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GRUPAMENTO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Curso de Formação de
Oficiais

CFO 44
TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIO
FLORESTAL
OBJETIVOS:
• Analisar o comportamento do incêndios florestais;
• Entender as fases do combate aos incêndios florestais;
• Aprender as técnicas de combate aplicáveis aos
incêndios superficiais, subterrâneos e de copa;
• Planejar o combate levando em consideração os fatores
particulares ao incêndio florestal.
Técnicas e Táticas de Combate à Incêndios Florestais -
TTCIF

São os métodos usados para confinar e desse modo


controlar os incêndios florestais; e finalmente, extinguir
aqueles que ocorrerem; com a utilização das táticas
necessárias e com domínio das técnicas. Exigem o emprego
de numerosos materiais e equipamentos, além da ação de
combatentes e dirigentes especializados e bem preparados.
CONCEITOS IMPORTANTES PARA O
ESTUDO DOS INCÊNDIOS SUPERFICIAIS
Aceiro artificial

Ponto de Ancoragem
Aceiro natural
FRENTE FLANCO DIREITO
CABEÇA ORIGEM DO
INCÊNDIO

FLANCO ESQUERDO
RETAGUARDA
CAUDA
TIPOS DE COMBATE:
• Ataque direto;

• Ataque indireto; e

• Ataque paralelo ou intermediário.


ATAQUE DIRETO:

É o conjunto de ações empregadas diretamente nas chamas


do IF; é geralmente usado na frente dos incêndios pequenos,
nos flancos e na base dos incêndios maiores
Combatentes um
ao lado do outro: Homem Bomba a
Golpes contínuos frente diminuindo
a intensidade das
chamas

Combate direto com abafador e mochila costal


Combate direto com água
Deve se empregar essa técnica somente em IF’S que permitam
a aproximação até fogo, e pelas partes do IF que sejam mais
favoráveis a isso.
ATAQUE INDIRETO:

O ataque indireto é usado quando o calor e/ou a


velocidade do incêndio não permite a aproximação para um
combate direto;
Combate indireto por meio da contrução da linha de fogo
QUAL A DIFERENÇA ENTRE O ACEIRO E A LINHA DE FOGO?

Aceiros: Linha de fogo:


É uma faixa de terreno Faixa de terreno
desprovida de vegetação onde desprovida de vegetação,
constitui uma barreira a qual
que se constrói durante o
impede a propagação dos
incêndios florestais. Os aceiros combate de um incêndio
podem ser artificiais ou florestal
naturais. Ambos anteriores ao
incêndio florestal.
ATAQUE PARALELO OU INTERMEDIÁRIO

Essa técnica é a combinação da técnica do ataque direto


e do indireto.
DIMINUIÇÃO DA INTENSIDADE DAS CHAMAS EXTINÇÃO DO FOGO
CONTRA FOGO
O que determinará qual tipo de combate empregar?

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CARACTERÍSTICAS TOPOGRÁFICAS
Fases do Combate aos Incêndios
Florestais
Detecção Reconhecimento

