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Sumário
ATENÇÃO ............................................................................................................................... 44
MEMÓRIA ............................................................................................................................... 45
SENSOPERCEPÇÃO .............................................................................................................. 46
ALUCINAÇÕES ...................................................................................................................... 46
ILUSÃO ................................................................................................................................... 47
IMAGINAÇÃO ........................................................................................................................ 50
FABULAÇÃO ......................................................................................................................... 50
MITOMANIA .......................................................................................................................... 50
PENSAMENTO ....................................................................................................................... 51
ORIENTAÇÃO ........................................................................................................................ 52
INSTINTO ............................................................................................................................... 53
INTELIGÊNCIA ...................................................................................................................... 54
JULGAMENTO ....................................................................................................................... 54
EMOTIVIDADE ...................................................................................................................... 55
CONSCIÊNCIA ....................................................................................................................... 55
ESQUIZOFRENIA .................................................................................................................. 56
EPIDEMIOLOGIA .................................................................................................................. 57
SINTOMAS ............................................................................................................................. 58
TRATAMENTO ...................................................................................................................... 62
MANIA .................................................................................................................................... 64
HIPOMANIA ........................................................................................................................... 65
DEPRESSÃO ........................................................................................................................... 66
BULIMIA ................................................................................................................................. 70
ANOREXIA ............................................................................................................................. 71
SINTOMATOLOGIA .............................................................................................................. 76
DROGA .................................................................................................................................... 87
ANFETAMINAS ..................................................................................................................... 91
ESQUIZOFRENIA .................................................................................................................. 94
Para que os objetivos sejam alcançados, ou seja, para que tudo ocorra de uma
forma muito rápida e eficaz é necessária uma boa relação terapêutica
médico/psiquiatra/paciente, já que o próprio ambiente não é propício, pois um ambiente
emergencial dificulta a boa relação em razão de:
• Ansiedade do profissional ali envolvido e do paciente;
• Superlotação;
• Diversidade de patologias.
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Podemos adotar algumas medidas para aproximar o paciente do médico
examinador, para que haja uma melhora na avaliação:
Anamnese
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<http://www.neotecnologis.blogspot.com>.
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O examinador precisa diferenciar causas orgânicas das causas funcionais, pois
algumas causas orgânicas podem ser facilmente confundidas com transtornos
psiquiátricos. Não podemos avaliar somente a parte psiquiátrica. Pacientes, moradores
de rua e etilistas apresentam risco para algumas doenças:
Fatores de Risco
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http://www.saude.hsw.uol.com.br
1. Agitação psicomotora;
2. Intenção declarada de um plano específico, ou seja, disponibilidade de
meios para violência,
3. Sexo masculino; Pouca idade (entre 15 e 24 anos);
4. Baixa situação socioeconômica;
5. Fraco sistema de apoio familiar e de amigos;
6. História de tentativas de suicídio e estressores recentes.
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5. Agitação psicomotora (que é considerado um importante indicador, pois
quase sempre precede atos violentos);
6. Intoxicação;
7. Delírios paranoides;
8. Alucinações de comando.
Manejo
Comportamento Suicida
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http://www.jorgealbertorj.blogspot.com
O comportamento suicida é todo o ato pelo qual um indivíduo causa lesão contra
si mesmo, independente do grau e da intensidade da mesma. A Organização Mundial da
Saúde (OMS, 1996) define o suicídio como “a partir de um pensamento de
autodestruição, passando por ameaças, gestos, tentativas de suicídio e, finalmente, o
suicídio”.
Epidemiologia
Segundo a (OMS, 2003), o número de pessoas mortas por suicídio foi de 900 mil
pessoas na faixa etária de 15 a 35 anos. O suicídio está entre as três maiores causas de
morte global.
Aspectos Psicossociais
Não é fácil saber, ao certo, quantas pessoas que tentam suicídio têm ou não
problema psiquiátrico, pois a estimativa depende muito do momento em que a pesquisa
foi realizada.
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Os diagnósticos mais frequentes no caso de suicídio são:
• Transtorno de personalidade;
• Depressão;
• Alcoolismo.
Risco de Suicídio
FONTE: <http://www.iconocast.com>.
Segundo Morgan (1990), os indivíduos que estão mais propensos ao suicídio são
os que apresentam transtornos mentais, depressão (50% dos casos), esquizofrenia,
álcool, droga e uso de outras substâncias psicoativas.
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FONTE: http://www.brissoslino.wordpress.com
14
OBJETIVOS DE UM ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
http://www.click21.mypage.com.br
1. Estabilizar o quadro;
2. Estabelecer uma hipótese diagnóstica;
3. Excluir uma causa orgânica;
4. Fazer encaminhamento.
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http://www.portaldacoluna.com.br
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS
DOR TORÁCICA
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http://www.apucarana.pr.gov.br
17
FONTE: http://www.scielo.br
Pericardite aguda
http://www.musc.edu
Tromboembolismo pulmonar
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FONTE: http://www.catalog.nucleusinc.com
• Hemoptise;
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• Fadiga;
• Síncope;
• Dispneia;
• Cianose e até parada cardíaca.
Pneumotórax
FONTE: http://www.drpereira.com.br>.
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Dissecção aórtica
FONTE: <http://www.sbccv.org.br>.
• Hipertensão arterial;
• Idade avançada;
• Arteriosclerose;
• Doença do tecido conjuntivo.
Pneumonia
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FONTE: <http://www.fisiorespiratoria.com.br>.
→ Febre;
→ Calafrios;
→ Mialgia;
→ À ausculta pulmonar apresenta: murmúrio vesicular diminuído com
estertores subcreptantes;
→ Tosse produtiva.
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
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FONTE: http://www.consciencianodiaadia.com>.
Os transtornos psiquiátricos são responsáveis por 10% das causas de dor torácica
nos serviços de pronto-atendimento são eles:
• Transtorno de Ansiedade;
• Síndrome do Pânico;
• Depressão.
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GASTRITE, ESOFAGITE E ÚLCERA
FONTE: http://www.docelimao.com.br
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O paciente costuma apresentar desconforto ao alimentar-se e quando encontra-se
em repouso. A ingesta de álcool pode agravar bastante o quadro. A duração pode variar,
permanecer minutos ou horas. A gastrite e a úlcera são comuns e tendem a piorar o
sintoma com a palpação na região epigástrica.
DOR MUSCULAR
FONTE: http://www.afh.bio.br
DOR ÓSSEA
25
FONTE: <http://www.iafortopedia.com.br>.
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FONTE: Assistência Cirúrgica Intensiva – American College Of Surgeons.
Para que se tenha uma base correta, ou seja, um diagnóstico preciso da causa da
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dor torácica é necessário uma boa avaliação clínica, ou seja, uma excelente anamnese
contemplando todas as etapas. O auxílio do diagnóstico pode ser confirmado com
exames complementares, por exemplo: exame de sangue, radiografia de tórax,
eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada de tórax, teste de
esforço, cineangiocoronariografia, cateterismo cardíaco, angiotomografia da aorta, entre
outros.
SÍNDROME DE TIETZE
FONTE: http://www.clinicaverri.blogspot.com
28
FONTE: http://www.amazon.com>.
O Herpes Zoster é uma doença que causa inflamação nos nervos do tórax,
causando neurite. A dor localiza-se no trajeto do nervo, em forma de queimação, que se
apresenta quando o paciente encontra-se em repouso de duração prolongada. O local
afetado costuma ficar muito sensível ao toque, podendo causar dúvidas ao ser
diagnosticado no momento em que antecede o aparecimento de erupção cutânea com
pequenas bolhas, no percurso do nervo, que são típicas da doença.
