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BACHARELADO EM ENFERMAGEM

PRODUÇÃO ÚNICA - ESTUDO DIRIGIDO DE CASO

INGRID VIEIRA DOS SANTOS

Texto dissertativo apresentado no curso de


Enfermagem da Faculdade AGES de
Lagarto, como um dos pré-requisitos para
obtenção da nota parcial nas disciplinas de
Psicologia (Calila Caldas), Epidemiologia e
Vigilância à Saúde (Wendel Fren), Saúde do
Trabalhador (Silvio César), Imunologia
(Daniel Queissada) e Semiologia (Silvio
César)
Orientador(a): Allan Ulisses
Turma: 4º período
Turno: Noturno

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO


PRODUÇÃO ÚNICA MÁXIMA OBTIDA
1. ESTRUTURA 0,10
( ) Introdução
( ) Desenvolvimento
( ) Conclusão
2. CORRESPONDÊNCIA DO TEXTO COM O 0,10
CASO/PROBLEMA
3. CONTEÚDO APRESENTADO 1,00 SENDO =
3.1.Introdução 0,10
3.2.Desenvolvimento 0,80
( ) Resumo dos Problemas
( ) Fundamentação Teórica e Discussão
3.3.Conclusão 0,10
4. VOCABULÁRIO ADEQUADO E GRAMÁTICA 0,20
( ) Vocabulário (variedade e científico)
( ) Gramática (acentuação, ortografia, regência,
emprego adequado dos pronomes, conjunções, tempos
e modos verbais, preposições e pontuação)
5. COESÃO (construção de períodos – repetições de 0,20
palavras e frases incompletas)
6. COERÊNCIA (encadeamento de ideias) 0,20
7. NORMAS TÉCNICAS (ABNT) 0,20
TOTAL 2,00

