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net/publication/299412095
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Osteopathic Manipulative Treatment (OMT) and Circuit Resistance Training (CRT) in Heart Failure View project
Association between inspiratory muscle weakness and slowed oxygen uptake kinetics in patients with chronic obstructive pulmonary disease View project
All content following this page was uploaded by Paulo Eugênio Silva on 25 March 2016.
■■ INTRODUÇÃO
Diversas doenças agudas e crônicas interferem no funcionamento fisiológico de vários sistemas. Essas
alterações funcionais podem ser mensuradas por diferentes métodos de avaliação, sendo úteis para
a determinação da gravidade da alteração funcional, de estratégias terapêuticas e dos prognósticos.
Apesar das evidências científicas atuais, que demonstram a segurança do TCPE, bem como a
qualidade e a acurácia dos exames realizados por profissionais de saúde não médicos devidamente
capacitados, a literatura científica infelizmente diverge sobre a responsabilidade técnica e/ou
legal na realização das avaliações ergoespirométricas.
■■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste artigo, espera-se que o leitor seja capaz de:
Caso clínico
Conclusão
AJUSTES METABÓLICOS
Em geral, a energia é oriunda dos chamados complexos fosfatos de alta energia, sendo a
maioria disponível na forma de adenosina trifosfato (ATP). Para sustentar a contração muscular, o
organismo lança mão de uma ou da combinação de mais de uma das seguintes vias metabólicas:
■■ ATP-CP;
■■ via glicolítica;
■■ via oxidativa.
LEMBRAR
Na prática, nenhuma modalidade de atividade utiliza exclusivamente um tipo de via
metabólica. Uma das vias pode predominar em detrimento das outras, dependendo
da intensidade e/ou do tempo de exercício.2,3
A via oxidativa é a mais eficiente na produção de ATP e requer a utilização de oxigênio mitocondrial.
Os carboidratos e ácidos graxos são convertidos a acetil-CoA, que está envolvida na interação
de mecanismos metabólicos: ciclo de Krebs [produzindo dióxido de carbono (CO2) durante o seu
processo] e cadeia de transporte de elétrons mitocondrial, em que o hidrogênio fornecerá energia
para a ressíntese da adenosina difosfato (ADP) em ATP na presença de oxigênio (O2), formando
água como produto final dessa via.1,2,4
A grande vantagem do sistema anaeróbico é que ele independe da disponibilidade de
O2 na mitocôndria e do sistema de transporte, captação e utilização do O2 aos músculos
esqueléticos. A velocidade de formação de ATP é relativamente alta nesse sistema e as
suas reações ocorrem sem a presença de O2, mantendo a contração, porém, por um
período curto de tempo e produzindo ácido lático como produto final.3,4
AJUSTES VENTILATÓRIOS
O sistema respiratório tem como principal função fornecer a devida oxigenação arterial e remover
o CO2 proveniente do metabolismo. A resposta ventilatória ao exercício (VE, em L/min) está
intimamente relacionada aos determinantes do CO2, que são:
AJUSTES CARDIOVASCULARES
O débito cardíaco (DC) aumenta de forma linear durante o exercício (5L/min em repouso, para
até 25L/min durante o exercício). Esse aumento é intimamente relacionado ao incremento da
frequência cardíaca (FC), que ocorre quase linearmente ao aumento do VO2.1,3
O volume sistólico (VS) apresenta um rápido incremento nas fases iniciais do exercício (até
35-40% do VO2 máximo), por incremento do retorno venoso e do efeito de Frank Starling.
Paralelamente, a estimulação simpato-adrenérgica aumenta o inotropismo cardíaco, que também
auxilia no aumento do VS. Após esse aumento inicial do VS, o mesmo atinge um platô e o
incremento do DC depende mais do aumento na FC.1,2
O fluxo sanguíneo deve ser direcionado para as áreas ativas do exercício, sendo redirecionado
da área esplâncnico-visceral para os tecidos ativos (músculo, pele e coração), sem reduzir o fluxo
sanguíneo cerebral.1,2 Durante o exercício, os tecidos ativos extraem maior quantidade de O2,
reduzindo o conteúdo venoso de O2, com taxas de extração que podem atingir 85%.2,3
■■ INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
O TCPE tem por objetivo submeter o paciente ao estresse físico programado e personalizado,
com a finalidade de avaliar a resposta clínica/funcional, hemodinâmica, eletrocardiográfica
e metabólica ao esforço. Este exame possibilita ao profissional uma avaliação diagnóstica e
prognóstica das alterações funcionais cardiopulmonares e dos músculos estriados esqueléticos,
além da prescrição de exercícios e da avaliação objetiva dos resultados alcançados na reabilitação
cardiorrespiratória.