Controle Ataque
Inicial

Extinção/ Vigilância/ Desmobilização


Rescaldo Patrulamento
COMBATE AOS INCÊNDIOS
SUPERFICIAIS
O primeiro momento do combate onde aplicaremos
nossos conhecimentos acerca do comportamento do fogo é a
fase do Reconhecimento.
A definição da técnica e da tática a ser empregada no
combate é posterior à análise do incêndio florestal.
Os minutos gastos no
diagnóstico preciso da
ocorrência na fase do
reconhecimento podem
significar, muitas vezes, horas
de economia no combate ao
IF.
O que analisar nesse momento?
• Observar o máximo possível do perímetro do IF;
• Como os fatores que influenciam na propagação do IF estão
agindo nesse evento;
• Qual técnica de combate devo utilizar;
• Quais os riscos imediatos e quais medidas de segurança serão
adotadas;
• Definir: meu ponto de ancoragem, minha rota de fuga e minha
zona de segurança.
Ponto de ancoragem: é o ponto localizado na cauda do incêndio,
onde se inicia ou termina a construção de uma linha de fogo ou linha
de controle.
Rota de fuga: é o caminho mais curto a ser percorrido para sair de
uma área de perigo para uma zona de segurança
Zona de segurança: é uma área pré-estabelecida, utilizada como
refúgio pela guarnição de combate a incêndio florestal, em caso de
perigo
ZONA DE
SEGURANÇA RO
TA
FUG DE
A
PONTO DE
ANCORAGEM
O segundo passo no combate é o ataque inicial. Como o
próprio nome diz, é a primeira ação de ataque ao IF. Nesse
momento, as respostas do IF às nossas ações nos dirão se
podemos continuar com a estratégia escolhida ou devemos
mudar para um novo conjunto de ações.
Tão dinâmico quanto o IF é, o combatente florestal
precisa ser.
Os incêndios superficiais em topografia plana são
combatidos, em sua maioria, por meio do combate direto
pelos flancos.
O que pode mudar essa estratégia?
• O que o incêndio está ameaçando;
• Quantidade e tipo de material e recursos humanos;
• Mudanças nos fatores que influenciam o incêndio.
Nos incêndios superficiais em locais com topografia
acidentada ou com grandes aclives é necessário que a
estratégia seja traçada a partir do prisma da segurança dos
combatentes. Os deslocamentos precisam ser feitos com a
certeza de que existem condições de definir uma rota de fuga
segura até a zona de segurança.
Incêndios em topografia acidentada exigem um nível de
atenção e técnica muito maior da GCIF:
• Todos os fatores que influenciam a propagação podem ser
muito mais intensos;
• A segurança da equipe está em maior risco, pois a rota de
fuga pode ser prejudicada;
• Recursos adicionais podem ter dificuldade para chegar.
Em morros, montanhas e aclives em geral o combate
direto pode ser feito desde que o deslocamento seja possível
ser feito com segurança.
A GCIF pode se deslocar pela parte do incêndio no qual
definiu para iniciar o combate com abafadores e mochila
costal ou mesmo montar uma linha na mesma estratégia.
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Nos IF em áreas com muito material orgânico no chão,
ou mesmo aqueles onde não é possível a aproximação até o
incêndio, o combate é realizado por meio da técnica do
combate indireto.
Os combatentes florestais irão construir uma linha de
fogo, que irá interromper a continuidade do combustível.
No caso do IF em pinheiral, reflorestamentos, e
qualquer área com grande quantidade de material orgânico
no solo, pode ser utilizado o método de dois pés:
A Linha de fogo se instala a uma pequena distância da
margem do incêndio (2 pés ~ 60 cm);
60 cm
O principal benefício é a maior possibilidade de se evitar
uma nova ignição do IF. Tendo em vista que por abafamento,
por exemplo, ainda podem ficar no local da margem do IF
muito material aquecido. Interrompendo a continuidade do
material a possibilidade de novo incêndio no local fica menor.
A linha de fogo pode ser feita ainda, por meio da técnica
do golpe único, durante o combate ao IF. No entanto, a
situação deve ser avaliada levando em consideração
principalmente:
• A velocidade do IF;
• Quantidade de Pessoal;
• Ponto de ancoragem, rota de fuga e Zona de segurança.
RISCO DE SER CERCADO
PELO INCÊNDIO
As técnicas e táticas empregadas precisam objetivar o
confinamento e o controle do IF. Já no reconhecimento eu preciso
definir minha estratégia a partir desse prisma.
Quando eu consigo confinar/controlar o IF isso significa que
estou na fase de controle. Ou seja, nesse momento já está
estabelecida no local a minha linha de controle:
É uma linha de segurança que circunda todo o perímetro do
IF. A linha de controle pode ser formada por linha de fogo,
além de barreiras naturais ou artificiais (aceiros).
Os próximos passos serão aqueles que garantirão o
sucesso total da operação de combate:
Extinção/Rescaldo
Toda a operação realizada pode ir por água abaixo se o
rescaldo não for feito corretamente. A menor fagulha ou
brasa aquecida pode reiniciar o incêndio.
A fase de patrulhamento e vigilância é o momento onde
os combatentes estarão atentos para qualquer indício de
nova ignição do incêndio. Ao ter confiança de que no local
não há mais possibilidade do incêndio recomeçar será feita a
conferência de pessoal e de materiais, com vistas, a volta
para a unidade. Essa é a fase da desmobilização.
MUITO IMPORTANTE!!!

VIGILÂNCIA!!!
INCÊNDIO SUBTERRÂNEO
Os incêndios subterrâneos ocorrem geralmente em florestas que apresentam
grande acumulação de húmus e em áreas alagadiças, tais como brejos ou pântanos,
que quando secas formam espessas camadas de turfa abaixo da superfície.

Os incêndios subterrâneos são, geralmente, precedidos de incêndios superficiais.

Em função do pouco oxigênio disponível para a combustão, apresentam pouca


fumaça, sem chamas e se propagam de forma lenta.

As áreas úmidas do Cerrado são: Mata de Galeria, Mata Ciliar, Veredas, Campos
Limpos Úmidos e Campos Sujos Úmidos.
Processos de formação de turfa
A turfa é um material fóssil, originado a partir da
decomposição de restos vegetais e encontrado em áreas
alagadiças como várzeas de rios, planícies costeiras e regiões
lacustres. O processo de decomposição da matéria orgânica
ocorre em um ambiente ácido e de pouca oxigenação.