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FONTE: http://www.rogeliocasado.blogspot.com>.
A QUESTÃO DO RISCO
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ético e moral de estar atualizados a respeito dos quadros psiquiátricos mais graves, para
prevenir agressão tanto para o paciente quanto aos demais.
FONTE: <http://www.www.pindamonhangaba.sp.gov.br>.
As IPCs cíveis constituem mais uma das consequências do descaso com que a
saúde pública é tratada no Brasil, pois geralmente essas determinações judiciais ocorrem
por solicitação de familiares de pacientes que não conseguem receber o atendimento de
31
que necessitam por meio dos recursos normalmente disponíveis.
40
FONTE: http://www.bairrodooriente.blogspot.com
ALTA E PEDIDO
32
FONTE: <http://www..scielo.br>.
ANSIEDADE
33
FONTE: http://www.lettersofpandora.blogspot.com>.
Atualmente a ansiedade tem sido citada por vários autores como uma das
doenças que mais tem acometido a população mundial, devido à competitividade e à
agitada dinâmica existencial da vida moderna – a Idade da Ansiedade –, associando a
este acontecimento psíquico a um consumismo desenfreado e por aí vai.
A sociedade contemporânea, por si só, já é um pré-requisito para o surgimento
de algum tipo de ansiedade ou transtorno de ansiedade. O homem “moderno” associou a
ansiedade a um fator de normalidade ou um destino comum, que estão atrelados de
alguma maneira. Por uma questão biológica a ansiedade sempre esteve presente em
todos os seres humanos ao longo dessa jornada, desde a era pré-histórica até a chegada
do homem à Lua. O que há de novo em tudo isso são as descobertas dos tipos e efeitos
da ansiedade sobre o psiquismo e o organismo humano. Todos nós temos um potencial
ansioso fisiológico, o que carrega o sentimento do “medo” que é inerente à ansiedade.
34
FONTE: <http://www.psiadolescentes.files.wordpress.com>.
A ansiedade faz parte da natureza humana, para sinalizar sinal de perigo, ameaça
pelo desconhecido e algum tipo de sofrimento. Hoje em dia a ansiedade passou a ser um
distúrbio, por conta do ser humano que não usa como um exercício de sobrevivência,
como era feito antigamente.
AGITAÇÃO PSICOMOTORA
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um rápido escalonamento da agitação, infligindo danos morais e/ou físicos ao próprio
paciente e aos demais. A violência pode ser entendida como uma agressão física
dirigida a uma determinada pessoa, por exemplo, os cuidadores, as mulheres, os negros.
A agitação psicomotora pode ser observada em diversos quadros psiquiátricos. De
maneira geral, todos os quadros psicóticos podem estar associados à agitação.
PSICOSES
FONTE: <http://www.oportalsaude.com.
MANIA
36
FONTE: http://www.sistemanervoso.com>.
EPILEPSIA
37
FONTE: http://www.socorrismo.wordpress.com
38
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<
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FATORES DESENCADEANTES PARA UM COMPORTAMENTO
AGRESSIVO
FONTE: <http://www.zona-s.pt>.
40
ambiente em que vive o paciente. Existem evidências que as regiões mais pobres
tendem a ser mais violentas. Por outro lado, os pacientes portadores de distúrbios
mentais tendem a ser violentos com algum membro da própria família, enquanto que na
população em geral, as vítimas tendem a ser indivíduos estranhos ao agressor.
ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA
41
• Deve-se ouvir a versão do paciente, considerar seriamente as suas
opiniões e informá-lo sobre sua evolução e tratamento;
• Identificar os fatores de melhora e piora no comportamento do paciente;
• Intervir junto à equipe e familiares;
• Providenciar para que as avaliações e medidas tomadas sejam
adequadamente registradas no prontuário do paciente, inclusive a periodicidade das
reavaliações;
• Considerar as abordagens e condutas mais adequadas após a avaliação
dos fatores de risco, da situação clínica e da segurança.
FONTE: http://www.viverossegundos.blogspot.com>.
43
exemplo, se comportam da mesma forma, por isso, analisar o comportamento do
paciente é mais do que procurar sinais e sintomas da psicopatologia;
• Devemos manter a privacidade do paciente em todos os momentos, no
banho, nos procedimentos clínicos, na inspeção física e na observação de
comportamento;
• Devemos tomar cuidado com a nossa comunicação não verbal,
especialmente com as expressões ao olhar para o paciente, para não sermos
interpretados de forma errônea.
ATENÇÃO
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• Espontânea ou passiva: Ocorre naturalmente ou modo instintivo.
• Voluntária ou ativa: É a atenção disciplinada ou forçada.
• Externa: Quando a atenção é dirigida para o meio externo.
• Interna ou subjetiva: Quando a atenção está voltada para o interior do
indivíduo.
MEMÓRIA
<http://www.esclerosemultipla.wordpress.com>.
45
memória compreende as amnésias, as hipermnésias, as paramnésias. A maioria
panorâmica corresponde a um afluxo de lembranças. Temos:
SENSOPERCEPÇÃO
FONTE: http://www.psiqweb.med.br>.
ALUCINAÇÕES
46
FONTE: http://www.coursejournal_medicina.blogs.sapo.pt>.
ILUSÃO
47
FONTE: http://www.topgi>.
SENSAÇÃO DE ESTRANHEZA
48
FONTE: http://www.mulher50a60.weblog.com.pt>.
TRANSFORMAÇÃO CORPORAL
49
FONTE: http://www.mairadanielle.blogspot.com>.
IMAGINAÇÃO
FABULAÇÃO
MITOMANIA
50
<http://www.joselitando.blogspot.com>.
PENSAMENTO
51
FONTE: <http://www.tracosdenanquim.wordpress.com>.
ORIENTAÇÃO
52
FONTE: <http://www.ead.ufms.br>
INSTINTO
<http://www.cine_ma.blogs.sapo.pt>
53
Pulsão inata. Podem ser:
• De autopreservação;
• De sexualidade;
• De associação.
INTELIGÊNCIA
FONTE: <http://www.brianoneal.blogspot.com>.
JULGAMENTO
54
SENSO ÉTICO
• Imoralidade;
• Hipermoralismo;
• Anormalidade Constitucional;
• Senso Moral Desviado.
AFETIVIDADE
EMOTIVIDADE
CONSCIÊNCIA
55
<http://www.palavrassussurradas.net>.
ESQUIZOFRENIA
56
http://www.sweettoxicant.blogspot.com
Transtorno do pensamento, doença descrita pela primeira vez por Emil Krapelin
em 1896, que classificou os vários quadros da doença como Demência Precoce. Bleuler
em 1911 deu o nome esquizofrenia após reorganizar os critérios para a demência
precoce. Para ele os sintomas fundamentais eram a desorganização do pensamento
(associação frouxa de ideias).
A perda da realidade ou a incapacidade de diferenciar o real do imaginário é
chamada de psicose funcional. Após anos de estudos não há evidências entre o
transtorno e os processos físicos do cérebro, porém com o avanço da medicina,
principalmente no campo da pesquisa farmacológica, os pacientes hoje estão com
medicamentos mais avançados e com maior eficácia, com isso, diminui o tempo do
surto e também o espaço de tempo entre um surto e outro está aumentando.
