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AVALIAÇÃO EM FISIOTERAPIA MUSCULOESQUELÉTICA

Avaliação da aptidão cardiorrespiratória

Aptidão respiratória- relacionada com a capacidade de realizar exercício dinâmico, com grandes grupos
musculares, de intensidade moderada e vigorosa, por períodos prolongados de tempo
Consumo máximo de oxigénio- Volume máximo de oxigénio consumido por unidade de tempo (VO2máx),
aceite como a medida de referência da Aptidão Cardiorrespiratória. É habitualmente expressa clinicamente
em termos relativos (mL/ kg/ min), permitindo comparações entre indivíduos com diferentes pesos corporais.
VO2máx- produto do débito cardíaco (L sangue/ min) e diferença artério-venosa de oxigénio (mL O2/ L
sangue)

• Método direto- avaliam diretamente o consumo de oxigénio durante o esforço até à exaustão
O VO2máx implica que o verdadeiro limite fisiológico do indivíduo seja atingido. Um patamar estável de
consumo de oxigénio é observado entre os dois níveis finais de um teste de esforço progressivo.

Espirometria- utilizada para medir o VO2 durante uma prova de esforço incremental ou teste em rampa até à
exaustão. O individuo está a realizar um esforço e ao mesmo tempo estão a ser recolhidos gases para
sabermos qual o consumo de O2 até que atinja a exaustão

Os custos associados ao equipamento, espaço e profissionais necessário para realizar estes testes tornam a
medição direta do consumo de oxigénio pouco acessível.

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• Método indireto- Em alternativa são usados testes máximos e submáximos para estimar o consumo
máximo de oxigénio. Estes testes baseiam-se na:
- (a) correlação entre a medição direta do VO2máx e o VO2máx estimado pelas respostas fisiológicas ao
exercício submáximo (ex: frequência cardíaca num determinado nível de potência).
- (b) correlação entre a medição direta do VO2máx e a performance em testes de campo (ex: tempo para
correr 1.6 ou 2.4 km) ou tempo até à fadiga usando um protocolo de prova de esforço com exercício
progressivo.

À medida que a atividade de esforço vai aumentando a frequência


cardiaca e o VO2 max aumentam

Testes máximos VS submáximos


• A decisão depende do motivo da realização do teste, nível de risco do utente, disponibilidade de
equipamento e profissionais adequados.
• Os testes máximos requerem que os participantes realizem esforço até ao ponto de fadiga, o que poderá
não ser apropriado para alguns indivíduos.
• Clinicamente, o fisioterapeuta utiliza testes submáximos para estimar a aptidão cardiorrespiratória: a
resposta da frequência cardíaca aos patamares de exercício é utilizada para predizer o VO2máx.

Escala de perceção do esforço (EPE) - podemos aplicar no mesmo individuo, não podemos aplicar em
indivíduos diferentes
• Desenvolvida para permitir que os praticantes de exercício classificassem subjetivamente o seu esforço
durante a sessão.
• A EPE pode ser uma ferramenta útil para monitorizar a tolerância ao esforço de um indivíduo. Correlaciona-
se com a FC e taxa de esforço, mas apresenta grande variabilidade interindivíduos.
• As classificações podem ser influenciadas por fatores
psicológicos, estado de humor, condições ambientais,
modo de exercício (se é um exercício que eu gosto vai ser
mais fácil, se não gostar vai custar mais), idade e sede.
Controlar o máximo de variáveis possível e evitar
comparações entre modalidades e indivíduos.

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Modo de exercício - Passadeira, cicloergómetro, steps e testes de campo.
Depende sobretudo do contexto, equipamento disponível e conhecimento técnico dos profissionais
disponíveis. Existem vantagens e desvantagens de cada tipo

• Testes de campo
- Descrição: consistem em caminhar ou correr por tempo ou distância predeterminados
- Vantagens: fáceis de administrar a grandes grupos de indivíduos em simultâneo e necessidade de pouco
equipamento (ex: cronómetro)
- Desvantagens: alguns testes poderão ser quase máximos ou máximos para alguns indivíduos,
particularmente aqueles com baixa aptidão cardiorrespiratória, que poderão não estar a ser monitorizados
para os critérios de término do teste, resposta da pressão arterial e frequência cardíaca (risco aumentado).

