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PREVENÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIOS
FLORESTAIS
MÓDULO IV
-
USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A
INCÊNDIOS FLORESTAIS
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR MATO GROSSO
CONTEÚDOS
1. OBJETIVOS;
2. TERMINOLOGIA;
6. QUEIMAS DE ALARGAMENTO;
7. CONTRAFOGO - Definições;
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS;
9. REFERÊNCIAS.
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1. OBJETIVOS
Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações:
I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas
agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental
competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que
estabelecerá os critérios de monitoramento e controle;
II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o
respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de
Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características
ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;
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3. USO DO FOGO NA PREVENÇÃO E COMBATE A IFs
III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado
pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante
prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.
(...)
6. QUEIMAS DE ALARGAMENTO
Os princípios da queima de alargamento são:
7. CONTRAFOGO - Definições
O contrafogo é uma queima controlada utilizada nas ações de combate a incêndios
florestais, com objetivo de extinguir o incêndio florestal em parte ou em sua totalidade.
Muñoz (2009, p. 745) define que o contrafogo deve caracterizar-se sempre como queima
controlada, pois se prescreve o fogo para que avance em uma direção prefixada, de acordo
com os condicionantes que atuam em seu comportamento: combustível, topografia e
meteorologia. Portanto, na aplicação do contrafogo são utilizadas, também, as técnicas das
queimas prescritas.
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7. CONTRAFOGO - Definições
• Devido ao alto risco envolvendo as técnicas de contrafogo, seu uso deve estar
condicionado a autorização do COMANDANTE DO INCIDENTE, sendo que, sempre que
possível, sua realização deve estar prevista no Plano de Ação do Incidente.
• Em casos extremos, com risco iminente a vida do bombeiro, em locais sem rotas de fuga,
o bombeiro pode e deve utilizar o contrafogo para criar uma área negra que lhe sirva de
rota de escape. Neste caso o contrafogo é chamado de “queima de segurança” e não há
necessidade de autorização superior para sua realização.
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7.1 CONTRAFOGO – Dinâmica de gases
A figura ao lado representa a coluna de convecção em uma
frente de fogo. Nos gases ascendentes se diferenciam os
gases quentes, do lado da zona queimada, e os gases frios do
lado do combustível sem queimar. Estes gases frios
ascendentes, em direção contrária ao avanço do fogo
constituem a corrente de sucção, chamada de “contravento”.
Na área abaixo da coluna de convecção, verifica-se a “fumaça
pesada”, que atua secando e pirolizando o combustível,
podendo criar uma atmosfera inflamável com alta
concentração de monóxido de carbono (CO), sendo
extremamente perigosa aos bombeiros que atuam em
ataque direto na frente de fogo
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7.1 CONTRAFOGO – Dinâmica de gases
9) Caso seja necessário a implantação do Plano Alternativo, o mesmo deverá em horários que
permitam as operações prévias e com condições atmosféricas favoráveis (primeiras horas da
manhã, por exemplo)
10) Sempre que possível estabelecer a linha de fogo nas margens de linhas químicas, com
vegetação impregnada de retardantes à base de polifosfato amônico.
11) Comunicar prontamente ao superior imediato a ocorrência de danos, as pessoas ou bens,
decorrentes da aplicação do contrafogo.
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7.2 CONTRAFOGO - Princípios
“Sua base seria o manejo do fogo por pessoas adestradas e seus outros lados estão
intimamente ligados com o comportamento do fogo no espaço e no tempo. Estes dois lados
do triângulo do contrafogo estão caracterizados, o do espaço, pela técnica a ser aplicada
em razão do combustível e topografia; e no tempo pela oportunidade de aplicar o
contrafogo quando a meteorologia permitir, especialmente quando a orientação e
velocidade do vento são favoráveis ou permitam prefixar um avanço do fogo em direção
contrária ao do incêndio que se pretende extinguir, de acordo com os meios disponíveis.”
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7.4 CONTRAFOGO - Aplicações
Para facilitar a análise meteorológica e topográfica, criou-se a “escala do 30”, a qual
caracteriza como incêndios florestais de alto risco aqueles que apresentam 02 ou mais
dos seguintes fatores (RUIZ, 200-?, p. 30):**
**O uso do contrafogo nas situações ambientais descritas acima, pode gerar linhas de fogo extremamente
perigosas, com alta propabilidade de perda do controle pelos operadores. Nestes casos, o contrafogo somente
deve ser utilizado como último recurso, quando a equipe dispor de efetivo experiente e recursos materiais
suficientes paras as operações prévias e controle das linhas de fogo. Sempre com autorização do comandante
do incidente.
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7.4 CONTRAFOGO - Aplicações
Outro fator que justifica a utilização
de métodos de combate indireto,
como o contrafogo, é o nível de
intensidade do fogo, que pode ser
verificado pela altura das chamas.
No quadro ao lado, extraído do
POP/CBMERJ, verifica-se que
chamas com altura acima de 3.5m,
devido a alta intensidade do fogo,
não comportam a utilização do
método direto e, dependendo do
caso, justificam a utilização do
contrafogo.
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7.4 CONTRAFOGO - Aplicações
Verificando as condições expostas no triângulo do contrafogo, e as mesmas sendo favoráveis a
aplicação do contrafogo, o bombeiro utilizará as mesmas técnicas indicadas nas queimas
prescritas, mas com objetivo de que a linha de fogo alcance a frente de fogo que se deseja
extinguir. As principais técnicas de contrafogo são:
1) A favor do vento.
2) Ascendente.
3) Contra o vento.
4) Descendente. **
5) Em flancos.
** visando controlar a intensidade do fogo, as técnicas 1, 2, 3 e 4 podem ser feitas “em faixas”.
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7.4 CONTRAFOGO - Aplicações
Queima em flancos: quando as condições são
adversas (frente de fogo com alta intensidade)
para uma queima frontal, pode-se recorrer a
queima em flancos, juntamente com a
realização de queima de alargamento na linha
de defesa frontal. Nesta técnica o ideal é que o
vento varie pouco de direção. O objetivo é
assegurar o controle dos flancos de um fogo a
favor ou contra o vento, a medida que avança.
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7.4 CONTRAFOGO - Aplicações
Queimas por faixas (incêndio a favor do vento
e/ou ascendente): esta técnica permite um
maior controle da intensidade do fogo e
permite que este se propague com maior
rapidez. A faixa queimada pode ser utilizada
como rota de fuga, por isso deve estar
devidamente ancorada na linha de defesa.
Pode-se também, utilizar a zona de segurança
(área semicircular verde na figura ao lado)
como área de fuga.
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7.4 CONTRAFOGO - Aplicações
Queimas por faixas (incêndio contra o vento
e/ou descendente): nesta situação a frente de
fogo possui menor intensidade. A faixa
queimada pode ser utilizada como rota de
fuga, por isso deve estar devidamente
ancorada na linha de defesa. Pode-se também,
utilizar a zona de segurança (área semicircular
verde na figura ao lado) como área de fuga.
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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticos
Incêndio com ataque ampliado (várias
GCIF’s atuando): no caso mostrado ao
lado, utiliza-se uma GCIF para realizar o
combate direto pelo flanco sem fumaça
(flanco esquerdo) e outra GCIF para
ataque indireto pela frente de fogo,
utilizando uma queima de alargamento
para ampliar a linha de defesa que irá
parar a frente de fogo e um contrafogo
de flanco para neutralizar o flanco com
fumaça (flanco direito).
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7.5 CONTRAFOGO – Exemplos práticos
FLORESTAL!
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FLORESTAL!!
BATALHÃO DE EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS