção de lesões por pressão é uma prioridade no cuidado de pacientes e não está
limitado aqueles que apresentam restrições de mobilidade.
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Cápsula: forma de dosagem sólida para uso oral; medicamento na forma de pó, líquido ou óleo, e
envolto por concha gelatinosa; a cápsula é colorida, a fim de auxiliar na identificação do produto.
Comprimido: forma de dosagem em pó comprimido em discos ou cilindros endurecidos; além do
medicamento primário, contém ligantes (adesivos, para possibilitar que o pó permaneça junto),
desintegrantes (para promover a dissolução do comprimido), lubrificantes (para facilitar a fabricação) e
expansores (para o tamanho conveniente do comprimido).
Comprimido com proteção entérica: comprimido para uso oral revestido com materiais que não se
dissolvem no estômago; os revestimentos dissolvem-se no intestino, onde o medicamento é absorvido.
Disco intraocular: pequeno disco oval flexível que contém duas camadas externas macias e uma
camada média que contém o medicamento; quando umedecido pelo líquido ocular, libera o medicamento
por até uma semana.
Drágea: forma de dosagem sólida para uso oral; formato semelhante à cápsula e revestido, para
facilitar a deglutição.
Elixir: líquido claro que contém água e/ou álcool; destinado a uso oral; geralmente possui adoçante
adicionado.
Extrato: forma de medicamento concentrada, feita pela separação da porção ativa do medicamento
de seus outros componentes (por exemplo, o extrato líquido é o medicamento feito em solução de fonte
vegetal).
Glicerite: solução de medicamento, combinado à glicerina para uso externo, que contém pelo menos
50% de glicerina.
Linimento: preparação que comumente contém álcool, óleo ou emoliente saponáceo, aplicada à pele.
Loção: medicamento em suspensão líquida aplicado externamente, para proteger a pele.
Pasta: preparação semissólida, mais espessa e mais rígida que a pomada; é absorvida através da
pele com maior lentidão que a pomada.
Pastilha: forma de dosagem arredondada e achatada que contém medicamento, flavorizante, açúcar
e mucilagem; dissolve-se na boca, para liberar o medicamento.
Pílula: forma de dosagem sólida que contém um ou mais medicamentos, modelada em forma de
glóbulo, ovoides ou alongada; as pílulas verdadeiras raramente são utilizadas, porque foram substituídas
pelos comprimidos.
Placa ou disco transdérmico: medicamento contido dentro de placa ou disco com membrana
semipermeável, a qual permite que os medicamentos sejam absorvidos através da pele de forma lenta
durante um intervalo de tempo prolongado.
Pomada (unguento): preparação semissólida, aplicada externamente, que contém, em geral, um ou
mais medicamentos.
Solução: preparação líquida que pode ser utilizada por via oral, parenteral ou externa; também pode
ser instilada em órgão ou cavidade corporal (por exemplo, irrigações vesicais); contém água com um ou
mais compostos dissolvidos; deve ser estéril para uso parenteral.
Supositório: forma de dosagem sólida misturada com gelatina e moldada na forma de projétil para a
inserção em cavidade corporal (reto ou vagina); dissolve-se, quando alcança a temperatura corporal,
liberando o medicamento para a absorção.
Suspensão: partículas de medicamento finamente divididas dispersas em meio líquido; quando a
suspensão permanece parada, as partículas depositam-se no fundo do frasco; comumente, um
medicamento oral e não é administrada por via intravenosa.
Tintura: solução de medicamento em álcool ou água-álcool.
Xarope: medicamento dissolvido em solução concentrada de açúcar; pode conter flavorizantes, para
tornar o sabor do medicamento mais agradável.
24
EBISUI, C.T.N. Procedimentos de Enfermagem. Reedição revisada e ampliada. São Paulo: Copidart, 2002.
25
https://www.slideshare.net/Andreadcss/9-certos-na-administrao-de-medicamentos
26
http://ba.corens.portalcofen.gov.br/parecer-coren-ba-0212013_8112.html
Os medicamentos variam consideravelmente no modo pelo qual atuam em seus tipos de ação. Os
fatores diferentes das características do medicamento também influenciam as ações dele.
Um cliente pode não responder da mesma maneira a cada dose sucessiva de um medicamento. Da
mesma forma, idêntica dosagem do medicamento pode provocar respostas muito diferentes em clientes
diversos.
Depois que um enfermeiro administra um medicamento, ele sofre absorção, distribuição, metabolismo
e excreção. Exceto quando administrados por via intravenosa, os medicamentos levam tempo para
penetrar na corrente sanguínea. A quantidade e a distribuição de um medicamento em diferentes
compartimentos corporais alteram-se constantemente.
Quando é prescrito um medicamento, o objetivo consiste em obter um nível sanguíneo constante
dentro de uma faixa terapêutica segura. As doses repetidas são necessárias para alcançar uma
concentração terapêutica constante de um medicamento, porque uma parcela do medicamento sempre
está sendo excretada.
A concentração sérica máxima (a concentração de pico) do medicamento geralmente ocorre
exatamente antes que o final do medicamento seja absorvido. Depois de atingir o máximo, a concentração
sérica do medicamento cai progressivamente. Com as infusões intravenosas, a concentração máxima
ocorre rapidamente, mas o nível sérico também começa a cair imediatamente.
Todos os medicamentos possuem meia-vida sérica, o tempo que demoram para que os processos de
excreção diminuam a concentração sérica do medicamento pela metade. Para manter um platô
terapêutico, o cliente deve receber doses fixas regulares. Por exemplo, demonstrou-se que os
medicamentos para a dor são mais efetivos, quando fornecidos durante todo o dia, em vez de serem
administrados quando o cliente se queixa de maneira intermitente de dor. Desta maneira, um nível quase
constante do medicamento analgésico é mantido. Depois de uma dose inicial de medicamento, o cliente
recebe cada dose sucessiva, quando a dose anterior alcança sua meia-vida.
O cliente e o enfermeiro devem seguir a programação regular de dosagem bem como aderir às doses
e intervalos de doses prescritos. Os esquemas de sondagem são estabelecidos pela instituição em que
o enfermeiro está empregado. Quando informa os clientes a respeito dos esquemas de dosagem, o
enfermeiro deve utilizar linguagem familiar ao cliente. Por exemplo, ao orientar um cliente sobre um
medicamento que tem duas doses ao dia, o enfermeiro deve instruí-lo a tomar um medicamento pela
manhã e novamente à noite. O conhecimento dos intervalos de tempo da ação do medicamento também
ajuda o enfermeiro a prever o efeito de um medicamento. Com este conhecimento, ele pode instruir o
cliente sobre quando esperar uma resposta.
Efeitos Medicamentosos
É essencial que o enfermeiro compreenda todos os efeitos que os medicamentos podem ter, quando
são tomados ou administrados aos clientes:
Efeitos Terapêuticos: é a resposta fisiológica esperada ou previsível gerada por um medicamento.
Cada medicamento possui um efeito terapêutico desejado para o qual é prescrito. Por exemplo, a
nitroglicerina é utilizada para reduzir a carga de trabalho cardíaca e aumentar o aporte miocárdico de
oxigênio. Um único medicamento pode ter muitos efeitos terapêuticos. Por exemplo, a aspirina é
analgésica, antitérmica e anti-inflamatória, reduzindo a agregação plaquetária (agrupamento). É
importante que o enfermeiro conheça para qual efeito terapêutico um medicamento é prescrito, o que lhe
permite informar corretamente o cliente sobre o efeito pretendido do medicamento.
Efeitos Colaterais: são os efeitos secundários e não-pretendidos que um medicamento causa de
maneira previsível. Tais efeitos podem ser inócuos ou lesivos. Quando suficientemente graves para negar
os efeitos benéficos da ação terapêutica de um medicamento, o médico pode interromper o medicamento.
Com frequência, os clientes, param de tomar medicamentos por causa dos efeitos colaterais.
Efeitos Adversos: são geralmente considerados respostas graves ao medicamento. Por exemplo, um
cliente pode ficar comatoso, quando um medicamento é ingerido. Se ocorrem as respostas adversas ao
medicamento, o médico pode interromper o medicamento. Alguns efeitos adversos são efeitos
inesperados que não foram descobertos durante a experimentação do medicamento. Quando acontece
esta situação, os profissionais de saúde são obrigados a reportar o efeito adverso ao FDA.
Efeitos Tóxicos: podem-se desenvolver depois da ingesta prolongada de um medicamento ou quando
um medicamento se acumula no sangue por causa do metabolismo ou excreção comprometidos. As
quantidades excessivas de um medicamento dentro do corpo podem ter efeitos letais, dependendo da
ação do medicamento. Por exemplo, os níveis tóxicos de morfina podem provocar depressão respiratória
As reações anafiláticas ou graves caracterizam-se pela constrição súbita dos músculos bronquiolares,
edema da faringe e laringe, bem como sibilância e falta de ar graves. Os anti-histamínicos, epinefrina e
broncodilatadores podem ser usados para tratar as reações anafiláticas.
O cliente também pode tornar-se gravemente hipotenso, necessitando de medidas de reanimação de
emergência. Um cliente com história conhecida de alergia a medicamento deve evitar a reexposição e
usar um bracelete ou medalha de identificação, o que alerta os enfermeiros e os médicos para a alergia,
caso o cliente esteja inconsciente, quando receber o cuidado médico.
Interações Medicamentosas
Só para lembrar:
https://www.slideshare.net/Andreadcss/9-certos-na-administrao-de-medicamentos
Recomendações Gerais
- Todo medicamento a ser administrado no cliente deve ser prescrito pelo médico ou odontólogo;
- A prescrição deve ser escrita, assinada e carimbada. Somente em caso de emergência, a
Enfermagem pode atender prescrição verbal, que deve ser transcrita pelo médico logo que possível;
- Toda prescrição de medicamento deve conter: data, nome do cliente, registro, enfermaria, leito, idade,
nome do medicamento, dosagem, via de administração, frequência, assinatura e carimbo do médico;
- A prescrição do cliente ou cartão de medicamento deve ser mantido à vista do executante;
- Lavar as mãos antes de preparar e administrar o medicamento e, logo após o procedimento;
- Fazer a desinfecção concorrente da bandeja antes do preparo e depois da administração do
medicamento;
- Manter o local de preparo de medicação sempre em ordem e limpo, utilizando álcool a 70% para
desinfetar a bancada;
- Preparar o medicamento em ambiente com boa iluminação;
- Concentrar a atenção no trabalho, evitando atividades paralelas, distrações e interrupções, que
podem aumentar a chance de cometer erros;
- Ler e conferir o rótulo da medicação três vezes – quando pegar o medicamento, antes de colocar o
medicamento no recipiente próprio para administração, e ao colocar o recipiente na prateleira ou
desprezar o invólucro;
- Nunca administrar medicamento sem rótulo;
- Fazer desinfecção das ampolas e/ou dos frascos antes de quebrar e/ou aspirar a medicação;
Apostila gerada especialmente para: tais matheus 112.892.037-92
143
- Preparar somente quando tiver certeza do medicamento prescrito, dosagem e via de administração;
- Proteger a seringa ou frasco com medicamento para evitar contaminação, podendo ser usado o
próprio invólucro se não contaminado;
- Observar o aspecto e as características da medicação antes de prepará-la; e antes de administrá-la
(sinais de decomposição, turvação, deterioração, precipitação, etc.);
- Devolver no final do plantão os medicamentos não utilizados e em hipótese alguma acumular
“sobras”;
- Manter a bandeja sempre a vista durante a administração, nunca deixando-a sozinha junto ao
paciente;
- Antes de administrar o medicamento, conferir cuidadosamente a identidade do paciente;
- Permanecer junto ao paciente até que tome o medicamento;
- A administração do medicamento deve ser feita pelo profissional que o preparou;
- Não se deve nunca esquecer de registrar o medicamento que o paciente tenha recebido (checar a
medicação);
- Anotar qualquer anormalidade após a administração do medicamento (vômito, diarreia, erupções,
urticária, etc.);
- Após a administração do medicamento, checar a prescrição imediatamente, evitando administração
dobrada;
- Em caso de recusa do medicamento, o profissional de enfermagem deve relatar imediatamente o fato
ao(a) enfermeiro(a) e/ou médico e anotá-la no prontuário. Convencionalmente em nosso meio, quando o
medicamento não foi administrado por algum motivo, o horário correspondente é circundado, “bolado” à
caneta e a justificativa anotada no prontuário do paciente;
- Utilizar luvas de procedimentos para medicações via sonda gástrica ou nasogástrica, via retal e
parenteral;
- Utilizar técnica asséptica ao manusear material esterilizado;
- Nunca reencapar agulhas ou concitá-las da seringa para desprezar;
- As luvas de procedimentos e o algodão devem ser desprezados na lixeira com saco branco leitoso,
para lixo infectante, dentro da enfermaria do paciente, conforme Programa de Gerenciamento de
Resíduos da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH);
- Em caso de dúvida, nunca administrar o medicamento até que ela seja esclarecida.
Vias oral, sublingual, gástrica e retal: administração de medicamento por via digestiva.
Os medicamentos via oral são fornecidos pela boca e deglutidos com líquidos, apresentam um início
de ação mais lento e um efeito mais prolongado que os medicamentos parenterais. Em geral, os clientes
preferem a via oral.
Via parenteral: administração de um agente terapêutico por outra via que não seja a do trato alimentar
(aparelho digestório).
Via vaginal: introdução e absorção de medicamentos no canal vaginal. O medicamento pode ser
introduzido sob a forma de: supositório, comprimido, óvulo, lavagem, irrigação, creme ou gel.
Via tópica ou cutânea: aplicação de medicamentos na pele. Sua ação pode ser local ou geral.
Exemplos: pomada, antisséptico, etc.
Via nasal: consiste em levar à mucosa nasal um medicamento líquido.
Via Respiratória: as passagens mais profundas do trato respiratório proporcionam grande área de
superfície para a absorção do medicamento. Os medicamentos podem ser administrados através das
vias nasais, via oral ou tubos colocados dentro da boca do cliente até a traqueia. Os medicamentos
administrados pela via de inalação são prontamente absorvidos e atuam rapidamente por causa da rica
rede vascular alveolocapilar presente no tecido pulmonar. Os medicamentos inalados podem ter efeitos
locais ou sistêmicos.
Via ocular: aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular (saco conjuntival inferior).
Há, também, o fornecimento intraocular de medicamento que envolve a inserção de medicamento
semelhante a uma lente de contato dentro do olho do cliente. O disco do medicamento ocular possui duas
camadas mais externas que contêm o medicamento. O disco é inserido dentro do olho do cliente de forma
muito parecida com uma lente de contato, podendo permanecer no olho dele por até uma semana. A
pilocarpina, um medicamento usado para tratar o glaucoma, é o disco de medicamento mais comum.
Via Auricular (otológica): introdução de medicamento no canal auditivo. Colocar o paciente em
posição que você consiga administrar, manter a cabeça do paciente ereta e pingar a solução puxando o
pavilhão auditivo para baixo e para frente.
Procedimentos de Administração
Via Oral
Material:
- 01 bandeja;
- 01 copinho;
- Medicamento prescrito.
Procedimento:
- Conferir a prescrição médica e medicação a ser administrada;
- Identificar os copinhos com o nome do paciente, nome da medicação, horário e número do leito;
- Lavar as mãos;
- Diluir o medicamento se necessário;
- Conferir novamente a medicação e prescrição médica verificando data, paciente, hora, via de
administração e dose;
- Levar a bandeja de medicação junto ao leito do paciente;
- Perguntar o nome do paciente sem sugestionar;
- Oferecer o medicamento;
- Observar se o paciente ingeriu a medicação;
- Lavar as mãos;
- Checar na prescrição médica;
Cuidados importantes:
- Agitar o frasco de medicamento líquido antes de entorná-lo pelo lado oposto ao do rótulo, evitando
assim, que o líquido escorra sobre ele, tornando difícil a leitura;
- Os frascos multidoses deverão ser diluídos quando abertos;
- Frascos multidoses que ficam “estocados” no posto, verificar sempre a data de validade e condições
de armazenamento antes de administrá-lo ao paciente. Se necessário trocar o frasco na farmácia;
- Segurar o recipiente graduado (copinho) e vidro ao nível dos olhos para despejar o líquido até a altura
correspondente à dose, facilitando desse modo a colocação precisa do medicamento;
- Colocar comprimidos, drágeas ou cápsulas no recipiente sem tocá-las diretamente com a mão;
- Se houver dificuldade na identificação do medicamento, não administrá-lo. Devolva-o à farmácia e
solicite outro medicamento com identificação legível;
- Se um paciente recebe vários medicamentos simultaneamente, a prática mais segura é a de usar
recipientes separados, possibilitando a identificação segura dos medicamentos que efetivamente o
paciente recebeu. Em casos de aceitação parcial ou perdas acidentais de uma parte deles, será possível
registrar adequadamente o ocorrido e/ou repor a medicação perdida;
- Observar se o paciente não está com indicação de jejum, controle hídrico, além de fatores que
influenciam a administração, como sonda nasogástrica, condições relativas à deglutição, náuseas,
vômitos, entre outros;
- No caso de administração de medicação sublingual, observar a colocação do medicamento sob a
língua do paciente e orientá-lo para que deixe ali, sem mastigá-lo ou engoli-lo, até ser totalmente
dissolvido, não se devem oferecer líquidos com a medicação sublingual;
- No uso de medicação via Sonda Nasoenteral-SNE ou Sonda Nasogástrica-SNG: lavar (10 a 20ml
de água pela seringa sob pressão) logo após a administração da medicação, a fim de evitar obstrução da
mesma.
Importante: na ausência do copo graduado ou seringa utilizar as medidas abaixo como referência de
administração medicamentosa líquida.
Material:
- 01 Frasco de Clister ou Fleet Enema (conforme prescrição médica);
- Papel higiênico;
- 01 comadre;
- 01 par de luvas de procedimento;
- 01 sonda retal.
Procedimento:
- Explicar ao paciente o procedimento;
- Preparar o material;
- Mornar quando for solução glicerinada ou soro fisiológico;
- Lavar as mãos, calçar luvas de procedimentos;
- Colocar biombo, para não expor o paciente;
- Colocar o paciente em posição de Sims, (decúbito lateral esquerdo e perna direita fletida);
- Afastar a prega interglútea e instilar o líquido;
- Introduzir a sonda retal lubrificada (ex.: xilocaína gel ou óleo mineral) no ânus do paciente;
- Colocar o paciente na comadre, deixando o papel higiênico à mão, nos casos de pacientes
dependentes ou encaminhá-lo ao banheiro;
- Fazer a higiene íntima;
- Retirar o material usado;
- Limpar e organizar o material;
- Retirar as luvas de procedimentos;
- Lavar as mãos;
- Fazer anotação de enfermagem no prontuário;
Observação: No caso de irrigação gota a gota acrescentar um equipo ao material, procedendo a
mesma forma de instalação, deixando o sistema instalado até o final da solução.
Via Parenteral
Preparo da Medicação:
- Observar o prazo de validade, o aspecto da solução, bem como a integridade do frasco;
- Certificar que todo o medicamento está contido no corpo da ampola, pois o estreitamento do gargalo
faz com que uma parte do medicamento muitas vezes, fique na sua parte superior;
- O mesmo cuidado deve ser observado com o pó liofilizado no frasco da ampola;
- Lavar as mãos com água e sabão;
- Observar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha;
- Monte a seringa com a agulha respeitando a técnica asséptica;
- Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70% destacando o gargalo, no caso do
frasco ampola, levantar a tampa metálica e desinfetar a borracha;
- Proteger o gargalo da ampola com algodão na hora de quebrá-lo;
- Aspirar ao diluente (no caso de frasco ampola) introduzi-lo dentro do frasco e deixe que a força da
pressão interna do frasco, desloque o ar para o interior da seringa;
- Homogeneizar o diluente com o pó liofilizado sem sacudir;
- Introduzir o ar da seringa para o interior do frasco. Este procedimento visa aumentar a pressão dentro
do frasco, facilitando a retirada do medicamento, visto que os líquidos movem-se de uma área de maior
pressão para a de menor pressão;
- Manter o frasco invertido para baixo, enquanto aspira ao medicamento;
- Proteger a agulha com o protetor e o êmbolo da seringa com o próprio invólucro;
Via Intradérmica
É a introdução do medicamento na derme. É raramente usada para tratamento, porém incide na
disseminação de vacinas. Volumes máximos administrados – 0,5 ml.
Locais de aplicação: Face interna ou ventral do antebraço; Região escapular (parte superior das
costas); Parte inferior do deltoide direito (exclusivamente para a vacina BCG).
Material:
- 01 bandeja;
- 01 seringa de 3ml ou 5ml;
- 01 agulha para injeção 03X07;
- 01 bola de algodão;
- 05ml de álcool;
- Luvas de procedimentos;
- Medicamento prescrito.
Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Preparar a medicação fazendo a desinfecção da ampola e após a aspiração do medicamento, trocar
a agulha;
- Orientar o paciente quanto ao procedimento;
- Calçar luvas de procedimentos;
- Posicionar a agulha em ângulo de 15º em relação à superfície da pele;
- Introduzir a agulha com o bisel para cima para formar uma pápula;
- Checar na prescrição médica;
Observação: não fazer a antissepsia da região, o que causaria o desenvolvimento de reações falso-
positivas em testes de hipersensibilidade e a redução da atividade das vacinas administradas.