O TCPE deve ser sugerido à luz das evidências científicas, com indicações e
contraindicações precisas para que os pacientes possam se beneficiar com os
resultados obtidos.
Quadros 1 e 2.5,6
Quadro 1
Quadro 2
A) resposta ventilatória.
B) ajuste metabólico.
C) metabolismo.
D) demanda ventilatória.
Resposta no final do artigo
A) V – F – V.
B) F – V – F.
C) V – F – F.
D) F – V – V.
Resposta no final do artigo
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A) 70-75%.
B) 75-80%.
C) 80-85%.
D) 85-90%.
Resposta no final do artigo
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SALA DE TESTE
A sala de teste deve ser grande o suficiente para acomodar todos os equipamentos necessários
para a realização do TCPE, incluindo equipamentos de emergência, além de ter espaço adequado
para permitir a circulação de três profissionais caso precisem ter acesso ao paciente em uma
situação de emergência.8,9 Uma área reservada para o preparo do paciente também é importante,
constando de vestiário e banheiro.
LEMBRAR
O laboratório deve ser adequadamente iluminado, limpo e bem ventilado, com controle
da temperatura, umidade e pressão atmosférica. Assim, termômetro, higrômetro
e barômetro devem ser instalados na sala. Manter uma temperatura apropriada é
importante porque a FC e a percepção de esforço se elevam com o calor. Além disso,
a resposta cardiovascular torna-se variável quando a umidade excede 60% e, assim, a
combinação de calor e umidade interferirá no desempenho máximo.
EQUIPAMENTOS
Ergômetros
Esteira rolante
A esteira deve ser eletronicamente controlada e capaz de suportar cargas de, pelo menos,
150kg. Além disso, deve ter uma variação de velocidade mínima entre 1,6km/h e 12,8km/h, com
inclinação de, pelo menos, 15%. A plataforma de corrida deve ter dimensões mínimas de 127cm de
comprimento por 40cm de largura. Para segurança dos pacientes, faz-se necessária a presença
de suportes laterais e frontais para o apoio em caso de desequilíbrio.
A B
O cicloergômetro é uma ferramenta versátil, de menor custo e que oferta mais parâmetros
durante a realização da ergoespirometria. Além disso, é uma alternativa para os pacientes com
problemas ortopédicos, limitações neurológicas e com sobrepeso. É o ergômetro padrão para
realização do TCPE na Europa.
Uma grande vantagem é a possibilidade de mensuração da taxa de trabalho [do inglês work
rate (WR)], em watts, o que proporciona uma informação importante sobre respiração externa
em relação à celular (∆VO2/∆WR – será discutido posteriormente). Na avaliação em esteira, este
dado é impreciso porque a WR em watts é estimada.
Independente do tipo de cicloergômetro utilizado, este deve ser passível de ajuste tanto
da WR quando do incremento, de forma automática ou manual. O cicloergômetro deve
possibilitar regulagem da altura do selim, bem como da distância horizontal, além dos
ajustes do guidão tanto na horizontal como na vertical. O display com as informações
geradas pela pedalada deve ter tamanho apropriado e disposto em posição de fácil
leitura.8
A B
Figura 2 – A e B) Cicloergômetros.
Um tempo a mais despendido com a preparação da pele (tricotomia, limpeza e abrasão) irá resultar
em registros mais precisos. O posicionamento dos eletrodos de forma acurada e reprodutível
também ajudará a garantir a padronização do ECG. Além disso, cabos leves e blindados
suspensos de forma adequada irão proporcionar menos artefatos.
Esfigmomanômetro
A aferição da pressão arterial durante o exercício pelo método auscultatório ainda é a mais
simples e adequada para a sua monitoração. Existe uma variedade de equipamentos para a
mensuração automática da pressão arterial, mas estes dispositivos são mais caros e podem
realizar medidas erradas durante exercícios intensos em virtude da movimentação do avaliado.
Além disso, as medidas de pressão diastólicas podem não ser acuradas quando realizadas de
maneira automática. O laboratório deve ter manguitos de diferentes tamanhos, variando de 27 a
52cm, para atender desde crianças a adultos obesos.
Transdutores
Os transdutores para os testes de esforço são basicamente de dois tipos: a fluxo ou a volume.
Contudo, uma vez que a integração numérica pode ser empregada para calcular e corrigir a
relação não linear entre fluxo e volume por meio de microprocessadores, a escolha do tipo de
transdutor deixou de ser relevante.
