Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sobral/2016
Bruna Vieira Gomes
PRIMEIROS
SOCORROS
2ª Edição
Sobral/2016
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação
Pedagógica
Primeiros Socorros 5
Sumário
Palavra do Professor-autor.................................................................................... 09
Sobre os autores...................................................................................................... 13
Ambientação............................................................................................................ 15
Trocando ideias com os autores............................................................................ 17
Problematizando .................................................................................................... 19
Abordagem primária.........................................................................................................................35
Abertura das Vias Aéreas com estabilização da Coluna Cervical.....................................36
Boa respiração......................................................................................................................................37
Circulação com controle de hemorragias.................................................................................40
Déficit neurológico.............................................................................................................................40
Exposição com controle ambiental..............................................................................................42
Transporte..............................................................................................................................................42
Parada cardiorrespiratória...............................................................................................................49
Trauma de tórax e abdome.............................................................................................................55
Conduta do trauma............................................................................................................................56
Ferimentos.............................................................................................................................................57
Entorses, luxações e fraturas..........................................................................................................61
Entorses..................................................................................................................................................61
Conduta nas entorses.......................................................................................................................62
Luxações.................................................................................................................................................62
Fraturas...................................................................................................................................................6 3
Como imobilizar ?...............................................................................................................................6 4
Choque....................................................................................................................................................6 6
Condutas no Choque........................................................................................................................6 7
Hemorragias.........................................................................................................................................6 8
Principais causas de hemorragias.................................................................................................7 0
Condutas gerais na hemorragia....................................................................................................7 1
Torniquetes............................................................................................................................................7 4
Hipertermia...........................................................................................................................................7 4
Conduta na hipertermia...................................................................................................................7 5
Insolação................................................................................................................................................7 5
Conduta na insolação........................................................................................................................7 5
Queimaduras........................................................................................................................................7 6
Convulsão..............................................................................................................................................7 9
Afogamento..........................................................................................................................................8 1
Corpo estranho....................................................................................................................................8 2
Cólica renal............................................................................................................................................8 5
Coma diabético....................................................................................................................................8 5
Descarga elétrica.................................................................................................................................8 7
Desmaio..................................................................................................................................................8 8
Embriaguez............................................................................................................................................8 8
Acidente com animais.......................................................................................................................9 0
Serpentes...............................................................................................................................................9 0
Escorpiões..............................................................................................................................................9 2
Envenenamento...................................................................................................................................9 3
Leitura Obrigatória...........................................................................................99
Revisando..........................................................................................................101
Autoavaliação...................................................................................................105
Bibliografia......................................................................................................109
Bibliografia Web.............................................................................................111
8 Primeiros Socorros
Palavra do Professor autor
Caro estudante!
O que você entende por primeiros socorros? Vamos ver o que significa? Os
primeiros socorros são os primeiros cuidados prestados ao paciente logo após ter
sofrido um acidente ou um ferimento até a chegada de ajuda profissional. São pro-
cedimentos simples que visam manter as funções vitais do acidentado e evitar com-
plicações ou até mesmo o óbito. As ocorrências mais comuns são atendimento de
vítimas de acidentes automobilísticos, incêndios, afogamentos, catástrofes naturais,
acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas que passem mal, vítimas
de ataque cardíaco, ataques epilépticos, convulsões, etc.
Como resultado desta aprendizagem você estará apto a realizar uma aborda-
gem adequada, rápida e com segurança, em situações de primeiros socorros.
Primeiros Socorros 9
É importante todas as pessoas terem o mínimo de conhecimento em primeiros
socorros, pois qualquer um pode passar por situações adversas e necessitar prestar
primeiros socorros a alguma pessoa. Com conhecimento e segurança poderemos
prestar um socorro adequado.
Os autores.
Sobre os autores
Primeiros Socorros 11
José Jeová Mourão Netto, mestre em Saúde da Fa-
mília (FIOCRUZ/UVA). Enfermeiro da Estratégia de Saúde da
Família (Sobral/CE). Especialista em Saúde do Adolescente
(UVA) e em Saúde da Família (UFC). Experiência profissional
nos níveis de atenção primária, secundária e terciária bem
como na docência em nível técnico, graduação e pós-gradu-
ação na área de Enfermagem e Saúde da Família.
12 Primeiros Socorros
Primeiros Socorros 13
AMBIENTAÇÃO À
DISCIPLINA
Este ícone indica que você deverá ler o texto para ter
uma visão panorâmica sobre o conteúdo da disciplina. a
Os acidentes são acontecimentos que advém independente da vontade das
pessoas, e a necessidade de socorro imediato é algo que depende de profissionais
aptos e prontos a ajudarem, cabem às vítimas um pouco de paciência até o socorro
chegar ao local necessário.
Como indicação sugerimos que leia o livro Drauzio Vallera – Guia Prático de
Saúde e Bem-Estar – Primeiros Socorros – Acidentes, dos autores Drauzio Vallera
e Carlos Jardim publicado em 2009. Neste livro os autores abordam de maneira
clara e didática o papel do socorrista e os procedimentos de primeiros socorros em
vítimas de acidentes domésticos, de trabalho e de transito.
Primeiros Socorros 15
ti
TROCANDO IDEIAS
COM OS AUTORES
A intenção é que seja feita a leitura das obras indicadas
pelos(as) professores(as) autores(as), numa tentativa de
dialogar com os teóricos sobre o assunto.