Via Subcutânea
É a introdução do medicamento na região subcutânea. Utilizada para drogas que não necessitem de
absorção imediata e sim quando se deseja uma absorção continua. Podem ocorrer lesões inflamatórias
locais, sendo de grande importância o rodízio da aplicação como um método profilático. Volume máximo
administrável – 2 ml.
Locais de aplicação: Parte superior externa dos braços; Face lateral externa e frontal das coxas;
Regiões glúteas, direita e esquerda; Região abdominal – hipocôndrios direito e esquerdo, exceto a região
periumbilical; Regiões supraescapular e infraescapular; Faces externas, anterior e posterior dos braços;
Região intermediária lateral das costas (próxima ao quadril direito e esquerdo).
Material:
- 01 bandeja;
- 01 seringa de 1ml;
- 01 agulha 13X25;
- Luvas de procedimentos;
- 02 Bolas de algodão;
- 05ml do álcool a 70%;
- Medicamento prescrito.
Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Preparar a medicação fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, trocar
a agulha;
- Orientar o paciente quanto ao procedimento;
- Calçar luvas de procedimentos;
- Fazer antissepsia da pele de cima para baixo;
- Posicionar a agulha em ângulo de 90º em relação à superfície da pele;
Via Intramuscular
É aplicada no tecido muscular através da pele, tendo a desvantagem de ser dolorosa pela introdução
da agulha e absorção do medicamento. Sua ação sistêmica é relativamente rápida. O desconforto da
aplicação desse medicamento pode ser minimizado com os seguintes cuidados:
- Manter a técnica asséptica durante todo o procedimento;
- Ao escolher o local de aplicação, observe a condição do músculo;
- Assegure a privacidade do paciente, sem expô-lo desnecessariamente;
- Não hesitar em aplicar a injeção;
- Injetar lentamente as soluções;
- Fazer uma pressão no local administrado com a extremidade dos dedos, para auxiliar na absorção
da droga;
- Checar na prescrição médica.
Locais para aplicação: Regiões deltoideanas; Região dorsoglútea; Região ventroglútea; Região
anterolateral da coxa (músculo vastolateral).
Quando há́ necessidade de administrar de 3 a 4 mL de medicamento, a região dorsoglútea é a mais
adequada, porém, em razão da presença do nervo isquiático, fundamental para a motricidade dos
membros inferiores, a região de inserção da agulha deve ser bem delimitada. É recomendado dividir a
região dorsoglútea em quatro quadrantes, delimitando o quadrante superior externo com um triângulo ou
subdividindo-a em quadrantes para possibilitar um adequado distanciamento do nervo isquiático.
Recomendações importantes:
- Não administrar medicamentos por via intramuscular na região dorsoglútea em crianças de 0 a 2
anos, adultos excessivamente magros ou com mais de 60 anos;
- Priorizar a região vastolateral da coxa em crianças menores de 1 ano;
- Não administrar diclofenaco de sódio e penicilina benzatina na região deltoide, em qualquer idade.
Nessas medicações só usar agulhas 30x8;
- Rodiziar o local de aplicação.
Material:
- 01 bandeja;
- 01 seringa de 3ml ou 5ml;
- 01 agulha 30X06, 30X07 ou 30X08;
- 02 bolas de algodão;
- 05ml do álcool a 70%;
- Luvas de procedimentos;
- Medicamento prescrito.
Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Escolher a seringa de acordo com o volume a ser injetado;
- Preparar a medicação fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, trocar
a agulha;
- Orientar o paciente quanto ao procedimento;
- Calçar luvas de procedimentos;
- Fazer antissepsia da pele de cima para baixo;
- Posicionar a agulha em ângulo de 90º em relação à superfície da pele;
- Introduzir a agulha com bisel para baixo;
- Aspirar antes de injetar o medicamento, verificando se algum vaso foi atingido;
- Injetar lentamente o líquido;
- Fazer uma leve compressão no local após a administração;
Via Endovenosa
A via endovenosa é usada quando se deseja uma ação rápida do medicamento ou porque outras vias
não são propícias. Sua administração deve ser feita com muito cuidado, considerando-se que a
medicação entra direto na corrente sanguínea, podendo ocasionar sérias complicações ao paciente, caso
as recomendações preconizadas não sejam observadas. As soluções administradas por essa via
devem ser cristalinas, não oleosas e sem flocos em suspensão.
Alguns acidentes podem acorrer na administração de medicamentos endovenosos:
- Esclerose da veia: aplicação sucessiva no mesmo local;
- Abscessos: administração de medicamentos fora da veia, antissepsia inadequada no local da
punção e material contaminado;
- Hematoma: extravasamento de sangue da veia no espaço intersticial por transfixação da veia;
- Flebite: longa permanência de dispositivos endovenosos ou drogas irritantes;
- Êmbolos: deslocamento de resíduos de medicamentos mal diluídos ou coágulos de sangue podem
agir como êmbolos;
- Infiltração: passagem do líquido para o tecido subcutâneo. Ocorre por deslocamento da agulha ou
pela sua penetração na parede do vaso.
- Choque: quando se aplica determinado medicamento, pode ocorrer o estado de choque,
vasodilatação geral, palidez, vertigem, agitação, cianose, ansiedade, tremores. Pode se tratar do choque
pirogênico que ocorre quando existe pirogênio no medicamento, ou seja, substância produzida por
bactéria, produzindo reações como febre e alergias; choque anafilático devido à hipersensibilidade do
paciente ao medicamento.
Locais de aplicação:
- Região cefálica (crianças);
- Região temporossuperficial e regiões epicranianas;
-Região dos membros superiores: braço (cefálica e basílica), antebraço (intermediária cefálica,
intermediária basílica, mediana e radial);
- Ulnar;
- Mão: rede do dorso da mão;.
- Região dos membros inferiores: perna (face posterior do joelho), safena magna e tibial anterior; pé
(rede do dorso do pé). Nesta região somente em casos extremos.
Material:
- Mesmo da injeção intramuscular;
- Acrescentando em caso de grande volume de medicação:
- 01 bandeja;
- 01 Equipo;
- 01 cateter intravenoso (abocath ou jelco);
- 01 pacote de gaze;
- 30 cm de esparadrapo ou micropore;
- Medicamento;
- Luvas de Procedimentos.
Procedimento:
- Lavar as mãos;
- Preparar a medicação fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, trocar
a agulha;
- Posicionar o paciente deitado ou sentado;
- Orientar o paciente quanto ao procedimento;
- Calçar luvas de procedimentos;
- Inspecionar as condições da veia e selecionar a mais apropriada;
- Garrotear o braço aproximadamente 10 cm acima da veia escolhida. Para facilitar a visualização da
veia na mão e braço, convém o paciente cerrar o punho durante a inspeção e a punção venosa;
Recomendações importantes:
- Seguir Rotina de Controle de Infecção para acesso vascular para a manutenção da punção;
- Evitar punção venosa de membros inferiores em pacientes adultos;
- O local escolhido deve ser seguro, de fácil acesso, confortável ao paciente;
- O seguimento escolhido deve ser mais longo que a agulha;
- Evitar “tapinha” sobre o local a ser puncionado, pois permitem o rompimento da veia no momento da
punção;
- Não puncionar membros com fístula arteriovenosa para hemodiálise, paresia, paralisia ou membro
do mesmo lado em que foi feita uma mastectomia.
Venóclise
Administração endovenosa de regular quantidade de líquido através de gotejamento controlado, para
ser infundido num período de tempo pré-determinado. É indicada principalmente para repor perdas de
líquidos do organismo e administrar medicamentos. As soluções mais utilizadas são a glicosada 5%,
fisiológica 0,9% e ringer simples.
Recomendações importantes:
- Atentar para a identificação, registrando no rótulo: o nome do paciente, a solução a ser injetada, os
medicamentos e seus complementos do soro, caso houver, tempo em que a solução deverá ser infundida,
número de gotas por minuto, início e término, data e assinatura;
- Estabelecer a punção venosa em local longe de articulações e de fácil acesso, para facilitar
manutenção da via e oferecer conforto ao paciente;
- Não puncionar veias esclerosadas (são veias com paredes espessas e endurecidas), devido a
deficiência circulatória;
- Realizar a punção com técnica asséptica, mantendo todo o conjunto de punção limpo, inclusive sua
fixação, prevenindo infecção;
- Manter as conexões do sistema bem adaptadas evitando extravasamento de solução, contaminação,
refluxo sanguíneo e entrada de ar;
- Manter a observação constante no local, a fim de detectar precocemente a infiltração nos tecidos
adjacentes;
- Retirar o dispositivo da punção e providenciar outra via de acesso venoso, na presença de sinais de
flebite (edema e hiperemia local). Comunicar o caso o(a) enfermeiro(a);
- Garantir a infusão do volume e dosagem dentro do tempo estabelecido. Para isto, deve-se controlar
constantemente o gotejamento, que não deve ser alterado em casos de atraso, para evitar a sobrecarga
cardíaca;
- Orientar aos pacientes que deambulam manterem o frasco elevado para promover gotejamento
contínuo, evitando refluxo, coagulação sanguínea e obstrução do cateter;
- Orientar o paciente não abrir ou fechar o gotejamento;
- Registrar no local da punção data, hora e assinatura do profissional responsável;
- Administração de medicações de horário pela “borrachinha” do equipo: fazer desinfecção do local
antes da introdução da agulha;
- Não injetar medicamentos perfurando o frasco de soro ou deixar agulhar tipo “suspiro” para evitar
contaminação do sistema;
- Evitar excesso de polifix ou tree-wall.
Questões
27
GUSSO, G.; LOPES, J. M. C.; DIAS, L. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade. Artmed, 2019.
Gabarito
Comentários
01. Resposta: A
Via Intradérmica: é a introdução do medicamento na derme. É raramente usada para tratamento,
porém incide na disseminação de vacinas. Volumes máximos administrados – 0,5 ml.
02. Resposta: D
Faz parte das recomendações na segurança da administração de medicamentos devolver no final do
plantão os medicamentos não utilizados e em hipótese alguma acumular “sobras”;
04. Resposta: B
A via intramuscular possui ação sistêmica relativamente rápida já a via subcutânea é utilizada para
drogas que não necessitem de absorção imediata e sim quando se deseja uma absorção continua, por
isso a comparação está correta.
05. Resposta: E
Na via intramuscular quando há necessidade de administrar de 3 a 4 mL de medicamento, a região
dorsoglútea é a mais adequada, porém, em razão da presença do nervo isquiático, fundamental para a
motricidade dos membros inferiores, a região de inserção da agulha deve ser bem delimitada. É
recomendado dividir a região dorsoglútea em quatro quadrantes, delimitando o quadrante superior
externo com um triângulo ou subdividindo-a em quadrantes para possibilitar um adequado distanciamento
do nervo isquiático.
06. Resposta: C
Volume: 1.000
Tempo: 12 horas
1.000 = 1.000 = 27,77
12 x3 36
A terapia medicamentosa tornou-se uma das formas mais comuns de intervenção no cuidado ao
paciente, utilizada ao longo dos anos na cura de doenças. Cerca de 88% dos pacientes que procuram
atendimento à saúde recebem prescrições de medicamentos. A correta administração requer
conhecimento pleno dos integrantes da equipe de enfermagem envolvidos no cuidado ao paciente.
A terapêutica medicamentosa, devido à complexidade do sistema de saúde, tem sido exercida em
ambientes cada vez mais especializados e dinâmicos, e muitas vezes sob condições que contribuem para
a ocorrência de erros. Estudos realizados ao longo dos últimos anos têm evidenciado a presença de erros
durante o tratamento medicamentoso.
Os erros relacionados à utilização de medicamentos podem resultar em sérias consequências para o
paciente e sua família, como gerar incapacidades, prolongar o tempo de internação e de recuperação,
expor o paciente a um maior número de procedimentos e medidas terapêuticas, atrasar ou impedir que
reassuma suas funções sociais, e até mesmo a morte.
Tendo em vista o grande número de intervenções às quais o paciente é submetido durante a internação
hospitalar, a incidência de uma alta taxa de erros é uma possibilidade, caso não existam medidas que
visem sua prevenção, detecção e intervenção.
Conhecer e aplicar adequadamente os fundamentos da aritmética e da matemática auxilia o
profissional de saúde na prevenção de erros relacionados ao preparo, a dosagem e ou à administração
de medicamentos.
Trabalhar com números, nem sempre é agradável para algumas pessoas, principalmente para aquelas
que enfrentaram dificuldades com a matemática durante o período escolar, portanto é um desafio para
quem conduz o treinamento tornar a atividade fácil e interessante, daí a importância de se utilizar técnicas
didáticas que possibilitem o aprendizado.
Diluição de Medicamentos
1º Exemplo:
Frasco-ampola de Keflin de 1g (Cefalotina Sódica).
Deve-se diluir de preferência por um volume de 5ml de solvente, assim obtém-se uma solução total de
5ml. Para saber quanto de Keflin existe em cada ml, deve-se seguir a Regra de Três.
28
http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/boas-praticas-calculo-seguro-volume-2-calculo-e-diluicao-de-medicamentos_0.pdf
2º Exemplo:
Frasco-ampola de Ampicilina de 500mg.
Deve-se diluir de preferência com 5ml de solvente, assim obtém-se uma solução medicamentosa total
de 5ml onde estarão 500mg de Ampicilina.
Penicilina Cristalina
Antibiótico de largo espectro largamente utilizado em unidades hospitalares tem frasco ampola em
apresentações mais comuns com 5.000.000UI e 10.000.000UI.
Diferente da maioria das medicações, no solvente da penicilina cristalina, deve-se considerar o volume
do soluto, que no frasco-ampola de 5.000.000UI equivale a 2ml e no frasco de 10.000.000UI equivale a
4ml.
Quando coloca-se 8ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de 5.000.000UI, obtém se como
resultado uma solução contendo 10ml.
Quando coloca-se 6 ml de Água Destilada em 1 Frasco-Ampola de 10.000.000UI, obtém se como
resultado uma solução contendo 10ml.
Esquematizando:
- Se 5.000.000UI estão para 8ml AD + 2ml de cristais (10ml), logo 5000.000UI estão para 10ml.
- Se 10.000.000UI estão para 6ml AD + 4ml de cristais (10 ml), logo 10.000.000UI estão para 10ml.
- Se 10.000.000UI estão para 16ml AD + 4ml de cristais (20 ml), logo 10.000.000UI estão para 20ml.
Observação:
1) Lembre-se que a quantidade de solvente (AD), se não estiver expressa na prescrição ou houver
orientação do fabricante, quem determina é quem está preparando.
2) Utiliza-se 8ml no caso de Penicilina Cristalina de 5.000.000UI e 6ml no caso de Penicilina Cristalina
de 10.000.000UI, para que tenha-se maior facilidade na hora do cálculo.
3) Ao administrar Penicilina Cristalina, lembre-se que esta medicação é colocada normalmente em
bureta com 50ml ou 100ml, conforme PM.
Exemplo:
Foi prescrito Penicilina Cristalina 4.800.000UI, na unidade tem-se o frasco ampola de 10.000.000UI.
Como proceder?
Deve-se entender o que foi pedido, então coloca-se o que se tem.
PM - PC: 4.800.000UI
AP - PC: FA 10.000.000UI
DIL - 6ml (lembrou que quem determina é quem está preparando?)
Rediluição
Se diluir uma solução significa dissolver (Pasquale, 2009); adiciona-se a ela solvente não alterando a
massa do soluto. Então o que é rediluição?
É diluir mais ainda o medicamento, aumentando o volume do solvente (Água Destilada, SF, SG ou
diluente para injeção), com o objetivo de obter dosagens pequenas, ou seja, concentrações menores de
soluto, porém com um volume que possa ser trabalhado (aspirado) com segurança.
Utiliza-se a rediluição quando se necessita de doses bem pequenas, como as utilizadas em:
neonatologia, pediatria e algumas clínicas especializadas.
Lembre-se: quando a droga for representada como no exemplo, deve-se escrevê-la da forma: 240mg
- 10 ml.
Tem-se agora uma nova apresentação. Lembre-se que falamos de aumento de volume com a mesma
quantidade de soluto (24mg). Agora é só aspirarmos mais 9ml de AD completando 10ml que corresponde
a 24mg. Por que completar 10 ml?
Apenas para facilitar os cálculos:
Exemplo:
Prescrição Médica 20UI de insulina NPH rotulado 100UI/ml e seringa de insulina graduada 100UI/ml.
Resposta: Deve-se aspirar na seringa de insulina até a demarcação de 20UI.
Neste caso é muito tranquilo, pois tanto o frasco quanto a seringa têm a mesma relação unidades/ml;
isto significa que o frasco tem a apresentação 100UI/ml e a seringa também tem esta apresentação.
Quando se tem frascos com apresentação diferente da graduação da seringa ou ainda quando não
existir seringa de insulina na unidade, utiliza-se uma "fórmula". Será necessário o uso de seringas
hipodérmicas de 3 ou 5ml.
Utilizando o mesmo exemplo de uma prescrição de 20UI de insulina NPH, tendo o frasco de 100UI/ml,
mas com seringas de 3ml
Se não houver nenhum tipo de seringa de insulina na unidade e sendo necessário o uso de seringa
hipodérmica (3ml-5ml), o volume aspirado terá por base sempre 1ml da seringa, não importando o
tamanho da seringa. Atenção: caso a Prescrição Médica seja em valores mínimos, não sendo possível
aspirá-lo, o médico deverá ser comunicado, pois não está indicada a diluição da insulina devido à perda
da estabilidade.
Soro
É uma solução que pode ser isotônica, hipertônica e hipotônica e tem como finalidades: hidratação,
alimentação, curativos, solvente de medicações (ampolas), compressa ocular, compressas diversas, e
outros.
Seus volumes podem variar de ampolas de 10ml ou 20ml e frascos de 100ml, 250ml,
500ml e 1000ml.
Pode-se manipular de forma a aumentar ou diminuir a concentração ou estabelecer uma nova solução.
Para aumentar a concentração de um soro: Neste caso será necessário descobrir de quanto é a
concentração do soro prescrito e a concentração da solução que temos disponível na unidade.
Vamos recordar?
Quando se fala de SG 5% tem-se 5g -100ml.
Quando se fala de SG 10% tem-se 10g -100ml.
Quando se fala de SG 15% tem-se 15g -100ml.
Quando fala-se de SF 0,9% tem-se 0,9g -100ml.
1º Exemplo:
Soro prescrito SF 7,5% 500ml.
Soro que se tem disponível na unidade SF 0,9% 500ml.
Solução disponível na unidade Ampolas de NaCl 20% 10ml.
Novamente pode-se simplificar e fica-se com 7,5 g vezes 5, dividido por 1 e tem-se o resultado 37,5
gramas de NaCl em 500ml de soro.
3) Queremos um soro que contenha 37,5 gramas de cloreto de sódio; como tem-se um soro com 4,5
gramas, é preciso acrescentar 33 gramas ;(pois 37,5g - 4,5g =33g).
- Calcula-se quantos ml’s são necessários para perfazer o total de cloreto de sódio necessário.
Relembrando: nossa ampola, com 20% e 10ml, tem 2 gramas de cloreto de sódio. Então é preciso
descobrir quantos ml serão usados para preparar o soro prescrito.
Multiplica-se 33 por 10 que é igual a 330 e divide-se por 2, resultando em 165ml.
Ou seja, é preciso acrescentar 165ml de cloreto de sódio a 20%, que corresponderá a X ampolas.
Lembre-se: o frasco do soro não suporta o volume adicional. Para adicionar 165ml deve-se desprezar
165ml.
Deve-se repor estas 0,9 gramas de cloreto de sódio que foram desprezados.
7) calculando a reposição
Então calculamos quantos ml das ampolas foram necessárias para perfazer os 0,9 gramas
necessários.
- 0,9 vezes 10 é igual a 9 que dividido por 2 é igual a.4,5 ml.
Vol. = Volume
t = Tempo
min. = Minutos
gts. = gotas
mgts = microgotas
Apostila gerada especialmente para: tais matheus 112.892.037-92
161
Ainda que na maioria dos Serviços essa tarefa seja realizada por bombas de infusão, é preciso
observar que em provas, concursos e em casos de falhas nos equipamentos deve-se utilizar as fórmulas
tradicionais com os seguintes elementos:
- Volume a ser infundido em ml (V).
- Tempo que se leva para que a solução “corra”; podendo ser em horas e minutos (T).
- Gotas (gts).
- Microgotas (mgts).
Estas fórmulas só poderão ser utilizadas para t (tempo) em “hora inteira”, isto é,
1h, 2h, 3h, 10h, etc.
Já estas fórmulas só poderão ser utilizadas quando t (tempo) for em minutos, ou seja, 90min., 30min.,
180min, etc.
1º exemplo
PM = SG 5% 500ml
T = 8h
No caso estamos trabalhando em horas
Tempo = 16,6h ou 16h + 0,6h (separamos 16 horas inteiras mais 0,6 horas)
Para obtermos a fração 0,6h e somente relembrarmos a regra de 3.
Finalidades
Nutrir e hidratar o cliente; restabelecer o volume líquido do organismo; elevar ou repor as reservas de
eletrólitos, vitaminas, aminoácidos e calorias ao cliente que não pode manter a ingestão hídrica e
administrar medicamentos.
Material
- 01 Suporte de soro.
- 01 bandeja.
- Solução a ser administrada.
- 01 equipo de soro.
- 01 par de luvas de procedimentos.