EPIDEMIOLOGIA
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
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Amigos e parentes podem notar que a pessoa mudou e que não está mais agindo
como antigamente. Durante este período pode começar a sentir-se ansioso, perplexo e
desenvolver interesse por ideias abstratas: filosofia, ocultismo, questões religiosas, etc.
Os transtornos esquizofrênicos são caracterizados, em geral, por distorções
fundamentais peculiares do pensamento e da percepção e por afeto inadequado. O
humor torna-se superficial ou incongruente.
SINTOMAS
SINTOMAS NEGATIVOS
• Apatia marcante;
• Pobreza de discurso;
• Embotamento afetivo (resultando em retraimento e diminuição do
desempenho social);
• Alterações no comportamento pessoal, como perda de interesse, falta de
objetivos, inatividade e retraimento social.
58
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Paranoide
FONTE: http://www.opiniaoenoticia.com.br
Hebifrênica
59
<http://www.robertoleite.assisfonseca.com.br>.
Catatônica
<http://www.boesesfee.blogspot.com>.
60
diminuição marcante de reação ao meio ambiente, de movimentos e atividades
espontâneas ou mutismo. Podendo apresentar também mutismo, excitação, postura
inadequada, negativismo, rigidez, flexibilidade cérea, obediência automática e
perseverarão de palavras e frases.
Simples
FONTE: <http://www.marcorsi.flogbrasil.terra.com.br>.
Residual
61
TRATAMENTO
FONTE: <http://www.parceirosdorim.com>.
• Terapia Medicamentosa;
• Terapia Medicamentosa mais psicoterapia;
• Psicoterapia;
• Métodos físicos (Eletroconvulsoterapia – ECT).
TRANSTORNOS DO HUMOR
62
FONTE: <http://www.brasilescola.com>.
63
FONTE: <http://www.ceumquezado.blogspot.com>.
MANIA
FONTE: <http://www.invisiblehappiness.blogspot.com>.
64
• Impaciência;
• Pensamento acelerado;
• Logorreia;
• Pensamentos de grandeza;
• Otimismo exagerado;
• Aumento da autoestima;
• Grande produtividade;
• Hiperbulimia;
• Abuso de álcool e/ou drogas, entre outros sintomas.
HIPOMANIA
FONTE: <http://www.psiqweb.med.br>.
65
família costumam não perceber esta alteração de humor. Geralmente confunde-se com a
recuperação da depressão e por isso o paciente está mais “animado”.
DEPRESSÃO
FONTE::
<http://www.fct.unl.pt>.
→ Apatia;
→ Angústia;
→ Desânimo e falta de energia;
66
→ Falta de motivação;
→ Diminuição da libido;
→ Insônia ou hipersonia;
→ Autoestima rebaixada;
→ Isolamento social;
→ Medo e desconfiança;
→ Sentimento de ruína, entre outros sintomas.
DEPRESSÃO E TRISTEZA
67
Quando a pessoa encontra-se deprimida, sabe que seus sentimentos diferem de
uma tristeza anteriormente vivida, pois na depressão a pessoa se isola, não quer a
companhia dos familiares e amigos, perde o interesse em tudo, não melhora pela força
de vontade e nem com o tempo se não for medicado.
FONTE: http://www.bigpen.com.br
68
→ Medicamento e Psicoterapia;
→ Psicoterapia.
90
FONTE: <http://www.temperomanero.com.br>.
• Antidepressivos;
• Estabilizadores do Humor (Sais de Lítio, Ácido Valproico e
Antipsicóticos);
• Ansiolíticos (ilustração acima à esquerda);
• Psicoterapia (ilustração acima à direita).
TRANSTORNOS ALIMENTARES
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FONTE: <http://www.itu.com.br>.
BULIMIA
70
FONTE: <http://fcivica.wordpress.com>.
ANOREXIA
71
93
FONTE: <http://nutriap.wordpress.com>.
Anoréxico
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→ Emagrecimento extremo;
→ Desenvolvimento psicossocial e sexual atrasado;
→ Sabem o valor nutricional de cada alimento;
→ Alteração dos sinais vitais;
→ Dificilmente menstruam;
→ Desnutrição grave, podendo levar à morte;
→ Constipação intestinal;
→ Ossos propensos às fraturas.
Bulímico
→ Perda de potássio;
→ Lesão no aparelho digestório;
→ Diminuição do interesse sexual;
→ Hipertensão arterial;
→ Irregularidade menstrual;
→ Tentam “compensar” seus problemas ingerindo grandes
quantidades de alimentos de uma só vez. No geral, são indivíduos
extremamente manipuladores, com isso dificulta o trabalho multiprofissional.
73
FONTE: <http://www.disturbioslimentares.blogspot.com>.
FONTE: <http://www.teletube.wordpress.com>.
74
TRANSTORNOS ANSIOSOS
FONTE: <http://www.iispoved.blogspot.com>.
75
FONTE: <http://www.ufmg.br>.
SINTOMATOLOGIA
76
FONTE: <http://familia.sapo.pt>.
AGITAÇÃO MOTORA
• Taquicardia;
• Taquipneia;
• Alterações das funções vitais;
• Relaxamento dos músculos da bexiga e intestinos;
• Agitação motora;
• Autoestima rebaixada;
• Sudorese excessiva;
• Boca seca;
• Paciente torna-se poliqueixoso, ou seja, refere-se a várias dores físicas,
principalmente musculares, fadiga, etc.
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ANSIEDADE FISIOLÓGICA
FONTE: http://upload.wikimedia.org
ANSIEDADE PATOLÓGICA
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• Em caso de problemas, há uma diminuição significativa da percepção;
• Ocorre uma redução da concentração;
• O paciente procura evitar problemas que envolvam tomadas de decisão.
FONTE:: <http://interessantte.blogspot.com>.
TRANSTORNO DO PÂNICO
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FONTE: http://www.nea.fe.usp.br
Sintomatologia
• Dispneia;
• Tontura;
• Sudorese;
• Náuseas;
80
• Calafrios;
• Astenia;
• Fadiga; Tremores
• Sensação de asfixia.
FOBIAS
FONTE: http://www.psicocinetico.blogspot.com
81
As fobias geralmente são medos patológicos desproporcionais ao estímulo, ela
pode focalizar-se sobre qualquer situação ou objeto, por exemplo: agorafobia (ilustração
abaixo).
FONTE: http://www.shootingstar1313.blogspot.com
FOBIA SIMPLES
FONTE: http://www.universo-da-mente.blogspot.com
82
com a mesma rapidez, no momento em que é afastado do objeto ou situação que lhe
cause medo. Portanto, esses pacientes fazem um esforço acima do normal para evitar
expor-se a determinados objetos/situações.
FOBIA SOCIAL
FONTE: <http://www.basenorte.com
83
nervoso ou que ficarão mudos e automaticamente esquecerão tudo ou, ainda, que
começarão a gaguejar. Devido a esse pensamento, o paciente evita qualquer situação de
exposição pública.
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS
FONTE: http://www.psicoastro.com>.
84
FONTE: <http://www.scielo.br>.
→ Ataxia;
→ Cegueira;
→ Convulsões;
→ Perda da sensibilidade cutânea;
→ Afonia.
TRATAMENTO
FONTE: http://www.sppt.org.br
85
Geralmente o tratamento consiste em:
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
86
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com
DROGA
87
FONTE: <http://www.martinhocarmona.com.br>.
DEPENDÊNCIA QUÍMICA
É a condição pela qual o indivíduo não consegue sentir prazer sem o uso da
substância.
FONTE: http://www.pletz.com
88
ABUSO DE DROGAS
FONTE: <http://www.paramedicos.com.mx>.
