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LOMBALGIA Discentes: Ana Carolina Lopes

Leandra Vieira Caetano


Natália Terra de Paulo
Patrícia Morais Araújo
Renata Gomes Reis de
Paula

Docente: Henrique Pereira


LOMBALGIA
Dor que ocorre na região lombar inferior

Subaguda ou Crônica: duração maior que 3


Aguda: duração menos que 3 semanas
meses

● Segunda causa mais comum de consultas médicas gerais


● Principal causa de incapacidade para pessoas menores de 45 anos
● São gastos bilhões de dólares anualmente em tratamento

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Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA
LOMBALGIA
Entre 65% e 80% da população mundial desenvolve dor na coluna em alguma etapa da vida.

Mais de 50% dos casos: melhora após 1


Maioria dos casos: resolução espontânea
semana

5% dos casos: sintomas presentes por mais


90% dos casos: melhora após 8 semanas de 6 meses ou apresentação de
incapacidade

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QUANDO INDICAR EXAME DE IMAGEM
De acordo com as diretrizes do American College of Physicians e a American Pain Society:

NÃO SOLICITAR EXAMES SOLICITAR EXAMES

Paciente sem melhora após 6 semanas e com


Paciente com dor lombar inespecífica, aguda alguma “red flag”.
e/ou radiculopatia não complicada (benigna e
autolimitada) Anormalidades inespecíficas do disco lombar.

Realizar: anamnese, exame físico e Pode solicitar: radiografia, mielografia,


medicamentos iniciais para controle de dor (se tomografia, ressonância magnética.
necessário)

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BANDEIRAS VERMELHAS
1 4
Febre inexplicável, histórico de
Trauma, trauma cumulativo
sintomas urinários ou outras infecções

2 5
Perda de peso inexplicável de início
Imunossupressão, diabetes mellitus
insidioso

3 6
Pessoas > 50 anos com osteoporose
História de câncer
ou fratura por compressão

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BANDEIRAS VERMELHAS
7 10
Déficit neurológico focal progressivo
Uso de drogas intravenosas ou com sintomas incapacitantes,
(síndrome da cauda equina)

8 11
Uso prolongado de corticosteróides Duração superior a 6 semanas

9 12
Idade > 70 anos Cirurgia prévia

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RADIOGRAFIAS

Podem ser úteis para qualquer “red flag”:

● São suficientes para avaliação inicial de:


○ Traumas significativos recentes (em qualquer idade);
○ Osteoporose;
○ Idade > 70 anos;

É necessário solicitar imagens adicionais quando:

● Resultado for inconclusivo ou anormal (ajuda na escolha do tratamento)


● Presença de outras “red flags” (suspeita de câncer ou infecção)
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ACHADOS RADIOLÓGICOS

Normal Artrose

Osteófitos: formações ósseas anormais em forma de gancho, que se desenvolvem em


qualquer articulação doente. São comuns na evolução da artrose, uma doença
caracterizada por uma degeneração da cartilagem articular.
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Fonte: radiopaedia.org
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Modalidade de escolha padrão ouro de imagem em lombalgia com “red flags”

● Indicações:

Dor lombar complicada irradiada Síndrome da cauda equina

Claudicação neurogênica Estenose espinhal

Tem a capacidade de demonstrar sintomas inflamatórios, neoplásicos e lesões mais


traumáticas, bem como mostrar detalhes anatômicos não disponíveis em estudos
isotópicos. 9
ACHADOS NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Normal Alterado

Alterações degenerativas
evidentes em L3-L4 e L4-L5,
pela perda de altura,
desidratação, protrusão discal
e irregularidade nos platôs
vertebrais, com área de
edema associado.
Sinal de Modic

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Fonte: radiopaedia.org
ACHADOS NA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Normal Hérnia de Disco

Hérnia de disco: ruptura do


ânulo fibroso levando ao
extravasamento do núcleo
pulposo que irá comprimir
líquido de nervos que passam
pelo canal, gerando dor.

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Fonte: radiopaedia.org
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Fornece detalhes ósseos superiores

● Por avaliar em diferentes planos, são úteis para:

Descrever problemas estruturais ósseos: espondilólise, pseudo-artrose, fratura, escoliose, estenose

Avaliação pós-cirúrgica de enxerto ósseo, integridade, fusão cirúrgica e instrumentação

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ACHADOS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Fratura do corpo vertebral da segunda


vértebra lombar

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MIELOGRAFIA
Injeção de contraste iodado no saco dural, por punção lombar, tornando o saco dural e as
estruturas neurais por ele englobadas visíveis no TC ou na RM

● Foi a base de diagnóstico de hérnia de disco


por décadas
○ Atualmente, é combinada com a TC ou a
RM simples
○ É útil no planejamento cirúrgico e no
diagnóstico de hérnia de disco

Fonte: encurtador.com.br/kzRST 14
ACHADOS NA MIELOGRAFIA

Incidência
ântero-posterior com
bloqueio de contraste
por uma volumosa
hérnia discal lombar

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DISCOGRAFIA
Introdução de contraste no núcleo pulposo do disco intervertebral

Pró Contra
Tem papel na localização da Necessidade de injeções nos
fonte de dor nas costas, que é espaços em discos.
indeterminada em outros estudos
menos invasivos. Variabilidade da resposta do
paciente e especificidade limitada,
Auxilia na especificidade de pois a própria injeção pode
algumas anormalidades reproduzir ou provocar a dor do
morfológicas que não são paciente, que pode ter valor
determinadas TC e RM. diagnóstico.

