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22/04/22

PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO
FUNCIONAL
Évora, 18 de Março, 2022 ARMANDO M. M. RAIMUNDO

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OBJECTIVOS DA REALIZAÇÃO DE TESTES


DE CONDIÇÃO FÍSICA RELACIONADOS
COM A SAÚDE
Ø Educar os participantes sobre o seu estado actual de condição
física relacionado com a saúde, de acordo com valores padrões
segundo a idade e género
Ø Obter dados que serão importantes para a
recomendação/prescrição do exercício de acordo com o seu estado
de saúde
Ø Obter valores iniciais e outros recolhidos ao longo do tempo de
forma a avaliar a progressão nos programas de exercício
Ø Motivação dos participantes através do estabelecimento de
objectivos razoáveis e possíveis de atingir
Ø Segurança – permite identificar os pacientes que necessitam de
adaptações ou que possuem contraindicações para o exercício
Ø Estratificar /identificar os fatores de risco (entre eles o risco
cardiovascular)

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ACSM, 2017

Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q)

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ACSM, 2017

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PREPARAÇÃO DA APLICAÇÃO DO TESTE

1. Assegurar que todos os quadros, tabelas, gráficos, e


outros documentos necessários à aplicação do teste
estarão presentes para uso rápido e eficaz;
2. Calibrar todo o equipamento necessário (ex:
metrónomo, ciclo ergómetro, passadeira,
esfigmomanómetro, adipómetros, etc.;
3. Organizar a sequência de testes de forma a
rentabilizar o tempo (evitar esperas e comprometer
grupos musculares);
4. Solicitar um consentimento informado por parte do
sujeito;
5. Manter a temperatura do local entre os 20-22°C e
uma humidade inferior a 60%

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CUIDADOS A TER QUANDO SE EFECTUAM


DIVERSOS TESTES
Dependendo do tipo de avaliações:
a) As avaliações em repouso como a PA, FC, altura, peso e
composição corporal, devem ser obtidas em primeiro lugar;
b) Avaliação da aptidão cardiorrespiratória;
c) Avaliação da força muscular;
d) Avaliação da flexibilidade;
e) O envolvimento deve ser controlado para permitir a validade
e fiabilidade dos testes.

q Ansiedade perante a
realização dos testes üO avaliador deverá conseguir
q Problemas psicológicos colocar os avaliados confortáveis e
q Comida no estômago relaxados (ambiente privado);
q Temperatura e ventilação da üOs procedimentos não deverão
sala ser apressados;
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INSTRUÇÕES PRELIMINARES À ALICAÇÃO DOS


TESTES
Vestir roupa confortável e que não seja limitativa dos
movimentos e procedimentos necessários durante os testes
de avaliação;
Beber muitos líquidos nas 24 horas que antecedem a
aplicação dos testes de forma a estarem perfeitamente
hidratados;
Evitar a realização de exercício ou actividade física intensa e
extenuante no dia do teste;
Dormir um número de horas adequado na noite prévia à
avaliação (6 a 8 horas);
Evitar comida, álcool, tabaco, cafeína pelo menos nas 3
horas que antecedem a avaliação;

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Deve-se enviar ao médico para acompanhar a prescrição


sempre que nos surja um cliente com:

Ø Operação ou problema cardíaco;


Ø Cirrose
Ø Comoção cerebral
Ø Flebites
Ø AVC
Ø Medicação para o coração, tensão arterial ou diabetes
Ø Dores sistemáticas no abdómen, perna, braço, ombro ou
peito
Ø Articulações endurecidas
Ø Desmaios e enjoos
Ø Falta de oxigénio em actividades que não implicam
cansaço

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Se o resultado das provas for:

FC repouso > 100


PAS repouso > 160
PAD repouso > 100
% de Gordura > 40 em ♀; > 30 em ♂
Colesterol/HDL > 5
Triglicerideos > 200
Capacidade Vital < 75% a predição

Deve-se igualmente recomendar um acompanhamento


médico

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Critérios para terminar o teste:

1. Obtenção do desempenho desejado

2. Complicações com o paciente ou do equipamento


a) Sinais e sintomas consistentes com diretrizes para a
interrupção do teste

b) Respostas anormais ao exercício (dispneia, angina,


sinais de isquemia no ECG, queda pressão sanguínea).

c) Falha no equipamento.
d) O paciente pede para parar.