• Passadeira
- Descrição: podem ser usadas para testes máximos e submáximos, e são muitas vezes a opção de eleição
para testes diagnósticos de risco cardiorespiratório
- Vantagem: forma de exercício familiar e, se o protocolo correto for selecionado, é um modo versátil, que se
ajusta desde os indivíduos com menor aptidão aos mais bem treinados.
- Desvantagens: necessária uma sessão de prática para permitir a habituação e reduzir a ansiedade. São
opções dispendiosas, não transportáveis e tornam difíceis algumas recolhas de dados (ex: ECG) As passadeiras
devem ser calibradas periodicamente. O uso dos apoios para as mãos deve ser desencorajado porque
sobrestima os valores de VO2máx.

• Cicloergómetro
- Descrição: são também uma modalidade de teste máximo e submáximo frequentemente usada para teste
diagnóstico
- Vantagens: equipamento menos dispendioso, transportável, e que facilita a medição da pressão arterial e
ECG. É uma modalidade que não requer o suporte do peso corporal e os patamares de esforço são facilmente
ajustáveis em pequenos incrementos.
- Desvantagens: é um modo de exercício menos familiar para alguns indivíduos, resultando em fadiga
muscular localizada e estimativa do VO2máx abaixo dos valores reais. O equipamento deve ser calibrado
regularmente e o indivíduo deve manter um ritmo de rotações (rpm) apropriado para a correta estimação do
VO2máx.

• Step
- Descrição: a predição da aptidão cardiorrespiratória é realizada através da medição da resposta da
frequência cardíaca à subida e descida do degrau a um ritmo determinado e/ou altura de step específica ou
pela medição da frequência cardíaca durante o período de recuperação, após os esforços.

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- Vantagens: é uma modalidade de baixo custo. Requer pouco ou nenhum equipamento, os steps são
facilmente transportáveis e a técnica requer pouca prática. O teste tem habitualmente curta duração e é
facilmente aplicável a massas (à semelhança dos testes de campo)
- Desvantagens: precauções para indivíduos com equilíbrio comprometido ou com aptidão cardiorrespiratória
extremamente baixa. Alguns protocolos poderão requerer níveis de trabalho acima da capacidade máxima de
alguns indivíduos. A incapacidade de seguir a cadência imposta e o aparecimento de fadiga muscular
localizada são potenciais fontes de estimação do VO2máx por defeito. Muitos protocolos não monitorizam a
frequência cardíaca e pressão arterial durante o teste, pela dificuldade de realizar as medições durante o
mesmo.

A força e resistência muscular são componentes da aptidão física relacionada com a saúde
Treino destas componentes está relacionado com a melhoria ou manutenção de diversos indicadores
relacionados com a saúde:
- densidade mineral óssea
- massa muscular
- tolerância à glucose
- integridade miotendinosa
- capacidade de executar as atividades da vida diária
- percentagem de massa magra
- taxa metabólica em repouso

• Aptidão muscular – o American College of Sports Medicine (ACSM) agrupou os termos força muscular,
resistência e potência na categoria da Aptidão Muscular na sua Position Stand

• Força muscular: capacidade de o músculo exercer força máxima numa ocasião única
• Resistência muscular: capacidade de o músculo realizar esforços sucessivos ou repetições contra uma carga
submáxima
• Potência muscular: capacidade de o músculo exercer uma determinada força por unidade de tempo (ex:
taxa)

Objetivos dos testes de aptidão muscular:


• que os resultados comparados com valores de referência, servindo para identificar fraquezas ou
desequilíbrios musculares, que poderão ser alvo de intervenção no programa de exercício terapêutico;
• desenhar programas de exercício individualizados a partir da informação recolhida na avaliação inicial;
• comprovar e mostrar a evolução do utente ao longo do tempo, proporcionando feedback fundamental para
a adesão a longo prazo ao programa de exercício.

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Caraterísticas dos testes de função muscular:
• são extremamente específicos para o grupo muscular e articulação(/ões) testada(s), tipo de ação muscular,
velocidade do movimento, tipo de equipamento, e amplitude de movimento
• os resultados de cada teste são exclusivos dos procedimentos utilizados
• não existe qualquer teste que avalie por si a força ou resistência muscular global
• devem ser precedidos de sessões de familiarização/prática com o equipamento e respeitar um protocolo
específico, incluindo a duração e amplitude de movimento de uma repetição, para que possa ser obtido um
resultado fiável, que detete verdadeiras adaptações fisiológicas resultantes do treino.