Agora é o momento de você trocar ideias com os autores
VARELLA, DRAUZIO; JARDIM, CARLOS. Primeiros socorros. São Paulo: Claro Enigma,
2011. 63 p. ISBN 978-85-61041-65-6
Após a leitura deste livro, sugerimos que trace as informações que mais
lhe chamou atenção e dê sua opinião crítica sobre as mesmas, em seguida
compartilhe no ambiente virtual.
Primeiros Socorros 17
PROBLEMATIZANDO
É apresentada uma situação problema onde será feito
um texto expondo uma solução para o problema
abordado, articulando a teoria e a prática profissional. PL
Sabemos que os acidentes ocorrem de forma inesperada, esteja quem estiver
por perto e nem sempre são necessários procedimentos complicados no socorro ao
acidentado.
Como de costume, nos finais de semana a turma bate uma bolinha no cam-
pinho do bairro e durante o jogo deste final de semana um jogador é atingido pela
bola com força no rosto e cai. Levanta e sente-se tonto e uma das narinas sangra.
A bola não tem peso suficiente para causar maiores danos à saúde do jo-
gador? Sangrar após uma pancada no rosto é bom, pois sai o sangue ruim? Se o
sangramento fosse pela boca o trauma seria mais grave? Ou sentaria a vítima com
a cabeça abaixada, aplicaria uma compressa fria no nariz e depois chamaria uma
ambulância?
Primeiros Socorros 19
APRENDENDO A PENSAR
O estudante deverá analisar o tema da disciplina
em estudo a partir das ideias organizadas pelos
professores autores do material didático.
Ap
1
ETAPAS BÁSICAS EM PRIMEIROS
SOCORROS
CONHECIMENTOS
Compreender as principais etapas ao prestar os primeiros socorros
a uma vítima de acidente clínico ou traumático;
Conhecer os perigos do trabalho no atendimento adotando
medidas de biossegurança.
HABILIDADES
Posicionar-se criticamente em relação ao conhecimento científico
adquirido enquanto espaço de aprendizagem;
Analisar os processos de atendimento adotados durante o estudo desta unidade.
ATITUDES
Realizar uma abordagem adequada, rápida e segura em situações
de Primeiros Socorros;
Ter ética, domínio dos conteúdos, habilidade manual, equilíbrio emocional
e agilidade.
Primeiros Socorros 21
Primeiros Socorros
São uma série de procedimentos simples e imediatos que devem ser prestados
rápida e adequadamente a uma vítima de acidente ou mal súbito. Tais cuidados têm
como finalidade manter as funções vitais em situações de emergência e evitar o
agravamento das condições da vítima e lesões, podendo ser aplicados por pessoas
treinadas para esta finalidade, até a chegada da assistência especializada.
22 Primeiros Socorros
ou redução da gravidade de lesões na vítima e a sua condução ao tratamento
especializado. Considera-se atribuição de um socorrista a aptidão para ministrar
atendimentos de emergência, estabelecendo um tratamento imediato e eficiente às
vítimas.
Importante !
Primeiros Socorros 23
Avaliação da cena do acidente
24 Primeiros Socorros
Há vários questionamentos que poderão ajudar na abordagem da situação.
A avaliação do acidentado
Primeiros Socorros 25
alterações na postura da vítima, sem antes definir cautelosamente a melhor conduta
e transporte apropriado para o caso.
26 Primeiros Socorros
Em seguida realizar uma breve análise das diversas partes do corpo, evitando
exposição e movimentos desnecessários do acidentado. Os elementos do exame
primário e secundário devem ser memorizados na sua sequência lógica a fim de
facilitar a assistência e a correção das gravidades.
Temperatura
Axilar 36 a 36,8
Inguinal 36 a 36,8
Bucal 36,2 a 37
Retal 36,4 a 37,2
Tabela 1: Valores esperados para temperatura do corpo humano por região examinada.
Primeiros Socorros 27
Verifica-se a temperatura nas regiões axilar, inguinal, bucal e retal.
Contraindica-se a verificação da temperatura quando está sendo influenciada
por agentes externos ou quando, para sua aferição são necessárias mobilizações
que possam agravar a condição do paciente ou causar alguma lesão. Eis algumas
dessas situações: após ingestão de líquidos quentes ou frios, principalmente em
crianças; pacientes inconscientes; queimaduras nas áreas de verificação; fratura
dos membros; exposição a calor intenso ou a ambientes excessivamente frios. A
temperatura também pode ser afetada por infecções, pela presença de tumores, em
casos de acidente vascular e traumático ou por qualquer mecanismo que desajuste
a regulação térmica do corpo.
28 Primeiros Socorros
Pulso
Onda gerada pela pressão do sangue sobre uma artéria, regularmente ritmada
pelos batimentos cardíacos, sendo de fácil palpação. Ele pode sofrer alterações
conforme a idade, como veremos na Tabela 3.
Taquicárdico (acelerado);
Normal;
Bradicárdico (lento);
Sinusal (regular);
Arrítmico (irregular).
