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Nº 2, Abril de 2017

Documento Científico
Departamento Científico de Pneumologia

Tabagismo: O Papel do Pediatra


Departamento Científico de Pneumologia
Presidente: Paulo Augusto Moreira Camargos
Secretário: Carlos Antonio Riedi
Conselho Científico: Bernardo Kierstman, Cássio da Cunha Ibiapina, Débora Carla Chong e Silva,
Gilvan da Cruz Barbosa Araujo, Maria de Fátima B. Pombo March,
Murilo Carlos Amorim de Britto

Epidemilogia do tabagismo no Brasil

O tabagismo é um grave problema de saú- Quando avaliou-se a quantidade de cigarros


de pública, com comprovado impacto econômi- consumidos diariamente, observou-se o mesmo
co, social e ambiental em todo o mundo. Fatores padrão demográfico para os tabagistas de 20 ci-
sócio-demográficos como idade, sexo, escolari- garros ou mais por dia, somando 4% da popula-
dade e condição econômica estão relacionados ção estudada com predomínio entre homens e
diretamente à iniciação e à manutenção do ta- com escolaridade de até oito anos. Em todas as
bagismo. Dados epidemiológicos demonstram faixas etárias pesquisadas o consumo intenso de
redução global significativa da prevalência de cigarros foi abaixo de 10%.2
fumantes em áreas urbanas. O número de fu-
mantes no Brasil diminuiu de forma importante
do ano de 1989 para 2003, com aproximada- Tabagismo na gestação
mente 35% de queda.1

No conjunto da população adulta das 27 ca-


Estima-se no Brasil que uma em cada quatro
gestantes seja fumante e cerca de metade delas
pitais brasileiras estudadas pelo VIGITEL - Vigi-
não consiga abandonar o hábito, mesmo depois
lância de Fatores de Risco e Proteção para Do-
de esclarecidos os seus riscos.3
enças Crônicas por Inquérito Telefônico (BRASIL
2012) a frequência de fumantes foi de 12,1%, Estudos epidemiológicos internacionais apon-
com predomínio no sexo masculino. Para ho- tam predomínio significativo do tabagismo entre
mens e mulheres, o vício foi maior antes dos 25 as gestantes adolescentes com menos de 20 anos,
anos de idade ou após os 65 anos e especial- bem como, as com menor escolaridade (ensino
mente alto entre homens e mulheres com até médio incompleto), mães solteiras e aquelas que
oito anos de escolaridade (21,1% e 12,2%, res- não iniciaram os cuidados pré-natais antes do
pectivamente), excedendo em quase duas vezes primeiro trimestre, denotando importantes fa-
a frequência observada entre entrevistados com tores de risco sociais para a manutenção deste
12 ou mais anos de estudo.2 vício na gestação.4

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Tabagismo: O Papel do Pediatra

A importância de se combater o tabagismo ta, alterações cognitivas e alterações respira-


na gestação apoia-se em evidências de que tórias ao longo da vida.3,5,6
fumar neste período relaciona-se com efeitos
Efeitos deletérios de outros compostos do
deletérios aos recém–nascidos, como o au-
cigarro sobre o feto também já foram cienti-
mento do risco de aborto espontâneo, retardo
ficamente comprovados, como o do monóxido
do crescimento intrauterino, parto prematuro
de carbono (CO) que leva à hipoxemia fetal
e redução do peso ao nascer, sendo o baixo
e consequente hiperviscosidade sanguínea e
peso ao nascer (peso<2.500g) um importante
outros que levam à redução da imunidade e
preditor de mortalidade infantil.3,5,6
de vitaminas essências levando ao risco au-
Dentre as substâncias existentes no cigar- mentado de infecções e ruptura placentária
ro, a nicotina é a principal responsável pelos precoce. 3,5,6
efeitos danosos na gravidez. Provoca vaso-
Medidas que desencorajem o ato de fumar
constrição dos vasos uterinos e placentários
durante a gestação podem reduzir o risco de
e consequente redução da disponibilidade de
complicações para o concepto e contribuir
oxigênio para o feto. Age diretamente sobre o
para a redução da mortalidade perinatal.
tecido nervoso e adrenal fetal, levando a neu-
rotoxicidade e diminuição da reposta reflexa A exposição de mulheres grávidas não fu-
da adrenal e redistribuição sanguínea de cate- mantes ao tabagismo ambiental (fumantes
colaminas, respectivamente. Estudos compro- passivas) está associada a uma série de des-
vam ainda a ação da nicotina sobre o cresci- fechos perinatais adversos, incluindo menor
mento do pulmão e das pequenas vias aéreas. peso ao nascer, circunferência cefálica menor
Os efeitos descritos resultam em retardo de e morte fetal, bem como menor comprimento
crescimento intrauterino, risco de morte súbi- de nascimento.5