USO DE DROGAS
89
FONTE: http://www.sobiologia.com.br
90
FONTE: http://www.conexaojovemminas.com
→ Estimulantes do SNC;
FONTE: <http://www.brasilescola.com>.
ANFETAMINAS
91
FONTE: <http://neuromed88.blogspot.com>.
92
TRANSTORNO MENTAL ORGÂNICO
FONTE: http://neurologiadavisao.blogspot.com
93
de pessoa para pessoa, porém todos os pacientes apresentam uma diminuição do nível
de consciência que afeta a capacidade do indivíduo em perceber com clareza o mundo
exterior. O paciente apresenta o seguinte quadro:
ESQUIZOFRENIA
SINTOMAS
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sintomas positivos e negativos.
Sintomas Positivos
Sintomas Negativos
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Pode inclusive ser um enfermeiro de saúde escolar ou um conselheiro a começar a notar
estas mudanças. É importante dizer-se que é muito fácil interpretar incorretamente estes
comportamentos, associando-os à idade.
CAUSAS
Sabe-se atualmente que não existe uma única causa, mas sim várias que
concorrem entre si para o seu aparecimento, sendo muitas as teorias que surgiram para
explicar esta doença.
Teoria Genética
FONTE: http://www.insa.pt>.
A teoria genética admite que vários genes podem estar envolvidos, contribuindo
juntamente com os fatores ambientais para o eclodir da doença. Sabe-se que a
probabilidade de um indivíduo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso
desta doença na família. No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a prevalência
da doença nos descendentes diretos é de 12%.
É o caso do esquizofrênico matemático norte-americano John Nash, que divide
com o filho, John Charles Martin, a mesma doença. Na situação em que ambos os pais
se encontram atingidos pela doença, esse valor sobe para 40%. No entanto, mesmo na
ausência de história familiar, a doença pode ainda ocorrer. Segundo Gottesman (1991),
referenciado por Pedro Afonso (2002), sabe-se ainda que cerca de 81% dos doentes com
esquizofrenia não têm qualquer familiar em primeiro grau atingido pela doença e cerca
de 91% não têm sequer um familiar afetado.
96
Teoria Neurobiológica
Teoria Psicanalítica
Teoria Familiar
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hipótese, relacionando aquele comportamento mais com etiologias neuróticas e não com
a psicose.
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Esquizofrenia Paranoide
98
FONTE: http://www.cronicascineviperas.blogspot.com
Esquizofrenia Desorganizada
99
FONTE: <http://www.noticiarionet.blogspot.com>.
Esquizofrenia Catatônica
100
FONTE: http://www.facultad-mental.blogspot.com
Esquizofrenia Indiferenciada
101
FONTE: http://www.neuromed87.blogspot.co
Esquizofrênia Residual
102
FONTE: http://www.segind.blogspot.com
FONTE: http://www.jornallivre.com.br
103
para que se possa procurar uma ajuda rápida.
FONTE: http://www.projectosaude.nevogilde.2bsmart.org
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sistema de recompensa cerebral, além de estar relacionado também à dor e ao
processamento emocional.
Quando observamos os mecanismos de ação das diferentes drogas de abuso
verificamos que todas apresentam uma relação direta ou indireta com um ou mais destes
neurotransmissores, como veremos a seguir.
COCAÍNA
FONTE: http://www.fiocruz.br>
105
134
FONTE: http://www.cotianet.com.br>.
MACONHA
106
135
107
FONTE: http://www.clinicamillerdepaiva.com>.
NICOTINA
108
FONTE: http://www.becodosgatos.com.br>.
ÁLCOOL
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FONTE: http://www.dgaiec.min-financas.pt
110
do abuso de álcool ou de outras drogas.
Para exemplificar o Prof. Luís Caetano cita a cerveja, bebida bastante divulgada
e consumida no Brasil. Vamos admitir que cada garrafa (600 ml) tenha, em média, de
4% a 5% de álcool. Logo, três garrafas e meia de cerveja perfazem 80 gramas de álcool.
Se considerarmos que o teor alcoólico da pinga, do uísque e da vodca é dez vezes maior
do que o da cerveja dá para imaginar o que acontece. Um copo de qualquer uma dessas
bebidas corresponde a 64 gramas de álcool, portanto beirando o limite que, na maioria
dos casos, leva à cirrose, que é uma doença que evolui invariavelmente para o óbito.
O grande problema é que ninguém duvida de que tomar uma caipirinha ou uma
cerveja, de vez em quando, é agradável. A coisa complica com a repetição em todo fim
de semana que pode levar à dependência, sobretudo nos indivíduos com história
familiar de alcoolismo. Também não faz diferença o tipo de bebida escolhido, pois o
que conta é a quantidade de álcool ingerida diariamente ou quase todos os dias. Por
outro lado, se houver predisposição genética, mesmo em quantidades menores o álcool
pode provocar cirrose hepática.
111
constituída por um ou mais defeitos congênitos, tais como: más-formações no coração,
membros, crânio e face. Também baixo peso ao nascer e grande dificuldade em
aumentar de peso e estatura, além de retardo mental.
A anemia é bastante comum nos alcoólatras, o que pode ser causado por
desnutrição e deficiência de vitaminas e de ácido fólico. As lesões vão surgindo
lentamente e, quando o indivíduo é alertado pelo médico, muitas vezes já está com
cirrose hepática ou com outros problemas graves de saúde.
Síndrome de Dependência
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subitamente aparecem sintomas físicos e psíquicos de abstinência. Na fase inicial da
dependência, os sintomas de abstinência (ansiedade, insônia e irritabilidade) são leves e
intermitentes e causam pouca incapacidade, por isso o paciente pode não atribuí-los
como um sinal de dependência ao álcool. Nas fases mais graves da dependência os
sintomas de abstinência são mais marcantes, tais como: tremores, sudorese, aumento da
pulsação, náuseas, vômitos, insônia, agitação, ansiedade. Nesses casos mais graves
podem ocorrer convulsões e as manifestações clínicas do chamado “Delirium Tremens”.
Esta é uma forma mais intensa e complicada da abstinência alcoólica. É considerado um
quadro psiquiátrico grave que necessita de tratamento hospitalar. Caracteriza-se por um
estado de confusão mental. O paciente não consegue conversar, confunde objetos e
pessoas, não sabe informar sobre datas ou local onde se encontra, não consegue prestar
atenção em nada. Um traço comum no “Delírium Tremens”, mas nem sempre presente,
são as alucinações táteis e visuais em que o doente “tem visões” de insetos (baratas,
formigas...) ou animais asquerosos (ratos, cobras...), próximos ou junto ao seu corpo.
Esse tipo de alucinação pode levá-lo a um estado de agitação violenta para tentar
livrarse dos animais que o atacam. Cabe ao profissional de saúde fazer o diagnóstico da
síndrome de abstinência, o seu tratamento bem como das complicações clínicas e
psiquiátricas associadas. O manejo clínico desses quadros clínicos é fundamental no
tratamento da dependência do álcool e representa uma oportunidade para motivar o
paciente a permanecer no tratamento. · Reinstalação da síndrome após abstinência:
Após período de abstinência que pode ser de dias ou meses, assim que o indivíduo volta
a beber em curto espaço de tempo ele passa a ingerir no mesmo padrão de dependência
anterior.