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ACHADOS NA DISCOGRAFIA

Disco normal

Fissura do anel fibroso


(parede do disco Teste positivo
intervertebral)

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Fonte: YUNES, 2012
VERIFICAÇÃO ÓSSEA POR ISÓTOPOS
Cintilografia
● Teste moderadamente sensível para detectar:

Tumor Infecção Fratura de vértebra

Não é usado para especificar diagnósticos.

Com a ampla disponibilidade de ressonância magnética com/sem contraste a varredura


óssea isotópica em pacientes com doença aguda LBP diminuiu.

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INFORMAÇÕES RELATIVAS AO NÍVEL DE RADIAÇÃO

Escolha do procedimento Potenciais efeitos adversos


de imagem apropriado à saúde associados à
exposição a radiação

● Incluiu-se para cada exame de imagem uma indicação do nível de radiação relativa
(RRL), baseados na dose efetiva.

● Os pacientes na faixa etária pediátrica correm um risco inerentemente maior de


exposição, devido à sensibilidade dos órgãos e à expectativa de vida mais longa.
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Condição Clínica: Lombalgia
Variante 1: Dor lombar aguda não complicada e/ou radiculopatia, apresentação não
cirúrgica. Não há red flags.

Procedimento Radiológico Avaliação RRL

RM da coluna lombar sem contraste 2 O

Raio X da coluna lombar 2

Mielografia e pós-mielografia CT da coluna 2


lombar

Mielografia por raio X da coluna lombar 2

Escala de classificação: 1,2,3 Geralmente não é adequada; 4,5,6 Pode ser apropriado; 7,8,9 Geralmente
apropriado
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Condição Clínica: Lombalgia

Variante 2: Paciente com um ou mais dos seguintes: trauma de baixa velocidade,


osteoporose, déficit focal e/ou progressivo, duração prolongada dos sintomas, idade >
70 anos.

Procedimento Radiológico Avaliação RRL

RM da coluna lombar sem contraste 8 O

TC da coluna lombar sem contraste 6

Raio X da coluna lombar 6

Varredura óssea de Tc-99m com coluna 4


SPECT

Escala de classificação: 1,2,3 Geralmente não é adequada; 4,5,6 Pode ser apropriado; 7,8,9 Geralmente
apropriado
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Condição Clínica: Lombalgia
Variante 3: Paciente com um ou mais dos seguintes: suspeita de câncer, infecção e/ou
imunossupressão.

Procedimento Radiológico Avaliação RRL

RM da coluna lombar sem e com 8 O


contraste

RM da coluna lombar sem contraste 7 O

TC da coluna lombar com contraste 6

TC da coluna lombar sem contraste 6

Escala de classificação: 1,2,3 Geralmente não é adequada; 4,5,6 Pode ser apropriado; 7,8,9 Geralmente
apropriado
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Condição Clínica: Lombalgia
Variante 4: Dor lombar e/ou radiculopatia.
Candidato a cirurgia ou intervenção.

Procedimento Radiológico Avaliação RRL

RM da coluna lombar sem contraste 8 O

TC da coluna lombar com contraste 5

TC da coluna lombar sem contraste 5

RM da coluna lombar sem e com 5 O


contraste

Escala de classificação: 1,2,3 Geralmente não é adequada; 4,5,6 Pode ser apropriado; 7,8,9 Geralmente
apropriado
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Condição Clínica: Lombalgia
Variante 5: Cirurgia lombar prévia.

Procedimento Radiológico Avaliação RRL

RM da coluna lombar sem e com 8 O


contraste

TC da coluna lombar com contraste 6

TC da coluna lombar sem contraste 6

RM da coluna lombar sem contraste 6 O

Escala de classificação: 1,2,3 Geralmente não é adequada; 4,5,6 Pode ser apropriado; 7,8,9 Geralmente
apropriado
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Variante 6: Síndrome de Cauda equina, déficits multifocais ou déficit progressivo.

Procedimento Radiológico Avaliação RRL

RM da coluna lombar sem contraste 9 O

RM da coluna lombar sem e com 8 O


contraste

Mielografia e pós-mielografia CT coluna 6


lombar

TC da coluna lombar com ou sem 5


contraste

Escala de classificação: 1,2,3 Geralmente não é adequada; 4,5,6 Pode ser apropriado; 7,8,9 Geralmente
apropriado
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REFERÊNCIAS
1. PATEL, N. D. et al. American College of Radiology ACR Appropriateness Criteria® Low Back Pain. 2016.

2. PAUL, L. W.; JUHL, J. H. Interpretação Radiológica 7ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2000.

3. PUBLICAÇÕES ACADÊMICAS. Lombalgia: revisāo de conceitos e métodos de tratamentos. Disponível


em: <https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/cienciasaude/article/view/718/631>. Acesso em: 17 out.
2019.

4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Lombalgia. Sāo Paulo, 2019. Disponível em: <
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/lombalgia/ >. Acesso em: 16 out. 2019.

5. MEDICINA NET. Lombalgia,, São Paulo, 2012. Disponível em:


<https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/4217/lombalgia.htm>. Acesso em: 16 out. 2019.
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