Seu processo de formação é recente, em torno de 10 mil


anos, gerado a partir da inibição da decomposição biológica.
Processos de formação de turfa

1) O preenchimento
de depressões em
rios e lagos com
matéria orgânica
morta;
Processos de formação de turfa

2) Inundação constante
de vales que propicia o
acúmulo de planta
morta
As primeiras camadas de turfa possuem muitos espaços
cheios de ar entre as fibras e, portanto, queimam com
facilidade.

As camadas em decomposição média – os incêndios tendem


a ocorrer lentamente em forma de túnel .

A turfa totalmente madura – os incêndios queimam em


forma de anel ou uma cratera
Incêndio subterrâneo em Planaltina Incêndio subterrâneo Park Way - DF/2010

Incêndio subterrâneo no Parque Nacional Incêndio subterrâneo em São Sebastião


FORMAS DE COMBATE
Reconhecimento
• Verificar a forma de acesso da guarnição e dos equipamentos ao ambiente atingido;
• Identificar os focos de incêndio subterrâneo: são identificados por coluna de fumaça, árvores caídas
com existência de pontos quentes ou simplesmente pontos quentes;
• Plotar os focos no GPS e identificá-los com fitas zebradas;
• Confirmar a existência de manancial;
• Verificar a possibilidade de montar as motobombas;
• Criar a rota de acesso à fonte d’água;
• Verificar o sentido de propagação do fogo;
• Examinar os bens ameaçados: terras cultivadas, rodovias, casas, etc;
• Verificar se as condições climáticas podem prejudicar os militares e equipamentos.
Ataque inicial

• Combater com uso de água por meio da motobomba;

Ou

• Construir valas de 20 cm de profundidade ao redor do foco de calor ou em


linha, de acordo com a situação.
Planejamento
• Preencher relatório com as seguintes informações da ocorrência: croqui do incidente, ações
implementadas;
• Planejar o combate para o próximo serviço (rendição) com objetivos, estratégias e táticas;
• O preenchimento do relatório e o planejamento do dia seguinte devem ser realizados
diariamente enquanto o incêndio não for extinto;
• Ao término da atividade diária, os equipamentos devem ser recolhidos e mantidos em
condições de uso para a próxima guarnição;
• Providenciar o combustível para as motobombas que serão usadas no próximo serviço.
Combate Direto
• O combate direto consiste na utilização de água por meio das motobombas ou aeronaves;
• Caso não exista manancial, e seja necessário, pode ser criada uma cisterna de 2 m3;
• Caso haja viabilidade de acesso de viatura de grande porte ao local atingido pelo incêndio
de turfa, uma viatura de combate a incêndio pode ser posicionada sendo reabastecida
constantemente por outra viatura;
• Jatos compactos só devem ser utilizados para mexer o material combustível. Alagamento
não é aconselhado em virtude da quantidade de água desperdiçada. Jatos neblinados são os
mais aconselhados e devem permanecer em torno de 30 a 60 min da extremidade para o
interior em cada ponto quente.
Combate Indireto
• O combate indireto consiste na construção de vala manualmente ou com tratores com
lâminas e/ou arados;
• Construir vala manualmente: 30 cm de largura por 40 cm de profundidade. Quando essa
vala não atingir o lençol freático, deve-se encharcá-la com água ao final do serviço;
• Construir valas com tratores e arados: 5 m de largura até o lençol freático. No entanto, é
necessário verificar se solo suporta o peso desses veículos automotores;
• O material retirado durante a construção da vala deverá ser lançado na área não atingida
pelo incêndio subterrâneo.
Extinção
• O término da atividade se dará quando nenhuma coluna de fumaça e ponto quente existir.

Vigilância
• Deverão ser realizadas rondas durante 10 dias após o término do combate a fim de
encontrar possíveis pontos quentes.
CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DE SEGURANÇA

• A movimentação nesse ambiente deve ser cuidadosa e, no mínimo, em duplas em função


do colapso do solo;

• O militar deve utilizar uniformes apropriados;

• É recomendável que o combate não seja noturno.