LEMBRAR
Os transdutores utilizados para a realização do TCPE devem ser leves, ter pouco
espaço morto e baixa resistência nas variações de fluxo encontradas durante os
esforços. Além disso, não devem sofrer interferência ao efeito do vapor de água ou
da saliva, que podem se acumular durante o teste.
criticamente dependentes da precisão do sensor de fluxo do transdutor. Por essa razão, uma
calibração adequada é essencial e o software deve disponibilizar métodos fáceis, tanto para
mudanças nos fatores de calibração quanto para a verificação da precisão da calibração realizada
antes de cada teste. Os transdutores devem preencher os critérios de qualidade que estão
estabelecidos na literatura.10-12
LEMBRAR
Além da classificação dos transdutores em “a fluxo” ou “a volume”, estes são
descritos classicamente em quatro tipos: pneumotacógrafo, sensor de massa de
fluxo, tubo de Pitot ou transdutor de turbina. Informações mais detalhadas podem
ser encontradas no Guideline da American Thoracic Society (ATS).6
Analisadores de gases
Atualmente, dois tipos de analisadores são utilizados com mais frequência:
A B
Figura 3 – A e B) Analisadores de gases.
Fonte: Inbrasport (2014) 13 e Compek Medical Services (c2010). 14
LEMBRAR
Os resultados dos analisadores comumente não apresentam uma função linear da
concentração de gás e o computador precisa fazer a correção.
A sensibilidade dos analisadores ao vapor de água tem sido contornada utilizando tubo de
amostragem (polímero Nafion) que absorve a água. Portanto, o gás que alcança o analisador
contém pequena quantidade de vapor de água. Uma falha no processo de secagem do gás pode
ser uma fonte de erro na mensuração do VO2 e da produção de dióxido de carbono (VCO2).6
Oxímetro de pulso
Durante o TCPE deve ser realizada a monitoração contínua da saturação periférica de O2,
sendo este dado muito relevante, principalmente para avaliar o impacto das doenças pulmonares
no desempenho físico.
Embora seguro, o TCPE apresenta riscos potenciais, ainda que raros. Todo o laboratório de exercício
deverá ter um plano de emergência estabelecido, baseado nos protocolos universalmente aceitos da
American Heart Association para suporte básico e avançado de vida. Até mesmo a forma como serão
removidos os pacientes instáveis para um hospital adequado deverá estar prevista nesse plano.
Quadro 4
A) V – F – V.
B) F – V – F.
C) V – V – F.
D) F – V – V.
Resposta no final do artigo
A) deve ser grande o suficiente para acomodar, pelo menos, metade dos equipamentos
necessários para a realização do TCPE.
B) deve oferecer espaço suficiente para acomodar um equipamento de emergência de
escolha do profissional que realizará o teste.
C) deve permitir a circulação de um profissional caso precise ter acesso ao paciente em
situação de emergência.
D) deve ter uma área reservada para o preparo do paciente, como vestiário e banheiro.
Resposta no final do artigo
A) 50%.
B) 55%.
C) 60%.
D) 65%.
Resposta no final do artigo
A) termômetro.
B) anemômetro.
C) higrômetro.
D) barômetro.
Resposta no final do artigo
A) 18 e 20ºC.
B) 20 e 22ºC.
C) 22 e 24ºC.
D) 24 e 26ºC.
Resposta no final do artigo
12. Por que, durante testes ergoespirométricos, não é desejável a comunicação verbal
do paciente com o examinador?
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13. Quais especificações técnicas da esteira rolante devem ser levadas em consideração
para que o paciente realize um teste sem riscos?
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DIA DO EXAME
Preparação do paciente
A preparação da pele (limpeza e abrasão) deve ser realizada em todos os avaliados. Além disso,
os pacientes com pelos no tórax devem ser tricotomizados previamente à fixação dos eletrodos.
A escolha da interface adequada (bucal ou máscara) para a captação dos gases pode
fazer toda a diferença no resultado do exame.