- 01 álcool Swab.
- 01 rótulo.
- 01 conector, se necessário.
Pré - Execução
- Observar prescrição médica.
- Preparar material necessário.
- Identificar e fixar o rótulo de soro com nome do cliente, número do leito, solução prescrita, número de
gotas por minuto, horário do início e término e assinatura.
- Lavar as mãos.
- Adaptar o equipo ao frasco de soro.
- Retirar o ar e fechar o circuito do equipo, respeitando a técnica asséptica.
- Confeccionar e fixar escala de soro.
- Colocar os materiais na bandeja.
Execução
- Identificar-se.
- Checar o leito e o nome do cliente.
- Orientar o cliente quanto ao procedimento.
- Colocar o soro no suporte.
- Calçar a luva de procedimento.
- Realizar a antissepsia da conexão.
- Conectar o equipo ao cateter venoso ou conexão.
- Abrir o controlador de gotas do equipo.
- Controlar o gotejamento de acordo com a prescrição.
- Certificar-se de que não há infiltração de soro.
- Colocar tala para restrição, se necessário.
- Deixar o cliente confortável e com a campainha ao seu alcance.
- Manter o ambiente em ordem.
Pós Execução
- Desprezar o material utilizado no expurgo;
- Lavar as mãos;
- Checar o horário da instalação do soro na prescrição;
- Realizar as anotações necessárias;
- Supervisionar e avaliar, continuamente, o procedimento realizado.
Avaliação
- Checar permeabilidade do cateter durante a infusão.
29
http://www.portaldaenfermagem.com.br/protocolos-leitura.asp?id=243
Questões
01. (EBSERH - Técnico em Enfermagem - IBFC/2017) Foi prescrito soro fisiológico 1,2% de 250ml
para infundir em 3 horas. Disponível soro fisiológico 0,9% de 250ml e ampolas de NaCl 20% de 10ml.
Serão retirados ________de NaCl de 10 ml a 20% para a transformação do soro fisiológico de 0,9% a
1,2%. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
(A) 3,0ml
(B) 2,5ml
(C) 1,75ml
(D) 3,75ml
(E) 3,25ml
Gabarito
01.D
Comentários
01. Resposta: D
S.F 0,9% de 250ml --------> 0,9g_____100 mL
x_____250 ml
x= 2,25 g
ACRESCENTAR: 2g _____10mL
0,75g ____x
= 3,75
Amostras Biológicas
São consideradas amostras biológicas de material humano para exames laboratoriais: sangue urina,
fezes, suor, lágrima, linfa (lóbulo do pavilhão auricular, muco nasal e lesão cutânea), escarro, esperma,
secreção vaginal, raspado de lesão epidérmico (esfregaço) mucoso oral, raspado de orofaringe, secreção
Apostila gerada especialmente para: tais matheus 112.892.037-92
165
de mucosa nasal (esfregaço), conjuntiva tarsal superior (esfregaço), secreção mamilar (esfregaço),
secreção uretral (esfregaço), swab anal, raspados de bubão inguinal e anal/perianal, coleta por
escarificação de lesão seca/swab em lesão úmida e de pelos e de qualquer outro material humano
necessário para exame diagnóstico.
Atualmente a maioria dos procedimentos de coleta são realizados nas próprias Unidades Assistenciais
de Saúde da Rede Pública Municipal.
Laboratórios de Análises
Coleta nas Unidades de Saúde: os procedimentos de coleta dos exames laboratoriais nos
ambulatórios são executados por profissionais médicos, assim como por profissionais de saúde
componentes de equipes multiprofissionais, com finalidades de investigação clínica e epidemiológica, de
diagnose ou apoio diagnóstico, de avaliação pré-operatória, terapêutica e de acompanhamento clínico.
Recursos Humanos:
O Setor de Coleta obrigatoriamente contará com pelo menos 01 (um) dos seguintes profissionais de
nível universitário: médico, enfermeiro, farmacêutico, biomédico ou biólogo que tenha capacitação para
execução das atividades de coleta. Os profissionais de nível universitário do Posto de Coleta deverão
estar presentes, diariamente, no interior de suas dependências durante o período de funcionamento da
coleta destes estabelecimentos.
Os procedimentos de coleta de material humano poderão ser executados pelos seguintes profissionais
legalmente habilitados:
- De nível universitário: médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, biólogos e químicos que
no curso de graduação, e/ou em caráter extracurricular, frequentaram disciplinas que lhes conferiram
capacitação para execução das atividades de coleta;
- De nível técnico: técnicos de enfermagem, assim como técnicos de laboratório, técnicos em
patologia clínica e demais profissional legalmente habilitados que concluíram curso em nível de ensino
médio que no curso de graduação, e /ou em caráter extracurricular frequentaram disciplinas que lhes
conferiram capacitação para execução das atividades de coleta;
- De nível intermediário: auxiliares de enfermagem, assim como profissionais legalmente habilitados
que concluíram curso em nível de ensino de fundamental que no curso de graduação, e /ou em caráter
extracurricular, frequentaram disciplinas que lhes conferiram capacitação para a execução das atividades
de coleta.
Espaço Físico
Sala para coleta de material biológico: de uma forma geral, os estabelecimentos que são dotados
de um único ambiente de coleta deverão contar com sala específica e exclusiva no horário de coleta para
esta finalidade, com dimensão mínima de 3,6 metros quadrados, ter pia para lavagem das mãos, mesa,
De acordo com a RDC 50/2002 ANVISA/MS, as dimensões físicas e capacidade instalada são as
seguintes:
- Box de coleta = 1,5 metros. Caso haja apenas um ambiente de coleta, este deve ser do tipo sala,
com 3,6 metros quadrados;
- Um dos boxes deve ser destinado à maca e com dimensões para tal;
- Os estabelecimentos que contarem com 02 (dois) Boxes de Coleta, obrigatoriamente, possuirão no
mínimo, 01 (um) lavatório localizado o mais próximo possível dos ambientes de coleta;
- Área para registro dos usuários;
- Sanitários para usuários;
- Número necessário de braçadeiras para realização de coletas = 1 para 15 coletas/hora;
- Para revestir as paredes e pisos do box de coleta e técnica em geral, deve-se utilizar material de fácil
lavagem, manutenção e sem frestas;
- Insumos para coleta deverão estar disponibilizados em quantidade suficiente e de forma organizada.
Atenção:
- Observar a integridade do material; quando alterada solicitar substituição;
- Manter cabelos presos e unhas curtas;
- Não usar adornos (pulseiras, anel, relógio, etc...);
- Observar a obrigatoriedade da lavagem das mãos.
Quando houver um acidente com material biológico envolvendo face, olhos e mucosas deve-se lavar
imediatamente todas as partes atingidas com água corrente.
Unidades de saúde
Fase pré-analítica do exame na unidade de saúde:
- Requisição do exame;
- Orientação e preparo para a coleta;
- Coleta;
- Identificação (Solicitar que o usuário realize a conferência dos seus dados): nome, idade, sexo);
- Preparação da amostra;
- Acondicionamento;
- Transporte.
Laboratório
Fase pré-analítica do exame no laboratório:
- Recepção;
- Triagem;
- Preparação da Amostra.
Unidades de Saúde
Fase pós-analítica do exame na unidade de saúde:
- Recepção dos Resultados;
- Conferência;
- Arquivamento dos Laudos.
Jejum
- Para a maioria dos exames um determinado tempo de jejum é necessário e pode variar de acordo
com o exame solicitado devendo - consultar o quadro: “Exames de sangue solicitados nas unidades de
saúde sms”;
- Vale lembrar também, que o jejum prolongado (mais que 12 horas para o adulto), pode levar às
alterações nos exames, além de ser prejudicial à saúde. Água pode ser tomada com moderação. O
excesso interfere nos exames de urina.
Dieta: alguns exames requerem a uma dieta especial antes da coleta de amostra (ex.: pesquisa de
sangue oculto), caso contrário os hábitos alimentares devem ser mantidos para que os resultados possam
refletir o estado do paciente no dia-a-dia.
Atividades Físicas: não se deve praticar exercícios antes dos exames, exceto quando prescrito. Eles
alteram os resultados de muitas provas laboratoriais, principalmente provas enzimáticas e bioquímicas.
Por isso, recomenda-se repouso e o paciente deve ficar 15 minutos descansando antes da coleta.
Fumo: orientar o usuário a não fumar no dia da coleta. O tabagismo crônico altera vários exames
como: leucócitos no sangue, lipoproteínas, atividades de várias enzimas, hormônios, vitaminas,
marcadores tumorais e metais pesados.
Bebida Alcoólica: recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas durante pelo menos 3 (três) dias antes
dos exames. O álcool, entre outras alterações, afeta os teores de enzimas hepáticas, testes de
coagulação, lipídios e outros.
Relações Sexuais: para alguns exames como, por exemplo, espermograma e PSA, há necessidade
de determinados dias de abstinência sexual. Para outros exames, até mesmo urina, recomenda-se 24
horas de abstinência sexual.
Ansiedade e Stress: o paciente deverá relaxar antes da realização do exame. O stress afeta não só
a secreção de hormônio adrenal como de outros componentes do nosso organismo. A ansiedade conduz
à distúrbios no equilíbrio acidobásico, aumenta o lactato sérico e os ácidos gordurosos plasmáticos livres,
entre outras substâncias.
Observações Importantes:
- Quando possível as amostras devem ser coletadas entre 7 e 9 horas da manhã, pois a concentração
plasmática de várias substâncias tendem a flutuar no decorrer do dia. Por esta razão, os valores de
intervalos de referência, são normalmente obtidos entre estes horários. O ritmo biológico também pode
ser influenciado pelo ritmo individual, no que diz respeito à alimentação, exercícios e horas de sono;
- No monitoramento dos medicamentos considerar o pico antes a administração do medicamento e o
estágio da fase constante depois da próxima dose;
- Sempre anotar da coleta no pedido o exato momento.
Nota: a coleta da amostra feita no momento errado é pior do que a não coleta!
É importante a padronização de uma rotina para a coleta dos exames laboratoriais, devendo todos os
profissionais envolvidos no processo estar cientes da rotina estabelecida. Basicamente os funcionários
da coleta devem estar orientados para:
- Atender os usuários com cortesia;
- Manter o box de atendimento dos pacientes sempre em ordem;
- Manter todos os materiais necessários para o atendimento de forma organizada;
- Trajar-se convenientemente (sem adornos pendurados e usar sapato), atendendo às normas de
biossegurança;
- Usar luvas e avental durante todo o processo de coleta.
Requisição de Exame
Existem impressos próprios (anexá-los) que são definidos conforme o tipo de exame solicitado. O
impresso deverá estar totalmente preenchido com letra legível:
- Nome da unidade solicitante;
- Nome do usuário;
- Nº prontuário;
- Idade: muitos valores de referência variam conforme a idade;
- Sexo: muitos valores de referência variam conforme o sexo;
- Indicação clínica;
- Medicamentos em uso;
- Data da última menstruação (DUM), quando for o caso;
- Assinatura e carimbo do solicitante;
- Nome do responsável pela coleta;
A informação é fundamental para garantir a qualidade do resultado laboratorial. Devem ser utilizadas
para fins de análise de consistência do resultado laboratorial, e, portanto, necessitam ser repassadas aos
responsáveis pelas fases analítica e pós-analítica.
Conferência das amostras colhidas: reservar os 15 minutos finais do período da coleta para verificar
se as amostras estão bem tampadas e estão corretamente identificadas. Conferir os pedidos com os
frascos. Realizar este procedimento sempre paramentado.
- Estantes e grades são recipientes de suporte utilizados para acondicionar tubos e frascos coletores
contendo amostras biológicas; deverão ser rígidas e resistentes, não quebráveis, que permitam a fixação
em posição vertical, com a extremidade de fechamento (tampa) voltada para cima e que impeçam o
tombamento do material.
- Tubete ou Caixa são recipientes utilizados para acondicionamento de lâminas dotadas internamente
de dispositivo de separação (ranhura) e externamente de dispositivo de fechamento (tampa ou fecho).
- Caixas Térmicas são recipientes de segurança para transporte, destinados à acomodação das
estantes e grades com tubos, frascos e tubetes contendo as amostras biológicas.
Estas caixas térmicas devem obrigatoriamente ser rígidas, resistentes e impermeáveis, revestidas
internamente com material lisos, duráveis, impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes
devendo ainda ser, dotadas externamente de dispositivos de fechamento externo.
Laudos Técnicos
Intervalo/Valores de Referência
Define 95% dos valores limites obtidos de uma população definida.
- Valores dos resultados dos exames ou testes laboratoriais e respectivas unidades;
- Deverão ser devidamente assinados pelos seus Responsáveis Técnicos e/ou por profissionais
legalmente habilitados, de nível superior, pertencente aos quadros de recursos humanos destes
estabelecimentos;
- Deverão ser entregues diretamente aos usuários ou seus representantes legais, se for o caso, e,
ainda, indiretamente, através dos profissionais de estabelecimentos de saúde, no caso de Postos de
Coleta. Podem ainda ser entregues: utilizando-se equipamento de fax-modem e meios de comunicação
on line, quando autorizada por escrito pelos próprios usuários e/ou requerida pelos médicos ou cirurgiões-
dentistas solicitantes. No entanto, isto não eximirá os Responsáveis Técnicos pelos estabelecimentos de
garantir a guarda dos Laudos Técnicos originais;
- Os Responsáveis Técnicos pelos Laboratórios Clínicos deverão garantir a privacidade dos cidadãos,
através da implantação de medidas eficazes que confiram caráter confidencial a quaisquer resultados de
exames e testes laboratoriais.
Garroteamento: o garrote é utilizado durante a coleta de sangue para facilitar a localização das veias,
tornando-as proeminentes. O garrote deve ser colocado no braço do paciente próximo ao local da punção
(4 a 5 dedos ou 10cm acima do local de punção), sendo que o fluxo arterial não poderá ser interrompido.
Para tal, basta verificar a pulsação do paciente.
Mesmo garroteado, o pulso deverá continuar palpável. O garrote não deve ser deixado no braço do
paciente por mais de um minuto. Deve-se retirar ou afrouxar o garrote logo após a venopunção, pois o
garroteamento prolongado pode acarretar alterações nas análises (por exemplo: cálcio).
Seleção da região de punção: a regra básica para uma punção bem-sucedida é examinar
cuidadosamente o braço do paciente. As características individuais de cada um poderão ser reconhecidas
através de exame visual e/ou apalpação das veias.
Deve-se sempre que for realizar uma venopunção, escolher as veias do braço para a mão, pois neste
sentido encontram-se as veias de maior calibre e em locais menos sensíveis a dor. As veias são tubos
nos quais o sangue circula, da periferia para o centro do sistema circulatório, que é o coração.
As veias podem ser classificadas em: veias de grande, médio e pequeno calibre, e vênulas.
De acordo com a sua localização, as veias podem ser superficiais ou profundas.
As veias superficiais são subcutâneas e com frequência visível por transparência da pele, sendo mais
calibrosas nos membros. Devido à sua situação subcutânea permitir visualização ou sensação táctil, são
nessas veias que se fazem normalmente à coleta de sangue.
Antes de iniciar uma venopunção, certificar-se de que o material abaixo será de fácil acesso:
- Tubos necessários à coleta;
- Etiqueta para identificação do paciente;
- Luvas;
- Swabs ou mecha de algodão embebida em álcool etílico a 70%;
Nota: agitar vigorosamente pode causar espuma ou hemólise; não homogeneizar ou homogeneizar
insuficientemente os tubos de Sorologia pode resultar em uma demora na coagulação; Nos tubos com
anticoagulante, homogeneização inadequada pode resultar em agregação plaquetária e/ou micro
coágulos.
Sala de espera: a sala de espera é um local próprio para que o paciente repouse, mantendo sua
fisiologia estável, enquanto aguarda ser chamado para o procedimento de coleta. Por essa razão, é
conveniente que a criança tenha um ambiente próprio de espera, ou seja, sala de espera infantil. Um
ambiente agradável com algum tipo de entretenimento (televisão, revistas, brinquedos) pode ser
providenciado, quando possível, de forma que a criança desvie a atenção da situação que a levou até lá.
Coleta em criança
A coleta de sangue em criança e neonato é frequentemente problemática e difícil, para o coletador,
acompanhante e criança.
A criança deve ser preparada psicologicamente para a coleta, cabendo ao coletador conseguir a
confiança da criança. Isto pode ser obtido observando o comportamento da criança na sala de espera,
verificando se ela traz algum brinquedo ou livro de estórias, e qual o nível de relacionamento com o
acompanhante. Caso a criança traga algum brinquedo, este deve ser mantido com ela sempre que
possível, mas sem que haja comprometimento da coleta. Sempre que possível evitar que a criança assista
à punção.
O posicionamento de coleta para crianças maiores do que um ano dependerá muito do nível de
entendimento que elas possam ter. Como regra básica sugere-se:
- Neonatos e bebês devem ser colocados deitados em maca própria, solicitando a ajuda de outro
profissional para garantir que a coleta aconteça sem dificuldades. Não é aconselhável que o
acompanhante participe da coleta, pois o mesmo está envolvido psicologicamente com a criança. O
auxiliar deve posicionar-se na cabeceira da maca no mesmo lado que o coletador, ficando um de frente
para o outro. Com uma das mãos conter o braço da criança segurando-a próximo ao pulso e com a outro
próximo ao garrote, apoiando o antebraço no peito ou ombro da criança. O coletador de frente para o
auxiliar faz a venopunção seguindo os mesmos passos utilizados para a punção em adultos;
- Crianças maiores, de forma geral, colaboram para que possa fazer uma venopunção sentada.
Existem duas maneiras confortáveis de se posicionar uma criança:
Uma delas é colocar a criança de lado, no colo do acompanhante, ficando de lado para o coletador.
Um dos braços da criança ficará abraçando o acompanhante e o outro posicionado para o coletador.
Dessa forma, o acompanhante desviará a atenção da criança para si segurando o rosto da mesma com
uma das mãos.
O auxiliar ficará posicionado ao lado do coletador onde com uma das mãos segurará o braço da criança
próximo ao garrote e com a outra mão próximo ao pulso. O coletador de frente para a criança faz a
venopunção seguindo os mesmos passos utilizados para a punção em adultos;
A outra, é colocar a criança no colo do acompanhante, de frente para ele com as pernas abertas e
entrelaçadas a seu corpo, na altura da cintura. O acompanhante estará abraçado a criança e de costas
ou de lado para o coletador.
O braço da criança ficará estendido na direção do coletador sob o braço do acompanhante. O auxiliar
ficará posicionado ao lado do coletador onde com uma das mãos segurará o braço da criança próximo ao
garrote e com a outra mão próximo ao pulso. O coletador de frente para a criança faz a venopunção
seguindo os mesmos passos utilizados para a punção em adulto
- Pacientes idosos ou em uso de anticoagulantes, devem manter pressão sobre o local de punção por
cerca de 3 minutos ou até parar o sangramento;
- Orientar para não carregar peso imediatamente após a coleta;
- Observar se não está usando relógio, pulseira ou mesmo vestimenta que possa estar garroteando o
braço puncionado;
- Orientar para não massagear o local da punção enquanto pressiona o local;
- A compressão do local de punção é de responsabilidade do coletor. Se não puder executá-lo, deverá
estar atento à maneira do paciente fazê-lo.
Dificuldades na Coleta
Algumas dificuldades podem surgir pela inexperiência do uso do sistema a vácuo, sendo a mais
frequente a falta de fluxo sanguíneo para dentro do tubo.
Possíveis causas:
- A punção foi muito profunda e transfixou a veia. Solução: retrair a agulha;
Punção digital: posicionar o dedo e introduzir a lanceta de forma perpendicular na face lateral interna
da falange.
- Desprezar a primeira gota, por conter maior quantidade de fluidos celulares do que sangue. Colher a
amostra a partir da segunda gota. Nem sempre os neonatos sangram imediatamente; se a gota de sangue
não fluir livremente, efetuar uma massagem leve para se obter uma gota bem redonda (esta massagem
no local da punção não deve ser firme e nem causar pressão, pois pode ocorrer contaminação);
- As gotas de sangue são captadas pelo funil ou tubo-capilar;
- Quando o microtubo estiver com o seu volume completo, troque-o pelo subsequente, na sequência
correta de coleta. Atenção: ao coletar amostras com capilar, o tubo de EDTA sempre deve ser o primeiro
e em seguida o de sorologia (Esta sequência é oposta ao da coleta tradicional para sangue venoso, mas
minimiza o efeito de influência da coagulação nos resultados de análise);
- Após a coleta do último microtubo, o funil ou tubo-capilar deve ser removido e descartado. Agora o
microtubo pode ser gentilmente homogeneizado. Nota: Agitar vigorosamente pode causar espuma e
hemólise. Nos microtubos com anticoagulante, homogeneização inadequada pode resultar em agregação
plaquetária e/ou micro coágulos;
- Após a coleta, pressionar o local da punção com gaze seca estéril até parar o sangramento;
- Descartar todo o material utilizado na coleta nos descartadores apropriados.
Procedimento Básico:
Utilizar o kit fornecido pelo laboratório gratuitamente com instruções específicas.