Fenômeno da Dependência
113
A fixação de uma pessoa no comportamento de busca do álcool obedece a esses
dois mecanismos. No começo a busca é pelo prazer que a bebida proporciona. Depois
de um período, quando a pessoa não alcança mais o prazer obtido anteriormente, não
consegue mais parar porque sempre que isso é tentado surgem os sintomas
desagradáveis da abstinência e para evitá-los ela mantém o uso do álcool.
Atualmente há medicamentos modernos que podem ajudar a manter a
abstinência, os quais devem ser prescritos e acompanhados pelo médico. Esses
medicamentos atuam sobre tais mecanismos: a Naltrexona inibe o prazer dado pelo
álcool, impedindo o reforço positivo; o Acamprosato diminui o mal-estar causado pela
abstinência, bloqueando o reforço negativo.
Fenômeno da Tolerância
114
ocupada com a busca e consumo da bebida. Ele continua bebendo apesar das evidências
claras dos prejuízos físicos, psicológicos, familiares e sociais que vem sofrendo.
115
recuperados, pessoas bem e mal intencionadas (charlatões).
Dessa maneira, não é de se estranhar que uma grande quantidade de mitos tenha
proliferado no campo da dependência química. Entre eles, podemos citar a visão moral
da dependência química, a ausência de recuperação, a necessidade de “fundo de poço”,
para que se pudesse dar início a um tratamento com possibilidade de recuperação e o
conceito de que qualquer tipo de recaída poria tudo a perder.
Esses mitos não só carregam um grande estigma para o paciente dependente,
mas também dificultam a sua recuperação, pois atuam diretamente na autoestima e na
motivação. Felizmente, a evolução científica tem trazido uma nova luz para a ciência da
dependência química e nos últimos vinte anos estudos realizados têm evidenciado que a
dependência química é também um quadro cerebral, além de um transtorno psicológico
e social.
Há evidências de que o cérebro está profundamente afetado nas alterações
causadas pelo uso de drogas psicoativas. O sistema de recompensa cerebral, que
envolve os neurotransmissores (dopamina e endorfina), parece ficar ativado de forma
específica pelo álcool, cocaína, anfetaminas, opioides e canabioides, de modo que, após
o início do uso regular dessas drogas, o processo de dependência química segue o seu
percurso bastante independente da vontade individual.
Estes estudos têm trazido resultados práticos muito importantes, dentre eles o
novo enfoque de ver a dependência química como uma doença crônica, o aparecimento
de formas mais específicas de psicoterapia comportamental para abordagem da
dependência química, bem como o surgimento de medicamentos modernos para o
tratamento da dependência do álcool, tabaco e heroína.
Estratégias do Tratamento
116
Um modo de ajudar o paciente neste estágio é fazer com ele um quadro dos riscos e
benefícios de usar a substância alcoólica. O estágio seguinte é o de contemplação, onde
o paciente está conseguindo avaliar, de forma mais clara, os custos e benefícios de usar
a bebida e já considerar a hipótese de mudar o seu comportamento.
Nesta etapa o médico pode ajudá-lo a avaliar quais situações o deixam mais
suscetível a beber e encontrar uma estratégia para evitá-las ou enfrentá-las de forma
eficiente. A fase seguinte é da ação, quando o paciente já se decidiu pela mudança do
comportamento e alterações concretas, podem ser feitas mediante a interrupção total do
uso de bebidas alcoólicas (abstinência). A chamada “desintoxicação” pode ser feita em
casa ou, em casos mais graves, em hospital, mas sempre sob cuidado médico.
Nesse período é fundamental um exame médico completo com solicitação de
exames laboratoriais, com especial atenção para o fígado e sistema nervoso a fim de
avaliar os danos físicos e mentais decorrentes do álcool. A dosagem sanguínea das
transaminases é um exame importantíssimo e barato que permite diagnosticar doenças
do fígado em fase relativamente precoce. O ideal seria solicitar as transaminases (TGP e
TGO) e a Gama GT. Este último exame é importante para avaliar as condições em que
se encontra o fígado de quem bebe.
O próximo estágio de mudança é o da manutenção da abstinência. O paciente já
parou o consumo do álcool, fez mudanças concretas no comportamento e agora se
reúnem estratégias para ele não recair, ou seja, manter-se abstinente. A maioria dos
estudos mostra que a abstinência deve ser total e completa. Uma “bebidinha” de vez em
quando abre caminho novamente para a recaída na grande maioria dos casos. Assim, é
preciso muito esforço e apoio, com envolvimento do cônjuge e demais familiares, para
que o paciente fique distante das bebidas alcoólicas e de outros produtos que contém
álcool.
De fato, se existe um cônjuge ou uma família, o prognóstico é melhor e o
trabalho com ambos os cônjuges – individual e conjuntamente – deve começar
prontamente. Contudo, é importante salientar que estes estágios de mudança de
comportamento em relação ao consumo do álcool não são lineares, ou seja, o paciente
ao longo do tratamento flutua entre esses estágios, podendo ocorrer recaídas que não
devem ser interpretadas como retorno ao estágio zero. As experiências anteriores do
paciente podem representar aprendizados que o ajudam a voltar à abstinência. A cada
recaída o paciente pode retroceder a qualquer estágio do processo de mudança.
A psicoterapia comportamental desempenha papel fundamental na recuperação.
117
Procura buscar com o paciente os motivos que o levam a beber e auxiliá-lo na resolução
dos conflitos objetivando a construção de uma personalidade mais madura e capaz de
lidar com as adversidades sem precisar se refugiar na bebida.
Os grupos de autoajuda também desempenham um papel muito importante na
recuperação, sendo recomendável matricular o paciente nos Alcoólatras Anônimos
(AA) e o cônjuge no “Al-Anon”.
Não se deve subestimar a importância da religião, particularmente por ser o
alcoólatra uma pessoa dependente e que necessita de muito suporte. O aconselhamento
religioso – quer por sacerdote católico ou por pastor evangélico – poderá também
contribuir significativamente para o sucesso do tratamento.
Recaída
118
substâncias está relacionado a episódios de violência doméstica. As formas de violência
doméstica afetam não somente os cônjuges, mas também as crianças e os idosos,
influenciando o bem-estar físico e psicológico de toda a família.
Ênfase na identificação e no desenvolvimento de estratégias eficazes de
abordagem de ambos os problemas (violência doméstica e uso de substâncias) pode
contribuir para a redução da violência e de seu impacto sobre a saúde das próximas
gerações. A associação entre violência e uso de drogas tende a complicar e impor
desafios adicionais no tratamento de mulheres que sofrem de ambas as condições.
Geralmente as mulheres com histórico de violência doméstica têm maior
dificuldade em confiar em outras pessoas, incluindo profissionais de saúde. A
habilidade do clínico em romper esta barreira é crítica para o estabelecimento de uma
relação profissional efetiva. O profissional de saúde deve primeiro garantir a segurança
da paciente, fornecendo informações sobre o acesso às delegacias dos direitos da
mulher, devendo, contudo, evitar a confrontação direta com o companheiro violento, já
que essa abordagem pode acarretar o aumento da agressividade e dos ataques contra a
vítima.
O período que se segue a um episódio de violência é oportuno para se romper o
ciclo por meio do encaminhamento para tratamento do dependente em clínicas
especializadas com psiquiatras e/ou psicólogos, conforme a necessidade. A sugestão de
tratamento pode ser mais bem recebida pelo dependente de drogas nesse momento em
que se encontra invadido por sentimentos de culpa e renova promessas de mudança.
É importante ter em mente que ambas as condições (violência doméstica e uso
de substâncias) têm caráter crônico, com recaídas frequentes. Consequentemente, o
processo de mudança é complexo e demorado, exigindo estratégias eficazes de
abordagem de ambos os problemas.