A ingestão de pequena quantidade de água antes do início do teste pode gerar menos
ressecamento oral e tornar o teste menos desconfortável. Assim, somente após a confirmação de
que a interface está bem ajustada e confortável o teste deve começar.8
Existem diversos protocolos que podem ser utilizados para a realização do teste ergoespirométrico,
e a escolha do protocolo deve levar em consideração a característica da população, o nível de
aptidão física e a especificidade do exercício. A ATS e o American College of Chest Physicians
(ACCP) resumiram, em seu Guideline, 6os diversos protocolos existentes de forma didática,
considerando a forma com que a carga/esforço é aplicada, sendo estas:
Bruce (3min/estágio)
Rampa
Rampa de Bruce
1Mph 1min/estágio
Balke (% inclinação)
(1min/estágio)
Balke modificado
(1min/estágio)
Naughton modificado % Inclinação
Carga (kgf/min)
Carga (watts)
Velocidade (mph)
% Inclinação
Velocidade (mph)
% Inclinação
Velocidade (mph)
% Inclinação
25
Velocidade (mph)
% Inclinação
Velocidade (mph)
1.500 245 5,5 20 3 25 5,6 20 25 3 25 3 25
1.350 221 5 18 3 24 5,6 19 25 3 22,5 3 22,5
1.200 197 4,2 16 3 23 5,3 18 23 3 20 3 20
1.050 172 3,4 14 3 22 5 18 22 3 17,5 3 17,5
900 148 2,5 12 3 21 4,8 17 21 3 15 3 15
750 123 1,7 10 3 20 4,5 16 20 3 12,5 3 12,5
600 96 3 19 4,2 16 19 3 10 3 10
450 74 3 18 4,1 15 18 3 7,5 3 7,5
300 49 3 17 3,6 14 17 3 5 2 10,5
150 24 3 16 3,4 14 16 3 2,5 2 7
3 15 3,1 13 15 3 0 2 3,5
3 14 2,6 12 14 2 0 1,5 0
3 13 2,5 12 13 1 0
3 12 2,3 11 12
3 11 2,1 10 11
3 10 1,7 10 10
3 9 1,3 5 9
LEMBRAR
O tempo adequado para a manutenção de um protocolo tem sido considerado entre
8 a 12 minutos,15,16 pois, neste período, a maioria dos sujeitos alcança o seu maior
valor de VO2.17
12,5
12 12 10,5 1,0
8 8 7 7,5
1%/min
4 4 3,5
1 3,5
0 Velocidade constante 0
0 4 8 12 16 20 24 28 0 4 8 12 16 20 24 28
TEMPO (min) TEMPO (min)
Protocolo de rampa
O protocolo de rampa tem início com cargas mínimas e incremento contínuo de velocidade e/
ou de inclinação em intervalos de tempo constantes e reduzidos (de 1 a 60 segundos). A taxa de
incremento é definida a partir dos dados de capacidade física do sujeito a ser avaliado, a fim de
que o protocolo leve-o à exaustão em um período de tempo aproximado de 10 minutos.
PROTOCOLOS EM CICLOERGÔMETRO
Os protocolos em cicloergômetro têm a sua carga de potência quantificadas em watts (W), ou
kilogramametro/min (kgm/min), em que 1W = 6,12kgm/min.
Rampa
Os protocolos de rampa em cicloergômetro são os mais utilizados em pacientes com limitação
funcional. Utiliza-se, em geral, carga inicial entre 0 e 25W, sendo esta incrementada em taxas que
variam de 5 a 25W/min, até a exaustão.7,15
10 W/min
0 0
10min 6min
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
TEMPO (min) TEMPO (min)
ATIVIDADE
16. Que medidas podem ajudar a minimizar a ansiedade do paciente antes do TCPE?
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
A) V – V – F – V.
B) F – F – V – V.
C) V – F – V – F.
D) V – V – F – F.
Resposta no final do artigo
18. Existem diversos protocolos que podem ser utilizados para a realização do teste
ergoespirométricom, e a escolha do protocolo deve levar em consideração a
característica da população, o nível de aptidão física e a especificidade do exercício.
Nesse sentido, correlacione as colunas a partir da forma com que a carga/esforço é
aplicada.
A) 1 – 2 – 4 – 3.
B) 4 – 1 – 2 – 3.
C) 2 – 3 – 4 – 1.
D) 3 – 4 – 2 – 1.
Resposta no final do artigo
............, pois, neste período, a maioria dos sujeitos alcança o seu maior valor de VO2.
A) 2 e 8 minutos.
B) 8 e 12 minutos.
C) 12 e 20 minutos.
D) 20 e 26 minutos.
Resposta no final do artigo
20. Qual protocolo é realizado em esteira ergométrica, iniciando com cargas equivalentes
a 5 METS e incrementos a cada 3 minutos?
A) Rampa.
B) Carga constante.
C) Naughton.
D) Bruce.
Resposta no final do artigo
Em geral, a potência é expressa em watts (1W = 1J/s ou 1Nm/s). O valor da taxa de incremento
proposta para o protocolo pode influenciar diretamente na WR atingida ao final do teste. Os
protocolos com incrementos excessivamente rápidos ou excessivamente lentos podem levar a
potências máximas diferentes para o mesmo indivíduo. 1,6,20-24
CONSUMO DE OXIGÊNIO
Calculado como a diferença de O2 inspirado e expirado, o VO2 é determinado pela
demanda celular de O2 até um nível em que seja equivalente à taxa de transporte de O2,
sendo medida de forma absoluta (mL/min ou L/min) ou em função da massa corporal
(relativa) (mL/kg/min).