Lagarto/SE
Maio de 2019
1. INTRODUÇÃO
Gabriel de 23 anos mora em Simão Dias com a mãe e o irmão de 6 anos.
Gabriel estuda Enfermagem na Faculdade AGES de Lagarto. Ele contou a sua turma
que o seu irmão não estava bem, reclamava de dor muscular, estava espirrando e
tossia de mais e foi diagnosticado com virose. Além do mais, a mãe de Gabriel
também encontrava-se mal e poderia ser por conta do Transplante Renal ao qual ela
foi submetida por conta de Insuficiência Renal que ela desenvolveu devido ao Lupus.
As alternativas para solucionar a problemática do irmão de Gabriel é submetê-
lo a tratamento com antivirais e da mãe monitora-la quanto ao transplante para evitar
uma possível rejeição do órgão e continuar a trata o Lupus.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Resumo dos problemas
Os problemas do caso resumem-se no sistema imunológico do irmão e da mãe
de Gabriel. O irmão está apresentando imunidade baixa, por isso irei dissertar e
argumentar sobre o sistema imune: tipos de imunidade; como o sistema imune inato
reconhece um corpo estranho e descrever como o sistema imunológico pode detectar
uma célula infectada por vírus. A mãe de Gabriel apresenta Lúpus Eritematoso e
Insuficiência Renal Crônica seguida de transplante renal, então irei também dissertar
sobre os aspectos das patologias da mãe de Gabriel.
2.2 Fundamentação teórica e Discussão
Os dois principais tipos de imunidade são: imunidade inata, a qual é um
conjunto de estratégias do sistema imunológico que nasce com o ser humano;
imunidade adquirida ou adaptativa é a que o ser humano adquire ao longo da vida. O
sistema imune inato reconhece um corpo estranho após a entrada dele no organismo,
sendo assim, o sistema reconhece o corpo estranho através de Receptores de
Reconhecimento Padrão (PRR), utilizando Padrões de Moléculas Associados a
Patógenos (PAMPs). Quando algum PAMP é detectado ocorre a fagocitose do mesmo
por células da imunidade inata ou secreção de enzimas, que podem destruir as
membranas dos corpos estranhos. (PARSLOW, 2004)
O irmão de Gabriel teve um diagnóstico de virose. As Células Natural Killer
(NK) possuem capacidade de verificar e inspecionar as células do hospedeiro em
busca de sinais de anormalidade de expressão protéica que indicam que as mesmas
abrigam um vírus. O Sistema Imunológico, mais especificamente as NK selecionam
seus alvos baseados em: ausência do que é próprio, já que todas as células
expressam proteínas do complexo de histocompatibilidade principal, a célula que não
possuir essas proteínas se torna um alvo e é destruída; alteração do que é próprio,
células infectadas que sofrem danos no DNA por vírus, podem expressar proteínas
atípicas em sua superfície, essa expressão faz com que as NK destruam a célula em
questão. Os receptores das células NK podem funcionar como PRR. (PARSLOW,
2004)
Para Felix et al. (2018), Insuficiência renal crônica (IRC) é considerada um
problema de saúde pública devido complicações por conta da hipertensão arterial e
diabetes melittus, no entanto, a mãe de Gabriel evoluiu para tal e foi submetida a um
transplante renal por conta do Lúpus, doença autoimune. O cliente logo após receber
o enxerto renal está sempre correndo risco de rejeição. Faz-se necessário que o
mesmo receba as informações adequadas para poder conviver com a possibilidade
concreta de rejeição com o novo modo de vida que terá de assumir: agora sem as
sessões de hemodiálise, mas como fato do uso diário das medicações
imunossupressoras. (LIRA e LOPES, 2010)
Ainda mais, os transplantados renais devem ser cuidadosamente
acompanhados no ambulatório e receberem orientação sobre dieta alimentar, a
medicação e os exercícios, prevenção de infecções, dentre outros. Eles devem ser
considerados um grupo com necessidades específicas, pois o sucesso na evolução
do transplante se confronta com as complicações presentes ou potenciais após a
cirurgia. (LIRA e LOPES, 2010
Lúpus Eritromatoso Sistêmico é uma doença crônica inflamatória autoimune, a
qual a mãe de Gabriel é acometida, que é causada por ação de diversos auto
anticorpos que são produzidos por desequilíbrio do sistema imunológico, esses auto
anticorpos se ligam aos seus antígenos e formam imunocomplexos que ativam o
Sistema Complemento (SC) para então iniciar a quimiotaxia e inflamação tecidual. O
Lúpus pode ocorrer em qualquer idade e sexo, porém atinge predominantemente
mulheres em idade fértil. A patologia do lúpus é influenciada por fatores genéticos,
ambientais e hormonais, no entanto, atualmente o fator genético é considerado
essencial para o desenvolvimento da doença. (GATTI, 2017)
De acordo com o Protocolo e Diretrizes Terapêuticas do Lúpus Eritematoso
Sistêmico (2019), manifestações de doença renal ocorrem em cerca de 50% dos
pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico, sendo hematúria e proteinúria
persistentes os achados mais observados. Nefrite lúpica pode cursar com síndrome
nefrítica ou nefrótica, consumo de complementos, positivação do anti-DNA nativo e,
nas formas mais graves, trombocitopenia e perda de função renal. Ainda mais, o
Lúpus pode se associar com sintomas constitucionais, artrite, serosite, nefrite,
vasculite, miosite, manifestações mucocutâneas, hemocitopenias imunológicas,
diversos quadros neuropsiquiátricos, hiperatividade reticuloendotelial e
pneumonite.(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013))
Existem suspeitas de que doenças associadas à produção de autoanticorpos,
como o lúpus eritematoso sistêmico, são causadas por tolerância defeituosa tanto em
linfócitos B quanto em células T auxiliares. Lúpus eritromatoso sistêmicos (LES), é
uma doença autoimune. As doenças autoimunes são resultados de falha na tolerância
própria. Diversos fatores contribuem para a autoimunidade, incluindo a herança de
genes de suscetibilidade e fatores ambientais como infecções Ainda mais, é possível
dizer que muitos genes contribuem para o desenvolvimento da autoimunidade.
(ABBAS; LICHTMAN e PILLAI, 2015)
Partindo da Informação de que a mãe de Gabriel encontra-se doente, pode-se
cogitar a possibilidade de uma rejeição do órgão, uma vez que ela tem Lúpus e o
Sistema Imunológico dela poderia estar atacando o novo órgão. Transplantes
teciduais são rejeitados pelo sistema imunológico, e os principais determinantes de
rejeição são as moléculas do complexo de histocompatibilidade (MHC). Os antígenos
de aloenxertos que são reconhecidos pelas células T são moléculas alogênicas do
MHC que se assemelham a moléculas do MHC próprio carregadas de peptídeos que
as células T são selecionadas para reconhecer. Antígenos do enxerto são
apresentados diretamente às células T receptoras, ou os antígenos do enxerto são
tomados e apresentados pelas células apresentadoras de antígenos (APC)
hospedeiras. (PARSLOW et al., 2004)
3. CONCLUSÃO
Em virtude dos fatos mencionados tanto no caso quanto no texto dissertativo-
argumemtativo, o irmão de Gabriel deverá ser submetido a tratamento com antivirais,
alimentar-se bem para melhorar a sua imunidade, praticar exercícios físicos com
regularidade. A mãe de Gabriel deverá ser submetida a um tratamento mais específico
para a não-rejeição do órgão transplantado e, cuidar-se para o Lúpus não inviabilizar
e leva-la novamente a Insuficiência Renal Crônica, bem como manter uma vida
saudável, alimentar-se corretamente e ser adepta a exercícios físicos.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FÉLIX, Ana Paula da Silva Luiz et al. As complicações do transplante renal e a


atuação do enfermeiro. Semana de Enfermagem (29.: 2018: Porto Alegre, RS).
Liderança sustentável e comprometida com o direito humano à saúde: desafios da
Enfermagem; Anais Eletrônico. Porto Alegre: HCPA, UFRGS, Escola de
Enfermagem, 2018. 251 p., 2018.

GATTI, Deydre. Lúpus eritematoso sistêmico. Revista UNIPLAC, v. 5, n. 1, 2017.

CLÍNICO, Protocolo; TERAPÊUTICAS, Diretrizes. LÚPUS ERITEMATOSO


SISTêMICO. PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS, p. 353.
Acesso: 25/04/2019.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 100, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2013.

ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew HH; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e
molecular. Elsevier Brasil, 2015.

LIRA, Ana Luisa Brandão de Carvalho; LOPES, Marcos Venícios de Oliveira.


Pacientes transplantados renais: análise de associação dos diagnósticos de
enfermagem. Rev. gaúch. enferm, v. 31, n. 1, p. 108-114, 2010.

PARSLOW, Tristram G. et al. Imunologia medica. 10. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2004

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