São considerados incêndios de copas os que queimam
combustíveis acima de 1,80 metro de altura. A folhagem é
totalmente destruída e as árvores geralmente morrem.
Com exceção de casos excepcionais, como raios, por
exemplo, todos os incêndios de copas originam-se de
incêndios superficiais.
Estes incêndios propagam-se rapidamente, liberando
grande quantidade de calor e são sempre seguidos por um
incêndio superficial.
Isto porque os incêndios de copa deixam cair fagulhas e
outros materiais acesos que irão gradativamente queimando
arbustos e materiais combustíveis da superfície do solo.
Uma das características que tornam o IF de copa extremo, com
relação ao combate, é a intensidade com que o calor se propaga.
Condução, Radiação e Convecção encontram- se nesses IF’s em
altos níveis.
Devido o IF estar incendiando o combustível florestal quase
que em sua totalidade, superfície e copa, o poder da condução e
radiação impedem a aproximação direta ao incêndio e aquece
rapidamente os materiais que ainda não queimaram.
Além disso, as colunas de convecção no incêndio tem o poder
de lançar fagulhas a grandes distâncias.
O combate aos incêndios aéreos por equipes de terra, pode ser
feito de forma direta, indireta ou paralela.
•Combate direto: carros de água e motobombas ou com
aeronaves;
•Combate indireto: construção de linhas de fogo
(proporcionais a altura dos materiais combustíveis – 1,5x);
•Combate paralelo: carros de água e motobombas, construção
de linhas de fogo, contrafogo e aeronaves.
Combate direto aos IF’s de copa é muito perigoso
especialmente para as equipes de terra. O calor evita uma
aproximação adequada para o combate eficaz, além das
viaturas e equipamentos estarem suscetíveis a serem
afetadas por um comportamento extremo do fogo.
Combate indireto aos IF’s de copa consiste em tentar impedir a
propagação do fogo. Podem ser construídas grandes linhas de fogo
ou mesmo aplicar a técnica do contrafogo. Em ambos é necessário a
vigilância durante todo o tempo:

•Para não permitir que o incêndio ultrapasse a linha de fogo;


•Ou na precisão da aplicação do contrafogo, a previsão do
comportamento do fogo para que este não se torne sem controle.
Integrar meios aéreos ao combate propicia um combate muito
mais apropriado, em especial, aos grandes incêndios. O combate
aéreo permite que se possa integrar a estratégia de combate
algunspontos muito importantes:
•Constituírem-se uma plataforma de visão privilegiada sobre o
desenvolvimento do sinistro;
•São vantagens a sua velocidade, flexibilidade de emprego e
capacidade de suplantar os problemas das acessibilidades terrestres;
AERONAVES DO CBMDF USADAS NOS IFs
EMPREGO TÁTICO DAS AERONAVES
• Dominar o incêndio;
• Retardar a propagação do incêndio até que cheguem meios terrestres
suficientes;
• Parar a propagação do incêndio em complementaridade com os meios
terrestres;
• Combater os focos de incêndio secundários resultantes de projeções do
incêndio principal;
• Garantir a segurança das pessoas e dos bens;
• Observar, informar, coordenar e guiar.
SEGURANÇA DA AERONAVE

A equipe de solo deve estar atenta à presença de linhas


telefônicas ou de transmissão de energia elétrica (alta
tensão); torres ou mastros; antenas; troncos altos escondidos
pela fumaça e outras aeronaves na zona, e sempre
comunicar ao comando do incidente a localização de
qualquer um desses itens.
É de fundamental importância estar atento aos lançamentos,
em especial os dos aviões de porte médios e pesados, efetuados a
baixa altitude, já que estes são muito perigosos para os combatentes
que se encontram na zona da descarga, uma vez que podem:

• Derrubar uma pessoa que esteja de pé ou ainda lançá-la contra pedras,


árvores ou outros objetos;
• Desenraizar árvores ou quebrar os seus galhos, mesmo as espécies de grande
porte;
• Atingir gravemente uma pessoa que se encontre desprotegida, podendo
provocar a sua morte.
CASO O COMBATENTE SE VEJA EM RISCO IMINENTE DE SER
ATINGIDO POR UM LANÇAMENTO DE UMA AERONAVE, O QUE DEVE
FAZER?
• Sair da área de lançamento, se ainda for possível;
• Sair de uma área com árvores, em especial se forem grandes e velhas;
• Nunca ficar de pé, já que isso aumenta a possibilidade de se ferir com maior gravidade;
• Procurar um obstáculo sólido, como uma grande pedra, para se esconder, deitando-se atrás dele;
• Deitar-se de barriga para baixo de frente para a aeronave;
• Manter o capacete e os óculos colocados e bem apertados;
• Colocar os pés afastados, cerca de meio metro, para dar maior estabilidade ao corpo;
• Deixar a face coberta, se possível;
• Manter firmemente agarrado a ferramenta que porventura esteja sendo transportada, de modo que ela não
se solte e não venha a ser projetada contra alguém.
Recaptulando
Conclusão

"Tenha iniciativa, pois não


receberá ordens para todas as
situações. Tenha em vista o
objetivo final."

http://comunidade.maiscomunidade.com

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