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TÉCNICAS DE

COMBATE À
INCÊNDIOS
FLORESTAIS

INSTRUTOR: ALEX BEZERRA BARROS


PROTOCOLO LACES
O protocolo LACES deve ser estabelecido e conhecido por todos os
combatentes, principalmente em IF Topográficos.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
É o conjunto de materiais e equipamentos
utilizados nas operações da Força Nacional para a
proteção pessoal do combatente.
CAPACETE

LANTERNA

ÓCULOS

BALACLAVA

MÁSCARA

MOCHILA DE
HIDRATAÇÃO

LUVAS
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

Deve-se ter sempre em mente


que os EPI’s nada fazem para
reduzir os riscos, e sim,
constituem-se numa barreira que
deve ser constantemente mantida
e vigiada.
RISCOS NO COMBATE A INCÊNDIOS
FLORESTAIS

Queda de galhos
sobre a cabeça;

Fuligem, brasas e
outros objetos
nos olhos;

Queimaduras
nas mãos, face;
Inspirar CO², ar
quente etc.
RISCOS NO COMBATE A INCÊNDIOS
FLORESTAIS
SEGURANÇA NOS DESLOCAMENTOS

Homem
Bomba a
frente ditando
Formação em fila indiana em o ritmo da
todo o percurso marcha

Distância de
Ferramentas
uma
cortantes no final
ferramenta e
da fila
meia
Níveis de Combate aos
Incêndios Florestais
NÍVEIS DE COMBATE
TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A
INCÊNDIO FLORESTAL – TTCIF
DEFINIÇÕES INICIAIS
TÉCNICA

Consiste na correta utilização das ferramentas e recursos disponíveis tanto na


prevenção quanto no combate aos incêndios florestais, trata-se portanto, da
correta utilização das FEA’s empregadas.
A técnica é aplicada de maneira individual por cada combatente, tanto no combate
direto ou indireto. O uso correto dela potencializa o emprego das FEA’s, garante
uma vida útil prolongada e evita que ocorram acidentes de trabalho.
DEFINIÇÕES INICIAIS

TÁTICA

Atuante de uma maneira macro, pauta-se na estratégia utilizada para gerenciar


uma ocorrência, visando garantir a otimização dos recursos disponíveis frente ao
incidente. Consiste em uma ferramenta estratégica de extrema importância, pois
visa o emprego dos recursos da melhor forma possível frente a análise dos fatores
encontrados em cada cenário. Via de regra, não é uma ferramenta rígida, pelo
contrário, visa ser suficientemente flexível para se adaptar as demandas
encontradas.
Tipos de Combate aos IF
TIPOS DE COMBATE:

• Ataque direto;
• Ataque indireto; e
• Ataque paralelo ou
intermediário.
Estratégia e Fases do
Combate aos IF
Detecção Reconhecimento

Controle Ataque
Inicial

Extinção/ Rescaldo Vigilância/ Desmobilização


Patrulamento
Como planejar minha estratégia de
combate?
Os minutos gastos no
diagnóstico preciso da
ocorrência na fase do
reconhecimento pode
significar, muitas vezes,
horas no combate ao IF.
REGRA DOS 30
Na Espanha, os especialistas florestais classificam o risco de um incêndio
usando a "Regra dos 30".
• Mais de 30 graus ºC de temperatura do ar;
• Mais de 30% de inclinação do terreno;
• Umidade relatva do ar inferior a 30%;
• Vento superior a 30 Km/h;
• Mais de 30 dias sem chuvas.
Quando essa situação ocorre, há um alto risco de qualquer foco de
incêndio se tornar um grande incêndio forestal .
CONTRAFOGO EM INTERFACE URBANO-
FLORESTAL (Proteção de edificações)
Contrafogo de Proteção para Brigadistas cercados
pelo fogo:
TÁTICAS de CIF
Ao chegar a um incêndio florestal deve-se fazer uma previsão do seu
comportamento antes de atuar:

- A situação atual mantêm-se estável? (ex:intensidade)


- O incêndio está a alterar a sua posição topográfica ( vale, cume)?
- A meteorologia mantêm-se estável? (ex: ventos)
- O incêndio está a alterar o seu comportamento? Para melhor ou pior?
- Que forças atuam sobre o fogo para provocar estas variações?
TÁTICAS de CIF
ATAQUE DIRETO:

•O combate é feito diretamente sobre as chamas, abafando-as ou


lançando água, terra sobre o fogo;
•É necessário que se construa uma linha de controle* à medida que se
avança no combate;
•Se o incêndio é pequeno e a frente principal pode ser atacada com
segurança, a ação de combate deve ser aplicada primeiramente na
cabeça do incêndio, seguindo depois para os flancos e cauda.
•Quando a frente de avanço do fogo se propaga muito rapidamente ou
com muita intensidade, deve-se iniciar o combate pelos flancos até chegar
à cabeça.