Tabagismo passivo: crianças, as mais vulneráveis

A preocupação com os efeitos do tabagis- a exacerbação do efeito maléfico do cigarro


mo passivo é pertinente, uma vez que pessoas nesta faixa etária. 7-10
expostas ao tabagismo ambiental têm maior Os efeitos do tabaco sobre o sistema res-
chance, em relação às não expostas, de de- piratório, alto e baixo, são edema na mucosa
senvolver doenças, mesmo sem haver o ato de respiratória, hipertrofia e hiperplasia celular,
fumar propriamente dito. 7 redução do clearence mucociliar, hiperplasia
Entre os fumantes passivos, as crianças das adenoides e dos cornetos nasais e desen-
são as mais afetadas, por passarem mais tem- volvimento pulmonar prejudicado. 7-10
po expostos à fumaça, principalmente quan- Os principais sintomas decorrentes do ci-
do o fumante é a mãe ou cuidador e por se- garro nas crianças são tosse crônica, exacer-
rem impotentes na mudança desta situação. bações frequentes e gravidade de sibilância
O sistema mais afetado parece ser o respira- e ainda afecções respiratórias como rinite,
tório e a faixa etária mais atingida a abaixo laringite, otite, tonsilite, bronquiolite, bron-
de 5 anos de idade. A taquipneia fisiológica quite, traqueíte e pneumonia. Alguns estudos
da infância, o desenvolvimento incompleto sugerem que o tabagismo passivo em lacten-
do aparelho respiratório e o volume de subs- tes esteja associado a menor capacidade in-
tâncias danosas inaladas por quilograma de telectual, maior risco de morte súbita e grave
peso parecem ser os fatores envolvidos com acometimento respiratório e imunológico. 7-10

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Estudo avaliando 327 crianças em pronto- dita-se que o tabagismo passivo na infância
-atendimento, demonstrou prevalência de também seja causa frequente de neoplasia de
21,6% de tabagismo passivo e que as crianças pulmão na vida adulta, principalmente naque-
expostas ao tabagismo compunham de modo les com exposição igual ou superior a 25 maços
significante o grupo com mais de quatro idas ao de cigarros/ano, em que dobra os riscos para
serviço de emergência / ano e com necessida- carcinoma pulmonar em relação aos que não
de de tratamento com antibióticos de mais de 2 estiveram expostos.7-10
vezes / ano, quando comparado às crianças não
A relação dose-resposta já foi comprovada,
expostas.11
onde quanto maior a quantidade de cigarros fu-
Evidências mostram que a exposição pré- mados pela mãe maior o risco de doenças respi-
-natal e na primeira infância ao tabagismo ratórias agudas nas crianças. O pediatra precisa
ambiental é fator predisponente para o início estar atento e ser agente importante na iden-
do hábito de fumar na adolescência, devido à tificação, orientação dos riscos e extinção do
neurotoxicidade decorrente da nicotina. Acre- tabagismo passivo da vida de nossas crianças.