- Fazer uma higiene íntima rigorosa em sua casa, usando sabonete e água; enxaguar bem com água
abundante e secar bem com uma toalha limpa;
- Coletar a primeira urina da manhã ou 2 horas após a última micção;
- Desprezar o primeiro jato da urina no vaso sanitário, coletar no copo descartável o jato do meio, mais
ou menos (até a metade do copo) desprezando o restante da micção no vaso sanitário;
- Imediatamente, passar a urina do copo para o tubo, até preencher totalmente, fechar e muito bem e
identificar com seu nome completo e ou etiquetar com etiqueta própria do laboratório.
Tipos de exames de Urina: exame de Urina tipo I de material enviado (o procedimento básico de
urina deverá ser realizado no laboratório de acordo com a solicitação médica). Realizar o procedimento
básico de coleta em sua própria residência. Encaminhar ao laboratório até 2 horas após a coleta. Exame
de Urina tipo I com assepsia- Cultura de Urina. O procedimento básico de coleta de Urina deverá ser
realizado no laboratório, de acordo com a solicitação médica.
Crianças muito pequenas: a coleta pode ser realizada no laboratório, onde haverá troca de coletores
e assepsia a cada 30 minutos, realizada pela Equipe. Ou pode trazer a Urina colhida em casa, em
coletores fornecidos pelos laboratórios. Mas deve-se fazer uma higiene intima rigorosa na criança, antes
de colocar o coletor.
Procedimento básico:
- Utilizar o kit fornecido pelo laboratório com instruções específicas;
- Colher fezes em recipiente limpo de boca larga, tomando cuidado de não contaminar as fezes com a
urina ou água do vaso sanitário. Usando uma pazinha, colher uma porção de fezes do tamanho de uma
noz e colocar no frasco coletor. Se for observado presença de muco ou sangue, colher também está
porção "feia" das fezes, sendo muito importante para análise. Tampar bem o frasco e identificar com seu
nome completo e encaminhar ao laboratório.
Exame parasitológico com conservante: paciente irá receber um kit contendo 3 frascos coletores (2
com líquido conservante e 1 sem conservante ou 3 com líquido conservante). Seguir o procedimento
básico de coleta de fezes, porém a coleta deverá ser realizada em dias alternados, pelo menos 1 dia de
intervalo entre as coletas. Coletar uma amostra em cada frasco, fechar e agitar para dissolver as fezes
no líquido. Conservar em geladeira a medida em que forem sendo coletadas. A última amostra deve ser
colocada no frasco sem conservante. Tampar bem, identificar com nome completo e encaminhar ao
laboratório. Encaminhar ao laboratório em até 2 horas após a última coleta, se em temperatura ambiente,
ou no máximo 14 horas se refrigerada.
Exame parasitológico seriado: você vai receber 3 frascos coletores sem conservante. Seguir o
procedimento básico de coleta de fezes. Colher as fezes em dias alternados. A cada coleta encaminhar
a amostra ao laboratório em até 2 horas em temperatura ambiente ou no máximo 14 horas se refrigerada.
Cultura de Fezes: seguir o procedimento básico de coleta de fezes. Após a coleta, encaminhar ao
laboratório em até 3 horas, se em temperatura ambiente ou em até 6 horas se refrigerada. Caso esteja
usando antibióticos, esperar 7 dias após o término do medicamento para colher as fezes. Caso seja
necessário o uso de laxantes, são permitidos apenas os à base de sulfato de magnésio. Consulte seu
médico.
Crianças muito pequenas: não utilizar as fezes da fralda quando estiverem diarreicas ou líquidas,
solicitar coletores infantis fornecidos. No caso de fezes consistentes, encaminhar condicionalmente para
o responsável do setor analisar se a quantidade é suficiente. Encaminhar ao laboratório em até 3 horas
se em temperatura ambiente ou em até 6 horas se refrigerada.
A amostra de escarro deve ser coletada, sempre que possível, antes do início do tratamento
(principalmente antibióticos).
O escarro ideal é obtido após tosse profunda, é aquele que vem do “fundo do peito”.
A amostra colhida pela manhã, ao acordar, é a mais concentrada e, portanto, a adequada para o
exame.
Deve-se ingerir bastante líquidos desde a noite anterior. A boa hidratação facilita a coleta.
Inalar vapor úmido, antes da coleta, pode ser útil (por ex., inalando o vapor do banho).
Caso não esteja eliminando escarro no dia da coleta, é preferível não efetuar a coleta. Não colha saliva
em lugar ou junto do escarro. Evite, também, colher secreção do nariz.
Caso o médico tenha solicitado mais de uma amostra, é preferível colher cada uma em um dia diferente
Exames Laboratoriais
Exames Hematológicos
A maioria das doenças hematológicas determina o aparecimento de significativas manifestações
bucais. Muitas vezes estas são as primeiras manifestações clínicas da doença fazendo com que, em
muitas ocasiões, o dentista seja o primeiro profissional a suspeitar ou mesmo diagnosticar graves doenças
sistêmicas de natureza hematológica.
Na anamnese, o dentista deve interrogar sobre a ocorrência de hemorragias, analisando fatores
importantes como: local, duração e a gravidade da perda de sangue, causa aparente de hemorragia,
aparecimento de hematoma e os antecedentes familiares de hemorragia. Ao suspeitar de condição
hemorrágica, o profissional deverá solicitar os exames adequados. Caso os exames revelem alterações
de normalidade, o paciente deve ser encaminhado ao hematologista para que o tratamento seja efetuado.
A nível odontológico, a verificação do tempo de coagulação (TC), tempo de sangramento (TS) e
realização do teste de fragilidade capilar (FC), são exames simples, realizáveis no próprio consultório, de
fácil interpretação e suficientes para verificar a presença de alterações significativas na hemostasia.
O hemograma é uma bateria de exames complementares. Consiste na contagem de glóbulos
vermelhos e brancos, dosagem de hemoglobina, determinação do valor globular médio, contagem
específica de leucócitos e, eventualmente, na contagem de plaquetas.
O hemograma está indicado nos processos infecciosos agudos, nos infecciosos supurativos ou não,
nos alérgicos específicos, nas moléstias leucopênicas e nas moléstias próprias do aparelho
hematopoiético. A interferência na série vermelha é pequena nestes processos. Entretanto, o hemograma
Exame de Urina
A urina é o resultado da filtração de plasma pelo glomérulo e dos processos de reabsorção e excreção
exercidos pelos túbulos renais. O exame de urina é outro componente laboratorial valioso na rotina do
complexo pré-operatório. É um dos demonstradores das numerosas manifestações de doenças
sistêmicas. Os elementos de maior importância no exame de urina e que devem ser analisados são:
densidade, volume, cor, aspecto, pH, glicosúria, acetonúria, piúria, hematúria e bile.
Outros Exames
O dentista pode ainda solicitar outros tipos de exames laboratoriais como: reação do Machado-
Guerreiro, na doença de Chagas; reação de Montenegro, que é uma prova intradérmica, para diagnóstico
de Leishmaniose brasiliense; reação de Sabin e Feldman, na toxoplasmose; reação de Mantoux, na
tuberculose; reação de Mitsuda na hanseníase (lepra).
Além dos anteriormente mencionados, podem ter aplicação na clínica odontológica a taxa de glicemia
e exames sorológicos para lues. São bem conhecidos os problemas que podem aparecer no tratamento
odontológico de um paciente diabético. O dentista deve estar sempre atento, a fim de detectar sinais e
sintomas que possam sugerir a presença de tal afecção.
A dificuldade de cicatrização, hálito cetônico, xerostomia, história de poliúria e sede excessiva são
dados que indicam a requisição da determinação da taxa de glicemia. Se esta apresentar alta dosagem,
estará confirmada a hipótese clínica de diabetes e o paciente deve ser encaminhado ao médico para
tratamento.
A presença de úlceras e placas na mucosa bucal, o clínico deve pensar na possibilidade de etiologia
luética e requisitar, quando julgar necessário, os exames complementares específicos que irão ou não
confirmar tal suspeita.
Citologia Esfoliativa
É um método laboratorial que consiste basicamente na análise de células que descamam
fisiologicamente da superfície. Não é um método recente e sua utilização é anterior à metade do século
XIX. Deve-se a Papanicolau & Traut, em 1943, com a apresentação e valorização dos achados citológicos
em colpocitologia, a aceitação universal do método no diagnóstico do câncer da genitália feminina. Em
1951, Muller e col. utilizaram a citologia na mucosa bucal. Folson e col., em 1972, justificaram bem a
razão do método útil e válido:
- Sob condições normais, existe uma forte aderência entre as camadas mais profundas do epitélio, o
que dificulta a sua remoção;
- Nas lesões malignas e em alguns processos benignos, essa aderência ou coesão celular é bastante
frágil, o que permite facilmente sua remoção;
- Nos processos malignos, as células apresentam alterações características especiais que as
diferenciam das células normais, tais como: núcleos irregulares e grandes, bordas nucleares irregulares
e proeminentes, hipercromatismo celular, perda da relação núcleo- citoplasma, nucléolos proeminentes
e múltiplos, discrepância de maturação em conjunto de células, mitoses anormais e pleomorfismo celular;
- Cerca de 90% dos tumores malignos de boca são de origem epitelial, o que vem favorecer o uso de
citologia esfoliativa.
Vantagens
- Método simples e praticado sem anestesia;
- Rápida execução;
Limitações
- Evidencia apenas lesões superficiais;
- O diagnóstico geralmente não é fundamentado num resultado positivo para malignidade, pois neste
caso a biópsia será indispensável para confirmação definitiva;
- Em caso de malignidade sempre indica a necessidade de uma biópsia, e em caso de resultado
negativo pode permanecer a dúvida.
Indicações
- Infecções fúngicas (candidose, paracoccidioidomicose);
- Doenças autoimunes (pênfigo);
- Infecções virais (herpes primário, herpes recorrente).
Contraindicações
- Lesões profundas cobertas por mucosa normal;
- Lesões com necrose superficial;
- Lesões ceratóticas.
Procedimento
O exame fundamenta-se na raspagem das células superficiais de uma determinada lesão, confecção
do esfregaço sobre a lâmina de vidro, fixação, coloração e exame microscópico. O resultado da citologia
esfoliativa é fornecido de acordo com o código de classificação de esfregaço apresentado por Papanicolau
& Traut e modificado por Folson e col.
Classe 0 - material inadequado ou insuficiente para exame.
Classe I - células normais.
Classe II - células atípicas, mas sem evidências de malignidade.
Classe III - células sugestivas, mas não conclusivas de malignidade.
Classe IV - células fortemente sugestivas de malignidade.
Classe V - células indicando malignidade.
Sempre que o resultado estiver enquadrado nas classes III, IV e V se faz necessária a biópsia para
confirmar resultado. Atualmente os patologistas preferem descrever a alteração, isto é, presença ou
ausência de células malignas.
A citologia esfoliativa da mucosa bucal não teve um desenvolvimento acentuado, talvez em
decorrência do número de resultados falsos negativos que podem ocorrer, principalmente pela
deficiência, na coleta do material e de citopatologistas experientes.
Considera-se que a citologia esfoliativa não é um método que propicie o diagnóstico definitivo de uma
lesão, mas, é de grande valia para orientação diagnóstica, o que equivale a afirmar que deve ser feita,
mas nunca em detrimento da análise histopatológica.
Biópsia
É um procedimento cirúrgico simples, rápido e seguro, em que parte da lesão ou toda a lesão de tecido
mole ou ósseo é removida, para estudo de suas características microscópicas. A biópsia permite fazer
uma correlação entre os achados clínicos e histopatológicos determinando, na grande maioria dos casos,
o diagnóstico definitivo.
Indicações
- Toda lesão cuja história e características clínicas não permitam elaboração do diagnóstico e que não
apresente evidência de cura dentro de um período não superior a duas semanas;
- Em tecidos retirados cirurgicamente, quando ainda não se tem um diagnóstico prévio;
- Lesões intraósseas que não possam ser positivamente identificadas através de exames de imagem.
Contraindicações
- Tumores encapsulados (para não provocar difusão para tecidos vizinhos). Ex.: Adenoma pleomórfico
em glândula parótida;
- Em lesões angiomatosas (Ex. hemangioma), a indicação de biópsia deve ser criteriosa e quando
realizada deve seguir normas de segurança evitando complicações, principalmente hemorragia.
Tipos de Biópsia
Biópsia incisional: apenas parte da lesão é removida. É indicada em caso de lesões extensas ou de
localização de difícil acesso.
Biópsia excisional: toda a lesão é removida. É indicada em lesões pequenas e de fácil acesso.
A amostra deve ser enviada ao laboratório para exame histopatológico sempre acompanhada de um
relatório onde são discriminados os seguintes dados: data da biópsia, nome, idade e sexo do paciente,
nome do operador, local da biópsia, descrição breve dos aspectos clínicos da lesão e hipóteses
diagnósticas. Em caso de biópsia óssea enviar radiografia.
Sequência de biópsia:
- Infiltração da solução anestésica na periferia da lesão ou usar-se de anestesia regional;
- Incisão do tecido a ser biopsiado (bisturi ou punch);
- Preensão da peça com pinça “dente de rato”;
- Corte ou remoção da peça com tesoura ou mesmo bisturi;
- Colocação do tecido removido em vidro com formol 10%;
- Sutura da região quando necessário;
- Relatório do espécime e envio ao laboratório.
Questões
01. A tireoide e a mama são os dois principais órgãos que mais são investigados pela técnica da
punção aspirativa.
( ) Certo ( ) Errado
03. Citologia Esfoliativa: É realizado durante o ato cirúrgico quando houver a necessidade de se
definir a natureza da lesão (benigna ou maligna) ou para avaliar se as margens de ressecção cirúrgica
estão livres ou comprometidas pela neoplasia.
04. Caso não esteja eliminando escarro no dia da coleta, é preferível colher saliva no lugar
( ) Certo ( ) Errado
05. Em relação à coleta de urina para amostra ocasional, é correto afirmar que:
“Coletar a primeira urina da manhã ou 2 horas após a última micção.- Desprezar o primeiro jato da
urina no vaso sanitário, coletar no copo descartável o jato do meio, mais ou menos ( até a metade do
copo) desprezando o restante da micção no vaso sanitário”.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
Comentários
30
TOBASE, L.; TOMAZINI, E. A. S. Urgências e Emergências em Enfermagem. Guanabara Koogan, 2017.
Com o sistema de cores, o Protocolo Manchester facilita o encaminhamento do paciente para a área
mais adequada às suas necessidades. Permite ao enfermeiro ou médico, em 1 a 3 min, identificar o grau
de urgência e ordenar o atendimento imediato das alterações, priorizando desde as que colocam a vida
em risco iminente até os casos menos graves, que podem aguardar um pouco mais pelo atendimento.
Esse método pode ser aplicado no cotidiano das unidades de emergência e em eventos com múltiplas
vítimas.
Atenção: o método não visa estabelecer diagnóstico médico. Segundo a Resolução Cofen n.
423/2012, em relação à equipe de enfermagem, a classificação de risco é atribuição do enfermeiro.
Confirmada a segurança em todos os aspectos, na abordagem direta, é realizado o exame inicial para
estabelecer as prioridades no atendimento, a partir das avaliações primária e secundária.
Existe um método sequencial para avaliar a vítima, o ABCDE, em que são definidas as medidas
específicas de avaliação e as intervenções correspondentes a serem adotadas.
Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser mantido, pois sempre se deve
suspeitar em toda vítima de trauma de lesão de coluna cervical. Somente deve passar para o próximo
item se completar o passo anterior, ou seja, só́ passar para o passo "B" após terminar o passo "A" e assim
por diante.
B - Respiração
Após a abertura das vias aéreas, o socorrista deve verificar se a respiração da vítima está presente.
Deve soltar cintas e expor o abdômen da vítima, levantando ou abrindo a vestimenta, facilitando a
visualização da expansão abdominal; isso é o VER.
Para OUVIR o ruído da saída de ar o socorrista deve aproximar sua cabeça da face da vítima. Para
SENTIR se há́ saída de ar pela boca ou nariz, o socorrista deve colocar seu dedo indicador próximo à
narina da vítima, sentindo a saída do ar exalado.
Caso a vítima apresente respiração, deve-se verificar a frequência respiratória por intermédio do ritmo,
profundidade e som, refletindo o estado metabólico do corpo, a condição do diafragma e dos músculos
do tórax, fornecendo O2 ao trato respiratório e alvéolos.
Para verificar a respiração, basta contar o número de vezes que ocorre a expansão do abdômen em
um minuto.
Como a respiração, em certo grau, está sujeita ao controle involuntário, ela deve ser contada sem que
o paciente perceba. Coloque os dedos no pulso como se estivesse verificando o pulso e observe a
respiração. O socorrista deve certificar-se de que os passos "A" e "B" não sejam interrompidos e passar
para o passo "C".
C - Circulação
Após verificar a respiração, o socorrista deve verificar a presença de circulação por meio da pulsação
e perfusão distal. A presença de grandes hemorragias deve ser controlada nesta fase, realizando
compressão direta do ferimento.
Verificação do pulso: pulso é o nome que se dá́ à dilatação pequena e sensível das artérias, produzida
pela corrente circulatória. Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo do coração para a
artéria aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial,
evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura (os dedos).
Pode-se verificar o pulso sobre a artéria radial (pulso do braço). Num quadro de emergência o pulso
radial apresenta-se muito fino, tornando-se mais fácil a verificação em artérias mais calibrosas como a
carótida (pescoço) e femoral (virilha). Outras artérias, como a braquial, poplítea e a do dorso do pé́ (artéria
pediosa), podem também ser utilizadas para a verificação.
Verificação da perfusão distal ou preenchimento capilar: a perfusão distal é avaliada pela técnica do
preenchimento capilar. É realizada fazendo uma pressão na base da unha de modo que a coloração
passe de rosada para pálida. Retirando-se a pressão a coloração rosada deve retomar num tempo inferior
a dois segundos. Se o tempo ultrapassar dois segundos, é sinal de que a perfusão distal está
comprometida, portanto, é necessário oxigenar a vítima por meio do cilindro de oxigênio medicinal.
D - Nível de consciência
Após a verificação dos passos ABC, o socorrista deve verificar o nível de consciência da vítima. As
vítimas que não apresentem alterações do nível de consciência inicial, mas depois passam a apresentar,
indicam uma situação grave comparada a outras vítimas que apresentavam alterações do nível de
consciência, porém permanecem estáveis. O nível de consciência deve ser medido junto com a avaliação
neurológica rápida e o exame das pupilas.
O estímulo doloroso pode ser feito com pressão dos dedos nas maçãs do rosto da vítima ou
friccionando o osso esterno ou apertando o músculo trapézio. Caso a vítima tenha trauma, deve ser
aplicada a avaliação do nível de consciência pela escala de Glasgow.
E - Exposição da vítima
Após verificado o nível de consciência, deve-se expor a vítima para realizar a abordagem secundária.
Deve-se cortar as vestimentas com tesoura ponta romba. Não utilize tesoura de ponta fina, pois pode ferir
a vítima. Lembre-se de não expor desnecessariamente a vítima.
O primeiro passo é colher a história clínica da vítima. Para isso emprega-se o método AMPLA:
A: perguntar à vítima sobre possíveis alergias;
M: perguntar sobre medicações que utiliza;
P: perguntar sobre doenças preexistentes como diabetes, hipertensão;
L: perguntar sobre alimentos e bebidas que ingeriu;
A: perguntar sobre o acidente, como ocorreu, observando o ambiente.
Após colher a história clínica deve-se iniciar o exame físico detalhado da cabeça aos pés. O socorrista
não pode esquecer-se de reavaliar o ABCD durante o exame secundário, principalmente em vítimas
inconscientes.
Essas manobras são baseadas na cadeia de sobrevivência da AHA, a fim de agilizar e sistematizar o
atendimento:
- Verifique a segurança do local;
- Verifique se a vítima responde avaliando a responsividade;
- Se estiver sozinho, sem acesso a um telefone celular, deixe a vítima e acione o serviço médico de
emergência;
- Avalie a respiração e o pulso simultaneamente por 10 segundos;
- Com as mãos sobre a metade inferior do esterno (região hipotenar), sem flexionar os cotovelos inicie
as compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min;
- Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5cm a 6cm);
- Permitir o retorno total do tórax após cada compressão;
- Minimizar as interrupções nas compressões;
31
TOBASE, L.; TOMAZINI, E. A. S. Urgências e Emergências em Enfermagem. Guanabara Koogan, 2017
Engasgo
O engasgo32 é uma manifestação do organismo para expelir alimento ou objeto que toma um “caminho
errado”, durante a deglutição (ato de engolir).
Na parte superior da laringe localiza-se a epiglote, uma estrutura composta de tecido cartilaginoso,
localizada atrás da língua. Funciona como uma válvula que permanece aberta para permitir a chegada
do ar aos pulmões e se fecha quando engolimos algo, isso para bloquear a passagem do alimento para
os pulmões e encaminhá-lo ao estômago.
O engasgo é considerado uma emergência, e em casos graves, pode levar a pessoa à morte por
asfixia ou deixá-la inconsciente por um tempo. Sendo assim, agir rapidamente evita complicações.
Manobra de Heimlich
Posicione-se por trás e enlace a vítima com os braços ao redor do abdome (se for uma criança, ajoelhe-
se primeiro), caso ela esteja consciente. Uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do
estômago” (região epigástrica).
A outra mão comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago” para dentro
e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão. Faça movimentos de compressão para dentro
e para cima (como uma letra "J"), até que a vítima elimine o corpo estranho.
- Coloque o bebê de bruços em cima do seu braço e faça cinco compressões entre as escápulas (no
meio das costas).