Condições para a realização do teste:


Antes da aplicação de qualquer teste muscular deverá ser executado um aquecimento de 5–10 min de
exercício aeróbio ligeiro (ex: passadeira, cicloergómetro), alongamento dinâmico, e algumas repetições de
baixa intensidade do teste a realizar.
As condições padronizadas de realização do teste devem ter em conta:
• aquecimento aeróbio
• postura rigorosa
• velocidade do movimento (duração da repetição consistente)
• ADM completa
• utilização de ajudante (quando necessário)

Valores dos testes:


As diferenças na Aptidão Muscular ao longo do tempo deverão ser expressas em valores absolutos da carga
externa suportada (ex: newtons, quilogramas, libras). No entanto, sempre que forem realizadas comparações
entre indivíduos, os valores deverão ser expressos em termos relativos (por quilograma de peso corporal,
kg/kg - carga que levanto pela carga de peso que possuo que é para ter uma medida relativa e poder
comparar os níveis de função muscular entre indivíduos diferentes)

Em qualquer dos casos é necessária cautela com a utilização de valores de referência:


• a amostra original pode não ser representativa da população a avaliar
• pode não existir um protocolo padronizado
• o teste especificamente utilizado pode diferir (ex: pesos livres vs. máquina)
• a biomecânica de um determinado exercício de força pode diferir bastante quando é utilizado equipamento
de diferentes fabricantes.

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Força muscular - Diz respeito à força muscular gerada por um músculo ou grupo muscular, mas é expressa
habitualmente em termos da resistência suportada ou ultrapassada (em newtons, libras ou kgs). É avaliada
de forma estática (ex: contração muscular sem movimento articular) ou dinâmica (ex: movimento de uma
carga externa ou parte do corpo na qual o músculo muda de comprimento).

• Força estática ou isométrica


- Pode ser avaliada com uma diversidade de equipamentos, como tensiómetros de cabo e dinamómetros de
preensão manual ou dinamómetro digital de mão.
- É específica do grupo muscular e ângulo articular testados podendo, portanto, ser limitada na descrição da
força muscular global.
- Apesar das limitações, medições simples como a dinamometria de preensão manual ajudam a predizer a
mortalidade e estado funcional em indivíduos idosos.
- A força máxima desenvolvida nestes testes é denominada contração máxima voluntária (CMV).

Dinamómetro digital de mão- método conveniente para avaliação da f. isométrica de músculos do membro
superior e inferior. Apresenta moderada a boa validade e excelente fiabilidade para a maioria dos grupos
musculares. É possível utilizar este equipamento para avaliar 11 grupos musculares. Neste tipo de teste, o
dinamómetro é colocado no membro a avaliar e deverá ser mantido estático enquanto o cliente exerce a
máxima força contra o equipamento. Realizar 2 tentativas e calcular a média de ambas ou o melhor resultado
para cada grupo muscular.

• Força dinâmica - Tradicionalmente avaliada através da 1RM (repetição máxima)


1RM- maior resistência que pode ser vencida ao longo da ADM completa de uma forma controlada e
mantendo a postura adequada. Manter presente que a avaliação de 1RM varia entre diferentes tipos de
equipamento. Após familiarização adequada, 1RM é um indicador fiável da força muscular.

Múltiplas repetições máximas (RM)- 5- ou 10RM,


podem ser usadas em alternativa como indicador da
força muscular. Em qualquer dos casos é fundamental
que o exercício seja realizado até à falha (não consegue
realizar mais nenhuma repetição). Ao utilizar múltiplas
repetições a precisão da avaliação aumenta de forma
inversa ao n.º de repetições. Tabelas e equações de
predição estão disponíveis para estimar 1RM a partir de
múltiplas repetições.
Clinicamente, é possível monitorizar ganhos de força ao
longo do tempo sem ser necessário estimar 1RM
especificamente. Por exemplo, se um utente treinar
com 6-8RM, a performance das 6RM até à falha
proporciona um indicador dos ganhos de força ao longo
do tempo, independentemente do valor real da 1RM.

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Existem valores normativos de testes que são indicadores do nível de força dos membros inferiores ou
superiores, mas que deverão ser interpretados com cautela pelos fatores já mencionados (especificidade do
equipamento utilizado, população estudada, etc.). Ao procurar valores de referência, ter SEMPRE em conta
esses fatores. Em alternativa, fazer comparação com membro contralateral, comparação entre diferentes
momentos, para auxiliar na programação e ajuste do plano de exercícios.