Tabagismo do adolescente

Os adolescentes são os mais susceptíveis considerados os principais estímulos à iniciação


ao tabagismo e à sua iniciação. A curiosidade ao tabagismo em estudantes entre 14 e 19 anos
por experimentar novas sensações e a neces- de idade, avaliados em Calcutá, Índia.15 O mesmo
sidade de afirmação no meio onde vivem são foi percebido pelo grupo da Universidade de Ma-
fatores que colaboram para que não comemo- ryland, EUA, onde a (o) companheira (o) fumante
remos a redução deste vício nesta faixa etária.12 e a exposição ao tabagismo passivo domiciliar fo-
Estudo alemão avaliou o perfil de crianças ram os fatores relatados.16
e adolescentes entre 7 e 17 anos que iniciam o A associação de bebidas alcoólicas constitui
tabagismo e constatou que a cada 20 entrevis- fator preponderante ao consumo de derivados de
tados um havia experimentado cigarro ao me- tabaco. O consumo de álcool mostrou-se o fator
nos uma vez e a probabilidade de tabagismo foi de risco de maior impacto em análise multivaria-
maior em adolescentes com idade mais avança- da, realizada no estudo realizado com adolescen-
da, meninos, com pouco apoio familiar e aque- tes escolares moradores de Salvador – Bahia.17
les que referiam sentimento de insatisfação e
Documentos secretos da indústria tabagista,
injustiça na escola.13
tornados públicos em ações judiciais nos EUA, re-
Vários fatores já foram indicados como for- velaram que crianças, adolescentes e jovens são
tes influenciadores da iniciação do tabagismo no alvos importantes da propaganda de cigarros.
adolescente, com destaque para as relações so- Muito embora no Brasil, desde 2000, por meio da
ciais, o uso concomitante de álcool e propagandas lei 10.167, a propaganda direta tenha sido proi-
do cigarro.12 bida na TV, em rádios, jornais, revistas e outdoors,
Estudo avaliando mais de 7000 indivíduos na ela é permitida nos pontos de venda, os quais en-
escola e na comunidade, revelou que a presença tão, tornaram-se mais numerosos, sofisticados e
de irmão e namorada (o) fumante, foi o dado que atraentes em uma linguagem própria do jovem
melhor explicou o tabagismo nos jovens estuda- incluindo termos em inglês. No Brasil, também é
dos, aumentando o risco individual à iniciação proibido o patrocínio de eventos esportivos e cul-
tabágica, especialmente nas comunidades me- turais por marcas de cigarros que compensam o
nos favorecidas.14 O melhor amigo, seguido do fato promovendo bares e baladas e estando ainda
pai, do irmão e do astro de cinema favorito foram mais próximo deste público tão vulnerável.12,18

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Tabagismo: O Papel do Pediatra

Cigarros Eletrônicos

Os cigarros eletrônicos (e-cigaretts) foram consumo de cigarros eletrônicos entre os estu-