- Vire o bebê de barriga para cima em seu braço e efetue mais cinco compressões sobre o esterno
(osso que divide o peito ao meio), na altura dos mamilos.
- Tente visualizar o corpo estranho e retirá-lo da boca delicadamente. Se não conseguir, repita as
compressões até a chegada a um serviço de emergência (pronto socorro ou hospital). Esses
procedimentos são válidos somente se a criança ou o adulto engasgado estiverem conscientes. Vítimas
inconscientes precisam de atendimento hospitalar rapidamente. Os primeiros socorros para asfixia ou
engasgo devem ser tomados até que seja possível o atendimento especializado.
Assistência em Hemorragias33
- Verificar a Frequência Cardíaca (FC) e o pulso. A FC pode ser o primeiro sinal alterado no caso de
choque inicial. Os demais sinais, como Pressão Arterial (PA), serão secundários;
- Identificar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue perdido inicialmente, no caso de
sangramentos externos, dará uma ideia quanto à gravidade da situação e será uma informação importante
e útil para o intra-hospitalar;
32
http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2513-engasgo
33
ZAVAGLIA, G. O. et al. Cuidados de Enfermagem em Emergência e Traumas. Sagah, 2019.
Queimaduras
- Retirar a roupa que cobre a área queimada. Se a roupa estiver grudada na área queimada, deve-se
lavar a região até que o tecido possa ser retirado delicadamente sem aumentar a lesão. Se continuar
aderido à pele, o tecido deve ser cortado ao redor do ferimento;
- Remover anéis, pulseiras e colares, pois o edema se desenvolve rapidamente;
- Colocar a área queimada debaixo da água fria (e não gelada) ou utilizar compressas limpas e frias
sobre a queimadura até que a dor desapareça. O resfriamento das lesões com água fria é o melhor
tratamento de urgência da queimadura. A água alivia a dor, limpa a lesão, impede o aprofundamento das
queimaduras e diminui o edema (inchação) subsequente;
- Não utilizar compressas úmidas por longo tempo em queimaduras extensas, pois podem ocasionar
hipotermia (a temperatura do corpo da vítima fica abaixo do normal);
- Envolver a vítima com lençol limpo e agasalhos e encaminhá-lo ao atendimento médico;
- Dar um analgésico para alívio da dor;
- Nas vítimas conscientes e colaborativas com pequenas áreas queimadas, a hidratação oral com água
e sucos de frutas pode ser iniciada;
- Nas queimaduras extensas, a perda de líquidos é muito grande e a reposição de líquidos e eletrólitos
por via venosa, o mais rápido possível, é fundamental para a sobrevivência do paciente;
- Não usar gelo nas queimaduras;
- Não furar as bolhas causadas pela queimadura34;
- Não passar nada na queimadura. Não devem ser usados pomadas ou produtos caseiros, tais como
clara de ovo, pó de café, banha de galinha, pasta de dente, pimenta, entre outros, pois, além de não trazer
benefícios, podem favorecer complicações infecciosas;
- Não oferecer bebida alcoólica ao paciente.
Intoxicação Exógena
34
Segundo a National Association of Emergency Medical Technicians (2011), a retirada de bolhas deve ser feita por especialistas em ambiente hospitalar devido
ao risco de infecção.
Asfixia35
Corpo Estranho
Mordedura de Cão
Quando a pressão exercida sobre as artérias é maior do que a esperada, dá-se a hipertensão arterial.
A pressão considerada normal é variável entre 120 × 90mmHg e 120 × 80mmHg.
Sinais e sintomas: Cefaleia, sudorese fria, dor em região da “nuca” (mas sem rigidez), mal-estar geral
e ansiedade.
- Verificar e anotar os sinais vitais com atenção especial à PA;
- Verificar PA a cada 2 horas e anotar em impresso próprio;
- Manter o paciente em local tranquilo, evitando visitas que possam ser desagradáveis e interfiram no
controle da pressão;
- Verificar se a dieta está de acordo, ou seja, hipossódica, atentando-se ao que se consome entre uma
refeição e outra, muitas vezes por conta própria ou trazido por familiares;
- Orientar quanto ao repouso relativo no leito;
- Administrar medicamentos nos horários corretos, evitando atraso no seu ciclo de ação;
- Seguir o plano de cuidados elaborado pela (o) enfermeira (o) durante o período da hospitalização.
35
SANTOS, N. C. M. Enfermagem em Pronto Atendimento Urgência e Emergência. Érica, 2014.
Coma
- Colher as informações de quem socorreu primeiro a vítima e fazer uma rápida avaliação do caso.
Quando não se tratar de trauma, a dificuldade do socorrista em identificar a causa é maior;
- Verificar os sinais vitais;
- Observar o hálito da vítima - álcool, drogas, cetoacidose diabética. Qualquer um desses fatores possui
características próprias, que podem ser detectadas por qualquer um dos socorristas;
- Se houver trauma, verificar suas causas e seus aspectos;
- Fazer um rápido exame físico, observando sinais do trauma, pulso, pupilas, nível de respiração e
outros aspectos importantes para que a conduta tomada seja eficiente;
- Manter as vias aéreas livres;
- Procurar socorro médico o mais rápido possível.
Sincope ou Desmaio36
Crise Convulsiva
- Lembre-se de que crises generalizadas podem ser precedidas pelas parciais, por isso, se o paciente
estiver em pé ou sentado, o ideal é deitá-lo para evitar quedas e traumatismos decorrentes dela;
- Retire os óculos do rosto da vítima, se ela estiver usando-os;
- Procure afastar curiosos e pessoas que não poderão ajudar;
- Não dê tapas no rosto da vítima, nem mesmo jogue água para fazê-la retornar da crise mais rápido;
- Afaste objetos que possam servir de obstáculos que machucarão a vítima;
- Não tente imobilizar os membros se o paciente apresentar uma crise tônico-clônica e deixe que ele
se debata, buscando apenas proteger sua cabeça com uma almofada ou outro objeto macio, como um
casaco dobrado;
- Afrouxe as roupas da vítima e deixe-a se debater livremente;
- Nunca, de maneira alguma, coloque os dedos dentro da boca do paciente na tentativa de ajudá-lo,
se ele se sufocar com a própria língua. Os indivíduos em crise contraem a mandíbula com tanta força que
podem amputar seus dedos com uma mordida. Faça apenas a simples lateralização da cabeça para
qualquer lado, assim, a língua cairá sozinha, e ele terá as vias aéreas desobstruídas;
- Nunca coloque objetos, como colher, dentro da boca do paciente para segurar sua língua, essa
tentativa coloca sua integridade em risco, além de facilitar que ele machuque a boca ou quebre os dentes;
36
HAUBERT, M. Primeiros Socorros. Sagah, 2018.
Choque
- Deite a vítima em posição horizontal, preferencialmente de costas, e com as pernas a um nível cerca
de 25 a 30cm mais elevadas do que a cabeça;
- Eleve os membros inferiores em relação ao corpo, colocando-os sobre uma almofada, um cobertor
dobrado ou qualquer outro objeto. Esse procedimento deve ser feito apenas se não houver fraturas
desses membros e serve para melhorar o retorno sanguíneo e levar o máximo de oxigênio ao cérebro -
não os erguer a mais de 30cm do solo. No caso de ferimentos no tórax que dificultem a respiração ou na
cabeça, os membros inferiores não devem ser elevados;
- Afrouxe as roupas da vítima no pescoço, no peito e na cintura e, em seguida, verificar se há presença
de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar;
- Deite a vítima na posição lateral de segurança para evitar asfixia, no caso de estar inconsciente, ou
se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou pelo nariz;
- Verifique quase que simultaneamente se a vítima está respirando e esteja preparado para iniciar
manobras de ressuscitação cardiopulmonar se ela não estiver;
- Observe o pulso da vítima enquanto as providências já indicadas são executadas - no choque, ele
apresenta-se rápido e fraco;
- Cubra a vítima com uma manta, para evitar a perda de calor e o consequente arrefecimento corporal,
sem, porém, aquecê-la excessivamente;
- Não dê comida ou qualquer bebida à vítima caso ela esteja obnubilada, porque pode provocar a
passagem de alimentos para as vias respiratórias;
- Tranquilize a vítima, mantendo-a calma sem demonstrar apreensão quanto ao seu estado, se o
socorro médico estiver demorando. Permaneça junto a ela para dar-lhe segurança e monitorar alterações
em seu estado físico e de consciência.
Afogamento
- Reconheça se a pessoa está se afogando, pois nem sempre ela se apresenta agitada e grita por
socorro. Tenha, ainda, muita atenção, porque um afogamento pode passar despercebido, e alguns
indivíduos parecem estar brincando na água. Na maioria dos casos, o banhista estará em posição vertical,
sem se deslocar;
- Chame imediatamente por socorro ao identificar um afogamento e, em seguida, tente ajudar, desde
que a ação de resgate não ofereça risco para sua integridade física;
- Use material flutuante, pois é de extrema importância para interromper o afogamento;
- Faça a remoção do afogado da água se for seguro para você. O ideal é tentar ajudar mantendo-se
fora da água;
- Entre na água somente se tiver absoluta segurança de não correr risco de ser um segundo afogado.
Se você decidiu fazer isso, leve consigo, sempre que possível, algum material de flutuação;
- Retire roupas e sapatos que possam pesar na água e dificultar seu deslocamento. É válida a tentativa
de transformar as calças em um flutuador;
- Sempre entre na água mantendo a visão na vítima;
- Pare a dois metros antes do afogado, lhe entregue o material de flutuação e sempre o mantenha
entre você e a vítima;
- Deixe que a vítima se acalme, antes de chegar muito perto;
Picadas de insetos
- Mantenha a calma;
- Observe os sinais e as funções vitais da vítima;
- Leve o acidentado rapidamente ao hospital, no caso de múltiplas picadas de abelhas;
- Leve, se possível, o animal para identificação;
- Utilize a técnica de raspagem do local, com uma lâmina limpa, para retirar ferrões de abelhas. Não
use pinça, pois provoca a compressão dos reservatórios de veneno, o que resulta na inoculação da
substância ainda existente no ferrão;
- Lave o local com água e sabão, após a remoção, para prevenir a ocorrência de infecção secundária;
Emergência de Temperatura37
Intermação
- Estabeleça as vias aéreas e, quando possível, remova a vítima da fonte de calor;
- Remova o máximo possível de vestimentas da vítima, deixando apenas sua roupa íntima; em seguida,
utilize uma combinação dos seguintes métodos para resfriar a vítima até que seu estado mental retorne
ao normal:
● Despeje ou borrife água fria sobre o corpo da vítima, abane a vítima vigorosamente;
● Se a vítima começar a ter calafrios, diminua o método de resfriamento (os tremores de frio produzem
calor);
● Nunca use álcool isopropílico para esfriar a pele; a pele absorve o álcool, o que pode ser tóxico.
- Nunca dê estimulantes ou bebidas quentes para a vítima;
- À medida que o corpo esfria, podem ocorrer crises convulsivas ou vômito. Posicione a vítima para
facilitar a drenagem;
- Monitore a temperatura da vítima enquanto espera a chegada da equipe de resgate. Se a temperatura
começar a subir, retome os procedimentos de resfriamento. (A temperatura deve cair para menos de
37,7°C e permanecer baixa até que o perigo tenha passado.)
37
KARREN, K. J. et al. Primeiros Socorros para estudantes. Manole, 2013.
Hipotermia
- Verifique os sinais vitais da vítima. Meça por 1 minuto completo, porque os sinais vitais diminuem em
casos de hipotermia (a vítima com hipotermia pode, por minuto, respirar apenas de três a quatro vezes e
ter pulso de apenas 5 a 10 batimentos). Se não houver pulso, desobstrua as vias aéreas e inicie a
Reanimação Cardiopulmonar (RCP). Se um desfibrilador estiver disponível, dê somente um choque. Se
o procedimento não corrigir o ritmo, continue a RCP e não dê novos choques;
- Manipule a vítima com muito cuidado. Não deixe a vítima caminhar ou se mover excessivamente por
conta própria;
- Mantenha a vítima em decúbito dorsal para evitar o choque e aumentar o fluxo sanguíneo no cérebro.
Não levante as pernas; ao fazê-lo, o sangue frio flui para o coração;
- Previna perda adicional de calor:
● Transfira a vítima para um local protegido e quente;
● Isole a cabeça e o corpo, principalmente a parte central;
● Não deixe a pele da vítima exposta a vento, ar frio ou respingos de água;
● Remova roupas molhadas, depois coloque roupas secas e cobertores sobre a vítima;
● Se a vítima estiver usando um casaco, coloque os braços dela próximos do corpo, e não dentro das
mangas;
● Isole a vítima do chão com cobertores, lençóis plásticos, jornais, plástico-bolha, material de
embalagem ou saco de dormir.
- Nunca esfregue ou manipule braços ou pernas; você pode forçar o sangue frio das veias para o
coração, causando ritmo cardíaco anormal ou parada cardíaca;
- Nunca dê tabaco, café ou álcool para a vítima. Dê líquidos apenas após a cessação dos calafrios e
quando a vítima estiver completamente consciente (a vítima deve ser capaz de engolir e tossir).
Ferimentos38
Cuidados Emergenciais
38
https://bit.ly/2YKSPjo
Contusão Abdominal
Esmagamentos
Fraturas39
- Observar o estado geral do acidentado, procurando lesões mais graves com ferimento e hemorragia;
- Acalmar o acidentado, pois ele fica apreensivo e entra em pânico;
- Ficar atento para prevenir o choque hipovolêmico;
- Controlar eventual hemorragia e cuidar de qualquer ferimento, com curativo, antes de proceder a
imobilização do membro afetado;
- Imobilizar o membro, procurando colocá-lo na posição que for menos dolorosa para o acidentado, o
mais naturalmente possível. É importante salientar que imobilizar significa tirar os movimentos das juntas
acima e abaixo da lesão;
- Trabalhar com muita delicadeza e cuidado. Toda atenção é pouca; os menores erros podem gerar
sequelas irreversíveis;
- Usar talas, caso seja necessário. As talas irão auxiliar na sustentação do membro atingido;
- As talas têm que ser de tamanho suficiente para ultrapassar as articulações acima e abaixo da fratura;
- Para improvisar uma tala pode-se usar qualquer material rígido ou semirrígido como: tábua, madeira,
papelão, revista enrolada ou jornal grosso dobrado;
- O membro atingido deve ser acolchoado com panos limpos, camadas de algodão ou gaze,
procurando sempre localizar os pontos de pressão e desconforto;
- Prender as talas com ataduras ou tiras de pano, apertá-las o suficiente para imobilizar a área, com o
devido cuidado para não provocar insuficiência circulatória;
- Fixar em pelo menos quatro pontos: acima e abaixo das articulações e acima e abaixo da fratura.
Contusões
Logo após a contusão, o acidentado sente dor, será mais ou menos intensa conforme a inervação da
região. Se a batida for muito intensa, a parte central da área afetada pode apresentar-se indolor pela
destruição de filetes nervosos.
A mancha, inicialmente arroxeada, no local contundido, chamada de equimose, vai se transformando
em azulada ou esverdeada, para, em alguns dias, torna-se amarelada. Isto se dá pela alteração do
sangue que extravasou na hemorragia e que vai sendo reabsorvido lentamente.
Pode se formar, também, líquido entre a pele e o tecido mais profundo, dando um aspecto de
ondulação, com mobilidade da pele no local atingido. O sangue extravasado, por ser um bom meio de
cultura, pode infectar a lesão, sendo, portanto, muito importante a observação da evolução da hemorragia.
As lesões contusas podem ser tratadas de maneira simples, desde que não apresentem gravidade.
Normalmente, bolsa de gelo ou compressa de água gelada nas primeiras 24 horas e repouso da parte
lesada são suficientes.
39
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf
Distensões e Entorses
As distensões são lesões aos músculos ou seus tendões, geralmente são causadas por hiperextensão
ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver ruptura do tendão.
Uma entorse geralmente é conhecida por torcedura ou mau jeito. Os locais onde ocorre mais
comumente são as articulações do tornozelo, ombro, joelho, punho e dedos.
Após sofrer uma entorse, o indivíduo sente dor intensa ao redor da articulação atingida, dificuldade de
movimentação, que poderá ser maior ou menor conforme a contração muscular ao redor da lesão. Os
movimentos articulares cujo exagero provoca a entorse são extremamente dolorosos e essa dor
aumentará em qualquer tentativa de se movimentar a articulação afetada.
- Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas;
- Após este tempo aplicar compressas mornas;
- Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda
para o acidentado.
Reação Anafilática40
Envenenamento
Listamos os principais números úteis e de emergência nacionais. Fique atento a finalidade de cada um
para não errar durante a ligação:
SAMU: 192
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU (pronto-socorro). O SAMU é o serviço médico
brasileiro utilizado em caso de emergências médicas. Para utilizá-lo, basta ligar para 192 e explicar o tipo
de emergência para acionar o serviço.
40
https://bit.ly/2YKSPjo
O 192 atende apenas situações de emergências médicas. Não dê trote! Você poderá retardar e
prejudicar seriamente outra pessoa que esteja em risco de vida.
ATENÇÃO!
Chame o socorro pelo número 192.
Caso o paciente seja socorrido por outros meios, ligue cancelando o pedido.
Questões
03. (UFAM - Técnico de Enfermagem - COMVEST UFAM/2018) Uma das situações no atendimento
de urgência e emergência são as hemorragias, tendo como causa a perda maciça de sangue consequente
ao rompimento de vasos sanguíneos. O método mais eficaz de controlar as hemorragias é:
(A) avisar ao plantonista médico.
(B) a transfusão sanguínea como primeira ação.
(C) assegurar acesso venoso, mas só em casos graves.
04. (SAS/SP - Técnico de Enfermagem - MS CONCURSOS/2018) Quando há uma situação que não
pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo
de morte; na enfermagem, esse é o conceito de:
(A) Trauma
(B) Emergência
(C) Urgência
(D) Síncope
(E) PCR
05. (SAS/SP - Técnico de Enfermagem - MS CONCURSOS/2018) Quando há uma situação que não
pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo
de morte; na enfermagem, esse é o conceito de:
(A) Trauma
(B) Emergência
(C) Urgência
(D) Síncope
(E) PCR
06. (EBSERH - Técnico de Enfermagem - CESPE/2018) Mariana, com setenta e seis anos de idade,
apresenta, em atendimento hospitalar de emergência, forte dor precordial, em aperto, contínua, com
irradiação para o pescoço, e leve tontura - segundo a paciente, há cerca de 30 min. Ela tem história de
hipertensão arterial crônica e vem sendo acompanhada regularmente por seu cardiologista. No exame,
Mariana encontra-se dispneica, agitada, com PA de 190 mmHg × 130 mmHg e oximetria de pulso em
92%.
Acerca desse caso clínico, julgue o item a seguir.
O quadro apresentado por Mariana pode ser corretamente classificado como uma urgência
hipertensiva.
( ) Certo
( ) Errado
Gabarito
Comentários
01. Resposta: B
- Chame imediatamente por socorro ao identificar um afogamento e, em seguida, tente ajudar, desde
que a ação de resgate não ofereça risco para sua integridade física;
- Use material flutuante, pois é de extrema importância para interromper o afogamento;
- Faça a remoção do afogado da água se for seguro para você. O ideal é tentar ajudar mantendo-se
fora da água;
- Entre na água somente se tiver absoluta segurança de não correr risco de ser um segundo afogado.
Se você decidiu fazer isso, leve consigo, sempre que possível, algum material de flutuação.
02. Resposta: A
Como Agir em Caso de Engasgo por Corpo Estranho
Manobra de Heimlich
Posicione-se por trás e enlace a vítima com os braços ao redor do abdome (se for uma criança, ajoelhe-
se primeiro), caso ela esteja consciente. Uma das mãos permanece fechada sobre a chamada “boca do
estômago” (região epigástrica).
A outra mão comprime a primeira, ao mesmo tempo em que empurra a “boca do estômago” para dentro
e para cima, como se quisesse levantar a vítima do chão. Faça movimentos de compressão para dentro
e para cima (como uma letra "J"), até que a vítima elimine o corpo estranho.
03. Resposta: E
- Identificar o local exato da hemorragia. Devido ao sangue se espalhar, é possível que o atendimento
esteja sendo feito no local errado, por essa razão, é extremamente importante identificar o local e já
proceder com as ações de estancamento da hemorragia de forma adequada (hemorragia externa) ou
realizar o alinhamento anatômico de membro fraturado (possibilidade de sangramento interno) quando
possível;
- Pressionar com firmeza (curativo compressivo) o local do sangramento, tendo o cuidado de não
pressionar demais e, com isso, parar a circulação.
04. Resposta: C
Segundo a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n. 1.451/95, entende-se por urgência
a condição “imprevista de agravo da saúde com ou sem risco potencial de vida”, com necessidade de
assistência de saúde imediata ou em até 24h.
05. Resposta: B
Emergência como a condição imprevista de agravo da saúde, com “risco iminente de vida ou
sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato”.
08. Resposta: C
Coloque o bebê de bruços em cima do seu braço e faça cinco compressões entre as escápulas (no
meio das costas).
09. Resposta: A
Segundo o Ministério da Saúde, o sistema de classificação de prioridade é uma estratégia que contribui
para reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade da assistência.