• Força isocinética
Envolve a avaliação da tensão muscular máxima através da ADM a uma velocidade angular constante (ex:
60°/seg). O equipamento usado permite controlar a velocidade da rotação articular, sendo capaz de avaliar o
torque produzido em diferentes articulações (ex: joelho, anca, ombro, cotovelo).
Informação útil sobre simetria articular e informação sobre a performance a diferentes velocidades
(indicadores de força explosiva e potência). Útil para recolher informação sobre rácios de força relativa,
fraqueza e fadiga (critérios de alta para competição).
Apesar das vantagens, é um equipamento extremamente dispendioso para uso em contexto clínico.

Resistência muscular - É a capacidade de um grupo muscular executar repetidas contrações ao longo de um


período de tempo suficientemente longo para provocar fadiga muscular ou de manter uma percentagem
específica da 1RM por um longo período de tempo
Resistência muscular absoluta- avaliada através do n.º total de repetições para uma dada carga.
Resistência muscular relativa- calculada comparando o nº de repetições para uma percentagem da 1RM (ex:
70%) no pré e pós-teste. Um teste de campo simples para avaliação da resistência dos músculos dos membros
superiores consiste na contabilização do n.º de push-ups que podem ser realizadas sem repouso.

Medidas da função muscular


Além dos métodos de avaliação da Aptidão Muscular (força isotónica e isocinética), outras formas de
avaliação da função muscular incluem ainda:
• Teste muscular | Escala de Oxford (graduação da força em utente neurológico)
• EMG (sinal deteta presença de contração muscular voluntária e indiretamente a quantidade de tensão
desenvolvida)

Avaliação da flexibilidade
• Amplitude de movimento- Quantidade de movimento disponível numa articulação, determinada pelos
tecidos moles e estruturas ósseas da mesma.

• Flexibilidade - É uma das componentes da aptidão física. É a capacidade de mover uma articulação através
da sua ADM completa. É importante na performance atlética (ex. ballet, ginástica), mas também na
capacidade de realizar as atividades da vida diária.

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Refere-se à capacidade de alongamento da unidade miotendinosa, quando sujeita a uma força. A quantidade
de flexibilidade de uma estrutura está relacionada com a sua rigidez, elasticidade ou maleabilidade. Depende
das propriedades viscoelásticas dos tecidos (ex: músculo, tendão, cápsula). A perda prolongada de
flexibilidade pode conduzir à perda de ADM.

A evidência sugere que indivíduos com défice (anquilose) ou excesso (hipermobilidade) de flexibilidade
apresentam maior risco de desenvolvimento de lesões músculo-esqueléticas. No entanto, não existe
evidência de que um nível de Flexibilidade superior ao normal diminua o risco de lesão.

A Flexibilidade é específica de uma determinada articulação. Nenhum teste de Flexibilidade pode ser utilizado
isoladamente para avaliar a Flexibilidade geral do corpo. Ao avaliar a Flexibilidade é necessário escolher um
conjunto de testes que englobem os movimentos a avaliar.
Clinicamente, existem vários métodos de avaliação da Flexibilidade.

• Métodos diretos
Clinicamente, a Flexibilidade é habitualmente quantificada em termos de amplitude de movimento, expressa
em graus. Uma avaliação rigorosa da ADM pode ser realizada para a maioria das articulações, seguindo
protocolos precisos e previamente validados.
Instrumentos habitualmente utilizados para esse propósito incluem goniómetros (1), electrogoniómetros (2),
flexómetro de Leighton (3), inclinómetros (4), e fita métrica para medições antropométricas. Existem valores
de referência disponíveis para alguns dos instrumentos (ex: goniómetro).

(1) (2) (3) (4)

Goniometria- Método frequente de avaliação da ADM em contexto clínico. É fundamental ter uma boa
técnica para uma medição rigorosa e consistente, garantindo um alinhamento cuidadoso de todas as partes
do goniómetro (eixo, braço fixo, braço móvel) durante o movimento, e que não ocorre substituição por outros
segmentos ou planos. A prática é fundamental para adquirir proficiência na medição das amplitudes de
movimento