lançados em 2004 e consistem em um dispositi- dantes do ensino médio cresceu 900 por cento
vo à bateria que vaporiza nicotina para inalação. entre 2011 e 2015, e os dispositivos ultrapassa-
Já foram comprados por milhões de pessoas e as ram os cigarros tradicionais.22 Vários pesquisa-
vendas estão aumentando tão rapidamente que dores americanos demonstram grande preocu-
alguns analistas preveem que eles vão superar as pação sobre o que a inalação de nicotina pode
vendas dos cigarros tradicionais, dentro de uma gerar. Efeitos da exposição à nicotina podem
década. Ao mesmo tempo que o cigarro eletrôni- provocar dependência, redução dos reflexos, dé-
co fornece níveis mais baixos de toxinas resultan- ficits de atenção e dificuldades de raciocínio e
te da combustão de um cigarro convencional, sua transtornos de humor.22
segurança não está comprovada. O que se sabe Apesar de resultados contraditórios, os cigar-
até o momento é que estes produtos variam mui- ros eletrônicos se popularizaram como método
to na quantidade de nicotina e de outros produ- de apoio à cessação do tabagismo, contudo estu-
tos químicos que constituem o vapor que libera do realizado com adolescentes e jovens america-
a nicotina como o formaldeído, uma substância nos demonstrou que crianças e adolescentes ex-
com forte comprovação cancerígena.19-21 A vapor postos à nicotina são mais propensos a se tornar
aquecido ao máximo e aspirado profundamente viciado em cigarros tradicionais e outras drogas,
leva à lesões da vias aéreas.21 confirmando que o dispositivo pode induzir e ser-
Os cigarros eletrônicos estão massivamen- vir de estímulo para o vício. A mesma pesquisa
te divulgados em mídia eletrônica (internet) e apontou a adição de sabores adocicados ao vapor
apesar de não termos dados nacionais, nos EUA do cigarro eletrônico como o principal fator deste
o uso deste dispositivo tem aumentado assusta- dispositivo a atrair a atenção das crianças, adoles-
doramente entre os adolescentes.20 Neste país o centes e jovens.19,20

Cigarros com Aditivos – Cigarros Mentolados

Documentos de indústrias do tabaco confir- O mentol interage de forma sinérgica com


mam que a fabricação de cigarros aromatizados a nicotina, potencializa seu efeito e estimula o
com aditivos que conferem sabor, especialmente nervo trigêmeo, obtendo efeitos sensoriais e
o mentol, surgiram da necessidade de atrair jo- tornando os produtos ainda mais aceitável. Os
vens para o vício, pois encobririam o gosto desa- aditivos em combustão formam novos compos-
gradável decorrente da inalação da fumaça e sua tos que se somam aos 4000 produzidos pelo ci-
refrescância aliviaria a sensação de queimação na garro convencional, sendo já comprovado que
garganta.22 Estudos mostram que além de serem da queima do mentol resultam compostos can-
mais atrativos aos jovens, estes equivocadamen- cerígenos.24
te, acreditam que os cigarros mentolados fazem Desde 2012 a ANVISA luta para a proibição
menos mal à saúde. Efeitos associados como sen- dos aditivos de tabaco. Chegou a ser aprovada a
sação de frescor e de limpeza e entorpecimento lei que proibiria a comercialização destes produ-
leve são relatados pelos consumidores, talvez de- tos no Brasil, mas por força de uma liminar, estes
vido a esse fato os estudos mostram que jovens produtos estão sendo vendidos livremente hoje.
que se tornam dependentes do tabaco utilizando Depois de três anos o Superior Tribunal Federal
cigarros mentolados raramente migram para mar- voltaria a rever o assunto em novembro deste
cas não mentoladas.23,24 ano, mas a pauta foi adiada.

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Narguilé

O Narguilé ou Arguile é um utensílio que A concentração de carboxihemoglobina (COHb)


lembra um cachimbo, utilizado para fumar. Sua encontradas em fumantes de narguilé é consi-
origem é controversa, mas sua maior penetração deravelmente superior (10,1%) quando compa-
é na cultura árabe. A principal característica é o rados aos fumantes de cigarros (6,5%) e de não
fato da fumaça passar pela água antes de chegar fumantes (1,6%).25
ao fumante. O tabaco utilizado neste dispositivo Em estudo nacional avaliando a prevalência
costuma ter odor e sabor adocicados e agradá- e o perfil dos escolares que utilizam o nargui-
veis.25 A concentração de nicotina neste produto lé constatou-se que, nesta população, está as-
é extremamente alta. Uma hora inalando o vapor sociado com melhor classe econômica (escolas
do narguilé corresponde a 100 cigarros comuns; particulares), com o aumento da idade (faixa
os riscos para a saúde são incalculáveis.25 etária) e com estar trabalhando (melhor poder
Quando a fumaça do narguilé é comparada de compra do equipamento). Neste estudo a
com a de um cigarro convencional, apresenta prevalência entre os escolares pesquisados, de
maiores concentrações de monóxido de carbono, 10 a 19 anos foi de 19,7%, sendo o local e as
nicotina, alcatrão, metais pesados, hidrocarbone- companhias os principais estimulantes referi-
tos aromáticos (cancerígenos) e aldeídos voláteis. dos para o uso.26

O que o pediatra pode fazer?