No contexto da Política Nacional de Humanização, o termo triagem foi substituído por classificação de
risco, realizada por meio de instrumentos e escalas de seleção - como a canadense, a australiana, a
americana e o sistema de classificação de Manchester - para destinar a cada cliente os recursos e tempo
necessários ao atendimento, de acordo com cada grau de gravidade.
Atendimento pré-hospitalar
O APH pode ser definido como toda e qualquer assistência realizada, direta ou indiretamente, fora do
âmbito hospitalar, com o intuito de dar a melhor resposta à solicitação de ajuda ao usuário. Essa resposta
pode variar de um simples conselho ou orientação médica ao envio de uma viatura de suporte básico ou
avançado ao local da ocorrência, visando à manutenção da vida e/ou a minimização das sequelas
(LOPES; FERNANDES).
Segundo o MS, o APH é classificado em fixo e móvel. O APH fixo é a assistência prestada ao usuário,
num primeiro nível de atenção, através das unidades básicas de saúde, unidades do Programa de Saúde
da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), ambulatórios especializados,
serviços de diagnóstico e terapia ou unidades não-hospitalares de atendimento às urgências e
emergências (BRASIL).
O APH móvel pode ser definido como sendo “o atendimento que procura chegar precocemente à vítima
após ter ocorrido o agravo à sua saúde (clínico, cirúrgico, traumático ou psiquiátrico), com risco de
sofrimento, sequelas ou morte, necessitando, portanto, de socorro ou transporte adequado para um
serviço de saúde” (FERNANDES, R.J).
Denomina-se de APH móvel primário, o socorro fornecido diretamente ao pedido de um cidadão, e
secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente esteja recebendo o
primeiro atendimento, necessitando ser conduzido a outro serviço de maior complexidade (BRASIL).
O APH móvel primário compreende três etapas distintas de igual importância. A primeira corresponde
ao atendimento realizado na cena do evento, seguida pela assistência durante o transporte até o hospital
de referência, e finalmente a chegada ao hospital (PAVELQUEIRES).
O APH móvel objetiva estabilizar as condições vitais, evitando a morbimortalidade, por meio de
condutas adequadas durante a fase de estabilização e transporte, assim como as iatrogênicas que
possam culminar com adventos variados desde as incapacidades físicas temporárias ou permanentes até
a morte (PAVELQUEIRES).
A esse respeito Pavelqueires assinala que para atingir os objetivos é preciso que o sistema de APH
disponha de viaturas básicas e avançadas sendo estas aéreas ou terrestres, com medicamentos,
equipamentos, materiais para resgate e estabilização das vítimas, sistemas eficientes de
radiocomunicação que permita contato da cena do evento com as equipes da central, rede hospitalar
hierarquizada e organizada, e equipe capacitada a exercer atividades em ambientes extra hospitalares
dispondo de protocolos de atendimento os quais devem ser conhecidos e seguidos por toda equipe.
Soares; Almeida e Gonçalves referem-se aos componentes do sistema conforme, Pavelqueires,
acrescido da necessidade de reciclagem permanente e supervisão com controle de qualidade.
41
http://www.pilotopolicial.com.br/
42
PHTLS- Prehospital Trauma Life Support
O Transporte Inter-Hospitalar
A partir dos anos 80, com o aumento dos acidentes e a necessidade de um sistema de atendimento
pré-hospitalar, principalmente nos conglomerados urbanos, ocorreu a parceria das Secretarias de Saúde
e de Segurança Pública sendo criado o Sistema Resgate (Wilke).
Neste contexto, o helicóptero é uma ferramenta importante para o atendimento, triagem e transporte
rápido dos pacientes graves aos hospitais de tratamento definitivo (Canetti). Na literatura nacional
trabalhos científicos sobre pacientes acidentados aerotransportados praticamente inexistem.
Os fatores tempo, distância, acessibilidade e gravidade do paciente, são importantes na decisão de
enviar o helicóptero ao local do acidente e o benefício é inquestionável.
- Recurso material.
- Ambulância: equipada para atender todo e qualquer tipo de ocorrência.
- Equipamentos de Primeiros Socorros.
O Check List deve ser realizado de acordo com protocolo nas unidades USB e USA pelos componentes
da unidade: USB (Técnico em Enfermagem e Condutor Socorrista); USA (Médico, Enfermeiro e Condutor
Socorrista).
Recurso Pessoal
1°Princípio
Garantir a segurança dos socorristas e do paciente.
- Prioridade máxima é: a constante avaliação e segurança de cena.
- Socorrista que se expõe a riscos desnecessários, pode se tornar também uma vítima.
2°Princípio
Avaliar a situação para determinar a necessidade de solicitar outros recursos ou equipes
adicionais de acordo com o protocolo N°13.
- A caminho do local e logo à chegada.
- Mais ambulâncias.
- Equipamentos de incêndio.
- Equipes especiais para resgate.
- Companhia de eletricidade.
- Helicópteros, etc.
3ºPrincípio
Reconhecer a biomecânica envolvida nas lesões.
- Conhecimento da biomecânica - melhor avaliação do paciente.
- Conhecimento de padrões específicos de lesões - ajuda a prevê-las e saber onde procurar.
- Aspectos mais importantes devem ser sempre repassados para os médicos do hospital.
4° Princípio
Reconhecer as lesões com risco de vida já no exame primário.
- “Tratar logo que diagnosticar”.
- Sequência lógica - podem ser realizadas simultaneamente.
- Deve ser repetido a intervalos regulares.
5°Princípio
Cuidar das vias aéreas mantendo a coluna cervical estabilizada.
- Manobras básicas - devem ser feitas com facilidade.
- Intubação endotraqueal - técnica “padrão ouro”;
- Incapazes de manter via aérea pérvia; ECG < 8, altas concentrações de O2 para manter saturação;
risco de obstrução secundária (queimadura).
- Decisão de tentar a intubação - considerar riscos e benefícios potencialmente fatais.
- Não existe evidência conclusiva de que resulte em menor morbidade ou mortalidade.
- Hospital próximo - manobras básicas - transporte rápido.
6°Princípio
Providenciar suporte ventilatório e oferecer oxigênio para manter SAT O2 superior a 95% de
acordo com orientação da Regulação Medica.
- Oferecer oxigênio suplementar a todo traumatizado com suspeita ou evidência de situação de risco
de vida.
- Máscara unidirecional - pacientes com ventilação espontânea.
- Balão conectado a fonte de O2 (Fi O2 > 0,85) aos que precisam de suporte ventilatório assistido ou
total.
- Manter saturação superior a 95%.
- Se disponível > monitorização de CO2 expirado (ETCO2) > queda súbita da ETCO2 pode indicar
deslocamento do tubo traqueal ou redução abrupta da perfusão (hipotensão grave ou PCR).
7°Princípio
Controlar toda hemorragia externa significativa.
- Maioria controlada por pressão externa.
- Elevação e compressas em pontos de pressão.
- Torniquete é medida de exceção.
- “Na presença de sangramento externo ativo, as tentativas de reanimação nunca terão sucesso” -
evitar medidas de reanimação (líquidos IV) antes do controle do sangramento externo.
8°Princípio
Tomar as medidas iniciais para tratamento do choque, incluindo a restauração e a manutenção
da temperatura normal do organismo e a imobilização adequada das lesões musculoesquelético.
- Hipotermia - compromete sistema de coagulação.
9°Princípio
Manter a estabilização da coluna até que o paciente esteja imobilizado em prancha longa.
- Manter estabilização manual até que esteja na prancha longa ou que se determine indicação de
imobilização - algoritmo.
- Ferimentos penetrantes - caso haja queixa neurológica ou déficit motor ou sensitivo no exame é
importante a imobilização.
- Trauma fechado - indicado - alteração de nível de consciência, queixa neurológica, dor à palpação,
deformidade anatômica ou déficit motor/sensitivo, intoxicação por álcool ou drogas, lesão que desvie a
atenção, incapacidade de se comunicar.
- Bom senso - na dúvida, IMOBILIZE!
10°Princípio
Quando se tratar de traumatizado grave, iniciar o transporte para o hospital apropriado mais
próximo dentro de 10 minutos após a chegada ao local.
- Retardo no transporte - aumenta a mortalidade.
- Muitos traumatizados graves têm choque hemorrágico e necessitam de duas coisas que não podem
ser oferecidas no Pré-Hospitalar:
a) Sangue.
b) Soluções cristaloides restauram o volume - mas não restabelecem a capacidade de transporte de
oxigênio das hemácias que foram perdidas.
- Controle de hemorragia interna - intervenção cirúrgica - não se consegue reanimar adequadamente
um paciente na vigência de sangramento interno ativo.
- PHTLS - filosofia de “intervenção limitada no local”.
- Foco na avaliação rápida para identificar lesões com risco de vida e na execução de manobras que
realmente possam melhorar o prognóstico: vias aéreas e ventilação, controle da hemorragia externa,
imobilização cervical, etc.
- Não perder tempo com procedimentos que podem ser feitos a caminho do hospital.
- 10 Minutos de PLATINA do período de ouro.
- Alguma situação é melhor evitar hospitais não especializados e levar o paciente para um centro de
trauma mesmo que signifique pequeno aumento no tempo de transporte - tempo total menor para o
tratamento definitivo.
11°Princípio
A caminho do hospital, iniciar a reposição de volume com soluções aquecidas.
- Nunca atrasar o início do transporte para conseguir acesso venoso e repor volume.
- Objetivo da reposição de fluidos - manter a PAM em torno de 50-60mmhg (pressão sistólica 80-90).
12°Princípio
Uma vez adequadamente tratadas ou descartadas as lesões com risco de vida, obter a história
médica do doente e fazer o exame secundário.
- Exame “da cabeça aos pés”.
- História AMPLA (alergias, medicamentos, passado médico, líquidos e alimentos ingeridos, ambiente
e eventos relacionados ao trauma.
13°Princípio
Acima de tudo não causar mais danos.
- A experiência demonstra que o socorrista pode realizar de maneira segura muitos dos procedimentos
que são feitos em um centro de trauma.
- A pergunta não é “o que o socorrista PODE fazer?”; e sim “o que ele DEVE fazer?”
- Seguir uma ordem de prioridades que determinam um plano de ação eficiente e efetivo.
- Aplicação dos princípios fundamentais do PHTLS (avaliação rápida, intervenções fundamentais no
local, transporte rápido para o hospital apropriado mais próximo).
- Melhora do resultado final.
Gabarito
01.B
Comentários
01. Resposta: B
1°Princípio
Garantir a segurança dos socorristas e do paciente.
- Prioridade máxima é: a constante avaliação e segurança de cena
Prezado (a) candidato (a) esse assunto foi abordado no tópico Enfermagem nas situações de urgência
e emergência.
Emergências Pediátricas
43
KYLE, T. Enfermagem Pediátrica. Guanabara Koogan, 2011.
Nas emergências, a enfermagem deve realizar uma avaliação cardiovascular rápida e intervir
imediatamente quando detecta quaisquer alterações, em seguida pode realizar o restante do exame
físico.
Nota: a avaliação e a estabilização das vias respiratórias de uma criança prestes a sofrer, ou que já
tenha sofrido uma parada sempre são as primeiras intervenções realizadas nas emergências pediátricas.
Intervenha se houver algum problema respiratório, antes de avaliar a respiração. Se for necessária
alguma intervenção para assegurar a respiração, faça-a antes de passar à avaliação da circulação.
Nota: se houver possibilidade de lesão da coluna cervical, não realize a manobra de elevação do
queixo/inclinação da cabeça; utilize apenas a técnica de tração da mandíbula para abrir as vias
respiratórias.
Nota: sempre avalie a frequência cardíaca por ausculta do coração ou palpação dos pulsos centrais.
Nunca utilize o monitor cardíaco para determinar a frequência cardíaca da criança. A presença de ritmo
cardíaco não é um método confiável para se avaliar a perfusão do corpo.
Em algumas circunstâncias, o ritmo cardíaco continua, mas não há pulsos (atividade elétrica sem
pulsos). Se a criança não tiver frequência cardíaca (pulso) apesar das intervenções respiratórias
adequadas, inicie as massagens cardíacas.
Avalie a perfusão da criança por meio da temperatura e da coloração da pele. A pele está rosada e
quente ao toque? A pele da criança pode estar fria ao toque, e parecer pálida, manchada ou cianótica.
À medida que a condição da criança piora com o desenvolvimento de choque e disfunção
cardiovascular, observe se há uma linha de demarcação na temperatura da pele. Nesses casos, as
extremidades distais podem parecer mais frias que as regiões proximais do corpo.
Afira a Pressão Arterial (PA) e instale um monitor cardíaco na criança para avaliar o ritmo cardíaco.
Avalie o sensório ou o nível de consciência da criança; se a circulação for inadequada, a criança poderá
ter alteração do nível de consciência à medida que diminui a perfusão cerebral.
Se a circulação ou a perfusão estiverem comprometidas, será necessária reposição de líquidos. Instale
imediatamente um Acesso Intravenoso (IV) calibroso e administre rapidamente soro fisiológico.
Administre 20ml/kg de soro fisiológico ou Lactato de Ringer (LR) por infusão rápida (se o lactente tiver
menos de 1 mês de vida, administre 10ml/kg).
Se não for possível obter um acesso IV periférico em crianças com perfusão alterada depois de três
tentativas (ou 90s), ajude a colocar uma agulha intraóssea para administrar líquidos. Também podem ser
utilizados cateteres venosos centrais ou o acesso por dissecção, mas estes procedimentos são mais
demorados.
Exames Complementares
Alguns exames complementares podem ser solicitados em uma emergência pediátrica. Os exames
laboratoriais podem ajudar a determinar a causa da emergência ou detectar outros problemas que
precisem ser tratados.
Se houver suspeita de ingestão tóxica, será necessário realizar um painel toxicológico. Nos casos sob
suspeita de sepse, a Velocidade de Hemossedimentação (VHS), a Proteína C Reativa (PCR) e as culturas
de urina e líquido cefalorraquidiano também podem ser obtidas.
A vítima de traumatismo pediátrico pode ser submetida a outros exames laboratoriais, inclusive
dosagens da amilase e das enzimas hepáticas, tipo sanguíneo e teste de compatibilidade sanguínea.
Reanimação Cardiorrespiratória
Sempre avalie e estabilize as vias respiratórias primeiramente, a menos que a criança tenha sofrido
colapso repentino fora do hospital, presenciado por outras pessoas. Peça ajuda e designe alguém para
trazer o Desfibrilador Externo Automático (DEA).
Desobstrua as vias respiratórias e avalie a adequação da respiração. Se a criança não estiver
respirando, inicie a respiração de resgate. Verifique se há pulsos. Nas crianças, os pulsos carotídeos ou
femorais são mais fáceis de palpar.
Avalie cuidadosamente os sinais de pulso, mas não perca mais que 10s tentando avaliar o pulso. Se
não houver pulso palpável e sem respiração, inicie a RCP.
Lactante
- 30 Compressões para 2 respirações;
- Posição das mãos: dois dedos aplicados cerca de 2,5cm abaixo da linha mamilar.
Criança
- 30 Compressões para 2 respirações;
- Posição das mãos: base da mão ou duas mãos (posição do adulto em crianças maiores)
pressionando o esterno na linha mamilar.
Para crianças a RCP deve ser feita com massagem cardíaca e ventilações, diferentemente nos
adultos, onde não há essa ênfase. A proporção é de 30:2 (compressões: ventilação) se houver apenas 1
socorrista. Caso haja dois ou mais socorristas, a proporção passa a ser de 15:2 (massagem: ventilação).
Controle da Dor
Choque
Sinais de choque detectados em crianças justificam uma intervenção de emergência. Sempre avalie e
estabilize as vias respiratórias, e a respiração e examine os pulsos. Se a criança não tiver pulsos
palpáveis, inicie a Reanimação Cardiorrespiratória (RCR).
Toda criança com sinais e sintomas de choque deve receber oxigênio a 100% por máscara. Se a
criança não mostrar esforço respiratório adequado ou estiver em apneia, administre oxigênio a 100% por
um dispositivo de BVM ou tubo traqueal. Como parte do monitoramento contínuo, inicie o monitoramento
cardíaco e da apneia e avalie os níveis de saturação de oxigênio por meio da oximetria de pulso.
Intoxicação
A intervenção deve enfatizar a prevenção de intoxicações; mas, quando tiver ocorrido uma intoxicação,
dê prioridade às vias respiratórias, à respiração e à circulação. Verifique frequentemente os sinais vitais
e institua medidas de sustentação. Existem poucos antídotos específicos para medicamentos ou outras
toxinas.
Lavagem gástrica, administração de carvão ativado (que se liga às substâncias químicas presentes no
intestino) ou irrigação intestinal total com soluções eletrolíticas de polietilenoglicol podem ser usadas para
Nota: os endereços dos Centros de Assistência Toxicológica no Brasil são encontrados no site
www.cvs.saude.sp.gov.br.
Traumatismo
Ventilação Mecânica44
44
TAMEZ, Raquel Nascimento. Enfermagem na UTI Neonatal – Assistência ao Recém-nascido de Alto Risco. Guanabara Koogan, 2017.
Indicações
- Apneia persistente que não responda a tratamentos clínicos e farmacológicos;
- CPAP (pressão positiva contínua das vias respiratórias): 8mmH2O com concentração de oxigênio de
80%;
- Falência respiratória (PaCO2, 55mmHg, PaO2, 50mmHg);
- Comprometimento das funções pulmonares (pneumonia, aspiração de mecônio, síndrome de
angústia respiratória, pneumotórax, hipertensão pulmonar persistente);
- Defeitos congênitos anatômicos (hérnia diafragmática, hipoplasia pulmonar);
- Problemas neurológicos que afetem os centros respiratórios.
Os objetivos da ventilação mecânica incluem manter e atingir troca gasosa pulmonar adequada,
diminuir as chances de lesão mecânica dos pulmões, reduzir o esforço respiratório e proporcionar maior
conforto ao paciente.
Ventilação convencional
Com o avanço nos tipos de ventiladores e microprocessadores, a ventilação mecânica no período
neonatal está cada vez mais precisa e eficiente. Nos neonatos, o sistema de ventilação mecânica mais
utilizado são os aparelhos limitados a pressão e ciclados a tempo.
Os ventiladores limitados a pressão permitem a geração de fluxo contínuo, essencial ao paciente que
apresenta respiração espontânea. O fluxo contínuo é direcionado ao circuito do paciente; durante a
inspiração, a válvula de expiração é fechada e o fluxo é dirigido ao paciente.
Atualmente estão sendo incorporados a esses sistemas o fluxo de demanda e o sistema sincronizado
de fluxo. No sistema fluxo de demanda, um fluxo mecânico é selecionado e um fluxo baixo é mantido
entre as frequências mecânicas. Se, no momento da inspiração espontânea, houver necessidade de
suprir mais fluxo, é realizada a complementação com o fluxo de demanda.
Os ventiladores limitados a pressão e ciclados a tempo podem ser utilizados nas formas de ventilação
mandatória intermitente (IMV) e CPAP. No modo IMV, a frequência respiratória é estabelecida, mas não
se ajusta às demandas do neonato.
Por não ser sincronizada, é muito desconfortável, mantendo o neonato agitado, o que exige um
trabalho da respiração mais acentuado, aumentando a necessidade de oxigênio e o metabolismo. O
volume corrente é inconsistente e a pressão e o fluxo são irregulares, afetando a troca gasosa; podem
ocorrer pneumotórax e alterações na perfusão cerebral.
A ventilação intermitente mandatória sincronizada (SIMV) é outra opção de ventilação em neonatos.
Esses aparelhos têm transdutores de pressão que são posicionados no abdome do paciente, com
capacidade de detectar os movimentos do diafragma, sendo possível a sincronia entre a frequência
respiratória do ventilador e o esforço do paciente; permitem, ainda, que o neonato mantenha respirações
espontâneas entre a ventilação mecânica.
Esse sistema evita que o paciente tenha de competir com a frequência respiratória preestabelecida do
ventilador, o que causa desconforto e aumenta a agitação do paciente, afetando, em consequência, a
oxigenação adequada, e aumentando a pressão intracraniana e a pressão arterial sistêmica. Ocorre,
assim, a ventilação iniciada pelo paciente, que produz um ciclo respiratório do ventilador a cada respiração
espontânea, igualando as frequências do paciente e do ventilador. O ventilador com volume garantido
tem sido o mais utilizado.
Questões
01. (EBSERH - Enfermeiro - CESPE/2018) Julgue o item seguinte, relativo a situação de urgência e
emergência em pediatria.
No procedimento de ressuscitação cardiorrespiratória de indivíduos na faixa entre os com mais de um
ano de idade e os que ainda não entraram na puberdade, a técnica das compressões torácicas a ser
utilizada é a de duas mãos ou uma mão, e a relação compressões/ventilações deverá ser de 30:2 no caso
de um socorrista e de 15:2 no caso de dois socorristas. Nesse caso, o pulso a ser checado será o pulso
carotídeo ou o femoral.
( ) Certo
( ) Errado
03. Sobre emergências pediátricas, analise as sentenças abaixo e assinale a alternativa correta.
I. O ABC da avaliação cardiopulmonar rápida consiste em: A, vias respiratórias; B, respiração; e C,
circulação.
II. A avaliação de enfermagem para a criança que se apresenta em situações de emergência inclui: a
história de saúde, exame físico e exames complementares.
III. Nas emergências, a enfermagem deve realizar o exame físico e em seguida uma avaliação
cardiovascular rápida e intervir imediatamente quando detecta quaisquer alterações.