*Linha de Controle: Linha de segurança que circunda todo perímetro do incêndio. A linha de controle
pode ser formada por linhas de defesa mais barreiras naturais, artificiais e/ou química.
ATAQUE DIRETO:

•O ataque direto somente pode ser feito em incêndios de baixa intensidade, que
permitam aproximação suficiente do pessoal de combate.
•Sempre que possível deve-se utilizar a água no ataque direto, seja com viaturas
ou bombas/mochilas costais, pois há uma redução significativa na caloria gerada
pelo incêndio que possibilita uma maior aproximação do combatente à frente de
fogo.
•O emprego desta técnica permite que homens realizem o trabalho com bombas
costais, sopradores de ar e abafadores, obtendo excelentes resultados no das
controle das chamas.
•Ao optar por tal estratégia deve-se prever uma rota de fuga segura, bem como
um ponto onde a guarnição se reúna na necessidade de se evacuar a área em uma
situação de emergência.
USO CORRETO DO ABAFADOR

Altura do
movimento
USO CORRETO DA MOCHILA COSTAL

Regular
o Jato de
acordo
com o IF
Combate direto com abafador e
mochila costal

Homem
Bomba a
frente
Combatentes diminuindo a
um ao lado do intensidade
outro: Golpes das chamas
contínuos
COMBATE DIRETO ABAFADOR

Deve se empregar essa técnica somente em IF’S que


permitam a aproximação até fogo, e pelas partes do IF que sejam
mais favoráveis a isso.
SOPRADOR
ATAQUE INDIRETO:
• O método indireto é utilizado quando a intensidade do fogo é alta e
não há possibilidade de se aproximar do mesmo. Neste caso, deve-se
construir uma linha de defesa larga a frente do fogo para que o mesmo
cesse ao encontrar o aceiro.
• Pode-se também abrir o aceiro e usar contra-fogo para ampliá-lo
ainda mais.
• O trabalho de construção de linhas de defesa deve ser feito a uma
distância segura da frente de fogo a fim de viabilizar a
conclusão do serviço antes da chegada do fogo. O material raspado do
lado deverá lançado ao lado oposto ao que vêm o fogo.
• O contra-fogo é uma técnica eficiente, entretanto deve ser utilizada
somente por pessoal experiente, mesmo assim sempre tomando todas
as medidas de segurança necessárias. Por segurança, deve-se garantir
que no contra-fogo não exista nenhuma equipe a frente da área que se
pretende atingir, caso contrário estes permanecerão cercado pelas
chamas.
ATAQUE INDIRETO:
• Também no método indireto é necessário fazer o rescaldo, ou seja,
apagar por meio do ataque direto todos os vestígios de fogo dentro da
área queimada.
• Para a construção da linha de aceiro, ou linha de defesa (que é o
nome mais apropriado quando se trata de ação combativa e não
preventiva) pode-se empregar tratores, que facilitam em sobremaneira
o trabalho das guarnições, além de proporcionar um ganho substancial
na progressão da equipe.
• Usualmente se utiliza na confecção de linhas de aceiro uma distância
de pelo menos uma vez e meia o tamanho da vegetação
predominante, entretanto fatores do clima, principalmente a ação do
vento, pode gerar situações onde a frente de fogo ultrapasse o aceiro
confeccionado, devendo excepcionalmente ser utilizado uma distância
de duas vezes e meia a distância da vegetação.
ATAQUE INDIRETO:

PRINCÍPIOS DE CONSTRUÇÃO DE ACEIROS

1. Execute a linha de aceiro (medida preventiva) ou a linha de defesa


(medida combativa) a uma distância que possibilite o término da
mesma antes da chegada da frente de fogo;
2. Calcule o tempo de forma que a guarnição não execute apenas a
linha de defesa, mas também outros trabalhos necessários;
3. Fazer uma linha de aceiro curta e estreita é a forma mais rápida e
prática;
4. Procure utilizar rotas fáceis, que não sacrifiquem a guarnição;
5. Elimine a possibilidade de riscos vindos da área queimada. Procure
isolar pontos considerados críticos como arbustos secos, combustível
morto, etc.;
ATAQUE INDIRETO:

6. Evite pontos quentes na linha de aceiro, como ângulos retos ou


agudos, que propiciam um encontro de fogo gerando intensa caloria;
7. Procure utilizar barreiras naturais e barreiras construídas pelo
homem;
8. Use maquinário quando possível para a construção do aceiro;
9. Faça a previsão para socorro de feridos a qualquer momento;
10. Considere o meio ambiente predominante;
11. Percorra a linha de aceiro várias vezes para certificar-se do serviço;
12. Oriente que na área raspada o solo mineral deve ser exposto;
13. Avise a guarnição para ficar atenta quanto aos riscos de acidentes
com animais peçonhentos ou venenosos, rochas e troncos que podem
rolar;
14. Fique atento para a utilização dos EPIs necessários;
Definições importantes

•Aceiros ou linha de fogo: Faixa de terreno desprovida de vegetação que


impede a propagação dos incêndios florestais. Podem ser artificiais ou
naturais.