Quando 350 pediatras, de diversas subespecia- nossos jovens estão atraídos pelas novidades e
lidades e com variados tempos de formação foram dispositivos que fornecem fumaças adocicadas
entrevistados, 96% relataram abordar verbalmente ou refrescantes e que dão a eles a falsa ideia de
o tema em suas consultas de rotina, mas nenhum que são menos deletérios à saúde.
deles relatou executar ações mais efetivas, como Esses achados sugerem a necessidade de uma
sugerir tratamento para cessação ou encaminha- prevenção firme e consistente para este grupo
mento do fumante para serviços especializados.27 com foco no apoio social da escola e dos pais.
Embora as leis antitabagismo em locais pú- Quanto ao tabagismo passivo, precisamos
blicos já estejam consolidadas, a prevalência do agir rápido. O impacto clínico e social das afec-
tabagismo ainda é alta. ções respiratórias na infância deve nos motivar a
Algumas informações já estão firmadas: o enxergar o tabagismo passivo como uma doença
tabagismo começa na faixa etária de responsa- pediátrica, identificá-lo sistematicamente na prá-
bilidade do pediatra, atinge todas as camadas tica diária e buscar erradicá-lo, incansavelmente,
sociais, especialmente, as menos favorecidas, da vida de nossas crianças.

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Tabagismo: O Papel do Pediatra

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA


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Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Cláudio Barsanti (SP)
Doenças Raras: COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA
PEDIÁTRICA (CANP) Gilberto Pascolat (PR)
Educação Física: Virgínia Resende S. Weffort (MG) Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Coordenador: Ricardo do Rego Barros (RJ) Isabel Rey Madeira (RJ)
Luciana Rodrigues Silva (BA) CONVERSANDO COM O PEDIATRA
Victor Horácio da Costa Júnior (PR) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Patricia Guedes de Souza (BA) Valmin Ramos da Silva (ES)
Alex Pinheiro Gordia (BA) PORTAL SBP Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Maria Teresa Quadros (BA) Flávio Diniz Capanema (MG) Tânia Denise Resener (RS)
Metodologia Científica: COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA João Coriolano Rego Barros (SP)
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) José Maria Lopes (RJ) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Cláudio Leone (SP) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Marisa Lopes Miranda (SP)
Pediatria e Humanidade: Altacílio Aparecido Nunes (SP) CONSELHO FISCAL
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Titulares:
Luciana Rodrigues Silva (BA) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Núbia Mendonça (SE)
Christian Muller (DF) Luciana Rodrigues Silva (BA) Nélson Grisard (SC)
João de Melo Régis Filho (PE) Dirceu Solé (SP) Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Transplante em Pediatria: Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Suplentes:
Themis Reverbel da Silveira (RS) Joel Alves Lamounier (MG) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Irene Kazue Miura (SP) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES João de Melo Régis Filho (PE)
Carmen Lúcia Bonnet (PR) Fábio Ancona Lopez (SP) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Adriana Seber (SP)
Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Fabiana Carlese (SP) Joel Alves Lamounier (SP) Presidente:
Altacílio Aparecido Nunes (SP) José Martins Filho (SP)
DIRETORIA E COORDENAÇÕES: Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG) Vice-presidente:
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Flávio Diniz Capanema (MG) Álvaro de Lima Machado (ES)
PROFISSIONAL EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA Secretário Geral:
Maria Marluce dos Santos Vilela (SP) Renato Procianoy (RS) Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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