A técnica para verificar o pulso do paciente consiste em, com o dedo indicador
e médio, palpar a artéria desejada, acomodando o membro escolhido em posição
adequada. Em casos emergenciais, verificar preferencialmente os pontos centrais
e radial. Imprimir uma pressão suficiente para sentir a pulsação sob os dedos sem
causar restrição do fluxo sanguíneo no local. Identificar, além da frequência, outros
Primeiros Socorros 29
parâmetros citados na tabela anterior. O dedo polegar, por apresentar pulsação
própria, pode confundir o examinador e deve ser evitado ao se palpar uma artéria.
A frequência do pulso deve ser contada em minuto. São permitidas verificações em
frações de tempo menores para pacientes com ritmo regular. A regularidade pode
ser verificada de 5 em 5 segundos, ou seja, contar quantas vezes o pulso é sentido
neste período para determinar se a cada 5 segundos o paciente apresenta o mesmo
número de batidas. Exemplificando uma pessoa que apresenta em 5 segundos 8
pulsações, nos 5 segundos seguintes mais 8, nos seguintes mais 8, mostra uma
regularidade de ritmo.
30 Primeiros Socorros
Respiração
• Bradpneia (diminuída);
• Eupneia (regular);
• Taquipneia (acelerada);
• Dispneia (irregular);
• Apneia (ausente).
Primeiros Socorros 31
Pressão Arterial
32 Primeiros Socorros
Correr a mão pela espinha dorsal do acidentado, da região da nuca à região
sacral. Perguntar-lhe se apresenta dorsalgia, que pode indicar lesão. Averiguar se
existem lesões no tórax, se dói ao respirar ou quando o tórax é comprimido levemente.
Verificar no abdome se há algum tipo de ferimento ou dor. Ferimentos de bala
são comumente pequenos, profundos, não sangram e têm graves consequências.
Apertar com cuidado ambos os lados da bacia para sondar se há lesões. Estimular o
acidentado a movimentar vagarosamente os braços e pernas e expressar a presença
de dor ou incapacidade funcional. Localizar a dor e buscar deformidades, edema e
marcas. Manter imóvel o acidentado de choque elétrico ou traumatismo violento,
para um rápido exame. A vítima deve ficar em posição dorsal ou na que achar mais
confortável.
Primeiros Socorros 33
2
ABORDAGEM PRIMÁRIA E ATENDIMENTO
PRÉ-HOSPITALAR
CONHECIMENTOS
Conhecer os cuidados de enfermagem na abordagem em primeiros socorros;
Entender os procedimentos que serão feitos na abordagem primária.
HABILIDADES
Realizar a abordagem primária no atendimento pré-hospitalar, prestando uma
assistência técnica e sistematizada de enfermagem à vítima de acidente clínico ou
traumático;
ATITUDES
Aplicar os conhecimentos adquiridos nos procedimentos dos cuidados de
enfermagem na abordagem primária e atendimento pré-hospitalar.
34 Primeiros Socorros
Abordagem primária
Primeiros Socorros 35
• Avaliação das vias aéreas com estabilização da coluna vertebral;
• Boa respiração;
• Déficit neurológico;
Abertura das vias aéreas superiores (VAS) com estabilização da coluna cervical.
As vias aéreas devem ser vistas rapidamente para garantir sua permeabilidade.
Se necessário for, realizar sua abertura e limpeza. O seu comprometimento por
obstrução deve ser evitado através de método manual, ao inclinar cuidadosamente
a cabeça para trás e levantar o queixo. Para, além disso, verifique se existem corpos
estranhos dentro da cavidade bucal (por exemplo: existência de secreções, sangue,
próteses, comida, etc). Se houver tempo e recurso, pode-se progredir para os meios
mecânicos, através de cânula orofaríngea e tubo endotraqueal.
O controle da coluna cervical deve ser realizado sempre que houver suspeita
de lesão da medula espinhal e mantida imobilizada até a conduta final do especialista
no hospital. O socorrista não pode esquecer que, enquanto tenta permeabilizar as
vias aéreas, pode causar uma lesão na coluna cervical ou agravar danos causados
pelo acidente, com consequentes complicações neurológicas, devido à compressão
óssea (se houver fratura). O ideal é tentar manter o pescoço em posição neutra,
durante a abertura das vias aéreas e a oferta de suporte ventilatório necessário.
36 Primeiros Socorros
Boa respiração
1. Avaliação e desobstrução das vias aéreas com cautela, pois pode haver
danos na cervical;
Estado Frequência
FrequênciaRespiratória
Ventilatória (RPM)
Apneia Ausência de respiração
Bradipneia 12 ou menos
Eupneia 13 – 20
Taquipneia 21 – 30
Taquipneia grave Acima de 30
Dispneia Ritmo irregular
Tabela 6: Valores encontrados na frequência respiratória por minuto verificado.
Primeiros Socorros 37
Como a desobstrução das Vias Áreas Superiores é de importância vital,
vamos nos deter mais neste tema...
38 Primeiros Socorros
Nos casos de bebês, deve-se colocar a cabeça
levemente mais baixo que o corpo e iniciar cinco golpes
na região dorsal (entre omoplatas) com a mão espalmada.
Em crianças maiores, deitá-las sobre os próprios joelhos,
inclinando o tronco e a cabeça para baixo, proceder
do mesmo modo indicado no caso anterior. Essa etapa
somente será encerrada quando corpo estranho for
expelido totalmente.
Primeiros Socorros 39
A asfixia tem como sinais e sintomas: respiração arquejante, acelerada ou
ofegante, face, lábios e extremidades cianóticos (azulados), dilatação das pupilas,
déficit de consciência, agitação psicomotora e até convulsões.