Gabarito
Comentários
01.Resposta: Certo
Desobstrua as vias respiratórias e avalie a adequação da respiração. Se a criança não estiver
respirando, inicie a respiração de resgate. Verifique se há pulsos. Nas crianças, os pulsos carotídeos ou
femorais são mais fáceis de palpar.
Avalie cuidadosamente os sinais de pulso, mas não perca mais que 10s tentando avaliar o pulso. Se
não houver pulso palpável e sem respiração, inicie a RCP.
Lactante
- 30 Compressões para 2 respirações;
- Posição das mãos: dois dedos aplicados cerca de 2,5cm abaixo da linha mamilar.
Criança
- 30 Compressões para 2 respirações;
- Posição das mãos: base da mão ou duas mãos (posição do adulto em crianças maiores)
pressionando o esterno na linha mamilar.
Para crianças a RCP deve ser feita com massagem cardíaca e ventilações, diferentemente nos
adultos, onde não há essa ênfase. A proporção é de 30:2 (compressões: ventilação) se houver apenas 1
socorrista. Caso haja dois ou mais socorristas, a proporção passa a ser de 15:2 (massagem: ventilação).
02.Resposta: Certo
Várias técnicas podem estar disponíveis para ajudar a controlar a dor branda em crianças ou ampliar
a eficácia dos medicamentos indicados para aliviar a dor moderada ou grave. Algumas dessas
abordagens não farmacológicas ajudam as crianças a lidar com a dor e dão a elas a oportunidade de
adquirirem uma sensação de domínio ou controle da situação.
03.Resposta: C
O ABC da avaliação cardiopulmonar rápida consiste em: A, vias respiratórias; B, respiração; e C,
circulação. Como as paradas cardíacas em crianças estão em geral relacionadas predominantemente
com as vias respiratórias e a respiração e apenas secundariamente com o coração, foque a avaliação e
as intervenções seguindo o ABC da reanimação.
A avaliação de enfermagem para a criança que se apresenta em situações de emergência inclui: a
história de saúde, exame físico e exames complementares. Contudo, a história inicial pode ser focada e
muito sucinta, caso o estado da criança seja crítico e exija que a enfermagem faça imediatamente uma
avaliação cardiopulmonar rápida.
Nas emergências, a enfermagem deve realizar uma avaliação cardiovascular rápida e intervir
imediatamente quando detecta quaisquer alterações, em seguida pode realizar o restante do exame
físico.
04.Resposta: Errado
Indicações
- Apneia persistente que não responda a tratamentos clínicos e farmacológicos;
- CPAP (pressão positiva contínua das vias respiratórias): 8mmH2O com concentração de oxigênio de
80%;
- Falência respiratória (PaCO2, 55mmHg, PaO2, 50mmHg);
- Comprometimento das funções pulmonares (pneumonia, aspiração de mecônio, síndrome de
angústia respiratória, pneumotórax, hipertensão pulmonar persistente);
- Defeitos congênitos anatômicos (hérnia diafragmática, hipoplasia pulmonar);
- Problemas neurológicos que afetem os centros respiratórios.
SEGURANÇA DO TRABALHO
É o conjunto de medidas técnicas, médicas e educacionais, empregadas para prevenir acidentes, quer
eliminando condições inseguras do ambiente de trabalho quer instruindo ou convencionando pessoas na
implantação de práticas preventivas.
Acidente do Trabalho
É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional, que cause a morte, ou perda, ou redução permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.
Acidente de Trajeto
Fica caracterizado como acidente de trabalho também aquele que ocorra na ida ou na volta do trabalho,
ou o ocorrido no mesmo trajeto quando o trabalhador efetua as refeições na sua residência. Deixa de
caracterizar-se o acidente quando o trabalhador tenha por vontade própria, interrompido ou alterado o
trajeto normal.
Doença Profissional
Incidente
No conceito prevencionista é todo acidente sem lesão física, sendo que esta conceituação permite a
análise de todos os acidentes ocorridos, para que possamos descobrir as verdadeiras causas e as
consequentes medidas de prevenção.
Em um passado não muito distante, a responsabilidade do acidente do trabalho era colocada muito
mais nos trabalhadores através dos atos inseguros, essa tendência acabou criando uma "consciência
culposa" nos mesmos, sendo que era tendência a negligência, o descuido, a facilitação e o excesso de
confiança serem apontados como causas dos acidentes.
Atualmente com o avanço e a socialização das técnicas prevencionistas, o que queremos é apurar
quais são as verdadeiras causas e não os culpados pelos acidentes do trabalho, portanto, não é que não
exista o ato inseguro e a condição insegura, o que precisamos é compreendê-los melhor.
- Condição insegura: é a condição do meio ambiente de trabalho, que causou o acidente, ou
contribuiu para a sua ocorrência.
- Fator pessoal de insegurança: é causa relativa ao comportamento humano, que propicia a
ocorrência de acidentes. Ex.: Doença na família, excesso de horas extras, problemas conjugais, etc.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente de trabalho ou doença profissional
deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
Tipos de CAT
A. CAT inicial - acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho.
B. CAT reabertura - reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do
trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS.
C. CAT comunicação de óbito - falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do
trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial.
A comunicação em epígrafe deverá ser feita ao INSS, em 24 horas úteis, em seis vias, com a seguinte
destinação:
1. Ao INSS;
2. À empresa;
3. Ao segurado ou dependente;
4. Ao sindicato de classe do trabalhador;
5. Ao Sistema Único de Saúde (SUS);
6. À Delegacia Regional do Trabalho.
1. Ao trabalhador:
- Assegura qualidade de vida;
- Evita perda de rendimentos;
- Mantém sua autoestima;
- Trabalho como prazer, alegria, motivação para vida.
3. A sociedade/governo:
- Menores encargos previdenciários;
- Imagem positiva da nação perante organismos internacionais;
- Valorização do ser humano por meio de políticas públicas;
- Diminuição do "Custo Brasil".
A prevenção de acidentes deve obedecer a um processo dinâmico e constante que se caracterize por
ações efetivamente prevencionistas que devem ser tomadas no sentido de evitar, eliminar, controlar ou
impedir a evolução e consolidação dos riscos no ambiente de trabalho.
A cuidadosa investigação de um acidente oferece elementos valiosos para a análise que deve ser feita,
concluindo-se sobre suas causas e suas consequências.
A análise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma visão mais correta sobre
as condições de trabalho nas empresas, com indicações sobre os tipos de acidentes mais comuns, as
causas mais atuantes, a gravidade das consequências e os setores que necessitam de maior atenção do
SESMT e da CIPA.
A realidade demonstra que a melhor maneira de evitar acidentes é praticar a prevenção, a análise de
acidentes estruturada em fatos reais, com a participação efetiva de todos os envolvidos, proposição de
medidas viáveis e consensuais para evitar a reincidência constituem-se em uma arma valiosa na
prevenção de acidentes quer de ordem pessoal, quer de ordem material.
Investigar um acidente é reconstituir o ocorrido através dos vestígios encontrados no local e através
dos dados coletados nas indagações feitas junto aos elementos diretamente envolvidos com o acidente.
Após as providências imediatas (socorro ao acidentado e marcha normal do processo), iniciar
imediatamente, no próprio local do evento, a investigação do acidente que deve ser feita por todos os
envolvidos na análise e deve necessariamente ser realizada no local do evento.
A investigação deve ser a mais completa possível e não omitir os seguintes aspectos:
- Tarefa no momento do acidente;
- Descrição do acidente;
- Equipamentos envolvidos;
- Ferramentas utilizadas;
- EPI's utilizados;
- Produtos envolvidos;
- Tipo de acidente;
- Fator pessoal.
A organização, no seu cotidiano, se depara com uma brutal concorrência no mercado, com isso a
natureza do trabalho favorece uma vida sedentária, movimentos repetitivos e posturas incorretas. A busca
inconstante pela produtividade e pela qualidade dos produtos e do serviço vem impondo condições
extremamente insalubres e prejudiciais ao organismo humano (ROCHA, 2004).
Um dos problemas que mais tem afetado as empresas são os distúrbios na saúde dos trabalhadores,
na maioria das vezes ocasionados devido a uma organização do trabalho que envolve tarefas repetitivas,
pressão constante por produtividade, jornada prolongada, além de tarefas fragmentadas, monótonas, que
reprimem o funcionamento mental do trabalhador.
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, no exercício de
suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou
redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. O acidente do trabalho será
caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o
trabalho e o agravo.
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico
epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada
na Classificação Internacional de Doenças (CID).
Considera-se agravo para fins de caracterização técnica pela perícia médica do INSS a lesão, doença,
transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de
natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência.
Reconhecidos pela perícia médica do INSS a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho
e o agravo, serão devidas as prestações acidentárias a que o beneficiário tenha direito, caso contrário,
não serão devidas as prestações.
A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e
segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações pormenorizadas sobre
os riscos da operação a executar e do produto a manipular.
Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho. Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta
Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº
150, de 2015)
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e
segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar
e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades
representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores,
conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho
e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos
I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
A palavra ergonomia é de origem grega, em que ERGO significa trabalho e NOMOS significa regras,
normas, leis. Podemos entender que seriam as regras/normas/leis para a execução do trabalho. Se
considerarmos como ciência, poderemos dizer que é a ciência aplicada em facilitar o trabalho executado
pelo homem, sendo que aqui se interpreta a palavra “trabalho” como algo muito abrangente, em todos os
ramos e áreas de atuação.
Sendo, desta forma, uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e normas a fim de
organizar o trabalho, tornando este último compatível com as características físicas e psíquicas do ser
humano. Alguns autores a consideram como ciência, outros como tecnologia. Segundo Montmollin, a
ergonomia é uma ciência interdisciplinar que compreende a fisiologia e a psicologia do trabalho.
Murrel a define como o estudo científico das relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho.
Self cita que ergonomia reúne os conhecimentos da fisiologia e psicologia e das ciências vizinhas
aplicadas ao trabalho humano, na perspectiva de uma melhor adaptação ao homem dos métodos, meios
e ambientes de trabalho.
Wisner explica ergonomia como sendo o conjunto dos conhecimentos científicos relacionados ao
homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados
com o máximo de conforto, segurança e eficiência.
Na definição de Couto é um conjunto de ciências e tecnologias que procura a adaptação confortável e
produtiva entre o ser humano e seu trabalho, basicamente buscando adaptar as condições de trabalho
Dentro das atribuições da ergonomia temos alguns domínios de especialização com competências
mais profundas. São elas:
- Ergonomia Física: versa sobre as características humanas anatômicas, antropométricas,
fisiológicas e biomecânicas que se relacionam com a atividade física. Os tópicos relativos incluem
posturas de trabalho, manipulação de materiais, movimentos repetitivos, lesões musculoesqueléticas
relacionadas com o trabalho, layout do posto de trabalho, segurança e saúde.
- Ergonomia Cognitiva: relata sobre os processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio,
e resposta motora, que afetam as interações entre humanos e outros elementos de um sistema. Os
tópicos relevantes incluem a carga de trabalho mental, tomada de decisão, desempenho especializado,
interação homem-computador, fiabilidade humana, stress do trabalho e formação relacionadas com a
concepção homem-sistema.
- Ergonomia Organizacional: diz respeito à otimização de sistemas sociotécnicos, incluindo as suas
estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicação, gestão de
recursos de equipes, concepção do trabalho, organização do tempo de trabalho, trabalho em equipe,
concepção participativa, “community ergonomics”, trabalho cooperativo, novos paradigmas do trabalho,
cultura organizacional, organizações virtuais, tele trabalho e gestão da qualidade.
Quando falamos em ergonomia temos que levar em consideração alguns pontos, como:
- Produtividade da empresa;
- Qualidade do produto;
- Condições de trabalho;
- Qualidade de vida dos trabalhadores.
Outra consideração que devemos ter, quando se trata de ergonomia, é a sua tríade básica de
sustentação, composta por:
- Eficiência;
- Segurança;
- Conforto.
Através desta tríade podemos observar que a eficiência de uma intervenção ergonômica é muito
importante, tanto para justificar o trabalho do ergonomista como para melhoria das condições da empresa
(financeira, econômica, social ou profissional). Além da própria melhoria da eficiência dos trabalhadores.
A segurança é de extrema importância, tanto para os trabalhadores como para os empregados. A
diminuição dos riscos indica uma maior preocupação com os funcionários. O conforto nos mostra que o
indivíduo, quando em situações satisfatórias, produz e trabalha mais e com melhor humor.
Tipos Principais
Princípios da Ergonomia
Princípio 1: Posição vertical - o corpo humano deve trabalhar na vertical ou posição neutra onde
encontra seu melhor ponto de equilíbrio, com baixo nível de tensão dos músculos em geral. Para que seja
possível esta postura o posto de trabalho deve proporcionar:
- Altura adequada das bancadas: trabalho pesado, moderado ou leve.
- Para trabalhos de escrita a bancada ou mesa na altura da linha epigástrica (parte superior do
estômago).
- Quando o trabalho envolver mais de um tipo de tarefa, analisar a tarefa de maior tempo e assim
utilizar a altura da bancada adequada.
- Na medida do possível dotar o posto com regulagem de altura.
Princípio 6: Os instrumentos de controle devem estar dentro da área de alcance das mãos
Todos os objetos, ferramentas e controles a serem pegos/operados frequentemente devem estar
dentro da área de alcance normal. Todos os objetos, ferramentas e controles a serem pegos/operados
ocasionalmente devem estar dentro da área de alcance máximo.
- Alcance normal: entende-se por braços esticados na linha do ombro.
- Alcance Máximo: entende-se por braços esticados na linha do ombro e giro do tronco.
Princípio 7: Evitar torcer e fletir o tronco ao mesmo tempo. Para evitar esforços deste tipo
- Orientação ao trabalhador.
- Eliminar obstáculos das cargas que tenham que ser manuseadas.
- Reposicionar locais de armazenamento.
- Peças pesadas devem ser colocadas sobre caixas rasas, e estas sobre bancada.
Princípio 9: Utilizar o princípio PEPLOSP para manusear peças. PEPLOSP quer dizer
P- perto do corpo;
E- elevada na altura de 75 cm do piso;
P- pequena distância vertical entre a origem e o destino;
L- leve;
O- ocasionalmente;
S- simetricamente, sem ângulo de rotação do tronco;
P- pega adequada para as mãos.
Princípio 10: Usar análises biomecânicas para avaliar o risco das tarefas. Duas formas de
análises são muito úteis
- Modelo biomecânico bidimensional da Universidade de Michigan.
A aplicação destes princípios visa prevenir os riscos de lombalgias nas empresas em até 80%. A
Ergonomia é a ciência do conforto, e é através dela que procuramos assegurar uma boa adaptabilidade
entre o homem e seu trabalho, seus equipamentos, seu ambiente físico, suas ferramentas e muitos fatores
que cercam seu sistema de trabalho.
Gabarito
Comentários
03. Resposta: A
-.CAT inicial - acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho.
-.CAT reabertura - reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do
trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS.
04. Resposta: C
Ergonomia Organizacional - diz respeito à otimização de sistemas sociotécnicos, incluindo as suas
estruturas organizacionais, políticas e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicação, gestão de
recursos de equipes, concepção do trabalho, organização do tempo de trabalho, trabalho em equipe,
concepção participativa, “community ergonomics”, trabalho cooperativo, novos paradigmas do trabalho,
cultura organizacional, organizações virtuais, tele trabalho e gestão da qualidade.
45
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html Acesso em: 19/02/2020.
Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo desta Portaria, o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de
Urgência e Emergência.
§ 1º O Regulamento ora aprovado estabelece os princípios e diretrizes dos Sistemas Estaduais de
Urgência e Emergência, as normas e critérios de funcionamento, classificação e cadastramento de
serviços e envolve temas como a elaboração dos Planos Estaduais de Atendimento às Urgências e
Emergências, Regulação Médica das Urgências e Emergências, atendimento pré-hospitalar, atendimento
pré-hospitalar móvel, atendimento hospitalar, transporte inter-hospitalar e ainda a criação de Núcleos de
Educação em Urgências e proposição de grades curriculares para capacitação de recursos humanos da
área;
§ 2º Este Regulamento é de caráter nacional devendo ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios na implantação dos Sistemas Estaduais de Urgência e
Emergência, na avaliação, habilitação e cadastramento de serviços em todas as modalidades
assistenciais, sendo extensivo ao setor privado que atue na área de urgência e emergência, com ou sem
vínculo com a prestação de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde.
Art. 2º Determinar às Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios em
Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, de acordo com as respectivas condições de gestão e a
divisão de responsabilidades definida na Norma Operacional de Assistência à Saúde - NOAS-SUUS
01/2002, a adoção das providências necessárias à implantação dos Sistemas Estaduais de Urgência e
Emergência, à organização das redes assistenciais deles integrantes e à organização/habilitação e
cadastramento dos serviços, em todas as modalidades assistenciais, que integrarão estas redes, tudo em
conformidade com o estabelecido no Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria, bem como a
designação, em cada estado, do respectivo Coordenador do Sistema Estadual de Urgência e Emergência.
§ 1º As Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal devem estabelecer um planejamento
de distribuição regional dos Serviços, em todas as modalidades assistenciais, de maneira a constituir o
Plano Estadual de Atendimento às Urgências e Emergências conforme estabelecido no Capítulo I do
Regulamento Técnico desta Portaria e adotar as providências necessárias à organização/habilitação e
cadastramento dos serviços que integrarão o Sistema Estadual de Urgência e Emergência;
§ 2º A abertura de qualquer Serviço de Atendimento às Urgências e Emergências deverá ser precedida
de consulta ao Gestor do SUS, de nível local ou estadual, sobre as normas vigentes, a necessidade de
sua criação e a possibilidade de cadastramento do mesmo, sem a qual o SUS não se obriga ao
cadastramento.
§ 3º Uma vez concluída a fase de Planejamento/Distribuição de Serviços conforme estabelecido no §
1º, confirmada a necessidade do cadastramento e conduzido o processo de seleção de prestadores de
serviço pelo Gestor do SUS, o processo de cadastramento deverá ser formalizado pela Secretaria de
Saúde do estado, do Distrito Federal ou do município em Gestão Plena do Sistema Municipal, de acordo
com as respectivas condições de gestão e a divisão de responsabilidades estabelecida na Norma
Operacional de Assistência à Saúde - NOAS-SUS 01/2002.
§ 4º O Processo de Cadastramento deverá ser instruído com:
a - Documentação comprobatória do cumprimento das exigências estabelecidas no Regulamento
Técnico aprovado por esta Portaria.
b - Relatório de Vistoria - a vistoria deverá ser realizada “in loco” pela Secretaria de Saúde responsável
pela formalização do Processo de Cadastramento que avaliará as condições de funcionamento do Serviço
para fins de cadastramento: área física, recursos humanos, responsabilidade técnica e demais exigências
estabelecidas nesta Portaria;
c - Parecer Conclusivo do Gestor - manifestação expressa, firmada pelo Secretário da Saúde, em
relação ao cadastramento. No caso de Processo formalizado por Secretaria Municipal de Saúde de
município em Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde, deverá constar, além do parecer do gestor
local, o parecer do gestor estadual do SUS, que será responsável pela integração do Centro à rede
estadual e a definição dos fluxos de referência e contra-referência dos pacientes.
§ 5º Uma vez emitido o parecer a respeito do cadastramento pelo(s) Gestor(es) do SUS e se o mesmo
for favorável, o Processo deverá ser encaminhado da seguinte forma:
a - Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar, Pré-Hospitalar Móvel, e Hospitalar de Unidades Gerais de
Tipo I ou II - o cadastramento deve ser efetivado pelo próprio gestor do SUS;
Art. 3º Alterar o Artigo 2º da Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril de 1999, que estabelece os critérios
para a classificação e inclusão dos hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em
Atendimento de Urgências e Emergência, que passa a ter a redação dada pelo contido no Capítulo V do
Regulamento Técnico constante do Anexo desta Portaria no que diz respeito às Unidades Hospitalares
de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II e III.
§ 1º Ficam mantidos todos os demais Artigos e parágrafos da Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril
de 1999;
§ 2º Ficam convalidados todos os atos que tenham sido praticados até a presente data relacionados
com a classificação, cadastramento e inclusão de hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência
Hospitalar em Atendimento de Urgências e Emergências, com base no estabelecido na Portaria GM/MS
nº 479, de 15 de abril de 1999;
§ 3º A partir da publicação da presente Portaria, a classificação, cadastramento e inclusão de novas
Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo I, II ou III
deverá se dar em cumprimento ao estabelecido no Capítulo V do Regulamento Técnico ora aprovado e
no Artigo 2º desta Portaria.
Art. 5º Estabelecer o prazo de 2 (dois) anos para a adaptação dos serviços de atendimento às
urgências e emergências já existentes e em funcionamento, em todas as modalidades assistenciais, às
normas e critérios estabelecidos pelo Regulamento Técnico aprovado por esta Portaria.
§ 1º As Secretarias de Saúde dos estados, do Distrito Federal e dos municípios em Gestão Plena do
Sistema Municipal, devem, dentro do prazo estabelecido, adotar as providências necessárias para dar
pleno cumprimento ao disposto nesta Portaria e classificar, habilitar e cadastrar os serviços de
atendimento às urgências e emergências já existentes e em funcionamento;
§ 2º Para a classificação, habilitação e cadastramento de novos serviços de atendimento às urgências
e emergências, em qualquer modalidade assistencial, esta Portaria tem efeitos a contar de sua
publicação.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Portaria GM/MS nº 814,
de 01 de junho de 2001.
