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IMUNIDADE INATA

Fagocitose, Sistema Complemento e Resposta


antiviral
Resposta Imune
 Imunidade INATA vs. Imunidade ADAPTATIVA
Resposta Imune
Imunidade Inata
 Defesas presentes desde o nascimento
 Respostas imediatas para nos proteger contra invasões.
 Mesmo padrão e magnitude de resposta
 Não envolve o reconhecimento de um micróbio específico.
 Não apresenta resposta de memória

Resposta inicial aos microrganismos que previne, controla ou elimina a infecção


do hospedeiro por muitos patógenos

RESPOSTA
INFLAMATÓRIA
Reconhecimento na Imunidade Inata

 Reconhecimento da invasão por algum microrganismo →


RECEPTORES DE RECONHECIMENTO DE PADRÕES (PRRs)

Imunidade Inata → nº limitado de Sistema imune inato reconhece ~ 1.000


receptores INVARIÁVEIS que produtos microbianos ou de células
reconhecem microrganismos ou danificadas
produtos de células danificadas.

Estruturas comuns a muitos patógenos

Agente Biológico → PAMP (pathogen


associated molecular pattern) padrões
moleculares associados aos patógenos
Material Genético
Agente Físico → DAMP (damage
associated molecular pattern) padrões
moleculares associados ao dano
Resposta Inflamatória (Ação dos Fagócitos)
• Reconhecer padrões
microbianos (PRRs)

• Fagocitar

• Secreção de
CITOCINAS e
QUIMIOCINAS

• Processo
inflamatório
Sistema Complemento
 A inflamação local e a fagocitose dos microrganismos
invasores podem ser desencadeadas pela ativação do
SISTEMA COMPLEMENTO

Conjunto de mais de 20 proteínas


produzidas pelo fígado que
circulam no sangue e nos tecidos
ao longo do corpo.

Defesa inicial contra patógenos que


estão presentes do lado de fora
das células do hospedeiro em
algum estágio do seu ciclo de vida
Ativação do Sistema Complemento
Ativação do Sistema Complemento

Via Clássica: a proteína plasmática C1q detecta


anticorpos ligados na superfície do microrganismo ou
outra estrutura → Com a C1q ligada à porção Fc dos
anticorpos, duas serinoproteases associadas (C1r e C1s)
se tornam ativas e iniciam uma cascata proteolítica
envolvendo outras proteínas do complemento.
Ativação do Sistema Complemento

Via Alternativa: é disparada quando


uma proteína do complemento chamada
de C3 reconhece diretamente certas
estruturas da superfície microbiana (ex.
LPS bacteriano)
Ativação do Sistema Complemento

Via da Lecitina: disparada por uma


proteína plasmática chamada de lectina
ligante de manose (MBL), que reconhece
resíduos de manose terminal nas
glicoproteínas e nos glicolipídios
microbianos.
Ativação do Sistema Complemento

O reconhecimento dos microrganismos por qualquer uma das três vias do


complemento RESULTA na ativação de COMPLEXOS PROTEASES (a primeira é a
protease C3 convertase que cliva a proteína C3 em C3a e C3b).
Ações do Sistema Complemento

MAC: complexo de
ataque à membrana)
Atividade em Sala – Estudo de Caso

 Trata-se de uma criança de 13 anos de idade, do sexo masculino,


Atividade em natural e residente em Lisboa, filho de pais consanguíneos, que foi
Grupo referenciada ao Serviço de Imunoalergologia por quadro de
infecções recorrentes graves. Aparentemente saudável até aos 2
meses de idade, altura em que iniciou quadro de febre, tosse
produtiva e sibilância, tendo sido internado por pneumonia durante
um mês. Aos 2 anos foi internado com o diagnóstico de sinusite
aguda complicada. Ainda aos 2 anos de idade foi internado com o
diagnóstico de meningite pneumocócica. Seis meses mais tarde
ocorreu novo internamento por meningite pneumocócica. Aos 3 anos
foi internado com diagnóstico de osteomielite. Aos 6 anos teve mais
3 internamentos, com os diagnósticos de meningite pneumocócica,
sinusite etmoido-maxilar e otomastoidite. Aos 7 anos, ocorreu novo
quadro de pneumonia. A partir desta idade as principais
complicações infecciosas foram do foro otorrinolaringológico,
algumas com necessidade de internamento. Refira-se que para
além dos quadros infecciosos graves descritos, o doente sofreu
múltiplos episódios de otite média aguda e amigdalite que
motivaram adenoidectomia aos 2 anos e amigdalectomia aos 11
anos.
Atividade em Sala – Estudo de Caso

Atividade em  SUSPEITA: IMUNODEFICIÊNCIA


Grupo  INVETIGAÇÃO: exames de rotina, normais.

Exames Resultados
Sorologia HIV negativa
Dosagem de Anticorpos normais
Contagem de Linfócitos normais
Funcionamento de Fagócitos (DHR) normal
Dosagem total de proteínas do complemento não detectável
(CH100)
Atividade em Sala – Estudo de Caso

Dosagem de Frações Resultados


Atividade em
dos Sistema
Grupo
Complemento
C3 Não dosável
C3a 32ng/dl (VR: 1200-2450)
C5 16mg/dl (VR: 11,4-15,0)
C6 1,9mg/dl (VR: 4,5-9,6)
C7 12,5mg/dl (VR: 4,9-7,0)
C8 8,9mg/dl (VR: 11,217,2)
C9 27,5mg/dl (VR: 12,5-26,5)
Imunodeficiência primária com déficit do fator do complemento C3
Foram efetuados doseamentos de C3 e CH100 no pai, mãe e nos três irmãos,
encontrando-se uma diminuição ligeira de C3 no pai e nos três irmãos, sendo
normal o valor da mãe. Todos são assintomáticos.
Atividade em Sala – Estudo de Caso

 Dentre as imunodeficiências primárias (congênitas), é comum os


Atividade em defeitos do sistema complemento?
Grupo
 Sendo uma deficiência de C3, qual das vias de ativação do sistema
complemento está afetada?

 Quais as características clínicas associadas a indivíduos com


deficiência de C3?

 É comum se observar que as infecções recorrentes nos pacientes com


deficiência dos sistema complemento se iniciem após 3-4 meses de
vida. Qual a explicação mais provável para esse fato?

 Quais as medidas devem ser tomadas para melhorar a qualidade


de vida do paciente?
ABBAS, Abul K., LICHTMAN, Andrew H, PILLAI, Shiv. (2012).
Imunologia Celular e Molecular. 7ª edição. Rio de Janeiro:
Elsevier.

MURPHY, Kenneth. (01/2014). Imunobiologia de Janeway.


8ª edição. Porto Alegre: Artmed. [Minha Biblioteca].
Retirado de
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97885
82710401/

Referências Bibliográficas
nsbarsotti@anhembi.br

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