O VO2max é determinado quando o aumento da carga de trabalho não consegue mais promover o
aumento no VO2, havendo, então, um platô na curva de incremento do VO2. Este platô, na prática,
é representado por variação do VO2 menor do que o previsto para a carga de trabalho imposta.
LEMBRAR
Valores menores do que 150mL/min ou, ainda, mais baixos (< 50mL/min) são
encontrados na literatura. Estas diferenças em relação ao critério para a identificação
do platô podem ser justificadas pelo protocolo escolhido ou, ainda, pela massa
corporal do sujeito avaliado.25
Em situações clínicas, a obtenção de um platô de VO2 nem sempre é possível antes que os
sintomas limitem o exercício. Consequentemente, o pico de consumo de oxigênio (VO2pico) é
utilizado com frequência como referência ao VO2max. O VO2pico é o valor mais alto de VO2 atingido
em um teste de carga incremental.
A VCO2 pode ser definida como o volume de CO2 adicionado ao ar inspirado pela
ventilação pulmonar em um determinado período de tempo. Calculado, portanto,
como a diferença entre o volume de CO2 inspirado e expirado.
LEMBRAR
O VCO2 será maior quanto mais elevada for a ventilação alveolar para uma dada
taxa de produção periférica de CO2 (hiperventilação) e/ou maior for a contribuição
anaeróbia para a geração de ATP, uma vez que mais lactato será tamponado e,
portanto, mais CO2 liberado por unidade de tempo.
Os valores isolados de VCO2, tanto no exercício máximo como submáximo, apresentam escassa
importância prática; porém, quando relacionados dinamicamente ao VO2 e à ventilação, fornecem
importantes informações quanto à detecção não invasiva do limiar de lactato e à adequação da
resposta ventilatória para a demanda metabólica periférica.
A taxa de troca respiratória [do inglês respiratory exchange rate (R ou RER)] reflete
a razão entre a VCO2 e o VO2 medidos no ar expirado (VCO2/VO2).
O valor de R será maior quanto mais rápido for o incremento da carga para o nível de aptidão do
indivíduo e/ou maior for a utilização de carboidratos na mistura de substratos sendo metabolizada
(mais CO2 é liberado por ATP regenerado quando a mistura sendo “queimada” é rica em carboidratos).
O volume minuto expirado (VE) constitui o volume de ar exalado por minuto (L/min).
O limiar anaeróbico (LA), também conhecido como limiar de lactato, limiar ácido lático,
limiar de troca gasosa ou limiar ventilatório, é considerado um estimador da ocorrência de
acidose metabólica, em que o metabolismo aeróbio é complementado pelo metabolismo
anaeróbico, com a finalidade de suprir a demanda cardiorrespiratória, e é refletido pelo
aumento de lactato e da relação lactato/piruvato no sangue arterial e músculo.
L/min
4
○
V CO2 (●)
○
V O2 (○)
3
2 LA
0
0 3 6 9 12 15 18
Tempo (min)
Figura 6 – LA.
Fonte: Wasserman e colaboradores (2012).21
carga, maior a sensibilidade dos receptores carotídeos ao pH e mais baixo o ponto de ajuste do CO2),
a resposta hiperventilatória à acidose metabólica se inicia para promover a alcalose respiratória
compensatória, caracterizando o chamado ponto de compensação respiratória (PCR) (Figura 7).
170 VE
160
Ponto de
150
140 Compensação
130 Respiratória
120
110
100
90
l(min)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 5 10
t(min)
Figura 7 – PCR.
Fonte: Ramos e colaboradores. (2013).31
L/min
70
○ ○
VE/ V CO2 (●)
○ ○
60 VE/ V O2 ( ○)
50
LA
40
30
20
0 3 6 9 12 15 18
Tempo (min)
Figura 8 – Equivalentes ventilatórios de O2 e CO2.
Fonte: Wasserman e colaboradores (2012).21
Em teoria, o momento em que ocorre o VE/VO2 mínimo representa a melhor relação ou integração
entre os sistemas respiratório e cardiovascular ou ventilação-perfusão, podendo ser denominado
ponto ótimo cardiorrespiratório (POC).
Uma característica importante do POC é que, ao contrário da grande maioria de outros índices
ou variáveis ventilatórias obtidas ou calculadas no TCPE, para a sua obtenção não é necessária
a realização de um esforço máximo. Hipoteticamente, o POC é muito menos dependente do
avaliador e, muito provavelmente, da escolha do protocolo ou da razão incremental do esforço,
proporcionando, assim, maior facilidade e precisão para a sua determinação.