A paciente deve ser encorajada a participar das reuniões de grupos de mútua
ajuda
(Alcoólicos Anônimos-AA e Narcóticos Anônimos-NA ou Al-Anon e Nar-Anon
para familiares, ou Mulheres que Amam Demais Anônimas-MADA envolvidas em
relações abusivas). É recomendável que o profissional de saúde esteja familiarizado
com esses grupos disponíveis na comunidade.
119
O entendimento dos fatores de risco e das características do uso de drogas (não
esquecer que o álcool também é uma droga) entre os jovens poderia auxiliar na
prevenção do vício. Uma questão fundamental na adolescência é o distanciamento do
jovem do contexto familiar e a consequente individualização de sua conduta, que passa
a agir por conta própria em relação à família. O estresse e a ansiedade advindos dessa
fase da vida aumentam a vulnerabilidade dos adolescentes à pressão dos amigos.
Se por um lado ganham autonomia em relação a seus pais, por outro lado
adquirem uma forte aliança com seus colegas. Nesse movimento, a influência do grupo
e a “modelagem”, isto é, a imitação de determinado padrão de comportamento a partir
de um líder torna o adolescente especialmente vulnerável. Comportamentos de risco
fazem parte do processo e geralmente vêm associados a sentimentos de grandiosidade e
de “onipotência juvenil”, que induzem à negação do potencial de perigo inerente a tais
comportamentos.
Assim, o adolescente se questiona e tende a se adaptar aos modelos de
comportamento “adulto” de que dispõe, sendo o uso de álcool, tabaco e outras drogas,
apenas mais um dentre vários modelos. É o caso dos jovens que bebem sem
responsabilidade, entrando nas baladas para se firmarem perante aos demais de seu
grupo e daí para consumir outras drogas é apenas um passo a mais. O abuso acarreta
acidentes automobilísticos, sexo sem responsabilidade, pois alcoolizado não se
preocupa em usar camisinha, daí o perigo da AIDS.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
120
A prevenção secundária deve ser entendida como um prolongamento da
prevenção primária, quando esta não alcançou os efeitos necessários. O nível secundário
de prevenção se aplica quando o indivíduo está em dificuldades que o levam a pensar
em consumir a droga ou mesmo já está consumindo de maneira não contínua por
simples curiosidade. Neste caso, a pessoa ainda não é um dependente, mas o risco de se
tornar é cada vez maior. Os métodos de abordagem devem ser feitos tanto por uma
comunicação mais dirigida e específica para aprofundar o diálogo quanto conhecer mais
profundamente a droga utilizada, seus efeitos e problemas.
Na prevenção terciária, os métodos se confundem com o tratamento ou
reabilitação. Aqui, o indivíduo que consumia droga eventualmente por simples
curiosidade, com a repetição, perde completamente o controle sobre o comportamento
de consumidor eventual e se torna um “dependente”, ou seja, consumidor compulsivo.
Este nível terciário tem o objetivo de evitar a recaída e visa reintegrar o indivíduo à
sociedade. Essa prevenção atua antes, durante e depois do tratamento.
Antes do tratamento objetiva auxiliar o dependente a solicitar ajuda, ou seja,
conscientizá-lo de que seu problema não pode ser resolvido só por ele mesmo. Durante
o tratamento a prevenção age evitando que o tratamento seja interrompido. Após o
abandono das drogas a prevenção tem como meta auxiliar o indivíduo a se reintegrar
socialmente, evitando recaídas. Os mecanismos pelos quais o álcool atua no cérebro,
assim como as alterações cerebrais produzidas pelo seu consumo crônico, ainda não
estão compreendidos, sendo que a maioria dos estudos indica a participação dos
sistemas dopaminérgicos, serotoninérgicos e principalmente gabaérgicos.
O sistema de recompensa associado ao uso do álcool, além dos neurônios
dopaminérgicos da área tegmental ventral e núcleo accumbens, inclui também estruturas
que usam o ácido gama-aminobutírico (GABA) como transmissor, tais como o córtex,
cerebelo, hipocampo, colículos superiores, inferiores e a amígdala.
OPIOIDES
121
FONTE: http://www.ff.up.pt
122
FONTE: http://www.portalmaratimba.com
Depressoras
123
e os sinais dessa diminuição: úteis como medicamentos em casos nos quais o SNC do
animal está funcionando “muito acima do normal” (CARLINI, 1994).
Os hipnóticos são substâncias que determinam graus variados de depressão do
SNC. Esta depressão depende de alguns fatores, como a via de administração, dose da
substância hipnótica e maior ou menor sensibilidade do paciente à droga. Assim é que
pode ocorrer sedação, que é um grau mais superficial de depressão e que corresponde a
uma sonolência acompanhada de discreto relaxamento muscular, com diminuição da
ansiedade (SOLERO et al., 1999).
Aprofundando-se mais, surge a hipnose, estado de depressão semelhante ao sono
fisiológico e que dele se distingue pelo fato de, na hipnose induzida por drogas, haver
um encurtamento daquela fase do sono paradoxal ou de movimentos açulares rápidos,
que corresponde à fase dos sonhos e é benéfica para a estabilização psíquica (KAPLAN
et al., 2002). Atualmente, de acordo com a importância clínica, encontram-se
propriedades hipnóticas nos benzodiazepínicos, nos barbitúricos e em um terceiro grupo
que poderíamos chamar de substâncias não benzodiazepínicas e não barbitúricas, que
engloba um número variado de substâncias farmacologicamente hipnóticas, mas com
pouco uso clínico (SILVA, 1998).
Exemplos: álcool, soníferos ou hipnóticos (drogas que promovem o sono –
barbitúricos, alguns benzodiazepínicos, etc.), ansiolíticos (acalmam; inibem a ansiedade
benzodiazepínicos, tais como diazepam, lorazepam, etc.), opiáceos ou narcóticos
(aliviam a dor e dão sonolência – morfina, heroína, codeína, meperidina, etc.), inalantes
ou solventes (FRANÇA, 2001).
Estimulantes
São aquelas que estimulam atividade do SNC, fazendo com que o estado de
vigília fique aumentado (portanto, diminui o sono), haja excitação, aumento da
atividade motora, etc. Em doses mais elevadas chegam a produzir sintomas
perturbadores do SNC, tais como convulsão (CARLINI, 1994).
Muitos medicamentos podem estimular o sistema nervoso central, uns de modo
predominante, outros de modo secundário. A estimulação pode exteriorizar-se sob a
forma de moderada elevação no estado de alerta, excitação, agitação e até convulsões. A
124
hiperexcitabilidade pode ser um efeito indesejado ou esperado ou resulta da alteração do
equilíbrio entre os sistemas excitatórios e inibitórios do SNC (KING et al. 1992).
Aproximava da dose que produzia convulsões e arritmias, além disso, os
estimulantes psicomotores (anfetaminas e congêneres) criam problemas de tolerância,
de abuso e de dependência (SILVA, 1998). Os declínios do uso de estimulantes do SNC
se devem aos seguintes fatores: os estimulantes não eram antagonistas específicos, a
duração de ação dos estimulantes era geralmente mais curta que aquela dos depressores
do SNC, a dose necessária para reverter a depressão grave do SNC se aproximava da
dose que produzia convulsões e arritmias, além disso, os estimulantes psicomotores
(anfetaminas e congêneres) criam problemas de tolerância, de abuso e de dependência
(SILVA, 1998).