Déficit neurológico
40 Primeiros Socorros
Veja a seguir a Escala de Coma de Glasgow, muito utilizada para a avaliação
neurológica. Você terá oportunidade de vivenciar na prática profissionais de saúde
utilizando-a, especialmente nas unidades de urgência e emergência.
Primeiros Socorros 41
A miose é a contração da pupila reagindo à luminosidade (fotorreagente).
Transporte
Nos casos em que se evidencia risco de morte, logo após o começo das
atividades na cena, ainda no exame primário, deve-se transportar o paciente para
uma Unidade de Pronto Atendimento mais próxima. No entanto, é necessário
42 Primeiros Socorros
averiguar se o paciente respira e tem pulso, se ausentes iniciar as manobras de
reanimação; identificar a presença de hemorragia externa, devendo ser contida;
prevenir estado de choque; se há evidências de lesões, fraturas ou traumatismo, que
devam ser resguardadas; e se está inconsciente ou consciente, mas impossibilitado
de deambular. O socorrido deve ser reavaliado continuamente até a chegada à
unidade de destino e sanadas suas necessidades na medida do possível.
Primeiros Socorros 43
Maca 03 – Manta dobrada em duas varas
Veja nas tabelas abaixo os tipos de transporte de vítima e sua relação com
o número de socorristas. Estas informações são baseadas no Curso de Formação de
Monitores de Primeiros Socorros, Cruz Vermelha Brasileira, Caderno nº 2, Capítulo
10, 1973.
44 Primeiros Socorros
Primeiros Socorros 45
Como visto o número de socorristas para transportar um paciente acidentado
depende principalmente da gravidade da ocorrência. Para transportar, por exemplo,
um acidentado inconsciente por conta de afogamento, asfixia e envenenamento,
o número ideal é de um a dois socorristas. Já a imobilização de pacientes com
suspeita de politraumatismo deve ser realizada com o auxílio de três pessoas, agindo
simultaneamente e movimentando a vítima em três blocos:
46 Primeiros Socorros
Primeiro bloco: um socorrista mantém firme cabeça e pescoço do acidentado;
Segundo bloco: outro apoia a região da bacia;
Terceiro bloco: o último segura os membros inferiores, evitando que o
socorrido dobre as pernas.
Primeiros Socorros 47
48 Primeiros Socorros
Se durante a reavaliação da vítima, for percebida alteração no sistema
cardiovascular, como má perfusão associada à hipovolemia, levando em consideração
que tipagem sanguínea e hemoderivados não estão disponíveis, em geral, no
ambiente pré-hospitalar, dar preferência à reposição volêmica por infusão de ringer
lactato aquecido (quando possível) durante o transporte. Puncionar acesso periférico
na cena só retarda o processo.
Parada cardiorrespiratória
Primeiros Socorros 49
Para o atendimento de vítimas de parada cardiorrespiratória seguiremos as
diretrizes da Sociedade Americana de Cardiologia (American Heart Assosciation –
AHA) de 2015.
3. Rápida desfibrilação;
50 Primeiros Socorros
Primeiros Socorros 51
Veja a seguir, o novo algorítimo de suporte básico de vida para o adulto
simplificado:
Para a realização de uma RCP de alta qualidade tem-se dado maior ênfase
as compressões torácicas que devem ser realizadas com frequência e
profundidades adequadas conforme veremos a seguir.
COMPRESSÕES E VENTILAÇÕES
52 Primeiros Socorros
4. Limitar ao máximo as interrupções das compressões, pois toda vez que se
param as compressões, o fluxo de sangue cessa.
Nas compressões torácicas, para uma melhor eficácia a vítima deve ser
Primeiros Socorros 53
colocada em decúbito dorsal, sobre uma superfície plana e rígida. Inicie sempre com
rápida avaliação das vias aéreas superiores (VAS) e reconhecimento da cessação
dos batimentos cardíacos e ventilação apropriada. Palpe a região mediastinal do
tórax, localizando o osso esterno. Ponha a palma de uma das mãos sobrepostas
da outra espalmada e pressione a porção inferior do externo, mantendo os seus
braços hiperestendidos (dobrar os braços, durante a massagem cardíaca, equivale
ao efeito de uma dobradiça que reduz a força imprimida), siga comprimindo o tórax
da vítima, impondo-lhe a pressão de seu peso.
54 Primeiros Socorros
Para proceder com a ventilação boca a boca, posicione a cabeça da vítima
corretamente (decúbito dorsal). Remova prótese dentária ou qualquer outro objeto
que possa causar obstrução das vias aéreas superiores (VAS). Ponha uma mão
debaixo da nuca da vítima e a outra sobre a testa, fazendo uma inclinação para
trás (o queixo mais elevado que o nariz evita a queda da língua e a obstrução da
passagem de ar), vale ressaltar que socorristas podem se recusar a fazer ventilação
boca a boca e prosseguir apenas com a massagem cardíaca, caso não tenham
dispositivo de ventilação no momento.
Primeiros Socorros 55
que indicam o local do trauma na parede abdominal e podem provocar lesões graves
em órgãos internos, com risco de choque hemorrágico devido ao sangramento
interno. A vítima deve ser levada com rapidez para serviço especializado. Os traumas
abertos ocorrem de forma simples, como um ferimento de pequeno sangramento
no abdome, ou de forma mais complexa levando até uma evisceração, que
ocorre quando órgãos abdominais entram em contato com o meio externo. Estas
perfurações podem atingir a caixa torácica e levar a complicações respiratórias e do
metabolismo.