VE 1
=
VCO2
PaCO2 [1 – ( VdVt ( ]
Clinicamente, maiores valores de taxa de variação (slope) da VE/VCO2 podem ser taxados como
ineficiência ventilatória, ou seja, uma resposta ventilatória maior do que a esperada para uma
dada demanda metabólica. A taxa de variação da ventilação em relação ao CO2 será maior
quanto maior for o “desperdício” ventilatório no espaço morto (seja porque o VC não aumenta
satisfatoriamente e/ou o espaço morto fisiológico eleva-se) e/ou mais baixo for o ponto de ajuste
do CO2 (porque é preciso ventilar mais para manter um CO2 já baixo).
LEMBRAR
Quanto menor o VE/VCO2 slope, maior a eficiência ventilatória.
mmHg
140
PEF O2
120
100
LA
80
60
PEF CO2
40
20
0 3 6 9 12 15 18
Tempo (min)
A razão entre a variação do VO2 e a variação da taxa de trabalho (ΔVO2/ΔWR) reflete a eficiência
da conversão metabólica de energia química em energia mecânica no musculoesquelético. Esta
variação normalmente encontra-se entre 8,5 e 11mL/min/watt. Dessa forma:
Para uma mensuração acurada, qualquer atraso na elevação do VO2 no início do teste
ou um eventual platô perto do final do esforço devem ser descartados (Figura 10).
3500 3500
3000 3000
Consumo de oxigênio (mL .min-1)
2500 2500
2000 ◦ 2000
∆VO2
◦
1500 1500 ∆VO2
1000 1000
∆WR
500 500
∆WR
0 0
0 50 100 150 200 250 0 50 100 150 200 250
Taxa de trabalho (W) Taxa de trabalho (W)
Figura 10 – Eficiência metabólica.
Fonte: Ramos e colaboradores (2013).33
LEMBRAR
Quanto maior a ΔVO2/ΔWR, maior a eficiência metabólica.
PULSO DE OXIGÊNIO
O pulso de oxigênio (PuO2) é calculado pela divisão do VO2 pela FC, identificados de
forma simultânea. Analisando a equação de Fick: VO2 = DC x (CaO2 – CvO2) e assumindo
que DC = FC x VS, tem-se, então: VO2/FC = VS x (CaO2 – CvO2), ou seja, PuO2 = VS x
(CaO2 – CvO2). Esta medida corresponde ao volume de O2 consumido perifericamente
em cada batimento do coração.
Analisando a fórmula, vê-se que a medida é extremamente útil porque é igual ao produto do VS
e da diferença arteriovenosa do conteúdo de O2, mantendo uma relação direta com estas duas
variáveis, ou seja, as variações no PuO2 indicam variações do VS e/ou da extração periférica de
O2 pelos tecidos.
LEMBRAR
O aumento do PuO2 no início do exercício depende, primariamente, do aumento do
VS; em seguida, à medida que a carga de trabalho aumenta, o PuO2 se eleva pelo
aumento da diferença arteriovenosa do conteúdo de O2.
Alguns modelos matemáticos foram desenvolvidos na tentativa de uma medida mais acurada do
VS por meio do PuO2. Estudos com sujeitos saudáveis sugeriram que o “PuO2 assintótico”, que é
o produto de 1/CaO2 pela variação da relação de VO2/FC, ao invés do máximo de PuO2 atingido,
pode fornecer uma estimativa mais confiável do VS durante o teste de esforço incremental.
EFICIÊNCIA CARDIOVASCULAR
A FC se eleva junto com o aumento do VO2 durante o incremento da carga de trabalho. As
elevações na FC são inicialmente mediadas por uma queda no tônus vagal (diminuição da
atividade parassimpática) e, de maneira subsequente, quase que exclusivamente por aumento
da atividade simpática.
LEMBRAR
Em geral, a relação entre a FC e o VO2 não é linear a baixas cargas de trabalho, se
tornando relativamente linear à medida que a carga de trabalho aumenta até o máximo.
Analisando a Figura 11, pode-se observar que uma redução da oferta e/ou extração de O2 (situações
patológicas) repercutem com desvio da curva para a esquerda, indicando maior necessidade de
variação da FC para dada variação do VO2 (pior eficiência cardiovascular).
200
Máximo predito
160
120
FC (bpm)
80
Máximo predito
40
0
0 1 2 3 4 5
· (L/min)
VO 2
LEMBRAR
Quanto menor a ΔFC/ΔVO2, maior a eficiência cardiovascular.
21. Qual variável reflete a razão entre a produção de CO2 e o VO2 medidos no ar expirado?
A) VO2.
B) VCO2.
C) Taxa de troca gasosa.
D) LA.
Resposta no final do artigo
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............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
A) ΔVE/ΔVO2.
B) PuO2.
C) ΔFC/ΔVO2.
D) ΔVO2/ΔWR.