•Linha Negra: Faixa de vegetação queimada intencionalmente com


objetivo de construir ou alargar um aceiro, ou ainda ser empregada como
contra fogo.

•Linha Fria: Utilizaçãode água para eliminar pontos quentes e


ou para umedecer a vegetação.

•Linha de Controle: linha de segurança que circunda todo o perímetro do


incêndio composta por aceiros naturais e ou artificiais determinando o
controle parcial do incêndio
•Contra fogo: técnica de combate que consiste em atear fogo entre o aceiro e o
incêndio. Na ausência de aceiro pode ser utilizada contra o vento.

•Bordadura: é o rebaixamento da vegetação margeando um aceiro com objetivo


de diminuir a intensidade das chamas.

•Ponto de ancoragem: é o ponto localizado na cauda do incêndio, onde se


inicia ou termina a construção de uma linha de fogo ou linha de controle.

•Rota de fuga: é o caminho mais curto a ser percorrido para sair de uma área
de perigo para uma zona de segurança

•Zona de segurança: é uma área pré-estabelecida, utilizada como refúgio pela


guarnição de combate a incêndio florestal, em caso de perigo
CONTRAFOGO

PRINCÍPIOS
1) Aplicar o contrafogo de maneira planejada, estratégica e
prevista no PAI/SCI.
2) Possuir efetivo suficiente e capacitado para a operação.
3) Realizar operações prévias do método indireto de
combate: construção de linhas de defesa, linhas de controle,
linhas químicas, etc.
CONTRAFOGO

4) Sempre estabelecer rotas de fuga e, se possível, reforçar as linhas


de defesa com queimas de alargamento, já verificando a maneira
como o fogo se comporta.
5) O horário estabelecido para as queimas deve permitir a execução
das operações prévias. Este horário deve estar coordenado com
outras operações exercidas nos outros setores do incêndio.
6) A aplicação deve ser justificada como única técnica possível, de
acordo com a velocidade e intensidade da frente de fogo.
CONTRAFOGO

7) Assegurar que todo o efetivo que atua ativamente ou


passivamente, conheça a operação de contrafogo, antes de
provocar a linha de fogo e, se necessário, solicitar prioridade
nas comunicações por razões de segurança.
8) Sempre impedir a queima por razões de segurança. Se não
for possível extinguir um contrafogo que deu errado, informar a
retirada ao Chefe de Operações e a necessidade de implantação
de um Plano Alternativo.
CONTRAFOGO
9) Caso seja necessário a implantação do Plano Alternativo, o
mesmo deverá em horários que permitam as operações prévias
e com condições atmosféricas favoráveis (primeiras horas da
manhã, por exemplo)
10) Sempre que possível estabelecer a linha de fogo nas
margens de linhas químicas, com vegetação impregnada de
retardantes à base de polifosfato amônico.
11) Comunicar prontamente ao superior imediato a ocorrência
de danos, as pessoas ou bens, decorrentes da aplicação do
contrafogo.
COMBATE INDIRETO
PINGA FOGO
ATAQUE PARALELO OU INTERMEDIÁRIO

Quando o calor desenvolvido pelo fogo permite certa


aproximação, mas não o suficiente para o ataque direto,
usa-se esse método, que consiste em:
a)fazer rapidamente uma linha de defesa, paralelo à linha
do fogo. Ao chegar ao aceiro, o fogo diminuirá a intensidade
e poderá ser atacado diretamente;
b) fazer a construção de uma linha fria com o uso de água
por meio de viaturas ou bombas costais de forma a criar-se
um obstáculo úmido à frente do fogo e, havendo
possibilidade, envolvendo o seu perímetro, para ser atacado
diretamente.
EXTINÇÃO DO FOGO
DIMINUIÇÃO DA INTENSIDADE DAS CHAMAS
Os incêndios superficiais em topografia plana são combatidos, em sua
maioria, por meio do combate direto pelos flancos.

O
que pode mudar essa
estratégia?
O que o incêndio está ameaçando;
Quantidade e tipo de material e recursos humanos;
Mudanças nos fatores que influenciam o incêndio.
ENTRADA
PELA CABEÇA
NÚMEROS DE EMERGÊNCIA

Corpo de Bombeiros – 193

SAMU – 192

Polícia Militar – 190

Defesa Civil – 199


CONTATOS:
Alex Bezerra

(63) 98439-7850

alexb.barros@gmail.com

“SEMPER PARATUS”

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