Nos casos de evisceração, não se deve tocar a víscera ou tentar colocá-la
para dentro da cavidade. Deve-se providenciar a ida imediata da vítima ao serviço
especializado. A víscera deve ser coberta com material estéril ou pano limpo e
umedecido com soro fisiológico a 0,9% ou água limpa. Não se recomenda oferecer
comida ou água à vítima.
Um atendimento inadequado pode aumentar a gravidade do quadro e por
isso a seguinte orientação deve ser seguida:
Conduta no trauma
56 Primeiros Socorros
Ferimentos
Primeiros Socorros 57
ESCORIAÇÕES - São lesões simples da camada superficial da pele ou
mucosas que apresentam solução de continuidade do tecido, sem que ocorra perda
ou destruição do mesmo. Geralmente o sangramento é discreto, no entanto são
ferimentos bastante dolorosos. Não representam risco à vítima quando isoladas.
As escoriações, também chamadas de arranhões, são causadas em sua maioria
por instrumento cortante ou contundente. A conduta neste tipo de ferimento é a
assepsia com água e sabão.
58 Primeiros Socorros
Durante a assistência é importante que não se toque no ferimento
diretamente com a mão sem proteção. Estes ferimentos devem ser cobertos e
comprimidos com panos limpos ou estéreis, para não correr o risco de infeccionar.
Conduta no ferimento
Bandagens
Proteja a ferida com pano limpo (ou compressa), cobrindo até ao redor do
ferimento;
Permita que a extremidade do membro ferido fique descoberta, verifique
coloração;
Primeiros Socorros 59
Garanta a firme fixação da bandagem e o ajustamento do curativo;
O curativo não deve ser muito apertado para permitir a circulação; nem
frouxa demais, pelo risco de se soltar;
Evite o atrito da pele com qualquer superfície;
Posicione corretamente a vítima dependendo do tipo de lesão;
Proteja a ferida (ou saliências) com gaze;
Imobilize a parte do corpo onde está o ferimento.
60 Primeiros Socorros
Entorses, luxações e Fraturas
Quadro clínico diferencial
Entorses
Primeiros Socorros 61
As causas mais frequentes de entorses são:
Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser feita na posição
que for mais cômoda para o acidentado.
Luxações
62 Primeiros Socorros
Conduta nas luxações
Imobilizar o local como nas fraturas. A imobilização deverá ser feita na posição
que for mais cômoda para o acidentado.
Fraturas
Dor intensa;
Primeiros Socorros 63
Como imobilizar ?
O membro deve ser mantido numa posição o mais natural possível, não
causando desconforto à vítima;
Acolchoe as talas com panos ou algo macio para não ferir a pele;
64 Primeiros Socorros
precisa análise da situação, e realizar a remoção provisória com o máximo de
cuidado possível, atentando para as partes do acidentado.
Primeiros Socorros 65
Choque
66 Primeiros Socorros
Existem inúmeras razões que poderão conduzir ao estado de choque. Dentre
as principais causas temos:
Infarto
Taquicardias
Bradicardias
Queimaduras graves
Envenenamentos
Afogamento
Choque elétrico
Septicemia
Condutas no Choque
Primeiros Socorros 67
Aquecer a paciente;
Hemorragias
Hemorragia é uma perda copiosa de sangue devido à ruptura de vasos
sanguíneos, que pode ser revertida com procedimentos básicos. A hemorragia é
nomeada de acordo com a origem de suas manifestações:
Otorragia (ouvido);
Epistaxe (nariz);
68 Primeiros Socorros
Estomatorragia (cavidade oral);
Hemoptise (pulmões);
Hematêmese (estômago);
Metrorragia (vagina);
Primeiros Socorros 69
Principais causas de hemorragias
70 Primeiros Socorros
No caso de trauma, os órgãos que produzem sangramentos mais graves são
fígado, baço, bacia e fêmur. É sempre bom suspeitar de hemorragia interna quando
é uma vítima de acidente violento, de queda de altura, de queda de objetos pesados
sobre ela. As hemorragias espontâneas, por problemas clínicos, comumente estão
associadas a uma doença grave, sendo a hemoptise a mais crítica.
Manter a vítima protegida com cobertas, evitando relação direta com chão
frio.
Conservar a vítima deitada com as pernas mais elevadas que a cabeça, exceto
se lesão no cérebro ou crânio ou se dispneia;
Primeiros Socorros 71
Hematêmese: vômitos com sangue.
72 Primeiros Socorros
Aconselhar que evite falar e se esforçar;
Fornecer transporte urgente para unidade especializada.
Primeiros Socorros 73
HEMATÚRIA (presença de sangue na urina)
Torniquetes
Hipertermia
74 Primeiros Socorros
térmico. Outras causas estão associadas à permanência excessiva em locais quentes
e úmidos, viroses, lesões em tecidos, dermatites generalizadas, doenças infecciosas
parasitárias, câncer e desidratação (infantil).
Conduta na hipertermia
Insolação
Conduta na insolação
Primeiros Socorros 75
Proporcionar ingestão de líquidos frios (exceto bebidas alcoólicas).