Resposta no final do artigo
25. O fluxo de O2 pelos fluidos corporais segue os princípios descritos pelo fisiologista
alemão Adolph Fick. Qual fórmula descreve os achados de Fick?
A) disfunção cardiovascular.
B) baixa eficiência cardíaca.
C) grande eficiência cardiovascular.
D) grande eficiência ventilatória.
Resposta no final do artigo
Conforme discutido anteriormente, sabe-se que o LA é muito mais complexo, envolvendo também
o aumento da acidose por elevação do CO2, subproduto da formação de ATP, redução do pH
celular, hiperventilação, baixa oferta de O2 tissular e desbalanço no recrutamento das fibras
musculares oxidativas e glicolíticas.26
LEMBRAR
O PCR, por sua vez, ocorre com intensidades superiores aquelas onde ocorre o LA.
Nesta fase, diversos estímulos ventilatórios estão ocorrendo de forma simultânea,
tais como queda do pH produzido pela acidose lática e aumento na pCO2. Como
resultado, a ventilação pulmonar se eleva de maneira abrupta.
O TCPE é considerado um método não invasivo para se identificar o LA, a partir da observação do
comportamento do VCO2 e VE, em relação ao VO2 frente ao protocolo de exercício. Existem vários
métodos para a determinação do LA, sendo que dois serão apresentados neste artigo, a seguir.
120
40
80
30
40
0 0
0 25 50 75 100
Potência (W)
VE/VO2 PEFO2 (mmHg)
VE/VCO2 PEFCO2 (mmHg)
Figura 12 – Método dos equivalentes ventilatórios para a identificação
de LA e PCR.
Fonte: Mezzani e colaboradores. (2009).39
MÉTODO V-SLOPE
A determinação do LA a partir do método V-Slope, proposto pelo grupo do Professor Wassermam
em 1986 e atualizado em 1988, tem como objetivo identificar no gráfico da relação entre o VO2
(eixo X) e VCO2 (eixo Y) a perda da linearidade observada no início do exercício, quando o
VCO2 passa a se elevar de forma mais acelerada do que o VO2, ponto este denominado de S1. À
medida que o exercício prossegue ainda em aumento da intensidade, o VCO2 passa a se elevar
novamente, de forma ainda mais acelerada, ponto este denominado S2.
A acurácia do método V-Slope está intimamente relacionada com o fato de esta
inclinação na curva não estar ocorrendo em virtude da hiperventilação. Desta forma,
a observação do VE/VCO2 e PETCO2, durante as transições S1 e S2, é de extrema
importância30,31(Figura 13).
4,0
VO2 (L/min - STPD)
3,0
S2
2,0
S1
•
1,0 LA
0,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0
•
VO2 (L/min - STPD)
Figura 13 – Método V-Slope para a identificação de LA.
Fonte: Neder e Nery (2002).1
Tabela 4
ATIVIDADE
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
30. Qual o método de determinação do LA que tem como objetivo identificar, no gráfico
da relação entre o VO2 (eixo X) e VCO2 (eixo X), a perda da linearidade observada
no início do exercício, quando o VCO2 passa a se elevar de forma mais acelerada
do que o VO2?
A) V-Slope.
B) Equivalentes ventilatórios.
C) Pressões expiratórias finais.
D) Taxa de troca gasosa.
Resposta no final do artigo
31. No que diz respeito às principais variáveis analisadas no TCPE, qual equação
representa o PuO2 (mL/sist) para o gênero masculino?
ATIVIDADE
32. Baseado nas equações e nos valores de referência, qual o percentual do previsto
atingido pelo indivíduo do caso clínico em cada variável?
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
............................................................................................................................................
Resposta no final do artigo
■■ CONCLUSÃO
O TCPE é uma ferramenta de avaliação cardiorrespiratória completa, visto que permite a análise
simultânea do desempenho de diversos sistemas (isolados ou em conjunto), devendo ser utilizada
sempre que possível. É padrão-ouro para determinação do VO2, intolerância ao exercício, dispneia
inexplicada aos esforços, determinação de prognóstico em diversas doenças crônicas, além
de nortear com muita precisão a prescrição de exercícios físicos. O seu uso pelo profissional
fisioterapeuta tem crescido muito nos últimos anos, o que pode ser avaliado pelo grande número
de publicações de estudos científicos com emprego dessa ferramenta e pelo aumento crescente
de serviços nos quais o fisioterapeuta é responsável por este exame.
Atividade 1
Resposta: C
Atividade 2
Resposta: C
Comentário: Para sustentar a contração muscular, o organismo lança mão de uma ou da combi-
nação de mais de uma das seguintes vias metabólicas: ATP-CP, via glicolítica e via oxidativa. A via
oxidativa é a mais eficiente na produção de ATP e requer a utilização de O2 mitocondrial.