Exemplos: Cafeína, nicotina, anfetamina, anorexígenos e cocaína. Anfetamina –
Empregada como vasoconstritor e estimulante. Protege o doente com excesso de sono e
age também como moderador do apetite (SOLLERO et al., 1999).
Anorexígenos
Perturbadoras
Nesse grande grupo temos as drogas que produzem uma mudança qualitativa no
funcionamento do SNC. Assim, alterações metais que não fazem parte da normalidade.
Por essa razão, são chamadas de piscoticomiméticas, ou seja, drogas que mimetizam
psicoses (CARLINI, 1994). A ação de cada psicotrópico depende: do tipo da droga, da
via de administração, da quantidade, do tempo, da frequência de uso, da absorção e
eliminação desta pelo organismo.
A ação de cada psicotrópico depende: do tipo da droga, da via de administração,
da quantidade, do tempo, da frequência de uso, da absorção e eliminação desta pelo
organismo e da associação com outras drogas (FLANAGAN et al., 1994). A retirada
brusca da droga de um animal dependente pode levar ao aparecimento de uma gama de
sinais e sintomas que constituem a síndrome de abstinência, sendo os mais frequentes a
125
fraqueza, irritação, tremores, insônia, cólicas, vômitos, hipertermia, hipotensão e
convulsões violentas, podendo ser confundidas com crises epilépticas (LOWE, 2003).
A suspensão da droga deve ser feita com o acompanhamento médico, começa-se
oferecendo uma dose do psicotrópico semelhante àquela última que vinha sendo usada,
diminui-se então, progressiva e paulatinamente, a dose até chegar-se ao ponto em que,
com zero miligrama da droga durante vários dias, o paciente não apresente nenhum
sinal de necessidade física ou psíquica do barbitúrico. Nesse momento, o ser humano
está liberado para retornar a sua residência (BREIMER, 1977).
TRANSTORNO DISSOCIATIVO
FONTE: http://www.Filme.numb>.
126
neurológica. As funções comumente afetadas são a memória, a consciência da própria
identidade, sensações corporais e o controle dos movimentos corporais.
Esses acometimentos estão, por definição, ligados a algum evento
psicologicamente estressante na vida do paciente, cuja ligação costuma negar e
consequentemente o psiquiatra precisa de auxílio para detectar. Dada a comprovação da
inexistência de um fator físico detectável, sua rápida instalação e a preservação das
demais funções mentais e neurológicas, as pessoas diretamente prejudicadas pelo
distúrbio do paciente consideram simuladores.
Esses casos ainda não foram inteiramente compreendidos, o que não significa
que sejam simulações. Reconhecemos nossa ignorância e justamente por ela não temos
como negar sua existência. Por enquanto admite-se a existência da paralisia neurológica
e psiquiátrica, uma de bases definidas, outra de bases indefinidas, justamente como foi
no passado com a neurologia.
AMNÉSIA DISSOCIATIVA
FONTE: http://www.comentariosemserie.com>.
127
O principal aspecto é a perda da memória, usualmente para eventos recentes
importantes, graves o suficiente para serem tomados como simples esquecimento. Deve
ser comprovada a impossibilidade de uma causa orgânica como medicamentos ou
problemas cerebrais. A amnésia costuma acontecer para eventos traumáticos, como
acidentes ou perdas inesperadas, podendo ser específica para determinados temas, por
exemplo: em uma determinada boate onde ocorreu um incêndio o paciente não se
recorda dos comentários de outras pessoas a respeito do cheiro de fumaça instantes
antes do pânico generalizado; também não se lembra de alguém que tentava orientar a
multidão ou outra pessoa que tentou ajudá-la, somente dos doces, das bebidas, das
músicas e com quem conversou.
Na maioria das vezes o paciente sabe que perdeu parte da memória, alguns se
aborrecem com isso, outros ficam indiferentes e despreocupados. Os adultos jovens, os
adolescentes e as mulheres são os mais acometidos por esse problema. Há técnicas
como a hipnose ou outras formas de relaxamento que permitem ao profissional
experiente penetrar na parte “esquecida” da mente do paciente e fazê-lo contar o que
houve. Em certos casos, psicoterapias podem também fazer com que o paciente se
conscientize do que presenciou.
FUGA DISSOCIATIVA
FONTE: http://www.mortalbutinvincible.blogspot.com
Na fuga dissociativa o indivíduo repentinamente perde todas suas recordações,
inclusive de sua própria identidade. Inesperadamente essa pessoa muda-se de
128
localidade, de cidade ou de estado, assumindo outra identidade, função e vida por vários
dias. Durante esse período não se lembra nada de sua vida passada nem tem consciência
de que se esqueceu de algo. Seu comportamento é compatível com as normas sociais de
maneira que ninguém percebe algo errado naquela pessoa, exceto por ser um forasteiro.
Vive de forma simples, um pouco recluso, com modéstia. Subitamente recobra toda a
memória, excetuando-se o período enquanto viveu a fuga dissociativa. Com o
restabelecimento da memória a pessoa recobra sua vida anterior.
Raramente esse episódio dura meses, mas dias ou horas.
DESPERSONALIZAÇÃO / DESREALIZAÇÃO
FONTE: http://www.clinicadialetica.com
129
despersonalização é a alteração da sensação de realidade do mundo exterior, sendo
preservada a sensação sobre si. Contudo, ambas podem acontecer simultaneamente. A
classificação norteamericana não distingue mais a desrealização da despersonalização,
encarando-as como o mesmo problema.
Contrariamente ao que o nome pode sugerir a despersonalização não trata de um
distúrbio de perda da personalidade: este problema, inclusive, não tem nenhuma relação
com qualquer aspecto da personalidade normal ou patológica. O aspecto central da
despersonalização é a sensação de estar desligado do mundo como se, na verdade,
estivesse sonhando. O indivíduo que experimenta a despersonalização tem a impressão
de estar em um mundo fictício, irreal, mas a convicção da realidade não se altera.
A desrealização é uma sensação e não uma alteração do pensamento como
acontece nas psicoses, em que o indivíduo não diferencia realidade da “fantasia”. Na
despersonalização o indivíduo tem preservado o senso de realidade apesar de ter uma
sensação de que o que está vendo não é real. É comum a sensação de ser o observador
de si próprio e até sentir o “movimento” de saída de dentro do próprio corpo, de onde se
observa a si mesmo de um lugar de fora. A ocorrência eventual das sensações de
despersonalização ou desrealização é comum. Algumas estatísticas falam que
aproximadamente 70% da população já experimentaram alguma vez esses sintomas, não
podendo se constituir num transtorno enquanto ocorrência esporádica.
Porém, se acontece continuamente ou com frequência, proporcionando
significativo sofrimento, passa a ser considerado um transtorno. A severidade pode
chegar a um nível de intensidade tal que o paciente deseja morrer a continuar vivendo.
O diagnóstico desse transtorno dissociativo só pode ser feito se outros transtornos foram
descartados como as síndromes psicóticas, estados de depressão ou ansiedade,
especialmente o pânico. Nessas situações as despersonalizações e desrealizações são
comuns, constituindo-se em um sintoma e não em um transtorno à parte. Não há
tratamento eficaz conhecido para esses sintomas isoladamente.