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INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Tratamento dos dados – Escolha das equações


a usar, seleção das tabelas normativas a utilizar
para comparar os resultados, etc

Ter em consideração:
ØSer adequado ao teste utilizado;
ØIdade;
ØSexo;
ØHistorial do paciente;

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REPETIÇÃO DAS AVALIAÇÕES

o Metodologia - repetir os mesmos protocolos;

o Quando voltar a avaliar – quando tiver passado tempo


suficiente para obter alterações. Necessidade do
profissional dominar as adaptações fisiológicas induzidas
pelo exercício;
o Interpretação dos resultados – cuidado na análise dos
efeitos;

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RESISTÊNCIA CARDIO RESPIRATÓRIA


Relaciona-se com a capacidade de realização de exercício
envolvendo grandes grupos musculares, dinâmico, de
moderada a alta intensidade, por períodos de tempo
prolongados.
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Baixos níveis de capacidade cardiorespiratória têm


sido associados a um aumento significativo do risco de
morte prematura por causas múltiplas especificamente
por doença cardiovascular;

Aumento dos níveis de resistência cardiorespiratória


estão associados com a redução da morte por múltiplas
causas;

Altos níveis de resistência cardiorespiratória estão


associados com níveis mais elevados de actividade física
habitual, que por sua vez, está associada com benefícios
em termos de saúde;

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Consumo máximo de oxigénio (VO2max)

Indicador de resistência
cardiorespiratória

Produto do débito cardíaco máximo


(L/min) pela diferença arterio-venosa
em óxigénio (ml de O2/L de sangue)

Diferenças inter-individuais da
população resultam essencialmente a
diferenças no débito cardíaco
máximo

Depende significativamente da
capacidade funcional do coração

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COMO AVALIAR?
§ Espirometria de circuito aberto (Método Directo)

Utilizado essencialmente
em investigações ou
casos clínicos

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Métodos Indirectos

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TESTES SUB-MAXIMAIS
VERSUS
TESTES MAXIMAIS

Objectivos;
Do tipo de sujeito a ser testado;
Do tipo de equipamento apropriado;
De haver pessoal qualificado;

•Passadeira
•Ciclo ergómetro
•Step
•Corrida

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TESTES MAXIMAIS

Ø Implicam que o sujeito atinja a fadiga volitiva, pelo que


podem requerer a presença de pessoal médico e
equipamento de emergência;
Ø Proporcionam uma maior sensibilidade para diagnosticar
doenças coronárias em sujeitos assintomáticos;

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TESTES SUB-MAXIMAIS

Ø Verificar o efeito do exercício na FC em função do trabalho


executado, e com estes resultados predizer o VO2max
ØAssumem os pressupostos:
q Obtenção de um estado de equilíbrio para a FC em cada
patamar de esforço;
qA FC máxima para uma determinada idade é uniforme
(220 - anos);
q Existe uma relação linear entre a FC e o trabalho exigido;
q Uniformidade da FC para uma determinada idade;
q Eficiência mecânica (VO2 para um determinado trabalho)
é a mesma para todos os sujeitos;
qA FC varia de acordo com o nível de condicionamento
físico entre os sujeitos em qualquer carga de trabalho;
qOs sujeitos não podem estar sob efeitos de medicação
que altere a FC

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TESTES SUB-MAXIMAIS

HR vs. Age

240
HR (beats/min)

190
HR - max
140

90
10 20 30 40 50 60 70 80
Age (years)