ANEXO
SISTEMAS ESTADUAIS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
REGULAMENTO TÉCNICO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I
PLANO ESTADUAL DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
O Sistema Estadual de Urgência e Emergência deve se estruturar a partir da leitura ordenada das
necessidades sociais em saúde e sob o imperativo das necessidades humanas nas urgências. O
diagnóstico destas necessidades deve ser feito a partir da observação e da avaliação dos territórios
sociais com seus diferentes grupos humanos, da utilização de dados de morbidade e mortalidade
disponíveis e da observação das doenças emergentes. Deve-se também compor um quadro detalhado
dos recursos existentes, levando-se em consideração sua quantidade, localização, acesso,
complexidade, capacidade operacional e técnica. Do confronto das necessidades diagnosticadas com as
ofertas existentes, poderemos visualizar as deficiências do sistema e projetar suas correções, num
CAPÍTULO II
A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
CAPÍTULO III
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR FIXO
O Atendimento Pré-Hospitalar Fixo é aquela assistência prestada, num primeiro nível de atenção, aos
pacientes portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa
levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, provendo um atendimento e/ou transporte adequado a
um serviço de saúde hierarquizado, regulado e integrante do Sistema Estadual de Urgência e
Emergência. Este atendimento é prestado por um conjunto de unidades básicas de saúde, unidades do
Programa de Saúde da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS),
ambulatórios especializados, serviços de diagnóstico e terapia, unidades não hospitalares de atendimento
às urgências e emergências e pelos serviços de atendimento pré-hospitalar móvel (que serão abordados
no Capítulo IV).
Número
População Número de Percentual
de Número de Percentual
da região atendimentos pacientes
PORTE médicos leitos de encaminhamentos
de médicos em em
por observação para internação
cobertura 24 horas observação
plantão
50.000 a 1
I 75.000 100 pacientes pediatra 6 leitos 10 % 3%
habitantes 1 clínico
75.000 a 2
II 150.000 300 pacientes pediatras 12 leitos 10 % 3%
habitantes 2 clínicos
150.000 a 3
III 250.000 450 pacientes pediatras 18 leitos 10 % 3%
habitantes 3 clínicos
Estes números e mesmo a composição das equipes poderão variar, de forma complementar, de acordo
com a realidade locorregional, tomando-se em conta inclusive a sazonalidade apresentada por alguns
tipos de afecções, como por exemplo, o aumento de demanda de doenças respiratórias verificado na
clínica pediátrica e na clínica de adultos / idosos durante o inverno ou o aumento no número de acidentes
em estradas nos períodos de férias escolares. Da mesma forma, nas regiões onde a morbimortalidade
por causas externas como violências, traumas e/ou acidentes de trânsito seja estatisticamente marcante,
estando os óbitos por estas causas entre as primeiras causas de mortalidade, as equipes poderão ser
acrescidas de médicos cirurgiões gerais e ortopedistas, a critério dos gestores locorregionais. Na Unidade
tipo I, por se tratar de serviço com equipe reduzida, deverá haver sempre um profissional médico adicional
de sobreaviso, que possa ser acionado para acompanhamento de pacientes críticos ou com instabilidade
cardiorrespiratória, quando estes necessitem ser removidos e não haja serviço pré-hospitalar móvel
estruturado.
2.3 - Recursos Humanos
As Unidades Não-Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências deverão contar,
obrigatoriamente, com os seguintes profissionais: coordenador ou gerente, médico clínico geral, médico
pediatra, enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem, técnico de radiologia, auxiliar de serviços gerais,
auxiliar administrativo e, quando houver laboratório na unidade, também deverão contar com bioquímico,
técnico de laboratório e auxiliar de laboratório. Outros profissionais poderão compor a equipe, de acordo
com a definição do gestor local ou gestores locorregionais, como: assistente social, odontólogo, cirurgião
geral, ortopedista, ginecologista, motorista, segurança e outros.
CAPÍTULO IV
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL
Considera-se como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento que procura chegar
precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica,
traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo
necessário, portanto, prestar-lhe atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde
devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de atendimento
pré- hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento
pré-hospitalar móvel secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente
já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado,
mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento.
O Serviço de atendimento pré-hospitalar móvel deve ser entendido como uma atribuição da área da
saúde, sendo vinculado a uma Central de Regulação, com equipe e frota de veículos compatíveis com as
necessidades de saúde da população de um município ou uma região, podendo, portanto, extrapolar os
limites municipais. Esta região de cobertura deve ser previamente definida, considerando-se aspectos
demográficos, populacionais, territoriais, indicadores de saúde, oferta de serviços e fluxos habitualmente
utilizados pela clientela. O serviço deve contar com a retaguarda da rede de serviços de saúde,
devidamente regulada, disponibilizada conforme critérios de hierarquização e regionalização formalmente
pactuados entre os gestores do sistema locorregional.
Para um adequado atendimento pré-hospitalar móvel o mesmo deve estar vinculado a uma Central de
Regulação de Urgências e Emergências. A central deve ser de fácil acesso ao público, por via telefônica,
em sistema gratuito (192 como número nacional de urgências médicas ou outro número exclusivo da
saúde, se o 192 não for tecnicamente possível), onde o médico regulador, após julgar cada caso, define
a resposta mais adequada, seja um conselho médico, o envio de uma equipe de atendimento ao local da
ocorrência ou ainda o acionamento de múltiplos meios. O número de acesso da saúde para socorros de
urgência deve ser amplamente divulgado junto à comunidade. Todos os pedidos de socorro médico que
derem entrada por meio de outras centrais, como a da polícia militar (190), do corpo de bombeiros (193)
e quaisquer outras existentes, devem ser, imediatamente retransmitidos à Central de Regulação por
intermédio do sistema de comunicação, para que possam ser adequadamente regulados e atendidos.
O atendimento no local é monitorado via rádio pelo médico regulador que orienta a equipe de
intervenção quanto aos procedimentos necessários à condução do caso. Deve existir uma rede de
comunicação entre a Central, as ambulâncias e todos os serviços que recebem os pacientes.
O presente Regulamento Técnico está definindo uma nova nomenclatura e classificação para a área
de assistência hospitalar de urgência e emergência. Refletindo sobre a regionalização proposta pela
NOAS e sobre a estrutura dos pronto socorros existentes no país, adota-se a seguinte
classificação/estruturação, partindo da premissa que nenhum pronto socorro hospitalar poderá apresentar
infra estrutura inferior à de uma unidade não hospitalar de atendimento às urgências e emergências,
conforme descrito no Capítulo III - item 2 deste Regulamento:
1 - Classificação
As Unidades Hospitalares de Atendimento em Urgência e Emergência serão classificadas segundo
segue:
A - Unidades Gerais: a - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergências
de Tipo I; b - Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo II.
B - Unidades de Referência: a - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e
Emergências de Tipo I; b - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e
Emergências de Tipo II; c - Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e
Emergências de Tipo III.
Observação: As Unidades de Referência correspondem, respectivamente, aos Hospitais Tipo I, II e III
definidos segundo os critérios de classificação estabelecidos pela Portaria GM/MS nº 479, de 15 de abril
de 1999, que cria mecanismos para a implantação dos Sistemas Estaduais de referência Hospitalar em
Atendimento de Urgências e Emergências.
2 - Definição das Unidades e Critérios de Classificação
2.1 - Características Gerais
As características gerais relacionadas abaixo são exigíveis para a classificação e cadastramento de
Unidades Hospitalares de Atendimento às Urgências e Emergências e são comuns às Gerais de Tipo I e
II e às de Referência de Tipo I, II e III.
2.1.1 - Recursos Humanos
Toda equipe da Unidade deve ser capacitada nos Núcleos de Educação em Urgências e treinada em
serviço e, desta forma, capacitada para executar suas tarefas. No caso do treinamento em serviço, o
Responsável Técnico pela Unidade será o coordenador do programa de treinamento dos membros da
equipe. Uma cópia do programa de treinamento (conteúdo) ou as linhas gerais dos cursos de treinamento
devem estar disponíveis para revisão; deve existir ainda uma escala de treinamento de novos
funcionários.
A Unidade deve contar com:
a - Responsável Técnico - médico com Título de Especialista em sua área de atuação profissional
reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina ou com Certificado de Residência Médica em sua
especialidade emitido por Programa de Residência Médica reconhecido pelo MEC.
O médico Responsável Técnico pela Unidade somente poderá assumir a responsabilidade técnica por
uma única Unidade cadastrada pelo Sistema Único de Saúde. No caso de responsável técnico de Unidade
instalada em Hospital Universitário, o médico poderá acumular esta responsabilidade com a de mais uma
Unidade cadastrada pelo SUS, desde que instalada no mesmo município.
b - Equipe Médica: deve ser composta por médicos em quantitativo suficiente para o atendimento dos
serviços nas 24 horas do dia para atendimento de urgências/emergências e todas as atividades dele
decorrentes.
c - Enfermagem: A Unidade deve contar com: - Coordenação de Enfermagem: 01 (um) Enfermeiro
Coordenador; - Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem em quantitativo
suficiente para o atendimento dos serviços nas 24 horas do dia para atendimento de
urgências/emergências e todas as atividades dele decorrentes.
2.1.2 - Área Física
As áreas físicas da Unidade deverão se enquadrar nos critérios e normas estabelecidos pela legislação
em vigor ou outros ditames legais que as venham substituir ou complementar, a saber:
a - Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para
Planejamento, Programação, Elaboração e Avaliação de projetos Físicos de Estabelecimentos de
Assistência à Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA.
b - Resolução nº 05, de 05 de agosto de 1993, do CONAMA - Conselho Nacional de Meio Ambiente.
Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços
e profissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume de atendimento, estes profissionais não
precisam ser exclusivos da Unidade):
- Psicologia Clínica;
- Nutrição;
- Assistência Social;
- Fisioterapia;
- Terapia Ocupacional;
- Farmácia;
- Hemoterapia;
Outros Profissionais alcançáveis, identificados por especialidade e capacitados para o atendimento às
urgências/emergências nas suas áreas específicas de atuação profissional:
Traumato -
Cardiologia Pediatria
Ortopedia
Radiologia Radiologia
Radiologia Convencional
Convencional Convencional
Análises Clínicas Análises Clínicas Análises Clínicas
Laboratoriais Laboratoriais Laboratoriais
Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços
e profissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume de atendimento, estes profissionais não
precisam ser exclusivos da Unidade):
Oftalmologista
Endoscopista
Broncoscopista
Otorrinolaringologista
Cardiologista
Odontólogo
Hemodinamicista
Neurologista
Neurocirurgião
Angiografista
Psiquiatra
Hematologista
Cirurgião Pediátrico
Radiologia Convencional
Ultrassonografia
Análises Clínicas Laboratoriais
Eletrocardiografia
Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II
ou III
Tomografia Computadorizada
Endoscopia
Banco de Sangue
Anestesiologia
Broncoscopia
Hemodinâmica
Angiografia
Ecocardiografia
Terapia Renal Substitutiva
Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e Reabilitação: A Unidade deve contar com os serviços
e profissionais nas seguintes áreas (dependendo do volume de atendimento, estes profissionais não
precisam ser exclusivos da Unidade):
- Psicologia Clínica;
- Nutrição;
- Assistência Social;
- Fisioterapia;
- Terapia Ocupacional;
- Farmácia;
- Hemoterapia;
Outros Profissionais alcançáveis, identificados por especialidade e capacitados para o atendimento às
urgências/emergências nas suas áreas específicas de atuação profissional:
Cirurgião Vascular
To x i c o l o g i s t a
Oftalmologista
Hemodinamicista
Angiografista
Endoscopista Digestivo
Broncoscopista
Otorrinolaringologista
Cirurgião Bucomaxilofacial
Cirurgião Plástico
Psiquiatra
Radiologia Convencional
Ultrassonografia
Broncoscopista
Análises Clínicas Laboratoriais
Eletrocardiografia
Unidade de Terapia Intensiva de Tipo II ou
III
Tomografia Computadorizada
Endoscopia
Banco de Sangue
Anestesiologia
Terapia Renal Substitutiva
N e u r o c i r u rg i a
Ecocardiografia
Hemodinâmica
Angiografia
CAPÍTULO VI
TRANSFERÊNCIAS E TRANSPORTE INTER-HOSPITALAR
1 - Considerações Gerais:
Dentro da perspectiva de estruturação de Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, com
universalidade, atenção integral e equidade de acesso, de caráter regionalizado e hierarquizado, de
acordo com as diretrizes do SUS, os serviços especializados e de maior complexidade deverão ser
referência para um ou mais municípios de menor porte.
Assim, estes municípios menores devem se estruturar para acolher os pacientes acometidos por
agravos de urgência, de caráter clínico, traumato-cirúrgico, gineco obstétrico e psiquiátrico, sejam estes
adultos, crianças ou recém nascidos, realizar a avaliação e estabilização inicial destes e providenciar sua
transferência para os serviços de referência loco regionais, seja para elucidação diagnóstica através de
exames especializados, avaliação médica especializada ou internação.
As grades de referência loco regionais devem ser previamente pactuadas e as transferências deverão
ser solicitadas ao médico regulador da Central de Regulação de Urgências, cujas competências técnicas
e gestoras estão estabelecidas no Capítulo II deste Regulamento. Tais centrais poderão ter abrangência
locorregional, de acordo com os pactos de referência e mecanismos de financiamento estabelecidos pela
NOASSUS/2002.
Nos casos em que as centrais reguladoras ainda não estejam estruturadas, as pactuações também
deverão ser realizadas e os encaminhamentos deverão ser feitos mediante grade de assistência loco
regional, com contato prévio com o serviço receptor.
No processo de planejamento e pactuação das transferências inter-hospitalares, deverá ser garantido
o suporte de ambulâncias de transporte para o retorno dos pacientes que, fora da situação de urgência,
CAPÍTULO VII
NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIAS
CARGA
TEMAS CONTEÚDO HABILIDADES HORÁRIA
(CH)
1. Programa e atividade integração. Pré e Trabalho
01 T
Introdução Pós-teste. em equipe
Carga
TEMAS CONTEÚDO HABILIDADES
Horária (CH)
Programa e atividade de integração 01 T
1. Introdução Trabalho em equipe
Pré e Pós-teste. (Teórica)
Conhecer a organização do
2. Sistema de saúde Apresentação da rede
sistema de saúde local de
local e serviços hierarquizada dos serviços de 01 T
acordo com a hierarquia dos
relacionados. saúde.
serviços
Histórico do serviço pré-hospitalar
móvel. Perfil profissional;
Apresentação do serviço de
Trabalho em equipe
atendimento pré-hospitalar (APH)
Conhecer os conceitos da
3. Serviço Pré móvel de sua cidade Apresentação
Portaria e as competências 02 T
Hospitalar Móvel da Portaria GM/MS nº 2048 de 5 de
dos profissionais da área de
novembro de 2002 - Regulamento
segurança, bombeiros.
Técnico dos Sistemas Estaduais de
Urgência e Emergência Conceitos
de ética médica ligada ao APH
Manejo de equipamentos da central
4. Central de
de urgência (rádios), veículos e Manuseio do sistema de rádio
Regulação e 01 T
materiais utilizados no APH móvel, e técnicas de comunicação.
Equipamentos
rotinas operacionais.
Conhecimento das principais
Anatomia topográfica: regiões divisões anatômicas, regiões
anatômicas e noções gerais de anatômicas, e noções de
anatomia topográfica. Aparelhos e anatomia topográfica.
5. Anatomia e 08 T 02 P
sistemas: anatomia e fisiologia dos Conhecimento dos aspectos
Fisiologia (Prática)
aparelhos e sistemas do corpo morfológicos e fisiológicos
humano: em especial esquelético, dos diversos aparelhos para
cardíaco, respiratório. formulação de correlação
anátomo-clínica.
Conhecer a importância do
exame da cena do acidente
6. Cinemática do Exame da cena e mecanismos de para identificar sinais de
03 T
Trauma lesões. gravidade. Saber
correlacionar a cenas com os
mecanismos de lesões.
Abordagem Primária e secundária Realizar a abordagem
7. Abordagem do
de uma Vítima; técnicas relativas à primária e secundária para 08 T 12 P
paciente.
avaliação de sinais vitais de vítimas: reconhecer sinais de
Acompanhar atentamente os
pacientes em observação,
7. Manejo dos Alterações cardiorrespiratórias, reconhecer alterações em seu
pacientes em metabólicas, de nível de consciência e quadro cardiorrespiratório,
observação. outras. metabólico e de consciência, de
acordo com o registro
sistemático dos sinais vitais.
02 T 04 P
Comunicar estas alterações ao
médico assistente com a
máxima brevidade, sempre que
identificar sinais de gravidade.
Observar com presteza as
prescrições do médico
assistente.
Dominar o funcionamento de
8. Materiais e Controle e conservação de materiais, todos materiais e equipamentos.
equipamentos equipamentos e medicamentos de Dominar as técnicas de
do suporte ventilatório, circulatório, desinfecção e esterilização dos
atendimento aferição de sinais vitais, materiais para materiais e equipamentos, bem
às urgências. imobilização e transporte. como a validade dos
medicamentos.
Aplicar as rotinas e protocolos de 08 P
serviço para o uso dos
equipamentos e materiais. Ser
capaz de Capacitar a equipe de
enfermagem para o manuseio
de materiais e equipamentos,
rotina de desinfecção de
materiais e equipamentos.
9. **Avaliação
teórica e Provas escritas e práticas de avaliação Demonstrar conhecimentos
02 T 04 P
pratica do de conhecimento adquiridos
curso
TO TA L 108 H
* Embora conteúdos e cargas horárias sejam os mesmos para toda a equipe de enfermagem, os
treinamentos podem ser ministrados em separado, de acordo com material, forma de abordagem e
terminologia mais adequada aos diferentes profissionais, de acordo com julgamento e decisão local.
** Duas horas para avaliação escrita e as 4 restantes para avaliação prática a serem distribuídas
durante o Curso.
B- 2 - Médico Clínicos Gerais:
TEMA CONTEÚDOS HABILIDADES CH
Conhecer as Diretrizes do SUS
Apresentação do Sistema Único de e seu estágio atual de
1- Sistema de Saúde. Apresentação da Portaria implantação. Conhecer o
saúde e rede GM/MS nº 2048 de 5 de novembro Regulamento Técnico da
04 T (Teórica)
hierarquizada de de 2002 - Regulamento Técnico dos Atenção às Urgências:
assistência. Sistemas Estaduais de Urgência e diretrizes gerais e os
Emergência componentes da rede
assistencial.
Questões
Gabarito
01.B
Comentários
01. Resposta: B
1.2.3.1 - Veículos Terrestres: Profissional de nível básico, habilitado a conduzir veículos de urgência
padronizados pelo código sanitário e pelo presente Regulamento como veículos terrestres, obedecendo
aos padrões de capacitação e atuação previstos neste Regulamento.
Requisitos Gerais: maior de vinte e um anos; disposição pessoal para a atividade; equilíbrio emocional
e autocontrole; disposição para cumprir ações orientadas; habilitação profissional como motorista de
veículos de transporte de pacientes, de acordo com a legislação em vigor (Código Nacional de Trânsito);
capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII, bem
como para a recertificação periódica.
Competências/Atribuições: conduzir veículo terrestre de urgência destinado ao atendimento e
transporte de pacientes; conhecer integralmente o veículo e realizar manutenção básica do mesmo;
estabelecer contato radiofônico (ou telefônico) com a central de regulação médica e seguir suas
orientações; conhecer a malha viária local; conhecer a localização de todos os estabelecimentos de saúde
integrados ao sistema assistencial local, auxiliar a equipe de saúde nos gestos básicos de suporte à vida;
auxiliar a equipe nas imobilizações e transporte de vítimas; realizar medidas reanimação
cardiorrespiratória básica; identificar todos os tipos de materiais existentes nos veículos de socorro e sua
utilidade, a fim de auxiliar a equipe de saúde.
02. Resposta: B
1.1.1.3 - Técnico de Enfermagem: Profissional com Ensino Médio completo e curso regular de Técnico
de Enfermagem, titular do certificado ou diploma de Técnico de Enfermagem, devidamente registrado no
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição. Exerce atividades auxiliares, de nível técnico,
sendo habilitado para o atendimento Pré-Hospitalar Móvel, integrando sua equipe, conforme os termos
deste Regulamento. Além da intervenção conservadora no atendimento do paciente, é habilitado a
realizar procedimentos a ele delegados, sob supervisão do profissional Enfermeiro, dentro do âmbito de
sua qualificação profissional.
Requisitos Gerais: maior de dezoito anos; disposição pessoal para a atividade; capacidade física e
mental para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações orientadas;
disponibilidade para recertificação periódica; experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado
ao atendimento de urgências e emergências; capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a
capacitação discriminada no Capítulo VII, bem como para a recertificação periódica.
Competências/Atribuições: assistir ao enfermeiro no planejamento, programação, orientação e
supervisão das atividades de assistência de enfermagem; prestar cuidados diretos de enfermagem a
pacientes em estado grave, sob supervisão direta ou à distância do profissional enfermeiro; participar de
programas de treinamento e aprimoramento profissional especialmente em urgências/emergências;
realizar manobras de extração manual de vítimas.