PERSONALIDADE MULTIPLICA
130
FILME SYBIL (ABORDA O TRANSTORNO DE PERSONALIDADE
MÚLTIPLA)
FONTE: http://www.imageshack.us
Ao contrário do que poderia parecer, este transtorno nada tem a ver com os
transtornos de personalidade. Está classificado entre os transtornos dissociativos
porque existem várias personalidades dentro de uma só pessoa e essas não são
necessariamente patológicas. No transtorno de personalidade não há amnésias, mas uma
conduta rotineiramente inadaptada socialmente. O aspecto essencial da personalidade
múltipla é a existência de duas ou mais personalidades distintas dentro de um indivíduo,
com apenas uma delas evidenciando-se a cada momento.
Cada personalidade é completa, com suas próprias memórias, comportamento e
gostos de forma bastante elaborada e complexa. As personalidades são muito
independentes umas das outras, sendo possível inclusive terem comportamentos
opostos, por exemplo, uma sendo sexualmente promíscua e outra recatada. Em alguns
casos há completo bloqueio de memória entre as personalidades, noutros há
conhecimento, podendo gerar rivalidades ou fraternidades. O observador externo que só
conheça uma das personalidades não notará nada de anormal com esta pessoa. As
personalidades podem ser do sexo oposto, ter idades diferentes e até de outras raças.
O primeiro episódio de mudança de personalidade pode ser precedido de um
evento forte, como uma tragédia. Com o passar do tempo essa pessoa pode continuar
tendo as “viradas” na personalidade sem fatores precipitantes. A mudança de uma
personalidade para outra pode ser súbita ou ocorrer em uma espécie de período
131
confusional transitório, pode acontecer durante uma sessão de relaxamento ou de
psicoterapia. Nada se sabe a respeito das causas desse transtorno, mas admite-se que é
mais frequente do que se suspeitava antigamente. Atualmente as psicoterapias são as
únicas formas de abordagem dos casos. Não há uma medicação eficaz.
FONTE: http://www.apsicologiaresponde.blogspot.com>.
132
situação. Ao contrário de uma pessoa que repentinamente passa a necessitar de uma
cadeira de rodas, por exemplo, esses pacientes reagem com relativa tranquilidade e
indiferença à sua incapacidade física, não se importando com seu problema.
FONTE: http://www.cicloceap.com.br>.
133
Os órgãos dos sentidos especiais como audição, visão podem ser afetados
provocando surdez, visão turva, cegueira, visão em túnel. Tanto ambos os lados podem
ser acometidos simultaneamente como de um lado só. Novamente esses pacientes não
se ferem por causa de seu transtorno, mas se isso acontecer como fato isolado não se
poderá excluir o diagnóstico. Tanto as alterações motoras como as sensoriais costumam
ser limitadas a um período de tempo com completa recuperação posterior, mas o mesmo
quadro ou outro semelhante pode surgir após a recuperação.
ALEXITIMIA
FONTE: http://www.definicion.de>.
134
ALEXITIMIA NA POLÍTICA E NO CRIME
FONTE: http://www.psicologia.spaces.live.com>.
135
provável etiologia biológica para a Alexitimia, enquanto a conferência de Heidelberg
classificou-a juntamente com os transtornos psicossomáticos. Durante os 20 anos
seguintes um grande número de estudos clínicos constatou a presença de características
alexitímica em porcentagens variadas nos pacientes que sofriam distúrbios clínicos e
psiquiátricos diferentes, tais como, no abuso de substâncias, na dor psicogênica, nos
transtornos alimentares, nas depressões típicas ou mascaradas, nos ataques do pânico,
nos transtornos somatoformes, na personalidade borderline e transtornos sociopáticos da
personalidade, bem como em indivíduos normais.
Na política, Sifneos escolheu como modelo de Alexitimia três reconhecidos
criminosos de guerra como exemplo: Hoess, Eichmann e Hitler. Rudolf Hoess foi
comandante do campo de concentração de Auschwitz de 1941 a 1944. Escreveu um
livro ao esperar sua execução em 1949. Segundo essa autobiografia, dizia ter trabalhado
de acordo com suas próprias decisões e consciência. Seu único confidente era seu pônei.
Ele mesmo reconhece, no livro, ser incapaz de ter quaisquer sentimentos para qualquer
pessoa, “mesmo para com minha irmã”. Disse não ter conseguido lembrar-se de ter
experimentado qualquer sentimento por ocasião da morte de seu pai.
Escreveu ainda que as matanças de prisioneiros nas câmaras de gás sob suas
ordens não produziam nele nenhuma emoção, inclusive, que elas ajudavam “sua mente
descansar”.
Adolf Eichmann era o oficial das SS nazistas e responsável pelo transporte de
prisioneiros para campos de concentração. Durante seu julgamento pelos bárbaros
crimes de guerra cometidos, deixou claro não ter tido nenhum sentimento sobre a
monstruosidade de seus crimes, nem o mais ligeiro traço de remorso.
Sobre a quantidade de pessoas exterminadas nos campos de concentração que
ele ajudou a transportar, limitou-se a dizer em seu julgamento que: “Eu não sou nenhum
estatístico, mas uns seis milhões devem ter sido mortos. Apenas obedeci a ordens e
aquele era meu trabalho. Se houvesse um milhão, ou cem milhões, teria feito a mesma
coisa”.
Dentre as centenas de livros escritos sobre Hitler, um deles de extraordinária
importância, e com mais de 700 páginas, foi publicado pela Universidade de Oxford em
1953. Trata-se da transcrição de monólogos de Hitler em uma atmosfera doméstica e
relaxada, durante o almoço e o jantar, com um grupo dos colegas membros do partido,
com militares e secretárias. Martin Borman foi o secretário que fez essas anotações.
Segundo a introdução do professor Trevor, Hitler era um pensador sistemático.
136
Sua mente era grosseira, estreita, rígida e cruel. Apesar de seus discursos serem sempre
bem preparados, suas conversas na intimidade eram espontâneas e mostravam um
verdadeiro retrato vívido de sua mente. As conversas se mostravam completamente
triviais, dotadas de materialismo estreito e repugnante.
Hitler era bastante rígido, sem tolerância. Na maioria das vezes parecia não
haver nenhuma palavra que denotava sentimentos. Declarava com sinceridade que
costumava gastar dez horas ou um dia todo pensando somente sobre assuntos militares e
que sua vida inteira poderia ser resumida no esforço de persuadir pessoas. Em outro
livro interessante sobre ele, Hitler`s Mistakes (1984), conclui que não havia nenhuma
emoção humana. Simplesmente não permitia a ninguém se aproximar de sua intimidade,
mesmo porque, em termos de sentimentos, parecia ser uma pessoa completamente
vazia. Segundo Lewin: “é minha opinião que Hoess, Eichmann e Hitler eram
alexitímicos”.
As consequências da Alexitimia na medicina, na política e no crime são
perigosas. O ideal seria que as pessoas eleitas não somente governassem e cumprissem
certos interesses, mas, deveriam possuir as qualificações éticas e os sentimentos que nos
distinguem dos animais e que são característica do ser humano normal. Alexitimia,
resumindo, é uma marcante dificuldade para o uso apropriado da linguagem para
expressar e descrever sentimentos, bem como a dificuldade para diferenciar com
precisão as sensações corporais e uma impressionante capacidade para fantasias.
137
REFERÊNCIAS
138
FLANAGAN, R. J.; IVES, R. J. Abuso de substâncias voláteis. Boletim de
narcóticos, XLVI(2):50-78, 1994.
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
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GRANT, S.; LONDON, E. D.; NEWLIN, D. B. et al. Activation of memory
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IKEMOTO, S.; GLAZIER, B. S.; MURPHY, J. M., MCBRIDE, W. J. Role of
dopamine D1 and D2 receptors in the nucleus accumbens in mediating reward. J.
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