Umedecer a pele da vítima com água fria, sobrepor compressas frias na
fronte e em regiões mais aquecidas do corpo como, pescoço, axilas e
região inguinal (virilhas).
Imergir o paciente em água fria ou cobri-lo com mantas encharcadas.
Verificar sinais vitais.
Se houver parada cardiorrespiratória, iniciar as manobras de reanimação.
Queimaduras
Camadas da pele.
76 Primeiros Socorros
extensão do que com a profundidade.
a) Profundidade
1° grau: atinge a epiderme e caracteriza-se por vermelhidão e dor;
2° grau: alcança a epiderme e a derme. Além da vermelhidão e da dor, se
diferencia pela formação de bolhas;
3° grau: chega a camadas profundas da pele, podendo atingir os ossos.
b) Extensão
Para determinar a área corporal atingida por uma queimadura utiliza-se a
regra dos nove, na qual é atribuída uma porcentagem para cada região do corpo,
como vemos na tabela a seguir:
Primeiros Socorros 77
Considera-se como grande queimado as crianças menores de 10 anos e
adultos com mais de 55 anos com 10% de área corporal atingida, e as demais faixas
etárias se 20% de área corporal sofrer lesões.
78 Primeiros Socorros
Condutas nas queimaduras
Térmicas:
Interromper o contato;
Resfriar a área;
Químicas:
Elétricas:
Convulsão
Contração muscular, aguda e forte, com ou sem perda de consciência.
Suas causas estão associadas a antecedentes pessoais para convulsão, exposição
a produtos químicos, pirexia, hipoglicemia, baixa dosagem de cálcio na circulação
sanguínea, traumatismo craniano, acidente vascular cerebral hemorrágico, trauma
ou edema cerebral, tumores, intoxicações, epilepsia e doenças do SNC.
Primeiros Socorros 79
Conduta nas crises convulsivas:
80 Primeiros Socorros
Afogamento
Primeiros Socorros 81
Conduta em casos de afogamento:
Jogar objetos flutuantes para a vítima se apoiar, como boia, colete salva-
vidas ou tábuas de dimensão proporcional ao tamanho da vítima;
Rebocar com um cabo fixado a um objeto flutuante;
Remar, usando um barco a motor ou a remo, certificando-se de sua
segurança;
Nadar somente quando não forem possíveis os passos anteriores. É preciso
ser bom nadador e estar preparado para vítimas em pânico;
O atendimento à vítima deve se concentrar em retirá-la da água;
A partir daí realizar a abordagem primária, garantindo uma via aérea
permeável e ventilação adequada;
Realizar manobras de reanimação cardiopulmonar, se necessário;
Deitar a vitima de lado, em posição lateral de segurança, caso comece a
respirar.
Tirar a roupa molhada e aquecer a vítima com cobertores ou bolsas quentes;
A vítima, geralmente, apresenta pulso fraco, perda de consciência e queda
de temperatura. Pode ter a pele de cor azulada ou extremamente pálida;
Transportá-la em decúbito lateral (evitar broncoaspiração).
Corpo estranho
82 Primeiros Socorros
e auditivas, causando algum dano ou moléstia importante. Eis alguns exemplos:
penetração de areia, grãos, insetos, pedaços de espinha de peixe, de ossos, de
plástico, de metal e de vidro, farpas de madeira, espinhos e produtos químicos.
OLHOS:
Visualizar no olho o corpo estranho;
Solicitar que o paciente pisque repetidas vezes para estimular as glândulas
lagrimais a lavarem os olhos (o pestanejar por si só poderá remover o
objeto), a menos que seja desconfortável lacrimejar devido à dor intensa ou
lesão na córnea;
Lavar o olho com água corrente limpa ou soro fisiológico, evitando friccioná-
lo. Corpos estranhos não removidos desse modo devem ser preservados.
Cobre-se o olho com um curativo oclusivo (tampão), até o atendimento
oftalmológico ou do médico do Pronto Atendimento mais próximo;
Objetos alojados na córnea não devem ser removidos e seu manuseio é
contra-indicado, devendo o paciente ser inibido ao tentar fazê-lo. O curativo,
nestes casos, deve ser fixado sem compressão;
Outra opção é a vítima manter o olho protegido com a ajuda de um lenço
(ou similar) segurando-o com a própria mão;
Na pálpebra inferior, pode-se retirar o corpo estranho com a ajuda das
Primeiros Socorros 83
lágrimas ou com água corrente. Se necessário, puxar a pálpebra para baixo
e removê-lo com lenço limpo. Com o mesmo artifício remover o objeto na
pálpebra superior, após levantá-la e dobrá-la sobre um palito sem ponta
para facilitar a visualização.
OUVIDOS:
Determinar o tipo de corpo estranho;
Evitar usar qualquer instrumento na remoção;
Aplicar compressas com bandagens;
Deitar de lado (o ouvido prejudicado para cima) e retirar;
Retirar o objeto, se visível;
Nos casos em que o objeto permanecer ou tiver chance de adentrar mais,
procurar socorro especializado;
Se insetos vivos, em ambiente escuro, acender uma lanterna próximo ao
ouvido para atraí-los;
Encaminhar para atendimento especializado.