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TESTES SUB-MAXIMAIS

Relação entre a FC e a carga

190
170
HR (bpm) 150 untrn
130 trn
110
90
0

0
00
00

00

00
30

60

90
12
15

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Workload (kgm/min

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TESTES SUB-MAXIMAIS

ü A FC varia entre os sujeitos;


ü A taxa de aumento da FC depende do nível de
condicionamento físico;
ü Quanto mais apto estiver, menor será a FC
em qualquer carga de trabalho;
ü Uma pessoa não treinada atingirá sua FC
máxima num nível mais baixo do que uma
pessoa treinada da mesma idade;

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FC e a intensidade do esforço

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MODOS PARA AVALIAR A RESISTÊNCIA


CARDIORESPIRATÓRIA
Testes de campo:
Cooper (12 minutos)
1 Milha
1,5 milhas
1 minuto a andar
Tapete rolante
6 minutos a andar

Step tests Ciclo ergómetros

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Testes de campo:
1 Milha a andar1
1,5 milhas a correr2
6 minutos a andar 3
1 VO2max (mL/kg/min) = 132.853 – 0.1692 (peso corporal em
kg) - 0.3977 (idade em anos) + 6.315 (género) – 3.2649
(tempo em minutos) – 0.1565 (FC)
(SEE= 5.0 mL/kg/min)
Género = 0 para feminino, 1 para masculino; FC retira-se no
final do tempo;

2 VO2max (mL/kg/min) = 3.5 + 483/(tempo em minutos)

3 VO2max (mL/kg/min) = [0.02 x distancia (m)] - [0.19] x


idade (anos) – [0.07 x peso (kg)] + [0.09 x altura (cm)] +
[0.26 x RPP (x 10-3)] + 2.45
SEE = 2.68
RPP = (FC x PAS em mmHg)

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Testes sub-máximos q 1 patamar


q vários patamares

FC Factores:
a) Ambientais
b) Diuréticos
c) Comportamentais

O modo de aplicar o teste (passadeira, ciclo


ergómetro,step) deve estar relacionado com a
actividade que o sujeito irá desenvolver

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PROCEDIMENTOS GERAIS PARA APLICAÇÃO DE TESTES


SUBMAXIMAIS
A FC e a PA de repouso deve ser avaliada imediatamente antes do
inicio do teste e na postura do exercício
O sujeito deve estar familiarizado com o ergómetro (postura correcta
seja ciclo, passadeira ou step)
Teste deve ter um aquecimento de 2-3 min para habituar o sujeito ao
ergómetro e prepará-lo para a intensidade do 1º patamar do teste
O protocolo específico deve contemplar em patamares de 2-3 min
com aumentos adequados em termos de carga
Em cada patamar, monitorizar a FC pelo menos 2 vezes (próximo do
final do 2º e 3º min). Se a FC > 110 bat/min, um estado de equilíbrio
(dif < 5 bat/min entre os dois registos) deve ser alcançado antes de
aumentar a carga
PA deve ser avaliada no final de cada patamar e repetida caso haja
uma resposta hipotensiva ou hipertensiva

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PROCEDIMENTOS GERAIS PARA APLICAÇÃO DE TESTES


SUBMAXIMAIS (CONT.)
A percepção subjectiva de esforço deve ser monitorizada perto do
final de cada patamar utilizando uma escala de 6-20 ou 0-10
Deve se monitorizar a aparência do sujeito
Terminar o teste quando atingir 70% FCRes (85% FCMax predita
pela idade), quando não consegue acompanhar as exigências
definidas pelo protocolo
Deve-se promover um adequado retorno à calma: ou continua a
pedalar com uma carga igual ou inferior à do 1º patamar; ou de
forma passiva (caso haja sinais de desconforto ou emergência)
Todas as observações fisiológicas (FC, PA, sinais, etc.) devem
continuar a ser vigiadas até 5 min após o términos do teste. Caso
surja alguma resposta anormal, esse período deve ser alargado
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