Flexómetro de Leighton- Possui um mostrador de 360°, com peso, e um ponteiro incorporado. A ADM é
medida através da ação da gravidade no ponteiro e mostrador. Para realizar a medição, o instrumento deve
ser preso ao segmento corporal a avaliar e o ponteiro fixado nos 0° num dos extremos da ADM. Após a
execução do movimento pelo utente, bloquear o ponteiro na outra extremidade da ADM.
O número de graus do arco de movimento realizado é lido diretamente do mostrador. Existem protocolos
para avaliação das ADMs na cervical, tronco, ombro, cotovelo, art. radiocubital, cotovelo, punho, anca, joelho
e tornozelo.
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Inclinómetro- Outro tipo de instrumento dependente da gravidade. Para utilizar este aparelho, segurá-lo no
extremo distal do segmento a avaliar. O inclinómetro mede o ângulo entre o eixo longo do segmento móvel e
a linha da gravidade. Este aparelho é de utilização mais simples que o flexómetro e o goniómetro universal
por ser segurado com uma mão sobre o segmento móvel durante a medição e não necessita de estar alinhado
com referências anatómicas específicas.

Validade e fiabilidade das medições diretas


Extremamente dependentes da articulação a avaliar e habilidade do avaliador.
A fiabilidade intra e interobservador das medições goniométricas são afetadas pela dificuldade em identificar
o eixo de rotação e palpar as referências ósseas.
As medições das articulações do membro superior são geralmente mais fiáveisque as das articulações do
membro inferior.
Regra geral, o inclinómetro apresenta boa fiabilidade na maioria das articulações, mas a fiabilidade
interobservador é variável e específica de cada articulação.

• Métodos indiretos – são considerados fiáveis; realizam-se quando não é possível avaliar a ADM através de
métodos diretos
Habitualmente os resultados da avaliação da flexibilidade estática são reportados em centímetros

- Sit-and-reach test
Criado para avaliar flexibilidade estática da zona lombar e isquiotibiais, correlaciona-se moderadamente com
a flexibilidade dos isquiotibiais mas apresenta muito baixa correlação com região lombar. Apresenta-se sob
várias versões (ex: sem caixa, sentado em cadeira, com flexao de 1 joelho), com valores de referência para
cada versão de teste.
- Shoulder elevation test
Avalia a flexibilidade de ombro e peito
- Back-scratch test
Avalia a flexibilidade de ombros, sendo capaz de detetar declínios através da idade (60-90anos)

Ao administrar qualquer teste:


• Permita que o utente realize um aquecimento seguido de alongamento estático antes de iniciar o teste, para
evitar movimentos rápidos, descontrolados e o alongamento além da amplitude livre de dor;
• Realize 3 tentativas por teste;
• Compare os melhores resultados do utente com os valores de referência, com os valores do membro
contralateral e/ou com valores prévios.
Utilize os resultados para identificar articulações e grupos musculares que necessitam de intervenção.
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Avaliação do controlo motor
Os exercícios neuromotores envolvem habilidades como:
• equilíbrio
• coordenação
• marcha
• agilidade
• propriocepção

Indivíduos idosos beneficiam de exercício neuromotor, revelando melhorias no equilíbrio, agilidade e força
muscular, além da diminuição do risco de quedas e medo de queda.

Controlo postural e equilíbrio


As tarefas de controlo postural e equilíbrio são frequentemente utilizadas em contexto clínico para avaliar o
risco de lesão, défices iniciais resultantes da lesão e nível de melhoria após uma intervenção dirigida à
recuperação da lesão.
Estas tarefas podem ser agrupadas em estáticas e dinâmicas, com algumas diferenças na aplicabilidade da
informação recolhida através da avaliação:

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Além das formas indiretas de avaliação do controlo postural habitualmente utilizadas em contexto clínico,
sistemas computorizados dispendiosos avaliam diretamente o equilíbrio estático e dinâmico através da
recolha de informação sobre:
• as oscilações posturais enquanto o cliente procura manter-se estático numa plataforma
• a distribuição de peso entre os pés
• a capacidade de mover o centro de pressão para manter o equilíbrio e
• respostas automáticas a perturbações de equilíbrio na plataforma

Como alternativa de baixo custo a estas plataformas dispendiosas e sofisticados equipamentos de


posturografia computorizada, a plataforma Wii balance board tem sido usada com sucesso para avaliar o
equilíbrio dinâmico. Quando comparada com testes laboratoriais as suas medições revelaram-se válidas e
fiáveis nos deslocamentos unidirecionais e rotacionais do centro de pressão de adultos jovens e idosos.

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