NARIZ:
Comprimir a narina livre com o dedo e pedir ao acidentado para assuar pela
narina interrompida. Evitar assuar com força;
Procurar auxílio médico imediatamente;
Promover a tranquilidade da vítima (para não inalar);
Orientar a aspiração pela boca.
84 Primeiros Socorros
GARGANTA:
Tranquilizar o acidentado;
Incentivá-lo a respirar e tossir;
Identificar o tipo de corpo estranho;
Aplicar a tapotagem, compressão torácica e compressão abdominal.
Cólica renal
Coma diabético
Primeiros Socorros 85
O coma diabético é causado por irregularidade no tratamento
hipoglicemiante ou na dieta e infecções. Manifesta-se tanto pela elevação nas taxas
de açúcar no sangue, como pela sua redução acentuada.
Perguntar ao paciente, caso esteja consciente, se ele se alimentou e se faz uso
de insulina. Alimento sem insulina recomendada pode indicar coma hiperglicêmico;
insulina sem alimento é causa provável de coma hipoglicêmico.
SINAIS E SINTOMAS
86 Primeiros Socorros
que só devem ser administrados com prescrição médica ou presença de um médico.
Transferir a vítima ao hospital mais próximo urgentemente em decúbito lateral e
sempre que possível fazer oferta de oxigênio.
O paciente deve ter sempre em fácil acesso seu cartão do diabético para
facilitar a identificação dos medicamentos utilizados, bem como do andamento de
seu tratamento.
Descarga elétrica
Primeiros Socorros 87
Conduta nos acidentes por descarga elétrica
Evitar contato com a vítima até que a condução elétrica seja cortada;
Devem-se desapertar as poupas e ficar atento aos sinais, ainda que a vítima
tenha a pulsação e a respiração reiniciada. Em casos de choque, essas
variações de quadro são comuns, e podendo ser necessária nova intervenção
de reanimação, a oferta de oxigênio sempre que possível se faz necessário;
Desmaio
Pode ser causado por baixos níveis de glicose na circulação, dor excessiva,
mudança brusca de posição (deitado para a posição em pé), locais sem ventilação,
bradicardia, cansaço em demasia, ansiedade, estresse emocional, medo, sangramento
intenso. Dentre seus sintomas destacam-se a astenia (fraqueza), diaforese (sudorese
fria e exagerada), ânsia de vômito, palidez importante, pulso filiforme, hipotensão,
bradipneia, mãos e pés frios, tontura, visão turva (escurecida), perda da consciência
e queda.
88 Primeiros Socorros
Condutas no desmaio
Embriaguez
Conduta na embriaguez
Primeiros Socorros 89
Acidente com animais
Animais peçonhentos são aqueles que têm dentes ocos, ferrões ou agulhões,
por onde o veneno passa. Podemos citar como exemplo: serpentes, aranhas,
escorpiões e arraias.
Animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem
aparelho inoculador, provocando envenenamento por contato (lagartas), compressão
(sapos) ou por ingestão (peixe- baiacu).
Vamos falar sobre acidentes com serpentes e escorpiões.
Serpentes
90 Primeiros Socorros
Para descobrir se a cobra é ou não peçonhenta, há uma regra geral: caso a
cobra apresente um orifício situado entre o seu olho e narina, chamado de fosseta
loreal, a cobra pode ser considerada peçonhenta, é a chamada “cobra de quatro
narinas”. A única exceção a essa regra é a cobra coral, que não apresenta essa
peculiaridade, porém é bastante chamativa, pois é bem colorida.
O grau de toxicidade da picada depende da potência, quantidade de veneno
injetado e do tamanho da pessoa atingida.
No Brasil, a maioria dos acidentes ofídicos é devido a serpentes dos gêneros:
SINAIS E SINTOMAS
Primeiros Socorros 91
Lave o local com água limpa ou soro fisiológico;
Afrouxe as roupas da vítima, procure retirar os acessórios que possam
dificultar a circulação sanguínea da vítima;
Se for possível, capture a cobra, viva ou morta, para posterior identificação.
Dirija-se urgentemente a um serviço médico. Procure socorro, principalmente
após trinta minutos em que ocorreu o acidente;
A vida do acidentado depende da rapidez com que se fizer o tratamento
pelo soro no hospital mais próximo.
Medidas preventivas
Não andar descalço;
Olhar com atenção para o chão onde há risco da presença desses animais;
Torniquete, garrote, incisões e sucções na picada NÃO devem, sob nenhuma
hipótese, serem realizadas porque bloqueiam a circulação e podem causar
infecção, necrose e gangrena na vítima;
Não movimentar a vítima, pois o veneno se dissemina com maior facilidade;
Não mexer em buracos no chão ou em paredes;
Não ataque esses animais, nem procure importuná-los. Eles o atacarão
apenas ao sentirem-se ameaçados.
Escorpiões
92 Primeiros Socorros
Medidas preventivas
Envenenamento
Primeiros Socorros 93
Vias de administração
SINAIS E SINTOMAS
Dores de cabeça;
Convulsão;
Lacrimejamento;
Salivação;
Respiração anormal;
Vômitos;
Sudorese;
Choque.
94 Primeiros Socorros
Conduta nas intoxicações exógenas
Primeiros Socorros 95
Como suspeitar de envenenamento?