Atividade 4
Resposta: B
Atividade 5
Resposta: D
Comentário: Como o indivíduo já apresenta sinais de isquemia em repouso, não seria indicado
submetê-lo ao esforço, primeiramente, em virtude do elevado risco de complicações e eventual
óbito durante a realização do exame e, segundo, porque talvez o principal dado a ser investigado
para este paciente já é conhecido (isquemia). As demais contraindicações são relativas, onde
deve-se pesar a relação entre o risco e o benefício da execução do exame.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: O TCPE é uma ferramenta que provê informações diagnósticas e prognósticas, além
de avaliar a capacidade funcional do indivíduo.
Atividade 8
Resposta: D
Comentário: A sala de teste deve ser grande o suficiente para acomodar todos os equipamen-
tos necessários para a realização do TCPE, incluindo equipamentos de emergência, além de
ter espaço adequado para permitir a circulação de três profissionais caso precisem ter acesso
ao paciente em uma situação de emergência. Uma área reservada para o preparo do paciente
também é importante, constando de vestiário e banheiro.
Atividade 9
Resposta: C
Atividade 10
Resposta: C
Atividade 11
Resposta: B
Atividade 14
Resposta: D
Atividade 17
Resposta: A.
Comentário: A ingestão de pequena quantidade de água antes do início do teste pode gerar menos
ressecamento oral e tornar o teste menos desconfortável.
Atividade 18
Resposta: B
Atividade 19
Resposta: B
Atividade 20
Resposta: D
Comentário: Entre os protocolos em estágio utilizados para a avaliação da capacidade cardiorrespi-
ratória, o protocolo de Bruce é o mais utilizado; entretanto, a sua carga inicial estimada em 5METS
(equivalente a 5 x 3,5mL de O2/kg/min) pode ser excessiva para os pacientes com disfunção
moderada. Além disso, as fases do protocolo possuem longa duração (3 minutos), podendo induzir
a estabilização durante o exercício, o que pode interferir na qualidade do VO2max atingido.
Atividade 21
Resposta: C
Comentário: A taxa de troca gasosa (R) reflete a razão entre a liberação de CO2 e a captação de
O2 pulmonares medidos no ar expirado (VCO2/VO2). R > 1,0 indica metabolismo com “queima” de
carboidratos; R < 1,0 indica metabolismo com mistura de “queima” de carboidratos e lipídios (R em
torno de 0,7) ou proteínas (R em torno de 0,8).
Atividade 24
Resposta: D
Comentário: A variação de ΔVO2/ΔWR reflete a eficiência da conversão metabólica de energia
química em energia mecânica no musculoesquelético. Esta variação é normalmente entre 8,5
a 11mL/min/watt. As respostas e os valores normais indicam adequado custo metabólico para a
produção de energia mecânica. As repostas e os valores abaixo dos normais são indicativos de
disfunção circulatória e/ou mitocondrial.
Atividade 25
Resposta: D
Comentário: Os achados do fisiologista alemão Adolph Fick sugerem que o VO2 relaciona-se
diretamente com o DC e a diferença arteriovenosa de O2.
Atividade 26
Resposta: C
Comentário: A relação entre a FC e o VO2 geralmente não é linear a baixas cargas de trabalho, se
tornando relativamente linear à medida que a carga de trabalho aumenta até o máximo. Quanto
menor ΔFC/ΔVO2, maior a eficiência cardiovascular.
Resposta: D
Atividade 29
Resposta: B
Atividade 30
Resposta: A
Comentário: A determinação do LA a partir deste método proposto pelo grupo do Professor
Wassermam em 1986 e atualizado em 1988 tem como objetivo identificar no gráfico da relação
entre o VO2 (eixo X) e o VCO2 (eixo Y) a perda da linearidade observada no início do exercício,
quando o VCO2 passa a se elevar de forma mais acelerada do que o VO2, ponto este denominado
de S1. À medida que o exercício prossegue ainda em aumento da intensidade, o VCO2 passa a se
elevar novamente, de forma ainda mais acelerada, ponto este denominado S2.
Atividade 31
Resposta: C
Atividade 32
Resposta: Com base nos valores previstos, tem-se: pico de VO2 = 95% do previsto; VE = 86%
previsto; PuO2 = 100% do previsto; VE/VO2 no LA = 81% do previsto; VE/VCO2 no LA = 65% do
previsto; POC = 88% do previsto; ∆VO2/∆WR = 65% do previsto; ∆FC/∆VO2 = 88% do previsto;
VE/VCO2 slope = 92% do previsto; e OUES = 75% do previsto.
■■ REFERÊNCIAS
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