7. Vômitos;
11. Convulsões;
15. Paralisia.
96 Primeiros Socorros
Tome nota de algumas plantas venenosas que devem ser evitadas
Aprenda:
Primeiros Socorros 97
LEITURA OBRIGATÓRIA
Este ícone apresenta uma obra indicada pelos(as)
professores(as) autores(as) que será indispensável
para a formação profissional do estudante.
L
e
Prezado estudante, sugerimos a leitura do livro
intitulado Primeiros Socorros no Esporte. Esta obra
totalmente revisada e atualizada, na sua quinta edição, a
autora Melinda J. Flegel nos seus 27 anos de experiência
na função de preparadora física certificada nos mostra de
forma prática e abrangente a identificação e o tratamento
de mais de 110 lesões e condições súbitas em atletas e
praticantes de esporte, o que deve ser feito e o que não deve
ser feito de acordo como os protocolos e recomendações
das instituições mais respeitadas da área, como American
Heart Association e National Athetlic Trainer´s Association.
GUIA DE ESTUDO
Primeiros Socorros 99
Rs
REVISANDO
É uma síntese dos temas abordados com a
intenção de possibilitar uma oportunidade
para rever os pontos fundamentais da
disciplina e avaliar a aprendizagem.
Para executar os primeiros socorros é imprescindível que o socorrista assuma
a situação e mantenha a tranquilidade. Avaliar a cena do acidente e observar se ela
pode oferecer riscos para o acidentado, para os espectadores e para si, antecede
qualquer procedimento. Quem oferece socorro não pode tornar-se uma vítima a
mais. Nunca seja precipitado. Utilize luvas descartáveis e evite o contato direto com
sangue, secreções, excreções ou outros fluidos que podem transmitir doenças.
Ferimentos ou doença súbita alteram o ritmo de vida das pessoas, por colo-
cá-las subitamente numa circunstância que foge a seu controle e para a qual não
estavam preparadas. Suas respostas e desempenhos se diferem do habitual, dificul-
tando sua avaliação do próprio estado de saúde e as implicações do acidente sofri-
do. Atuar de maneira tranquila e hábil ajuda o acidentado a sentir-se bem cuidado
e reduz o pânico, fator responsável pela piora do quadro. Em todo atendimento
comunicar ao acidentado consciente o que será feito antes de executar, para que
este tenha confiança em quem lhe presta a assistência.
(E) exposição da vítima com prevenção da hipotermia. A vítima deve ser des-
pida para a melhor detecção das lesões. Atente para o risco de hipotermia: desligue
condicionadores de ar e evite contato da vítima com líquidos e objetos gelados.
Em acidentes com animais peçonhentos a vítima deve ser levada o mais rá-
pido para um serviço de saúde e orientada a manter-se calma e com menor movi-
mentação possível, pois do contrário poderá espalhar o veneno mais rapidamente
pelo corpo.
Qualquer corpo estranho deve ser retirado com o maior cuidado possível, de
a) 1° grau.
b) 2° grau .
c) 3° grau.
d) 4° grau.
a) Hipoglicemia.
b) Hipóxia .
c) Trauma musculoesquelético.
d) Hipertermia.
a) Desmaio.
b) Hemotórax.
c) Convulsão.
d) Pneumotórax.
5. Incluem-se na categoria de animais peçonhentos?
a) Cuidado mediato que deve ser dado rapidamente a uma vítima de acidentes clí-
nicos ou traumáticos, que representam um perigo a sua vida.
b) Cuidado imediato que deve ser dado rápida e adequadamente a uma vítima de
acidente ou mal súbito, que representam um perigo a sua vida.
c) Cuidado imediato que deve ser dado adequadamente a uma vítima de acidentes
ou mal súbito, que representam um perigo.
d) Cuidado mediato que deve ser dado rápida e adequadamente a um acidentado
sem perigo a sua vida.
11. Uma criança de 12 anos vinha da escola, ao atravessar a linha férrea, que
fica próxima a sua escola, foi atropelada pelo trem. O garoto está consciente,
porém sua perna esta sob as rodas do trem e há muita perda de sangue. O que
você faria ao deparar-se com esta situação? A criança corre risco de vida? Que
cuidados tomar ao socorrer a vítima?
12. Ao andar pela rua você presencia uma senhora vítima de atropelamento
por bicicleta. Descreva os passos da avaliação primária. E o que faria na avalia-
ção secundária?
13. Como e com quantas pessoas deve ser realizada a imobilização do paciente
com suspeita de politraumatismo?
14. Uma criança de 10 anos sofre uma queimadura por água quente e atinge
grande parte do membro inferior e superior esquerdo. Que condutas tomar
neste caso? Qual porcentagem do corpo da criança foi atingido?
15. Um dia, em uma reunião de família, você observa que seu tio de uma forma
súbita começa a tremer e logo em seguida a debater-se com perda de cons-
ciência. O que pode ter ocorrido? Que medidas devem ser tomadas neste caso?
FELIPPE JUNIOR, J. Pronto Socorro 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.
VALLERA, Drauzio; JARDIM, Carlos. Drauzio Vallera: Guia Prático de Saúde e Bem-
-Estar – Primeiros Socorros – Acidentes. 1ª. ed. Barueri - SP: Gold Editora Ltda, 2009.
Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=sUJ9esGKzGoC&printsec=-
frontcover&dq=primeiros+socorros&hl=pt-BR&sa=X&sqi=2&redir_esc=y#v=one-
page&q=primeiros%20socorros&f=false. Acesso em 22/12/2016.